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Leis comandos e ordens

As normas jurídicas
Características
A norma como imperativo:
É duvidosa a caracterização da norma jurídica como um imperativo. Desde logo porque há certas
normas que não ordenam ou proíbem uma conduta mas, antes, atribuem um poder ou faculdade. A
norma ou preceito nunca poderá ser, portanto, puro acto de vontade, puro imperativo: porque é
condicionada pelos termos do problema, pelas opções possíveis e pelo critério valorativo que
imprime coerência e significado ao preceito legislativo.
A generalidade da norma jurídica
É o preceito que, por natureza, se dirige a uma generalidade mais ou menos ampla de destinatários
(pessoas), isto é, que não tem destinatário ou destinatários determinados.
A abstracção da norma jurídica
Diz-se abstracto o preceito que disciplina ou regula um número indeterminado de casos, uma
categoria mais ou menos ampla de situações, e não casos, situações ou hipóteses determinadas,
concreta ou particularmente visadas. Note-se que isto não significa que se não possa tratar de
situações já concretizadas ou realizadas.
Deste modo, generalidade e abstracção viriam afinal a reconduzir-se a uma categoria única, a
da generalidade. Toda a lei, toda a norma jurídica deverá ser geral, no sentido de se destinar a
regular toda uma categoria de situações ou de factos, futuros ou presentes.
Estrutura da norma jurídica
No modolu lógico da norma jurídica (completa) podemos destinguir um antecedente e um
consequente, ou seja, uma previsao e uma estatuiçao. a previsão: a descrição de um facto
ou acontecimento, que assume relevância jurídica; e a estatuição: a atribuição de um efeito
jurídico ao que se descreve na previsão. Como por exemplo: artigo 122º do código penal de cabo
verde: “quem matar outra pessoa (previsao) será punido com a pena de prisao de 10 a 16 anos
(estatuição)”.

A ordem
Embora uma sugestão de autoridade e de deferencias para com a autoridade possa muitas vez ligar-
se às palavras «ordem» e «obediencia» usaramos as expressoes «ordens baseadas em ameaças» e
«ordens coercivas» para nos referimos a ordens que, tal como as do assaltante, são baseadas em
ameaças, e usaremos as palavras «obediencia» e «obedecer» para abranger o cumprimento de tais
ordens. A ordem presente na norma juridica traduz numa ordem referente a uma relaçao coerciva
duradoura ou permanente. Na ordem há uma relaçao coerciva de superioridade e inferioridade de
curta duraçao: uma relaçao aqui baseada na ameaça, como por exemplo: do assaltante sobre o
funcionário) é uma relaçao de curta duraçao; as leis não tem esse caracter de curta duraçao, mas
sim, as leis tem caracter de permanencia ou de duradoiro, persistencia.
O comando
É obvio que a ideia de um comando com a sua conexao muito forte com a autoridade está muito
mais proxima da de direito do que a ordem do assaltante baseada em ameaças. Um comando está
demasiado próximo do direito para os nossos propósitos, isto porque os elemento de autoridade
implicado no direito tem sido sempre um dos obstáculos no caminho de qualquer explanação facil
daquilo que o direito é. Não podemos, por isso, usar com preveito, na elucidaçao do direito, a
noçao de um comando que tambem o implique.

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