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DO DIREITO
Hans kelsen
Martins Fontes
VIII
A interpretação
meuida
aplicar- têm 1guar va
A I N T E R P R E T A Ç
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e hem que apenas uma delas se torne Direito positivo no ato do
aDlicador do Direitono ato do tribunal, especialmente.
Dizer que uma sentença judicial fundada na lei, não significa,
na verdade, senão que ela se contem dentro da moldura ou qua-
dro que a lei representa- nao significa que ela é a norma indivi-
dual, mas apenas que e uma das normas individuais que podem
representa.
Araves de uma interpretação autêntica deste tipo eri
pode
Se Direito, não só no caso em que a interpretação tem carac
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desde que o ato deste órgão jâ no possa
ser anulado, des-
de que ele tenha transitado em julgado. E fato bem conhecido
que, pela via de uma interpretação autêntica deste tipo, é muitas
vezes criado Direito novo- especialmente pelos tribunais de úl-
tima instância.
Da interpretação através de um órgão aplicador do Direito
distingue-se toda e qualquer outra interpretação pelo fato de não
ser autêntica, isto é, pelo fato de não criar Direito.
Se um indivíduo quer observar uma norma que regula a sua
conduta, quer dizer, pretende cumprir um dever jurídico que so-
bre ele impende realizando aquela conduta a cuja conduta opos-
ta a norma jurídica liga uma sanção, esse indivíduo, quando tal
conduta não se encontra univOcamente determinada na normna
que tem de observar, também tem de realizar uma escolha entre
diferentes possibilidades. Porém, esta escolha não é autêntica. Ela
não é vinculante para o órgão que aplica essa norma juridica e,
por isso, corre sempre o risco de ser considerada como errônea por
este órgã0, por forma a ser julgada como delito a conduta do in-
divíduo que nela se baseou.