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Interpretação jurídica

Definição: A interpretação da lei consiste evidentemente em retirar desse texto um determinado sentido
ou conteúdo de pensamento.

Elementos da interpretação

Elemento literal – o intérprete atende-se principalmente a letra da lei, ao sentir das palavras que
compôs, na sua conjugação sintáctica.

Elemento lógico – o intérprete deve recorrer-se fundamentalmente a todas potencialidades que se


destacam do texto justificativo da lei, pois vai determinar qual é a afinidade e o espírito da lei.

Elemento sistemático – o intérprete deve levar em conta o sistema onde está inserido a norma,
pois ela faz parte de uma unidade composta por elementos coordenadores e homogéneos entre si.

Elemento histórico – o intérprete deve atender-se ao contexto histórico em que a norma foi Criada
ou elaborada, nomeadamente através de análise dos trabalhos preparatórios, o projecto de lei que
esteve na origem da norma.

Tipos de interpretação

Interpretação da lei segundo a sua fonte e valor:

Interpretação autêntica - é aquela que é feita pelo órgão que fez a lei, isto é, quando uma lei
suscita dúvidas da sua interpretação, o órgão que criou a lei faz uma lei para interpretá-lo e essa lei
se domina LEIS INTERPRETATIVOS. Não quer dizer que existe uma nova lei, mas sim ela
existe para fixar o sentido da lei que já existe.

Interpretação doutrinal – é interpretação feita pelos pareceres, opiniões, doutores, advogados,


sem levar em consideração a realidade, isto é, esta interpretação vincula apenas no caso concreto,
diferente da interpretação autêntica que vincula todos os cidadãos que encontra na mesma
situação.

Interpretação da lei seguindo a sua finalidade:

Interpretação subjectiva – o interprete procura reconstruir o pensamento concreto do legislador


quando fez a norma;

Interpretação objectivo – o interprete procura o sentido da norma abstraindo da pessoa ou pessoas


que fizeram a lei a ou a norma.

Interpretação história – pretende-se reconstruir o sentido que a lei tinha quando da sua elaboração
e entrada em vigor, tem um efeito argumentativo.

Interpretação actualista – procura-se determinar o sentido da lei atendendo somente ao momento


da sua aplicação.

Interpretação da lei segundo o resultado:

Interpretação declarativa – o intérprete considera o sentido da lei está conforme o texto.


Interpretação extensiva – o intérprete faz uma interpretação da norma de modo a corrigir a
desconformidade existente entre a letra da lei e o pensamento do legislador, pois, o legislador
expressou menos do que pretendia, não abarcando todas as situações.

Interpretação análoga (analogia) – é quando algo semelhante é regulada por outra norma
jurídica, criando assim uma nova norma jurídica, que é feita com base no SILOGISMO. Ex: a lei
proíbe a venda de revistas ou livros pornográficos. Aplica-se analogicamente aos filmes
pornográficos por uma razão muito simples, isto é, a finalidade da norma, porém não se aplica a
um livro de romance. No direito penal não se aplica a analogia.

Interpretação restritiva – o intérprete deve restringir a letra da lei, pois, o legislador usa uma
formulação bastante ampla, e o intérprete ao restringir a letra da lei tem-se em mente o que o
legislador pretendia com a norma. No direito penal deve ser feita uma interpretação restritiva de
modo a atenuar os males que possam sair da interpretação, na medida em que lidamos em direito à
liberdade das pessoas.

Interpretação enunciativa – é quando o interprete por via da racionalização e dedução jurídica


retirada da norma interpretada todas suas consequências.

Interpretação judicial – é interpretação feita pelos tribunais que vai geral Juras prudência. –
Acórdão - é uma decisão feita pelos juízes colegiados.

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