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1º - Artigo 79º usa-se a palavra retrato que é do dia a dia. O direito usa
frequentemente palavras do nosso dia a dia. Mas este retrato é que tipo de retrato?
Fotográfico, feito por um pintor ou caricaturista? Suscita problema porque cada
palavra tem um parcela de duvida.
No mundo do direito a responsabilidade é colossal na fixação dos termos porque os
termos estão presentes no texto legal e porque a lei é que nos diz o que é o direito que
vai resolver os casos (direitos, deveres e obrigações). A linguagem do dia a dia deve ser
encarada pelo jurista de uma forma problemática.
2º - Artigo 947º usa a palavra "tradição" que vai induzir em erro pois significa entrega.
Palavras na lei que têm um significado estranho
3º - Artigo 12º que diz "conteúdo de relação jurídica". Quando estamos a interpretar
uma expressão usada na lei vamos interpretá-la à luz daquilo que o legislador quis
quando a usou ou vamos usa-la à luz daquilo que hoje em dia aquilo que os juristas
dizem que ela significa.
4º - Artigo 275º existem trechos legais que mais do que um significado estranho têm
um referente estranho, apontam para uma realidade que assumidamente não é a
realidade sensitivamente apreensiva.
5º - artigo 126º temos que na interpretação das palavras temos de olhar à intenção
com que essas palavras foram usadas
6º - artigo 875º fala-nos em coisas imoveis e porque a estamos a referir neste artigo?
Porque ao interpretar um texto não nos podemos ficar por esse texto, temos de olhar
a mais textos (artigo 204º). Ao interpretar temos de ter presente a totalidade do
sistema.
7º - artigo 334º que tem a expressão "limites da boa fé" mas não se pede ao juiz o que
é boa fé mas sim a tarefa de chegar ás tais normas implícitas no sistema, que impedem
o titular do direito de exercer o direito como gostaria de exercer. Não resolvemos o
caso apenas com esta expressão então existe uma tarefa que é designada por
interpretação criativa em que o juiz vai ponderar os princípios e valores que
caraterizam o sistema jurídico nomeadamente o principio da confiança.
Exceção de material jurídico que vai ser trazido com o caso: casos em que o juiz pode
resolver pela equidade, ou seja, o juiz vai olhar para o caso concreto e á luz dos
grandes valores e princípios pode juridificar parcelas desse caso que não estão
previamente juridificadas.
Se nós já sabemos que o jurista tem à sua frente o texto legal a que propósito é que
estamos a prever um semestre para estudar a maneira de entrar num texto legal?
Aula 3
Elementos de interpretação
o Enunciados linguísticos que são chamados "a letra da lei" - primeiro elemento
de interpretação. A leitura do enunciado linguístico é o primeiro contacto que o
interprete tem com a fonte e através do qual busca retirar o sentido da fonte.
Aula 4
Elementos de interpretação
O interprete não é ele fonte de direito, a interpretação não é uma atividade criativa e o
interprete não é ele próprio o legislador. Ele tem de encontrara a regra e não elaborá-
la. A interpretação que o interprete leva a cabo não é para encontrara a solução que
ele gostaria mas sim a que corresponde ao sistema jurídico.
O interprete não busca o sentido literal porque tem de ponderar os outros elementos
Teorias da interpretação
o Teoria historicista - impõe ao interprete que busque o sentido que a lei tinha
no momento em que foi criado e entrou em vigor
o Teoria atualista de interpretação - defende que a lei deve ser interpretada não
com o sentido que tinha no momento em que foi criada mas no momento
quem que é interpretada.
Aula 5
484-503 de Carl Larewns
O art 9º é de relativa pouca ajuda ao interprete, pois não impõe regras interpretativas
que valham como um guião ao interprete na atividade interpretativa
O ponto mais débil do direito é o método na parte relativa à interpretação. A
interpretação jurídica deve apresentar um resultado como correto quando os
elementos de interpretação apontam para vários elementos, só havendo um sentido
em última análise, mas a afirmação de qual é o correto torna-se difícil mediante a
dificuldade de impor quer uma hierarquia dos elementos de interpretação quer uma
orientação normativa que diga respeito ao fim da interpretação.
Resultados da interpretação
Aula 6
A interpretação tem sempre como limite a semântica das palavras utilizadas pelo
legislador. A letra da lei tem de ter um amparo
Se é licito a apresentação de qualquer resultado que não tenha na letra da lei
acolhimento mesmo que seja debaixo do pretexto do respeito ao elemento teleológico
ou sistemático, então temos de admitir que o tribunal pode trazer verdadeiras regras
jurídicas por via da atividade interpretativa para além da atividade do legislador.
Interpretação pressupõe um amparo na literalidade
Pensamento ingénuo:
O interprete encontra sempre uma norma que ira resolver o caso concreto - Esta
ingenuidade existiu partindo da consideração de que o sistema jurídico como sistema
de conceitos consagrados legalmente permite sempre inferir por dedução a regra para
qualquer caso. A evolução das circunstancias sociais acontece a uma velocidade tal
que não é possível encontrarmos sempre solução para os casos.
Lacunas de colisão:
Quando aparecem duas normas que entrando em conflito se anulam.
Exemplo: um diploma posterior revoga um anterior e o diploma posterior revogatório
não traz o regime jurídico para o objeto revelação do diploma anterior. Temos um
vazio que se coloca na ordem jurídica.
Os fenómenos de revogação trazem muitas vezes problemas de resolução por força do
desaparecimento do regime jurídico que até ai regulava uma determinada matéria e
que não é substituído pela lei revogatória.
Em Portugal o caso não pode ser deixado sem solução. Mesmo que o próprio direito
não forneça uma regra jurídica para regular o caso juridicamente relevante, o juiz não
pode mandar para casa as partes e dizer: "Não à direito criado pelo legislador e o
tribunal esta impossibilitado de decidir o caso".
O tribunal tem de sempre julgar mesmo que depois de interpretar as fontes de direito
não encontre a norma ou normas jurídicas que precise para resolver o caso - artigo
8º/1
A mesma ordem jurídica que impõe o dever de julgar ao tribunal ainda quando não lhe
fornece a norma indispensável para a resolução tem de lhe providenciar os critérios
através dos quais chegue á solução do caso.
Admitir a lacuna é admitir uma debilidade estruturante da ordem jurídica
Aula 7
Funcionamento do artigo 10º
Nenhum dos artigos 10º/1 e 3 tem carater normativo, isto é, nenhum deles ergue o
juiz como criador de regra jurídica. A solução que o juiz encontra é sempre uma
solução que se esgota no caso concreto. A lacuna persiste na ordem jurídica. Um novo
tribunal confrontado com um caso igual para resolver vai ter novamente de proceder á
integração da lacuna.
1º critério:
Analogia como critério de interpretação de lacunas (artigo 10º/1) - Aqui menciona-se
os casos que a lei não preveja, e temos que ampliar o sentido potencial da lei. A lacuna
não existe apenas pela falta de regra legal, existe também pela falta de regra em
qualquer fonte de direito do ordenamento jurídico português. O artigo 10º deu ao
julgador os critérios para resolver a lacuna que encontra num caso juridicamente
relevante. - temos a analogia legis.
Artigo 10º/2 - O interprete apesar de reconhecer a similitude dos casos não pode
sempre fazer a extensão analógica da regra prevista para o caso análogo ao caso
omisso. Têm de fazer um juízo ulterior para além da semelhança e esse juízo resulta da
interpretação que faça do regime existente para o caso análogo que é o de saber
nomeadamente se as razões de regulação da fonte para aquele caso se justificam para
o caso omisso.
Mesmo que nós reconheçamos a existência de um caso análogo que pode ser
transposto por via da analogia para o caso omisso temos ainda, para que a analogia
seja possível, de verificar se a regulação existente para o caso análogo se justifica para
o caso omisso.
2º critério:
Artigo 10º/3 (próxima aula)
Aula 8
2º Critério de integração de lacunas:
Artigo 10º/3 - Atribuição pelo legislador para entregar a referencia à norma que o
interprete criaria. O tribunal tem de julgar mesmo quando o sistema o "abandonou".
Quando a analogia falha não é possível extrair uma norma jurídica que possa ser
transida para o caso omisso.
Encontrada a solução a mesma esgota-se no caso concreto. Cada novo caso que surja
tem de ser novamente integrado
A lacuna persistirá na ordem jurídica e no fundo o ordenamento jurídico português a
não faculta a solução para o caso mas…
Não se trata de uma norma verdadeira mas apenas a necessidade do legislador para
criar um critério de interpretação para resolver o caso concreto e que seja compatível
com os princípios e valores da ordem jurídica portuguesa.
É como se estivesse a criar uma verdadeira norma jurídica mas não está
Aula 9
Norma jurídica geral
Norma jurídica excecional - regra que contraria a regra geral que contem uma solução
contraria
Existem formulações de regra excecional sem que por sua vez afastem qualquer
principio ou valor do ordenamento jurídico
Normal excecional formal - excecionalidade técnica e tem haver com o facto de o
legislador consagrar um critério diferente mas sem com isso implicar princípios ou
valores materiais
Quando uma norma afasta um principio temos uma solução que põe em causa
Aula 10
Terceira operação metodológica: O problema do preenchimento dos conceitos
indeterminados (formas axiologicamente vagas) - interpretação criativa
O que está em causa são específicos conceitos indeterminados que implicam trabalhar
com categorias axiológicas.
Exemplo: dignidade da pessoa humana, bons costumes, …
No 227º temos regras da boa fé, no 334º temos limites impostos pela boa fé (normas
limitativas) que se impõe a qualquer norma permissiva, ou seja, qualquer norma está
sujeita ao 334º.
Por interpretação podemos ter a certeza de que o significado definitivo das palavras de
textos legais é o significado x1 e agora vem um conceito indeterminado a por em causa
tudo o que o jurista até aquele momento apurou.
O que é que o juiz faz perante estas formulas da lei?
O que é resolver um caso concreto? - Os casos são um litígio, ou seja, são um conflito
de interesses e resolver o caso é resolver esses conflitos de interesses. E como é que se
resolve esse conflito de interesses? - É encontrar um caso o que nele existe de factos
jurídicos e o que nele existe dos correspondentes efeitos jurídicos.
E como é que nós sabemos o que é o facto jurídico e o efeito? - vai identificar os factos
e efeitos conforme à lei
Porque é que saltamos o disposto no 10º/3? - o 10º/3 é um regime que tem uma
parcela de criação judicial, porque temos uma lacuna que não é preenchida por uma
norma atendendo à teleologia dessa norma mas que vai ser preenchida pela norma
que o legislador criaria se tivesse de legislar sobre aquele caso.
Encontrar os factos e apurar os efeitos! Vem da interpretação dos textos legais, vem
da integração de lacunas e vem da tarefa metodológica que vem baralhar tudo que é a
interpretação criativa.
Exemplo:
António tem uma moradia na marginal de Quarteira com vista para o mar. Atrás desta
moradia temos outra linha de moradias e logo atrás da moradia de António temos a
moradia do Bernardo. António e Bernardo zangaram-se, o António tem um terraço e
constrói uma parede no seu terraço para impedir que o Bernardo veja o mar.
Porque é que ele construi-o o muro? Apenas para prejudicar o Bernardo porque se
zangou com ele?
O Bernardo pede ao tribunal a demolição do muro. À luz do 334º o Bernardo diz que
houve violação da boa fé.
O que é o limite da boa fé? No 334º é apenas uma referência genérica para limites de
boa fé.
O juiz vai resolver este caso ponderando os interesses de um e de outro, atendendo á
função social do direito de propriedade para minimamente proporcionar vantagens
aos outros, vai ponderar os interesses vendo qual pesa mais e vai dizer num caso como
este que isto é um ato em exercício de desequilíbrio e por isso ainda que por
interpretação de textos legais o nosso António tivesse razão (artigos 1305º e 1344º),
por interpretação criativa da boa-fé no 334º o António vai ter de demolir com custos
suportados pelo mesmo o muro
Quem tratou de uma forma decisiva no cenário jurídico português foi o Prof. MC em
1984 e revolucionou as práticas dos tribunais portugueses e não apenas a academia,
seguindo a linha metodológica de que cada caso tem sempre de ter presente a
ponderação dos princípios para resolver o caso mesmo nos casos que vão ser
resolvidos sem a boa-fé. - Tese dominante
As próprias situações jurídicas passivas, as obrigações e os deveres genéricos estão
sujeitos aos limites da boa fé no 334º. Abuso de direito é uma fórmula que significa
exercício inadmissível de situações jurídicas - segundo o prof. MC
Aula 11
Interpretação criativa (continuação)
Limites da interpretação criativa não são apresentados pelo legislador, pois não existe
nenhum artigo que regule esta matéria. E será que não há qualquer limite á criação
judicial destas normas que preenchem a boa fé, bons costumes, etc.
Para a criação e integração de lacunas o limite é o artigo 10º3 que é o respeito ao
espírito da lei. E para a interpretação criativa? - se onde temos "nada" o juiz ainda
assim está limitado pelo espirito do sistema teria cabimento dizermos que quando
temos alguma lei, como trecho legal "boa fé", não vamos encontrar limites na própria
lei? A resposta é que há limites e estes limites vão ser sujeitos a, também,
interpretação criativa por parte do juiz.
A interpretação criativa é:
Ponderar interesses é ponderar princípios como vetores que somadas com outras
diretrizes dão normas jurídicas e é isto que o juiz vai fazer para preencher o conceito
de boa fé. Ponto de partida é ponderação de princípios. Estes princípios podem ser
arbitrariamente estabelecidos pelo juiz? A resposta é não porque o resultado final tem
de estar de acordo com o espírito do sistema e se tem de estar de acordo com o
espirito do sistema então o preenchimento de boa fé vai ser intersistemático (ou seja
dentro dos princípios que caraterizam o direito português). E onde está esse elenco de
princípios? Esta é uma das enormes tarefas levadas a cabo na tese de doutoramento
do prof. MC. O trabalho é de olhar ás normas legais e inferir delas os princípios que
determinam essas normas. Ainda verificou a genealogia do direito português, que vai
evidenciar parentes próximos (direito romano) e o professor chega a um parente que
foi o ultimo a atualizar o direito romano que foi o direito alemão. Então o professor vai
olhar ao direito português mas também ao direito alemão procurando princípios
comuns neste direito romano atual que se chama Direito comum.
Enquadrar o direito português nesta família de direito comum. Alargar o direito
português ao direito comum para chegar a um elenco em comum
Trabalho colossal por trás da interpretação criativa.
Este trabalho veio desde os anos 80 a revolucionar os tribunais
Qual das 3 grandes operações metodológicas é que nos vai resolver o caso concreto? -
Tudo está em aberto até tudo estar fechado, ou seja, cada uma destas operações
metodológicas está em aberto até que esteja fechada porque por mais que nós
cheguemos a uma norma por interpretação de textos legais pode vir um resultado da
interpretação criativa baralhar tudo.
A interpretação criativa tem limites que é o tal espirito do sistema de grosso modo a
constituição, mas uma parte desse limite está no âmbito da ação do próprio juiz por
ele limitado.
A interpretação criativa está crescentemente a levar ao esvaziamento do instituto de
lacunas. As lacunas são cada vez mais raras de encontrar porque a boa fé objetiva vai
resolvendo tudo. Estas normas não são lacunas porque são as tais normas que ainda
que não estejam explicitas na lei são normas a que o juiz pode chegar pela delegação
operada pelo legislador.
Aula 12
Solução do caso concreto ou aplicação do direito ao caso
Esta leitura das coisas diz que o direito só existe no caso concreto e a interpretação
leva à aplicação
O direito existe no caso. O direito é esclarecido em função…
Separar-se a matéria da interpretação e da aplicação mas ambas se misturam para
encontrar a solução
JAV diz que a operação de interpretação e de integração pode ser levada a cabo sem a
solução de casos concretos, mas, quando há casos concretos, é indiscutível que a
interpretação e integração têm como finalidade a solução do caso.
Para que o interprete resolva o caso os factos têm de estar fixados. Em toda a decisão
judicial, há uma particular preocupação com a individualização dos factos que estão
provados.
A aplicação depende sempre da fixação dos factos e dentro do emaranhado dos factos
escolher os que são juridicamente relevantes
Aula 13
A ciência do direito oscila nas teorias relativamente aos vários temas
Salientar o aspeto do direito consistir para resolver casos concretos e está subjacente
factos
Existe uma matéria que deve estar assenta para que o direito possa ser aplicado
O jurista deve saber selecionar os factos que têm relevância para a resolução do caso e
sem isto pode haver uma condução a erros
Fixação da matéria de facto é uma fase que os advogados e os tribunais têm de passar
para chegar à decisão final
Factos fundamentais para aplicação do direito e por isso o caso tem de estar assente
no que diz respeito aos factos que lhe dizem respeito
Aula 14
A pluralidade de normas jurídicas na aplicação
Aspeto da decisão jurídica fase aos factos - em qualquer processo o julgador tem de
fundamentar as razões de direito da solução. O jurista como interprete final tem de
saber fundamentar a decisão.
Aula 16
Os argumentos são raciocínios que permitem, partindo de uma ou de várias premissas,
chegar a uma conclusão. Essa conclusão pode por sua vez ser uma premissa.
Caso prático: António 20 anos, salta a cerca da quinta de Benedita para colher
cogumelos. Tratam-se de cogumelos raros, comestíveis e muito raros. Benedita
surpreendida apanha António a colher os seus cogumelos e diz: para a próxima
apanhas!
António foge por onde entrou. Este episódio repete-se várias vezes ao longo de meses.
Benedita por várias vezes ameaça o A mas rigorosamente tem pena de António. Num
dia quando António está a colher os cogumelos de novo Benedita atiça-lhe o cão de
guarda e o cão ataca o António rasgando-lhe as calças e António consegue fugir.
António instaura uma ação pedindo a indemnização pelas calças e Benedita defende-
se invocando o disposto no 337º. Diga quem tem razão.
Como se trata de uma quinta e no último encontro de ambos em que Benedita atiçou
o cão eles estão isolados no campo. À luz do 337º não é possível afastar a agressão
pelos meios normais (recorrer à polícia). A lei exige a impossibilidade para os meios
normais e o facto de estarem em local isolado vai servir de argumento para concluir a
verificação deste pressuposto. A conclusão é que se verifica o pressuposto de
verificação de impossibilidade de recorrer aos meios normais. Mas esta conclusão é
por sua vez uma das premissas de que depende o carater justificado do ato. É
necessário haver a titularidade de um direito (pode ser patrimonial ou de um direito
não patrimonial) e uma agressão atual a esse direito. Ainda é necessário que o dano
causado pela defesa não seja manifestamente superior ao dano potencialmente criado
pela agressão.
Na resolução do caso nós constatamos o seguinte: partimos de uma premissa com
argumentação chegamos a uma conclusão que é este pressuposto verifica-se, mas à
mais pressuposto e agora vamos ver se estão verificados os outros pressupostos de
uma conclusão final. Qual é a conclusão final? - O ato considera-se justificado ou se
não se aplicar o disposto no 337º então o ato não se considera justificado e estamos
perante um ato ilícito por ter atiçado o cão ao António e por isso à lugar a
indemnização (483º).