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RESENHA DE HERMENÊUTICA E INTERPRETAÇÃO JURÍDICA CAPÍTULOS

3,4,5,6 e 7.

Após a análise dos capítulos 1 e 2, nos quais é falado sobre a origem da


hermenêutica e suas teorias elaboradas por pensadores ao longo da história, o capítulo 3
dá início a continuação da obra falando que a interpretação jurídica possui uma
peculiaridade que a difere da interpretação histórica, que é o fato dela não ficar preso
em interpretar só a primeira formulação da norma jurídica, pois o direito está sempre
evoluindo, transformando a vida social e agregando valores em seu ordenamento.
Diante disso, o texto afirma que o jurista deve sempre ter um olhar dinâmico
sobre o ordenamento jurídico, porque ele precisa como operador do direito se adequar
as circunstâncias mutáveis da sociedade, pois o direito além de ser estável também está
em movimento com o contexto social, por isso é necessário a hermenêutica jurídica e o
próprio jurista acompanhar esse movimento. Já no capítulo 4, o texto vai falar que o
profissional do direto vive constantemente interpretando a ordem jurídica e para
conseguir fazer isso o jurista utilizar uma compreensão baseada em uma dimensão
axiológica e que é constantemente enriquecida com conhecimentos culturais.
Além disso, o capítulo ainda fala que para o jurista utilizar o direito formal como
direito material ele precisa usar um método de natureza empírico- dialético, no qual se
cria um confronto entre o texto normativo e a realidade normada, o que ocasiona novos
significados na norma jurídica que o profissional do direito usufrui na prática de um
processo. Em relação ao capítulo 5, o texto vai discuti sobre a teoria desenvolvida entre
o século XIX e XX conhecida como Semiótica e sua importância para o direito material,
ela consiste em estudar os signos linguísticos que são elementos usados para se referir,
indicar, conceituar ou representar um determinado objeto.
No caso da linguagem, os signos seriam as palavras tanto orais quanto escritas,
na qual a Semiótica estuda seus mais diversos significados. Por isso, essa teoria é
relevante para o direito nos processos, pois com a ajuda dela o profissional jurídico
pode ir além do direito positivo, porque mesmo que uma norma jurídica possa ter um
único sentido, não quer dizer que ela não possa abranger diversos significados e isso
aumenta ainda mais com as mudanças da vida social. E é no capítulo 6, que vamos
entender que com a chegada dessas transformações sociais a hermenêutica jurídica teve
que criar e adotar novas abordagens.
Dentre elas, o texto fala que os operadores do direito não devem mais analisar a
norma de forma isolada e sim todo o ordenamento que abrange essa norma, além disso
não se deve mais interpretar a norma só com concepções filosóficas e jurídicas, mas
também teleológicas e sociológicas, para o jurista entender a finalidade da norma e sua
relação com as circunstâncias e contextos sociais e assim criar novas compreensões,
concepções e métodos dentro deu um processo concreto.
Por último temos o capítulo 7, no qual o mesmo vai falar da polarização
existente entre o subjetivismo e objetivismo dentro da hermenêutica jurídica, onde no
subjetivismo vai representar a vontade do legislador, enquanto o objetivismo vai se
representar a vontade das leis. No texto, vai se discuti sobre o desejo do direito de não
mais querer estar sempre à mercê da vontade do legislativo em troca de algo mais sólido
e seguro que a vontade das normas ofereceria. Dessa forma, haveria mais chances de
garantias para os cidadãos, pois seria um direito mais estável e não um direito que
dependeria do lado subjetivo do legislador. Assim, encerra-se esta parte da obra falando
sobre a importância da hermenêutica jurídica e sobre sua evolução para poder adequar o
direito objetivo na realidade social.

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