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1. Noção de direito
Ato de uma entidade com competência politica para tal que intencionalmente cria
normas jurídicas, ato esse que culmina num texto. Pode ser material quando é um
enunciado linguístico cujo significado é uma norma jurídica e formal quando o seu
significado é uma norma jurídica mas que provêm de um órgão legislativo. Tem
caracter geral e abstrato mas quando são leis formais que não são materiais então são
atos legislativos que não estão a criar leis/normas gerais e abstratas.
Aula 2
Pergunta 2:
É o enunciado publicado, que resulta de um procedimento levado a cabo por
entidades politicamente competentes, procedimento esse que é
intencionalmente criador de direito.
Pergunta 3:
O método é o caminho e o estudo da caminhada é a metodologia. Exemplo o
caminho da faculdade até casa
Pergunta 4:
Pode haver confrontos com a constituição dentro da moldura semântica
Chegar a normas por previsão de valores e princípios
Interpretação criativa é algo de preciso e testável, está mais para as bandas da
criação de uma norma pelo juiz
A interpretação criativa verifica-se perante conceitos indeterminados mas nem
todos os conceitos pedem interpretação criativa porque quando o juiz tem de
lidar com valores tem de ponderar a palavra chave
No 243º/2 não é a boa fé do 334º, pois é chamada boa fé no sentido subjetivo.
É uma expressão polissémica
Só vamos para a interpretação criativa quando a palavra ou o conjunto de
palavras ponderar valores e princípios
1º cenário:
200g de farinha
1cl de azeite
1 cl de mel
3 gemas
6 claras previamente batidas em Castel
Juntar tudo com o cuidado de envolver as claras no restante
Forno 40 min
2º cenário:
Farinha
Azeite
Mel
Gemas
Claras
Juntar
Forno
No primeiro cenário vai ser um tipo de bolo e no 2º podemos ter mil e um bolos
porque o segundo cenário é apenas uma lista de ingredientes
No 1º vamos ter a criação de um bolo e não vai ter criatividade para imaginar um bolo
mas no 2º sim.
Temos apenas uma lista de ingredientes que cabe ao juiz atribuir um peso a cada
principio
Existem muitos interesses a serem ponderados que podem ser designados por vetores
que dão uma norma
Trabalhar com princípios é trabalhar com listas de ingredientes e não com receitas,
pois é o juiz que vai estabelecer a hierarquia de cada principio
Aula 4 - 10/03
Trabalho de casa:
Israel - legitimidade democrática do legislador
Brasil - ver uma conferencia do juiz Alexandre de Morais (juiz concelheiro) no Brasil dá-
se o nome de ministro. Ives Gandara Martins
Qualquer este tipo de normas resolvem os conflitos e estão sempre a trabalhar com
direitos
A interpretação criativa (artigo 334º) acaba por ser em qualquer caso chamado ao
barulho mesmo quando estamos a interpretar palavras qua não são axiologicamente
vagas.
Prof. Vital moreira vem dizer que o legislador é que pondera os direitos (valores e
princípios) da comunidade.
Doutrina minoritária: O juiz não pode trabalhar com conceitos expressamente vagos a
não ser se a constituição o permita.
Quando o código é feito a constituição que estava em vigor era a de 1933 que dava
imenso poder ao juiz
Ponto de partida: vários elementos de interpretação
Aula 5 - 13/03
Aula 6 - 17/3
Elementos são os dados para que no inicio do caminho consigamos interpretar a lei
Qual é o pinte de chegada? - Norma jurídica não é o ponto de chegada porque o
significado definitivo pode revelar-se por exemplo inconstitucional. O ponto de
chegada é então o significado definitivo que o interprete retira da norma.
A teleologia abre a porta para trabalhar com o principio da igualdade e da justiça. Se é
assim estamos a dar ao juiz a preencher a palavra igualdade e a palavra justiça. O
artigo 9º vem dizermos que o objetivo da interpretação é o pensamento legislativo.
Há teses doutrinais que acham que o artigo 9º é inconstitucional. Na Alemanha eles
não têm uma regulação do método jurídico e por isso existe imensa discussão.
O prof. JAV aceita o 10º/3
Ao legislador cabe comandar e não ensinar e no artigo 9º o legislador está a ensinar.
Como o legislador não está a resolver um caso concreto então ao fazer um artigo sobre
método então ele não esta a fazer o que caracteriza a função jurisdicional. O 9º não é
uma norma inconstitucional.
O resultado tem de ser o resultado pensado pelo legislador mas tem de refletir o
ponto de partida.
Aula 7 - 20/03
Aula 8 - 24/03
A lei é democrática e por isso não pode vir um juiz dizer que existe uma vontade
comunitária (costume) e que isto pode afastar uma lei. A conclusão é que o costume
contrário á lei não é fonte de direito.
Já referiu que o artigo 203º da CRP diz que por coerência democrática que o juiz
apenas estão sujeitos à lei
Os textos legais não são a realidade e as normas jurídicas, apenas são "desenhos". Os
textos legais são a forma do o legislador comunicar coma comunidade.
Elemento teleológico no artigo 9º - não está em termos claros no artigo 9º, mas sim no
10º/2.
A analogia do 10º é uma analogia teleológica
António tem á vários anos a companhia do seu amigo Bacro, um porco domesticado.
No dia 2 vai ao restaurante com o porco com trela e o Sr. Silva dono do restaurante
opõe se á entrada apontando um sinal de proibição onde está desenhado um cão. Esse
sinal foi lá posto pelo dono no seguimento de uma lei sobre animais e restaurantes
que, em resume, estabelece o seguinte - é proibida a presença de animais em regra
não domesticáveis e perigosos (como o leão). Quanto aos de mais animais cada
restaurante pondera fatores como higiene, ruido, quantidade e tipo de cliente,
segurança e decide o que bem entender tendo a obrigação de apresentar na porta o
correspondente sinal.
O nosso António contesta a posição do Sr. Silva dizendo: eu estou aqui com o meu
amigo e o Bacro não é um cão e por isso pode entrar. O problema é suscitado em
tribunal e temos de decidir.
Resolução
Resolução do Lourenço:
Bacro não se impõe nos tipo de animais que são não domesticáveis e perigosos
Sinal é sinonimo universal da proibição de animais
Bacro não sendo um cão não é um critério valido
Trabalho do juiz baseando-se na interpretação criativa
Porco põe em causa o critério de higiene
Senhor silva tem legitimidade para impedir a entrada do porco
Correção:
Porco não é um animal perigoso e pode ser domesticado
O juiz não precisa de preencher conceitos indeterminados
Os donos do restaurante é que vão decidir
A 1ª coisa a fazer é elencar as várias acessões da palavra
O desenho é como a letra neste caso
Elemento sistemático abrange o contexto e neste contexto o Lourenço tem
toda a razão na primeira parte da resposta (9º/3). É uma interpretação
declarativa. Estamos a constatar o significado habitual
Estamos no âmbito da acessão presumida
A lei admite que os donos de restaurantes decidam através de fatores
Reconhece a teleologia plausível onde não há elementos que nos permitam
dizer: o silva foi influenciado pela higiene
Não temos de afastar a presunção
Comente cada uma das seguintes três afirmações, em não mais de 10 linhas/cada:
1.ª "A interpretação restritiva (na noção segundo a Lição do Curso) é expressão
sinónima de redução teleológica; e a redução teleológica não é admissível no Direito
português."
Aula 11 - 14/04
Correção da 1ª pergunta:
Na redução teleológica estamos sempre a recusar a aplicação de uma norma que
abrange um determinado caso. Estamos a atribuir ás palavras da lei a referencia a
realidades que elas não aguentam. Ex: palavra homem presente no 362 é polissémica
(tendo várias acessões) Para estar dentro da polissemia não basta estar dentro do
subconjunto, como por exemplo homem alentejano pois se aguenta-se a palavra
homem alentejano estaríamos a restringir a este grupo a palavra homem. O 9º/2 um
exigir um mínimo linguístico. Na doutrina do curso a redução teleológica não é
admissível.
Qual é a grande diferença? É o artigo 9º/2
O erro na resposta da Constança foi dizer que a jurisprudência pode criar uma norma
contrária a um norma que está no código civil e não pode. Apenas acórdãos com força
obrigatória geral
Afirmação é falsa
Não é admissível pelo 9º/2 e pode ser evidenciada por outro ponto: não temos um
artigo que seria semelhante ao 10º2 que nos permite ultrapassar o campo semântico.
Se o ordenamento jurídico admite que as palavras sejam usadas alem da moldura
semântica para o caso omisso então simetricamente devemos poder ir aquém mas na
primeira temos o 10º2 e na segunda não há
Aula 12 - 17/04
Correção da 2ª pergunta:
Não está sempre presente no processo interpretativo
Pode ser afastadas as considerações teleológicas
Teleologia na analogia
Vai procurar no ordenamento jurídico uma norma que regule um caso
semelhante ao caso omisso
O 9º/3 apresenta uma presunção e como a presunção pode ser afastada quais
os dados que nos permitem afastar? Os elementos extra literais
O elemento teleológico pode afastar a presunção do 9º/3
A palavra x aquenta x1, x2, x3. Vamos admitir que x1 é a acessão mais vulgar. A
teleologia aponta para x2. O elemento histórico aponta para x3.
A unidade do sistema não permite desempatar mas como o x2 e x3 não são
conclusivamente apresentados regressamos ao 9º/3
Referir o 10º/3 porque a teleologia está presente no 10º3
A lição do curso diz que o 10º/3 está conforme á constituição
Juiz é posto na posição de legislador e pode optar.
Correção da 3ª pergunta:
O que está em causa é tornar inútil o art. 10º
No instituto de lacunas temos de demonstrar que á um buraco
O que dá mais trabalho ao juiz é o instituto de lacunas
Na lição do curso o 11º é um limite á criação de normas no 10º/3
Precisamos de distinguir as normas excecionais das materialmente excecionais
Quando os juízes têm o poder de preencher um conceito indeterminados como
a boa fé b eles não vão querer a trabalheira das lacunas
Aula 13 - 19/04
António considera, por ele desculpável, que Bernardo está em perigo de morte.
Intervém na casa de C causando danos de 5.000€ para, "salvar" o Bernardo. Arromba o
portão de C, mas B não precisa de salvação. É um erro desculpável.
C exige indemnização nos 5.000. António recusa invocando os seguintes fundamentos:
1º - manifesto lapso do legislador ao referir dois dos três institutos de justiça privados
no artigo 338º. Assim por interpretação extensiva A considera que o 338º também
contempla o estado de necessidade putativo.
2º - A interpretação do 338º, à luz da sua teleologia, ou seja, a inexistência do dever de
indemnização no caso de justiça privada praticada em erro desculpável. Assim o 338º
contempla o estado de necessidade.
3º - o principio jurídico da solidariedade entre pessoas exige a defesa de qualquer caso
de justiça privada mesmo que haja erro desculpável quanto aso pressupostos. Caso
contrario o receio de ter de indemnizar levaria á inibição a referida solidariedade entre
pessoas, neste caso concreto a conduta de A para salvar B.
4º - É igual ao terceiro mas enquadrando o principio da solidariedade mas
enquadrando a boa fé do artigo 334º. Por outras palavras A considera que C está em
abuso de direito quanto à indemnização
5º - Por integração de lacuna, a preencher por aplicação analógica do disposto no
artigo 338º ao estado de necessidade.
Comente cada um dos fundamentos que A considera suficiente para justificar a
ausência do dever de indemnizar.
O estado de necessidade putativo consiste na crença errada, mas honesta e justificada,
de que se está a agir em situação de perigo iminente que não existe na realidade.
O primeiro argumento que António utiliza não é válido pois não existe um mínimo de
correspondência verbal com a lei segundo o disposto no artigo 9º/2, pois nada refere,
no artigo 338º, sobre estado de necessidade apenas sobre ação direta e legítima
defesa que são institutos diferenciados entre si. Mesmo que António tenha agido com
a crença honesta e justificada de que Bernardo estava em perigo de morte, se essa
crença não corresponder à realidade, a sua conduta não poderá ser justificada com
base no estado de necessidade putativo.
No 339º/2 admite o dever de indemnizar, mas este dever pressupõe o estado de
necessidade e no nosso caso não à situação de perigo e por isso não podemos aplicar o
339º.
O segundo argumento de António não é válido pelo 9º/2 mas temos de evidenciar a
petição de princípios nos termos em que esta a ser referida a teleologia. O António
está a dizer que a teleologia do 338º é a norma que ele pretende retirar, é o
alargamento do 338 invocando a teleologia. Teleologia neste caso é aquilo que o
António quer. No máximo haveria aqui uma teleologia plausível. JAV não exige que
trabalhemos com a teleologia real mas admite a teleologia plausível. 2
O quinto argumento não é válido, pois não existe nenhuma lacuna que precise de ser
preenchida. O artigo 338º do Código Civil português trata especificamente da justiça
privada, e não do estado de necessidade. Embora possa haver alguma semelhança
entre esses conceitos, eles não são idênticos e não podem ser equiparados nem
podem ser análogos. O estado de necessidade é regulado em outro artigo do Código
Civil, o artigo 339º, que estabelece os pressupostos necessários para que uma conduta
possa ser considerada lícita.
O argumento é improcedente, porque não há lacuna, estamos no âmbito de uma
norma materialmente excecional, ou seja, é uma norma que está a afastar um
principio fundamental do 483º (É plausível considerar um principio fundamental do
direito – tudo o que afasta o 483º, é uma norma excecional material – a norma
excecional é um subconjunto da norma geral); O Artigo 11º, não permite a aplicação
analógica de uma norma excecional material (ius singulare)
Aula 14 - 21/04
Correção do argumento 4º:
C tem legitimidade para exigir indemnização
Estado de necessidade erróneo
Existe ou não abuso de direito?
C está em abuso de direito ao exigir a indemnização ou não? - a exigência dos
5.000 viola a boa fé pois o principio da boa fé deve ser ponderado no âmbito da
interpretação criativa
O 483º não tem uma solução parecida ao 338º
O A quer que o juiz chegue a uma norma, pois o C ao dizer que quer os 5.000
está em abuso de direito e por isso existe um alargamento do 338º que recorre
do 334º. Ele não demonstrou que a ponderação de interesses.
Aula 15 - 28/04
Antónia estaciona a mota à frente da sua moradia de tal maneira que o acesso à
garagem da moradia se torna impossível. Antónia é a única pessoa que vive naquela
moradia. Entretanto o polícia multou-a com 30€ pelo 50º/1 alínea c)
A diz ao polícia que a moradia é minha e que a teleologia do artigo impede que o
polícia a multe
Resolução:
O que se discute neste caso é o estacionamento da mota de Antónia à frente da sua
moradia em que o polícia a multa pelo artigo 50º/1 c) pois ela estacionou num sítio
onde se faz o acesso de pessoas ou veículos a propriedades, a parques ou a lugares de
estacionamento.
O argumento que suscita duvidas é por a garagem que está impedida de ser utilizada
pelo estacionamento de A pertencer à própria e apenas à própria.
O elemento literal corresponde ao artigo invocado pelo polícia. Do elemento
sistemático e histórico não temos dados. Do elemento teleológico previsto no art. 9
nº3 do CC, que corresponde à ratio legis ou fim concreto que a lei visa satisfazer,
decorre que com esta norma se pretende evitar que exista impedimento em aceder á
garagem ou parque de estacionamento. Por isso do elemento teleológico resulta que é
proibido estacionar à frente de garagens ou parques pois vai congestionar quem quiser
lá entrar. Segundo a lição do curso a teleologia plausível que A invoca
O polícia não consegue adivinhar que aquela mota era de Antónia a dona da garagem
Correção:
Prevalência sobre o elemento teleológico do elemento verbal
Porque é que a teleologia é esta? - A teleologia plausível é esta
A racio plausível é relevante na lição do curso.
Na lição do curso admite-se o uso a esta teleologia
Aula 16 - 05/05
Aula 17 - 08/05
Caso prático:
O António é condenado por atos de pedofilia praticados sobre a sua sobrinha de 4
anos Berta. Passado um ano o pai de António morre, sem testamento. Carlos, irmão de
A e pai de Berta invoca o disposto no artigo 2034º alínea b) do CC, à fortiori,
concluindo o nosso Carlos que António não pode receber bens da herança do pai de
António e de Carlos (avô de Berta). Aprecie a argumentação de Carlos.
Resolução:
No caso em questão, António foi condenado por atos de pedofilia praticados sobre a
sua sobrinha, Berta, que é filha de Carlos.
À fortiori é uma expressão que significa "maioria de razão". É utilizada quando se quer
reforçar um argumento que já é forte e torná-lo ainda mais evidente.
No caso apresentado, Carlos invoca a aplicação da alínea b) do artigo 2034º do CC para
impedir que António receba bens da herança do pai de António e de Carlos, que é avô
de Berta. Carlos argumenta que, se António foi condenado por atos de pedofilia
praticados contra a filha de Carlos, Berta, então ele não pode herdar, conforme
previsto na referida alínea b).
Ao utilizar o termo "à fortiori", Carlos está a reforçar a sua argumentação, ou seja, ele
está a dizer que se essa regra se aplica a outros casos semelhantes, com ainda mais
razão ela deve ser aplicada nesse caso específico.
A argumentação de Carlos é, desta forma, uma argumentação correta.
Correção
A prática do António não está nas palavras do 2034
Temos de verificar se podemos alcançar esta outra causa por argumento "à
fortiori"
A esmagadora maioria da doutrina admite a interpretação do argumento "à
fortiori"
Por maioria de razão o argumento por maioria de razão está presente no artigo
10º
Aproximar o argumento "à fortiori" à analogia é aproximado das lacunas
O 11º vai dizer que temos norma para isto e não é necessário retira-la por
maioria de razão. Impede-nos de alargar a exceções
O António é herdeiro
Aula 18 - 12/5
A viola a filha e a filha morre antes do António 15 anos depois. O único herdeiro da
Berta é o pai.
Aula 20 - 19/05
Caso prático:
O António com 15 anos é considerado um estudante genial pois está no 2º ano de
medicina e de grande maturidade com forma atestado pelo psicólogo
Com dinheiro poupado vindo das suas mesadas, recebidas dos país que são milionários
António compra uma biblioteca de livros de química por 45 mil €.
Discute-se a validade do negócio
Inválido pelo disposto no 125º
Válido por interpretação restritiva do disposto dos artigos 122 e 123 atendendo a que
a teleologia ali presente é a defesa da maturidade
Qual das teses é a correta?
Resolução
O argumento que é utilizado para demonstrar a invalidade da compra da biblioteca
pelo António é o artigo 125º pois António trata-se de um menor, pois ainda não
completou os 18 anos de idade, ou seja, a finalidade desta norma é fazer com que os
negócios celebrados por menores consigam ser anulados devido ao menor ser uma
pessoa que ainda não está pronta para celebrar um negócio.
Porém António com 15 anos de idade é um génio e está no 2º ano de medicina, ou
seja, é um rapaz que apesar de ser menor tem uma mentalidade e maturidade de
alguém que já atingiu a maioridade. No disposto do artigo 123º utilizam-se as palavras
"salvo disposição em contrário" em relação á capacidade de exercício do direitos de
um menor e neste caso temos um profissional psicólogo que confirma esta genialidade
do menor.
Correção:
Não podemos saber qual a teleologia da norma; não esta explicita na norma
Não existe correspondência verbal no disposto do 9º/2
A interpretação restritiva não é um método de interpretação mas sim um
resultado interpretativo
Podemos invocar a teleologia desde que ela seja plausível
Neste caso é plausível que a teleologia invocada tenha haver com a maturidade
de uma pessoa
Podemos encontrar na expressão menor a expressão imaturidade
Será que a teleologia plausível é mesmo esta?
Este caso é inválido porque o legislador optou pela certeza aritmética e esta
norma trabalha com algarismos e não podemos trabalhar com a teleologia as
normas plenas que é o caso desta
Aula 21 - 22/05
Qualquer norma excecional está sujeita á proibição pela aplicação por analogia
Lacuna patente é um buraco á nossa vista
Lacuna latente - aparentemente não falta norma
Lacuna por colisão - temos duas normas que pertencem a diplomas diferentes ou ao
mesmo que são publicados no mesmo dia e tendo o mesmo valor então aqui podemos
ter de facto uma lacuna de colisão
Ser jurista significa que procuramos o significado que as palavras tinham no momento
de feitura da lei e isto não é o elemento histórico
Aula 23 - 29/05