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indice
introdução

obectivo geral

objectivos específicos
Capitulo 1. - Fundamentação Teórica
1.1 Definição De Termos E Conceitos
1.1.2. Norma
1.1.3. Jurídica
Jurídica refere-se ao campo do direito ou da justiça. (FORENSE, 2019)
1.1.4. Norma Jurídica
São regras de conduta impostas pelo estado, visando a organização e regulação da
sociedade. (KELSEN, 1934).
1.1.5. Interpretação
É a ação de atribuir significado a algo, seja um texto, uma obra de arte, um fenômeno,
emtre outros. (FREUD, 1899)
1.1.6. Interpretação Das Normas Jurídicas
2. Modos De Interpretação Das Normas Jurídicas
2.1. Interpretação Autêntica
A interpretação autêntica é aquela que é feita pelo legislador, o orgão certificado pelo
estado para criar normas, a assembleia nacional. Segundo o artigo 13º do código cívil a
assembleia nacional tem o poder para fazer uma interpretação da lei, afim de criar uma
nova ou sucessiva, de valor igual ou superior a anterior, que será de caráter vinculativo,
sendo obrigatório o cumprimento da mesma lei para todos os cidadãos. (BATISTA E
COSTA, 2006, p. 272).
2.2. Interpretação Doutrinária Ou Doutrinal
A interpretação doutrinária é aquela que não se origina da assembleia nacional, mas é
feita por orgãos do estado ou particulares, como por exemplo: os tribunais, as
administrações, os advogados e juristas.
Nos tribunais e administrações, a interpretação feita, pode ter carácter vinculativo, mas
apenas para o caso que a administração ou o tribunal estiver a apreciar ou julgar.
A interpretação feita pelos advogados e juristas sobre os preceitos legislativos é
influenciado por doutrinas. Por isso não tem força vinculativa ou carácter oficial, nem
público. Mas pode ter o maior ou menor valor, na medida que for o prestígio do advogado
ou jurista.
3. Recursos Interpretativos De Normas Jurídicas
Dentre os vários recursos que servem de auxílio para a interpretação e explicação das
normas jurídicas, temos os seguintes: constituição da república, código penal, código
cívil, código familiar, direito administrativo, direito do trabalho, direito financeiro e
tributário, direito comercial e das sociedades comerciais.
Mas neste trabalho focaremos no código cívil.
3.1. Elementos Da Interpretação Das Normas Jurídicas
O artigo 9º do código cívil expressa os métodos ou elementos que devem fazer parte de
um processo de interpretação das normas jurídicas. O artigo diz o seguinte:
1) A interpretação não deve cingir-se a letra da lei, mas reconstruir a partir dos textos
o pensamento legislativo, tendo sobretudo em conta a unidade do sistema jurídico,
as circunstâncias em que a lei foi elaborada e as condições específicas do tempo
em que é aplicada.
2) Não pode, porém, ser considerado pelo intérprete o pensamento legislativo que
não tenha na letra da lei um mínimo de correspondência verbal, ainda que imper
feitamente expresso.
3) Na fixação do sentido e alcance da lei, o intérprete presumirá que o legislador
consagrou as soluções mais acertadas e soube exprimir o seu pensamento em
termos adequados.
A partir do primeiro ponto percebemos, que os elementos que fazem parte de um processo
de interpretação das normas jurídicas são: gramatical e lógico. O lógico por sua vez
divide-se em sistemático, histórico e teleológico.
3.1.1 Elemento Gramatical
“A interpretação não deve cingir-se a letra da lei”
O elemento gramatical é necessariamente , o ponto de partida do trabalho jurídico,
justamente porque o texto legal transporta as prescrições vinculantes do legislador. É
necessário olhar para as normas jurídicas tal como elas estão escritas. Seguir aquilo que
foi escrito ou estabelecido com rigor, sem desconsiderar ou omitir alguma palavra.
Para identificar o sentido de uma palavra, o intérprete se apegará na intuição linguística
da sociedade, mas esse raciocínio nem sempre é suficiente para a interpretação adequada
de um texto legal, uma vez que o legislador pode usar termos técnicos e especializados.
Por exemplo as normas jurídicas que vigoram em diferentes idiomas oficiais, uma vez
que conceitos legais, traduzidos em diferentes línguas nunca terão exatamente o mesmo
sentido para os seus leitores, porque a fronteira do teor da palavra põe limites a abragência
da interpretação. Por isso algumas decisões judiciais desconsideram o significado
gramatical, quando há argumentos sustentados por outros meios metódicos ou até motivos
extrajurídicos.(BYDLINSKI, 1982, p. 470).
3.1.2 Elemento Lógico
“Mas reconstituir a partir dos textos o pensamento legislativo”
Como o seu próprio nome induz, destina-se a interpretar mediante pensamento lógico e
racional, no qual se analisa a coerência do texto da lei. É importante dizer que esse
elemento procura verificar o sentido da norma, analisando a sua estrutura, sua colocação
no ordenamennto jurídico, bem como os motivos de sua edição, sendo todos esses
caminhos, uma forma de subsídio para o intérprete buscar a lógica.
3.1.2.1 Elemento Sistemático
“Tendo sobre tudo em conta a unidade do sistema jurídico”
É o método de interpretação mais complexo e sofisticado que existe, porque abrange todo
um sistema jurídico. Qualquer Norma jurídica está posta no seio de um conjunto
regulatório, formado por regras e princípios inseridos da mesma lei, em leis hierarquicas
iguais, superiores ou inferiores, cuja leitura pode ganhar importância decisiva na
interpretação de um dispositivo. Por isso a interpretação de um termo jurídico deve estar
em conformidade com o sistema jurídico. Universalmente é aceite que as normas da
constituição da república, sobre tudo os direitos fundamentais, podem exercer grande
influência em relação a uma interpretação extensiva ou restritiva de um artigo do código
cívil.(MORLOK, 2012, p.197).
Não existe um sistema jurídico fechado e numerosos produtos legislativos não se deixam
compreender de forma sistemática. Especialmente a interpretação a partir de artigos
constitucionais, costuma envolver a ponderação entre diferentes valores e interesses
reconhecidos pela ordem jurídica. Isso abre mais de uma opção para argumentação, o que
impõe razoabilidade e flexibilidade na defesa de uma interpretação. (MORLOK, 2012, p.
197).
3.1.2.2 Elemento Histórico
“As condições específicas do tempo em que é aplicada”
As normas são criadas segundo um historial, ou seja, segundo um conjunto de costumes
que mostra a intenção do legislador ao criar determinada norma jurídica. Uma
interpretação que pretenda ser fiel ao legislador deve incluir a consulta dos materiais
legislativos que podem esclarecer o significado intencionado de certos termos, os fins
específicos da norma, as alternativas de soluções rejeitadas, etc. Uma interpretação
histórica mais genérica não se concentra na vontade manifestada pelos orgãos
legislativos, mas tenta recapitular a situação social, política e económica no momento da
aprovação da lei. O objectivo aqui não é a reprodução da vontade legislativa original, mas
a relatividade que pode existir em função do contexto passado. (MORLOK, 2012, p.198).
3.1.2.3 Elemento Teleológico
“As circunstâncias em que a lei foi elaborada”
O artigo 9º fala sobre as circunstâncias em que a lei foi criada, ou seja, que as normas são
criadas de acordo com um objetivo específico, visando solucionar um certo problema. O
elemento teleológico da interpretação garante a elaboração de decisões racionais, uma
vez que não é um discurso interpretativo arbitrário, mas uma interpretação correta numa
ordem jurídica constitucionalizada, que impõe a concretização da norma.
O elemento teleológico possui duas vertentes que podem ajudar um intéprete a definir o
fim da norma concreta: a teoria subjectiva e a teoria objectiva.
A teoria subjectiva é uma forma de interpretação que se concentra na vontade do
legislador histórico, que se manifesta através do teor linguístico da norma jurídica e de
seu contexto de sentido.
A teoria objectiva é uma forma de interpretação que entende, que a finalidade das normas
jurídicas se desliga da intenção original de seu criador e deve ser fixada de acordo com
as necessidades actuais e os valores sociais prevalecentes no momento de sua aplicação.
Essa vertente objectiva do fim das normas jurídicas abre maiores espaços, para o trabalho
interpretativo do aplicador da norma, correspondendo melhor aos desafios de uma
intrpretação correta. (HAGER, 2009, p.32).
4. Resultados Da Interpretação Das Normas Jurídicas
4.1. Resultado Descritivo
O resultado descritivo é aquele que parte do pressuposto de que o sentido da norma cabe
na letra de seu enunciado, ou seja, a letra da lei está em harmonia com o espirito da lei,
cabendo ao intérprete apenas constatar a coincidência’’ «FERRAZ JR.,2001,p.290
Para se chegar a uma interpretação descritiva, o intérprete deve buscar a vontade do
legislador e os efeitos da sua interpretação devem coincidir com aquilo que o sentido das
suas palavras denotam. (Coelhos, 1981).
4.2. Resultado Extensivo
O resultado da interpretação é extensiva, quando o legislador expõe menos do que devia,
ou seja, quando não diz taxativamente o que a norma exige, levando o interpretador, o
ordinário ou a autêntica a fazer uma aplicação extensiva, ou seja, uma interpretação para
além daquilo que o legislador queria alcançar.
Por sua vez também leva em consideração a letra ou vontade da lei, ampliando o sentido
da norma para além do contido em sua letra, demonstrando que a extensão do sentido está
contida no espirito da lei, considerando que a norma diz menos do que queria dizer.
(FERRAZ JR, 2001, P.290-292).
4.3. Resultado Restritivo
O resultado da interpretação será restritivo, quando o legislador vai para além da medida
que se pode regular, ou seja, quando ultrapassa os limites da norma jurídica. Então o
interpretador poderá fazer uma interpretação restritiva, ou seja, restringir a norma a um
caso concreto.
Portanto, leva em consideração o critério da “vontade da lei”, levando em consideração
a norma jurídica, como algo independente da vontade do legislador, assumindo
significado próprio, uma vez expressado. (COELHO, 1981 )
conclusão
Referências Bibliográficas

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