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Bibliografia:
- Curso de Direito Constitucional; DA CUNHA, Dirley.
- Curso de Direito Constitucional, SILVA NETO, Manoel Jorge.
- Curso de Direito Constitucional; MENDES, Gilmar.
Avaliações:
- 04 Fichamentos (2,0)
- Prova I (9,0) 22/09
- Prova II (9,0) 10/11
Federalismo
A experiência norte-americana
O direito constitucional estadunidense foi a principal influência para os
movimentos federalista no Brasil. Tanto que Ruy Barbosa ao pensar na
estrutura política-administrativa brasileira, se baseou na constituição
norte-americana de 1776.
A obra ‘’O Federalista’’, escrita por um grupo de pessoas, quem traz as bases
para a adoção do federalismo nos Estados Unidos. Essa obra discute a
necessidade de adoção do federalismo em uma época que seu país era
dividido em 13 ex-colônias, com a justificativa que ao formar uma única
federação, ao invés de 13, tornaria mais difícil que uma tentativa da Inglaterra
de tornar os EUA colônia novamente se sucedesse.
Houve a chamada movimentação do federalismo centrípeta, pois foi um
movimento de fora para dentro, e houve também o movimento dual, que é a
concepção da existência da união e dos estados membros. O que não é de
atribuição da união é atribuído aos estados membros, sendo que jamais a
união deve interferir naquilo atribuído aos estados membros e vice-versa.
Devido a isso os estados membros possuem grande autonomia, mesmo com a
existência da união.
A transição da Constituição de 1824 para 1891
A constituição de 1824 traduzia um estado unitário formado por províncias, nas
quais os governadores eram nomeados pelo imperador.
Porém em 1891, com a nova constituição, inaugurada após a proclamação da
república, essas províncias passam para a condição de Estado membro.
O federalismo nacional foi um movimento centrifuga dual. No estado unitário se
submetiam ao império, ao estado central. No Federalismo, no entanto, não
existe hierarquia de posições, isso respeitando claro as competências da
constituição.
Devido ao histórico de movimento centrifuga dual, diferentemente do que
ocorre nos EUA, os estados membros do Brasil não possuem toda uma
legislação e constituições próprias, mas apenas algumas poucas mudanças em
relação a legislação da União.
Importante observar que atualmente o federalismo brasileiro é de 3 voltas e
não mais dual, pois os municípios agora também são considerados entes
federativos.
Características dos entes federativos brasileiros
Os entes federativos para serem considerados como tais devem possuir
autonomia administrativa, legislativa, funcional e orçamentária.
Os entes federativos são autônomos, inclusive os municípios, mas NÃO
soberanos. Soberano é apenas o Estado brasileiro.
Determinados autores emitem opiniões próprias pessoais que não condizem
com a CF. de 1988, julgando por diversos motivos que municípios não são
entes federativos, apesar de até mesmo o STF considerar o mesmo um ente
federal.
Essa autonomia orçamentária é alvo de muitas críticas, pois na prática não
ocorre, principalmente pelo fato dos municípios receberem muito menos
recursos decorrentes de tributos do que a união, dependendo de repasses.
Artigos 18 e 19 do CF/88
De acordo com o Art. 18 §1º Brasília é a capital federal do Estado brasileiro.
O Distrito Federal tem como simples finalidade envolver a capital Brasília, e
exerce a chamada autonomia mitigada. Como a autonomia é mitigada, existe
gerencia da união sobre a DF. Consequentemente, sua legislação é atípica,
baseada em leis distritais. Essas leis distritais são em parte uma Constituição
Estadual e em parte Leis Orgânicas Municipais.
Com base no Art. 32 da CF de 1988, a Lei Orgânica do DF seguirá o mesmo
processo legislativo das leis orgânicas municipais. Qual seja a lei, deverá ser
votada em 2 turnos, com interstício mínimo de 10 dias, observando a
aprovação por 2/3 da câmara legislativa
De acordo com o Art. 18 §2º territórios integram a União. Porem atualmente
não existem mais territórios no Brasil e seguindo a constituição é impossível
que os Estados se desintegrem e formem territórios futuramente.
Os estados membros podem mudar sua estrutura política administrativa
independente da união, mediante requisitos estabelecidos no §3º do Art.18,
que são: aprovação da maioria da população através de plebiscito, e do
Congresso Nacional por lei complementar.
Aula 11/08
Aula 01/09
Poder Judiciário – Continuação
AULA 08/09
Continuação P. Judiciário
Art. 97. ‘’somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou dos
membros do respectivo órgão especial poderão os tribunais declarar a
inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público. ‘’
‘’§ 2º A iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação à Câmara dos
Deputados de projeto de lei subscrito por, no mínimo, um por cento do
eleitorado nacional, distribuído pelo menos por cinco Estados, com não menos
de três décimos por cento dos eleitores de cada um deles. ’’.
‘’Art. 65. O projeto de lei aprovado por uma Casa será revisto pela outra, em
um só turno de discussão e votação, e enviado à sanção ou promulgação, se a
Casa revisora o aprovar, ou arquivado, se o rejeitar.
Parágrafo único. Sendo o projeto emendado, voltará à Casa iniciadora. ’’.
‘’Art. 66. A Casa na qual tenha sido concluída a votação enviará o projeto de lei
ao Presidente da República, que, aquiescendo, o sancionará. ... ’’.
- Veto: presidente tem prazo de 15 dia uteis para vetar projeto, no todo ou em
parte. Se o prazo for ultrapassado sem manifestação do poder executivo,
haverá a chamada sanção tácita (aquiescência – concordância em face à
expiração do prazo sem manifestação). Se o presidente vier a vetar projeto de
lei. Se ele não vetar projeto de lei manifestamente inconstitucional, não será
alvo de denúncia de
‘’Art. 69. As leis complementares serão aprovadas por maioria absoluta. ’’.
‘’Art. 47. Salvo disposição constitucional em contrário, as deliberações de cada
Casa e de suas Comissões serão tomadas por maioria dos votos, presente a
maioria absoluta de seus membros. ’’. *MAIORIA SIMPLES.
Medidas provisórias
No entanto em 2001, essas MPs sofrem alteração por meio da E.C nº32,
estabelecendo série de processos e requisitos referentes a mesma.
Natureza jurídica: os requisitos necessários mantidos para alteração de MP
foram os da relevância e da urgência. Importante lembrar que MPs possuem
força de lei.
Absurdos que aconteciam eram mantidos através de reedições, pois era mais
prático realizar pequenas alterações ao invés de anular MPs antigas e elaborar
novas. Ainda, MPs eram mantidas por anos através dessas reedições.
3. Ouvida do Conselho da
República e da Defesa
Nacional
Diferenças
1. Autonomia para Expedir 1. Solicitação ao Legislativo
o Decreto - Efeito para Expedir o Decreto
Imediato
2. Matérias
2. Pode ser decretado para
preservar a Ordem a. Após Estado de Defesa
Pública ou a Paz Social, b. Instabilidade de âmbito
ameaçadas por nacional
instabilidade
institucional, ou c. Declaração de
calamidade de grandes guerra/resposta a
proporções da natureza, agressão armada
em locais restritos e estrangeira
determinados
3. 30 dias, prorrogável uma 3. Tem prazo de 30 dias, mas
única vez. pode ser renovado
4. Direitos Fundamentais indefinidamente até que
Restringidos, já seja resolvido a situação
prescritos na CF que o motivou. Em caso de
Guerra ou Agressão
Armada, até que seja
resolvida.
4. Outros Direitos
Fundamentais, além dos
que já estão previstos na CF
poderão sofrer restrição. Se
for para as hipóteses a e b,
deve observar a CF
Arts. 85 e 86 da CF/88
Art. 85. São crimes de responsabilidade os atos
do Presidente da República que atentem contra a
Constituição Federal e, especialmente, contra:
I - a existência da União;
II - o livre exercício do Poder Legislativo, do
Poder Judiciário, do Ministério Público e dos Poderes
constitucionais das unidades da Federação;
III - o exercício dos direitos políticos, individuais
e sociais;
IV - a segurança interna do País;
V - a probidade na administração;
VI - a lei orçamentária;
VII - o cumprimento das leis e das decisões
judiciais.
Parágrafo único. Esses crimes serão definidos
em lei especial, que estabelecerá as normas de
processo e julgamento.
Art. 86. Admitida a acusação contra o Presidente
da República, por dois terços da Câmara dos
Deputados, será ele submetido a julgamento perante
o Supremo Tribunal Federal, nas infrações penais
comuns, ou perante o Senado Federal, nos crimes de
responsabilidade.
§ 1º O Presidente ficará suspenso de suas
funções:
I - nas infrações penais comuns, se recebida a
denúncia ou queixa-crime pelo Supremo Tribunal
Federal;
II - nos crimes de responsabilidade, após a
instauração do processo pelo Senado Federal.
§ 2º Se, decorrido o prazo de cento e oitenta dias,
o julgamento não estiver concluído, cessará o
afastamento do Presidente, sem prejuízo do regular
prosseguimento do processo.
§ 3º Enquanto não sobrevier sentença
condenatória, nas infrações comuns, o Presidente da
República não estará sujeito a prisão.
§ 4º O Presidente da República, na vigência de
seu mandato, não pode ser responsabilizado por atos
estranhos ao exercício de suas funções.