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DIREITOS HUMANOS
1. Introdução
É o direito frente ao Estado para que este custeie um advogado para atuar em nome do
assistido dentro de um processo judicial.
O art. 134 da CF/1988 diz que a defensoria é uma instituição permanente, essencial à
função jurisdicional do Estado. Além da atuação judicial em prol do assistido, deve
também promover direitos humanos, orientar juridicamente seu assistido e atuar de
forma judicial e extrajudicialmente; em suma, deve concretizar direitos a quem deles
necessita por meio da garantia de acesso à justiça.
3. Público atendido
A justiça gratuita não é verificada pelo defensor, mas sim pelo juiz; já a assistência
jurídica é verificada pelo defensor público através de critérios estabelecidos por cada
Estado. Quanto à justiça gratuita, o texto constitucional prevê o direito à gratuidade
para quem não conseguir pagar o custo do processo. Esse direito é regulamentado no
CPC no art. 98, sendo estendido aos brasileiros e estrangeiros (residentes ou não no
país).
Para as pessoas naturais, a justiça gratuita, verificada pelo juiz, exigirá uma declaração
de necessidade (declaração de hipossuficiência), possuindo essa declaração presunção
relativa de veracidade. Já em relação às pessoas jurídicas, é necessária a comprovação
da necessidade para ter o direito à justiça gratuita.
No Código de Processo Civil (CPC), a Defensoria ganha especial disciplina em seus arts.
185 a 187.
TÍTULO VII
DA DEFENSORIA PÚBLICA
Art. 185. A Defensoria Pública exercerá a orientação jurídica, a promoção dos direitos
humanos e a defesa dos direitos individuais e coletivos dos necessitados, em todos os
graus, de forma integral e gratuita.
§ 1º O prazo tem início com a intimação pessoal do defensor público, nos termos do art.
183, § 1º.
Na Lei de Ação Civil Pública (LACP), Lei nº 7.347/1985, a disciplina vem disposta
expressamente como legitimada.
Art. 5º Têm legitimidade para propor a ação principal e a ação cautelar: (Redação dada
pela Lei nº 11.448, de 2007.)
a) esteja constituída há pelo menos 1 (um) ano nos termos da lei civil; (Incluído pela Lei
Para além da Lei de Ação Civil Pública, a Lei Orgânica da Defensoria Pública, aplicável
também às Defensorias Estaduais, prevê expressamente a possibilidade de promoção
de quaisquer tipos de ação.
(...)
VII – promover ação civil pública e todas as espécies de ações capazes de propiciar a
adequada tutela dos direitos difusos, coletivos ou individuais homogêneos quando o
resultado da demanda puder beneficiar grupo de pessoas hipossuficientes;
(Redação dada pela LC 132/2009.)
O interesse discutido na lide tem que, de algum modo, favorecer necessitados, ainda
que beneficie outras pessoas ou grupos.
CDC, art. 81. A defesa dos interesses e direitos dos consumidores e das vítimas poderá
ser exercida em juízo individualmente, ou a título coletivo.
TÍTULO III
DA INTERVENÇÃO DE TERCEIROS
CAPÍTULO V
DO AMICUS CURIAE
a) ADI nº 4.636: DPE/SP na ADI nº 4.636, na qual o Conselho Federal da OAB impugna
dispositivos da Lei Orgânica Nacional da Defensoria Pública (LC nº 80/1994).
b) RE nº 580.963: DPU interveio. Esse recurso tratava sobre o caso de um a pessoa de
baixa renda que teve o pedido de benefício assistencial negado pelo INSS pelo fato de,
supostamente, ter renda incompatível. Fixou atribuições da instituição na defesa dos
hipossuficientes em causas previdenciárias.
c) ADPF nº 186: o partido DEM questionou o sistema de cotas raciais da UnB. DPU
como amicus curiae. Cotas são constitucionais. Lembrar: em 2017, o STF admitiu que a
Lei nº 12.990/2014 é constitucional.
d) REsp. nº 1.111.566: processo criminal contra motorista acusado de embriaguez ao
volante; poderiam ser admitidos outros meios de prova além do bafômetro e do exame
de sangue. A DPU foi admitida como amicus curiae.
e) REsp. nº 1.133.869: mutuário do SFH e a empresa seguradora, por ter negado a
cobertura securitária pretendida. Ingresso da DPU para a defesa dos consumidores e
hipossuficientes.
f) REsp. nº 339.313: prazo prescricional para o ajuizamento das
ações de repetição de indébitos de tarifas de água e esgoto.
DPU para a defesa dos consumidores e hipossuficientes.
Art. 4º-A. São direitos dos assistidos da Defensoria Pública, além daqueles previstos na
legislação estadual ou em atos normativos internos: (Incluído pela Lei Complementar nº
132, de 2009.)
III – o direito de ter sua pretensão revista no caso de recusa de atuação pelo Defensor
Público; (Incluído pela Lei Complementar nº 132, de 2009.)
IV – o patrocínio de seus direitos e interesses pelo defensor natural; (Incluído pela Lei
Complementar nº 132, de 2009.)