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Introdução ao Direito II

2º ano/2020

INTERPRETAÇÃO

1. NOÇÃO

Vamos entrar num dos capítulos mais importantes da cadeira, de tratamento obrigatório
numa Introdução ao Direito. O apontamento que se segue destina-se fundamentalmente a
definir as coordenadas do debate, bem como a sugerir pistas de reflexão. A vida do
homem supõe que as realidades com que se relaciona façam sentido e supõe
naturalmente, a possibilidade de alcançar esse sentido. Por isso, numa vida de relação, os
homens se interpretam mutuamente. A interpretação não é uma tarefa uniforme, não é a
mesma coisa interpretar uma conversa entre dois amigos no restaurante/ no café.

Um exemplo mais fácil é a interpretação da obra da arte, podemos referenciar ao quatro


referências: O SUJEITO, O MOMENTO, O FIM, e O OBJECTO DA
INTERPRETAÇÃO.

 Quem é o sujeito da interpretação? quem pode interpretar?


Em primeiro lugar, o autor/autores da obra da arte. É a chamada auto-
interpretação. Porém, também outras pessoas, sejam leigos ou especialistas. É a
chamada hetero-interpretação.

 E qual o momento/momentos da interpretação? quando se pode interpretar?


A obra da arte pode ser interpretada no momento da sua criação, ou pode sê-lo
posteriormente. No primeiro caso, a interpretação dir-se-á originária e no segundo
caso, dir-se-á superveniente.

 Qual fim da interpretação? O que é que verdadeiramente se procura na


interpretação de uma obra de arte?
Em princípio, três posições são concebíveis. Uma posição subjectivista genética
(do autor), em que se quer alcançar o sentido que o autor quis projector na obra.
Uma posição subjectivista do destinatário, em que se pretende exprimir o sentido
que o intérprete atribui à obra e uma posição objectivista, em que busca se busca
atingir um sentido mais objectivo, que permita aproximar as “leituras” da obra de
arte dos vários destinatários.

 Qual é o objecto da interpretação da obra da arte?


A resposta é a imagem ou texto.

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Depois dessa breve exemplo, vamos agora caminhar para LEI. O que é a lei? A
lei é um acto de poder politico do Estado, cria Direito, estabelece regras e impõe
condutas.

 Quem pode interpretar a lei?


Ora, a lei pode ser interpretada pelo mesmo órgão que elaborou a lei interpretada
– é a chamada auto- interpretação, ou pode ser interpretada por órgão ou entidade
diversa do órgão que elaborou a lei interpretada – é a hetero-interpretação
NOTA BEM: A auto-interpretação é também chamado a interpretação autêntica é
a toda aquela que se reveste de uma forma mais solene e a hetero-interpretação
pode ser feita por outro órgão do poder politico do Estado ou por particulares,
podendo efectuar pelo cidadão comum ou por juristas qualificador através de
parecer.

 Para que é que se interpretar?


Na busca de captar o sentido prevalecente na lei, duas posições são concebíveis,
uma posição subjectivista, em que se procura a apreensão do sentido atribuido
pelo legislador que criou a lei, isto é, o pensamento do legislador (mens
legislatoris) e UMA posição objectivista, em que se prossegue a determinação de
sentido que a lei objectivamente encerra, independentemente do desígnio do seu
criador, isto é, pensamento legislativo (mens legis).

 Qual é o fim da interpretação?


Quanto ao fim da interpretação, se procura a apreensão do sentido atribuido pelo
legislador no momento da criação da lei.

 O que é que se interpreta? a partir de que é que se interpreta? qual o objecto da


interpretação?
Na descoberta do sentido da lei é decisive a consideração de alguns elementos
fundamentais. Em primeiro lugar, o elemento literal/grammatical, que outra coisa
não é senão a letra da lei ou, por outras palavras, a sua forma escrita. Depois, os
elementos extra-literais: elemento histórico, elemento teleológico e elemento
sistemático.

Quando falamos da interpretação, primeiro cabe-nos a saber a sua definição real, a


interpretação é uma tarefa fundamental que, nos mais variados aspectos o dia-a-dia nos
impõe. A disposição legal apresenta-se ao jurista como um enunciado linguístico, como

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um conjunto de palavras que constituem texto. Interpretar consiste em retirar desse texto
um determinado sentido ou conteúdo de pensamento.

POR EXEMPLO: O texto comporta múltiplos sentidos e contém com frequência


expresses obscuras. Mesmo está claro à primeira leitura, a sua aplicÍção aos casos
concretos da vida faz muitas vezes surgir dificuldades de interpretação. Além de que,
embora aparentemente claro na sua expressão verbal mas também há dificuldades de
leitura, ou seja, o seu pensamento legislativo. DAÍ há necessidade de interpretação, ou
seja, daquela actividade do jurista que se destina a fixar o sentido do texto.

Conforme A. Santos Justo, a interpretação é a actividade intelectual que procura retirar de


uma “fonte” do direito o sentido normativo (a regra ou norma jurídica) que permita
resolver um caso prático que reclama uma solução jurídica. Entertanto, num livro de
“Filosofia de Derecho” do Legaz Y Lacambra tem lá uma afirmação que diz “aplicar el
Derecho es fundamentalmente interpretarlo”.

2. MODALIDADES

A interpretação tem sido duas modalidades: interpretação autêntica e a interpretação


doutrinal. A interpretação que vamos ver primeiro é a interpretação autêntica. Afinal O
QUE É UMA INTERPRETAÇÃO AUTÊNTICA? Bem, a interpretação autêntica
dimana duma “fonte” não hierarquicamente inferior à que se interpreta. Ocorre através
duma lei (dita interpretativa) que se integra na lei interpretada (cf. art. 12, no 1 do C.C).

O órgão competente que cria uma lei (p.ex, Parlamento Nacional), tem também a
competência para a interpretar, modificar, suspender ou revogar. Isto significa que, uma
vez promulgada certa lei e suscitadas dúvidas importantes acerca do seu exacto sentido
ou alcance, o órgão que editou tem competência para a interpretar através de uma nova
lei, a isto que se chama interpretação autêntica, representando uma manifestação da
competência legislativa.

Quanto à INTERPRETAÇÃO DOUTRINAL, cabe a nós a compreender que essa


interpretação é a interpretação feita por qualquer pessoa seja ou não juriconsulto, juiz,
jurista ou executor de um acto administrativo. Compreende, portanto, a interpretação
jurisdicional (feita pelo tribunal), a interpretação administrativa (a cargo da
Administração Pública), a interpretação particular (feita por qualquer pessoa não jurista)
e a interpretação doutrinal propriamente dita (realizada por juriconsultos e juristas). A
primeira só tem efeito vinculativo no processo em que tem lugar. A segunda tem eficácia
meramente interna da Administração Pública e, portanto, não vincula os particulares. E a
força das duas últimas baseia-se na autoridade intrínseca das razões invocadas; por isso,
não têm qualquer repercussão sobre a “fonte” interpretada: carecem de efeito vinculativo.

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3. OBJECTIVO

Obviamente existe três teorias dado a esta matéria, podemos compreender que essas
teorias resulta o objectivo da interpretação. O primeiro é a TEORIA SUBJECTIVISTA.
O que se fala nessa teoria? Bem, um autor conhecido no Direito chamado HECK
afirmava “de entre as várias acepções que o texto legal comporta, deve prevalecer aquela
que corresponda à vontade ou ao pensamento real do ‘legislador’, isto é, a ‘vontade
historicamente real do legislador’.

A teoria subjectivista foi elaborada na Escola alemã denominada Escola tradicional ou


clássica, no início do século XIX, representada por WINDSCHEID, SAVIGNY,
REGELSBERGER, ENNECCERUS, BIERLING, HECK e outros autores de
reconhecida projecção. Segundo esta teoria, a interpretação jurídica visa apreender e
reconstruir o pensamento ou a vontade real do legislador (mens ou voluntas legislatoris)
que se exprime no texto da lei.

Esta teoria defende que o objectivo da interpretação jurídica é determinar o pensamento


ou a vontade do legislador, a teoria subjectivista propõe-se afirmar uma estrita obediência
legislativa e, deste modo, respeitar o pr. da separação dos poderes e assegurar a segurança
e a certeza do direito.

CRÍTICAS: as críticas faz-se a teoria subjectivista prepara o mais melhor, o


principal crítica foi sobre o Estado e o poder politico, destacando que eles são
realidades instiucionais e não pessoais então carecem a vontade psicológica; o
legislador é um termo que personifica entidades muito complexas (Parlamento ou
Governo) e nem sempre é fácil determinar a sua vontade; as leis são vocacionadas
para vigorar durante muitos anos e até séculos de modo autónomo, reduzindo a
interpretação jurídica à mens ou voluntas legislatoris.

Em consequência, surgiu, na segunda metade do século XIX uma nova teoria que
acabou por se impor: a teoria objectivista. Então a segunda é a TEORIA
OBJECTIVISTA. Essa teoria se considera como uma teoria numa posição
moderna e hoje dominante tem como precursor THOL, e foi exposta, em 1885 e
1886, por BINDING, WACH, KOHLER, RADBRUCH e outros autores que se
destacaram na ciência jurídica alemã. Segundo esta teoria, após a sua elaboração a
lei desliga-se da vontade do legislador e assume um valor próprio, ou seja, o
intérprete não está vinculado à vontade do legislador real mas ao sentido
objectivado no texto. Por isso, determinar o sentido da lei não é procurer saber o
que o legislador quer mas a mens ou voluntas legis objectivamente considerada.

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Na base da teoria objectivista está a concepção que entende o Direito como uma
ordem normativamente objectiva perante o qual o legislador é um simples
intérprete. Por isso, o autor da lei não é o legislador mas a comunidade política-
jurídica. É o reflexo da ideia que acentua a crença na racionalidade interna do
direito positivo e considera lex mais ratio scripta do que voluntas.

CRÍTICAS: A expressão “vontade da lei” é uma personificação injustificada


da lei, porque só o homem tem vontade.

Última é a TEORIA MISTA. O que entenda por isso? a teoria mista ou teoria
gradualista marcou o movimento quando surgiu uma polémica entre as teorias
subjectivista e objectivista, em consequência, no início do século XX, surgisse uma teoria
chamada teoria mista representada por SCHREIER, DAHM, LARENZ, ENGISCH e
outros autores. Segundo esta nova teoria, importa retirar o que existe de verdade nas
teorias subjectivista e objectivista: naquela, no entendimento que a lei é feita por homens
e para homens, ou seja, é a expressão da vontade do legislador dirigida a criação de uma
ordem justa; nesta, a ideia que a lei vai além da intenção do legislador. Com esta attitude,
a teoria mista afirma a obediência ao poder legislativo que é um imperativo
constitucional nos Estados de Direito. Esta teoria foi acolhida pelo nosso legislador. Se já
ambígua expressão “pensamento legislativo” terá sido utilizada intencionalmente e os
trabalhos preparatórios não deixem dúvidas, o texto final revela inequivocamente essa
opção (art. 8 do Código Civil).

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4. ELEMENTOS DE INTERPRETAÇÃO

Refiramos agora os elementos de que o intérprete lança mão para desvendar o verdadeiro
sentido e alcance dos textos legais. A interpretação jurídica realiza-se através de
elementos, meios, factores ou critérios. O primeiro são as palavras em que a lei se
expressa (elemento literal); os outros constituem elementos denominados lógicos
(histórico, racional e teleológico) que permitem obter o sentido profundo, o espírito ou
alma da lei.

4.1 Elemento Literal


O elemento literal também dito grammatical, são as palavras em que a lei se exprime.
Constitui o ponto de partida da interpretação jurídica e desempenha duas funções:
negativa (afasta a interpretação que não tenha uma base de apoio na letra da lei) e
positiva (privilegia os vários significados possíveis).

A utilização do elemento literal obedece às regras gramaticais, mas o elemento literal é


menos importante. Porque? porque o elemento literal embora seja o ponto de partida, é
uma elemento frágil: há palavras por vezes vagas e pode bem suceder que o legislador
tenha dito mais ou menos do que pretendia dizer (por ex, é um artigo curto mas tem uma
interpretação longa  ).

O nosso código civil consagra o elemento literal como ponto de partida da interpretação
ao referir que “a interpretação deve (…) reconstituir, a partir dos textos, o pensamento
legislativo” (art. 8, no 1); estabelece a função negativa ao afirmar que o intérprete não
pode considerar aquele pensamento. “que não tenha letra na lei um mínimo de
correspondência verbal” (art. 8, no 2); reconhece a função positiva, quando determina
que o intérprete presumirá que o legislador. “soube exprimir o seu pensamento em termos
adequados” (art. 8, no 3); e presssupõe a menor importância da letra ao afirmar que “a
interpretação não deve cingir-se à letra da lei” (art. 8, no 1).

4.2 Elementos Lógicos

- Elemento Histórico

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Outro factor a que o intérprete recorre para determinar o sentido da lei é a sua historia. Na
sua grande maioria as leis não surgem de modo espontâneo, têm antecedentes, têm uma
história mais ou menos próxima.

- Elemento sistemático

Já sabemos que as normas jurídicas fazem parte de um sistema, o sistema de


normas jurídicas. Na base deste elemento está a ideia de que a ordem juridica tem
unidade e coerência jurídica. Com efeito, as normas jurídicas relacionam-se por:
subordinação (é a relação entre as normas e os princípios gerais do sistema
jurídico), conexão (é a relação entre as normas contíguas que formam o contexto
da norma, por ex, a interpretação de um artigo do nosso Código Civil exige o
conhecimento dos artigos anteriores e posteriores) e analogia (é a relação entre
preceitos semelhantes que integram outros institutos, por ex, a interpretação duma
disposição do contrato de mandato exige o conhecimento das normas que
constituem o contrato de empreitada).

O nosso código civil timorense reconhece igualmente a necessidade do elemento


sistemático, quando refere a “unidade do sistema jurídico” – art. 8 no 1 C.C

- Elemento Teleológico

Este elemento consiste no fim visado pelo legislador ao fazer a lei, a razão da ser
da lei (ratio legis). A lei deve ser entendida da maneira que melhor corresponda à
realização do fim que o legislador pretendeu. A ratio legis revela o valor dos
diversos interesses que a norma jurídica disciplina e, sendo o intérprete um
colaborador do legislador, a sua importância é fundamental.

O código civil timorense acolheu também este elemento ao determinar que “o


intérprete presumirá que o legislador consagrou as soluções mais acertadas” – art.
8 no 3 C.C

5. RESULTADOS DA INTERPRETAÇÃO

Como vimos, a interpretação visa determinar o sentido e alcance da lei e deve


partir do texto legislativo. Revimos atrás, o art. 9 no 3 do Código Civil dispõe que
<<na fixação do sentido e alcance da lei, o intérprete presumirá que o legislador

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consagrou as soluções mais acertadas e soube exprimir o seu pensamento em
termos adequados>>. A interpretação consiste precisamente na determinação do
sentido e alcance da lei ou, na expressão pouco clara do no 1 do mesmo artigo, do
pensamento legislativo.

Enquanto os elementos lógicos permitem conhecer o “espírito” da lei, o elemento


literal oferece-nos o significado das palavras em que a lei se exprime. Por isso,
junta-se a letra com o espírito da lei é possivel, segundo a concepção tradicional,
realiza-se as seguintes interpretação da lei: declarativa, extensiva, restritiva,
enunciativa e ab-rogante.

 Interpretação Declarativa

É a interpretação em que o sentido ou “espírito” da lei, determinado pelos


elementos lógicos, coincide perfeitamente com o significado das suas palavras. É
a interpretação que fixa à norma, como seu verdadeiro sentido.

Se a interpretação conclui que o sentido exacto é o mais amplo que o texto


comporta, chama-se interpretação declarativa lata, se conclui que o sentido é o
mais restrito, chama-se interpretação declarativa restrita.

Vejamos agora dois exemplos: Nos arts. 1241 no 1, 1246 no 1 e 1271 no 1 do


Código Civil emprega-se a palavra homem. Esta palavra tanto significa o ser
humano (sentido mais amplo) como apenas o ser humano masculino (sentido mais
restrito). Se interpretar aquela palavra, no contexto da norma de que faz parte,
com o sentido de ser humano (como deve interpretar-se), estamos perante uma
interpretação declarativa lata.
O art. 1707 no 1 do Código Civil, utiliza a palavra paternidade que também é
susceptível de um sentido amplo (abrangendo pai e mãe) e um sentido restrito
(abrangendo apenas o pai). Se em resultado da interpretação chegarmos à
conclusão (como devemos) de que o sentido exacto da palavra é apenas o de pai,
teremos uma interpretação declarativa restrita.

 Interpretação Extensiva

Esta interpretação verifica-se quando o intérprete, observando uma desarmonia


(desentendimento) entre o significado literal comum e o espírito da lei, corrige

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aquele para, deste modo, obedecer à mens ou voluntas legis. É a interpretação que
fixa à norma um sentido mais amplo que aquele que resulta do texto da lei. Diz-se
então que o legislador disse menos do que queria dizer.

A interpretação extensiva distingue-se da interpretação declarativa lata porque,


enquanto nesta coincide perfeitamente o significado literal comum e o espírito da
lei e apenas aquele se fixa, na interpretação extensiva o espírito da lei está
desarmonia com a letra. O objectivo dessa interpretação é respeitar inteiramente o
pensamento e vontade da lei. EXEMPLO, art. 811 no 1, do Código Civil dispõe
que <<os pais e avós não podem vender a filhos ou netos, se os outros filhos ou
netos não consentirem na venda>>. A questão que se discute e que tem a ver com
a interpretação daquela norma é a de saber se haverá proibição relativamente aos
bisavós. Se a conclusão for a de que o sentido real da norma abrange os bisávos,
estaremos perante um caso de interpretação extensiva. OUTRO EXEMPLO, art.
2045 C.C, a proibição do testamento comum: duas ou mais pessoas não podem
testar no mesmo acto quer em proveito recíproco quer em favor de terceiro. O
vocábulo terceiro deve estender-se a pessoas diferentes; por isso, A e B não
podem disport simultaneamente a favor de C e D.

 Interpretação Restritiva

A interpretação restritiva cumpre a função oposta à da interpretação extensiva.


Nesta interpretação, o legislador disse mais do que o que queria dizer .
EXEMPLO, art. 121 do C.C, refere-se aos negócios jurídicos celebrados pelo
menor. Se concluir pelos demais elementos da interpretação que o sentido da lei é
o de abranger apenas os menores não emancipados (como parece ser), então
estaremos perante um caso de interpretação restritiva. OUTRO EXEMPLO, art. 4
no 1 do C.C, publicidade da lei: a lei só se torna obrigatória depois de publicada
no jornal oficial. O vocábulo lei tem um sentido que carece de restrição; não é
qualquer lei, mas apenas aquela que deva ser publicada no Jornal da República.

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