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1. Art. 1º, caput, da Lei complementar 116/2003: “O Imposto Sobre Serviços de Qualquer
Natureza, de competência dos Municípios e do Distrito Federal, tem como fato gerador a
prestação de serviços constantes da lista anexa, ainda que esses não se constituam como
atividade preponderante do prestador”;
a. É necessário caráter mercantil? Profissionais liberais recolhem ISS?
b. É necessário haver efetivo pagamento pelo serviço?
2. Serviço (art. 3º, §2º, do CDC): “Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de
consumo, mediante remuneração, inclusive as de natureza bancária, financeira, de crédito e
securitária, salvo as decorrentes das relações de caráter trabalhista”;
a. Serviço como empreendimento de esforço humano;
b. Em outros dispositivos de Direito Privado: arts. 593 e 594 do CC.
CRITÉRIO MATERIAL
O serviço misto é previsto na Incidirá o ISS sobre o valor do serviço (mão de obra) e incidirá ICMS sobre o valor da mercadoria (art. 155, §2º, IX, “b”, da
lista anexa e há ressalva na CF). É o exemplo dos subitens 7.02 e 7.05, sobre serviços de engenharia, arquitetura, agronomia, geologia, urbanismo,
lista anexa para a incidência paisagismo e congêneres, quando o fornecimento de mercadorias produzidas pelo prestador ocorrer fora do local da
do ICMS prestação dos serviços e quando houver reparação, conservação e reforma de edifícios, estradas, pontes, protos e
congêneres se houver fornecimento de mercadorias pelo prestador dos serviços fora do local da prestação dos serviços que
ficam sujeitos ao ICMS.
O serviço misto é previsto na Incidirá tão somente ISS (é a maioria dos serviços na lista anexa – art. 1º, §2º, da Lei complementar 11). Inclusive, se
lista anexa e não há ressalva houver prestação mista, o ISS incidirá sobre o valor total da operação: mão de obra, partes, peças, produtos etc.
na lista anexa para a
incidência do ICMS Segundo a súmula 274 do STJ, o ISS incide sobre o valor dos serviços de assistência médica, incluindo-se neles as
refeições, os medicamentos e as diárias hospitalares.
O serviço misto não é Incidirá ICMS sobre este serviço (artigo 2º, IV, da Lei complementar 87/1996 e art. 155, §2º, IX, “b”, da CF). É o caso dos
previsto na lista anexa serviços de bares, restaurantes e similares, cujas operações com os seus consumidores estão sujeitas ao ICMS (artigo 2º, I,
da Lei complementar 87/1996 e súmula 163 do STJ), mas os outros serviços deverão ser tributados pelo ICMS com base no
artigo 2º, IV, da Lei complementar 87/1996.
1. A lista anexa da Lei complementar 116/2003 é taxativa? É taxativa somente nos itens ou também nos subitens? A expressão
“e congêneres”;
2. Taxatividade vertical e exemplificatividade horizontal (RE 361.829/RJ e REsp 121.428/RJ, julgados na égide da Lei
complementar 56/1987, mas a sistemática se impõe). RE 784.439/DF (Tema 296): é taxativa a lista de serviços sujeitos ao
ISS a que se refere o art. 156, III, da Constituição Federal, admitindo-se, contudo, a incidência do tributo sobre as
atividades inerentes aos serviços elencados em lei em razão da interpretação extensiva;
3. Outras hipóteses de incidência mais comuns:
a. Serviços bancários não expressamente listados (incide ISS desde que congêneres, pelo item 15 da lista anexa);
b. Leasing financeiro e lease back (incide ISS por serem contratos mistos em que o caráter de serviço é mais proeminente
que no leasing operacional, no qual prevalece o caráter de locação de bem móvel, segundo o RE 592.905/SC);
c. Factoring (anteriormente, o STF não entendia como incluído na lista anexa por não haver menção expressa na lista
anexa do Decreto-lei 406/1968 e por não haver a expressão “e congêneres”, mas agora há no item 10.04);
d. Franquia (Tema 300 – RE 603.136/RJ);
e. Cessão de direitos autorais em plataformas de streaming a título precário (REsp 1.559.264/RJ), com resistência
doutrinária.
CRITÉRIO MATERIAL
1. Está implícito na Lei complementar 116/2003, mas pode ser complementado com o teor
do art. 116, II, do CTN, ao se considerar o serviço como fracionável ou não
fracionável;
a. Se fracionável: apenas se completa o critério temporal com o final de cada fração,
etapa, fase, trecho ou ainda período de tempo;
b. Se não fracionável: só se concretiza o critério temporal com a integral conclusão do
fato.
CRITÉRIO ESPACIAL
1. Art. 3º, caput, da Lei complementar 116/2003: “O serviço considera-se prestado e o imposto, devido, no local do
estabelecimento prestador ou, na falta do estabelecimento, no local do domicílio do prestador, exceto nas
hipóteses previstas nos incisos I a XXV, quando o imposto será devido no local [...]”. Ficção jurídica para conferir
segurança;
a. Regra geral é o local do estabelecimento prestador, considerada a regra do art. 4º da Lei complementar 116/2003:
“Considera-se estabelecimento prestador o local onde o contribuinte desenvolva a atividade de prestar serviços, de
modo permanente ou temporário, e que configure unidade econômica ou profissional, sendo irrelevantes para
caracterizá-lo as denominações de sede, filial, agência, posto de atendimento, sucursal, escritório de representação
ou contato ou quaisquer outras que venham a ser utilizadas”;
b. Exceções (art. 3º da Lei complementar 116/2003);
i. Local do estabelecimento tomador ou do intermediário do serviço (para serviços provenientes do exterior – art.
3º, I, da Lei complementar 116/2003);
ii. Local de prestação de serviços (art. 3º, II a XXV, da Lei complementar 116/2003 – os últimos três incisos estão
com a eficácia suspensa pela ADI 5835);
iii. Jurisprudência do STJ: no caso de leasing financeiro, no local de efetiva prestação (decisão sobre a aprovação
CRITÉRIO ESPACIAL
1. Art. 7º da Lei complementar 116/2003: “A base de cálculo do imposto é o preço do serviço”. Cálculo por fora;
2. Arts. 8º e 8º-A da Lei complementar 116/2003: alíquota máxima de 5% e alíquota mínima de 2%;
a. Exceção: ISS fixo (art. 9º, §1º, do Decreto-Lei 406/1968), com alíquota específica. Requisitos para o pleito do
ISS fixo;
i. A sociedade deve ter um tipo de profissional no quadro societário, mas não necessariamente deve ser
unipessoal. Somente são admitidas as profissões relacionadas no artigo 9º, §3º, do Decreto-Lei 406/1968;
ii. A sociedade não pode ter elemento de empresa (sociedade simples do art. 982 do CC), o que significa que os
fatores de produção não devem se sobrepor à atuação profissional e direta dos sócios. Embargos de
Divergência EAREsp 31.084/MS: a tipologia da sociedade simples é desimportante se não houver elemento
de empresa (caso de uma sociedade simples que tinha tipo LTDA);
iii. Se se tratar de sociedade que recolha os tributos pelo Simples Nacional, não poderá haver recolhimento de
ISS fixo, pois o cálculo do ISS está embutido no valor próprio do DAS (Documento de Arrecadação do
Simples). Isto não se confunde com o ISS fixo e o ICMS fixo das MEs que aufiram até R$360 mil
anuais (artigo 33 da Resolução 140/2018 do CGSN).
OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS E SUBSTITUIÇÃO
CONCOMITANTE (RETENÇÃO NA FONTE)