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Jurisprudência
Bibliografia
341 p.
SUMÁRIO
Capítulo IV - Contribuinte;
Capítulo VI - Alíquota;
Capítulo IX - Jurisprudência.
Capítulo I - Conceito;
5
Capítulo I - Introdução;
Capítulo II - Conceitos;
Bibliografia
6
TÍTULO I
A EC nº 37 acrescentou, ainda:
I – terá alíquota mínima de dois por cento, exceto para os serviços a que
se referem os itens 32, 33 e 34 da Lista de Serviços anexa ao Decreto-lei nº
406, de 31 de dezembro de 1968;
II – não será objeto de concessão de isenções, incentivos e benefícios
fiscais, que resulte, direta ou indiretamente, na redução da alíquota mínima
estabelecida no inciso I”.
Constituição Federal
Constituição
Estadual
Lei Orgânica
Municipal
Lei Tributária
Municipal
Constituição Federal
10
Constituição Estadual
Lei Orgânica
1
Falcão, Amílcar de Araújo. Introdução ao Direito Tributário, 4ª ed., Rio de Janeiro, Forense,
1993.
12
3
Berry, Leonard. Marketing Services. New York, The Free Press, 1992.
4
Moraes, Bernardo Ribeiro de. Doutrina e Prática do ISS. São Paulo, Revista dos Tribunais,
1978.
5
Barreto, Aires F. ISS – Não incidência sobre franquia. São Paulo, Revista de Direito Tributário
nº 64, Malheiros.
14
6
Costa, Adriano Soares da. Incidência e Aplicação da Norma Jurídica Tributária. São Paulo,
Revista Tributária e de Finanças Públicas, ano 9, nº 38, maio – junho de 2001.
7
Moraes, Bernardo Ribeiro de. Compêndio de Direito Tributário, 5ª ed., Rio de Janeiro,
Forense, 1996.
15
2ª) por conseguinte, a norma tributária deve precisar seus conceitos próprios
assinalando os elementos de fato contidos nela, e quando utilizar os de outras
disciplinas deverá precisar o alcance que assinale aos mesmos;
3ª) na apreciação dos fatos determinantes da obrigação tributária substantiva,
a realidade econômica constitui um elemento a ser levado em conta, e sendo
ex lege a referida obrigação não deve ampliar-se por via de integração do
campo de aplicação da lei.
8
Tôrres, Heleno. Direito Tributário e Direito Privado. São Paulo, Revista dos Tribunais, 2003.
16
não poderá a União dispor sobre outros aspectos além daqueles antevistos
constitucionalmente. Esse é o caso dos arts. 146, I e III, a; 156, III; 155, § 2º,
XII, todos da CF. É evidente que a limitação de que se fala aqui não aparece
apenas nas relações entre pessoas políticas distintas, podendo ocorrer entre
Estados (ICMS: 155, § 2º) ou entre Municípios (ISS: 156, III), daí a exigência
de lei complementar para esses casos, insulando-se àqueles expressos na
Constituição; ou, quando não, expressos nos dispositivos próprios, no art. 146,
III, a, para dispor sobre fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes. Que
esse papel cumpra-se mediante a norma geral, portanto. Impedi-lo seria
consagrar a prevalência do direito privado sobre o tributário, resgatando tudo o
que de negativo traz a noção de ‘autonomia’ do direito tributário”.
Foi assim que o Supremo Tribunal Federal decidiu que o ICM não
abrange a saída de equipamento mediante comodato, por não se configurar
como mercadoria o objeto transferido, embora a lei ordinária de São Paulo
explicitava “saída a qualquer título”. A Constituição utiliza o vocábulo
“mercadorias”, a significar comercialização, produtos objetos de mercancia.
9
Martins, Sérgio Pinto. Manual do Imposto Sobre Serviços, 3ª ed., São Paulo, Atlas, 2000
17
“Em suma, com o fito de prevenir conflitos, poderá o Congresso, se quiser, (a)
definir os serviços como obrigações de fazer, (b) precisar os casos em que nas
operações mistas é possível separar (e só quando possível) mercadorias e
serviços (...) e, por decorrência, (c) não fechar a lista, deixando ao Município a
possibilidade residual de legislar para exaurir os seus fatos jurígenos. Uma lista
taxativa (numerus clausus) autoritária e tutelar será insuportável, além de
inconstitucional”.13
10
Embora um pouco desatualizada neste item específico, a obra mestra referente ao ISS, de
Bernardo Ribeiro de Moraes, Doutrina e Prática do ISS, São Paulo, Editora Revista dos
Tribunais, 1978, apresenta as listas de serviços aplicadas em vários países.
11
Tôrres, Heleno. Ob. cit. p. 106.
12
Carrazza, Roque Antonio. Curso de Direito Constitucional Tributário. 12ª ed. São Paulo,
Malheiros, 1999, p. 586.
13
Coêlho, Sacha Calmon Navarro. Ob. cit. p. 364.
19
Vamos supor, como mera especulação, que o ISS ficasse sob a plena
liberdade dos legisladores municipais, obedecendo apenas à norma
constitucional de instituir imposto sobre serviços de qualquer natureza. Por
evidência, cada município se basearia em seus próprios conceitos e
entendimentos a respeito da matéria, estabelecendo hipóteses de incidências
sobre as mais variadas situações, com possíveis conflitos entre legislações de
municípios vizinhos. Se lembrarmos as divergências havidas entre os estados,
no que diz respeito ao ICMS, resolvidas em parte pela criação do CONFAZ,
imaginemos o que poderia advir, em se tratando de mais de cinco mil e
quinhentas pessoas políticas envolvidas no tratamento de um mesmo tributo.
1º momento: a sua descrição elaborada pelo legislador, aquela que cria o fato
gerador ainda hipotético, em termos abstratos;
14
Falcão, Amílcar de Araújo. Fato Gerador da Obrigação Tributária, 3ª ed., São Paulo, Revista
dos Tribunais, 1974, p. 26
15
Ataliba, Geraldo. Hipótese de Incidência Tributária. 2ª ed., São Paulo, Revista dos Tribunais,
1975
21
16
Coêlho, Sacha Calmon Navarro. Curso de Direito Tributário Brasileiro. 6ª ed. Rio de Janeiro,
Forense, 2001, p. 583.
17
Geraldo Ataliba, Roque Antônio Carrazza, Sacha Calmon Navarro Coêlho, entre outros.
22
A. A profissionalidade.
B. A habitualidade.
Diz Pontes de Miranda: “Para que algo valha é preciso que exista”.19 E
para existir, como fato imponível da obrigação tributária, é preciso que todos os
elementos constitutivos do crédito tributário aconteçam e se realizem. E não
basta que a hipótese de incidência exista, se não surgirem os demais
elementos identificadores do crédito tributário, entre eles, o lançamento da
obrigação.
18
Afirmativa de Antônio Roberto Sampaio Dória, citada por Bernardo Ribeiro de Moraes, ob.
cit., p. 120.
19
Pontes de Miranda. Tratado de Direito Privado. Rio de Janeiro, Borsói, 1954, Vol. IV, p. 356.
23
Diz a nova lei que os serviços constantes da lista não ficam sujeitos ao
ICMS, ainda que sua prestação envolva fornecimento de mercadorias, com
exceção dos seguintes itens:
Importação
Outro aspecto a destacar diz respeito ao fato gerador do IPI. Nos termos
do art. 46 do CTN, o referido imposto tem por fato gerador (a) seu
desembaraço aduaneiro, quando de procedência estrangeira, (b) a saída
destes do estabelecimento do contribuinte, e (c) sua arrematação, quando
apreendidos e levados a leilão. Fácil observar que o IPI não incide sobre o
processo de industrialização, mas sim "em operações com produtos
industrializados", no dizer de Geraldo Ataliba. Nasce o imposto com o ato de
27
comércio que corresponda a um negócio jurídico, vale dizer, uma venda. Diz o
mestre: "é só havendo um industrial vendedor que se tem verificada a condição
suficiente para ocorrência da hipótese" (Hipótese de incidência do IPI, Revista
de Direito Tributário, 37/151).
Citando mais uma vez Marçal Justen Filho, "a nota característica do
serviço é a sua individualidade, onde cada serviço é um serviço, na acepção de
haver em cada oportunidade, uma identidade inconfundível e irrepetível:
enquanto que cada produto industrializado é uma espécie de um gênero que se
destina a ser ilimitado quantitativamente".
O exemplo do mestre que tão cedo nos deixou pressupõe uma operação
de beneficiamento na atividade acima, com a qual discordamos. Como já foi
visto, o beneficiamento importa em modificar, aperfeiçoar ou, de qualquer
forma, alterar o funcionamento, a utilização, o acabamento ou a aparência do
produto, mas desde que tal atividade faça parte do ciclo de industrialização, o
que inexiste no serviço do exemplo citado. Muito diferente quando uma
indústria montadora de veículos realiza a pintura e o polimento de seus
produtos, sendo, aí sim, caracterizada uma fase operacional de
industrialização. No exemplo, o ato de polir e pintar os veículos usados, é
entendido simplesmente como um serviço que visa melhorar o aspecto do bem
e destinado ao seu próprio usuário, pois não cabe ao prestador do serviço criar
suposições sobre as pretensões de revenda, substituindo o destinatário do
veículo.
Além dos três requisitos acima, vale lembrar que não importa ao
contribuinte do ISS, isto é, aquele que presta o serviço, se o seu cliente, o que
possui o bem onde será aplicado o serviço, tem objetivos industriais ou
comerciais. O importante é saber se o contribuinte exerce atividades
independentes de prestação de serviços ou se sua atividade é industrial, sendo
o serviço fase integrante dessa atividade, cujo resultado final não é o serviço
em si.
3.5 - Reciclagem
Exportação
prestado o serviço, ou seja, dentro dos seus limites territoriais, não resolve
como norma geral e absoluta, se levarmos em conta inúmeros exemplos de
serviços cujos locais de efetiva prestação se confundem e se misturam em
lugares distintos, como se fossem partes de um mesmo serviço.
21
Os Bancos são citados aqui apenas como exemplo, pois, naquela época, os serviços
bancários ainda não sofriam incidência do ISS.
39
Com isso, é dizer que local da prestação do serviço não vem a ser,
necessariamente, o endereço do tomador do serviço, ou local onde o serviço
será aproveitado. Deste modo, o local da incidência tributária é sempre o local
da prestação do serviço, o qual pode ser o Município do tomador, ou
contratante do serviço, ou o Município onde está situado o prestador, quando o
serviço foi lá realizado. Neste teor, a regra instituída pelo Ato Complementar nº
36 possuía uma lógica irretocável.
Art. 31. O domicílio civil da pessoa natural é o lugar onde ela estabelecer a sua
residência com ânimo definitivo.
40
(...)
Art. 35. Quanto às pessoas jurídicas o domicílio é:
(...)
IV – Das demais pessoas jurídicas, o lugar onde funcionarem as respectivas
diretorias e administrações, ou onde elegerem domicílio especial nos seus
estatutos ou atos constitutivos.
a) estabelecimento é um local;
b) o local pode ser edificado ou não;
c) o local pode ser privado ou público;
d) o local pode ser próprio ou de terceiro;
e) a atividade exercida no local pode ser temporária ou permanente.
41
22
Moraes, Bernardo Ribeiro de. “Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza”, na obra
Curso de Direito Tributário, coordenado por Ives Gandra da Silva Martins, 8ª ed., São Paulo,
Saraiva, 2001, p. 706.
42
IV – Serviços de demolição.
Local de incidência: no Município onde for executado o serviço.
23
Carvalho, Paulo de Barros. Curso de Direito Tributário. 6ª ed. São Paulo. Saraiva, 1993.
48
TABELA DE MENSALIDADES
Pagamento até o dia 5 do mês R$ 80,00
Pagamento até o dia 10 do mês R$ 100,00
Pagamento até o dia 15 do mês R$ 120,00
Pagamento até o dia 25 do mês R$ 140,00
24
Ob. cit. p. 196.
50
25
Ob. cit. p. 523.
51
Histórico
(...)
V - O art. 9º, § 3º, passa a vigorar com a seguinte redação:
"§ 3º. Quando os serviços a que se referem os itens 1, 2, 3, 5, 6, 11, 12 e 17 da
lista anexa forem prestados por sociedade, estas ficarão sujeitas ao imposto na
forma do § 1º, calculado em relação a cada profissional habilitado, sócio
empregado ou não, que preste serviço em nome da sociedade, embora
assumindo responsabilidade pessoal, nos termos da lei aplicável".
Nos termos do novo Código Civil, temos uma nova classificação das
sociedades, que podem ser empresárias ou simples, segundo tenham ou não
por objeto o exercício de uma atividade própria de empresário sujeito a registro,
sendo empresário sujeito a registro os que exercem profissionalmente
atividades econômicas organizadas para a produção ou circulação de bens ou
de serviços.
57
O trabalho intelectual
"... a Lei Complementar nº 116/03 não pretendeu revogar o art. 9º, §§1º e 3º
do Decreto-lei nº 406/68 resulta claramente do fato de que na enumeração
taxativa dos preceitos revogados, constantes do art. 10, foram incluídos todos
os artigos do Decreto-lei nº 406/68 que versavam sobre o ISS (arts. 8º, 10, 11 e
12), salvo precisamente o art. 9º, ostensivamente omitido. (...) Acresce que a
Lei Complementar nº 95, de 26 de fevereiro de 1998, que dispõe sobre a
elaboração, redação e a consolidação das leis, é clara em exigir em seu art. 9º,
com a redação dada pela Lei Complementar nº 107, de 26 de abril de 2001,
59
"A revogação, porém, pode também ser tácita, quando haja uma
incompatibilidade entre as novas disposições e as precedentes ou quando a
nova lei regula toda a matéria disciplinada pela anterior".
A irrepristinabilidade
enquanto a L/C 116 utilizou-se da técnica de dar ao objeto uma nova e global
disposição.
Há, contudo, quem discorde do fato de que a L/C 116/03 tenha regulado
inteiramente a matéria, além de não haver incompatibilidade entre as normas
ora expedidas com a forma especial de cálculo do imposto anteriormente
formulada para as sociedades profissionais. Neste sentido, diz o eminente
professor Hugo de Brito Machado:
Com a máxima vênia, a L/C 116/03 veio para cuidar exatamente das
normas gerais relativas ao imposto municipal, cumprindo o disposto no art. 146,
III, a, da Constituição Federal, ou seja, "definição de tributos e de suas
espécies, bem como, em relação aos impostos discriminados nesta
Constituição, a dos respectivos fatos geradores, bases de cálculo e
contribuintes". A lei trata especificamente do ISS e respectivo fato gerador,
base de cálculo e contribuintes, atendendo, também, o disposto no art. 156, III,
da Carta Magna ("compete aos Municípios instituir impostos sobre: (...) serviços
de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155, II, definidos em lei
complementar").
Evidências de incompatibilidade
Há, portanto, uma evidência de que a nova lista de serviços não foi
elaborada prevendo atender o disposto naquele parágrafo. Se a intenção fosse
a manutenção do texto, sem dúvida haveria a necessidade de alterar a sua
redação tornando-a compatível à nova lista de serviços.
Casos de substituição:
I – “A” pratica o fato gerador, e “B”, por isso, deve pagar o tributo;
II – inexiste sub-rogação. A norma não é alterada. A lei prevê desde logo que,
se “A” pratica um fato jurígeno, “B” deve pagar. Em termos jurídicos, não há
transferência de dever entre sujeitos passivos.
26
Hensel, Albert. Diritto Tributário, Milano, Giuffrè, 1ª ed., 1956, p. 58
27
Souza, Rubens Gomes de. Parecer – Sujeito Passivo das Taxas, in RDP, vol. 16, p. 341.
28
Coêlho, Sacha Calmon Navarro. Curso de Direito Tributário Brasileiro. 6ª ed., Rio de Janeiro,
Forense, 2001, p. 604.
66
5.2 - Solidariedade
30
Becker, Alfredo Augusto. Teoria Geral do Direito Tributário. 3ª ed., São Paulo, Lejus, 1998, p.
549
68
“Ora, inegável é que todo sujeito passivo tributário tem, inerente ao seu
status, o direito e o dever de cumprir obrigações formais ou materiais, ou de ver
reconhecidas prerrogativas, atinentes à relação tributária, ou dela decorrentes.
Entre estes direitos, está o de insurgir-se contra o débito do tributo, argüindo a
sua ilegalidade, ou a sua inconstitucionalidade. (...) O substituto legal, como
sujeito passivo que é, pode impugnar a relação tributária. Sim, porque, em
primeiro lugar, só se deve pagar tributo devido. No caso de tratar-se de
tributação ilegal, incumbe a quem esteja submetido à sua prestação a oposição
ao pagamento”.31
Vale ressaltar que qualquer ato ilícito praticado pelo próprio responsável,
por sua própria atuação, torna-o pessoalmente responsável pelas infrações
cometidas. Tais situações estão identificadas no art. 137 do CTN.
31
Falcão, Amílcar. Ob. cit. p. 90/91.
69
32
Falcão, Amílcar. Ob. cit. p. 89.
33
Coêlho, Sacha Calmon Navarro. Ob. cit. p. 614.
70
Conclusão
34
Torres, Ricardo Lobo. Curso de Direito Financeiro e Tributário. 2ª ed., Rio de Janeiro,
Renovar, 1995, p. 212.
35
Becker, Alfredo Augusto. Ob. cit. p. 556/557.
71
36
Veto do Ministério do Turismo. O relato integral das Justificativas está inserido neste Manual.
74
37
Nogueira, Ruy Barbosa. Curso de Direito Tributário. São Paulo, Saraiva, 1995. p. 229.
76
• Lançamento de ofício.
8.4 - O arbitramento
38
Coêlho, Sacha Calmon Navarro. Ob. Cit., p. 655.
79
I. A qualificação do autuado;
II. O local, a data e a hora da lavratura;
80
3.01 – (VETADO)
3.02 – Cessão de direito de uso de marcas e de sinais de propaganda.
3.03 – Exploração de salões de festas, centro de convenções, escritórios
virtuais, stands, quadras esportivas, estádios, ginásios, auditórios, casas de
espetáculos, parques de diversões, canchas e congêneres, para realização de
39
Vide o Capítulo V – Tributação do Comércio eletrônico – Provedores de Acesso.
86
40
Justificativa apresentada pelo Ministério da Fazenda. O relato integral das Justificativas está
inserido neste Manual.
87
e mental.
4.10 – Nutrição.
4.11 – Obstetrícia.
4.12 – Odontologia.
4.13 – Ortóptica.
4.14 – Próteses sob encomenda.
4.15 – Psicanálise.
4.16 – Psicologia.
4.17 – Casas de repouso e de recuperação, creches, asilos e congêneres.
4.18 – Inseminação artificial, fertilização in vitro e congêneres.
4.19 – Bancos de sangue, leite, pele, olhos, óvulos, sêmen e congêneres.
4.20 – Coleta de sangue, leite, tecidos, sêmen, órgãos e materiais biológicos
de qualquer espécie.
4.21 – Unidade de atendimento, assistência ou tratamento móvel e
congêneres.
4.22 – Planos de medicina de grupo ou individual e convênios para prestação
de assistência médica, hospitalar, odontológica e congêneres.
4.23 – Outros planos de saúde que se cumpram através de serviços de
terceiros contratados, credenciados, cooperados ou apenas pagos pelo
operador do plano mediante indicação do beneficiário.
4.01. Biomedicina
4.03. Acupuntura
4.07. Nutrição
minerais.
7.22 – Nucleação e bombardeamento de nuvens e congêneres.
Na lista:
98
Dessa forma, tanto faz a redação do inciso I do § 2º, do art. 7º, quanto à
inserida nos subitens 7.02 e 7.05, pois as duas tratam exatamente do mesmo
dispositivo. Ou melhor, a redação da lista de serviço é ainda mais explícita e
limitativa: ela faz referência à mercadoria (e não a materiais), deixando claro
tratar-se de um produto a ser vendido ao cliente, adicionando-se a missão de
instalá-lo. A pessoa assume, portanto, duas obrigações distintas: a de dar a
mercadoria; e a de fazer a obra. Um exemplo: uma grande indústria e
construtora fabrica gigantescos pré-moldados para pontes e viadutos, mas,
além de fabricá-los, ela assume a obrigação de preparar a base e instalá-los no
local desejado. Ela cobra do cliente pela venda do pré-moldado e pelo serviço
de instalação. Outro exemplo: uma grande indústria de São Paulo fabrica tetos
solares para galpões de fábricas. Na verdade, ela vende os tetos solares, mas
a própria empresa fecha contrato para também realizar a sua instalação, o que
requer exímios cuidados técnicos de engenharia.
às vendas praticadas, e não, tão somente, acatar notas fiscais de terceiros que,
na verdade, nada significam para esclarecer a questão.
imposto sobre 30% (trinta por cento) das parcelas efetivamente recebidas
sujeitas às deduções de subempreitada, quando couber.
Lei 4.591/64:
Lei 4.591
Art. 48. A construção de imóveis, objeto de incorporação nos moldes previstos
nesta Lei poderá ser contratada sob o regime de empreitada ou de
administração conforme adiante definidos e poderá estar incluída no contrato
com o incorporador, ou ser contratada diretamente entre os adquirentes e o
construtor.
105
Art. 55. Nas incorporações em que a construção seja feita pelo regime de
empreitada, esta poderá ser a preço fixo, ou a preço reajustável por índices
previamente determinados.
§ 1º Na empreitada a preço fixo, o preço da construção será irreajustável,
independentemente das variações que sofrer o custo efetivo das obras e
qualquer que sejam suas causas.
§ 2º Na empreitada a preço reajustável, o preço fixado no contrato será
reajustado na forma e nas épocas nele expressamente previstas, em função da
variação dos índices adotados, também previstos obrigatoriamente no contrato.
§ 3º Nos contratos de construção por empreitada, a Comissão de
Representantes fiscalizará o andamento da obra e a obediência ao Projeto e às
especificações exercendo as demais obrigações inerentes à sua função
representativa dos contratantes e fiscalizadora da construção.
Art. 58. Nas incorporações em que a construção for contratada pelo regime de
administração, também chamado "a preço de custo", será de responsabilidade
dos proprietários ou adquirentes o pagamento do custo integral de obra,
observadas as seguintes disposições:
I - todas as faturas, duplicatas, recibos e quaisquer documentos referentes às
transações ou aquisições para construção, serão emitidos em nome do
condomínio dos contratantes da construção;
II - todas as contribuições dos condôminos para qualquer fim relacionado com
a construção serão depositadas em contas abertas em nome do condomínio
dos contratantes em estabelecimentos bancários, as quais, serão
movimentadas pela forma que for fixada no contrato.
O ISS incide nos dois casos, tendo por base cálculo o preço da
construção, o qual poderá ser obtido através da apresentação do contrato
firmado com a empreiteira ou mediante estimativa em função do custo do metro
quadrado construído.
§ 1o O valor anual ou semestral referido no caput deste artigo deverá ter como base a última
parcela da anuidade ou da semestralidade legalmente fixada no ano anterior, multiplicada pelo
número de parcelas do período letivo.
§ 3o O valor total, anual ou semestral, apurado na forma dos parágrafos precedentes terá
vigência por um ano e será dividido em doze ou seis parcelas mensais iguais, facultada a
apresentação de planos de pagamento alternativos, desde que não excedam ao valor total
anual ou semestral apurado na forma dos parágrafos anteriores.
Art. 9o A Lei nº 9.131, de 24 de novembro de 1995, passa a vigorar acrescida dos seguintes
artigos:
III - conservar em boa ordem, pelo prazo de cinco anos, contado da data de emissão, os
documentos que comprovem a origem de suas receitas e a efetivação de suas despesas, bem
como a realização de quaisquer outros atos ou operações que venham a modificar sua
situação patrimonial;
42
Os jornais divulgaram recentemente que um dos nossos Ministros resolveu “morar” em um
hotel, opção, aliás, adotada por várias pessoas de boas posses, que preferem ter um custo
maior de moradia em troca da comodidade dos serviços hoteleiros. Esses casos devem ser
tratados como locação ou hospedagem? Temos a convicção de que estamos tratando de
hospedagem, porque o objetivo do hóspede supera o simples desejo de moradia, tendo por
foco principalmente os acessórios de comodidade ofertados.
112
congêneres.
12.17 – Recreação e animação, inclusive em festas e eventos de qualquer
natureza.
Segmento cultural
Segmento lazer
44
Bernardo Ribeiro de Moraes, Ob. cit., p. 287
45
Com a meticulosidade de sempre, o Professor Bernardo Ribeiro de Moraes usou o mesmo
exemplo de bar que se transforma em taxi-dancing, na obra já tantas vezes referida.
116
13.01 – (VETADO)
13.02 – Fonografia ou gravação de sons, inclusive trucagem, dublagem,
mixagem e congêneres.
13.03 – Fotografia e cinematografia, inclusive revelação, ampliação, cópia,
reprodução, trucagem e congêneres.
13.04 – Reprografia, microfilmagem e digitalização.
13.05 – Composição gráfica, fotocomposição, clicheria, zincografia, litografia,
fotolitografia.
Composição gráfica
14.04 – A nova lei retirou do texto a condição: “para o usuário final”. Assim,
não vem mais ao caso o destinatário do serviço, havendo incidência de ISS nos
serviços de recauchutagem ou regeneração de pneus prestados, inclusive,
para empresas de revenda, ou intermediários. Ou seja, se uma revendedora de
pneus entrega pneus usados para recebê-los de volta, recauchutados ou
regenerados, e colocá-los à venda, o serviço prestado está sujeito ao ISS. O
contribuinte do imposto é a firma que conserta e não a que vende.
EXTERNOS
RENDAS DE ARRENDAMENTOS OPERACIONAIS - RECURSOS 7.1.2.25.00-3
EXTERNOS
RENDAS DE ARRENDAMENTOS OPERACIONAIS - RECURSOS 7.1.2.15.00-6
INTERNOS
RENDAS DE ASSESSORIA TÉCNICA 7.1.7.30.00-0
RENDAS DE COBRANÇA 7.1.7.40.00-7
RENDAS DE COMISSÕES DE COLOCAÇÃO DE TÍTULOS 7.1.7.45.00-2
RENDAS DE CORRETAGENS DE CÂMBIO 7.1.7.50.00-4
RENDAS DE CORRETAGENS DE OPERAÇÕES EM BOLSAS 7.1.7.60.00-1
RENDAS DE CRÉDITOS DECORRENTES DE CONTRATOS DE 7.1.9.25.00-4
EXPORTAÇÃO ADQUIRIDOS
RENDAS DE CRÉDITOS POR AVAIS E FIANÇAS HONRADOS 7.1.9.50.00-0
RENDAS DE GARANTIAS PRESTADAS 7.1.9.70.00-4
RENDAS DE OPERAÇÕES DE CÂMBIO 7.1.3.10.00-4
Exportação 7.1.3.10.10-7
Importação 7.1.3.10.20-0
Financeiro 7.1.3.10.30-3
Outras 7.1.3.10.90-1
RENDAS DE OPERAÇÕES DE CÂMBIO - TAXAS FLUTUANTES 7.1.3.20.00-1
RENDAS DE OUTROS SERVIÇOS 7.1.7.99.00-3
Com os seguintes subtítulos:
- Fornecimento de Segundas Vias de Documentos e Avisos
de Lançamentos
- Fornecimento de Extratos e Talonários
- Agente Fiduciário
- Emissão de Cheques-Salário
- Sustação de Pagamento de Cheques
- Emissão e Renovação de Cartões Magnéticos
- Consulta em Terminais Eletrônicos
- Aluguel de Cofres
- Elaboração e Atualização de Ficha Cadastral
- Pagamentos e Recebimentos por Conta de Terceiros
RENDAS DE SERVIÇOS DE CUSTÓDIA 7.1.7.70.00-8
RENDAS DE SERVIÇOS PRESTADOS A LIGADAS 7.1.7.80.00-5
RENDAS DE SUBARRENDAMENTOS 7.1.2.30.00-5
RENDAS DE TAXAS DE ADMINISTRAÇÃO DE CONSÓRCIOS 7.1.7.35.00-5
RENDAS DE TRANSFERÊNCIA DE FUNDOS 7.1.7.90.00-2
46
Sempre preciosas as lições de Sacha Calmon Navarro Coêlho: “Evidentemente não se trata
da tributação dos atos ilícitos tipificados como delituosos, já que o fato gerador dos tributos é
sempre um fato lícito. A questão se resolve da seguinte maneira:
A) são tributáveis os fatos lícitos embora realizados ilicitamente;
B) não podem ser tributados os fatos ilícitos, como por exemplo o rufianismo, o jogo do
bicho ou o tráfico de drogas”
Sacha Calmon Navarro Coêlho. Ob. Cit., p. 597.
124
17.21 – Estatística.
17.22 – Cobrança em geral.
17.23 – Assessoria, análise, avaliação, atendimento, consulta, cadastro,
seleção, gerenciamento de informações, administração de contas a receber ou
a pagar e em geral, relacionados a operações de faturização (factoring).
17.24 – Apresentação de palestras, conferências, seminários e congêneres.
• Planejamento de marketing;
• Pesquisa de mercado;
• Criação artística de símbolos, logomarcas, lay-outs, desenhos etc.;
• Elaboração de textos, frases, etc.;
• Elaboração de filmes, clichês, cartazes, painéis etc.;
• Veicular e distribuir a produção de propaganda na mídia;
• Contratar produtores e instaladores de painéis e cartazes;
• Acompanhar e controlar a divulgação da propaganda;
• Acompanhar desempenho e emitir relatórios de resultados.
47
Martins, Ives Gandra da Silva. Cobrança de ISS por Municípios servidos por estradas objeto
de privatização. Revista Tributária e de Finanças Públicas, Ano 9 nº 41, novembro-dezembro
de 2001, São Paulo, Revista dos Tribunais, pp 219-220.
126
Serviços de Comunicação
48
Cf. comentário de Werner Nabiça Coelho, in “O Imposto sobre serviços de comunicação
(ISSC), de competência dos Estados e Distrito Federal, e a hipótese do Imposto sobre o
serviço de transporte de informações”. Revista Tributária e de Finanças Públicas, n. 50, maio-
junho de 2003.
49
Barreto, Aires F. Imposto sobre serviços de qualquer natureza. Revista de Direito Tributário,
29-30/188.
50
Mendroni, Fernando Batlouni. Revista Tributária e de Finanças Públicas, n. 38, maio-junho
de 2001.
128
52
Carrazza, Roque Antônio. ICMS, 3ª ed., São Paulo, Malheiros, 1997, p. 98.
130
Franquia
53
Coêlho, Sacha Calmon Navarro. Ob. cit., p. 333.
54
Ob. cit., p. 319.
55
Martins, Sergio Pinto. Manual do Imposto sobre Serviços, 3ª ed., São Paulo, Atlas, 2000, p.
116.
131
56
Orlando Gomes; Fran Martins; e Antônio Chaves, citados por Sergio Pinto Martins.
132
Factoring
Nos termos da lei, o ISS não incide sobre a taxa de desconto, e sim
sobre os serviços acessórios que envolvem a operação. O faturizador analisa o
“borderô”, pesquisa os “sacados”, faz cadastro, seleciona os créditos,
administra os créditos escolhidos, notifica os “sacados”, faz cobrança e pratica
outros serviços inerentes à operação. Por tudo isso, cobra do cliente um
determinado valor, adicionado à taxa da operação. Ocorre que as empresas de
factoring estão obrigadas ao cumprimento da chamada Lei de Usura (Decreto-
lei nº 22.626/33), não podendo aplicar taxa de juros superior a 12% ao ano.
Nesse sentido, os regulamentos municipais provavelmente exigirão das
referidas empresas discriminar as receitas e tudo aquilo que superar o
equivalente aos 12% de cada operação será considerado valor tributável.
57
Bom lembrar que em tais casos, os Bancos direcionam os seguros fechados por suas
agências para determinadas Corretoras de Seguros sediadas junto à matriz do Banco, ou nas
capitais dos estados.
135
AGORA:
19.01 - Serviços de distribuição e venda de bilhetes e demais produtos de
loteria, bingos, cartões, pules ou cupons de apostas, sorteios, prêmios,
inclusive os decorrentes de títulos de capitalização e congêneres.
Títulos de capitalização
Loterias
Jogos de bingo
Serviços Portuários
Serviços aeroportuários
Terminais rodoviários
A Lei Complementar n. 116 trouxe anexa uma nova lista, procurando deslindar
algumas dúvidas acerca da base de incidência do imposto sobre serviços de
qualquer natureza.
A matéria, porém, exige mais detida análise para que se possa chegar a
alguma conclusão. Em primeiro lugar, tanto os argumentos sustentados
judicialmente pela ANOREG como pelo PGR padecem de um equívoco basilar,
quando afirmam que os valores recebidos pelos Notários têm a natureza de
taxa.
58
- Código Tributário Nacional - Art. 80. Para efeito de instituição e cobrança de taxas,
consideram-se compreendidas no âmbito das atribuições da União, dos Estados, do Distrito
Federal ou dos Municípios, aquelas que, segundo a Constituição Federal, as Constituições dos
Estados, as Leis Orgânicas do Distrito Federal e dos Municípios e a legislação com elas
compatível, competem a cada uma dessas pessoas de direito público.
59
Vale citar excerto da obra de Bernardo Ribeiro de Moraes: “Uma das características
essenciais da taxa, como tributo, é ser devida ao Estado, ou melhor, às pessoas jurídicas de
Direito Público, constitucionalmente dotadas de competência tributária , que, por sua vez, vem
a ser a parcela de poder fiscal atribuída pelo legislador constituinte a cada uma das pessoas
jurídicas de Direito Público constitucional”. (Doutrina e Prática das Taxas. Revista dos
Tribunais, São Paulo, p. 57).
60
Art. 7º A competência tributária é indelegável, salvo atribuição das funções de arrecadar ou
fiscalizar tributos, ou de executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas em matéria
142
Cite-se, como exemplo das referidas funções não delegadas aos notários, a
licitação e a compra de selos para aposição nos atos de certificação e registro;
a realização de correições e ações de controle; serviços de direcionamento e
definição de atribuições e limites territoriais dos respectivos serviços notariais.
Para isto, parcela dos emolumentos cobrados dos tomadores dos serviços
notariais ou de registro é destinada definitivamente ao custeio de atividades
desempenhadas por tais órgãos públicos, como é o caso da taxa de 20%
instituída em favor do Fundo Especial do Tribunal de Justiça do Estado do Rio
de Janeiro e ainda, os valores recolhidos em favor das mútuas dos Magistrados
e dos Promotores de Justiça, Caixas de Assistência e similares.
Estes e outros recolhimentos vinculados aos atos cartorários, certificatórios ou
registrais não são repassados ou retidos pelos notários ou tabeliães a título de
ressarcimento ou remuneração, demonstrando que eles são apenas
prestadores de parte do serviço público, constitucionalmente pertencente ao
Estado-membro.
tributária, conferida por uma pessoa jurídica de direito público a outra, nos termos do § 3º do
artigo 18 da Constituição.
61
Lei 4.320/64 - Art. 56. O recolhimento de todas as receitas far-se-á em estrita observância ao
princípio de unidade de tesouraria, vedada qualquer fragmentação para criação de caixas
especiais. Art. 57. Ressalvado o disposto no parágrafo único do artigo 3 desta lei serão
classificadas como receita orçamentária, sob as rubricas próprias, todas as receitas
arrecadadas, inclusive as provenientes de operações de crédito, ainda que não previstas no
Orçamento.
143
(...)
(ROMS 7730 / RS ; RECURSO ORDINARIO EM MANDADO DE SEGURANÇA
1996/0061180-7; Fonte DJ DATA:27/10/1997 PG:54720 Relator Min. JOSÉ
DELGADO; Data da Decisão 01/09/1997; - PRIMEIRA TURMA).
Ora, já vimos que não se trata de taxa (tributo) o valor despendido pelo Estado-
membro para remunerar os serviços prestados, sob regime de delegação,
pelos notários e registradores. A remuneração assegurada pela Fazenda
Pública Estadual aos notários, variável em razão da quantidade de atos por
eles praticados, tem claramente natureza de preço público legalmente fixado.
Fala-se em fixação legal pois não há, propriamente, uma delegação contratual.
O particular age, aqui, em colaboração com o Poder Público, por meio de um
ato de investidura, que dá substância a uma espécie de delegação legalmente
prevista.
como tarifa ou preço público. Jamais, porém, como taxa (tributo). Bem
entendida, compreende-se que a taxa é a fonte de custeio desta remuneração,
repassada financeira e orçamentariamente aos agentes delegatários como
preço pago pelo Estado-membro na medida da parcela dos serviços públicos
prestados à população.
(...)
Há, portanto, nítida manifestação econômica de riqueza por parte dos notários
e registradores, configurando o fato gerador do ISSQN, nos moldes definidos
no parágrafo 3o. do art. 1o. da Lei Complementar n. 116/03,63 ainda que o
pagamento do preço ou tarifa não o seja pelo usuário final do serviço, mas pelo
Estado-membro delegante.
62
O art. 236, § 3o. determina, inclusive, que não se admite a vacância da serventia notarial, o
§1o aponta expressamente a fiscalização judiciária dos serviços.
63
LC 116/03 - Art. 1o. § 3o. O imposto de que trata esta Lei Complementar incide ainda sobre
os serviços prestados mediante a utilização de bens e serviços públicos explorados
economicamente mediante autorização, permissão ou concessão, com o pagamento de tarifa,
preço ou pedágio pelo usuário final do serviço.
146
CONCLUSÃO
Do exposto pode-se concluir:
1) A taxa é tributo vinculado à relação jurídico-tributária entre o tomador dos
serviços e o Poder Público Tributante (art. 80 do CTN);
64
“As discriminações fiscais são desigualdades infundadas que prejudicam a liberdade do
contribuinte. Qualquer discrímen desarrazoado, que implique excluir alguém da regra tributária
geral ou de um privilégio não-odioso, constituirá ofensa aos seus direitos humanos, posto que
desrespeitará a igualdade assegurada no art. 5° da CF”. “As discriminações, sendo exceções à
regra tributária geral, podem aparecer também como a face oculta ou negativa dos privilégios
odiosos ou como omissão parcial da norma que concede o privilégio não-odioso. Na
interpretação das desigualdades a presunção milita no sentido da odiosidade das diferenças”.
(Os Direitos Humanos e a Tributação - Imunidades e Isonomia. Rio de Janeiro: Ed. Renovar,
1995, p. 259 e seguintes).
147
Biologia
Biotecnologia
Química
65
Informações extraídas da Grande Enciclopédia Larousse Cultural, Editora Nova Cultural,
1998.
155
Talvez, por isso, a lei tenha usado terminologia restrita, ou seja, não
incluiu a expressão “congênere”, evitando abrangências não relacionadas com
a verdadeira atividade jornalística. Os serviços de reportagem, por exemplo,
são exclusivos de jornalista, porque Repórter é cargo de jornalista. Assessor de
160
Artista
Artista (do latim clássico ars, artis, arte) é a pessoa que exerce
profissionalmente qualquer uma das artes. Arte é a maneira de fazer algo
segundo as regras, definição abrangente e de difícil mensuração.
Atleta
Bom lembrar que o item faz referência aos “serviços de atletas” e não
aos “serviços de esportes”. A incidência é sobre o atleta e não sobre o esporte.
Fica uma dúvida: o chamado “direito de imagem”, quando da transmissão ou
retransmissão de um evento esportivo, em que os atletas participam em 20%
66
Nunes, Inácio. Lei Pelé. Lúmen Júris. Texto obtido através da Internet, site
www.inacionunes.com.br; em 2 de agosto de 2003.
163
Modelo
Ao contrário do item 37, no que diz respeito aos artistas, este subitem
alcança exclusivamente os serviços de fornecimento de obras de arte sob
encomenda. É comum aos artistas de pintura e escultura em geral trabalharem
sob encomenda, incluindo os ceramistas e talhadores em madeira.
Acreditamos que muitos municípios irão isentar da cobrança os serviços
artesanais, mas, nos termos da lei, eles estariam incluídos tanto neste subitem,
quanto no item 37.
X – (VETADO)
XI – (VETADO)
II - (VETADO)
§ 3o (VETADO)
I – (VETADO)
Presidente
de 31 de julho de 2003.
1.02 – Programação.
3.01 – (VETADO)
4.05 – Acupuntura.
4.10 – Nutrição.
4.11 – Obstetrícia.
4.12 – Odontologia.
4.13 – Ortóptica.
4.15 – Psicanálise.
4.16 – Psicologia.
7.04 – Demolição.
174
7.08 – Calafetação.
7.14 – (VETADO)
7.15 – (VETADO)
13.01 – (VETADO)
17.07 – (VETADO)
17.14 – Advocacia.
17.16 – Auditoria.
17.21 – Estatística.
25 - Serviços funerários.
29 – Serviços de biblioteconomia.
36 – Serviços de meteorologia.
38 – Serviços de museologia.
"Art. 3o ..........................................................
..........................................................
.........................................................."
Razões do veto
Inciso II do § 2º do art. 7º
"Art. 7o ..........................................................
..........................................................
§ 2o ..........................................................
..........................................................
.........................................................."
186
Razões do veto
§ 3º do art. 7º
"Art. 7o ..........................................................
..........................................................
Razões do veto
Inciso I do art. 8o
"Art. 8o ..........................................................
187
.........................................................."
Razões do veto
Razões do veto
Razões do veto
JURISPRUDÊNCIA
A norma constante do art. 9º, § 3º, do Dec.-lei 406/68 não fora revogada, nem
tampouco tivera perdida a sua eficácia, eis que o previsto no § 6º do art. 150 da
Constituição da República deve receber interpretação teleológica, inclusive,
frente aos demais dispositivos nela contidos.
Portanto, o pré-falado art. 9º, § 3º, do Dec.-lei 406/68 – com a redação dada
pela LC 56/87 – não fora revogado pela EC 03, de 17.03.1993, responsável
pela nova redação ofertada ao § 6º do art. 150, da Lei Fundamental, posto que
naquele dispositivo não se encontra prevista qualquer isenção ou redução do
imposto em tela, mas tão-somente a explicitação da base de cálculo dos
serviços em apreço, matéria esta sob reserva de Lei Complementar, a teor do
transcrito art. 146, III, a, da Lei Maior.
Por sua vez, o Legislador Municipal, ao editar a Lei 6.810/94, que modificara a
redação do art. 49 da Lei 5.641/89, revogando o disposto no art. 50 desta, para
introduzir radical e ilegítima alteração na sistemática determinante da base de
cálculo do ISSQN, revelara a sua insubmissão ao texto constitucional em vigor,
195
Deste modo, não pode o Fisco Municipal tributar as atividades das impetrantes
com base na receita operacional, mas nem por isto é de ser acolhida a
pretensão das mesmas, no sentido de serem eximidas do pagamento do
multicitado imposto, pois, como visto, existe norma legal (Dec.-lei 406/68, art.
9º, §§ 1º e 3º), com força de Lei Complementar, a regular a matéria.
Franchising – Franquia
7. Recurso provido.
(...)
Aires F. Barreto, no trabalho acima referido, responde que não. Defende o seu
posicionamento com as razões que transcrevo: “(...) O fim da franquia é
possibilitar que terceiros explorem um produto ou marca. A maioria dos
contratos limita-se a esse tipo de objeto. Outras, porém, podem abranger,
também, a assistência técnica do franqueador. Nos contratos em que o
franqueador dá assistência técnica essa tarefa é mera atividade-meio e não
atividade-fim. É dizer, é requisito, insumo, condição, da atividade-fim: franquia.
Não se pode confundir assistência técnica, enquanto atividade-meio, com
assistência técnica como atividade-fim. O Imposto sobre serviços só pode
alcançar atividades-fim, jamais atividades-meio. (...) O contrato de franquia
pode ou não envolver assistência técnica. Mesmo quando abrange assistência
técnica não se há de falar em prestação de serviços, uma vez que se trata de
mera atividade-meio viabilizadora do fim visado: a cessão de direitos designada
franquia”.
(...)
A locação é definida como “o contrato pelo qual uma das partes se obriga,
mediante contraprestação em dinheiro, a conceder à outra, temporariamente, o
uso e gozo de coisa não fungível” (Orlando Gomes, Contratos, Forense, 1990,
p. 305).
Rezam os diversos contratos, constantes dos autos, ter como objeto a unidade,
locada para fins residenciais, mediante o pagamento de aluguel mensal, sendo
ainda de responsabilidade do locatário, o pagamento de impostos, taxas e
seguro. Não se vislumbra, além do objetivo de conceder o imóvel para uso,
obrigação por parte do locador, tampouco da administradora do imóvel, em
prestar outros serviços que pudessem ser caracterizados como de hotelaria.
E o caso dos autos caracteriza autêntico contrato de locação, sem que estejam
incluídos serviços de hospedagem, os quais não se podem presumir pelo só
fato da unidade situar-se no Ed. Garvey Park Hotel, pois a atividade da
imobiliária é, tão-somente, firmar contratos com locatários, em nome do
202
Suprema Corte tenha sido o alerta constante nos votos vencidos, no sentido de
que a anterioridade, como garantia da não-surpresa, é uma retórica
constitucional. De fato, lei publicada em dezembro para viger em janeiro do ano
seguinte é lei que carrega um mínimo, quase nada dos valores que a
anterioridade pretende assegurar”.
Pois muito bem. Temos agora a inclusão de nova alínea, de letra c, no inciso III
do art. 150, dispondo ser vedado cobrar tributos antes de decorridos noventa
dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou,
observado o disposto na alínea b. Alínea b é aquela já citada da anterioridade.
Surge, assim, um novo critério para garantir o princípio da não-surpresa, agora
ampliado para quase todos os tributos, pois a norma excluiu da
obrigatoriedade: os empréstimos compulsórios para atender despesas
extraordinárias; os impostos de importação e de exportação; o imposto de
rendas e proventos; e o imposto de operações de crédito, câmbio e seguro, ou
relativas a títulos ou valores mobiliários. Excluiu também da obrigatoriedade a
fixação da base de cálculo do IPVA e do IPTU. Os demais ficam agora sujeitos
ao princípio nonagesimal, inclusive o ISS.
Os tributos, menos as exceções acima citadas, ficam, portanto, obrigados a
cumprirem três exigências em relação ao princípio da não-surpresa:
O ISS DE PEDÁGIO
Pergunta 4: O Imposto Sobre Serviços incide sobre cobrança de pedágio em
rodovias? Qual é o critério de rateio entre os Municípios percorridos pela
mesma rodovia?
Resposta 4: O pedágio, ou rodágio, foi inserido na Lista de Serviços sujeitos
ao ISS pela Lei Complementar nº 100/99, adicionando-se o item 101 na lista
anterior estabelecida pela Lei Complementar nº 56/87.
A norma, então aprovada, dizia que o imposto deveria ser calculado sobre a
parcela do preço correspondente à proporção direta da parcela da extensão da
208
SERVIÇOS DE SERRALHERIA
Pergunta 10: Serviços de Serralheria estão incluídos na lista de serviços do
ISS?
Resposta 10: Serralharia ou Serralheria é a fábrica ou oficina onde se trabalha
em ferro batido ou forjado. Costuma-se, atualmente, chamar também de
217
Serralheria as oficinas que trabalham com alumínio fundido. A nova lista do ISS
(Lei Complementar nº 116/03) incluiu o subitem "Carpintaria e serralheria",
antes inexistente, no item 14 - Serviços relativos a bens de terceiros.
Como não constava da lista, o 1º Tribunal de Alçada de São Paulo, em 1973,
considerou não devidos os "serviços de serralheria, de confecção de cofres e
fechaduras".
Temos agora uma situação nova. Se o item é referente a serviços relativos a
bens de terceiros, devemos entender que o ISS incide somente sobre os
serviços prestados diretamente para terceiros, ou sob encomenda.
Vamos analisar de outra forma: o ICMS incide sobre produtos produzidos em
Serralheria? A resposta seria: sim, desde que o seu fato gerador seja a
circulação material do bem. Em outras palavras, o fabricante de, por exemplo,
gradis de janela, que as vende em série para lojas de materiais de construção.
Este produto está sujeito ao ICMS. Mas, se o cliente vai ao Serralheiro e
encomenda um gradil sob medidas especiais, o profissional passa a ser
prestador de serviço e, portanto, sujeito ao ISS. Não importa aquela antiga
discussão de que a matéria prima tem de ser fornecida pelo cliente. Em termos
práticos, o material é sempre adquirido pelo cliente, porque o serralheiro
calcula o preço adicionando material e mão-de-obra. O ISS é calculado pelo
valor bruto, somando-se material e mão-de-obra. Apenas em casos
excepcionais de conserto ou reparo de um objeto, poderíamos ter somente o
preço da mão-de-obra.
ALÍQUOTA DE BANCOS
PERGUNTA 13: A lei do meu Município estabelecia a alíquota de 10% de ISS
para Instituições Financeiras. A nova lei passou a vigorar em janeiro de 2004.
Qual seria a alíquota que os Bancos deveriam cumprir de agosto a dezembro
de 2003: a de 10%, conforme a lei municipal, ou de 5%, conforme o teto da lei
complementar?
RESPOSTA 13: Como o senhor sabe, o art. 104, do CTN, dispõe que os
dispositivos de lei entram em vigor no primeiro dia do exercício seguinte ao da
publicação, quando instituem ou majoram tais impostos; que definem novas
hipóteses de incidência; e que extinguem ou reduzem isenções. Já o art. 106
220
CONVÊNIOS E CONSÓRCIOS
PERGUNTA 14: Qual é a diferença entre Convênio e Consórcio?
RESPOSTA 14: Subtende-se que a pergunta se restrinja às funções da
Administração Pública. Cada vez mais a Administração é obrigada a
descentralizar a execução dos serviços públicos, em vista da complexidade de
ações e técnicas necessárias ao cumprimento de tão diverso elenco de
atividades. Vários serviços são delegados a particulares, outorgados a
autarquias, ou transpassados a fundações e empresas estatais. Nesse teor, a
Administração Pública estabeleceu novos instrumentais jurídicos, entre os
quais, o Convênio e o Consórcio.
Convênio – Segundo definição de Hely Lopes Meirelles, “Convênios
administrativos são acordos firmados por entidades públicas de qualquer
espécie, ou entre estas e organizações particulares, para realização de
objetivos de interesse comum dos partícipes”. Verifica-se que convênio não é
um contrato, no qual as partes têm interesses diversos, e, sim, um acordo,
onde os partícipes têm interesses comuns e coincidentes. No contrato, uma
parte pretende a obtenção de algo (recebimento de determinada mercadoria,
execução de uma obra), enquanto a outra parte pretende a contraprestação
correspondente (recebimento de valor, ou outro tipo de vantagem).
No convênio, não há partes, mas partícipes de um único objetivo. Sendo assim,
“a liberdade de ingresso e retirada dos partícipes do convênio é traço
característico dessa cooperação associativa e, por isso mesmo, não admite
221
REFLORESTAMENTO
PERGUNTA 15: Tendo em vista o subitem 7.16 da Lista de Serviços, existiria
fato gerador do ISS, nos casos de plantio de eucalipto para fabricação de
celulose?
RESPOSTA 15: O subitem 7.16 faz parte do título: Serviços relativos à
engenharia, arquitetura, geologia, urbanismo, construção civil, manutenção,
limpeza, meio ambiente, saneamento e congêneres. Por evidência, estamos
tratando de prestação de serviços quando incluídos nas atividades acima
especificadas.
GUINDASTES E GUINCHOS
Pergunta 16: Uma empresa do meu município exerce a atividade de transporte
de cargas para terceiros, através de guindastes e guinchos e operadores
próprios. A empresa alega que faz locação de bens móveis, não havendo
incidência do ISS, neste serviço, devendo recolher o imposto somente pelo
fornecimento de mão-de-obra. Este argumento está correto?
Resposta 16: A sua pergunta nos faz retornar à questão da locação de bens
móveis, erradamente, a meu ver, vetada da lista de serviços. A empresa de
que se trata presta serviços de operações de transporte por guindastes e
guinchos para terceiros, com seus próprios operadores, transportando cargas
específicas ou de qualquer natureza, transferindo o local de armazenagem
desses bens, ou reagrupando-os em outro espaço. Tendo em vista que os
serviços são prestados em um só município (carga e descarga), caracteriza-se,
para efeitos de incidência do ISS, como serviços de transporte de natureza
municipal (subitem 16.01).
Embora a empresa utilize duas notas fiscais, acreditando, com isso, eliminar a
incidência do ISS na atividade que julga ser de locação, na verdade, não
estamos tratando de um contrato de locação, pois em contratos de locação
uma das partes se obriga a ceder à outra, por tempo determinado ou não, o
uso e gozo de coisa fungível (art. 565 do Código Civil). Ocorre que no presente
caso, o tomador do serviço não tem o uso e gozo dos guindastes e guinchos,
se os bens são operacionalizados pela própria empresa prestadora do serviço.
Usando as expressões do agrado dos advogados civilistas, não temos a
natureza jurídica de "obrigação de dar", e sim "obrigação de fazer" (a empresa
utiliza seus bens para fazer serviços para outra).
Deste modo, temos operações de prestação de serviços. A base de cálculo é o
valor total do preço, sem deduções. Para enquadramento na lista de serviços,
podemos utilizar o subitem 16.01.
ATIVIDADES PREPONDERANTES
Pergunta 17: Haveria incidência do ISS, sobre os serviços prestados na lista,
mesmo não sendo atividade econômica preponderante do prestador? por que?
Resposta 17: 1) A Lei Complementar nº 116/03 veio dirimir antiga polêmica
sobre a matéria por você indagada. O art. 1º da referida lei complementar diz
que "O Imposto sobre Serviços de qualquer natureza, de competência dos
Municípios e do Distrito Federal, tem como fato gerador a prestação de
serviços constantes da lista anexa, ainda que esses não se constituam
como atividades preponderantes do prestador" (grifo nosso).
Deste modo, se um advogado, como eu, resolver fazer um "bico", ministrando
uma palestra remunerada em Valinhos, este serviço de palestrante sofrerá
incidência do ISS, pois está previsto no subitem 17.24 da lista de serviços,
embora não seja atividade preponderante do advogado.
APRESENTAÇÃO DE PALESTRAS
Pergunta 19: Na prestação de serviços de apresentação de palestras,
conferências, seminários e cursos, o ISS incide no Município em que foi
prestado o serviço, ou no Município onde se estabelece a firma do palestrante,
ou, se pessoa física, onde possui domicílio?
Resposta 19: O subitem 17.24 - Apresentação de palestras, conferências,
seminários e congêneres, não está incluído no rol de exceções à "regra geral"
prevista no art. 3º da L/C 116/03. O primeiro impulso, portanto, seria dizer que,
no caso, considera-se prestado o serviço no local do estabelecimento
prestador, ou, não havendo estabelecimento, no local do domicílio do
prestador. Entretanto, não vejo outro caminho do que entender que o
estabelecimento prestador, neste caso, seria o local onde foi prestado o
serviço. Esta hipótese mais se fortalece, ao levarmos em conta a definição de
"estabelecimento prestador", conforme o art. 4º, pois o contribuinte exerceu sua
atividade, de modo temporário, em uma unidade profissional, sendo irrelevante
a denominação deste estabelecimento.
Temos, porém, que fazer certas observações. Se cada município legislar a seu
modo, adicionando ou limitando situações não especificadas no art. 3º,
fatalmente teremos diversos casos de bitributação. No exemplo, os dois
municípios podem querer receber o tributo. O primeiro alegando que o
estabelecimento prestador, ou o domicílio do palestrante, está situado em seu
território. O segundo, de que a execução do serviço foi no seu município.
Deste modo, apesar de entender que "estabelecimento prestador" pode ser em
várias situações o "estabelecimento do tomador do serviço", venho aceitando a
tese de que os municípios devem, em suas leis, obedecer à regra estabelecida
no art. 3º e considerar como exceções somente aquelas relacionadas no texto
legal.
SERVIÇOS DE SERIGRAFIA
Pergunta 20: Quando a contratante adquire camisetas, pedindo serigrafia ou
pintura nas mesmas, tributa-se pelo ICM, ISS ou ambos?
Resposta 20: Serigrafia é um processo de impressão que usa como matriz
uma tela de tecido presa a um caixilho. É mais conhecida pelo nome inglês
original: silk-screen. A lista de serviços do L/C 116/03 não designa
expressamente a Serigrafia, mas poderíamos entendê-la como um serviço
224
ADMINISTRAÇÃO DE IMÓVEIS
Pergunta 21: Quando uma Administradora de imóveis administra
exclusivamente imóveis de seus sócios, ou imóveis de propriedade da própria
Administradora, esses serviços sofrem incidência do ISS?
Resposta 21: 1ª hipótese: determinadas pessoas, proprietárias de bens
imóveis, resolveram constituir uma empresa com a finalidade de administrar
esses bens. Em tal situação, temos uma pessoa jurídica (a empresa)
exercendo uma atividade profissional independente, pois os imóveis não lhe
pertencem, apesar de pertencerem aos sócios (pessoas físicas). Temos, pois,
duas pessoas distintas: empresa e pessoa física. Neste caso, a receita auferida
em razão da atividade da Administradora sofre incidência tributária relativa ao
ISS.
2ª hipótese: a empresa de administração de imóveis é proprietária dos bens
imóveis que ela própria administra. Neste caso, a empresa está administrando
bens próprios, ou seja, não está prestando serviços a terceiros e, assim, não
sofre incidência do ISS. Bom lembrar que o fato gerador do referido imposto é
a prestação de um serviço, não havendo circulação do bem imaterial se o
serviço é realizado para si próprio. A respeito, diz Bernardo Ribeiro de Moraes:
"Os serviços de administração de bens ou negócios se referem a gerência de
coisas materiais ou imateriais, mas sempre de terceiros. Quem administra bens
próprios, embora administre, não presta serviços a terceiros (inexiste a venda
de trabalho). Não estará sujeito ao ISS". Eu concordo com o mestre.
SOCIEDADE UNIPROFISSIONAL
Pergunta 22: Uma pessoa jurídica denominada "Clínica" tem um Médico e sua
mulher como sócios. A atividade é essencialmente atendimento médico. Esta
"Clínica" seria uma sociedade uniprofissional?
225
EMISSORAS DE RÁDIO
Pergunta 23: Emissoras de rádio gozam de imunidade de impostos?
Resposta 23: As atividades de rádio emissora não estão incluídas no rol de
imunidades genéricas estabelecidas pela Constituição Federal. Entende-se,
porém, que serviços de radiofonia são considerados serviços de comunicação,
os quais não são atingidos pelo ISS, e sim pelo ICMS, conforme definição
constitucional. A única dúvida que poderia surgir, refere-se aos serviços de
propaganda através de radio emissora, mas estas, também, não estão sujeitas
ao ISS. Este tributo incide tão-somente sobre as receitas das agências de
226
SERVIÇOS DE MARMORARIA
Pergunta 25: Uma Marmoraria está sujeita ao ISS?
Resposta 25: A comercialização de pedras de mármore ou granito está sujeita
ao ICMS, e não ao ISS. Temos, porém, dois tipos de serviços agregados à
venda: o primeiro está contido no item 14 - Serviços relativos a bens de
terceiros -, quando o cliente, após comprar a pedra, contrata a Marmoraria para
prepará-la ao uso a que se destina. A pedra será recortada e polida conforme o
desenho aprovado pelo dono da pedra. Na prática, as duas operações ocorrem
juntas. A compra e o serviço fazem parte de um mesmo orçamento, mas em
termos fiscais são duas operações distintas, ambas contendo os seus custos e
preço de venda.
Mais adiante, teríamos outro tipo de serviço, comum de acontecer, que seria a
instalação da peça já acabada.
Temos, então, que uma Marmoraria está sujeita ao ICMS e ao ISS. Deve emitir
nota fiscal de venda (ICMS) pela comercialização da pedra; deve emitir nota
fiscal de serviços concernentes ao preparo da pedra (corte, recorte, polimento
etc.), além do serviço de colocação ou instalação da peça acabada, se houver.
Até mesmo se a negociação for uma só, em termos de preço global, a
Marmoraria é obrigada a emitir duas notas fiscais, ou então, dependendo do
regulamento local, ter aprovado processo de emissão especial de notas
conjuntas, de venda e de serviços.
O Fisco Municipal enquadrará os serviços de marmoraria nos seguintes itens:
14.05 - no que se refere aos serviços de beneficiamento, corte, recorte e
polimento de objetos quaisquer.
7.06 - no que se refere à colocação e instalação da peça acabada.
Consoante os termos da Lei Complementar nº 116/03, o local da incidência do
ISS será o estabelecimento da Marmoraria onde foram prestados os serviços,
mesmo que o local da instalação seja em outro município.
1) Lavanderia industrial.
Não se justifica a não-incidência do ISS sobre os serviços de lavanderia e
tinturaria quando são considerados "etapas do ciclo de industrialização ou
comercialização do produto". Todos os serviços de lavanderia e tinturaria,
prestados em bens de terceiros, estão sujeitos ao ISS, não cabendo distinguir
se o serviço é ou não é componente de custo de um produto, ou faz parte do
ciclo de industrialização, aspecto estranho e indiferente à incidência do
imposto. A L/C 116/03 estabelece expressamente os casos de não-incidência,
entre os quais não estão incluídos os serviços de lavanderia e tinturaria.
2) Lavanderia própria.
Não se justifica a cobrança do imposto sobre os serviços de lavanderia
prestados para si próprio, como é o caso de lavanderia de hotéis, se o valor do
serviço já está incluído no preço da diária. Em outras palavras: se um hóspede
requer os serviços de lavanderia do hotel e estes serviços são cobrados a
parte, ocorre a incidência do ISS. Mas se o preço do serviço já vem embutido
na diária, entende-se que o imposto está alcançando por via indireta o serviço
de que se trata, não se cobrando em separado.
POSTO BANCÁRIO
Pergunta 27: Em minha cidade tem um posto bancário que funciona no
interior dos Correios. O ISS dos serviços prestados pelo posto deve ser
recolhido na minha cidade, ou na cidade vizinha onde está situada a agência
responsável pelo posto? O Banco vem recolhendo no município da agência.
Resposta 27: A "regra geral" determina que o ISS é devido no local do
estabelecimento prestador. Um posto bancário, para efeitos do referido tributo,
é considerado estabelecimento prestador, por ser o local onde o contribuinte
desenvolve a atividade de prestar serviços. Veja no art. 4º da Lei
Complementar 116/03, a referência expressa: "sendo irrelevantes para
caracterizá-lo as denominações de sede, filial, agência, posto de
atendimento, sucursal, escritório de representação ou contato ou quaisquer
outras que venham a ser utilizadas". Não importa se a contabilidade do posto é
centralizada em agência de outro município, pois tal procedimento é mera
questão administrativa da instituição, não podendo o contribuinte escolher onde
pagar o imposto, por comodidade própria ou livre arbítrio. O local devido para
recolhimento do ISS é o município onde está situado o estabelecimento
prestador, o qual, no caso, é o posto bancário, apesar de funcionar no interior
de outro estabelecimento, pertencente aos Correios, aspecto que não o
descaracteriza como estabelecimento.
SERVIÇOS DE MANUTENÇÃO
Pergunta 28: Durante a vigência do Decreto-lei nº 406/68, com as alterações
introduzidas pela L/C nº 56/87, os serviços de "manutenção em pontos de
iluminação pública de vias compostas de luminárias, para reatores
eletromagnéticos, lâmpadas de sódio, reles e conectores paralelos" deveriam
ser enquadrados no item 15 ou no item 69 da lista de serviços, ou seriam
serviços de "construção civil" (item 32)?
Resposta 28: Relembrando, o item 15 era o seguinte:
229
67
São eles: I – meio-fio ou calçamento, com canalização de águas pluviais; II – abastecimento
de água; III – sistema de esgotos sanitários; IV – rede de iluminação pública, com ou sem
posteamento para distribuição domiciliar; V – escola primária ou posto de saúde a uma
distância máxima de 3 quilômetros do imóvel considerado.
68
Carrazza, Roque Antônio. Curso de Direito Constitucional Tributário. 12ª ed., São Paulo,
Malheiros, 1999
236
69
Furlan, Valéria Cristina Pereira. IPTU. São Paulo, Malheiros, 1998.
70
A competência do Município, em relação à matéria, já está totalmente confirmada com a
promulgação da Lei nº 10.257 – O Estatuto da Cidade.
237
O bem imóvel
• Por plantações;
• Por construções;
• Por benfeitorias.
“Art. 79 – São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou
artificialmente”.
Diz ainda:
71
Art. 94 do Código Civil: “Os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem principal não
abrangem as pertenças, salvo se o contrário resultar em lei, da manifestação de vontade, ou
das circunstâncias do caso”.
72
Rogério de Menezes Fialho Moreira, “A supressão da categoria dos bens imóveis por
acessão intelectual pelo Código Civil de 2002”. Artigo publicado na Internet, site
www.intelligentiajuridica.com.br/artigos/artigo2.
239
parte edificada, são considerados bens imóveis. O mesmo não ocorre com um
trailer, a lona de um circo, ou uma banca de jornal, removíveis por inteiro e sem
danos no material. Uma torre de antena de telefonia instalada em um terreno
seria considerada como edificação, ou simples pertença? Para os efeitos de
IPTU, acreditamos que seja uma edificação, tanto em relação às instalações
em terrenos alugados de terceiros, quanto em terrenos da própria empresa de
telefonia. A edificação de uma torre altera o objeto do terreno, dando-lhe novo
propósito, influenciando em seu valor de mercado, valorizando-o ou podendo
até mesmo desvalorizá-lo, dependendo das circunstâncias e, portanto,
afetando a base de cálculo do tributo.
Área Pública
73
Hely Lopes Meirelles, Direito Administrativo Brasileiro, 17ª ed., São Paulo, Malheiros, 1992,
p. 339.
74
Celso Antônio Bandeira de Mello, Curso de Direito Administrativo, 11ª ed., São Paulo,
Malheiros, 1999, p. 626.
240
Prédio e Edificação
75
Floriano de Azevedo Marques Neto, “Cobrança pelo acesso a rodovias para exploração de
atividade econômica”. São Paulo, Revista Tributária e de Finanças Públicas, n. 43, 2002, p. 139
76
Vide estudo de Marcília Metzker, “Fundamentos da não-incidência de impostos territoriais
sobre bens afetados às concessões de energia elétrica”, São Paulo, Revista Tributária e de
Finanças Públicas, n. 42, 2002, p. 130/146.
77
Valéria Cristina Pereira Furlan, IPTU, São Paulo, Malheiros, 1998, p. 72.
241
78
Hugo de Brito Machado, Curso de Direito Tributário, São Paulo, Malheiros, 13ª edição, 1998,
p. 283/284.
242
Art. 9º Para efeitos deste imposto não se considera construído o terreno que
contenha:
I - construção provisória que possa ser removida sem destruição ou
alteração;
II - construção em andamento ou paralisada, excetuando-se o caso de ser
expedido "habite-se" parcial;
III - construção em ruínas, em demolição, condenada ou interditada;
IV - construção que a autoridade competente considere inadequada, pela
área ocupada, para a destinação ou utilização pretendida.
79
Alfredo Augusto Becker, Teoria Geral do Direito Tributário, 3ª ed., São Paulo, Lejus, 1998, p.
428/429.
80
Sacha Calmon Navarro Coêlho, Curso de Direito Tributário Brasileiro, 6ª ed., Rio de Janeiro,
Forense, 2001, p. 352.
244
81
Art. 21, da Lei 10.257, de 10/7/2001 (Estatuto da Cidade): “O proprietário urbano poderá
conceder a outrem o direito de superfície do seu terreno, por tempo determinado ou
indeterminado, mediante escritura pública registrada no cartório de registro de imóveis. § 1º - O
direito de superfície abrange o direito de utilizar o solo, o subsolo ou o espaço aéreo relativo ao
terreno, na forma estabelecida no contrato respectivo, atendida a legislação urbanística. § 2º -
A concessão do direito de superfície poderá ser gratuita ou onerosa. § 3º - O superficiário
responderá integralmente pelos encargos e tributos que incidirem sobre a propriedade
superficiária, arcando, ainda, proporcionalmente à sua parcela de ocupação efetiva, com os
encargos e tributos sobre a área objeto da concessão do direito de superfície, salvo disposição
em contrário do contrato respectivo”.
245
O proprietário
82
Valéria Cristina Pereira Furlan, ob. cit., p. 78/79.
246
I – A superfície;
II – As servidões;
III – O usufruto;
IV – O uso;
V – A habitação;
VI – O direito do promitente comprador do imóvel.
Servidão
83
José Guilherme B. Teixeira, Servidões: Aspectos Básicos e Destinação do Proprietário, São
Paulo, Lejus, 1997, p. 31.
84
Michel Cutait Neto, Direitos de Vizinhança, São Paulo, LED - Editora de Direito, 2000, p. 60.
247
SERVIDÃO DE PASSAGEM
Ementa
TRIBUTÁRIO - IPTU - CONTRIBUINTE - POSSUIDOR - ART. 34 DO CTN.
1. O IPTU é imposto que tem como contribuinte o proprietário ou o possuidor
por direito real que exerce a posse com animus definitivo - art. 34 do CTN.
2. O comodatário é possuidor por relação de direito pessoal e, como tal, não é
contribuinte do IPTU do imóvel que ocupa.
248
O usufruto
O locatário
85
Hugo de Brito Machado, Ob. cit., p. 288.
250
Diríamos que até por tradição o lançamento do IPTU coincide com o ano
civil. Na verdade, não só por tradição como, também, por comodidade de
controle dos lançamentos, além de conciliar com o ano fiscal orçamentário.
Certamente, todos os municípios efetuam o lançamento do IPTU em termos
252
Município de Recife:
87
Alfredo Augusto Becker, Ob. cit., p. 335/336.
253
88
Alfredo Augusto Becker, ob. cit., p. 431.
89
Pequeno Dicionário Brasileiro da Língua Portuguesa, revisão de Aurélio Buarque de
Hollanda Ferreira, 9ª edição, São Paulo, Civilização Brasileira, 1951.
254
Art. 8º O imposto devido anualmente será calculado sobre o valor venal do bem
imóvel, à base de alíquotas específicas fixadas na tabela anexa a este Código,
excetuando-se as situações elencadas nos artigos 26, 27 e 27A.
Art. 10. O valor venal dos imóveis será o constante na Planta de Valores, em
anexo, atualizada anualmente através de Decreto, em função dos seguintes
elementos, considerados em conjunto ou isoladamente:
Art. 11. O processo de avaliação dos bens imóveis, observado o disposto neste
Código, será estabelecido por Decreto do Poder Executivo.
Município de Recife:
256
II - qualidade de construção.
§ 1º - O valor do metro quadrado de construção de que trata o "caput" deste
artigo é o definido no anexo II desta Lei.
§ 2º - O Poder Executivo poderá estabelecer, até o limite de 40% (quarenta por
cento), fatores de correção dos valores constantes da Tabela de Preços de
Construção tendo em vista o estado de conservação do imóvel, o tempo de
construção e outros dados com ele relacionados.
Município de Londrina:
Art. 176 O valor dos imóveis será apurado com base nos dados fornecidos
pelo Cadastro Imobiliário, levando em conta, a critério da repartição, os
seguintes elementos :
I - no caso de terrenos:
a) o valor declarado pelo contribuinte;
b) o índice médio de valorização correspondente à região em que esteja
situado o imóvel;
c) os preços dos terrenos nas últimas transações de compra e venda;
d) a forma, as dimensões, os acidentes naturais e outras características do
terreno;
e) existência de equipamentos urbanos, tais como água, esgoto, pavimentação,
iluminação, limpeza pública e outros melhoramentos implantados pelo Poder
Público;
f) quaisquer outros dados informativos obtidos pela Administração e que
possam ser tecnicamente admitidos.
II - no caso de prédios:
a) a área construída;
b) o valor unitário da construção;
c) estado de conservação da construção;
d) o valor do terreno, calculado na forma do item anterior.
As alíquotas do IPTU
90
Ataliba, Geraldo. Sistema Constitucional Tributário Brasileiro. São Paulo, RT, 1966, p. 152.
260
§ 4º. É facultado ao poder público municipal, mediante lei específica para área
incluída no plano diretor, exigir, nos termos da lei federal, do proprietário do
solo urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado que promova seu
adequado aproveitamento, sob pena, sucessivamente, de:
(...)
II – imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana progressivo no
tempo.
Vamos analisá-las.
pois incidente sobre o imóvel, não recaindo sobre a pessoa. E não sendo um
imposto pessoal, o IPTU estaria fora do preconizado na Constituição, quando
diz: “Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão
graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte...” (art. 145, § 1º).
Ou seja, no entendimento do STF, o IPTU não tem que se comportar de acordo
com a capacidade econômica do contribuinte, pois de nada importa a figura do
indivíduo em relação ao fato gerador da obrigação tributária.
“Em primeiro lugar, a diferença entre imposto real e pessoal não é jurídica. Em
segundo lugar, quem paga o imposto é a pessoa e não a coisa. Em terceiro
lugar, inexiste no Direito brasileiro disposição expressa ou implícita proibindo o
legislador de levar em consideração a pessoa do proprietário. Pelo contrário,
prestigia a pessoalidade (art. 145, § 1º)”.91
91
Coêlho, Sacha Calmon Navarro. Curso de Direito Tributário Brasileiro. 6ª ed., Rio de Janeiro,
Forense, 2001, p. 350.
92
Sobre o assunto, artigo de Leonardo Pietro Antonelli, “Emenda Constitucional 29/2000 –
Progressividade do IPTU: Inconstitucional correção legislativa da jurisprudência do STF”.
Revista Tributária e de Finanças Públicas, n. 39, RT, julho – agosto de 2001, p. 96-115.
262
§ 1º. O valor da alíquota a ser aplicado a cada ano será fixado na lei específica
a que se refere o caput do art. 5º desta Lei e não excederá a duas vezes o
valor referente ao ano anterior, respeitada a alíquota máxima de quinze por
cento.
Art. 5º - Lei municipal específica para área incluída no plano diretor poderá
determinar o parcelamento, a edificação ou a utilização compulsórios do solo
urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado, devendo fixar as condições
e os prazos para implementação da referida obrigação.
Temos, porém, uma outra exigência, acima das anteriores, para que
ocorra a instituição do IPTU progressivo no tempo: a elaboração do plano
diretor municipal. Vamos comentá-lo.
§ 3º. A lei que instituir o plano diretor deverá ser revista, pelo menos, a cada
dez anos.
§ 2º. No caso de cidades com mais de quinhentos mil habitantes, deverá ser
elaborado um plano de transporte urbano integrado, compatível com o plano
diretor ou nele inserido.
Com referência aos termos do art. 42, podemos, então, dizer que o
plano diretor deve conter no mínimo, além dos itens I e III:
93
Vários municípios adotam a chamada “lei da mais valia”, pela qual estabelecem multas
pecuniárias aos que transgridem certas normas de construção, permitindo, em troca, a
permanência da irregularidade em vez da obrigação de corrigi-la. O plano diretor, ao contrário,
não permite, mediante multa, a irregularidade, pois a possibilidade já é prevista no próprio
plano, em áreas devidamente especificadas e justificadas.
267
94
Luiz Fernando “Chulipa” Möeller, Planta de Valores Genéricos, Porto Alegre, Sagra-DC
Luzzato ed., 1995, p. 17.
268
95
Em termos de transparência nas informações, o Município de Guarujá, SP, realiza um
trabalho excelente através da Internet, oferecendo ao contribuinte acesso à planta genérica de
valores. Veja no site www.guaruja.sp.gov.br/SevOnLine/planta.
269
• Casa/sobrado;
• Apartamento;
• Galpão;
• Telheiro.
Por utilização:
_______________________________________________________________
CLASSIFICAÇÃO DOS IMÓVEIS URBANOS – ABNT:
a) Quanto ao uso:
• residencial
• comercial
• industrial
• institucional
• misto
• apartamento
• casa
• escritório (sala ou andar corrido)
• loja
• galpão
• vaga de garagem
• misto
• hotéis
• hospitais
• cinemas e teatros
• clubes recreativos.
• A localização do imóvel;
• A área construída, em relação aos diferentes padrões construtivos;
• O estado de conservação e idade aparente das benfeitorias;
• A data da última transação imobiliária, ou mudança de titular, com o
respectivo valor, se possível.
_______________________________________________________________
Art. 1º - Fica aprovada a Planta Genérica de Valores de imóveis situados na
zona urbana e de expansão urbana do Município de Itatiba e que, devidamente
rubricada, fica fazendo parte integrante desta Lei.
Art. 2º - O valor venal dos imóveis urbanos será obtido pela soma dos valores
venal do terreno e da construção se houver, de conformidade com as normas e
métodos ora fixados e com Modelo da Avaliação Imobiliária do Município de
Itatiba, que devidamente rubricado, fica fazendo parte integrante desta Lei.
96
Através do site www.sinduscon-pr.com.br, em 9/8/2003.
273
§ 1º - O fator de valorização de que trata a Tabela III será obtido pela soma dos
coeficientes atribuídos pela Comissão de Valores a cada um dos equipamentos
urbanos relacionados na referida tabela, adicionando-se ao resultado o
coeficiente 1,00.
Art. 13 - O valor venal das edificações será obtido através do produto de sua
área construída total pelo valor unitário da construção aplicando – se, ainda, os
fatores de correção constantes das Tabelas XVII e XVIII, anexas a esta Lei.
Art. 15 - O imóvel construído que abrigue mais de uma edificação terá por valor
venal o resultado do produto de sua área construída total pelo valor unitário do
padrão predominante da construção, obtendo um único lançamento.
Art. 16 - A área construída total (bruta) será obtida através da medição dos
contornos externos das paredes ou pilares, computadas as superfícies
denominadas dependências em geral e “terraços”, cobertos ou descobertos, de
cada pavimento.
Parágrafo único - As piscinas serão consideradas como área construída e
serão incorporadas na área da construção principal do imóvel.
275
O Cadastro
Município de Recife:
Município de Londrina:
(...)
§ 3º - Todas as alterações que possam modificar as bases de cálculo deverão
ser comunicadas à Administração Municipal, sob pena de incorrer na sanção
prevista nos artigos 85 e seguintes desta Lei.
O lançamento do IPTU
Atualização monetária
97
Em “Jurisprudência”, veja decisão do JTACSP a respeito da matéria.
281
JURISPRUDÊNCIA
II – “In casu”, era vedado ao Prefeito, por mero Decreto, atualizar o valor venal
dos imóveis sobre os quais incide o IPTU, com base em uma tabela (Planta de
Valores), ultrapassando, sensivelmente, a correção monetária a que estava a
efetivar, por via de ato administrativo.
III – Recurso provido, por unanimidade.
(STJ – RE 78.770/RS – 1ª T. – Rel. Min. Demócrito Reinaldo – DJ 06.05.1996).
Ementa: O valor venal não pode ser superior ao valor venal real ou de
mercado, para que o imposto não resulte em confisco. – Erro no lançamento. –
Recurso provido, para julgar procedente ação de repetição do indébito.
(...) A questão está colocada em termos de apreciação do valor venal da
propriedade, que os apelantes sustentam ser superior ao valor real ou “de
mercado”.
Como é sabido, observada a alíquota que incide sobre o valor venal da
propriedade, este poderá ou não ser o valor real ou “de mercado”, isto é,
aquele que, segundo Aliomar Baleeiro, poderá ser obtido numa compra e
venda à vista, segundo as condições usuais.
E, na prática, observa-se que, se elevada a alíquota, as administrações criam
critérios para que o valor venal seja inferior ao valor real ou “de mercado”, a fim
de que o imposto não resulte em confisco, o que é proibido pelas Constituições
Federais de 1969 e de 1988. E se, por outro lado, equânime referida alíquota,
então pode-se até admitir que o valor venal seja real ou “de mercado”.
Em qualquer hipótese, porém, o valor venal não pode ser superior ao valor real
ou “de mercado”, para que o critério se ajuste ao espírito da lei tributária.
A “planta de valores”, usadas como critério de apuração dos preços dos
imóveis para o IPTU, assim, tem, de regra, um caráter abstrato, não podendo
ser instituída por decreto do executivo, a fim de que não resulte em majoração
indireta do tributo, sem amparo de lei.
Nada impede, porém, que o contribuinte se insurja, em Juízo, contra a correção
do valor venal, postulando seja declarado que o seu imóvel urbano não tem o
valor que a Administração Pública, alicerçada na referida “planta de valores”,
veio estabelecer, de modo a anular as inscrições do IPTU na dívida ativa.
(...)
Sem prevalência, por conseguinte, tenha a Administração Pública observado a
“planta de valores” para encontrar preço sobre o qual incidirá a alíquota do
tributo. Não representando este a realidade fática, tal critério estará
extrapolando os limites do fim colimado pela lei fiscal.
Assim, ao contrário do que entendeu a respeitável sentença recorrida, não só
pelo eventual aspecto confiscatório do tributo, uma vez elevado em 2.934% (fls.
379) ou 3.033% (fls. 5), - mas precipuamente pelo que emerge das perícias,
conclui-se que a avaliação da Administração Pública resultou incorreta,
285
“Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre: (...) II – transmissão
intervivos, a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou
acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem
como cessão de direitos a sua aquisição”.
Bens imóveis
287
• Por plantações;
• Por construções;
• Por benfeitorias.
Enfiteuse
289
Retrovenda
100
Coêlho, Sacha Calmon Navarro. Curso de Direito Tributário Brasileiro, 6ª ed., Rio de
Janeiro, Forense, 2001, p. 515.
101
Machado, Hugo de Brito. Curso de Direito Tributário, 13ª ed., São Paulo, Malheiros, 1998.
290
Base de cálculo
102
Machado, Hugo de Brito. Curso de Direito Tributário, 23ª ed., Malheiros, São Paulo, 2003, p.
371.
291
Torna ou reposição
Arrendamento mercantil
103
Barreto, Aires F. Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis – ITBI, in Curso de Direito
Tributário / Ives Gandra Martins, coordenador, 8ª ed., Saraiva, São Paulo, 2001, p. 750.
293
Capítulo IV - Contribuinte
Capítulo V - Lançamento
Capítulo VI - Alíquota
Não-Incidência
104
Misabel Machado Derzi diz assim: “No Brasil, como, aliás, em quase todos os países, o
imposto de herança era progressivo, segundo o valor do quinhão de cada herdeiro ou legatário,
ao passo que o imposto inter vivos se aplica proporcionalmente” (Direito Tributário Brasileiro,
de Aliomar Baleeiro, revisto e complementado por Misabel Machado Derzi, 11ª ed., Forense,
1999, p. 262, cf. relatório do Min. Carlos Velloso, do STF).
105
Harada, Kiyoshi. Imposto sobre transmissão de bens imóveis. Revista Tributária e de
Finanças Públicas, Ano 10, n. 46, Revista dos Tribunais, 2002, p. 165.
295
E conclui o mestre:
Com base nessa distinção dos serviços, poderíamos dizer que existem
aqueles dirigidos à comunidade e aqueles prestados a um cidadão específico. Ou
seja:
106
Mello, Celso Antônio Bandeira de. Curso de Direito Administrativo, 11ª ed., São Paulo,
Malheiros, 1999.
107
Moraes, Bernardo Ribeiro de. Compêndio de Direito Tributário, 5ª ed., Rio de Janeiro,
Forense, 1996.
108
Meirelles, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. 17ª ed., São Paulo, Malheiros, 1992.
298
109
Mello, Celso Antônio Bandeira de. Ob. cit. p. 498.
300
111
Machado, Hugo de Brito. Curso de Direito Tributário. 23ª ed., São Paulo, Malheiros, 2003
303
O caráter compulsório.
1a. – Taxa de poder de polícia pode ser cobrada por mera disponibilidade do
serviço público?
Sacha Calmon Navarro Coêlho diz que não: “As ditas taxas de polícia
não podem ser cobradas pela mera disponibilidade do serviço público, só as de
serviço, assim mesmo se a utilização do mesmo for compulsória por força de
lei”.
306
112
Nascimento, Antônio Theodoro. Preços, Taxas e Parafiscalidade. Rio de Janeiro, Forense,
1977
308
- a aprovação;
- a renúncia;
- a admissão;
- a homologação;
- a recusa, ou indeferimento;
- o visto;
- o parecer;
- a proposta;
- os atos punitivos (multas, penalidades).
Conceito de Tarifa
113
Baleeiro, Aliomar. Direito Tributário Brasileiro. 10ª ed., revista e atualizada por Flávio Bauer
Novelli, Rio de Janeiro, Forense, 1985.
309
Preço Público
114
Definição de Bernardo Ribeiro de Moraes.
311
Opção Política.
Demonstrar-se-á neste estudo que não cabe tarifa para retribuir o custo do
serviço público. Para a cobertura de custo de serviços públicos, por parte dos
usuários, a Constituição previu a figura típica: a taxa, espécie de tributo.
Continuando, ensina ainda o Professor Geraldo Ataliba, que é absurdo afirmar-
se que o legislador é livre para escolher o regime a que se submeterá a
remuneração dos serviços públicos concluindo que ‘serviço público não se
vende. Não se compra. Presta-o o Estado, porque a lei o determina. Utiliza-o o
administrado porque dele necessita, ou porque a lei o constrange (esgoto,
identificação, licença para construir etc.). Todas essas considerações
conduzem inexoravelmente a reconhecer que os serviços públicos somente
podem ser remunerados por taxa’. A jurisprudência mais abalizada e recente
sobre o assunto não discrepa dessa orientação da melhor doutrina como se vê
das decisões estampadas na RT 444/199, 310/461, 435/150, 646/216, em que
consta decisão no mesmo sentido do STF, rel. Min. Sydney Sanches, que
entendeu que ‘a conservação das redes de água e esgoto não é obra pública,
mas, sim, um serviço público. Cabível, portanto, a cobrança através de taxa’.
Hugo de Brito Machado, com a proficiência costumeira, discorreu sobre a
distinção entre taxa e preço público, consoante se colhe do seguinte excerto
doutrinário:
‘A maioria dos autores ensina que a taxa corresponde ou está ligada a uma
atividade estatal específica relativa ao contribuinte. Justifica-se, assim, a taxa
pelo exercício do poder de polícia ou pela prestação de serviço público, porém,
seria uma atividade especificamente estatal. O preço público, assim, seria a
remuneração correspondente a um serviço público não especificamente
estatal, vale dizer, uma atividade de natureza comercial ou industrial.
Acontece que a definição do que seja atividade específica do Estado enseja
divergências insuperáveis. Aquilo que em determinado lugar considera-se
atividade própria do Estado em outros lugares pode não ser assim
considerado. E até em um mesmo lugar hoje pode ser considerado atividade
própria do Estado aquilo que não o era ontem. Não é fácil, nos domínios da
Ciência das Finanças, estabelecer a diferença entre taxa e preço público. No
âmbito jurídico, porém, a questão se resolve em admitir-se que a distinção
entre a atividade própria do Estado e atividades que podem ser exercidas por
particulares há de ser formulada no plano público. Vale dizer, há de ser fixada
pelo Legislativo. Assim, admite-se que a lei estabeleça fronteira entre a taxa e
o preço, instituindo o que se pode entender como taxa por definição legal.
Assim temos que:
a) se a atividade estatal situa-se no terreno próprio, específico, do Estado, a
receita que a ela se liga é uma taxa;
b) se a atividade estatal situa-se no âmbito privado, a receita a ela vinculada
deve ser um preço;
c) havendo dúvida, pode a lei definir a receita como taxa ou como preço.
O importante é entender que, se a lei denominou a receita como taxa, vinculou
esta ao regime jurídico tributário. Tal receita ficará, portanto, sujeita aos
princípios constitucionais da tributação, entre os quais o da legalidade e o da
anterioridade da lei ao exercício financeiro da respectiva cobrança.
O tributo, por sua própria definição legal, é prestação pecuniária compulsória
(CTN, art. 3º). Logo, sendo a taxa uma espécie de tributo, é também
compulsória. Não tem sentido, pelo menos no direito positivo brasileiro, falar-se
em taxa facultativa. Isto, porém, há de ser entendido em seus devidos termos.
314
Sendo o fato gerador da taxa em serviço daqueles que, no dizer do art. 79, I, b,
são de utilização compulsória, então o pagamento da taxa efetivamente é
simples decorrência de encontrar-se o contribuinte em condições de poder
utilizar o serviço, ainda que não o faça. Se, porém, o fato gerador da taxa for a
efetiva utilização do serviço, aí o contribuinte poderá fugir ao respectivo
pagamento, bastando que não o utilize. Daí não se poderá concluir que a taxa
é facultativa. Também do imposto pode-se fugir, bastando que se evite a
situação que configura o respectivo fato gerador.
Ocorre que a fuga ao pagamento da taxa pela não utilização do serviço deixa
desatendida a necessidade respectiva, que por outro meio não poderá ser
satisfeita.
O que caracteriza a remuneração de um serviço público como taxa ou como
preço público é a compulsoriedade, para a taxa, e a facultatividade para o
preço, conforme já decidiu o STF. Importante, porém, é a compreensão
adequada, que se há de ter, do que sejam essa compulsoriedade e essa
facultatividade. (...).
Se há norma proibindo o atendimento da necessidade de água e esgoto por
outro meio que não seja o serviço público, a remuneração correspondente é
taxa. Se a ordem jurídica não proíbe o fornecimento de água em pipas, nem o
uso de fossas, nem o transporte de dejetos em veículos de empresas
especializadas, nem o depósito destes em locais para esse fim destinados pelo
Poder Público, ou adequadamente construídos pela iniciativa privada, então a
remuneração cobrada pelo serviço público de fornecimento de água e esgoto é
preço público. Se, pelo contrário, existem tais proibições, de sorte a tornar o
serviço público o único meio de que se dispõe para o atendimento da
necessidade de água e esgoto, então a remuneração respectiva será taxa.
Esta é a conclusão a que se chega da análise de memorável acórdão do STF
que apreciou questão relativa à cobrança de remuneração pela coleta de lixo
do então Estado da Guanabara. Como a legislação daquele Estado proibia o
uso de todo e qualquer meio para o atendimento da necessidade de livrarem-
se as pessoas do lixo produzido em suas residências ou em suas atividades
profissionais, tornando obrigatório, assim, o uso do serviço prestado pela
empresa estatal criada para esse fim, a remuneração que vinha sendo cobrada
como preço público foi considerada como taxa pela Corte Maior.
É importante compreender o fundamento dessa idéia.
Se a ordem jurídica obriga a utilização de determinado serviço, não permitindo
o atendimento da respectiva necessidade por outro meio, então é justo que a
remuneração correspondente, cobrada pelo Poder Público, sofra as limitações
próprias dos tributos. O contribuinte estará seguro de que o valor dessa
remuneração há de ser fixado por critérios definidos em lei. Terá, em síntese,
as garantias estabelecidas na Constituição.
Por outro lado, se a ordem jurídica não obriga a utilização do serviço público,
posto que não proíbe o atendimento da correspondente necessidade por outro
meio, então a cobrança da remuneração correspondente não ficará sujeita às
restrições do sistema tributário. Pode ser fixada livremente pelo Poder Público,
pois o seu pagamento resulta de simples conveniência do usuário do serviço.
À liberdade que tem o Poder Público na fixação do preço público corresponde a
liberdade do cidadão de utilizar, ou não, o serviço correspondente. Se o
cidadão não tem essa liberdade, o Poder Público deve estar igualmente
limitado pela ordem jurídica no pertinente aos critérios para fixação do valor a
315
ser cobrado, que será um tributo’ (Curso de Direito Tributário, 20ª ed., São
Paulo: Malheiros, p. 376-379). (...)
In casu, efetivamente a concessionária não colocou à disposição da recorrida a
rede de esgotos a que corresponderia o pagamento da tarifa, e unilateralmente
suspendeu sua cobrança quando reconheceu a ilegalidade dos pagamentos
efetuados pela empresa, quando se sabe que não poderia fazê-lo, se se
tratasse de relação tributária, exatamente por conta do dever de agir ex-officio
que reveste os atos do administrador público.
Conclui-se, portanto, que no presente caso, o que houve foi locupletamento
sem causa, engendrado por forma jurídica de direito privado, posto ser de
natureza privada da relação entre concessionária e consumidor, incidindo o
entendimento firmado na Súmula 39 do STJ, que dispõe:
‘Prescreve-se em vinte anos a ação para haver indenização, por
responsabilidade civil, de sociedade de economia mista’.
Por esses fundamentos, conheço em parte do recurso especial e nesta parte,
dou-lhe provimento para declarar o prazo prescricional vintenário para a ação
de repetição dos valores indevidamente recolhidos”.
115
Moraes, Bernardo Ribeiro de. A Taxa do Sistema Tributário Brasileiro. São Paulo, Revista
dos Tribunais, 1969.
316
117
Janczeski, Célio Armando. Taxas – Doutrina e Jurisprudência. Curitiba, Juruá, 2000.
318
118
Meirelles, Hely Lopes. Direito Municipal Brasileiro. 11ª ed., São Paulo, Malheiros
320
Jurisprudência
“A cobrança de tarifa de água com base em valor mínimo encontra apoio legal”
(STJ - RE 150.137-Minas Gerais, Rel. Min. Garcia Vieira – 17/2/1998).
324
“Incidência sobre prédio não edificado, desde que o serviço esteja à disposição
do contribuinte, que não se desobriga do pagamento dos tributos enquanto não
efetivada a desapropriação” (STF - RE 89.827-1 – São Paulo – Rel. Min. Cunha
Peixoto – 19/09/1978).
TÍTULO V
CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA
Conceito
119
Moraes, Bernardo Ribeiro. Ob. cit., p. 558.
325
Art. 81. A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo
Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições,
é instituída para fazer face ao custo de obras públicas de que decorra
valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e como
limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel
beneficiado.
Não pode haver, portanto, subjetividades, tomando por conta que toda
obra pública valoriza os imóveis ao seu redor. Nem previsões de valorizações
futuras, tipo “a construção de uma estação do metrô neste bairro, vai duplicar o
valor dos imóveis em cinco anos”. A valorização tem que ser objetiva e
imediatamente constatável.
Fato gerador
O fato gerador da contribuição de melhoria é a valorização do imóvel,
desde que essa valorização seja decorrente de obra pública. A obra pública,
por si só, não gera a obrigação; se não houve “melhoria” no valor dos imóveis,
não ocorreu o fato imponível.
120
Carrazza, Roque Antonio. Curso de Direito Constitucional Tributário. 12ª ed., São Paulo,
Malheiros, 1999, p. 372.
327
Base de cálculo
121
Moraes, Bernardo Ribeiro. Ob. cit. p. 597
328
O limite de tributar
Questão polêmica é se ainda permanece a obrigação do valor total
tributado não poder superar o limite da despesa feita com a obra pública. Hugo
de Brito Machado mantém o entendimento de que continua vigente a norma do
Código Tributário Nacional, na qual se estabelece o limite em função da
despesa praticada. Diz o mestre: “Aliás, parece-nos que será inconstitucional a
norma que, alterando o Código Tributário Nacional, exclua os mencionados
limites. É que a contribuição de melhoria, por sua própria natureza específica,
não pode ir além da despesa feita com a obra pública, nem do incremento de
valor do imóvel respectivo. (...) Se o incremento de valor dos imóveis, no total,
é maior do que o custo da obra, prevalece este como limite global. Os
contribuintes serão, neste caso, beneficiados proporcionalmente”.122
122
Machado, Hugo Brito. Ob. cit. p. 416
123
Carrazza, Roque Antônio. Ob. cit. pp 376/377.
329
TÍTULO VI
A DÍVIDA ATIVA
CAPÍTULO I - INTRODUÇÃO
A qualidade do cadastro
A legislação municipal
Funcionalismo
331
Instalações
CAPÍTULO II - CONCEITOS
• Crédito público;
• Ausência de causa extintiva ou suspensiva (da exigibilidade);
• Sua inscrição;
• Sua integração a um registro específico.
Com base nos termos do art. 267, inciso IV, do Código de Processo
Civil, o processo de execução é extinto sem julgamento de mérito, mas não
impede que a entidade exeqüente promova outra ação, incluindo na petição
inicial, a prova de que foi cumprida a irregularidade apontada no processo
anterior.
124
Machado, Hugo de Brito. Ob. cit. p. 238
334
BIBLIOGRAFIA
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1999.
BECKER, Alfredo Augusto. Teoria Geral do Direito Tributário. 3a. ed., São
Paulo: Lejus, 1998.
CIRNE LIMA, Ruy. Princípios de Direito Administrativo. 5a. ed. São Paulo:
RT, 1982.
_____. Fato Gerador da Obrigação Tributária. 3ª ed. São Paulo: RT, 1974.
FANUCCHI, Fábio. Curso de Direito Tributário Brasileiro. 4a. ed., São Paulo:
RT, 1997.
GASPAR, Walter. ISS – Teoria e Prática. Rio de Janeiro: Lúmen Júris, 1994.
GRECO, Marco Aurélio. Norma Jurídica Tributária. 1a. ed., São Paulo:
Saraiva-EDUC, 1974.
LAZARIN, Antonio. Direito Tributário. 3a. ed., São Paulo: Atlas, 1992.
MACHADO, Hugo de Brito. Curso de Direito Tributário. 11a. ed., São Paulo:
Malheiros, 1996.
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ROSA JUNIOR, Luiz Emygdio F. da. Direito Financeiro & Direito Tributário.
12a. ed., Rio de Janeiro: Renovar, 1998.