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RESUMO:
SUMÁRIO
1Pós Graduação em Direito Tributário, pelo Curso Pós Graduação Online, Rio de Janeiro, Rio de
Janeiro, Brasil. E-mail do autor: tv.renan@gmail.com Orientador: Claudio Carneiro
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1 Introdução
Este cenário tem ocasionado grande insegurança jurídica, uma vez que nem
os Tribunais Superiores nem os legisladores conseguiram, até o presente momento,
encontrar a solução mais viável para esta situação.
Após uma breve explanação sobre o tema, pode-se dizer que é nesse
contexto que se situa o presente estudo, que tem por objetivo discorrer sobre o
conflito de competência entre os municípios na tributação do ISS, iniciando o estudo
apresentando um breve histórico do ISS e, em seguida, mostrando o conceito e as
principais características deste tributo.
2 Desenvolvimento
O ISS também tem como característica ser um imposto residual, pois ele irá
incidir quando não houver a incidência de outros impostos, como IOF, ICMS e IPI.
Quando a LC 116/2003 foi editada, com uma nova lista de serviços, veio
prevendo, novamente, a locação de bens móveis, mas foi vetado pela presidência
da república, sob a justificativa de respeitar a jurisprudência do STF sobre o assunto.
A partir de então, os municípios não tiveram mais fundamento normativo para
proceder à cobrança de ISS sobre locações de bens móveis.
O veto é ainda causa de polêmica, uma vez que outros serviço de locação,
como por exemplo os itens 3.02; 3.03; 3.04 e 3.05 não foram igualmente vetados.
Art. 3º (...)
§ 2° Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de consumo,
mediante remuneração, inclusive as de natureza bancária, financeira, de
crédito e securitária, salvo as decorrentes das relações de caráter
trabalhista.
Com essa imposição, muitas empresas optavam por alocar suas sedes de
forma fictícia nos municípios que lhes davam as melhores condições fiscais. Deste
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Ao que tudo indica, o STJ, imbuído de boas intenções, acabou por atuar como
legislador positivo, instituindo regramento diametralmente oposto ao previsto na
legislação, na tentativa de solucionar um problema real, porém, se utilizando de um
artifício por demais polêmico.
Agora, com essa nova previsão, qualquer estabelecimento físico que estiver
de fato prestando o serviço, ainda que não conste formalmente como sede da
empresa, será considerada como sede para fins de tributação de ISS. Ao que se
percebe, o legislador estava com a preocupação de frear a elusão fiscal que tanto
ocorria sob a égide do DL 406/68, com a criação de sedes fictícias de empresas.
Há que se destacar que empresas falidas não geram tributos, ao passo que o
crescimento das empresas representa, de forma proporcional, um aumento na
arrecadação de tributos, o que representa uma vantagem à Fazenda Pública.
3. Conclusão
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Por tudo que fora exposto, pode-se afirmar que, no atual momento, o melhor
que as empresas prestadoras de serviços podem fazer é agir de forma preventiva
diante do problema, realizando consulta administrativa tributária perante as os
órgãos competentes dos municípios. E, a depender do caso, ajuizar ação
declaratória, consignatória ou ainda mandado de segurança.
Referências bibliográficas
BRASIL. Lei Complementar nº 116 de julho de 2003. Disponível em: <Lcp 116
(planalto.gov.br)>
MELO, José Eduardo Soares. ICMS Teoria e Prática, 15º ed, Porto Alegre: Livraria
do Advogado, 2019
CARVALHO, Paulo de Barros. Curso de Direito Tributário Brasileiro, 18º ed, São
Paulo: Editora Saraiva, 2007
SABBAG, Eduardo. Manual de Direito Tributário, 5º ed, São Paulo: Saraiva, 2013.
São Paulo: Revista dos Tribunais, 1998