AVALIAÇÃO 2º BIMESTRE
O mundo das moedas virtuais é gerado de incertezas tanto para suas valorizações como perda,
e que a responsabilidade incide somente pelo adquirente, no caso aqui a pessoa física não a
utiliza como uma forma de investimento que visasse enriquecimento e um ganho de capital.
Além do mais todas as formas de utilização da Criptomoeda como meio de troca pode se
associada há uma infinidade de tipos de negócio ou situações jurídicas, o que vai variar qual
tributação incidirá.
O que resta claro é que não há ainda, certeza sobre a regra matriz de incidência tributária de
cada tributo previsto nessa se adéqua as operações com as criptos moedas o que ainda é
preciso uma revisão sobre tal aspecto para que se possa exigir assim uma obrigação tributária
de ganho de capital.
2. Antes de adentrar o cerne da questão, vale ressaltar que o IPTU sendo o imposto de
competência do município esculpido no artigo 156, I da Constituição Federal, nos descreve
que cabe aos municípios e ao DF a instituição do imposto, o fazendo através de lei ordinária
(regra-matriz de incidência tributária), e também sendo responsável pela promoção das
demais alterações necessárias. Sobre tal questão o professor Paulo de Barros Carvalho
leciona1,
Assim, quando o legislador observa no plano fático, o que se presumiria em forma de riqueza
econômica, por objetivos e interesses arrecadatório, é preciso que haja uma delimentação, e que se
estabeleça condicionantes de espaço e tempo nos quais são critérios materiais espaciais e temporais.
O artigo 32 do CTN, descreve que o fato gerador que aponta para a obrigação tributária do IPTU é, a
propriedade, o domínio útil e a posse do bem imóvel por natureza ou acessão física, como definido
na lei civil, localizado na zona urbana. Então, temos a zona urbana do Municipio onde se encontra o
imóvel definida como o critério ESPACIAL, ainda no referido artigo do CTN supracitado em seu
parágrafo 1, define o que seria zona urbana para que não se confundisse qual imposto devesse ser
incidido, logo porque temos a zona rural e a incidência do ITR. Então para que se considere zona
urbana e para que assim haja a incidência do IPTU, é necessário possuir ao menos dois
melhoramentos descritos no referido artigo e aqui elenco: (i) meio-fio ou calçamento, com
canalização de águas pluviais; (ii) abastecimento de água; (iii) sistema de esgotos sanitários; (iv)
rede de iluminação pública, com ou sem posteamento para distribuição domiciliar; (v) escola
primária ou posto de saúde a uma distância máxima de 3 (três) quilômetros do imóvel
considerado, e mais tais devem ser construídos ou mantidos pelo Poder Público. Ainda é necessário
destacar que o parágrafo 2 do mesmo artigo, descreve que a área urbana pode ser compreendida as
áreas urbanizáveis, ou de expansão urbana, constantes de loteamentos aprovados pelos órgãos
competentes, destinados à habitação, à indústria ou ao comércio, ainda que estas estejam fora do
que já foi definido como urbana. Por último destaca-se o entendimento do STJ sobre imóvel
localizado na área urbana do Município, mas que exerce atividade de cunho rural, assim o IPTU não
incide e sim o ITR, “TRIBUTÁRIO. IMÓVEL NA ÁREA URBANA. DESTINAÇÃO RURAL.
IPTU. NÃO-INCIDÊNCIA. ART. 15 DO DL 57/1966. RECURSO REPETITIVO. ART. 543-C
DO CPC. 1. Não incide IPTU, mas ITR, sobre imóvel localizado na área urbana do Município,
1
CARVALHO, Paulo de Barros. Direito tributário, linguagem e método, pp. 589-590.
desde que comprovadamente utilizado em exploração extrativa, vegetal, agrícola, pecuária ou
agroindustrial (art. 15 do DL 57/1966). 2. Recurso Especial provido.