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Curso de Direito

DIREITO TRIBUTÁRIO E PRÁTICA JURÍDICA II


Prof. Ayrton Giublin

AVALIAÇÃO 2º BIMESTRE

Nomes: Leonardo H.B Salles e Rafael Alves


Turma: 8MA - Matrículas: 12677493 e 1248521

1. A relação que o mundo atualmente tem presenciado e vivido de inúmeras mudanças,


principalmente as vinculadas ao âmbito tecnológico e aqui direito digital e tributário. A
mesma velocidade que essas relações se desenvolvem não são a mesma que a normatização
jurídica. Até porque está deve acompanhar o que está acontecendo para ainda poder exercer
algum tipo de normatização legal o que implica em um ritmo exageradamente lento. Exemplo
temos como a questão apresenta a criptomoeda sendo uma espécie de resultado que reflete o
progresso econômico em conjunto há um desenvolvimento tecnológico. O que nos apresenta
aqui é um novo ativo que podemos utilizá-lo como uma forma de "moeda" virtual, e que opera
de maneira descentralizada e a parte do sistema monetário, e apresenta uma desnecessidade de
autoridades centralizadora sobre seu controle.

Se mostra extremamente complexo e incerto ainda todas as implicações que as negociações


por trás das criptomoedas podem gerar. No caso que se discute, o quê observa-se aqui é que
houve apenas uma permuta como forma de pagamento não há que se falar em circulação de
mercadoria ou de uma aquisição patrimonial que visasse enriquecimento. Pelo que se
apresenta ainda há uma ausência da realização de ganhos por trás dessa troca.

O mundo das moedas virtuais é gerado de incertezas tanto para suas valorizações como perda,
e que a responsabilidade incide somente pelo adquirente, no caso aqui a pessoa física não a
utiliza como uma forma de investimento que visasse enriquecimento e um ganho de capital.
Além do mais todas as formas de utilização da Criptomoeda como meio de troca pode se
associada há uma infinidade de tipos de negócio ou situações jurídicas, o que vai variar qual
tributação incidirá.

O que resta claro é que não há ainda, certeza sobre a regra matriz de incidência tributária de
cada tributo previsto nessa se adéqua as operações com as criptos moedas o que ainda é
preciso uma revisão sobre tal aspecto para que se possa exigir assim uma obrigação tributária
de ganho de capital.
2. Antes de adentrar o cerne da questão, vale ressaltar que o IPTU sendo o imposto de
competência do município esculpido no artigo 156, I da Constituição Federal, nos descreve
que cabe aos municípios e ao DF a instituição do imposto, o fazendo através de lei ordinária
(regra-matriz de incidência tributária), e também sendo responsável pela promoção das
demais alterações necessárias. Sobre tal questão o professor Paulo de Barros Carvalho
leciona1,

“A criação de um esquema seguro para dar parâmetros


racionais à tributação, com fundamento em estrutura lógica,
permitiu à Ciência do Direito Tributário colaborar na limitação
da vontade arrecadatória do legislador. A regra-matriz veio à
lume, justamente, para instaurar critérios seguros, permitindo
identificar a natureza do tributo e relacioná-la com o regime
jurídico que querem lhe impor”.

Assim, quando o legislador observa no plano fático, o que se presumiria em forma de riqueza
econômica, por objetivos e interesses arrecadatório, é preciso que haja uma delimentação, e que se
estabeleça condicionantes de espaço e tempo nos quais são critérios materiais espaciais e temporais.
O artigo 32 do CTN, descreve que o fato gerador que aponta para a obrigação tributária do IPTU é, a
propriedade, o domínio útil e a posse do bem imóvel por natureza ou acessão física, como definido
na lei civil, localizado na zona urbana. Então, temos a zona urbana do Municipio onde se encontra o
imóvel definida como o critério ESPACIAL, ainda no referido artigo do CTN supracitado em seu
parágrafo 1, define o que seria zona urbana para que não se confundisse qual imposto devesse ser
incidido, logo porque temos a zona rural e a incidência do ITR. Então para que se considere zona
urbana e para que assim haja a incidência do IPTU, é necessário possuir ao menos dois
melhoramentos descritos no referido artigo e aqui elenco: (i) meio-fio ou calçamento, com
canalização de águas pluviais; (ii) abastecimento de água; (iii) sistema de esgotos sanitários; (iv)
rede de iluminação pública, com ou sem posteamento para distribuição domiciliar; (v) escola
primária ou posto de saúde a uma distância máxima de 3 (três) quilômetros do imóvel
considerado, e mais tais devem ser construídos ou mantidos pelo Poder Público. Ainda é necessário
destacar que o parágrafo 2 do mesmo artigo, descreve que a área urbana pode ser compreendida as
áreas urbanizáveis, ou de expansão urbana, constantes de loteamentos aprovados pelos órgãos
competentes, destinados à habitação, à indústria ou ao comércio, ainda que estas estejam fora do
que já foi definido como urbana. Por último destaca-se o entendimento do STJ sobre imóvel
localizado na área urbana do Município, mas que exerce atividade de cunho rural, assim o IPTU não
incide e sim o ITR, “TRIBUTÁRIO. IMÓVEL NA ÁREA URBANA. DESTINAÇÃO RURAL.
IPTU. NÃO-INCIDÊNCIA. ART. 15 DO DL 57/1966. RECURSO REPETITIVO. ART. 543-C
DO CPC. 1. Não incide IPTU, mas ITR, sobre imóvel localizado na área urbana do Município,

1
CARVALHO, Paulo de Barros. Direito tributário, linguagem e método, pp. 589-590.
desde que comprovadamente utilizado em exploração extrativa, vegetal, agrícola, pecuária ou
agroindustrial (art. 15 do DL 57/1966). 2. Recurso Especial provido.

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