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SIMPLES

NACIONAL
SIMPLES NACIONAL
Neste curso prático de atualização Simples Nacional, você vai
aprender desde a introdução à legislação, bem como pontos
relacionados às vedações ao ingresso no Simples Nacional, opção a
este regime de tributação, conceitos preliminares, empresas que
excederam o limite de faturamento, parcelamento de débitos,
notificações e muitos outros aspectos importantes.

Você aprenderá:
• Simples Nacional – Lei Geral da ME/EPP ............. 3
• Atividade de locação de imóveis próprios ............ 17
• Malha fina do PGDAS-D ......................................... 30

• Incentivos ou benefícios fiscais ............................ 34


• Obrigações acessórias no âmbito federal ............ 65

Assista este conteúdo com a instrutora Magda


Ferreira, Contadora, Proprietária da Tavares Ferreira
Assessoria Contábil, Pós-graduada em Auditoria.
Aponte a câmera para o código QR ou acesse:
www.cefis.com.br
Simples Nacional
• Simples Nacional – Lei Geral
da ME/EPP
• Introdução – Histórico
O art. 179 da Constituição Federal estabelece que a União, os
Estados, o Distrito Federal e os Municípios dispensarão às
microempresas e às empresas de pequeno porte, assim definidas
em lei, tratamento jurídico diferenciado, visando a incentivá-las
pela simplificação de suas obrigações administrativas, tributárias,
previdenciárias e creditícias, ou pela eliminação ou redução destas
por meio de lei.
Baseado nisso foi editada a Lei Complementar nº 123/06,
publicada no DOU de 15/12/06, instituindo o Estatuto Nacional da
Microempresa e Empresa de Pequeno Porte, estabelecendo
normas gerais relativas ao tratamento diferenciado e favorecido a
ser dispensado às ME e EPP no âmbito dos Poderes da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
Neste curso, analisaremos o Estatuto das ME e EPP
especificamente em relação ao seu Capítulo IV, que trata do
Regime de tributação Simples Nacional em vigor desde...

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Simples Nacional
• Simples Nacional – Lei Geral
da ME/EPP
... 1º de julho de 2007, conforme determina o art. 88 da LC
123/2006, que determina as regras gerais para enquadramento
das empresas nas normas do Estatuto como ME ou EPP com as
alterações das Leis Complementares nº 128/2008, 139/2011,
147/2014 e LC 155/2016.
• Introdução Lei Geral
O Simples Nacional é um regime tributário diferenciado, destinado
exclusivamente às micro e pequenas empresas. Além do porte do
contribuinte, a legislação ainda estabelece diversas restrições que
impedem a opção pelo regime
A Lei Complementar estabelece normas gerais relativas ao
tratamento diferenciado e favorecido a ser dispensado às
microempresas e empresas de pequeno porte no âmbito dos
Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, especialmente no que se refere:
a) à apuração e recolhimento dos impostos e contribuições da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,...

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Simples Nacional
• Simples Nacional – Lei Geral
da ME/EPP
... mediante regime único de arrecadação, inclusive obrigações
acessórias;
b) ao cumprimento de obrigações trabalhistas e previdenciárias,
inclusive obrigações acessórias;
c) ao acesso a crédito e ao mercado, inclusive quanto à
preferência nas aquisições de bens e serviços pelos Poderes
Públicos, à tecnologia, ao associativismo e às regras de inclusão.
d) ao cadastro nacional único de contribuintes. (Incluído pela Lei
Complementar nº 147, de 2014)
Toda nova obrigação que atinja as microempresas e empresas de
pequeno porte deverá constar no instrumento que a instituiu
(Contrato Social), especificação do tratamento diferenciado,
simplificado e favorecido para cumprimento do estatuto da
ME/EPP. (Incluído pela Lei Complementar nº 147, de 2014)
Se o contribuinte verificar que não incorre em nenhuma das
vedações do estatuto ele poderá usufruir do tratamento jurídico
diferenciado de ME/EPP, todavia, se o mesmo tiver interesse...

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Simples Nacional
• Simples Nacional – Lei Geral
da ME/EPP
... no regime de tributação Simples Nacional deverá analisar se a
atividade que pretende exercer consta no ANEXO VI E VII da
Resolução CGSN 140/2018 que traz os CNAEs impeditivos ao
Simples Nacional.
A seguir serão analisadas as vedações e exceções ao regime de
tributação Simples Nacional, todavia é de suma importância
analisar a definição de ME/EPP que dispõe o art. 3º da LC
123/2006.

• Definição de ME/EPP e
analise da natureza jurídica
Para ser uma ME ou EPP, o contribuinte precisa cumprir dois tipos
de requisitos:
1. quanto à natureza jurídica, precisa ser uma sociedade
empresária, sociedade simples, empresa individual de
responsabilidade limitada ou empresário individual; a que se refere
o art. 966 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002...
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Simples Nacional
• Definição de ME/EPP e
analise da natureza jurídica
... devidamente registrados no Registro de Empresas Mercantis ou
no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, conforme o caso, e a
sociedade de advogados registrada na forma do art. 15 da Lei nº
8.906, de 4 de julho de 1994 “registrados na OAB”
2. quanto à receita bruta, precisa observar o limite máximo anual
estabelecido em Lei.
a) no caso das microempresas “ME”, aufira, em cada ano
calendário, receita bruta igual ou inferior a R$ 360.000,00;
b) no caso das empresas de pequeno porte “EPP”, aufira, em cada
ano calendário, receita bruta superior a R$ 360.000,00 e igual ou
inferior a R$ 4.800.000,00 em vigor a partir de 01/01/2018,
alterado pela LC 155/2016.

• Ponderações importantes
sobre natureza jurídica
a) Leiloeiro pode optar pelo Simples Nacional?
De fato, o art. 18, § 5º-I, inciso VIII, c/c § 5º-J, da LC 123, de 2006,...
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Simples Nacional
• Ponderações importantes
sobre natureza jurídica
... determina que a atividade de leilão deve ser tributada pelo
Anexo III ou V, conforme o fator “r”. Isso dá a entender que se trata
de atividade permitida aos optantes pelo Simples Nacional. Ocorre
que, de acordo com o “caput” do art. 3º, para ser enquadrada como
ME ou EPP, é necessário ter natureza jurídica de sociedade
empresária, sociedade simples, empresa individual de
responsabilidade limitada ou empresário. E a legislação da
profissão de leiloeiro – mais especificamente, o art. 36 do Decreto
nº 21.981, de 1932 – não permite que essa atividade seja exercida
por meio de sociedade, bem como o proíbe de exercer atividade
empresária. Sendo assim, não é que a atividade do leiloeiro seja
vedada ao Simples Nacional: sua natureza jurídica é que é
incompatível com os conceitos legais de ME e EPP, requisitos
imprescindíveis para opção pelo regime. (Base legal: art. 3º,
“caput”, da LC 123, de 2006).

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Simples Nacional
• Ponderações importantes
sobre natureza jurídica
b) associações, fundações e organizações religiosas podem se
considerar ME ou EPP, para fins de opção pelo Simples Nacional?
Não. De acordo com a Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002
(Código Civil), associações, fundações e organizações religiosas
(art. 44, incisos I, III e IV) não se confundem com sociedade
empresária ou simples (art. 44, inciso II), nem com empresa
individual de responsabilidade limitada (art. 980-A), tampouco com
empresário individual (art. 966). Assim, não têm condições de se
considerar ME ou EPP

• Os valores do limite do
simples serão atualizados em
2023?
Como citamos, os pequenos negócios são a maioria das empresas
no Brasil, o Simples Nacional é um regime direcionado para essas
empresas, portanto, é preciso acompanhar as mudanças.

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Simples Nacional
• Os valores do limite do
simples serão atualizados em
2023?
O Projeto de Lei Complementar (PLP) 108/2021 prevê o aumento
dos limites do Simples Nacional, ele foi recentemente aprovado
pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da
Câmara dos Deputados. O PLP 108/2021 seguirá para votação no
plenário da Câmara dos Deputados, caso seja aprovado, os novos
limites serão atualizados já em 2023. Se projeto for aprovado, os
novos limites para Micro e pequenas empresas serão os
seguintes:
Para microempresas, salta de R$ 360 mil para R$ 869.480,43; e
Para empresas de pequeno porte, sobe de R$ 4,8 milhões para R$
8.694.804,31. Se aprovados, os novos valores passarão a vigorar a
partir de 2023 e serão atualizados anualmente pela inflação, o
projeto original é oriundo do Senado Federal.
Além disso, esse projeto também atualiza o limite de faturamento
do Microempreendedor Individual (MEI) de R$ 81 mil para R$ 144
mil.
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Simples Nacional
• Vedação ao estatuto/ingresso
no simples nacional
1. Não poderá se beneficiar do tratamento jurídico diferenciado
previsto no Estatuto da Microempresa e da Empresa de Pequeno
Porte, inclusive o regime de tributação Simples Nacional, para
nenhum efeito legal, a microempresa ou empresa de pequeno
porte:
a) Com excesso de receita, hipótese em que a pessoa jurídica
auferir receita bruta acumulada no ano-calendário anterior (RBAA)
ou, ainda, no ano-calendário corrente (RBA) superior ao limite de
R$ 4.800.000,00. (Lei Complementar n° 123/2006, artigo 3°, inciso
II e §§ 9° e 9°-A; Resolução CGSN n° 140/2018, artigo 15, inciso I)
a.1) pessoa jurídica esteja em início de atividade, o limite será de
R$ 400.000,00 multiplicados pelo número de meses
compreendidos entre o início de atividade e o fim do respectivo
ano-calendário, considerada a fração de mês como mês completo.
(Resolução CGSN n° 140/2018, artigo 3°) b)Participação societária,
conforme quadro abaixo: (Lei Complementar n° 123/2006, artigo
3°, § 4°, incisos I, II, III, IV, V e VII e artigo 17, incisos II e III;...

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Simples Nacional
• Vedação ao estatuto/ingresso
no simples nacional
... Resolução CGSN n° 140/2018, artigo 15, incisos II, III, IV, V, VI,
VIII, XIII e XIV)
c) Natureza jurídica: no caso de ser constituída como cooperativa,
exceto cooperativa de consumo, sociedade por ações “SA” ou,
ainda, sociedade em conta de participação (SCP). (Lei
Complementar n° 123/2006, artigo 3°, § 4°, incisos VI e X;
Resolução CGSN n° 140/2018, artigo 15, incisos VII, XI e XXVI)
d) Dívida tributária: se, porventura, possuir débitos “ de qualquer
natureza” perante o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) ou
perante as Fazendas Públicas Federal, Estadual ou Municipal, cuja
exigibilidade não esteja suspensa. (Lei Complementar n°
123/2006, artigo 17, inciso V; Resolução CGSN n° 140/2018, artigo
15, inciso XV).
Nota importante: Essa vedação alcança somente débitos da
própria pessoa jurídica interessada na opção ao regime unificado,
ou seja, os débitos ligados a pessoa física do sócio não impedem
a empresa dele de optar pelo simples nacional.

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Simples Nacional
• Vedação ao estatuto/ingresso
no simples nacional
e) Reorganização societária: na hipótese de ser resultante ou
remanescente de cisão ou qualquer outra forma de
desmembramento de pessoa jurídica ocorrido em um dos 5 anos-
calendário anteriores. (Lei Complementar n° 123/2006, artigo 3°, §
4°, inciso IX; Resolução CGSN n° 140/2018, artigo 15, inciso X) De
acordo com a Solução de Consulta Cosit n° 167/2020, desde que
satisfaça todos os requisitos para opção e permanência no
Simples Nacional, a pessoa jurídica que incorporar outra pessoa
jurídica optante pode permanecer no regime.
Pessoalidade: É essencial para a configuração da relação de
emprego a prestação de serviços de forma pessoal pela pessoa
natural. Ou seja, o contrato de trabalho é personalíssimo, posto
que o empregado não pode ser substituído por outra pessoa no
exercício de suas atribuições.
O que é habitualidade no trabalho?
Literalmente, trata-se o trabalhador habitual de alguém que tem
por hábito, ou seja, costume, prestar seus serviços para outrem.

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Simples Nacional
• Vedação ao estatuto/ingresso
no simples nacional
Ele é um frequentador certo da empresa, esperado pelo
empregador no posto de trabalho que ali se encontra. A
subordinação se caracteriza pelo recebimento de ordens. Neste
sentido, para que se caracterize o requisito da subordinação, o
empregado deve estar sujeito às ordens do empregador,
obedecendo a este quanto ao serviço executado, o horário
trabalhado, etc. Sem subordinação, inexiste vínculo de emprego.

• Exercícios de atividade
intelectual
A partir de 2014 através da LC 147/2014 foram autorizadas a optar
pelo regime de tributação Simples Nacional os setores de serviços
que exerçam atividades que tenham por finalidade a prestação de
serviços decorrentes do exercício de atividade intelectual, de
natureza técnica, científica, desportiva, artística ou cultural, que
constitua profissão regulamentada ou não.

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Simples Nacional
• Exercícios de atividade
intelectual
Na tentativa de conceituação, observa-se que os dicionários
registram o termo intelectual como relativo à inteligência. Dessa
forma, pode estabelecer, a princípio, que refere-se ao exercício de
atividades que tenham a utilização da inteligência como aspecto
determinante. Esse "conhecimento" pode ser de natureza:
a) técnica ( mestre de obras);
b) científica ( médico, advogado, físico);
c) desportiva ( maratonista);
d) artística ( dançarino, ator, músico);
OBS 1 : O Comitê Gestor, por meio do art. 8º da Resolução CGSN
nº 140/2018, determinou que serão utilizados os códigos de
atividades econômicas previstos na Classificação Nacional de
Atividades Econômicas (CNAE) informados pelos contribuintes no
CNPJ, para verificar se as ME e as EPP se inserem nas possíveis
vedações ao Simples Nacional que se encontra nos anexos VI e VII
da Resolução CGSN 140/2018.

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Simples Nacional
• Exercícios de atividade
intelectual
OBS 2: A ME ou a EPP que exerça atividade econômica cujo código
da CNAE seja considerado ambíguo poderá formalizar a opção
desde que:
1 - exerça apenas atividade cuja opção seja permitida no Simples
Nacional; e
2 - declare expressamente que não se enquadra nas vedações
previstas no art. 15, nos termos do § 4º do art. 6º.
OBS 3: Na hipótese de alteração da relação de códigos da CNAE
correspondentes a atividades impeditivas do ingresso no Simples
Nacional e da relação de códigos ambíguos, serão observadas as
seguintes regras:
1 - se determinada atividade econômica deixar de ser considerada
impeditiva do ingresso no Simples Nacional, a ME ou a EPP que a
exerce poderá optar pelo Simples Nacional a partir do ano-
calendário subsequente ao da alteração que afastou o
impedimento. (Redação dada pelo(a) Resolução CGSN nº 142, de
21 de agosto de 2018)

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Simples Nacional
• Exercícios de atividade
intelectual
2 - se determinada atividade econômica passar a ser considerada
impeditiva do ingresso no Simples Nacional, a ME ou a EPP que a
exerce deverá comunicar o fato à RFB e providenciar sua exclusão
do Simples Nacional, cujos efeitos terão início no ano-calendário
subsequente ao da alteração que determinou o impedimento.
Fundamentação art. 18, § 5ºI, XII, da Lei Complementar nº
123/2006, alterado pela Lei Complementar nº147/2014;,arts. 8º e
15,16, XXI. da Resolução CGSN nº 140/2018.

• Atividade de locação de
imóveis próprios
A Lei Complementar nº 128/2008 trouxe várias exceções às
vedações ao Simples Nacional. De forma isolada, no entanto,
estabeleceu uma vedação em relação à microempresa ou empresa
de pequeno porte que "realize atividade de locação de imóveis
próprios, exceto quando se referir a prestação de serviços
tributados pelo ISS".

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Simples Nacional
• Atividade de locação de
imóveis próprios
Cabem, aqui, alguns comentários. Primeiro, observa-se que essa
vedação não será aplicada na hipótese dessa atividade ser
tributada pelo ISS. Regra geral, a locação de imóveis não é
tributada pelo ISS. Exceções a essa regra estão previstas na Lei
Complementar nº 116/2003, em seu item 3.03, a seguir transcrito:
"3.03 - Exploração de salões de festas, centro de convenções,
escritórios virtuais, stands, quadras esportivas, estádios, ginásios,
auditórios, casas de espetáculos, parques de diversões, canchas e
congêneres, para realização de eventos ou negócios de qualquer
natureza". Essas atividades, por estarem sujeitas ao ISS, poderão
optar e se manter no Simples Nacional normalmente. O Anexo
aplicável, nessa hipótese, será o III (Art. 18, § 5º-F, da LC
123/2006).
Não sendo tributada pelo ISS, a atividade de locação de imóveis
próprios estará vedada ao Simples Nacional.

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Simples Nacional
• Atividade de locação de
imóveis próprios
Exemplo: o contribuinte tem como atividade o comércio, mas
aufere receitas com a locação de um imóvel próprio.
A locação do imóvel próprio, neste caso, não está entre as
atividades exercidas pelo contribuinte (principal ou secundária), e
representa uma pequena parcela do seu faturamento, sendo, em
muitos casos, eventual. Base Legal: art. 17, XV da Lei
Complementar nº 123/2006 ;art. 15, XXV, da Resolução CGSN nº
140/2018.

• Opção ao regime de
tributação simples nacional
• Opção - Regras gerais
Podem optar pelo Simples Nacional as microempresas (ME) e
empresas de pequeno porte (EPP) que não incorram em nenhuma
das vedações previstas no art. 3º, §4º, e art. 17 e parágrafos da Lei
Complementar 123, de 2006, regulamentada pela Resolução CGSN
140/2018.
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Simples Nacional
• Opção ao regime de
tributação simples nacional
A opção pelo regime do Simples Nacional é formalizada até o
último dia útil do mês de janeiro, através do Portal do Simples
Nacional, disponível em: <www8.receita.fazenda.gov.br/Simples
Nacional>. (Lei Complementar n° 123/2006, artigo 16; Resolução
CGSN n° 140/2018, artigo 6°, § 1°)

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Simples Nacional
• Opção ao regime de
tributação simples nacional
• Empresas em Atividade
Para as empresas já em atividade, a solicitação de opção poderá
ser feita em janeiro/2023, até o último dia útil (31/01/2023). A
opção, se deferida (aceita), retroagirá a 01/01/2023.
• Inícios de atividade
Para as empresas em início de atividade, ou seja, aquelas que se
encontram no período de 60 dias após a abertura do CNPJ, o prazo
para opção ao Simples Nacional é de 30 dias a partir do último
deferimento da inscrição, seja municipal ou estadual. (Resolução
CGSN n° 140/2018, artigo 6°, § 5°)
Atenção com CNAE informado no cartão CNPJ:
Se constar no cadastro da empresa no CNPJ alguma atividade
impeditiva à opção pelo Simples Nacional, ainda que ela não venha
a exercê-la, tal fato é motivo de impedimento à opção?
No cadastro, são informados os códigos CNAE das atividades
exercidas pela empresa.

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Simples Nacional
• Opção ao regime de
tributação simples nacional
E cada código CNAE corresponde a um elenco de atividades,
sendo que algumas podem ser permitidas ao Simples Nacional e
outras não (ver lista de atividades vedadas na Pergunta 2.2).
Sendo assim:
1. Os códigos CNAE que se referem apenas a atividades
permitidas não são listados na Resolução CGSN nº 140, de 2018.
Por isso, se o código CNAE informado no cadastro da empresa não
estiver relacionado nos Anexos VI e VII da Resolução, o tipo de
atividade não será impedimento para seu ingresso no Simples
Nacional. 2. Os códigos CNAE que se referem apenas a atividades
vedadas são listados no Anexo VI. Por isso, se o código CNAE
informado no cadastro da empresa estiver relacionado nesse
Anexo, seu ingresso no Simples Nacional será vedado.
3. Os códigos CNAE ambíguos, que abrangem concomitantemente
atividades impeditivas e permitidas, são listados no Anexo VII. Por
isso, se o código CNAE informado no cadastro da empresa estiver
relacionado nesse Anexo, seu ingresso no Simples Nacional...

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Simples Nacional
• Opção ao regime de
tributação simples nacional
... será condicionado a que a empresa declare, no momento da
opção, que exerce apenas atividades permitidas.

• Intimação eletrônica e DTE


“domicilio tributário
eletrônico”
A Lei Complementar n° 123/2006, em seu artigo 16, §§ 1°-A a 1°-D,
prevê a comunicação eletrônica para as pessoas jurídicas
optantes pelo Simples Nacional.
A opção pelo Simples Nacional implica aceitação de sistema de
comunicação eletrônica, a ser disponibilizado no Portal do Simples
Nacional, Tem por finalidade a comunicação de quaisquer atos
administrativos, como o indeferimento da opção, exclusão ou
desenquadramento, autuações, intimações e avisos para
autorregularização.
Relativamente ao DTE-SN, será observado o seguinte:

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Simples Nacional
• Intimação eletrônica e DTE
“domicilio tributário
eletrônico”
a) as comunicações serão feitas, por meio eletrônico, no Portal do
Simples Nacional, e será dispensada a sua publicação no Diário
Oficial e o envio por via postal;
b) a comunicação será considerada pessoal para todos os efeitos
legais;
c) terá validade a ciência com utilização de certificação digital ou
de código de acesso;
d) considerar-se-á realizada a comunicação no dia em que o
sujeito passivo efetuar a consulta eletrônica ao seu teor; e
e) na hipótese prevista na letra “d” a cima, nos casos em que a
consulta se dê em dia não útil, a comunicação será considerada
como realizada no primeiro dia útil seguinte.
f) O sujeito passivo deverá efetuar a consulta referida nas letras
“d,e” no prazo de até 45 (quarenta e cinco) dias, contado da data
da disponibilização da comunicação no Portal, sob pena de ser...

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Simples Nacional
• Intimação eletrônica e DTE
“domicilio tributário
eletrônico”
... considerada automaticamente realizada na data do término
desse prazo
g) A contagem do prazo inicia-se no 1º (primeiro) dia subsequente
ao da disponibilização da comunicação no Portal.
h) O DTE-SN será utilizado pelos entes federados para as
finalidades relativas ao cumprimento das obrigações principais e
acessórias dos tributos apurados na forma do Simples Nacional e
demais atos administrativos inerentes à aplicação do respectivo
regime.
Base Legal: art. 122 da Resolução CGSN nº 140/2018.

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Simples Nacional
• Intimação eletrônica e DTE
“domicilio tributário
eletrônico”

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Simples Nacional
• Intimação eletrônica e DTE
“domicilio tributário
eletrônico”
Observa-se que ao tentar realizar o pagamento via PIX – única
opção no documento falso, pois não há código de barras ou outro
meio – o sistema direciona o pagamento para uma empresa
privada denominada SIMPLES PAGAMENTO ONLINE LTDA. Os
contribuintes precisam estar atentos e verificar os pagamentos
pendentes e dívidas em aberto sempre nos sites oficiais dos
órgãos públicos. As dívidas do Simples Nacional podem ser
consultadas no portal e-CAC, disponível no site da Receita Federal
em gov.br/receitafederal, ou no Portal do Simples Nacional, em
www8.receita.fazenda.gov.br/simplesnacional.
Atenção empresários optantes pelo Simples Nacional, vocês são o
alvo desta vez!
Os golpistas utilizam elementos conhecidos como a logomarca
oficial do Simples e termos técnicos para tentar dar veracidade ao
documento falso.

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Simples Nacional
• Intimação eletrônica e DTE
“domicilio tributário
eletrônico”
Com ameaça de multa altíssima de até 225% sobre o valor
cobrado, tentam pressionar as possíveis vítimas para que paguem
com celeridade e, dessa forma, buscam tirar a atenção dos
detalhes importantes.
Os golpistas utilizam elementos conhecidos como a logomarca
oficial do Simples e termos técnicos para tentar dar veracidade ao
documento falso. Com ameaça de multa altíssima de até 225%
sobre o valor cobrado, tentam pressionar as possíveis vítimas para
que paguem com celeridade e, dessa forma, buscam tirar a
atenção dos detalhes importantes. Conforme imagem abaixo.

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Simples Nacional
• Intimação eletrônica e DTE
“domicilio tributário
eletrônico”

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Simples Nacional
• Malha fina do PGDAS-D
Foi regulamentada a instituição da Malha do PGDAS-D para coibir
fraudes no Simples Nacional. (art. 39-A, RCGSN 140/2018) As
declarações retificadoras transmitidas pelo PGDAS-D poderão ser
retidas para análise com base na aplicação de parâmetros internos
estabelecidos pela RFB, pelos Estados, pelo Distrito Federal e
pelos Municípios.
a) A ME ou EPP responsável pelo envio da declaração será
comunicada da retenção e, se necessário, poderá ser intimada a
prestar esclarecimentos ou apresentar documentos sobre as
possíveis inconsistências ou indícios de irregularidade detectados
durante a análise.
b) A declaração retida poderá ser:
b1) liberada quando, de plano ou após análise das justificativas
prestadas, a administração tributária verificar que cessaram os
motivos que determinaram sua retenção;
c) rejeitada:

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Simples Nacional
• Malha fina do PGDAS-D
c1) quando a administração tributária, independentemente da
intimação a que se refere a letra “a” , já tiver elementos suficientes
para confirmar as inconsistências ou indícios de irregularidade;
c2) quando não atender à intimação a que se refere letra “a”; ou
c3) quando intimada nos termos da letra “a”, a ME ou EPP não
comprovar a correção das informações prestadas.
d) Não produzirão efeitos as declarações retidas:
d1) enquanto pendentes de análise, em relação ao período de
apuração a que se referem; e
d2) quando rejeitadas.
e) A liberação da declaração de que trata a letra “b, c acima” não
implica a homologação do lançamento, caso em que se aplica o
disposto no § 4º do art. 150 da Lei nº 5.172, de 25 de outubro de
1966 - Código Tributário Nacional (CTN).
f) O disposto da letra “a até e” observará subsidiariamente, a
legislação de cada ente federado.

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Simples Nacional
• Conceitos preliminares
Microempresa (ME) – a sociedade empresária, a sociedade
simples, a empresa individual de responsabilidade limitada e o
empresário a que se refere o art. 966 da Lei no 10.406, de 10 de
janeiro de 2002 (Código Civil), devidamente registrados no Registro
de Empresas Mercantis ou no Registro Civil de Pessoas Jurídicas
que, no ano-calendário anterior aos efeitos da opção pelo Simples
Nacional, auferiu receita bruta igual ou inferior a R$ 360.000,00.
Empresa de Pequeno Porte (EPP) – a sociedade empresária, a
sociedade simples, a empresa individual de responsabilidade
limitada e o empresário a que se refere o art. 966 da Lei no 10.406,
de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil), devidamente registrados
no Registro de Empresas Mercantis ou no Registro Civil de
Pessoas Jurídicas que, no ano-calendário anterior aos efeitos da
opção pelo Simples Nacional, auferiu receita bruta superior a R$
360.000,00 e igual ou inferior R$4.800.000,00 a partir de
01/01/2018 alterado pela LC 155/2016; (art. 3º, inciso II, da LC nº
123/206)

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Simples Nacional
• Conceitos preliminares
Receita bruta – produto da venda de bens e serviços nas
operações de conta própria, o preço dos serviços prestados e o
resultado nas operações em conta alheia, excluídas as vendas
canceladas e os descontos incondicionais concedidos.
Período de apuração (PA) – o mês-calendário considerado como
base para apuração da receita bruta.
Regime de Competência – é o que apropria receitas e despesas ao
período de sua realização, independentemente do efetivo
recebimento das receitas ou do pagamento das despesas.
Regime de Caixa – é o regime contábil que apropria as receitas e
despesas no período de seu recebimento ou pagamento,
respectivamente, independentemente do momento em que são
realizadas.
Folha de salários – montante pago, incluídos encargos, nos 12
(doze) meses anteriores ao do período de apuração, a título de
remunerações a pessoas físicas decorrentes do trabalho, incluídas
retiradas de pró- labore, acrescidos do montante efetivamente
recolhido a título de contribuição patronal previdenciária e...

33
Simples Nacional
• Conceitos preliminares
... para o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço.
Deverão ser considerados os salários informados na GFIP.
Consideram-se salários o valor da base de cálculo da contribuição
prevista nos incisos I e III do art. 22 da Lei nº 8.212, de 1991,
agregando-se o valor do décimo-terceiro salário na competência
da incidência da referida contribuição, na forma do caput e dos §§
1º e 2º do art. 7º da Lei nº 8.620, de 5 de janeiro de 1993. Não
devem ser considerados os valores pagos a título de aluguéis e de
distribuição de lucros, § 1º, Art. 26, RCGSN 140/2018.

• Incentivos ou benefícios
fiscais
Além das vedações previstas no artigo 17 da Lei Complementar n°
123/2006 e artigo 15 da Resolução CGSN n° 140/2018, as
empresas optantes pelo Simples Nacional não podem utilizar ou
destinar valores de qualquer título, a fim de incentivos fiscais. (Lei
Complementar n° 123/2006, artigo 24; Resolução CGSN n°
140/2018, artigo 37)

34
Simples Nacional
• Incentivos ou benefícios
fiscais
No entanto, o artigo 30 da Resolução CGSN n° 140/2018 prevê a
aplicabilidade de imunidade de impostos para os optantes pelo
Simples Nacional, bem como em relação ao ICMS e ao ISS, os
Estados, Municípios e o Distrito Federal podem conceder
incentivos ao Simples Nacional, amparados pelo artigo 31 da
Resolução CGSN n° 140/2018.
Ainda, em exceção à regra, há a possibilidade de aplicação de
alíquota zero para PIS, Cofins e ICMS para produtos da cesta
básica. No entanto, a aplicação dependerá de lei específica da
União, Estados ou Distrito Federal que, até então, não foi elaborada
e publicada. (Resolução CGSN n° 140/2018, artigo 36)
Por fim, aplica-se ao regime do Simples Nacional a desoneração
das contribuições sociais para o PIS/Pasep e a Cofins relativas à
incidência monofásica e substituição tributária, ou seja, aplica-se a
alíquota zero para os revendedores de produtos sujeitos a esse
tratamento. (Resolução CGSN n° 140/2018, artigo 18, § 4°-A, inciso
I e § 12; artigo 25, § 6°)

35
Simples Nacional
• Incentivos ou benefícios
fiscais
Imunidade – é uma limitação constitucional às competências
tributárias.
Valor Fixo – é aquele determinado por Estados, Distrito Federal e
Municípios, para recolhimento do ICMS ou ISS, para Microempresa
(ME) que aufira receita bruta no ano-calendário anterior (RBAA) de
até R$ 360.000,00.
IMPORTANTE! O campo de valor fixo somente deve ser preenchido
se o Estado ou Município tenha estabelecido recolhimento em
valor fixo em sua legislação para empresas optantes pelo Simples
Nacional, conforme art. 33 da Resolução CGSN nº 140/2018.
Redução/Isenção do ICMS e do ISS – dispensa legal, parcial
(redução) ou total (isenção), do pagamento de um tributo. Pode
ser extinta mediante lei ordinária, ao contrário da imunidade,
somente atingida por alteração constitucional.
Substituição Tributária – consiste em atribuir responsabilidade
pelo pagamento do imposto a uma terceira pessoa que tenha
relação com o fato gerador da obrigação tributária.

36
Simples Nacional
• Incentivos ou benefícios
fiscais
Antecipação com encerramento de tributação do ICMS –
modalidade de cobrança utilizada para cobrar antecipadamente o
imposto devido até a etapa final de comercialização, inclusive o
diferencial de alíquota, nas operações de aquisições de outras
Unidades da Federação, de mercadorias não sujeitas à
substituição tributária.
Tributação monofásica do PIS e da COFINS – ocorre quando a lei
concentra a tributação do PIS e Cofins nas etapas de produção e
importação, desonerando as etapas subsequentes de
comercialização.
Retenção na fonte do ISS – é a obrigação atribuída ao tomador do
serviço ou a terceiro, de reter o ISS devido quando do pagamento
pelo serviço contratado e de efetuar seu recolhimento. O
contribuinte continua com a obrigação de recolher o tributo caso o
retentor não o faça devido à solidariedade.

37
Simples Nacional
• Empresas que excederam o
limite/sublimite de
faturamento em 2022
• Excesso De Receita Bruta A Nível Estadual E Municipal Que
Fixar Sublimite.
Caso o contribuinte possua estabelecimentos situados em
Estados ou Municípios que adotem sublimites serão aplicadas as
alíquotas máximas majoradas quando a ME ou EPP ultrapassar os
sublimites estaduais e municipais, fixados em R$ 1.800.000,00 ou
R$ 3.600.000,00 conforme o caso, estará sujeita em relação aos
percentuais aplicáveis ao ICMS e ao ISS às alíquotas máximas
correspondentes a essas faixas previstas nas tabelas dos Anexos I
a V do Estatuto proporcionalmente conforme o caso, acrescidas
de 20% (art. 18º, § 17, da LC nº 123/2006, II, Art. 9º, CGSN
140/2018).
• Exclusão Do Regime A Nível Estadual E Municipal Quando
Estados E Municípios Adotarem Sublimites.

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Simples Nacional
• Empresas que excederam o
limite/sublimite de
faturamento em 2022
O optante que ultrapassar o sublimite de receita bruta do ano-
calendário, estará automaticamente impedido de recolher o ICMS e
o ISS na forma do Simples Nacional a partir do mês subsequente
ao que tiver ocorrido o excesso, relativamente aos seus
estabelecimentos localizados na Unidade da Federação que os
houver adotado. (Resolução CGSN n° 140/2018, artigo 12, § 1°
incisos I e II;
Os efeitos do impedimento ocorrerão:
a) a partir do mês subsequente quando o excesso da receita bruta
acumulada for superior a 20% dos sublimites. (Resolução CGSN n°
140/2018, artigo 12, § 1°, inciso I)
Exemplo: 3.600.000,00 + 20% = 4.320.000,00 “ superior”
b) a partir do ano-calendário subsequente quando o excesso da
receita bruta acumulada não for superior a 20% dos sublimites.
(Resolução CGSN n° 140/2018, artigo 12, § 1°, inciso II)

39
Simples Nacional
• Empresas que excederam o
limite/sublimite de
faturamento em 2022
Exemplo: 3.600.000,00 + 20% = 4.320.000,00 “igual ou inferior”
Um ponto de atenção é que neste caso não há aplicativo ou meio
de comunicação a exclusão do sublimite.
Quando o sublimite é ultrapassado, o contribuinte não deve fazer
nada em relação ao preenchimento do PGDAS-D, uma vez que o
próprio aplicativo identifica que o mesmo foi ultrapassado e
apresenta uma mensagem esclarecendo que o ICMS e o ISS
deixarão de ser recolhidos no Simples Nacional, e a partir de qual
mês.
• Excesso em Menos de 20%
Quando a pessoa jurídica optante ao Simples Nacional está no
ano-calendário em início de atividade e a receita auferida
ultrapassa o sublimite proporcional decorrente de operações no
mercado interno ou de exportação em até 20%, deverá realizar:

40
Simples Nacional
• Empresas que excederam o
limite/sublimite de
faturamento em 2022
a) a partir do ano-calendário subsequente quando o excesso da
receita bruta acumulada não for superior a 20% dos sublimites.
(Resolução CGSN n° 140/2018, artigo 12, § 4°, inciso II)
Exemplo: 2.700.000,00 + 20% = 3.240.000,00 “igual ou inferior”
b) serão retroativos ao início de atividade se o excesso verificado
em relação à receita bruta acumulada for superior a 20% (vinte por
cento) dos sublimites(Resolução CGSN n° 140/2018, artigo 12, §
4°, inciso I)
Exemplo: 2.700.000,00 + 20% = 3.240.000,00 “superior”
• Sublimites para 2023
O Comitê Gestor do Simples Nacional Através da Portaria CGSN
Nº39 (DOU 29/11/2022) divulgou os novos sublimites a serem
adotados pelos Estados no ano-calendário 2023.
Os novos sublimites serão válidos para efeito de recolhimento do
ICMS dos estabelecimentos localizados nos Estados que...

41
Simples Nacional
• Empresas que excederam o
limite/sublimite de
faturamento em 2022
... adotarem os sublimites, e também para recolhimento do ISS de
seus municípios, no âmbito do Simples Nacional.
Vigorará o sublimite de R$ 3.600.000,00 (três milhões e seiscentos
mil reais) para os Estados e o Distrito Federal, de acordo com o
disposto no § 1º do art. 9º da Resolução CGSN nº 140, de 2018.
• Tributação Da Receita Que Ultrapassar o Sublimite Imposto
Pelo Estado Ou Município, Exclusão Da Alíquota Do ISS Ou
ICMS No Momento Do Cálculo No Simples Nacional
Na hipótese em que o recolhimento do ICMS ou do ISS não esteja
sendo efetuado por meio do Simples Nacional por força do
disposto no item 01 deste capitulo, as faixas de receita do Simples
Nacional superior àquela que tenha sido objeto de opção pelos
Estados ou pelo Distrito Federal sofrerão, para efeito de
recolhimento do Simples Nacional, redução na alíquota equivalente
aos percentuais relativos a esses impostos constantes das tabelas
dos Anexos I a V do Estatuto, conforme o caso...
42
Simples Nacional
• Empresas que excederam o
limite/sublimite de
faturamento em 2022
... (art. 20, § 3º, da LC nº 123/2006, Alterado pela LC 155/2016).
• Limites A Nível Federal
A partir do ano de 2018, o limite da receita bruta anual para o
Simples Nacional passou a R$ 4,8 milhões, , ou seja, pode a
pessoa jurídica obter um faturamento inferior a R$ 4,8 milhões,
cumprir com as obrigações quanto ao ICMS e ao ISS, perante o
Estado e Município de seu domicílio fiscal e optar pela tributação
dos tributos federais no Simples Nacional. (Lei Complementar n°
123/2006, artigo 3°, inciso II; Resolução CGSN n° 140/2018, artigo
9°, § 1°)
• Limite Para Empresa já Existente
Com a promulgação da Lei Complementar n° 155/2016, tendo
efeitos a partir de 2018, o optante pelo Simples Nacional pode
auferir receita bruta no ano-calendário, com limite de até R$ 4,8
milhões para operações internas com comércio e/ou serviço, e
complementarmente R$ 4,8 milhões referente as operações...
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Simples Nacional
• Empresas que excederam o
limite/sublimite de
faturamento em 2022
... com o mercado externo, vinculadas à comércio e/ou serviços.
(Lei Complementar n° 123/2006, artigo 3°, inciso II e § 14;
Resolução CGSN n° 140/2018, artigo 2°, § 1° e artigo 3°, § 3°,
inciso II)
• Limite Para Início de Atividade
Para os optantes pelo Simples Nacional em início de atividade, a
receita bruta para o ano-calendário nas operações com comércio
e/ou serviços se dá através da proporcionalidade entre o número
de meses compreendido desde o início de atividade até o final do
ano-calendário para o mercado interno e externo. (Lei
Complementar n° 123/2006, artigo 3°, inciso II;
Para realizar a contagem, considera-se o início da atividade pela
data de abertura da empresa constante no CNPJ. (Resolução
CGSN n° 140/2018, artigo 2°, inciso IV)

44
Simples Nacional
• Empresas que excederam o
limite/sublimite de
faturamento em 2022
Para encontrar o limite, multiplica-se o número de meses acima
esclarecido pelo limite de R$ 400 mil. (Resolução CGSN n°
140/2018, artigo 3°; Lei Complementar n° 123/2006, artigo 3°, § 2°)
Exemplo: A empresa Faz de Tudo Ltda, possui data de abertura do
CNPJ em 01.03.2022, sendo uma prestadora de serviços sujeitos
ao ISS.
Sendo assim, do mês de constituição do CNPJ até 12/2022, terá
10 meses de atividade dentro do ano-calendário, ou seja, seu limite
para faturamento em início de atividade será de: R$ 400.000,00 X
10 meses = R$ 4.000.000,00
• Comunicação e Efeitos de Exclusão Para Empresa Existente
Em regra geral, a exclusão do contribuinte do Simples Nacional,
dar-se-á por opção ou de maneira obrigatória: (Resolução CGSN n°
140/2018, artigo 81, incisos I e II; Lei Complementar n° 123/2006,
artigos 30 e 31)

45
Simples Nacional
• Empresas que excederam o
limite/sublimite de
faturamento em 2022
a) por opção: a exclusão por opção pode ser comunicada a
qualquer momento, e seus efeitos se dão sempre no ano seguinte;
b) por obrigatoriedade: a exclusão por obrigatoriedade, será feita
pelo próprio contribuinte sempre quando houver excesso de
receitas, entre outros;
c) de ofício: ocorre quando verificada a falta de comunicação
obrigatória ou quando verificada a ocorrência de alguma ação ou
omissão que constitua motivo específico.
• Penalidades Pela Falta de Comunicação
Fica sujeito à multa correspondente a 10% do total dos tributos
devidos na forma do Simples Nacional no mês que anteceder o
início dos efeitos da exclusão, não inferior a R$ 200,00 (sem
possibilidade de redução) quando for constatada a falta de
comunicação na condição de obrigatória, nos prazos
determinados no artigo 81 da Resolução CGSN n° 140/2018.
(Resolução CGSN n° 140/2018, artigo 99)
46
Simples Nacional
• Empresas que excederam o
limite/sublimite de
faturamento em 2022
• Composição Da Receita Bruta
a) o custo do financiamento nas vendas a prazo, contido no valor
dos bens ou serviços ou destacado no documento fiscal;
b) as gorjetas, sejam elas compulsórias ou não; (Orientação
conforme Soluções de Consulta Cosit nº 99, de 3 de abril de 2014,
e nº 191, de 27 de junho de 2014.)
c) os royalties, aluguéis e demais receitas decorrentes de cessão
de direito de uso ou gozo; e
d) as verbas de patrocínio.
• Não Compõem a Receita Bruta
a) a venda de bens do ativo imobilizado;
a.1) Consideram-se bens do ativo imobilizado, ativos tangíveis, que
sejam disponibilizados para uso na produção ou fornecimento de
bens ou serviços, ou para locação por outros, para investimento,
ou para fins administrativos e cuja desincorporação ocorra...

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Simples Nacional
• Empresas que excederam o
limite/sublimite de
faturamento em 2022
... a partir do décimo terceiro mês contado da respectiva entrada.
(II, § 6º, Art. 2º, Resolução CGSN 140/2018).
b) os juros moratórios, as multas e quaisquer outros encargos
auferidos em decorrência do atraso no pagamento de operações
ou prestações;
c) a remessa de mercadorias a título de bonificação, doação ou
brinde, desde que seja incondicional e não haja contraprestação
por parte do destinatário;
d) a remessa de amostra grátis;
e) os valores recebidos a título de multa ou indenização por
rescisão contratual, desde que não corresponda à parte executada
do contrato.
f) - para o salão-parceiro de que trata a Lei nº 12.592, de 18 de
janeiro de 2012, os valores repassados ao profissional-parceiro,
desde que este esteja devidamente inscrito no CNPJ;

48
Simples Nacional
• Empresas que excederam o
limite/sublimite de
faturamento em 2022
g) os rendimentos ou ganhos líquidos auferidos em aplicações de
renda fixa ou variável.
• Tributos Abrangidos pelo Simples Nacional.
O optante pelo Simples Nacional está sujeito ao recolhimento
mensal sobre a receita bruta auferida, através do DAS “documento
único de arrecadação”, dos seguintes tributos: (Lei Complementar
n° 123/2006, artigos 13 e 18, Anexos I a V)

Anexo Tributos
Anexo I IRPJ, CSLL, Cofins, PIS/Pasep, CPP e ICMS.

Anexo II IRPJ, IPI, CSLL, Cofins, PIS/Pasep, CPP e ICMS.

Anexo III IRPJ, CSLL, Cofins, PIS/Pasep, CPP e ISS.

Anexo IV IRPJ, CSLL, Cofins, PIS/Pasep e ISS.

Anexo V IRPJ, CSLL, Cofins, PIS/Pasep, CPP e ISS.

49
Simples Nacional
• Empresas que excederam o
limite/sublimite de
faturamento em 2022
• Operações Que Não Importam Auferimento De Receita Bruta
O optante pelo Simples Nacional deve ter ciência de que está
sujeito à arrecadação de tributos devidos na qualidade de
contribuinte ou de responsável tributário, em relação aos quais
observará as mesmas legislações aplicadas aos não optantes. (Lei
Complementar n° 123/2006, artigo 13, § 1°; Resolução CGSN n°
140/2018, artigo 5°)
Esses tributos encontram-se na relação do artigo 13, § 1° da Lei
Complementar n° 123/2006 e do artigo 5° da Resolução CGSN n°
140/2018, por exemplo:
IOF, ITR, FGTS, IR relativo à alienação de bens do ativo imobilizado
“Ganho de Capital, IRRF sobre pagamentos efetuados a empresas
não optantes pelo Simples Nacional ou a pessoas físicas,
PIS/Pasep e COFINS na importação de bens e serviços, PIS/Pasep
e COFINS devidos pela substituição tributária ou incidência...

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Simples Nacional
• Empresas que excederam o
limite/sublimite de
faturamento em 2022
... monofásica, ICMS sujeito à substituição tributária, diferencial de
alíquota etc.

• Anexo III
Alíquotas e Partilha do Simples Nacional - Receitas de locação de
bens móveis e de prestação de serviços não relacionados no § 5°-
C do art. 18 desta Lei Complementar:
a) locação de bens móveis;
b) creche, pré-escola e estabelecimento de ensino fundamental,
escolas técnicas, profissionais e de ensino médio, de línguas
estrangeiras, de artes, cursos técnicos de pilotagem, preparatórios
para concursos, gerenciais e escolas livres;
c) agência terceirizada de correios;
d) agência de viagem e turismo;
e) centro de formação de condutores de veículos automotores de
transporte terrestre de passageiros e de carga;

51
Simples Nacional
• Anexo III
f) agência lotérica;
g) serviços de instalação, de reparos e de manutenção em geral,
bem como de usinagem, solda, tratamento e revestimento em
metais;
h) transporte municipal de passageiros;
i) escritórios de serviços contábeis;
j) produções cinematográficas, audiovisuais, artísticas e culturais,
sua exibição ou apresentação, inclusive no caso de música,
literatura, artes
l) serviços de comunicação e de transportes interestadual e
intermunicipal de cargas, deduzida a parcela correspondente ao
ISS e acrescida a parcela correspondente ao ICMS prevista no
Anexo I.
m) Fisioterapia; (incluída pela LC 147/2014 e regulamentada pela
CGSN 115/2014)
n) (Corretagem de Seguro; (incluída pela LC 147/2014 e
regulamentada pela CGSN 115/2014)

52
Simples Nacional
• Anexo III
o) (Corretagem de Imóveis de terceiro; (incluída pela LC 147/2014
e regulamentada pela CGSN 115/2014)
p) Serviços prestados mediante locação de bens imóveis próprios
com a finalidade de exploração de salões de festas, centro de
convenções, escritórios virtuais, stands, quadras esportivas,
estádios, ginásios, auditórios, casas de espetáculos, parques de
diversões, canchas e congêneres, para realização de eventos ou
negócios de qualquer natureza. (incluída pela LC 147/2014 e
regulamentada pela CGSN 115/2014)
q) Serviço de transporte intermunicipal e interestadual de
passageiros, na modalidade fluvial, ou quando possuir
características de transporte urbano ou metropolitano ou realizar-
se sob fretamento contínuo em área metropolitana para o
transporte de estudantes e trabalhadores (retirando-se o ISS e
acrescentando-se o ICMS) (incluída pela LC 147/2014)
medicamentos e produtos magistrais produzidos por manipulação
de fórmulas:

53
Simples Nacional
• Anexo III
a) sob encomenda para entrega posterior ao adquirente, em
caráter pessoal, mediante prescrições de profissionais habilitados
ou indicação pelo farmacêutico, produzidos no próprio
estabelecimento após o atendimento inicial, serão tributadas na
forma do Anexo III da Lei Complementar 123/2006, todavia, se não
for de forma especifica da letra “o” será tributado no anexo I.
OBS: As atividades de prestação de serviços que não forem
vedadas a optar pelo o tratamento diferenciados e de optar pelo
regime de tributação Simples Nacional serão tributadas na forma
do Anexo III da Lei Complementar 123/2006, salvo se, para alguma
dessas atividades, houver previsão expressa de tributação na
forma dos Anexos IV, V ou VI desta Lei Complementar. (Redação
dada pela Lei Complementar nº 147, de 2014, § 5o-F, Art. 18, LC
123/2006).

54
Simples Nacional
• Parcelamento Convencional
Reparcelamento de débitos do Simples Nacional - Instrução
Normativa RFB nº 1.981, de 9 de outubro de 2020. Está disponível,
no portal do Simples Nacional ou no portal e-CAC, o módulo para
reparcelamento de débitos apurados pelo Regime Especial
Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos
pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Simples
Nacional).
O limite de 1 pedido de parcelamento por ano para os débitos
apurados no âmbito do Simples Nacional foi excluído pela
Instrução Normativa RFB nº 1.981, de 9 de outubro de 2020.
Dessa maneira, o contribuinte poderá reparcelar sua dívida no
âmbito do Simples Nacional quantas vezes quiser.
A regularização tributária dos contribuintes vai evitar ações de
cobrança da RFB que podem ocasionar a exclusão do Simples
Nacional.
A condição para o reparcelamento é o pagamento da primeira
parcela nos percentuais abaixo:

55
Simples Nacional
• Parcelamento Convencional
a) 10% (dez por cento) do total dos débitos consolidados; ou
b) 20% (vinte por cento) do total dos débitos consolidados, caso
haja débito com histórico de reparcelamento anterior.
O pedido de reparcelamento deverá ser feito exclusivamente por
meio do site da RFB na Internet, nos Portais e-CAC ou Simples
Nacional.
Base Legal: (Art. 46 e 54 da Resolução CGSN nº 140, de 2018),Art.
144, resolução 140/2018
• Débitos Abrangidos no Parcelamento Convencional
O parcelamento convencional no âmbito da RFB compreende
todos os débitos apurados na sistemática do Simples Nacional, ou
seja, os valores cobrados por meio de DAS. (Lei Complementar n°
123/2006, artigo 21, § 16; Resolução CGSN n° 140/2018, artigo 46,
inciso I; Instrução Normativa RFB n° 1.508/2014, artigo 1°)
Somente serão parcelados débitos já vencidos e constituídos na
data do pedido de parcelamento, com exceção das multas de
ofício vinculadas a débitos vencidos, que poderão ser inclusas no
pedido antes do prazo de pagamento fixado pela autoridade...

56
Simples Nacional
• Parcelamento Convencional
... competente.
Neste sentido, o parcelamento contemplará o valor dos débitos em
aberto que foram apurados no DAS e os acréscimos de multa de
mora (0,33% ao dia de atraso, limitado a 20%), juros de mora
(Selic) e multa de ofício. (Lei Complementar n° 123/2006, artigo
21, § 3°; Decreto n° 9.580/2018 (RIR/2018), artigos 994 a 999;
Resolução CGSN n° 140/2018, artigo 40, § 2°; Instrução Normativa
RFB n° 1.508/2014, artigo 6°)
O parcelamento só contempla débitos que não se encontrem com
exigibilidade suspensa na forma do artigo 151 da Lei n° 5.172/66 -
Código Tributário Nacional (CTN), de modo que não se admite por
exemplo, o parcelamento de débitos enquanto estejam sendo
discutidos em reclamações judiciais e processos administrativos.
(Lei Complementar n° 123/2006, artigo 21, § 15 e Resolução CGSN
n° 140/2018, artigo 46, § 2°).
O parcelamento dos tributos no Simples Nacional não se aplica:
a) as multas por descumprimento de obrigação acessória;

57
Simples Nacional
• Parcelamento Convencional
b) a Contribuição Patronal Previdenciária (CPP) para a Seguridade
Social para a empresa optante tributada com base nos anexos IV e
V da Lei Complementar nº 123/2006, até 31 de dezembro de 2008,
e no anexo IV da Lei Complementar nº 123/2006, a partir de
1º/01/2009;
c) os demais tributos ou fatos geradores não abrangidos pelo
Simples Nacional, inclusive aqueles passíveis de retenção na fonte,
de desconto de terceiros ou de sub-rogação.
Todavia, ficou estabelecido que a RFB, a PGFN, os Estados, o
Distrito Federal e os Municípios poderão editar normas
complementares relativas ao parcelamento, observando-se as
disposições da mencionada Resolução.
OBS: A inscrição de microempresa ou empresa de pequeno porte
no Cadastro Informativo dos créditos não quitados do setor
público federal - CADIN, somente ocorrerá mediante notificação
prévia com prazo para contestação. (Art. 21-A, LC 123/2006, Art.
46 e 54 da Resolução CGSN nº 140, de 2018).

58
Simples Nacional
• Notificação e sistema de
comunicação eletrônica de
exclusão do simples nacional
nível Federal
• Exclusão de ofício
A exclusão de ofício é aquela realizada pela própria autoridade
fiscal, quando constata que o contribuinte incorreu em alguma
situação que veda a permanência ao regime unificado.
• Hipóteses e efeitos
A exclusão de ofício da ME ou da EPP do Simples Nacional
ocorrerá nas seguintes hipóteses e produzirá efeitos:
a) quando verificada a falta
b) a partir do mês subsequente ao do descumprimento das
obrigações relativas a atendimento gratuito, fornecimento de
resultados de pesquisas e eventos de orientação fiscal, quando se
tratar de escritórios de serviços contábeis;
c) a partir da data dos efeitos da opção pelo Simples Nacional, nas
hipóteses em que:

59
Simples Nacional
• Notificação e sistema de
comunicação eletrônica de
exclusão do simples nacional
nível Federal
c.1) for constatado que, quando do ingresso no Simples Nacional,
a ME ou EPP incorria em alguma das hipóteses de vedação ao
Simples Nacional;
c.2) for constatada declaração inverídica quanto à ausência de
impedimentos à tributação pelo Simples Nacional;
d) a partir do próprio mês em que incorridas, impedindo nova
opção pelo Simples Nacional pelos 3 (três) anos-calendário
subsequentes, nas seguintes hipóteses:
d.1) for oferecido embaraço à fiscalização, caracterizado pela
negativa não justificada de exibição de livros e documentos a que
estiverem obrigadas, bem como pelo não fornecimento de
informações sobre bens, movimentação financeira, negócio ou
atividade que estiverem intimadas a apresentar, e nas demais
hipóteses que autorizam a requisição de auxílio da força pública;

60
Simples Nacional
• Notificação e sistema de
comunicação eletrônica de
exclusão do simples nacional
nível Federal
d.2) for oferecida resistência à fiscalização, caracterizada pela
negativa de acesso ao estabelecimento, ao domicílio fiscal ou a
qualquer outro local onde desenvolvam suas atividades ou se
encontrem bens de sua propriedade;
d.3) a sua constituição ocorrer por interpostas pessoas;
d.4) tiver sido constatada prática reiterada de infração ao disposto
na Lei Complementar nº 123/2006;
d.5) a ME ou EPP for declarada inapta, na forma da Lei nº
9.430/1996, e alterações posteriores;
Obs.:
Dispõe os art. 81e 82 da Lei nº 9.430/1996 (com as alterações
promovidas pela Lei nº 11.941/2009):
"Art. 81. Poderá ser declarada inapta, nos termos e condições
definidos pela Secretaria da Receita Federal do Brasil, a inscrição...

61
Simples Nacional
• Notificação e sistema de
comunicação eletrônica de
exclusão do simples nacional
nível Federal
... no CNPJ da pessoa jurídica que, estando obrigada, deixar de
apresentar declarações e demonstrativos em 2 (dois) exercícios
consecutivos.
d.6) comercializar mercadorias objeto de contrabando ou
descaminho;
d.7) houver falta de escrituração do livro-caixa ou não permitir a
identificação da movimentação financeira, inclusive bancária;
d.8) for constatado que durante o ano calendário o valor das
despesas pagas supera em 20% (vinte por cento) o valor de
ingressos de recursos no mesmo período, excluído o ano de início
de atividade;
d.9) for constatado que durante o ano-calendário o valor das
aquisições de mercadorias para comercialização ou
industrialização, ressalvadas hipóteses justificadas de aumento...

62
Simples Nacional
• Notificação e sistema de
comunicação eletrônica de
exclusão do simples nacional
nível Federal
... de estoque, foi superior a 80% (oitenta por cento) dos ingressos
de recursos no mesmo período, excluído o ano de início de
atividade; d.10) não emitir documento fiscal de venda ou prestação
de serviço, de forma reiterada, ressalvadas as prerrogativas do
MEI, nos termos da alínea "a" do inciso II do art. 97 da Resolução
CGSN nº 140/2018;
d.11) omitir da folha de pagamento da empresa ou de documento
de informações previsto pela legislação previdenciária, trabalhista
ou tributária, segurado empregado, trabalhador avulso ou
contribuinte individual que lhe preste serviço, de forma reiterada;
e) a partir do primeiro dia do mês seguinte ao da ocorrência, na
hipótese de ausência ou irregularidade no cadastro fiscal federal,
municipal ou, quando exigível, estadual;

63
Simples Nacional
• Notificação e sistema de
comunicação eletrônica de
exclusão do simples nacional
nível Federal
f) a partir do ano-calendário subsequente ao da ciência do termo
de exclusão, na hipótese de possuir débito com o Instituto
Nacional do Seguro Social (INSS), ou com as Fazendas Públicas
Federal, Estadual ou Municipal, cuja exigibilidade não esteja
suspensa.
• Competência
A competência para excluir de ofício a ME ou EPP do Simples
Nacional é:
a) da RFB;
b) das Secretarias de Fazenda, de Tributação ou de Finanças do
Estado ou do Distrito Federal, segundo a localização do
estabelecimento; e
c) dos Municípios, tratando-se de prestação de serviços incluídos
na sua competência tributária.

64
Simples Nacional
• Notificação e sistema de
comunicação eletrônica de
exclusão do simples nacional
nível Federal
• Tributação a partir do início dos efeitos da exclusão
A ME ou EPP excluída do Simples Nacional sujeitar-se-á, a partir do
período em que se processarem os efeitos da exclusão, às normas
de tributação aplicáveis às demais pessoas jurídicas.

• Obrigações acessórias no
âmbito federal
• Emissão do Documento Fiscal.
Crédito do ICMS:
As pessoas jurídicas e aquelas a elas equiparadas pela legislação
tributária, não optantes pelo Simples Nacional, terão direito ao
crédito correspondente ao ICMS incidente sobre as suas
aquisições de mercadorias de ME ou EPP optante pelo Simples
Nacional, desde que destinadas à comercialização ou à...

65
Simples Nacional
• Obrigações acessórias no
âmbito federal
... industrialização e observado, como limite, o ICMS efetivamente
devido pelas optantes pelo Simples Nacional em relação a essas
aquisições, aplicando-se o disposto nos arts. 58,§1º, RCGSN
140/2018)
Na hipótese de emissão de NF-e mod. 55, o valor correspondente
ao crédito e a alíquota referida no caput deste artigo deverão ser
informados nos campos próprios do documento fiscal, conforme
estabelecido em manual de especificações e critérios técnicos da
NF-e, nos termos do Ajuste SINI-EF que instituiu o referido
documento eletrônico. § 5º, Art. 60, RCGSN 140/2018.
• Substituição Tributária
Na hipótese de ME ou EPP revestir-se da condição de responsável
inclusive de substituto tributário na emissão de Nota Fiscal
Eletrônica (NF-e), modelo 55, base de cálculo e o ICMS porventura
devido devem ser indicados nos campos próprios, conforme
estabelecido em manual de especificações e critérios técnicos da
NF-e, baixado nos termos do Ajuste SINIEF que instituiu o...

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Simples Nacional
• Obrigações acessórias no
âmbito federal
... referido documento eletrônico. § 9º, Art. 59, RCGSN 140/2018.
• Devolução de mercadorias a contribuinte não optante pelo
simples nacional.
Na hipótese de devolução de mercadoria a contribuinte não
optante pelo Simples Nacional que realiza emissão de Nota Fiscal
Eletrônica (NF-e), modelo 55, a base de cálculo e o ICMS
destacado na NF-e de compra devem ser indicados nos campos
próprios, conforme estabelecido em manual de especificações e
critérios técnicos da NF-e, baixado nos termos do Ajuste SINIEF
que instituiu o referido documento eletrônico. § 9º, Art. 59, RCGSN
140/2018.
• Livros Fiscais e Contábeis
As ME e as EPP optantes pelo Simples Nacional deverão adotar
para os registros e controles das operações e prestações por elas
realizadas:
I - Livro Caixa, no qual deverá estar escriturada toda a sua
movimentação financeira e bancária;

67
Simples Nacional
• Obrigações acessórias no
âmbito federal
NOTA: Para o contribuinte que efetuar a escrituração contábil, em
especial do Livro Diário e do Livro Razão, a norma dispensa a
apresentação do Livro Caixa.
II - Livro Registro de Inventário, no qual deverão constar
registrados os estoques existentes no término de cada ano-
calendário, quando contribuinte do ICMS;
III - Livro Registro de Entradas, modelo 55, 1 ou 1-A, destinado à
escrituração dos documentos fiscais relativos às entradas de
mercadorias ou bens e às aquisições de serviços de transporte e
de comunicação efetuadas a qualquer título pelo estabelecimento,
quando contribuinte do ICMS;
IV - Livro Registro dos Serviços Prestados, destinado ao registro
dos documentos fiscais relativos aos serviços prestados sujeitos
ao ISS, quando contribuinte do ISS;
V - Livro Registro de Serviços Tomados, destinado ao registro dos
documentos fiscais relativos aos serviços tomados sujeitos ao
ISS;

68
Simples Nacional
• Obrigações acessórias no
âmbito federal
VI - Livro de Registro de Entrada e Saída de Selo de Controle, caso
exigível pela legislação do Imposto sobre Produtos
Industrializados - IPI.
• Contabilidade Simplificada
As microempresas e empresas de pequeno porte optantes pelo
Simples Nacional poderão, opcionalmente, adotar contabilidade
simplificada para os registros e controles das operações
realizadas, atendendo-se às disposições previstas no Código Civil
e nas Normas Brasileiras de Contabilidade editadas pelo Conselho
Federal de Contabilidade.

• Aplicação prática
EXEMPLO: Primeiro Mês de Atividade
No primeiro mês de atividade da empresa, para determinar a
alíquota efetiva proporcionalizada deve ser utilizada a fórmula que
consiste na receita bruta do mês, multiplicado por 12. (Lei
Complementar n° 123/2005, artigo 18, § 2°; Resolução CGSN n°...

69
Simples Nacional
• Aplicação prática
... 140/2018, artigo 22, § 2°)
Observa-se que o primeiro mês de atividade é o mês equivalente
ao da data de abertura constante do CNPJ. E não o primeiro mês
que a empresa de fato fatura.(Resolução CGSN n° 140/2018, artigo
2°, inciso V)
Exemplo de cálculo:
Empresa X, pertencente ao ramo de comércio, em seu primeiro
mês de atividade faturou o valor de R$ 16.000,00. Receita bruta
proporcionalizada: R$ 16.000,00 x 12 = R$ 192.000,00
Comércio = Anexo I
ANEXO I DA LEI COMPLEMENTAR No 123, DE 14 DE DEZEMBRO
DE 2006 (vigência: 01/01/2018)
Alíquotas e Partilha do Simples Nacional - Comércio

70
Simples Nacional
• Aplicação prática
Receita Bruta em 12 Meses (em R$) Alíquota Valor a Deduzir (em R$)

1ª Faixa Até 180.000,00 4,00% -

2ª Faixa De 180.000,01 a 7,30% 5.940,00


360.000,00
3ª Faixa De 360.000,01 a 9,50% 13.860,00
720.000,00
4ª Faixa De 720.000,01 a 10,70% 22.500,00
1.800.000,00
5ª Faixa De 1.800.000,01 a 14,30% 87.300,00
3.600.000,00
6ª Faixa De 3.600.000,01 a 19,00% 378.000,00
4.800.000,00
Faixas Percentual de Repartição dos Tributos

IRPJ CSLL Cofins PIS/Pasep CPP ICMS

1ª Faixa 5,50% 3,50% 12,74% 2,76% 41,50% 34,00%

2ª Faixa 5,50% 3,50% 12,74% 2,76% 41,50% 34,00%

3ª Faixa 5,50% 3,50% 12,74% 2,76% 42,00% 33,50%

4ª Faixa 5,50% 3,50% 12,74% 2,76% 42,00% 33,50%

5ª Faixa 5,50% 3,50% 12,74% 2,76% 42,00% 33,50%

6ª Faixa 13,50% 10,00% 28,27% 6,13% 42,10% -

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Simples Nacional
• Aplicação prática
RBT12: R$ 192.000,00
Alíq: 7,30% (2ª faixa)
PD: R$ 5.940,00 (2ª faixa)
A alíquota efetiva é o resultado de:
RBT12xAliq-PD, em que: RBT12
RBT12: receita bruta acumulada nos doze meses anteriores ao
período de apuração;
Aliq: alíquota nominal constante dos Anexos I a V;
PD: parcela a deduzir constante dos Anexos I a V.
Receita bruta do mês x alíquota efetiva: R$ 16.000,00 x 4,21%
DAS a recolher no mês: R$ 673,60
EXEMPLO: Onze meses posteriores
Para os 11 meses posteriores ao de início de atividade, utiliza-se a
média aritmética da receita bruta auferida nos meses anteriores ao
do período de apuração, multiplicado por 12. (Lei Complementar n°
123/2006, artigo 18, § 2°; Resolução CGSN n° 140/2018, artigo 22,
§ 3°)

72
Simples Nacional
• Aplicação prática
Empresa que iniciou suas atividades em Julho de 2022, tendo tido
receitas decorrentes exclusivamente da revenda de mercadorias
sem substituição tributária, e todas as vendas foram efetuadas no
mercado interno (ou seja, sem exportação).
Receitas auferidas:
Julho ................... R$ 16.000,00
Agosto ................ R$ 50.500,00
Setembro ............ R$ 36.650,00
Considerando que estamos calculando o Simples Nacional de
Outubro de 2022, para encontrarmos a alíquota a ser aplicada
sobre a base de cálculo de Outubro (R$ 19.300,00), devemos
considerar as receitas de Julho a Setembro = R$ 103.150,00.
Assim, encontrando a média aritmética, teremos R$ 103.150,00.
3 = R$ 34.383,33
Basta então, multiplicar essa média por 12, ou seja, R$ 34.383,33
12 = R$ 412.600,00
Neste exemplo, consideraremos, para fins de verificação da
alíquota nominal, o valor de R$ 412.600,00.

73
Simples Nacional
• Aplicação prática
• Tabela a ser utilizada
Considerando o disposto no tópico 1, veremos que as receitas de
nosso exemplo (revenda de mercadorias sem substituição
tributária efetuadas no mercado interno), devem ser tributadas por
meio Anexo I:
ANEXO I DA LEI COMPLEMENTAR No 123, DE 14 DE DEZEMBRO
DE 2006 (vigência: 01/01/2018)
Alíquotas e Partilha do Simples Nacional - Comércio

74
Simples Nacional
• Aplicação prática

• Alíquota - Faixa de enquadramento pela receita bruta


acumulada

75
Simples Nacional
• Aplicação prática
Uma vez encontrada a tabela, e considerando o cálculo que
fizemos acima, onde a receita bruta dos 12 últimos meses
equivalerá a R$ 412.600,00 podemos afirmar que a alíquota efetiva
a ser aplicada corresponde a? 6,14%
• Cálculo do Simples Nacional
A alíquota efetiva é o resultado de:
RBT12xAliq-PD, em que: RBT12
RBT12: receita bruta acumulada nos doze meses anteriores ao
período de apuração;
Aliq: alíquota nominal constante dos Anexos I a V;
PD: parcela a deduzir constante dos Anexos I a V.
Considerando nosso exemplo, teremos:
1 - base de cálculo (receita bruta de Outubro/2022) R$19.300,00;
2 - Alíquota efetiva de:
Calculando o Simples Nacional a pagar: 19.300,00 x 6,14% =
1.185,02
Qual será a alíquota efetiva do ICMS que o contribuinte vai
destacar nas notas fiscais que serão emitidas no mês de...

76
Simples Nacional
• Aplicação prática
... Dezembro/2022, conforme dispõe art. 23, LC 123/2006?
6,14 x 33,5% = 2,06%
EXEMPLO: Empresa comercial/Serviços, varejista no ramo de
Autopeças teve uma receita bruta de R$165.360,00 no mês de
Novembro de 2022, sendo revenda de mercadorias sem
substituição tributária do ICMS R$153.850,00, e monofásicos de
PIS/COFINS , Prestação de Serviço sujeito ao anexo III no valor de
R$11.510,00, todas as revendas/serviços foram efetuadas no
mercado interno (ou seja, sem exportação).
“RBT12” Os últimos 12 meses de Receita Bruta anterior ao período
de Apuração foi de R$1.796.562,00.
OBS: RBA R$1.625.722,00
• Cálculo do Simples Nacional
Considerando nosso exemplo, teremos dois cálculos a serem
feitos utilizando tabela do Anexo I e tabela do Anexo III:
Anexo I , A alíquota efetiva é o resultado de:
RBT12xAliq-PD, em que: RBT12

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Simples Nacional
• Aplicação prática
Obs.: alíquota efetiva do anexo I é de? 7,99%
Anexo III , A alíquota efetiva é o resultado de:
RBT12xAliq-PD, em que: RBT12
Obs.: alíquota efetiva do anexo III é de? 14,02%
1 - Base de cálculo (receita bruta de Novembro/2022) R$
165.360,00;
Revenda de Mercadoria sem substituição tributária do ICMS/Com
monofásico de PIS/COFINS R$ 153.850,00 x 7,99% = 12.292,62
Repartição Pis: 9,45% x 2,76% = 0,26%
Repartição Cofins: 9,45% x 12,74% = 1,20%
Prestação de Serviços sujeito ao Anexo III R$11.510,00,00 x
14,02% = 1.613,70
Calculando DAS no Simples Nacional a pagar: R$13.906,32
Qual será a alíquota efetiva do ICMS/ISS que o contribuinte vai
destacar nas notas fiscais Mercadorias/Serviços que serão
emitidas no mês de Janeiro/2023, conforme dispõe art. 23, LC
123/2006? ICMS 9,45% X 33,5%= 3,17% ISS 14,02% X 32,5% =
4,56%

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