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O que é uma microempresa? E um microempreendedor individual?


Foi no ano de 1984, durante o programa de desburocratização do último governo militar, que se percebeu urgente a necessidade de adoção
de um tratamento diferenciado e benéfico para a microempresa, dada a sua vital importância para o cenário econômico nacional.

Assim, em 7 de novembro de 1984 foi publicado o Decreto nº 90.414, que dispôs sobre a criação e funcionamento do “Conselho de
Desenvolvimento das Micro, Pequena e Média Empresas”. Logo em seguida, a microempresa passou a ser regulamentada pela Lei nº
7.256 de 27 de novembro de 1984 e que posteriormente foi revogada.

Para os efeitos da lei em vigor, a Lei Complementar 123 de 14 de dezembro de 2006, “consideram-se microempresas ou empresas de
pequeno porte a sociedade empresária, a sociedade simples e o empresário a que se refere o art. 966 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro
de 2002, devidamente registrados no Registro de Empresas Mercantis ou no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, conforme o caso, desde
que: I - no caso das microempresas, o empresário, a pessoa jurídica, ou a ela equiparada, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta
igual ou inferior a R$240.000,00 (duzentos e quarenta mil reais)...”

Microempresa é a empresa que obtiver receita bruta anual igual ou inferior ao valor, atualmente, de R$ 240.000,00 (duzentos e quarenta mil
reais).

Microempreendedor Individual
O Microempreendedor Individual é, de acordo com o parágrafo 1º do artigo 18-A da Lei Complementar 123, de 14 de dezembro de 2008, “o
empresário individual a que se refere o art. 966 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 – Código Civil, que tenha auferido receita bruta,
no ano-calendário anterior, de até R$36.000,00 (trinta e seis mil reais), optante pelo Simples Nacional e que não esteja impedido de optar
pela sistemática prevista neste artigo.”

Assim, o Microempreendedor Individual é o indivíduo que, devidamente inscrito como empresário no Registro Público de Empresas
Mercantis antes do início de sua atividade (conforme determinação expressa do artigo 967 do Código Civil) aufere renda bruta de até
R$36.000,00 por ano, e opta pelo Simples Nacional.

Atualmente, o Governo Federal, através do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior vem implementando esforços para
a legalização da grande parcela de trabalhadores brasileiros que atuam no mercado informal.

Neste sentido, a legislação referente à figura do Microempreendedor Individual – um exemplo é a mesma Lei Complementar nº 123/2006 que
cuida das microempresas e empresas de pequeno porte – também a ele reserva privilégios e benefícios.

Como exemplo, podemos citar a cobertura previdenciária para o empreendedor e sua família, mediante contribuição mensal reduzida de 5%
(cinco por cento) do salário mínimo, hoje R$27,25 (auxílio-doença, aposentadoria por idade, salário-maternidade após carência, pensão e
auxilio reclusão).

Também a isenção de taxa do registro da empresa e concessão de alvará para funcionamento, cujo processo de formalização é
gratuito. Ainda, o empreendedor poderá ter acesso a crédito e serviços bancários, principalmente junto aos bancos públicos; bem como a
redução da carga tributária, e poderá contar com o apoio técnico do SEBRAE na organização do seu negócio.

Lei nº 9.317/1996 – SIMPLES


A Lei nº 9.317, de 5 de dezembro de 1996, instituiu o SIMPLES – Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições das
Microempresas e das Empresas de Pequeno Porte.

Ao estabelecer um regime tributário diferenciado para as microempresas e empresas de pequeno porte, a lei regulamentou, em
conformidade com mandamento expresso da Constituição Federal, “o tratamento diferenciado, simplificado e favorecido, aplicável às
microempresas e as empresas de pequeno porte, relativo aos impostos e às contribuições que menciona.” (artigo 1º da Lei nº 9.317/96)

Nos termos daquela lei, ficou estabelecido que microempresa é a pessoa jurídica que tenha auferido, no ano-calendário, receita bruta igual
ou inferior a R$120.000,00 (cento e vinte mil reais), è época da lei; e empresa de pequeno porte, a pessoa jurídica que tenha auferido, no
ano-calendário, receita bruta superior a R$120.000,00 (cento e vinte mil reais) e igual ou inferior a R$720.000,00 (setecentos e vinte mil
reais), à época da lei.

Esta lei encontra-se revogada, como veremos a seguir, pela Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006.

Lei Complementar nº 123 de 14 de dezembro de 2006


Conforme vimos, a Constituição Federal determina, em seu artigo 146, inciso III, d; artigo 170, inciso IX; e artigo 179, um tratamento jurídico
diferenciado às micro e pequenas empresas, visando a incentivá-las no fundamental papel que desempenham na economia nacional.

Diante de tal determinação constitucional, foi editada a Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, a qual institui o Estatuto
Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, cria o Simples Nacional e estabelece as normas gerais reguladoras do
tratamento privilegiado a ser dispensado a estas empresas.

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