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PORTUGUÊS – CONCURSOS

APOSTILA

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Educa Trevo

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Copyright @ 2022 by VINICIUS MARIANO SILVA

Autor: VINICIUS MARIANO SILVA

Nenhum trecho desta obra poderá ser reproduzido, por qualquer meio, sem prévio consentimento,

por escrito, dos editores. Excetuam-se as citações de pequenos trechos em resenhas para

jornais, revistas ou outro veículo de divulgação.


1.

Sobre semântica, é correto afirmar que, no décimo parágrafo, no primeiro período, o adjetivo equânime
pode ser substituído, sem prejuízo do sentido, pelo sinônimo

a) parcial.
b) subjetivo.
c) moderado.
d) igualitário.
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Adjetivos.

Fonte: Fundação de Apoio à Educação e Desenvolvimento Tecnológico de Minas Gerais - Fundação CEFETMINAS 2022 / Prefeitura de
Timóteo - MG / Biólogo / Questão: 6

TEXTO 01 para as questões de 01 a 07.

INCLUSÃO DIGITAL, PROGRAMA DE ÍNDIO CONECTADO À WEB

ILHÉUS (Bahia) – Quem visitar a Aldeia de Itapoã em Olivença, distrito de Ilhéus, cidade do sul da
Bahia, localizada a 465 quilômetros de Salvador, vai encontrar índios que frequentam escolas, surfam
nas praias ilheenses e navegam na Internet. Se essa imagem não era possível há alguns anos, hoje faz
parte da realidade de grande parte das tribos indígenas.

Na aldeia de Itapoã, as residências são de taipa, mas os telhados, de amianto. Em vez de fogueiras,
energia elétrica. Não foi apenas o urbanismo e outras facilidades do mundo moderno que invadiram as
aldeias indígenas. Hoje, a inclusão digital também é realidade.

Sete nações indígenas estão em processo de inclusão digital por meio do site Índios On Line
(www.indios.org.br), um portal de diálogo intercultural.

O site Índios On Line é uma forma de fazer com que o próprio índio seja o seu historiador, fotógrafo e
seu próprio jornalista”, afirma Jaborandy Yandé, índio tupinambá de Olivença e um dos coordenadores
do projeto.

Para o gestor da rede, Alexandre Pankararu, do Estado de Pernambuco, o site é uma grande conquista
para os índios. “Só o fato de a gente mostrar nossa cara, como a gente vive hoje, já é uma grande
mudança na forma como as pessoas nos olham”, diz Alexandre Pankararu.

Oliveira, Camila. Agência A Tarde. Jornal do Commercio. Caderno C. 28 de março de 2010. p.16.

2.
Sobre o trecho abaixo:

“O site Índios On Line é uma forma de fazer com que o próprio índio seja o seu historiador,antropólogo,
fotógrafo e seu próprio jornalista”, afirma Jaborandy Yandê, índio tupinambá de Olivença e um dos
coordenadores do projeto.”
é CORRETO afirmar que

a) nos termos antropólogo e fotógrafo, a sílaba tônica recai na penúltima sílaba.


b) o acento do termo tupinambá se justifica, porque a sílaba tônica recai na penúltima sílaba.
c) os termos índio e próprio são acentuados e obedecem a uma mesma regra gramatical.
d) o termo próprio é acentuado por ser uma paroxítona terminada em hiato.
e) no termo Yandê, o acento se justifica pelo fato de a sílaba tônica recair na penúltima sílaba.
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Classificação das palavras quanto à posição da sílaba tônica, Regras de

acentuação.

Fonte: Instituto de Apoio à Universidade de Pernambuco - UPENET/IAUPE 2010 / Complexo Industrial Portuário de Pernambuco SUAPE
- PE / Auxiliar Administrativo / Questão: 7
Com base nesse texto, julgue os próximos itens.

3.

A forma verbal "apresentada" (l.3) está no feminino singular porque concorda com "sucessão" (l.2).

c) Certo
e) Errado
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Verbos, Morfossintaxe do período.

Fonte: Centro de Seleção e de Promoção de Eventos UnB - CESPE/CEBRASPE 2009 / Departamento de Trânsito do Distrito Federal
DETRAN DF - DF / Auxiliar de Trânsito / Questão: 15

Leia o texto para responder as questões 01, 02, 03, 04,05, 06, 07 e 08.

Do coração partido

Sentada junto à sacada para que com a luz lhe chegasse a vida da rua, a jovem costurava o longo
traje de seda cor de jade que alguma dama iria vestir.

Essa seda agora muda – pensava a costureira enquanto a agulha que retinha nos dedos ia e vinha
– haveria de farfalhar sobre mármores, ondeando a cada passo da dama, exibindo e ocultando nos
poços das pregas seu suave verde. O traje luziria nobre como uma joia. E dos pontos, dos pontos todos,
pequenos e incontáveis que ela, aplicada, tecia dia após dia, ninguém saberia.

Assim ia pensando a moça, quando uma gota de sangue caiu sobre o tecido.

De onde vinha esse sangue? Perguntou-se em assombro, afastando a seda e olhando as próprias
mãos limpas. Levantou o olhar. De um vaso na sacada, uma roseira subia pela parede oferecendo, ao
alto, uma única rosa flamejante.

– Foi ela – sussurrou o besouro que parecia dormir sobre uma folha. – Foi do seu coração partido.
Esfregou a cabeça com as patinhas. – Sensível demais, essa rosa – acrescentou, não sem um toque de
censura. – Um mancebo acabou de passar lá embaixo, nem olhou para ela. E bastou esse nada, essa
quase presença, para ela sofrer de amor.

Por um instante esquecida do traje, a moça debruçou-se na sacada. Lá ia o mancebo afastando-se


num esvoejar da capa em meio às gentes e cavalos. – Senhor! Senhor! – gritou ela, mas nem tão alto,
que não lhe ficaria bem. E agitava o braço.

O mancebo não chegou a ouvir. Afinal, não era o seu nome que chamavam. Mas voltou-se assim
mesmo, voltou-se porque sentiu que devia voltar-se ou porque alguém ao seu lado virou a cabeça de
súbito como se não pudesse perder algo que estava acontecendo. E voltando-se viu, debruçada no alto
de uma sacada, uma jovem que agitava o braço, uma jovem envolta em sol, cuja trança pendia
tentadora como uma escada. E aquela jovem, sim, aquela jovem o chamava.

Retornar sobre os próprios passos, atravessar um portão, subir degraus, que tão rápido isso pode
acontecer quando se tem pressa. E eis que o mancebo estava de pé junto à sacada, junto à moça. Ela
não teve nem tempo de dizer por que o havia chamado, que já o mancebo extraía seu punhal e, de um
golpe, decepava a rosa para lhe oferecer.

Uma última gota de sangue caiu sobre a seda verde esquecida no chão. Mas a moça costureira, que
agora só tinha olhos para o mancebo, nem viu.

4.

O fragmento: “O mancebo não chegou a ouvir. Afinal, não era o seu nome que chamavam. Mas
voltou-se assim mesmo, voltou-se porque sentiu que devia voltar-se...” pode ser reescrito
considerando coesão e coerência em qual alternativa?

a) O rapaz não chegou a ouvir. Não obstante, não era o seu nome que chamavam.
Embora voltou-se posto que sentiu que devia voltar-se...
b) O efebo não chegou a ouvir. À medida que, não era o seu nome que chamavam.
Entretanto, voltou-se tanto que, voltou-se já que sentiu que devia voltar-se...
c) O moço não chegou a ouvir. De sorte que, não era o seu nome que chamavam.
Porquanto voltou-se se bem que sentiu que devia voltar-se...
d) O jovem não chegou a ouvir. Afinal de contas, não era o seu nome que chamavam.
Todavia voltou-se ainda assim, voltou-se, pois, sentiu que devia voltar-se.
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Coesão e coerência, Reescrita de frases e parágrafos do texto, Equivalência,
substituição, reorganização e transformação de palavras ou trechos do texto, Coerência.

Fonte: Instituto de Consultoria e Concursos - ITAME 2020 / Prefeitura de Varjão - GO / Agente Administrativo / Questão: 6

Leia o texto 1 abaixo e responda às questões de 01 a 05:

Texto 1

Neurocientista é alvo de mansplaining citando artigo que ela mesma escreveu

Enquanto palestrava, a especialista foi interrompida porhomem que sugeriu a leitura de um


estudo sobre o assunto – que ela mesma tinha escrito.

REDAÇÃO GALILEU

05 NOV2019 - 12H50 ATUALIZADO EM 05 NOV2019 - 19H20

A neurocientista Dra. Tasha Stanton contou no Twitter um episódio de machismo que sofreu
durante a Conferência Australiana da Associação de Fisioterapia, que aconteceu no fim de outubro.
Ela foi vítima de mansplaining com sua própria pesquisa científica.

Mansplaining é um termo em inglês usado para descrever o comportamento de alguns homens que
assumem que uma mulher não conhece determinado assunto e insiste em explicá-lo, subestimando os
conhecimentos da mulher.

O caso de Stanton é um exemplo de mansplaining: enquanto ela palestrava, um cientista homem a


interrompeu no meio do discurso e sugeriu que ela lesse determinado artigo para "entender melhor" o
assunto. O artigo que ele indicou, entretanto, tinha sido escrito pela própria palestrante.

"Espere aí por um segundo, amigo. Sou Stanton. Eu sou a autora do artigo que você acabou de
mencionar", ela disse naquele momento da palestra. Ela e outros cientistas da conferência riram da
situação, mas ela ficou desconfortável com o acontecido.

Fonte: https://revistagalileu.globo.com/

5.

Acoesão do texto 1 é construída com base em diferentes recursos de referenciação. Apartir dessa
informação, assinale a alternativa CORRETA sobre as formas referenciais empregadas nos trechos
abaixo:

a) Em: “Enquanto palestrava, a especialista foi interrompida por homem que sugeriu a leitura
de um estudo sobre o assunto – que ela mesma tinha escrito”, o termo “a especialista” remete à
“neurocientista”, enquanto “ela” remete à “leitura”.

b) Em: “O caso de Stanton é um exemplo de mansplaining: enquanto ela palestrava, um


cientista homem a interrompeu no meio do discurso e sugeriu que ela lesse determinado artigo para
'entender melhor' o assunto”, o pronome pessoal “ela” e o pronome oblíquo “a” são referenciais
anafóricos que retomam “Stanton”.
c) Em: “O caso de Stanton é um exemplo de mansplaining: enquanto ela palestrava, um
cientista homem a interrompeu no meio do discurso e sugeriu que ela lesse determinado artigo para
'entender melhor' o assunto”, o pronome pessoal “ela” e o pronome oblíquo “a” são referenciais
catafóricos que retomam “Stanton”.

d) Em: “Enquanto palestrava, a especialista foi interrompida por homem que sugeriu a leitura
de um estudo sobre o assunto – que ela mesma tinha escrito”, a expressão em negrito se refere
anaforicamente a “estudo”.

e) Em: “O caso de Stanton é um exemplo de mansplaining: enquanto ela palestrava, um


cientista homem a interrompeu no meio do discurso e sugeriu que ela lesse determinado artigo
para 'entender melhor' o assunto”, a expressão em negrito remete a “discurso”.
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Interpretação de Texto, Pressupostos e subentendidos.

Fonte: Comissão Permanente de Concursos da Universidade Estadual da Paraíba - CPCON UEPB 2020 / Prefeitura de Cuitegi -
PB / Assistente Social / Questão: 4

TEXTO 3
“Há alguns anos circula na internet o ‘teste do pescoço’, que instiga o leitor a refletir sobre as
desigualdades em nossa sociedade a partir de suas experiências cotidianas, particularmente naquilo
que toca a presença ou ausência de negros e brancos em diferentes atividades e espaços sociais:
qual a cor dos médicos, dos trabalhadores domésticos, dos políticos, de professores, alunos e
funcionários em colégios de elite e nas universidades etc. A ideia é que a contemplação desses
lugares permite uma resposta intuitiva à questão se há ou não discriminação no Brasil: pretos e
pardos são raramente encontrados nas áreas e funções de maior poder aquisitivo e status social, ao
passo que brancos nelas dominam. (...)”.

Fragmento inicial do Relatório das desigualdades de raça, gênero e classe / ano 2017 / n. 1
/ p. 1 gemaa / Grupo de Estudos Multidisciplinares da Ação Afirmativa | UERJ.

6.

No trecho “A ideia é que a contemplação desses lugares permite uma resposta intuitiva à questão (...)”,
o verbo em destaque, quanto à sua regência, é:

a) transitivo direto.
b) intransitivo.
c) transitivo indireto.
d) intransitivo direto.
e) transitivo direto e indireto.
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa

Fonte: Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ 2018 / Universidade Federal do Rio de Janeiro UFRJ - BR / Administrador de
Edifícios / Questão: 8

Instrução: As questões de números 01 a 15 referem-se ao texto abaixo. Os destaques ao longo do


texto estão citados nas questões.

Crianças podem ter Sars-CoV-2 e anticorpos para Covid-19 ao mesmo tempo

Estudo realizado nos Estados Unidos identificou 9 pacientes que apresentaram o vírus e os anticorpos

simultaneamente, algo incomum se comparado com outras infecções


Pesquisadores do Children's National Hospital, nos EUA, estudaram quanto tempo leva para
que as crianças com Coronavírus consigam eliminá-lo de seus corpos e quando elas começam a
produzir anticorpos. A pesquisa, publicada nesta quinta-feira no Journal of Pediatrics, descobriu que o
Sars-CoV-2 e os anticorpos podem coexistir nesses jovens pacientes. "Na maioria dos [casos
de infecção por] vírus, quando você começa a detectar anticorpos, não detecta mais o vírus. Mas na
Covid-19, estamos vendo os dois. Isso significa que as crianças ainda potencial para transmitir o
vírus, mesmo que os anticorpos sejam detectados", disse, em nota, Burak Bahar, principal autora do
estudo e diretora do Laboratório de Informática do Children's National Hospital. Os
pesquisadores analisaram 6.369 crianças testadas para o Sars-CoV-2 e 215 testadas para anticorpos.
Desses 215 pacientes, 33 foram testados tanto para o vírus quanto para os anticorpos enquanto
estavam doentes. Entre os 33, nove apresentaram anticorpos no sangue, ao mesmo tempo que
testaram positivo para o Sars-CoV-2. Os médicos também descobriram que o tempo médio até que o
vírus não possa mais ser detectado foi de 25 dias. O tempo médio para a presença de anticorpos no
sangue foi de 18 dias, enquanto o tempo médio para atingir níveis adequados de neutralizantes foi de
36 dias. Os anticorpos neutralizantes são importantes para proteger uma pessoa contra uma
reinfecção. “A conclusão aqui é que não podemos baixar a guarda só porque uma criança
anticorpos ou não apresenta mais sintomas. O papel contínuo da boa e do distanciamento
social continua crítico”, diz a Dra. Bahar. A próxima fase da pesquisa irá testar se o vírus coexistente
com os anticorpos pode ser transmitido para outras pessoas. Também permanece uma incógnita se os
anticorpos se correlacionam com a imunidade e por quanto tempo a proteção potencial contra uma
reinfecção dura.

(Disponível em:
https://revistagalileu.globo.com/Ciencia/Saude/noticia/2020/09/criancas-podem-ter-sars-

cov-2-e-anticorpos-para-covid-19-ao-mesmo-tempo.html - texto adaptado especialmente para esta


prova.)

7.

Quanto à acentuação gráfica, qual das palavras abaixo é uma proparoxítona?

a) Só.
b) Médicos.
c) Vírus.
d) Até.
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Fonologia, Classificação das palavras quanto à posição da sílaba tônica,
Tonicidade, Proparoxítonas.

Fonte: FUNDATEC Processos Seletivos - FUNDATEC 2020 / Prefeitura de Estância Velha - RS / Fiscal / Questão: 10
8.

O título do poema de Conceição Evaristo - “Vozes – mulheres” – se sustenta por um jogo linguístico
organizado em torno do verbo “ecoar”. Os substantivos que se relacionam nesse jogo são:

a) criança – lamentos – obediência – revolta – versos.


b) navio – donos – cozinhas – roupagens – caminho.
c) avó – porões – infância – brancos – mãe.
d) criança – avó – mãe – favela – vozes.
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Literatura, Substantivos.

Fonte: Colégio Pedro II 2017 / Colégio Pedro II - BR / Analista de Tecnologia da Informação / Questão: 12

As questões de Língua Portuguesa desta prova visam preferencialmente verificar sua capacidade de
compreender textos e de redigir de forma adequada à língua culta.

9.

Todas as frases abaixo têm o crime como tema; a frase em que se apresenta uma visão positiva do
crime é:
a) O crime não compensa;
b) Vivemos numa época de igualdade. Hoje em dia, por exemplo, todas as classes
são criminosas;
c) Não entendo como alguns escolhem o crime, quando há tantas maneiras legais de
ser desonesto;
d) O crime é a extensão lógica de um tipo de comportamento perfeitamente respeitável
no mundo dos negócios;
e) Há muitos anos cheguei à conclusão de que quase todo crime se deve a um desejo
reprimido de expressão estética.
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Interpretação de Texto, Pressupostos e subentendidos.

Fonte: Fundação Getúlio Vargas - FGV 2021 / Polícia Civil do Rio Grande do Norte PC RN - RN / Agente de Polícia Civil Substituto /
Questão: 8

10.

Com base no Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa e nas regras de acentuação gráfica das
palavras paroxítonas, levam acento agudo as seguintes palavras:

I. amável

II. ímpar.

III. enjôo

IV. córtex

V. bóia.

Estão corretas:

a) somente I e II.
b) somente I, II e III.
c) somente I, II e IV.
d) somente II e IV.
e) somente I, II, IV e V.
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Paroxítonas, Acentuação de vocábulos paroxítonos.

Fonte: Instituto Brasileiro de Apoio e Desenvolvimento Executivo - IBADE 2019 / Prefeitura de Vilhena - RO / Administrador de Empresas /
Questão: 4
Julgue os itens a seguir, relativos ao texto acima.

11.

O trecho "que tratam das doenças" (l. 7) permanece coerente e gramaticalmente correto se for
reescrito do seguinte modo: que se trata das doenças.

c) Certo
e) Errado
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Verbos.

Fonte: Centro de Seleção e de Promoção de Eventos UnB - CESPE/CEBRASPE 2008 / Prefeitura de São Luís - MA / Técnico Municipal -
Área Bioquímica / Questão: 14

Texto para os itens de 1 a 9.

1 A pergunta “O que tem vida?” é disparadora de um tema a ser estudado em sala de aula. As
crianças, primeiro, são

convidadas a dizer o que elas entendem por vida numa exploração de espaço proposto. Nada de
conhecimento científico nessa

etapa. Vale o saber popular, ou o senso comum. Aquele de que fala Rubem Alves em seus textos no
livro Filosofia da Ciência,

4 onde cita o exemplo da dona de casa que vai à feira e precisa acessar todos os seus conhecimentos
para fazer dinheiro e lista de

compras caberem num mesmo carrinho. Crianças precisam acessar conhecimentos prévios para
pensar sobre a vida. Elas

pensam nas plantas, na fotossíntese, no alimento, no sol, na água e nos espaços que habitam vida.
Até mesmo nas bactérias.

7 Ah, as bactérias… como podem ser tão perturbadoras.

Crianças pensam. Pensam muito. Levantam inúmeras hipóteses e procuram sentidos e


intersecções entre elas. “Eu

coloquei abelha e mosquito na mesma linha porque imaginei que, como são insetos, eles têm
alguma relação”, uma diz. “Eu fiz

10 a mesma coisa com fruto e fruta porque acho que são quase a mesma coisa, mas não são”. E pela
procura de respostas, elas

começam a classificar grupos e identificar relações – ainda que não tenham adquirido conceitos já
ensinados pela professora.

De novo, como o exemplo de Rubem Alves em que a mesma dona de casa preenche um formulário e
escreve sua profissão como

13 “dona do lar” sem que isso precise de uma formação. Uma pessoa comum, como milhares de
outras, que carrega saberes.

Saberes que precisam de escuta. Porque existe um saber que o aluno já possui. Um conhecimento que
precisa ser validado para

prosseguir. É de onde se parte. Porque, para aprender sobre a vida, não é preciso ter estereótipo de
cientista. É preciso ser

16 curioso pela vida – ou com a vida. Feito quem carrega boas perguntas pelo percurso.

E da vida vão surgindo várias delas. Algumas com respostas, outras como hipóteses. Veja essa
que linda (sim, linda):

“Ela se transforma tantas vezes que é uma suposição de vida”. “Ela” era uma semente de fruta.
Encontrada no pé de uma árvore

19 de jambo, no pátio da escola. “Como essas coisas nos fazem estar vivas, talvez seja porque elas
também tenham vida”, interpreta

outra aluna. “Essas coisas” são as frutas. Se a gente as come, se elas nos alimentam, elas
carregam vida.

São todas evidências experimentais. Não são frutos de experiências dirigidas. São pura
observação de contexto. Das

22 que os olhos nos trazem. Inegável que a prática desenvolva funções de conhecimento. E o que tem
vida? ou O que é vivo? Numa
outra sala, um grupo de crianças respondeu que a biblioteca da escola tinha vida – ou era viva. E não
porque havia pessoas ali

ou bactérias nas cadeiras e livros manuseados, mas porque existia vida naquele contexto. Naquele
espaço. Uma concepção de

25 “estar vivo” que não é científica, nem biológica. É simplesmente viva.

Como a grandeza da palavra, ainda que tão pequena em extensão. Como a grandeza da
pergunta disparadora aos

alunos. A vida dá margem e nos margeia por diferentes momentos, espaços e conhecimentos. E que
bom que ela mesma nos

28 oferece a oportunidade de revisitá-la ao longo do crescer.

Porque, ainda que a vida tenha um começar e um terminar, existe um vão de oxigênio que está
longe de ser ao acaso.

Às vezes, até é ciência, mas é senso comum também. Porque, antes de existir fora, por conceito,
existe dentro, por vida. Feito

31 Gilberto Gil, que é capaz de melodiar a vida pela própria vida. Feito criança, que tem o privilégio de
investigar a vida com lupa

na mão.

Carolina Delboni. O que tem vida? Internet: <//emais.estadao.com.br> (com adaptações).

Em relação à tipologia do texto, às ideias nele expressas e a seus aspectos linguísticos, julgue os itens
de 1 a 7.

12.

No período “É preciso ser curioso pela vida – ou com a vida” (linhas 15 e 16), o sujeito da primeira
oração é indeterminado.

c) Certo
e) Errado
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Morfossintaxe do período, Termos essenciais da oração, Sujeito, Sujeito
indeterminado.

Fonte: Instituto Quadrix - Quadrix 2021 / Secretaria de Educação do Distrito Federal SEDF - DF / Professor Substituto - Área Atividades
/ Questão: 4

1 A adesão voluntária ao discurso moderno que proclama a manutenção de uma sociedade


constituída de sujeitos self-made,

autor e protagonista de seu próprio destino e, ao mesmo tempo, responsabilizado desde sempre
pelo fracasso da empreitada

individualista, pode ser percebida a partir da difusão de conceitos como “consumo responsável”,
“sustentabilidade”, “consumo

4 consciente”, entre outros slogans similares que procuram alertar os consumidores dos males causados
pelo hiperconsumo e

descarte de mercadorias no meio ambiente. A crítica presente na cultura consumista aos danos à
natureza não é nova, sempre

teve seu lugar em relação ao discurso hegemônico pregador do consumo sem limites, mas, ao
contrário do que ocorre atualmente,

7 esse alerta sempre se manteve marginal. Hoje, a assimilação dessa crítica encontra seu espaço na
ideologia da responsabilização

do consumidor. Tal discurso tem-se apoiado no projeto político-ideológico que, na sociedade moderna,
sustenta a existência do

eu autônomo.

10 O enfoque de grande parte dos meios midiático e publicitário, com apoio dos órgãos
governamentais, tem recaído na ação

individual, isto é, na responsabilização dos indivíduos pelos danos causados pela atividade das
corporações no meio ambiente.

Essa é uma ideia que remete ao discurso da liberdade de escolha e de poder decisório do sujeito,
que domina a sociedade

13 capitalista contemporânea. A viabilidade de tal discurso torna-se possível em face da inexistência de


modelos ou referências que

orientem o sujeito. Desse modo, em um mundo desencantado, os indivíduos devem-se autoforjar


singular e coletivamente.

O que está em jogo é a radicalização de uma ordem política e social já atuante, voltada
principalmente para a maneira

16 como o sujeito governa a si mesmo. Assim, os problemas originados na dinâmica do sistema


socioeconômico, como desemprego,

criminalidade, abuso de drogas etc., não são mais atribuídos a fatores estruturais, mas a categorias
subjetivas.

Esse giro discursivo pode ser observado na forma como se privilegiam estilos de vida e sua
relação com a prevenção de

19 doenças, estratégia principal da formulação de campanhas publicitárias destinadas a “reeducar” o


cidadão para que viva

saudavelmente.
O eu autônomo, responsável por seus atos de consumo, ressurge em mais um cenário de crise
do capitalismo, dessa vez,

22 diante dos limites da exploração da natureza, que vem substituir a velha promessa ideológica da
igualdade presente no american

way of life, pois, como já não é mais possível sustentar a promessa de acesso a todos das benesses
do desenvolvimento,

passa-se a apontar a própria natureza como limite para a impossibilidade de cumprimento da promessa
de prosperidade para

25 todos. Os limites do consumo no capitalismo passam a ser definidos em âmbito externo ao sistema
econômico.

Afinal, viver como se não existissem limites já não é uma promessa que a ideologia
hegemônica neoliberal possa cumprir,

logo a culpa decorrente de tal constatação é comumente explorada pelo próprio mercado por meio do
desenvolvimento e

28 exposição de produtos “ecologicamente corretos”, o que permite a expiação da culpa do


consumidor ao optar pelo “consumo

consciente”.

Wagner Souza. A ilusão do eu autônomo na sociedade de consumo. Internet:


<https://auroracultural.wordpress.com> (com adaptações).

Considerando a correção gramatical e a coerência das substituições propostas para vocábulos e


trechos destacados do texto, julgue os itens subsequentes.

13.

“expiação” (linha 28) por remição

c) Certo
e) Errado
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Equivalência, substituição, reorganização e transformação de palavras ou trechos
do texto.

Fonte: Instituto Quadrix - Quadrix 2018 / Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal CRM DF - DF / Administrador / Questão: 16

Instrução: As questões 01 a 04 referem-se ao texto abaixo.


Texto 01

01 — Você pensou bem no que vai fazer, Paulo?

02 — Pensei. Já estou decidido. Agora não volto

atrás. 03 — Olhe lá, hein, rapaz...

04 Paulo está ao mesmo tempo comovido e surpreso com os três amigos. Assim que
souberam do seu

05 divórcio iminente, correram para visitá-lo no hotel. A solidariedade lhe faz bem. Mas não entende
aquela

06 insistência deles em dissuadi-lo. Afinal, todos sabiam que ele não andava muito contente com

seu 07 relacionamento.

08 — Pense um pouco mais, Paulo. Reflita. Essas decisões súbitas...

09 — Mas que súbitas? Estamos praticamente separados há um ano!

10 — Dê outra chance ao seu casamento, Paulo.

11 — A Margarida é uma ótima mulher.

12 ___ — Espera um pouquinho. Você mesmo deixou de frequentar nossa casa por causa da
Margarida, depois

13 que ela chamou vocês de bêbados e quase expulsou todo mundo.

14 — E fez muito bem. Nós estávamos bêbados e tínhamos que ser

expulsos. 15 — Outra coisa, Paulo. O divórcio. Sei lá.

16 — Eu não entendo mais nada. Você sempre defendeu o divórcio!

17 — É. Mas quando acontece com um amigo...

18 — Olha, Paulo. Eu não sou moralista. Mas acho a família uma coisa importantíssima.
Acho que a família

19 merece qualquer sacrifício.

20 — Pense nas crianças, Paulo. No

trauma. 21 — Mas nós não temos

filhos!

22 — Nos filhos dos outros, então. No mau exemplo.

23 — Mas isto é um absurdo! Vocês estão falando como se fosse o fim do mundo. Hoje, o
divórcio é uma
24 coisa comum. Não vai mudar

nada. 25 — Como, não

muda nada?

26 — Muda tudo!

27 — Você não sabe o que está dizendo, Paulo!

Muda tudo. 28 — Muda o quê?

29 — Bom, pra começar, você não vai poder mais frequentar as nossas casas.

30 — As mulheres não vão tolerar.

31 — Você se transformará num pária social, Paulo.

32 — Como é que é?!

33 — Fora de brincadeira. Um reprobo.

34 — Puxa. Eu nunca pensei que vocês...

35 — Pense bem, Paulo. Dê tempo ao tempo.

36 — Deixe pra decidir depois. Passado o verão.

37 — Reflita, Paulo. É uma decisão seriíssima. Deixe para mais

tarde. 38 — Está bem. Se vocês insistem...

39 Na saída, os três amigos conversam:

40 — Será que ele se convenceu?

41 — Acho que sim. Pelo menos vai adiar.

42 — E no “solteiros contra casados” da praia, neste ano, ainda teremos ele no gol.

43 — Também, a ideia dele. Largar o gol dos casados logo agora. Em cima da hora. Quando
não dava mais

44 para arranjar substituto.

45 — Os casados nunca terão um goleiro como ele.

46 — Se insistirmos bastante, ele desiste definitivamente do

divórcio. 47 — Vai aguentar a Margarida pelo resto da vida.

48 — Pelo time dos casados, qualquer sacrifício serve.

49 — Me diz uma coisa. Como divorciado, ele podia jogar no time dos

solteiros? 50 — Podia.
51 — Impensável.

52 — É.

53 — Outra coisa.

54 — Fala.

55 — Não é reprobo. É réprobo. Acento

no “e”. 56 — Mas funcionou, não

funcionou?

Adaptado de VERISSIMO, Luis Fernando. “Os Moralistas”. Disponível em


www.releituras.com/lfverissimo_moralistas.asp.

Acessado em 12 de novembro de 2014.

14.

Assinale a alternativa que apresenta a versão INCORRETA de uma das falas dos amigos de Paulo,
caso estivesse escrita em discurso indireto.

a) O amigo de Paulo perguntou a ele se ele tinha pensado bem no que iria fazer (linha 01).
b) O amigo de Paulo pediu para que Paulo desse outra chance ao seu casamento (linha 10).
c) O amigo de Paulo disse que Margarida era uma ótima mulher (linha 11).
d) O amigo de Paulo disse que os casados nunca teriam um goleiro como ele (linha 45).
e) O amigo de Paulo disse que se insistirmos bastante, ele desiste definitivamente do
divórcio (linha 46).
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Interpretação de Texto, Tipos de discurso narrativo, Discurso indireto.

Fonte: FUNDATEC Processos Seletivos - FUNDATEC 2015 / Procuradoria Geral do Estado PGE RS - RS / Procurador do Estado /
Questão: 4

Leia o texto abaixo para responder às questões 08 a 10:

Texto 03:
Disponível em: https://blogdoaftm.com.br/( ... ).pessoas-em-situacao-de-rua/. Acesso em: 09/08/2020.

15.

Quanto ao gênero textual e à tipologia, temos um texto:

a) Charge, com trechos dissertativos e descritivos.


b) Cartum, com trechos narrativos e opinativos.
c) História em quadrinho .
d) Charge, com trechos dissertativos e argumentativos.
e) Cartum, com narração.
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Interpretação de Texto, Charge.

Fonte: Instituto Ágata 2020 / Prefeitura de Salvaterra Prefeitura - PA / Procurador Jurídico / Questão: 9

INSTRUÇÃO: Leia, com atenção, o texto a seguir para responder às questões propostas.

Sinônimos e antônimos

1 “Não há sinônimos em francês. Aliás, em língua alguma”.

1----------Foi o que me disse meu amigo suíço Didier Marlier, quando falávamos sobre a melhor
palavra para definir

10 algo considerado perfeito, sem usar a palavra “perfeição”, uma vez que perfeição, na verdade,
só existe no mundo
10---das ideias.

5 Tentamos o excelente, o maravilhoso, o sensacional, mas nenhuma palavra atingia o objetivo.


São parecidas,

10 mas diferentes, ao mesmo tempo. Acho que o Didier, mais uma vez, teve razão. Sua observação
foi, digamos,

10---perfeita...

1----------Por falar em palavras e em franceses, Gustave Flaubert era obcecado por usar a palavra
certa para definir um

10 sentimento ou uma situação. Consta que depois de escrever um texto, ele o relia à exaustão, e,
caminhando pelo

10 jardim, pronunciava em voz alta algumas palavras até se certificar que eram as mais adequadas.
“Le mot just!” –

10 dizia – “A palavra certa”. Só existe uma para cada mensagem, era sua convicção.

1 Não é à toa que Flaubert é considerado o gênio do estilo, o mago das palavras, a elegância
personificada em

10 texto. Ao interpretar a tristeza de Emma, por exemplo, escreveu: “Ela não era feliz e jamais o
fora. Por que era tão

10 frustrante a vida que levava, por que tudo em que se apoiava decompunha-se e ruía?”.

15--------Ah, Flaubert. como não se enternecer com Emma Bovary.

-----------Ele também não acreditava em sinônimos. Pode haver palavras 10 que expressem o mesmo
sentido, querem

10 dizer a mesma coisa, mas, na hora da aplicação, no momento de construir a frase, considerando
o instante, a

10 situação, a carga emocional, a ênfase que se quer dar, só há uma palavra adequada e pronto.
Cabe-nos encontrá-la

10 para dar precisão e poesia ao escrito, ou ao dito.

20--------Apesar disso, existe a sinonímica, o capítulo da linguística que se dedica a estudar os sinônimos,
suas

10---semelhanças, peculiaridades e aplicações. É quem nos explica que comprido e longo são sinônimos,
mas que uma

10 calça é comprida enquanto um vestido é longo. E que pedra e rocha são sinônimos também, mas
que a dinamite

10 explode uma rocha da montanha, enquanto o garoto atira uma pedra no lago.

-----------Pois é. As palavras são parecidas, mas não semelhantes. Ou seria o contrário? Usá-las
adequadamente pode

25---parecer simples, mas não é fácil. Ôps! Sinônimos...

-----------A conversa com o filósofo dos Alpes me fez pensar sobre quantas palavras eu mesmo tenho
alguma

10---dificuldade em usar, e percebo que o mesmo acontece com meus interlocutores. Vamos a alguns
exemplos de

10---palavras frequentes, com seus erráticos sinônimos ou antônimos.

-----------Humildade e pobreza. A humildade é uma qualidade desejada e apreciada, com frequência


atribuída a

3010pessoas que admiramos, citada em várias passagens da bíblia, e exaltada como marca de
caráter e de sabedoria.

10---Humildade, com frequência, é usada como sinônimo de pobreza – só que não é. É melhor interpretar
o significado de

10---humildade por seu antônimo. Sim, o oposto de humildade é a arrogância. O humilde não é o pobre.
É o sem

10---soberba, esta sim, um bom sinônimo de arrogância.

1 Medo e coragem. Com frequência ouvimos que o corajoso é aquele que não tem medo. Nada
mais errado.

3510Coragem significa avançar apesar do medo, e não na ausência dele. Aliás, quem não tem medo não
precisa ter

10 coragem. O corajoso avalia os perigos, os riscos prováveis, se preparar para enfrentá-los e então
avança. O oposto

10 da coragem seria a covardia.

1 Persistência e teimosia. Sem dúvida, persistir é uma qualidade. Não desistir, manter-se firme
em um propósito,

10 apesar das dificuldades, dos percalços próprios dos trabalhos que dependem de algum tempo
para apresentarem

40 -resultado. É bom ser persistente. Entretanto, persistência é diferente de teimosia. O teimoso


também persiste, mas o

10 faz quando não deveria. O teimoso e o persistente não desistem, mas, enquanto o persistente
aprende com o erro, o

10---teimoso o repete. Teimosamente...

1----------Desejo e vontade. Podem até ter a mesma conotação, mas são diferentes na essência. O
desejo é um forte
10---instinto ligado à busca do prazer. O desejo é irracional, inato, inconsciente, liberado pela parte mais
primitiva de

451-nosso cérebro. Já a vontade é racional, está sob nosso controle. Poderíamos dizer, com auxílio da
psicobiologia, que

10---a vontade é um desejo mediado pelo pensamento. Pela manhã, por exemplo, meu desejo é
permanecer no conforto

10---e no calor de minha cama. Mesmo assim eu levanto e me preparo para o dia e seus desafios, pois
estou cheio de

10---vontades.

1 Pressa e velocidade. No mundo moderno, com frequência temos pressa, estamos atrasados,
sentimos o

501-tempo faltar como o ar. Então optamos pela velocidade, aceleramos o carro, realizamos tarefas
simultâneas,

10---comemos em pé, corremos pela vida. E então, erramos... e temos que repetir o que fizemos.
Sim, a velocidade

10---prejudica a pressa e vice-versa. É melhor ser veloz no que se faz, mas fazê-lo sem pressa.
Aquele que é veloz

10 domina a arte do que faz. O que tem pressa está atrasado, porque não tem domínio sobre seu
destino.

1 Amor e ódio. Dois sentimentos poderosos e excessivamente humanos. Muitas vezes referidos
como as duas

5510faces da mesma moeda, ou como dois territórios separados por uma linha tênue, na verdade são
sentimentos

10 independentes. E ambos têm o mesmo antônimo, que é a indiferença – a ausência de emoção.


Por isso costuma-se

10---dizer de alguém, que é possível amá-lo ou odiá-lo, mas que, sobre ele, não se pode ser indiferente.

1 Nosso idioma é pródigo de traquinagens como essas, que dificultam a vida dos estrangeiros
e dos incultos, ao

10 mesmo tempo que fazem a alegria dos amantes da língua. Voltando ao Flaubert, que amava a
palavra certa, muitas

6010vezes encontrava várias, que se somavam na construção perfeita de uma imagem de sua mente
fértil. Ao tentar dar

10 um alento à angustiada Emma Bovary, ponderou:

1----------“Suponhamos, porém, que, em algum lugar, existisse alguém forte e belo, um homem de
coragem, ardoroso e
10---refinado, coração de poeta em forma de anjo, uma lira de bronze tocando epitalâmios aos céus – por
que não

10---haveria, um dia, de deparar-se com ele?”.

65 1-----Como não acreditar nas possibilidades da vida quando temos a sorte de cruzar com um
pensamento

10---estruturado e belo de Flaubert? Mesmo que ele seja representado por um colega do trabalho, um
parente próximo,

10---um amigo querido, um poema novo, um texto da revista que, no momento certo, nos entrega a
palavra certa, aquela

10---que não tem nem sinônimo nem antônimo, simplesmente é a palavra que você precisava ouvir
naquele momento.

MUSSAK, Eugenio. Revista Vida Simples. jan. 2017.

16.

Considere o uso do sinal indicativo de crase nas frases abaixo.

1- “Não é à toa que Flaubert é considerado o gênio do estilo, o mago das palavras, a elegância
personificada em texto.” (Linhas 12-13)

2- “Ao tentar dar um alento à angustiada Emma Bovary, ponderou [...]” (Linhas

60-61) 3- “Consta que depois de escrever um texto, ele o relia à exaustão [...]” (Linha 9)

4- “O desejo é um forte instinto ligado à busca do prazer.” (Linhas 43-44)

Sobre esses usos, é INCORRETO afirmar:

a) Em 1 e 3, os usos são justificados pela presença de locução adverbial feminina.


b) Em 2 e 4, foi aplicada a regra geral de uso do sinal indicativo de crase.
c) Em 1 e 4, os usos são justificados pela junção da preposição “a”, exigida pelos termos “dar”
e “ligado”, com o artigo feminino ‘a’.
d) Em 1, 2, 3 e 4, foi aplicada a regra geral de uso do sinal indicativo de crase.
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa

Fonte: COTEC Concursos Públicos/FADENOR - Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino Superior do Norte de Minas- COTEC -
FADENOR 2017 / Prefeitura de Jaíba - MG / Professor - Área: Língua Portuguesa / Questão: 8

17.
“Há 160 anos, o então reino da Prússia, que veio a se tornar o principal Estado-membro do Império
Alemão, se via às voltas com a necessidade de aumentar os gastos bélicos para fazer frente às
guerras que enfrentava.”

No texto empregou-se o adjetivo “bélico”, referente a “guerra”, usando uma forma latina culta. O

adjetivo culto abaixo que mostra uma correta relação de sentido é:

a) agrícola / meio ambiente;


b) óptico / ouvido;
c) pueril / brincadeira;
d) botânico / frutos;
e) crônico / tempo.
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Adjetivos.

Fonte: Fundação Getúlio Vargas - FGV 2021 / Câmara de Aracaju Camara de Aracaju - SE / Analista Administrativo / Questão: 8

Texto CB1A1

1 A palavra sonho significa muitas coisas diferentes: “o

sonho da minha vida” e “meu sonho de consumo” são

expressões usadas pelas pessoas para dizer que pretendem ou

4 conseguiram alcançar algo. Todo mundo tem um sonho, no

sentido de plano futuro. Todo mundo deseja algo que não tem.

Por que será que o sonho, fenômeno normalmente noturno que

7 tanto pode evocar o prazer quanto o medo, é justamente a

palavra usada para designar tudo aquilo que se quer ter?

O repertório publicitário contemporâneo não tem

10 dúvidas de que o sonho é a força motriz de nossos

comportamentos, a motivação íntima de nossa ação exterior.

Desejo é o sinônimo mais preciso da palavra “sonho”. Na área

13 de desembarque de um aeroporto nos Estados Unidos, uma foto

enorme de um casal belo e sorridente, velejando num mar


caribenho em dia ensolarado, sob a frase enigmática: “Aonde

16 seus sonhos o levarão?”, embaixo o logotipo da empresa de

cartão de crédito. Deduz-se do anúncio que os sonhos são

como veleiros, capazes de levar-nos a lugares idílicos,

19 perfeitos, altamente… desejáveis. As equações “sonho é igual

a desejo, que é igual a dinheiro” têm como variável oculta a

liberdade de ir, ser e principalmente ter, liberdade que até os

22 mais miseráveis podem experimentar no mundo de regras

frouxas do sonho noturno, mas que no sonho diurno é

privilégio apenas dos detentores de um mágico cartão plástico.

25 Entretanto, a rotina do trabalho diário e a falta de tempo

para dormir e sonhar, que acometem a maioria dos

trabalhadores, são cruciais para o mal-estar da civilização

28 contemporânea. É gritante o contraste entre a relevância motivacional

do sonho e sua banalização no mundo industrial globalizado. No século

XXI, a busca pelo sono perdido

31 envolve rastreadores de sono, colchões high-tech, máquinas de

estimulação sonora, pijamas com biossensores, robôs para

ajudar a dormir e uma cornucópia de remédios. A indústria da

34 saúde do sono, um setor que cresce aceleradamente, tem valor

estimado entre 30 bilhões e 40 bilhões de dólares. Mesmo

assim impera a insônia. Se o tempo é sempre escasso, se

37 despertamos diariamente com o toque insistente do

despertador, ainda sonolentos e já atrasados para cumprir

compromissos que se renovam ao infinito, se tão poucos se

40 lembram de que sonham pela simples falta de oportunidade de

contemplar a vida interior, quando a insônia grassa e o bocejo

se impõe, chega-se a duvidar da sobrevivência do sonho.


43 E, no entanto, sonha-se. Sonha-se muito e a granel,

sonha-se sofregamente apesar das luzes e dos ruídos da cidade,

da incessante faina da vida e da tristeza das perspectivas.

Sidarta Ribeiro. O oráculo da noite: a história e a ciência do sonho. São

Paulo: Companhia das Letras, 2019, p. 19-20 (com adaptações).

Considerando os aspectos linguísticos do texto CB1A1, julgue os itens seguintes.

18.

Prejudicaria a correção do texto o deslocamento da forma pronominal “nos”, em “levar-nos” (ℓ.18), para
imediatamente antes da forma verbal “levar”— nos levar.

c) Certo
e) Errado
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Interpretação de Texto, Mudança de posição/ordem (deslocamento).

Fonte: Centro de Seleção e de Promoção de Eventos UnB - CESPE/CEBRASPE 2021 / Procuradoria Geral do Distrito Federal PGDF - DF /
Analista Jurídico - Especialidade: Analista de Sistema (Desenvolvimento de Sistema) / Questão: 23
19.

Em relação à função sintática das expressões destacadas abaixo, assinale com V (verdadeiro) se a
análise está correta ou com F (falso) se a análise está incorreta.

( ) A expressão a deusa da memória (I. 22) desempenha a função sintática de predicativo do sujeito. ( )

A expressão a mãe das artes(I. 27) desempenha a função sintática de adjunto adnominal.
( ) A expressão sua existência (I. 29) desempenha a função sintática de complemento verbal.

( ) A expressão dois modos de rememoração(l. 35) desempenha a função sintática de agente da


passiva.

A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é

a) V - F - V - V.
b) F-V-V-F.
c) V - F - V - F.
d) F - V - F - V.
e) V - F - F - V.
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Morfossintaxe do período.

Fonte: Fundação de Apoio da Universidade Federal do Rio Grande do Sul - FAURGS 2017 / Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul TJ
RS - RS / Técnico Judiciário / Questão: 14

20.

TEXTO 1

Jovens acabam com evasão escolar em MG

Elói Marcelo de Oliveira, 18, tinha quase 14 anos quando deu início a uma verdadeira revolução na
educação de sua cidade, Lagoa Santa (Minas Gerais). Em quatro anos, ele e a turma de amigos
criaram uma ONG, a Pacto Lagoa Santa pela Educação e acabaram com a evasão escolar na
região.

Tudo começou quando o pai de Elói, um economista, chegou em casa com um relatório sobre
repetência e evasão escolar no Brasil. Minas Gerais era o Estado com um dos piores índices.

“Eu sempre me preocupei com a situação social do país. Chamei um amigo e decidi fazer um estudo
para saber a situação em Lagoa Santa, que tinha 50 mil habitantes”, diz o estudante.

Os garotos reuniram outros amigos e fizeram um mapeamento das crianças que estavam fora da
escola. “Fomos de porta em porta e fizemos o que batizamos de arrastão cívico. Procuramos o
promotor de Justiça para nos ajudar.” Em 96, a entidade encontrou 120 crianças fora da escola.
Conseguiram convencer os pais de 103 delas a fazer a matrícula.
Além disso, o grupo criou um programa com aulas de reforço escolar dadas pelos próprios estudantes.
Aos poucos, a ONG conseguiu o apoio da Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância), da
prefeitura local e até do governo federal.

Hoje, todas as crianças de Lagoa Santa estão na escola, graças ao trabalho desses estudantes. “Para
fazer alguma coisa, basta se sentir revoltado com a situação do país. Dá trabalho, mas vale cada
minuto dedicado”, diz Elói.

(Folha de São Paulo, São Paulo, jul. 1999, Caderno Folhateen, p. 1-5).

O fato que desencadeou a ação realizada pelo grupo de jovens foi:

a) o programa de aulas de reforço.

b) o mapeamento feito pelas crianças.


c) a leitura dos dados de um relatório.
d) o convencimento das famílias envolvidas.
e) o apoio da Unicef e de outros órgãos.
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Interpretação de Texto, Pressupostos e subentendidos.

Fonte: COVEST Comissão de Processos Seletivos e Treinamentos - COVEST 2003 / Prefeitura de Recife - PE / Agente
Administrativo / Questão: 3
21. A alternativa que reescreve o trecho “O juiz então ordenou que ele fosse fuzilado.”,
de acordo com a norma- -padrão de emprego e colocação de pronome, é:
a) O juiz então ordenou que lhe fuzilassem.
b) O juiz então ordenou que fuzilassem-lhe.
c) O juiz então ordenou que fuzilassem-o.
d) O juiz então ordenou que fuzilassem ele.
e) O juiz então ordenou que o fuzilassem.
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Colocação Pronominal.

Fonte: Fundação para o Vestibular da Universidade Estadual Paulista - VUNESP 2018 / Polícia Civil de São Paulo PC SP - SP / Agente de
Telecomunicações Policial / Questão: 21
Declarações racistas de Fernando Pessoa reacendem a discussão sobre a relação entre os
artistas e suas obras

Causou estarrecimento em muita gente a descoberta de um texto racista escrito pelo poeta Fernando
Pessoa (1888 – 1935). A discussão correu as redes sociais depois que o escritor Antonio Carlos
Secchin reproduziu um trecho em sua página no Facebook. O estarrecimento certamente ficou por
conta da contundência das frases e também porque Fernando Pessoa ocupa um imaginário quase
etéreo e mítico dentro da cultura ocidental contemporânea. Para nós, hoje, é difícil aceitar que um
artista do calibre do poeta português, que simplesmente reescreveu liricamente a empreitada
lusitana, criou complexos heterônimos e se tornou um dos pilares da literatura e da língua
portuguesa, fosse capaz de escrever palavras tão assombrosas. [...]

Fernando Pessoa tinha 28 anos quando escreveu que “a escravatura é lógica e legítima; um zulu ou
um landim não representa coisa alguma de útil neste mundo.” Anos mais tarde, aos 32 anos, Pessoa
escreveu que “a escravidão é lei da vida, e não há outra lei, porque esta tem que cumprir-se, sem
revolta possível. Uns nascem escravos, e a outros a escravidão é dada.” E, mesmo próximo de
completar 40 anos, as ideias racistas ainda persistiam: “Ninguém ainda provou que a abolição da
escravatura fosse um bem social (...) quem nos diz que a escravatura não seja uma lei natural da vida
das sociedades sãs?” [...]

O caso de Fernando Pessoa reacende a discussão sobre a relação entre os escritores e suas obras e
nos faz refletir o quanto suas biografias podem nos influenciar como leitores. Mesmo considerado um
grande gênio pela crítica, não se pode esquecer que Fernando Pessoa é fruto de um país colonialista,
ou seja, ele está inserido na longa tradição lusitana de exploração colonial. [...]

É doloroso descobrir que um ícone literário tenha um lado tão sombrio. Portanto, o nosso desafio como
leitores é o de sabermos separar a obra do autor, pois antes de ser poeta, Fernando é humano com
toda a complexidade e contradição que ele carrega. A indignação e a decepção com o literato é válida e
necessária porque nos aproxima dele e nos afasta daquela figura mítica e sobrenatural, ao mesmo
tempo em que resgata a humanidade que há em nós ao refutarmos seus textos racistas e misóginos. A
discussão foi posta, mas não percamos de vista a literatura. Guimarães Rosa já cantava essa pedra:
“Às vezes, quase sempre, um livro é maior que a gente”.

(Adaptado. Disponível em: http://zh.clicrbs.com.br/rs/noticias/proa/noticia/2016/01/d eclaracoes-


racistas-de-fernando-pessoa-reacendem-adiscussao-sobre-a-relacao-entre-os-artistas-e-
suasobras-4952826.html)

22.

Com base no texto 'Declarações racistas de Fernando Pessoa reacendem a discussão sobre a relação
entre os artistas e suas obras', marque a opção INCORRETA

a) Mesmo se caracterizando como uma notícia, o texto veicula um ponto de vista.


b) No texto, coexistem argumentação e exposição.
c) O texto lido possui uma relação intertextual clara com escritos de outras fontes.
d) A injunção é a composição básica do texto lido.
e) A argumentação é uma das sequências tipológicas do texto.
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Tipo injuntivo ou instrucional.

Fonte: Instituto de Administração e Tecnologia - ADM&TEC 2016 / Prefeitura de Buíque - PE / Assistente Social / Questão: 22

Leia o texto a seguir para responder às questões de 5 a 9.

Filosofia Africana e Saberes Ancestrais Femininos: útero do mundo

1 Um dia, quando ainda morava no sertão cearense, a menina que me habita acreditou que a

2 filosofia fosse possibilidade de construir pensamentos e práxis de libertação, onde a pluralidade de

3 saberes, de culturas, de povos fosse fonte para suas tessituras. Entretanto, ao


chegar à Universidade,

4 encontrei uma filosofia sem poéticas de libertação, patriarcal e racista! No

5 pensamento universal apresentado nas histórias da filosofia, nas metafísicas, éticas, teorias do

6 conhecimento, dentre outras “disciplinas”, não se viam / conheciam filosofias negras,


femininas… ou seja,

7 o pensamento ocidental se instituía como universal, colocando os povos africanos e


seus descendentes à

8 margem do pensamento. Dizia-se que só era (é) possível filosofar em alemão! E esse
alemão é branco,

9 masculino e heteronormativo.

10 O desencantamento do mundo provocado pela filosofia que se aprende nas universidades


me

11 levou a um questionamento que mudou todo o meu percurso e acabou por me trazer,
finalmente, o

12 encantamento do mundo… Perguntei-me: como será a filosofia em África? Como filosofar


em “pretuguês”,

13 como nos ensina a pensadora Lélia Gonzalez?

14 A filosofia africana traz encantamento. É vital tornar visível o pensamento africano,

15 afrorreferenciado. Compreendo que a(s) filosofia(s) africana(s),


africano-brasileira, afrorreferenciada,

16 implica(m) a busca do rompimento com a colonialidade, que não acabou com o fim das

diversas 17 colonizações de países europeus no continente africano e no Brasil. Implica a

valorização e re-
18 conhecimento de nossos saberes, de 18 nossas culturas, de nossas filosofias, de nossos
corpos. Re-

19 conhecimento de nossas escrevivências. Pois, como nos ensina Conceição Evaristo, nada
nasce imune

20 ao que somos, às nossas vivências e experiências. Negar nossas escrevivências é seguir

negando 21 nossas filosofias, nossos saberes produzidos por corpos vivos, produtores de

conhecimentos.

22 Quero seguir o texto dialogando com os saberes ancestrais femininos; dialogando com a
filosofia

23 africana desde e com vozes de mulheres e do feminino que habita em todas as pessoas.
Esses saberes

24 se apresentam como fonte de potencialização de nossas existências, de pertencimento,


de ancestralidade

25 e de encantamento.

26 Partindo dessa perspectiva, cada pessoa é constituída pelas energias femininas e


masculinas. É

27 importante trabalharmos para mantê-las em harmonia. Entretanto, é a energia feminina


que contém a

28 cabaça da existência, cabaça que gera, cria, co-cria. O feminino é o útero do mundo, potência
da vida

29 comunitária, coletiva, pautada pela justiça e pelo bem viver. Carregamos toda
uma ancestralidade que nos

30 permite ser, existir, resistir, re-existir. Assim, somos ancestrais; nossos corpos são ancestrais
e, portanto,

31 sagrados. Desse modo, nossa existência só é possível em contato com a natureza. Sem ela
não somos. A

32 ancestralidade é a natureza. Os saberes ancestrais femininos nos ensinam que devemos


voltar à terra,

33 pois ela é o centro da vida. Voltarmos ao centro da terra é ouvirmos nossa ancestralidade e nos

34 encantarmos com essa escuta, uma escuta sensível que tece nosso ser-tão. É a escuta de
nosso útero.

35 A escuta sensível se inicia com a escuta de nossa intimidade, portanto, de nossa


ancestralidade,

36 de nossos corações. Essa escuta privilegia o corpo como produtor de sentidos, de


conhecimentos, corpo

37 ancestral. Assim re-conhecemos suas singularidades diante do coletivo que permite nossa
existência.

38 Nosso corpo é suporte de nossas vivências, experiências e sabedorias, de nossos sentidos; ele

cria 39 textualidades, reinventando a vida, potencializando o encantamento.

40 Os saberes ancestrais femininos são tecidos pelo conhecimento de nossa natureza, da


natureza

41 que há em nós, conhecimento de nossos ciclos, da nossa potência criativa, do nosso poder
de permitir e

42 potencializar a vida. Os saberes ancestrais femininos são a escuta da água que há em


nosso útero, pois é

43 escuta de nossa ancestralidade.

44 As filosofias da ancestralidade e do encantamento que tecem as filosofias africanas são


bordadas

45 pelo pertencimento. Pertencimento é construção, formação e escuta uterina e, assim,


descoberta do que

46 está inscrito em nosso íntimo; é ouvir o ritmo de nossos corações. É entender nosso eu interior

e 47 compreender o mundo, a vida desde esse pertencimento que é coletivo, enraizado, que é ser-tão.

48 Definimos nossa existência pelo comunitarismo e pela justiça social, ou seja, pela
ancestralidade e pelo

49 encantamento.

50 Os saberes ancestrais femininos propõem que nos autorizemos a contar nossas histórias, a

51 construí-las, reconstruí-las, contar sobre nossos valores, nossos saberes, nossas lógicas de

52 pertencimento, de sociedade, de partilha, contar sobre nós mesmas, desde

53 nossas escrevivências. Filosofar anunciando, resistindo, re-existindo, em um desafio cotidiano de

54 descolonização, desconstruções, transformAções e encantamento! Aprender a ouvir /


sentir / conhecer /

55 filosofar de corpo inteiro, desde o chão que pisamos e que nos fortalece, é enraizar-se.
O enraizamento é

56 um movimento de expansão, fixação, movimento e profundidade, absorção da água para manter


a energia

57 vital… não há vida sem a água. O feminino é o útero, a cabaça, a água que permite a existência.

MACHADO, Adilvênia Freire. Filosofia Africana e Saberes Ancestrais Femininos: útero do mundo.
Disponível em:
https://diplomatique.org.br/filosofiaafricana-e-saberes-ancestrais-femininos-utero-do-mundo/

Acesso em: 06 nov. 2020. (Adaptado).

23.

É ideia defendida no texto:

a) A experiência e as vivências do indivíduo são elementos que não devem fazer parte do
pensamento filosófico, tendo em vista que o paradigma da ciência moderna, referência para toda
prática filosófica, separa claramente razão e emoção.
b) O pensamento filosófico deve ser separado de valores locais e de elementos sensitivos,
razão pela qual o ato de filosofar, em virtude de privilegiar a razão, só é possível em culturas
letradas e com alto grau de desenvolvimento do pensamento especulativo.
c) Em filosofia e nas ciências, só podem ser considerados válidos os saberes conhecidos e
aceitos universalmente, razão pela qual se deve excluir da prática científica e acadêmica as
cosmovisões e saberes ancestrais, por serem fundamentalmente mitológicos.
d) A filosofia ocidental, presente na universidade, desconsidera outros modos de filosofar,
razão pela qual se deve buscar um novo filosofar, a partir de realidades outras, a saber, o
pensamento africano, especialmente aquele produzido com base numa visão feminina da
realidade.
e) As experiências corporais e materiais da vida são desprovidas de valor filosófico, já
que constituem experiências sensoriais comuns, compartilhadas por todos os animais e,
assim, insuficientes para a construção de uma interpretação metafísica da existência.
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Interpretação de Texto.

Fonte: Universidade Estadual de Goiás / Núcleo de Seleção - UEG 2021 / Universidade Estadual de Goiás - GO / Professor Substituto /
Questão: 5

Eu e ele

No vertiginoso mundo dos computadores o meu, que devo ter há uns quatro ou cinco anos, já pode
ser definido como uma carroça. Nosso convívio não tem sido muito confortável. Ele produz um texto
limpo, e é só o que lhe peço. Desde que literalmente metíamos a mão no barro e depois gravávamos
nossos símbolos primitivos com cunhas em tabletes até as laudas arrancadas da máquina de
escrever para serem revisadas com esferográfica, não havia processo de escrever que não deixasse
vestígio nos dedos. Nem o abnegado monge copiando escrituras na sua cela asséptica estava livre do
tinteiro virado. Agora, não. Damos ordens ao computador, que faz o trabalho sujo por nós. Deixamos de
ser trabalhadores braçais e viramos gerentes de texto. Ficamos pós‐industriais. Com os dedos
limpos.

Mas com um custo. Nosso trabalho ficou menos respeitável. O que ganhamos em asseio
perdemos em autoridade. A um computador não se olha de cima, como se olhava uma máquina de
escrever. Ele nos olha na cara. Tela no olho. A máquina de escrever fazia o que você queria, mesmo
que fosse a tapa. Já o computador impõe certas regras. Se erramos, ele nos avisa. Não diz “Burro!”,
mas está implícito na sua correção. Ele é mais inteligente do que você. Sabe mais coisas, e está
subentendido que você jamais aproveitará metade do que ele sabe. Que ele só desenvolverá todo o seu
potencial quando estiver sendo programado por um igual. Isto é, outro computador. A máquina de
escrever podia ter recursos que você também nunca usaria (abandonei a minha sem saber para o que
servia “tabulador”, por exemplo), mas não tinha a mesma empáfia, o mesmo ar de quem só aguenta
os humanos por falta de coisa melhor, no momento.

Eu e o computador jamais seríamos íntimos. Nosso relacionamento é puramente profissional.


Mesmo porque, acho que ele não se rebaixaria ao ponto de ser meu amigo. E seu ar de reprovação
cresce. Agora mesmo, pedi para ele enviar esta crônica para o jornal e ele perguntou: “Tem
certeza?”

(Luís Fernando Veríssimo)

24.

A pergunta final do computador tem a finalidade de

a) desconfiar das intenções do cronista.

b) alertar o cronista para o atraso do envio.


c) ironizar o valor da crônica a ser enviada.
d) criticar a linguagem empregada na crônica.
e) debochar da inteligência dos humanos.
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Interpretação de Texto.

Fonte: Fundação Getúlio Vargas - FGV 2014 / Companhia Pernambucana de Saneamento COMPESA - PE / Analista - Área: Tecnologia
da Informação / Questão: 9

Leia o texto para responder às questões de números 04 a 11.

Automação vai mudar a carreira de 16 milhões de brasileiros até 2030

A elite política e econômica global está preocupada com o futuro do trabalho.

Além das já conhecidas ameaças geopolíticas e ambientais, as transformações do mercado de


trabalho também ganharam lugar de destaque. Só no Brasil, 15,7 milhões de trabalhadores serão
afetados pela automação até 2030, segundo estimativa da consultoria McKinsey.

No mundo, no período entre 2015 e 2020, o Fórum Econômico Mundial prevê a perda de 7,1
milhões de empregos, principalmente aqueles relacionados a funções administrativas e industriais.

A avaliação de especialistas da área é que o mercado de trabalho passa por uma grande
reestruturação, semelhante à revolução industrial. A diferença é que agora tudo acontece muito
mais rápido: desde 2010, o número de robôs industriais cresce a uma taxa de 9% ao ano, segundo a
Organização Internacional do Trabalho (OIT).

A mudança é positiva na medida em que libera profissionais de tarefas monótonas, que, por sua
vez, podem ser feitas com maior rapidez e eficiência quando automatizadas.

“A boa notícia é que fica claro que os trabalhos para humanos terão que envolver qualidades
humanas, como criatividade”, afirma José Manuel Salazar-Xirinachs, diretor regional da OIT para a
América Latina e Caribe. “Isso soa muito legal, mas a questão é: quantos trabalhos para pessoas
criativas serão gerados?”, questiona.

Nesse cenário de grande extinção de trabalhos que exigem pouca qualificação e de criação de
um número menor dos que exigem muita, a tendência é de aumento da desigualdade, alerta a OIT.

O fim de funções hoje exercidas pela população de baixa e média renda vai gerar desemprego e
pressionar para baixo o salário das que restarem, diante da massa de pessoas buscando trabalho.

“Há uma forte preocupação com os trabalhadores de menor qualificação, em termos do impacto
da tecnologia. Essas pessoas não são realmente alfabetizadas digitais, e não terão oportunidade para
aprender habilidades específicas. Eles serão deixados para trás e terão uma empregabilidade muito
pequena”, diz Salazar-Xirinachs.

(Fernanda Perrin. Folha de S.Paulo.


http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2018/01/1951904-16-milhoes-de-brasileiros-sofrerao-com-aut
omacao-na-proxima-decada.shtml. 21.01.2018. Adaptado)

25.

A correspondência entre as formas verbais, na frase escrita a partir do texto, está em conformidade com
a norma-padrão da língua em:

a) Se a elite política e econômica global estivesse preocupada com o futuro do trabalho,


adotaria medidas para conter os seus efeitos.
b) Se a elite política e econômica global estaria preocupada com o futuro do trabalho,
adotava medidas para conter os seus efeitos.
c) Se a elite política e econômica global estivesse preocupada com o futuro do trabalho,
adotasse medidas para conter os seus efeitos.
d) Se a elite política e econômica global estaria preocupada com o futuro do trabalho,
adotara medidas para conter os seus efeitos.
e) Se a elite política e econômica global esteja preocupada com o futuro do trabalho,
adota medidas para conter os seus efeitos.
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Interpretação de Texto, Pressupostos e subentendidos.

Fonte: Fundação para o Vestibular da Universidade Estadual Paulista - VUNESP 2018 / Polícia Civil de São Paulo PC SP - SP / Auxiliar de
Papiloscopista Policial / Questão: 10
CALENDÁRIO EMOCIONAL

Sabe aquele relógio que há dentro do celular e dos computadores, que mesmo que o aparelho esteja
desligado mantém o horário e a agenda atualizados? Nosso inconsciente é igual. Ele tem um
calendário infalível, que faz com que tenhamos sensações ou pensamentos "comemorativos" de datas
que nem sequer sabíamos que lembrávamos.

Quando somos tomados por uma tristeza incompreensível, um desânimo fora de sentido, um choro
estranho, uma brabeza despropositada, enfim, algo aparentemente fora de lugar, talvez seja o tal
"calendário emocional". Algo pode estar sendo evocado nessa data . Sem ter consciência, fazemos o
luto de aniversários de morte, de separação, da saída de um emprego, da partida de um filho, de um
aborto ou qualquer outro evento significativo, duro ou doído. Todas as datas estão registradas em nosso
relógio interno .

Para fazer você acreditar nisso , vou recorrer à história que aconteceu com uma paciente minha.
História essa que foi surpreendente até para mim, mesmo depois de décadas de trabalho como
psicanalista. Ela acordava todos os dias às três da manhã, depois demorava para dormir. Olhar o relógio
e confirmar a infalibilidade do despertador interno só piorava as coisas. A sensação era de estar sendo
vítima de um complô. Havia anos que quebrávamos a cabeça tentando entender o porquê dessa
persistente repetição. Sua vida mudou e isso passou. Andávamos esquecidas do enigma, quando ela se
pôs a falar sobre um período muito solitário e difícil em que, a trabalho, vivera na Coreia. Foi lá que essa
maldição das três da manhã começou e, nas noites insones, costumava pensar que aqui eram três
horas da tarde . Dessa vez, ao contar a história lembrou que durante sua infância, o pai, que era
viajante e passava a semana fora, partia sempre aos domingos às três da tarde. Na sua ausência, a
paciente ficava à mercê da mãe, cuja agressividade se expressava principalmente com ela .

A filha sabia que a saída do pai era o começo de uma jornada semanal de gritos e castigos. Muitos anos
depois, soube-se que esse homem tinha duas famílias e , mesmo sem ter consciência disso, a filha
intuía que sua partida era muito mais significativa do que apenas trabalho. O hábito de despertar às três
da madrugada, sentindo-se abandonada , como ocorria naquele lugar estrangeiro de fuso horário
invertido, era um reencontro com a desolação que chegava quando ele partia.

Essa história lembra a força das emoções internas que governam nossa vida. Elas serão ainda mais
persistentes quanto menos tivermos acesso a seu significado. Podemos combater uma insônia como
essa usando uma medicação ou qualquer outro recurso. Mas não custa ir um pouco mais a fundo e
descobrir o sentido oculto desses acontecimentos psíquicos, aparentemente bizarros. Decifrá-los
possibilita que nos maravilhemos frente à eficácia da máquina psíquica que nos move. Sua precisão
pode até ser assustadora, mas a familiaridade com sua lógica possibilita que certas maldições
deixem de nos assombrar.

Diana Corso, Revista Vida Simples, disponível em


[http://vidasimples.uol.com.br/noticias/pensar/calendario-emocional.phtml#.VsTbmlK_ PK0].
26.

Analise as proposições abaixo.

I. Após anos de terapia, a paciente mencionada no texto e a autora, sua psicanalista,


conseguiram concluir que a insônia daquela estava relacionada a um período bastante turbulento, em
que vivia na Coreia e era submetida, constantemente, à agressividade física e verbal dos pais.

II. Diana Corso adverte que as emoções internas governam nossa vida, se assim o permitirmos,
por isso mesmo, recomenda que tenhamos o mínimo acesso a elas e a seu significado.

III. A autora também avalia que devemos combater a insônia usando medicações específicas,
caminho mais eficaz e seguro do que tentar ir a fundo nas emoções e desvendar-lhes o sentido
oculto, que além de, muitas vezes, bizarro, pode revelar maldições que passarão a nos assombrar em
definitivo.

Está em consonância com o texto o que se afirmou:

a) em apenas uma das proposições.


b) em apenas duas das proposições .
c) nas três proposições apresentadas.
d) em nenhuma das proposições elencadas.
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Interpretação de Texto.

Fonte: Instituto Brasileiro de Administração Municipal - IBAM 2016 / Prefeitura de Santos - SP / Advogado / Questão: 9

100 Coisas

É febre. Livros listando as cem coisas que você

deve fazer antes de morrer, os cem lugares que você

deve conhecer antes de morrer, os cem pratos que

você deve provar antes de morrer. Primeiramente,

5 me espanta o fato de todos terem a certeza absolu- ta

de que você vai morrer. Eu prefiro encarar a mor- te

como uma hipótese. Mas, no caso, de acontecer,

serei obrigada mesmo a cumprir todas essas metas


antes? Não dá pra fechar por cinquenta em vez de

10 cem?

Outro dia estava assistindo a um DVD promo-

cional que também mostra, como imaginei, as cem

coisas que a gente precisa porque precisa fazer an-

tes de morrer. Me deu uma angústia, pois, das cem,

15 eu fiz onze até agora. Falta muito ainda. Falta dirigir

uma Ferrari, fazer um safári, frequentar uma praia de

nudismo, comer algo exótico (um baiacu venenoso,

por exemplo), visitar um vulcão ativo, correr uma ma-

ratona [...].

20 Se dependesse apenas da minha vontade, eu já

teria um plano de ação esquematizado, mas quem

fica com as crianças? Conseguirei cinco férias por

ano? E quem patrocina essa brincadeira?

Hoje é dia de mais um sorteio da Mega-Sena.

25 O prêmio está acumulado em cinquenta milhões de

reais. A maioria das pessoas, quando perguntadas

sobre o que fariam com a bolada, responde: pagar

dívidas, comprar um apartamento, um carro, uma

casa na serra, outra na praia, garantir a segurança

30 dos filhos e guardar o resto para a velhice.

Normal. São desejos universais. Mas fica aqui

um convite para sonhar com mais criatividade. Arran-

je uma dessas listas de cem coisas pra fazer e procu-

re divertir-se com as opções [...]. Não pense tanto em

35 comprar mas em viver.

Eu, que não apostei na Mega-Sena, por enquan-


to sigo com a minha lista de cem coisas a evitar antes

de morrer. É divertido também, e bem mais fácil de

realizar, nem precisa de dinheiro.

MEDEIROS, Martha. Doidas e santas. Porto Alegre:

L&PM, 2008, p. 122-123. Adaptado.

27.

A seguinte frase está redigida com adequada grafia de palavras, correta acentuação e pontuação de
acordo com a norma-padrão:

a) As raízes, crescem abaixo da superficie da terra, mas não abidicam de


compostos nitrogenados e outras substâncias orgânicas.
b) A raíz é o membro das árvores que cresce abaixo da terra, mas não abdica de
compostos nitrogenados e outras substâncias orgânicas.
c) A raíz é o membro das árvores que, apesar de crescer abaixo da terra não abdica
de compostos nitrogenados e outras substâncias orgânicas.
d) As raízes geralmente subterrâneas, não abidicam de compostos nitrogenados e
outras substâncias orgânicas.
e) A raiz, geralmente subterrânea, não abdica de compostos nitrogenados e outras
substâncias orgânicas.
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Ortografia oficial e acentuação gráfica, Pontuação, Interpretação de Texto, Norma
culta ou norma padrão, Reforma Ortográfica de 2009 (Novo Acordo Ortográfico).

Fonte: Fundação CESGRANRIO - CESGRANRIO 2014 / Banco do Brasil S.A. BB - BR / Escriturário - Área: Agente de Tecnologia /
Questão: 10

Leia o trecho abaixo e responda as questões de 1 a 8.

Tristeza não tem fim

Felicidade sim

A felicidade é como a pluma

Que o vento vai levando pelo ar

Voa tão leve

Mas tem a vida breve

Precisa que haja vento sem parar


A felicidade do pobre parece

A grande ilusão do carnaval

A gente trabalha o ano inteiro

Por um momento de sonho

Pra fazer a fantasia

De rei ou de pirata ou jardineira Pra

tudo se acabar na quarta-feira

Tristeza não tem fim

Felicidade sim

A felicidade é como a gota

De orvalho numa pétala de flor

Brilha tranquila

Depois de leve oscila

E cai como uma lágrima de amor

A felicidade é uma coisa boa

E tão delicada também

Tem flores e amores

De todas as cores

Tem ninhos de passarinhos

Tudo de bom ela tem

E é por ela ser assim tão delicada

Que eu trato dela sempre muito bem

Tristeza não tem fim

Felicidade sim

A minha felicidade está sonhando

Nos olhos da minha namorada

É como esta noite, passando, passando

Em busca da madrugada
Falem baixo, por favor

Pra que ela acorde alegre com o dia

Oferecendo beijos de amor

Vinícius de Moraes https://www.pensador.com/texto_de_vinicius_de_moraes/

28.

“E é por ela ser assim tão delicada

Que eu trato dela sempre muito bem...”

O verbo “tratar”, em destaque no texto, se conjugado no pretérito imperfeito do indicativo, se


apresentará da seguinte forma:

a) Que eu tratara dela sempre muito bem...


b) Que eu trataria dela sempre muito bem...
c) Que eu tratei dela sempre muito bem...

d) Que eu tratava dela sempre muito bem...


Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Emprego dos modos verbais, Indicativo.

Fonte: Instituto Excelência 2019 / Prefeitura de Tombos Prefeitura - MG / Especialista em Educação / Questão: 5

29.

Com base na norma culta da língua portuguesa, o emprego do sinal de crase está inadequado na frase
da opção

a) O jogo começara à uma hora da madrugada.


b) Eduardo declarou-se à Mônica.
c) Assisti à peça que está em cartaz no teatro municipal.
d) Eu irei à Brasília semana que vem.
e) À medida que o tempo passa, fico mais feliz por você estar aqui comigo.
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Interpretação de Texto, Norma culta ou norma padrão.

Fonte: Instituto Federal do Ceará - IFCE / CEFET CE 2016 / Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará IFCE - BR /
Administrador / Questão: 6
Instrução: As questões de números 01 a 10 referem-se ao texto abaixo.

Um planeta mais quente e desigual

Dois estudos divulgados recentemente apresentam pontos aparentemente paralelos,


mas uma terrível e nefasta convergência: 2015 foi o ano mais quente e, ao mesmo tempo,o
mais desigual da história. A constatação de que o ano passado foi o mais quente já registradodesde
1880, quando os dados começaram a ser levantados, foi feita pela Agência Espacial Norte-Americana
(NASA) e pela Agência Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA). As duas
entidades realizaram estudos separados, mas chegaram mesmasconclusões: a temperatura
do planeta ficou, em média, 0,90ºC acima da registrada no século XXe 0,16ºC acima do recorde
anterior, registrado em 2014. Dezembro passado também foi o mêsmais quente já observado. Os
cientistas apontam o fenômeno climático El Niño pelos resultados,mas, principalmente, o atribuem ao
aquecimento causado pelas emissões de gases relacionadosà ação do homem. As consequências
estão aí: aumento do nível dos oceanos e ocorrências cadavez mais frequentes de fenômenos
climáticos extremos, como a onda de calor que matou 2,5 milpessoas na Índia, também no ano
passado. Outro ponto é o levantamento anual da ONG britânica Oxfam sobre desigualdade
econcentração de renda. A organização afirma que, neste ano de 2016, as 37 milhões de pessoasque
o 1% mais rico da população mundial terão mais dinheiro do que os outros 99%juntos. O
relatório apresentado pela Oxfam toma como base o levantamento anual do bancoCredit Suisse. E as
estatísticas demonstram que, ao longo dos últimos anos, a concentração e adesigualdade só
aumentaram! São muitas as questões que nos afligem: a crise econômicabrasileira, a questão dos
refugiados na Europa, o mosquito Aedes aegypti, os fanáticos do EstadoIslâmico, entre outras; todas
são altamente relevantes e merecedoras de nossa atenção. O fato é que os dois estudos
apontados à tona com o poder de determinar oscaminhos da humanidade para um futuro em
que as demais questões serão decorrência dessesdois fatores, ou seja, o crescimento da desigualdade
e as mudanças climáticas cada vez maisfortes e persistentes. Winnie Byanyima, diretora-executiva da
Oxfam e copresidente do FórumEconômico Mundial alertou sobre as consequências desses
desequilíbrios: "Tanto nos países ricosquanto nos pobres, essa desigualdade alimenta o conflito,
corroendo as democracias eprejudicando o próprio crescimento". Isto é, quanto mais a temperatura e a
desigualdadecrescerem, menos possíveis serão os esforços para o equilíbrio e a harmonia do planeta e
de seushabitantes. Tal acirramento se transformará em mais refugiados, em mais doenças e levará.
eclosão de novas guerras e conflitos. No entanto, a Nasa, a
NOAA e a Oxfam consideram essas questões ainda possíveis de seremenfrentadas ou revertidas.
Alguns dos caminhos relacionados ao clima foram exaustivamentedebatidos na COP 21*, realizada em
Paris, em dezembro passado. Já para enfrentar aconcentração de renda, o caminho é a busca pela
ampliação dos direitos das pessoas e por maisdemocracia e participação, buscando a educação e o
empoderamento dos cidadãos como metauniversal, entre outros grandes desafios. A
sustentabilidade, tão almejada, só será efetivamente alcançada quando a humanidadeconseguir
entender e combater todos esses desequilíbrios ambientais e sociais. Será precisoreverter essas
sinistras tendências que colocam em xeque a nossa civilização e flertam fortementecom um
indesejado cenário de fim do mundo.

* COP 21 – Conferência, ocorrida em dezembro de 2015, em Paris, em que os 196 países integrantes
da ONU discutiram sobre como lidar com as mudanças climáticas.
http://www.cartacapital.com.br/sustentabilidade/uma-terra-mais-quente-e-desigual

30.

Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas pontilhadas das linhas 06 e
31.

a) nas – a
b) nas – à
c) às – à
d) às – ao
e) ás – a
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Emprego dos elementos de sequenciação (uso de conectivos).

Fonte: FUNDATEC Processos Seletivos - FUNDATEC 2016 / Prefeitura de Vacaria - RS / Médico Clínico Geral / Questão: 2

INSTRUÇÃO: Analise o texto abaixo.

TEXTO I
FONTE: Of. Luiz Vicente Rizzo, infectologista do Einstein, Dr. João Radvany, neurologista do Einstein, Dr.
Marcos Knobel, cardiologista do Einstein

Disponível em: <http://www.einstein.br/PublishingImages/info-poder-do-estresse-1.jpg>. Acesso em:


20/1/2016.)

31.

No trecho “[...] o hormônio do estresse (ACTH) produz sensações de ansiedade e fracasso iminente.”,
a palavra em destaque poderia ser corretamente substituída, sem alteração de sentido, por:

a) eminente.
b) notável.
c) próximo.
d) pendente.
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Reescrita de frases e parágrafos do texto, Equivalência, substituição,
reorganização e transformação de palavras ou trechos do texto.

Fonte: COTEC Concursos Públicos/FADENOR - Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino Superior do Norte de Minas- COTEC -
FADENOR 2016 / Prefeitura de Ubaí - MG / Agente Comunitário de Saúde / Questão: 4
32.

Assinale a alternativa em que, obedecendo-se, ao uso e à colocação adequada, substituiu-se, sem


perder o sentido original, corretamente por um pronome oblíquo, o equívoco cometido pela
personagem em "— A gente chama ela de Te”.
a) — A gente lhe chama de Te.
b) — A gente vos chama de Te.
c) — A gente chama-te de Te.
d) — A gente chama-lhe de Te.
e) — A gente a chama-te de Te.
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Colocação Pronominal.

Fonte: Instituto Brasileiro de Apoio e Desenvolvimento Executivo - IBADE 2017 / Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos do
Mato Grosso SEJUDH MT - MT / Agente Penitenciário (polícia penal) / Questão: 7

PROBLEMAS AMBIENTAIS DECORRENTES DE UM CEMITÉRIO MUNICIPAL (adaptado)

Marieli Galvan Bocchese, Luciana Pellizzaro, Janaína Kaliski Bocchese

Somente nas últimas décadas é que os cemitérios passaram a ser vistos como fontes causadoras
de impactos ambientais e não mais como apenas um local onde os vivos prestavam homenagem aos
mortos, alojando corpos e objetos pessoais numa tumba. Recentemente a legislação passou a exigir
reformas para que os mesmos não sejam fontes de problemas. A maior preocupação é com a
contaminação de solo e do lençol freático pelo necrochorume, substância originária dos cadáveres em
decomposição que pode conter microrganismos patogênicos sob determinadas condições. O manuseio
dos resíduos produzidos pela rotina do cemitério e dos funerais, o odor e o estado de manutenção dos
túmulos podem também ser preocupantes. Este trabalho investigou os problemas ambientais
decorrentes de um cemitério municipal. Para tanto, foram realizadas observações, conversas informais
com moradores vizinhos e funcionários. Por ter sido construído em época que não havia as exigências
atuais em relação ao meio ambiente, verificou-se que além de estar totalmente fora dos padrões
legais, há produção diária média de aproximadamente 1,5 Kg de resíduos que tem destinação mais
organizada, o restante tem destino incorreto. Praticamente metade das sepulturas estão
abandonadas ou em ruínas, cujo estado pode facilitar a infiltração de água e consequentemente o
transporte de necrochorume para o solo e água subterrânea. Poços existentes na redondeza, há anos
foram desativados e já não são usados para consumo d’água.

33.

“Recentemente a legislação passou a exigir reformas para que os mesmos não sejam fontes de
problemas.”

Nesse segmento, o termo “os mesmos” se refere a:

a) mortos;

b) objetos pessoais;
c) impactos ambientais;
d) vivos;
e) cemitérios.
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Interpretação de Texto, Pressupostos e subentendidos.

Fonte: Fundação Getúlio Vargas - FGV 2014 / Prefeitura de Osasco - SP / Agente Funerário / Questão: 10

Texto 1

O site Cracked separou sete coisas que ninguém sabia sobre os celulares. São várias teorias sobre a
nocividade dos aparelhos sobre o corpo humano. Quer saber quais são elas? Então vamos à lista:

1. Celulares são responsáveis pela destruição de famílias

Antes dos telefones celulares, os casais eram muito mais fiéis. Atualmente, a grande maioria dos
casos de adultério é combinada por telefones pessoais, pois dessa forma não há tanto risco de outra
pessoa atender às ligações. Isso sem falar em reuniões familiares, que são constantemente
atrapalhadas (ou ignoradas) por filhos e filhas que preferem as mensagens de texto às conversas
com os pais.

2. Ele põe sua vida em risco

No Brasil, falar ao celular enquanto se está no volante é uma infração de trânsito. Isso acontece
porque o telefone realmente tira a atenção dos motoristas. Mas há relatos de que a distração
causada pelos celulares vai muito mais além: até mesmo quando estamos caminhando, ficamos mais
suscetíveis a acidentes quando estamos em ligações.

3. Seu telefone é uma colônia de bactérias

Um dos principais problemas dos celulares são os micróbios. Muitos utilizam os aparelhos no
banheiro, o que pode infectá-los com bactérias dos mais variados tipos. Sujeiras dos bolsos, chão e
mesas também afetam os telefones. Em suma, os celulares são verdadeiras colônias de germes e
outros pequenos vilões da saúde humana.

4. Mensagens estão em nosso subconsciente

Um estudo alemão mostrou que grande parte das pessoas de até 30 anos está com os caminhos para a
digitação de mensagens gravados no subconsciente. Isso significa que, mesmo sem um teclado
visível, os usuários conseguem saber onde estão as letras de seus celulares.

Parece o mesmo que acontece com os teclados de computadores, mas nos experimentos somente os
números eram mostrados e, incrivelmente, as pessoas envolvidas conseguiam decifrar os códigos
mais rapidamente.

5. Você está perdendo seus sentidos

Em uma velocidade muito baixa, mas isso está acontecendo. Possivelmente os celulares estejam
fazendo com que seus olhos sejam afetados (a radiação faz com que eles sejam aquecidos). Além
disso, a audição pode estar sendo afetada por volumes muito altos em fones de ouvido.

6. Eles deixam as crianças malcriadas

Estudos mostram um dado curioso. Mulheres que usam celular durante a gravidez e durante os
primeiros anos de vida de seus bebês têm 50% a mais de chances de terem filhos com sérios
problemas comportamentais. A causa disso? A radiação por celulares estaria estimulando a liberação
de melatonina (um hormônio que regula várias funções corporais).

7. Celulares podem causar esterilidade

Segundo apontam cientistas, celulares emitem radiação eletromagnética. É ela que, supostamente,
causa danos ao cérebro. Novas teorias apontam para o fato de que essa mesma radiação poderia ser
responsável por afetar também o sistema reprodutor dos homens. Como os celulares ficam muito tempo
nos bolsos, isso poderia ser uma causa da esterilidade.

34.

Tendo em vista o ambiente interno das prisões brasileiras, podemos estabelecer uma relação entre os
celulares e a seguinte teoria do texto 1:

a) Você está perdendo seus sentidos;


b) Eles deixam as crianças malcriadas;
c) Ele põe sua vida em risco;
d) Seu telefone é uma colônia de bactérias;
e) Celulares podem causar esterilidade.
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Intertextualidade.

Fonte: Fundação Getúlio Vargas - FGV 2015 / Tribunal de Justiça do Piauí TJ PI - PI / Analista - Área Contador / Questão: 21
No que se refere aos aspectos linguísticos e aos sentidos do texto acima, assim como às funções da
linguagem e à tipologia textual, julgue os itens subsequentes.

35.

Do trecho apresentado, infere-se que o texto O que é Gramática? classifica-se como


dissertativo-argumentativo.
c) Certo
e) Errado
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Interpretação de Texto.

Fonte: Instituto Quadrix - Quadrix 2017 / Secretaria de Educação do Distrito Federal SEDF - DF / Professor Substituto - Área:
Língua Portuguesa / Questão: 85
36.

“São todos descobridores ruins, que pensam que não há terra quando conseguem ver apenas o
mar.” (Francis Bacon)

Assinale a opção que mostra um problema lógico desse pensamento.

a) Não conseguir distinguir causa e consequência.


b) Ser incapaz de organizar cronologicamente os fatos.
c) Fazer uma dedução fundamentada em falsa oposição.
d) Não levar em conta o conhecimento tradicional.
e) Desacreditar as opiniões de autoridades.
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Interpretação de Texto.

Fonte: Fundação Getúlio Vargas - FGV 2021 / Indústria de Material Bélico do Brasil IMBEL - BR / Administrador / Questão: 6

37.

A literatura é uma arte solitária. Seu labor é da mente para a página. Sua estranha fantasia é a de
que alguém possa dar forma ao idioma para que outra experiência mental e individual se realize: a do
leitor. (1º parágrafo)

No contexto dado, o vocábulo a, em destaque, retoma:

a) experiência.
b) arte.
c) mente.
d) página.
e) fantasia.
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Coesão e coerência.

Fonte: Fundação Carlos Chagas - FCC 2017 / Defensoria Pública do Rio Grande do Sul DPE RS - RS / Técnico - Área Apoio Especializado
- Especialidade: Edificações / Questão: 2

38.

De acordo com o texto, é correto afirmar que

a) o homem, a princípio, não queria dirigir por não entender de mecânica.


b) o homem, após começar a dirigir, passou a entender de mecânica.
c) “giguelê” é, na realidade, uma palavra inexistente que o homem inventou.
d) o homem mal conseguia entender onde era feita a verificação do óleo.
e) o homem não sabia diferenciar água de óleo no tocante ao automóvel.
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Interpretação de Texto.

Fonte: Instituto Nosso Rumo de Educação e Desenvolvimento Social - NOSSO RUMO 2017 / Conselho Regional de Engenharia,
Arquitetura e Agronomia de São Paulo CREA SP - SP / Agente Administrativo / Questão: 1

Instrução: As questões de números 01 a 15 referem-se ao texto abaixo. Os destaques ao longo do


texto estão citados nas questões.

Os estágios curriculares obrigatórios: aprender a ser professor é responsabilidade de


todos.

Por Roberta Flaborea Favero

Ao longo das minhas pesquisas sobre os estágios curriculares na formação inicial dosprofessores,
tenho observado muitos coordenadores e professores de ensino básico referindo-se formação
prática do futuro professor como um momento de observação de aula, necessáriopara sua formação,
desde que o estagiário não intervenha de maneira a interromper o trabalhodo professor. Quando
pergunto aos coordenadores sobre por que a escola recebe estagiários,manifestam um constante
“porque sim” ou “porque eu já passei por isso e sei como é difícilencontrar colégios para estagiar”, como
se fosse um favor pessoal que se faz para os futurosprofessores. Observo também estagiários
afirmando que aprenderam muito pouco nos estágios, que oprofessor de classe não deu atenção ao
que fazia, assim como não revisou o relatório final, etc.Quanto ao professor universitário, os estagiários
relatam que não retomam o que ocorreu nasescolas, ficando teoria de um lado e prática do outro. E
quem nunca escutou nos corredores dasfaculdades de educação sobre “os melhores” e os “piores”
lugares para estagiar? Tenho certezade que muitos dos leitores identificam-se com essas falas.
Agora, o que o estagiário faz na instituição educativa? A resposta é muito fácil: aprender.Mesmo
que existam más e...periências, considero que os estagiários aprendem. Mas entendoque não é
somente ele quem aprende, os professores da escola, como também o professor dauniversidade — já
que é o estagiário que tra... elementos da prática docente para discussão nasala de aula e leva
elementos teóricos para serem discutidos com o professor da escola. Ouseja, é ele quem faz a
ponte dos saberes. Apesar dessa aprendizagem ser pouco vi...ibilizada, é um elemento importante de
serconsiderado por todos os sujeitos, pois é um constante interagir de conhecimentos entre aspráticas
interinstitucionais. Claramente, como é o estagiário que realiza esta conexão entre aescola e a
universidade, é um sujeito que deve ser valorizado porque gera fomento aoreflexionar, questionar e
analisar entre a teoria e a prática. Consequentemente, instaura-se umarede de conhecimento intangível
que deve ser potencializada, não por vontades individuais, masporque as instituições acreditam que são
coformadoras entre si e formadoras dos estagiários. Entretanto, se o estagiário somente realiza
observações de sala de aula, suas reflexõesestarão com poucos elementos para discutir a prática do
professor e a sua própria não teráelementos da realidade dos contextos escolar e social. Daí existem as
constantes reflexões comjuízo de valores, onde a prática do professor é fortemente criticada e renegada
porque não estáde acordo com a teoria. Esta situação é muito frequente, o que gera receio dos
professores de recebê-los. Éimportante pensar que são justamente os poucos tempos destinados aos
estágios, assim como distintas restrições de sua permanência na
instituição escolar que promovem a constantecrítica dos estagiários prática docente. Proponho
também entender que o papel da prática é tão importante quanto o papel dateoria na formação do
professor, dado que é o momento de formação da sua identidade inicialcomo profissional da
educação, assim como o momento de estabelecimento da relação entre ateoria e a prática. Para
concluir, quero apontar para a necessidade do fortalecimento das relaçõesinterinstitucionais e também
para a avaliação dos estagiários e dos próprios estágios. Avaliaçãoprocessual do estudante da
licenciatura deve ser de responsabilidade de ambas as instituições,tanto do professor universitário
como do professor da escola.

(Disponível em: https://revistaeducacao.com.br/2020/01/31/estagios-obrigatorios-professor/ - Texto


especialmente adaptado para esta prova.)

39.

Assinale a alternativa na qual haja a ocorrência de voz passiva na construção do período retirado do
texto.

a) “tenho observado muitos coordenadores e professores”.


b) “estagiários afirmando que aprenderam muito pouco nos estágios”.
c) “Agora, o que o estagiário faz na instituição educativa?”.
d) “instaura-se uma rede de conhecimento intangível”.
e) “Esta situação é muito frequente”.
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Flexão de voz (ativa, passiva, reflexiva), Voz passiva, Voz passiva analítica,
Voz passiva sintética.

Fonte: FUNDATEC Processos Seletivos - FUNDATEC 2020 / Prefeitura de Alpestre - RS / Agente Administrativo / Questão: 12

INSTRUÇÃO: Leia o texto a seguir para responder às questões de 1 a 7.

Um idoso na fila do Detran

“O senhor aqui é idoso”, gritava a senhora para o guarda, no meio da confusão na porta do Detran da
Avenida Presidente Vargas, apontando com o dedo o tal “senhor”. Como ninguém protestasse, o policial
abriu o caminho para que o velhinho enfim passasse à frente de todo mundo para buscar a sua carteira.

Olhei em volta e procurei com os olhos o velhinho, mas nada. De repente, percebi que o “idoso” que a
dama solidária queria proteger do empurra-empurra não era outro senão eu.
Até hoje não me refiz do choque, eu que já tinha me acostumado a vários e traumáticos ritos de
passagem para a maturidade: dos 40, quando em crise se entra pela primeira vez nos “enta”; dos 50,
quando, deprimido, sabe que jamais vai se fazer outros 50 (a gente acha que pode chegar aos 80, mas
aos 100?); e dos 60, quando um eufemismo diz que a gente entrou na “terceira idade”. Nunca passou
pela minha cabeça que houvesse uma outra passagem, um outro marco, aos 65 anos. E, muito
menos, nunca achei que viesse a ser chamado, tão cedo, de “idoso”, ainda mais numa fila do Detran.

Na hora, tive vontade de pedir à tal senhora que falasse mais baixo. Na verdade, tive vontade mesmo
foi de lhe dizer: “idoso é o senhor seu pai”. O que mais irritava era a ausência total de hesitação ou
dúvida. Como é que ela tinha tanta certeza? Que ousadia! Quem lhe garantia que eu tinha 65 anos, se
nem pediu pra ver minha identidade? E o guarda paspalhão, por que não criou um caso, exigindo prova
e documentos? Será que era tão evidente assim? Como, além de idoso, eu era um recém- operado,
acabei aceitando ser colocado pela porta adentro. Mas confesso que furei a fila sonhando com a massa
gritando, revoltada: “esse coroa tá furando a fila! Ele não é idoso! Manda ele lá pro fim!”. Mas que nada,
nem um pio.

O silêncio de aprovação aumentava o sentimento de que eu era ao mesmo tempo privilegiado e


vítima — do tempo. Me lembrei da manhã em que acordei fazendo 60 anos: “Isso é uma sacanagem
comigo”, me disse, “eu não mereço.” Há poucos dias, ao revelar minha idade, uma jovem
universitária reagira assim: “Mas ninguém lhe dá isso.” Respondi que, em matéria de idade, o triste é
que ninguém precisa dar para você ter. De qualquer maneira, era um gentil consolo da linda jovem.
Ali na porta do Detran, nem isso, nenhuma alma caridosa para me “dar” um pouco menos.

Subi e a mocinha da mesa de informações apontou para os balcões 15 e 16, onde havia um cartaz
avisando: “Gestantes, deficientes físicos e pessoas idosas.” Hesitei um pouco e ela, já impaciente,
perguntou: “O senhor não tem mais de 65 anos? Não é idoso?”

— Não, sou gestante — tive vontade de responder, mas percebi que não carregava nenhum sinal
aparente de que tinha amamentado ou estava prestes a amamentar alguém. Saí resmungando: “não
tenho mais, tenho só 65 anos.”

O ridículo, a partir de uma certa idade, é como você fica avaro em matéria de tempo: briga por causa de
um mês, de um dia. “Você nasceu no dia 14, eu sou do dia 15”, já ouvi essa discussão.

Enquanto espero ser chamado, vou tentando me lembrar quem me faz companhia nesse triste
transe. Ai, se não me falha a memória — e essa é a segunda coisa que mais falha nessa idade —, me
lembro que Fernando Henrique, Maluf e Chico Anysio estariam sentados ali comigo. Por associação de
ideias, ou de idades, vou recordando também que só no jornalismo, entre companheiros de geração,
há um respeitável time dos que não entram mais em fila do Detran, ou estão quase não entrando:
Ziraldo, Dines, Gullar, Evandro Carlos, Milton Coelho, Janio de Freitas (Lemos, Cony,
Barreto, Armando e Figueiró já andam de graça em ônibus há um bom tempo). Sei que devo estar
cometendo injustiça com um ou com outro — de ano, meses ou dias —, e eles vão ficar bravos. Mas
não perdem por esperar: é questão de tempo.

Ah, sim, onde é que eu estava mesmo? “No Detran”, diz uma voz. Ah, sim. “E o atendimento?” Ah, sim,
está mais civilizado, há mais ordem e limpeza. Mas mesmo sem entrar em fila passa-se um dia para
renovar a carteira. Pelo menos alguma coisa se renova nessa idade. VENTURA, Zuenir.

VENTURA, Zuenir.

Disponível em: <wwww.contobrasileiro.com.br>.

Acesso em: 20 out. 2021.

40.

Assinale a alternativa em que o termo destacado não tem a função sintática de objeto indireto.

a) Mas ninguém lhe dá isso.

b) Na verdade, tive vontade mesmo foi de lhe dizer: “idoso é o senhor seu pai”.

c) Me lembrei da manhã em que acordei fazendo 60 anos...

d) Pelo menos alguma coisa se renova nessa idade.


Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Termos integrantes da oração, Termos integrantes ligados ao verbo, Objeto
indireto.

Fonte: FUNDEP Gestão de Concursos - FUNDEP 2021 / Prefeitura de Santa Vitória Prefeitura de Santa Vitoria - MG / Auxiliar de
Serviços Administrativos / Questão: 6

41.

Sua obra é associada ao ciclo do cacau, na Bahia. Foi com base na sociedade cacaueira e de
seus tipos físicos mais representativos que o escritor construiu um painel dos costumes de
sua época. Em seu romance Gabriela, Cravo e Canela, a figura da mulata Gabriela,
transformou-se em símbolo da mulher baiana. Logo a imagem da mulher, misto de ingenuidade
e de erotismo, cristalizou-se, e o escritor repetiu essa fórmula nos romances Dona Flor e seus
dois maridos, Tereza Batista cansada de guerra e Tieta do Agreste.

O autor em questão é:

a) Rachel de Queiroz.

b) Graciliano Ramos.
c) Jorge Amado.
d) Érico Veríssimo.

Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Interpretação de Texto, Pressupostos e subentendidos.

Fonte: MS Concursos 2018 / Conselho Regional dos Corretores de Imóveis do Mato Grosso do Sul CRECI MS - MS / Assistente
Administrativo / Questão: 13

Texto CB1A1

1 A palavra sonho significa muitas coisas diferentes: “o

sonho da minha vida” e “meu sonho de consumo” são

expressões usadas pelas pessoas para dizer que pretendem ou

4 conseguiram alcançar algo. Todo mundo tem um sonho, no sentido

de plano futuro. Todo mundo deseja algo que não tem. Por que

será que o sonho, fenômeno normalmente noturno que

7 tanto pode evocar o prazer quanto o medo, é justamente a

palavra usada para designar tudo aquilo que se quer ter?

O repertório publicitário contemporâneo não tem

10 dúvidas de que o sonho é a força motriz de nossos

comportamentos, a motivação íntima de nossa ação exterior.

Desejo é o sinônimo mais preciso da palavra “sonho”. Na área

13 de desembarque de um aeroporto nos Estados Unidos, uma foto

enorme de um casal belo e sorridente, velejando num mar

caribenho em dia ensolarado, sob a frase enigmática: “Aonde

16 seus sonhos o levarão?”, embaixo o logotipo da empresa de

cartão de crédito. Deduz-se do anúncio que os sonhos são

como veleiros, capazes de levar-nos a lugares idílicos,

19 perfeitos, altamente… desejáveis. As equações “sonho é igual

a desejo, que é igual a dinheiro” têm como variável oculta a

liberdade de ir, ser e principalmente ter, liberdade que até os

22 mais miseráveis podem experimentar no mundo de regras


frouxas do sonho noturno, mas que no sonho diurno é privilégio

apenas dos detentores de um mágico cartão plástico.

25 Entretanto, a rotina do trabalho diário e a falta de

tempo para dormir e sonhar, que acometem a maioria dos

trabalhadores, são cruciais para o mal-estar da civilização

28 contemporânea. É gritante o contraste entre a relevância

motivacional do sonho e sua banalização no mundo industrial

globalizado. No século XXI, a busca pelo sono perdido

31 envolve rastreadores de sono, colchões high-tech, máquinas de

estimulação sonora, pijamas com biossensores, robôs para

ajudar a dormir e uma cornucópia de remédios. A indústria da

34 saúde do sono, um setor que cresce aceleradamente, tem valor

estimado entre 30 bilhões e 40 bilhões de dólares. Mesmo assim

impera a insônia. Se o tempo é sempre escasso, se

37 despertamos diariamente com o toque insistente do

despertador, ainda sonolentos e já atrasados para cumprir

compromissos que se renovam ao infinito, se tão poucos se

40 lembram de que sonham pela simples falta de oportunidade de

contemplar a vida interior, quando a insônia grassa e o bocejo se

impõe, chega-se a duvidar da sobrevivência do sonho.

43 E, no entanto, sonha-se. Sonha-se muito e a granel,

sonha-se sofregamente apesar das luzes e dos ruídos da cidade,

da incessante faina da vida e da tristeza das perspectivas.

Sidarta Ribeiro. O oráculo da noite: a história e a ciência do sonho. São

Paulo: Companhia das Letras, 2019, p. 19-20 (com adaptações).

Considerando os aspectos linguísticos do texto CB1A1, julgue os itens seguintes.


42.

Nas linhas 25 e 26, os termos “diário” e “de tempo” desempenham a mesma função sintática.

c) Certo
e) Errado
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Morfossintaxe do período, Análise sintática.

Fonte: Centro de Seleção e de Promoção de Eventos UnB - CESPE/CEBRASPE 2021 / Procuradoria Geral do Distrito Federal PGDF - DF /
Analista Jurídico - Área Administração / Questão: 25

Instrução: As questões de números 01 a 15 referem-se ao texto abaixo. Os destaques ao longo do


texto estão citados nas questões.

O medo de ser nós

01 Neste ano que passou, redescobri o prazer de usar a palavra nós. Ao mesmo tempo, fui

02 lembrado de como é difícil deixar de ser eu – e me ocorreu, numa noite de angústia, que

talvez 03 nisso resida uma das dificuldades secretas dos relacionamentos.

04 No começo, quando a gente conhece alguém, é delicioso se confundir com ele ou com ela –

05 nas opiniões, no corpo, nas emoções que parecem nascer idênticas. Infelizmente, esse

06 momento passa rápido.

07 Assim que o convívio se prolonga e os sentimentos se aprofundam, é possível

perceber, 08 dentro de nós, sinais de Nossa personalidade – livre na solidão, senhora de si

09 na ausência do outro – começa a se inquietar com a influência externa poderosa, que se mistura

10 que somos e que de alguma forma nos ameaça.

11 Muitos romances terminam aí, precocemente, quando alguém reage em pânico

12 possibilidade de ser engolido ou controlado pelo outro.

13 Existe algo em nós que se exaspera ao perceber que a outra pessoa, de alguma forma,

vai 14 se tornando parte do que somos: ela habita nossos sonhos, povoa nossas preocupações e

15 preenche as horas de nossos dias. Viver sem ela parece impossível. Viver com ela nos inquieta. 16

A indústria do amor nos faz crer que todo mundo está louco para ter uma experiência como
17 essa, mas não é verdade. Muita gente não está preparada para ter alguém tão perto de si.

18 Muitos se sentem profundamente em abrir sua intimidade ou penetrar

19 intimidade dos outros.

20 Como eu disse no início, é difícil deixar de ser eu para ser nós. Alguém dirá, com razão,

que 21 essa mudança não é sequer desejável, e estará certo. Ninguém deveria deixar de ser o que é

22 para se tornar parte de uma entidade híbrida de duas pessoas. Ou, ainda pior, para subjugar-se

23 voluntariamente personalidade do outro.

24 Entretanto, a intensidade conjugal depende de que algo dessa natureza escandalosa

25 aconteça no interior do relacionamento. Se uma das partes do casal não abdicar de um

pedaço 26 importante de si, se os dois não entregarem algo valioso em sacrifício, a união não

acontece. É 27 preciso haver uma fusão parcial de almas, atada no mais profundo inconsciente, para

que duas 28 pessoas se constituam verdadeiramente como casal. Do contrário, dividirão a mesma

casa e a 29 mesma cama, poderão até estar casadas e ter filhos, mas serão apenas indivíduos que

vivem 30 juntos. Faltará a esse arranjo o alicerce emocional que torna as relações ....................... .

31 Dá para entender o que eu estou dizendo?

32 No início de um relacionamento, e mesmo depois que ele avança, é comum que a gente

olhe 33 para a parceira ou o parceiro e tenha – do nada, subitamente – uma dolorosa sensação de

34 estranheza. Quem é essa pessoa? O que ela está fazendo aqui? O que eu estou fazendo aqui?

35 Esses segundos de perplexidade, que nunca são inteiramente superados, e que sempre nos

36 assustam, revelam um pedaço de nós que insiste em permanecer singular, e que não reconhece

37 ou não admite a existência do outro, embora anseie secretamente por fundir-se com ele.

38 Essa resistência interior tem de ser quebrada para que a gente forme uma unidade conjugal, 39

para que seja superado o medo da aniquilação amorosa.

40 Se existe um jeito fácil de superar essa barreira, eu desconheço. O que acho possível é

41 tentar permanecer aberto aos sentimentos que o outro nos provoca, permitindo que eles

42 cresçam e se aprofundem mesmo quando nos apavoram. Num tempo de gente tão prática, de

43 relações humanas superficiais e utilitárias, acho bonita a ideia de se perder no outro e ser um 44

com ele ou com ela. Ou, posto de outra forma, a gente precisa perder o medo de ser nós para
45 entender, verdadeiramente, o que significa ser eu.

(Fonte: http://epoca.globo.com/sociedade/ivan-martins/noticia/2018/01/o-medo-de-ser-nos.html -
texto adaptado

43.

Assinale a alternativa que preenche as lacunas tracejadas das linhas 10, 11, 18 e 23, considerando a
necessidade do uso da crase.

a) àquilo – à – a – à
b) aquilo – à – a – a
c) àquilo – a – a – a
d) àquilo – à – à – à
e) aquilo – a – à – à
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Emprego do sinal indicativo de crase, Regras práticas de ocorrência de
crase.

Fonte: FUNDATEC Processos Seletivos - FUNDATEC 2018 / Prefeitura de Esteio - RS / Fiscal Sanitário / Questão: 2

TEXTO 01

O texto abaixo servirá de base para responder as questões de 15 a 17.

"Indústria precisa descobrir o full commerce"

Terceirização total do e-commerce permite que grandes marcas tenham agilidade para criar
plataformas parrudas de venda direta ao consumidor.

inflação - indústria - tecnologia

29.mar.2021 às 7h00

Em 2020, o comércio eletrônico cresceu o que, em situação normal, levaria de três a cinco anos para
acontecer. É essa a conclusão de Eduardo Fregonesi, CEO e cofundador da Synapcom, empresa que
fornece solução completa de e-commerce para indústrias e grandes varejistas.

Sua afirmação é confirmada por dados. De acordo com o relatório elaborado pela Ebit|Nielsen, o e-
commerce brasileiro cresceu 47% apenas no primeiro semestre do ano passado. As vendas saltaram de
R$ 26,4 bilhões, no primeiro semestre de 2019, para R$ 38,8 bilhões no mesmo período de 2020. Nos
anos anteriores, o crescimento anual não passava de 12%. E a tendência de crescimento não para por
aí. A consultoria prevê que as vendas online devam aumentar mais 26% em 2021, atingindo
faturamento de nada menos do que R$ 110 bilhões no ano.

"Com a pandemia e o fechamento das lojas, muitas empresas tiveram de dar mais atenção ao
comércio eletrônico, que se tornou estratégico", diz Fregonesi. "Outras, que ainda não estavam no
online, precisaram criar presença com urgência", afirma. Entre essas empresas, estão muitas
indústrias que perceberam a necessidade - e a oportunidade - de vender diretamente para seus
consumidores, o chamado D2C (do inglês direct to consumer).

O grande desafio com que essas indústrias se depararam, no entanto, foi a complexidade de
viabilizar rapidamente um comércio eletrônico parrudo, capaz de gerar boas experiências para seus
clientes. "Vender online para o consumidor final definitivamente não é o 'core' da indústria", afirma o
especialista.

Para resolver a questão, o setor tinha basicamente três opções. Desenvolver tudo internamente (e arcar
com os custos de toda uma infraestrutura dedicada), terceirizar partes da operação (e se desdobrar para
gerenciar todos os contratos e etapas com diferentes fornecedores) ou fazer a terceirização total da
operação.

É nessa terceira alternativa que entra o serviço prestado pela Synapcom. "A indústria precisa descobrir
o full commerce", afirma Fregonesi. Full commerce é o serviço fornecido por um único parceiro que
disponibiliza toda a estrutura de um comércio eletrônico para a marca criar seu e- commerce com
características próprias e entregar a melhor experiência para seu consumidor. "Nós criamos projetos
customizados de ponta a ponta e fazemos todo o gerenciamento do e-commerce da marca, que nos
remunera de acordo com as vendas", explica.

https://estudio.folha.uol.com.br/synapcom/2021/03/industria-precisa-descobrir-o-full-commerce.shtm l
Acessado em 30/03/2021

44.

A partir da reportagem sobre tecnologia, assinale abaixo a alternativa que representa o tema central
do texto:

a) "O grande desafio com que essas indústrias se depararam, no entanto, foi a complexidade
de viabilizar rapidamente um comércio eletrônico parrudo, capaz de gerar boas experiências para
seus clientes." (quarto parágrafo)
b) "De acordo com o relatório elaborado pela Ebit|Nielsen, o e-commerce brasileiro cresceu
47% apenas no primeiro semestre do ano passado. As vendas saltaram de R$ 26,4 bilhões, no
primeiro semestre de 2019, para R$ 38,8 bilhões no mesmo período de 2020." (segundo parágrafo)

c) "Em 2020, o comércio eletrônico cresceu o que, em situação normal, levaria de três a cinco
anos para acontecer. É essa a conclusão de Eduardo Fregonesi, CEO e cofundador da Synapcom,
empresa que fornece solução completa de e-commerce para indústrias e grandes varejistas."
(primeiro parágrafo)
d) "Full commerce é o serviço fornecido por um único parceiro que disponibiliza toda a estrutura
de um comércio eletrônico para a marca criar seu e-commerce com características próprias e
entregar a melhor experiência para seu consumidor." (sexto parágrafo)
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Interpretação de Texto, Pressupostos e subentendidos.

Fonte: AMEOSC - Associação dos Municípios do Extremo Oeste de Santa Catarina - AMEOSC 2021 / Prefeitura de São Miguel do Oeste -
SC / Fonoaudiologia / Questão: 15
45.

Assinale a alternativa em que o acento indicativo de crase está empregado corretamente.


a) Prefiro a solidão à ideia de ficar aqui contigo.
b) Prefiro os perigos do mar à essa embarcação.

c) Prefiro a morte à uma vida do teu lado.


d) Prefiro o silêncio à qualquer conversa contigo.
e) Prefiro os tubarões à você.
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Emprego do sinal indicativo de crase.

Fonte: Fundação para o Vestibular da Universidade Estadual Paulista - VUNESP 2014 / Agência de Fomento de São Paulo
S.A Desenvolve - SP / Advogado / Questão: 10

Cultura clonada e mestiçagem

Levantar hoje a questão da cultura é colocar-se em uma encruzilhada para a qual convergem,
embora também se oponham, o avanço da globalização e a persistência das identidades nacionais. Mas
a cultura não pode mais, presentemente, construir-se sem uma tensão constitutiva, existencial e vital
entre o universal, o regional, o nacional e o comunitário.

Apesar de as culturas se manterem arraigadas em seus contextos nacionais, torna-se cada vez mais
difícil acreditar que os conceitos tradicionais de identidade, povo ou nação sejam "intocáveis". De
fato, jamais nossas sociedades conheceram ruptura tão generalizada com tradições centenárias.
Devemos, porém, indagar se as evoluções contemporâneas, em geral apresentadas como possíveis
ameaças a essas tradições, inclusive a do Estado-nação, não constituiriam terrenos férteis para a
cultura, ou seja, favoráveis à coexistência das diversidades. Um duplo obstáculo seria então evitado: a
coesão domesticada e a uniformização artificial.

O primeiro obstáculo advém da fundamentação do modelo hegemônico de identificação em uma


cultura única, total, dominante, integrativa. Esta era percebida como algo estático e definitivo. Era
brandida como uma arma, cujos efeitos só hoje avaliamos: neste século, vimos as culturas mais
sofisticadas curvarem-se à barbárie; levamos muito tempo até perceber que o racismo prospera quando
faz da cultura algo absoluto. Conceber a cultura como um modo de exclusão conduz inevitavelmente à
exclusão da cultura. Por isso, o tema da identidade cultural, que nos acompanha desde as primeiras
globalizações, é coisa do passado.

Mas a cultura não deve emancipar-se da identidade nacional deixando-se dominar pela globalização e
pela privatização. As identidades pós-nacionais que estão surgindo ainda não demonstraram sua
capacidade de resistir à desigualdade, à injustiça, à exclusão e à violência. Subordinar a cultura a
critérios elaborados nos laboratórios da ideologia dominante, que fazem a apologia das especulações
na bolsa, dos avatares da oferta e da demanda, das armadilhas da funcionalidade e da urgência,
equivale a privá-la de seu indispensável oxigênio social, a substituir a tensão criativa pelo estresse do
mercado. Neste sentido, dois grandes perigos nos ameaçam. O primeiro é a tendência atual a
considerar a cultura um produto supérfluo, quando, na realidade, ela poderia representar para as
sociedades da informação o que o conhecimento científico representou para as sociedades
industriais. Frequentemente se esquece que reparar a fratura social exige que se pague a fatura
cultural: o investimento cultural é também um investimento social.
O segundo perigo é o "integrismo eletrônico". Das fábricas e dos supermercados culturais emana
uma cultura na qual o tecnológico tem tanta primazia que se pode considerá-la desumanizada.

Mas como "tecnologizar" a cultura reduzindo-a a um conjunto de clones culturais e pretender que ela
continue a ser cultura? A cultura clonada é um produto abortado, porque, ao deixar de estabelecer
vínculos, deixa de ser cultura. O vínculo é seu signo característico, sua senha de identidade. E esse
vínculo é mestiçagem - portanto o oposto da clonagem. A clonagem é cópia; e a mestiçagem, ao
contrário, cria um ser diferente, embora também conserve a identidade de suas origens. Em todas as
partes onde se produziu, a mestiçagem manteve as filiações e forjou uma nova solidariedade que pode
servir de antídoto à exclusão.

Parafraseando Malraux, eu diria que o terceiro milênio será mestiço, ou não será.

PORTELLA, Eduardo. Texto apresentado na série Conferências do Século XXI, realizada em 1999, e
publicado em O Correio da Unesco, jun., 2000

46.

Nos itens abaixo, foram destacados elementos coesivos que se referem a algum termo já expresso
no texto, com EXCEÇÃO de:

a) “(...) em geral apresentadas como possíveis ameaças a essas tradições, (...)” (2º parágrafo)

b) “(...) cujos efeitos só hoje avaliamos: (...)” (3º parágrafo)

c) “(...) neste século, vimos as culturas mais sofisticadas curvarem-se à barbárie; (...)”
(3º parágrafo)

d) “(...) equivale a privá-la de seu indispensável oxigênio social, (...)” (4º parágrafo)

e) “(...) o que o conhecimento científico representou para as sociedades industriais.”


(4º parágrafo)
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Análise sintática.

Fonte: Consultoria Técnica e Planejamento LTDA - Contemax 2020 / Prefeitura de Pedra Lavrada Prefeitura de Pedra Lavrada - PB / Assistente
Social / Questão: 11

47.

“Quando um homem quer matar um tigre, chama isso de esporte; quando é o tigre que quer matá- lo,
chama de ferocidade. A distinção entre crime e justiça não é muito maior”.

Esse pensamento de Bernard Shaw se estrutura a partir de uma:

a) igualdade;
b) oposição;
c) analogia;
d) diferença;
e) metaforização.

Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Interpretação de Texto.

Fonte: Fundação Getúlio Vargas - FGV 2019 / Tribunal de Justiça do Ceará TJ CE - CE / Técnico Judiciário - Área Técnico-Administrativa /
Questão: 7

Leia o texto para responder às questões de números 01 a 07.


O bom combate
Apesar dos extremismos discursivos e de retrocessos democráticos registrados em vários países nos
últimos tempos, não dá para negar que a humanidade melhora a olhos vistos. Por qualquer medida
objetiva que adotemos, o mundo evoluiu nos últimos 30 anos, e a proporção de terráqueos vivendo em
pobreza extrema, que era de 35% em 1990, está agora abaixo dos 10%. A expectativa de vida ao
nascer, que batia nos 65 anos em 1990, saltou para mais de 72. Também observamos melhoras
importantes nos índices globais de escolarização e na disponibilidade de itens como água tratada e
eletricidade. É difícil de acreditar, mas até a inteligência dos humanos tem avançado. O fenômeno, bem
documentado, atende pelo nome de efeito Flynn. Se trocarmos a lente das décadas pela dos séculos e
ampliarmos a noção de riqueza para incluir não só renda, mas acesso a serviços e bens de consumo,
os progressos são ainda mais significativos. Nas contas da economista americana Deirdre McCloskey,
nos últimos dois séculos, o habitante médio do planeta viu sua riqueza multiplicar-se por dez, chegando
a 30 nos países desenvolvidos. O mundo ainda está muito longe de ser um lugar bom para todos ou
razoavelmente justo, mas é preciso estar cego para não ver que estamos melhorando. Os dois motores
principais desses sucessos são o saber técnico, alimentado pela ciência, e a disseminação das
democracias, cujo número mais do que dobrou de 1990 para cá. Democracia, aqui, deve ser
compreendida em seu conceito mais amplo, que inclui a busca por benefícios expressa pela vontade
popular, mas traz, também, uma defesa intransigente de direitos universais que abarcam as minorias,
mas não se restringem a elas. São justamente o saber técnico e a democracia que estão sob ataque em
vários países. Defendê-los é o dever das forças pró-civilização neste momento delicado.
(Hélio Schwartsman. Folha de S.Paulo, 05.05.2019. Adaptado)

48.

Considere as frases elaboradas a partir do texto.


• O aumento da escolarização e o acesso à água tratada e à eletricidade, itens que o
texto faz referência, atestam importantes melhorias para a humanidade.
• O efeito Flynn, _____________ qual existem estudos confiáveis, está associado aos avanços
da inteligência humana.
De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, as lacunas devem ser preenchidas,
respectivamente, por:

a) em … sobre o
b) de … ao

c) de … sob o
d) a … no
e) a … sobre o
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Sintaxe de regência.
Fonte: Fundação para o Vestibular da Universidade Estadual Paulista - VUNESP 2019 / Prefeitura de Francisco Morato - SP / Agente de
Defesa Civil / Questão: 7

Com base no texto acima, julgue os itens a seguir.

49.

O emprego de vírgula logo depois de “investimentos” (l.21) tem a função de isolar adjunto adverbial
anteposto à oração principal.
c) Certo
e) Errado
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Pontuação.

Fonte: Centro de Seleção e de Promoção de Eventos UnB - CESPE/CEBRASPE 2012 / Polícia Rodoviária Federal PRF - BR / Agente
Administrativo / Questão: 11
50. [Q993150] De acordo com o texto CG2A1AAA, o acesso à educação é fundamental,
entre outras razões, para a
a) concretização da democracia.

b) superação do analfabetismo no Brasil.


c) atuação profissional na esfera cultural.

d) satisfação das necessidades básicas infantis.


e) intervenção consciente do cidadão na esfera pública.
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Interpretação de Texto.

Fonte: Centro de Seleção e de Promoção de Eventos UnB - CESPE/CEBRASPE 2018 / Instituto Federal de Educação, Ciência e
Tecnologia Fluminense IFF RJ - BR / Revisor de Textos Braille / Questão: 1
Acerca dos sentidos e dos aspectos gramaticais do texto precedente, julgue os seguintes itens.

51.

O vocábulo “logo” (l.12) introduz uma ideia de conclusão, razão por que poderia ser substituído por
portanto, desde que isolado por vírgulas, sem alteração dos sentidos originais do texto.
c) Certo
e) Errado
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Conjunções, Equivalência, substituição, reorganização e transformação de
palavras ou trechos do texto.

Fonte: Centro de Seleção e de Promoção de Eventos UnB - CESPE/CEBRASPE 2018 / Instituto Hospital de Base do Distrito Federal IHB -
DF / Enfermeiro / Questão: 19

Leia o texto para responder às questões de números 31 a 39.


Com “O Homem que Matou Dom Quixote”, Terry Gilliam segue fiel a seu cinema

O HOMEM QUE MATOU DOM QUIXOTE (THE MAN WHO KILLED DON QUIXOTE)

• Classificação 12 anos • Elenco Jonathan Price, Adam Driver, Joana Ribeiro • Produção
Bélgica, 2018 • Direção Terry Gilliam
Lutar contra moinhos de vento acreditando que combate gigantes é a ação mais conhecida de Dom
Quixote. Assim como o personagem do romance de Cervantes, os filmes de Terry Gilliam se
encontram no limiar entre o que os olhos veem e o que a imaginação enxerga. “O Homem que Matou
Dom Quixote” dá um fecho à epopeia do cineasta, iniciada 30 anos atrás, quando ele começou o
projeto de uma livre adaptação do clássico espanhol. A produção naufragou após uma sucessão
quase irreal de problemas – registrada no documentário “Perdido em La Mancha” (2002) – que fizeram
Gilliam abandonar o sonho. O longa finalmente concluído sobrepõe um tanto de ficção inspirada nas
peripécias do romance a outro tanto de documentário, em seu modo de crônica aloprada do que é
fazer cinema. Gilliam se projeta no personagem de Toby (Adam Driver), cineasta com síndrome de
grandeza que retorna à Espanha para dirigir um filme publicitário. Entediado com o trabalho de
encomenda, ele parte em busca do passado, quando filmou na mesma região uma adaptação barata do
“Dom Quixote”. O motivo do cineasta em crise remete ao “Oito e Meio” de Fellini, mas Gilliam, ainda
bem, nem tenta se equiparar ao mestre. Toby logo assume o lugar de Sancho, o pançudo
companheiro que faz o papel de testemunha e contrapõe alguma lucidez aos delírios do Quixote. Este
reencarna na figura de um sapateiro, tipo comum escolhido por Toby para protagonizar seu filme juvenil,
mas que um dia entrou e não saiu do personagem. Jonathan Price, formidável, se encarrega de
transformar o zé ninguém em paradigma dos que preferem viver no mundo da lua. A partir desse
material, Gilliam embaralha situações realistas, memórias e sonhos para afirmar a contiguidade
entre criação artística e imaginação, a mesma ponte que o levou a projetar seu espírito delirante nas
figuras do Barão de Munchausen, dos Irmãos Grimm e do jornalista gonzo Hunter S. Thompson. O
reflexo dessa autoimagem do artista como variação do louco aparece, contudo, menos no personagem
do criador em crise que na do próprio Quixote, cujos devaneios ultrapassam qualquer realidade. “Santo
ou insano?” é uma pergunta que Toby faz ao Quixote mais de uma vez. O espírito picaresco e
farsesco da obra de Cervantes acompanha cada peripécia da dupla e ajuda o filme a não ser uma
adaptação para iniciados. A narrativa em forma de episódios ajusta-se bem à atenção flutuante do
público atual e apenas a duração da apoteótica sequência de uma festa à fantasia vai além da conta.
Apesar de quase ter sido morto por Dom Quixote, Gilliam prossegue fiel a seu cinema como arte do
desastre.
(Cássio Starling Carlos, Ilustrada. https://www1.folha.uol.com.br. 06.06.2019. Adaptado)

52.

De acordo com Koch e Elias (2011), “não devemos nos esquecer de que a constante interação entre o
conteúdo do texto e o leitor é regulada também pela intenção com que lemos o texto, pelos objetivos
da leitura”. Dessa forma, considerando-se o suporte textual em que o texto foi produzido, conclui-se
que o seu objetivo de leitura é

a) realizar atividades acadêmicas.


b) manter os leitores informados.
c) proporcionar momentos de deleite.
d) consultar informações técnicas.
e) divertir-se com as informações.
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Leitura e escrita de textos.

Fonte: Fundação para o Vestibular da Universidade Estadual Paulista - VUNESP 2019 / Prefeitura de Cerquilho - SP / Professor de
Educação Básica - Área: Língua Portuguesa / Questão: 34

Com relação aos textos I e II, julgue os itens que se seguem.

53.

De acordo com o texto I, é correto afirmar que há países europeus em que a força de trabalho, em
relação ao total da população, já se reduziu.

c) Certo
e) Errado
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Interpretação de Texto.

Fonte: Centro de Seleção e de Promoção de Eventos UnB - CESPE/CEBRASPE 2008 / Instituto Nacional do Seguro Social INSS - BR /
Técnico do Seguro Social / Questão: 23

1 Há violências da moral patriarcal que instauram a

solidão; outras marcam a lei no corpo das mulheres —

assim sobrevive Maria da Penha; outras aniquilam a vida, 4

como é a história de mulheres assassinadas pela fúria do

gênero. Entre 2006 e 2011, o Instituto Médico Legal do

Distrito Federal foi o destino de 81 mulheres mortas pelo 7

gênero. Foram 337 mortes violentas de mulheres que

chegaram ao IML. Dessas, somente 180 processos judiciais

foram localizados, dos quais 81 eram de violência

10 doméstica. Muitas delas saíram do espaço da casa como

asilo (“lugar onde ficam isentos da execução das leis os

que a ele se recolhem”) para o necrotério. Essas mulheres,

13 as verdadeiras testemunhas de como a moral patriarcal

inscreve nos corpos a sentença de subordinação, são

anônimas e não nos contam suas histórias em primeira

16 pessoa. Acredita-se poder biografá-las por diferentes

gêneros de discurso — um deles é o texto penal. As

mulheres mortas pelo gênero não retornarão pela

19 instauração de uma nova ordem punitiva, o feminicídio,

mas acredita-se que a nominação de seu desaparecimento

seja uma operação de resistência: o nome facilitaria a

22 esfera de aparição da mulher como vítima.

Débora Diniz. Perspectivas e articulações de uma pesquisa feminista. In: Estudos feministas e de
gênero: articulações e perspectivas. Florianópolis: Ed. Mulheres, 2014 (com adaptações).
Considerando os sentidos e os aspectos linguísticos do texto apresentado, julgue os próximos itens.

54.

A autora defende que, ao se nominarem como feminicídio certos tipos de homicídio contra
mulheres, coloca-se em evidência a situação feminina de vítima em um contexto em que as
mulheres são tratadas de forma desigual em relação aos homens.

c) Certo
e) Errado
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Interpretação de Texto, Pressupostos e subentendidos, Sentidos do texto.

Fonte: Centro de Seleção e de Promoção de Eventos UnB - CESPE/CEBRASPE 2021 / Polícia Civil do Distrito Federal PCDF - DF /
Escrivão de Polícia Civil / Questão: 12

55.

No período: "O professor de redação me perguntou se eu havia entendido o tema sugerido", o "se"
exerce função de:

a) Conjunção subordinativa condicional.


b) Partícula expletiva ou de realce.
c) Índice de indeterminação do sujeito.
d) Pronome integrante do verbo.
e) Conjunção subordinativa integrante.
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Morfossintaxe do período, Análise sintática.

Fonte: Legalle Concursos 2017 / Prefeitura de São Bernardino Prefeitura de Sao Bernardino - SC / Fisioterapeuta / Questão: 7

56.

Quanto à presença ou ausência do acento indicativo de crase, considere:

I. No caso de preço à vista, os descontos são bem significativos.

II. As crianças não obedeciam às regras de casa e nem às normas da escola.

III. Não estou conseguindo ir a festas e jantares que acontecem no meio da semana.

IV. De segunda a sexta-feira, entregamos suas compras em casa.

Sobre essas proposições, temos que:


a) Apenas III e IV estão corretas.
b) Apenas I, II e III estão corretas.
c) Apenas I, III e IV estão corretas.

d) Apenas I e II estão corretas.


e) Todas estão corretas.
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Morfossintaxe do período, Emprego do sinal indicativo de crase, Regras práticas
de ocorrência de crase.

Fonte: FAEPESUL 2017 / Prefeitura de Governador Celso Ramos Prefeitura de Governador Celso Ramos - SC / Advogado / Questão: 9

57.

Observe a oração subordinada adverbial a seguir.

“O juiz pediu mais provas para absolver o réu.”

O trecho destacado expressa, em relação ao anterior, ideia de

a) tempo.
b) consequência.
c) finalidade.
d) comparação.
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Morfossintaxe do período, Análise sintática, Oração, Tipos de oração, Oração
subordinada.

Fonte: CONSESP Concursos 2018 / Prefeitura de Guararema - SP / Professor - Área: Educação Infantil / Questão: 24

58.

Quanto à regência verbal, complete as lacunas abaixo e, em seguida, assinale a alternativa com a
sequência correta.

I. Muitas foram as transformações passou a medicina nas últimas três décadas. Tal fato é
muito benéfico para a humanidade.

II. Estas são as apostilas preciso. Revise-as com urgência, pois devo entregá-las dentro do
prazo.

III. Há vários prêmios para o primeiro lugar, e eu aspiro .


a) que - que - lhes
b) porque - que - lhes
c) pelas quais - que - a eles

d) por que - das quais - a eles


Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Morfossintaxe do período, Regência verbal, Sintaxe de regência.

Fonte: Escola de Especialistas de Aeronáutica - EEAR 2020 / Ministério da Defesa - Aeronáutica Aeronautica - BR / Sargento - Área:
Aeronavegantes/Não-Aeronavegantes / Questão: 17

Leia o texto abaixo para responder as questões 01 a 09.

AMOR

Clarice Lispector

Um pouco cansada, com as compras deformando o novo saco de tricô, Ana subiu no bonde.
Depositou o volume no colo e o bonde começou a andar. Recostouse então no banco procurando
conforto, num suspiro de meia satisfação.

Os filhos de Ana eram bons, uma coisa verdadeira e sumarenta. Cresciam, tomavam banho,
exigiam para si, malcriados, instantes cada vez mais completos. A cozinha era enfim espaçosa, o
fogão enguiçado dava estouros. O calor era forte no apartamento que estavam aos poucos pagando.
Mas o vento batendo nas cortinas que ela mesma cortara lembrava-lhe que se quisesse podia parar e
enxugar a testa, olhando o calmo horizonte. Como um lavrador. Ela plantara as sementes que tinha na
mão, não outras, mas essas apenas. E cresciam árvores. Crescia sua rápida conversa com o
cobrador de luz, crescia a água enchendo o tanque, cresciam seus filhos, crescia a mesa com
comidas, o marido chegando com os jornais e sorrindo de fome, o canto importuno das empregadas do
edifício. Ana dava a tudo, tranquilamente, sua mão pequena e forte, sua corrente de vida.

Certa hora da tarde era mais perigosa. Certa hora da tarde as árvores que plantara riam dela.
Quando nada mais precisava de sua força, inquietava-se. No entanto sentia-se mais sólida do que
nunca, seu corpo engrossara um pouco e era de se ver o modo como cortava blusas para os meninos, a
grande tesoura dando estalidos na fazenda. Todo o seu desejo vagamente artístico encaminhara-se
há muito no sentido de tornar os dias realizados e belos; com o tempo, seu gosto pelo decorativo se
desenvolvera e suplantara a íntima desordem. Parecia ter descoberto que tudo era passível de
aperfeiçoamento, a cada coisa se emprestaria uma aparência harmoniosa; a vida podia ser feita pela
mão do homem.

No fundo, Ana sempre tivera necessidade de sentir a raiz firme das coisas. E isso um lar
perplexamente lhe dera. Por caminhos tortos, viera a cair num destino de mulher, com a surpresa de
nele caber como se o tivesse inventado. O homem com quem casara era um homem verdadeiro, os
filhos que tivera eram filhos verdadeiros. Sua juventude anterior parecia-lhe estranha como uma doença
de vida. Dela havia aos poucos emergido para descobrir que também sem a felicidade se vivia:
abolindo-a, encontrara uma legião de pessoas, antes invisíveis, que viviam como quem trabalha
— com persistência, continuidade, alegria. O que sucedera a Ana antes de ter o lar estava para
sempre fora de seu alcance: uma exaltação perturbada que tantas vezes se confundira com
felicidade insuportável. Criara em troca algo enfim compreensível, uma vida de adulto. Assim ela o
quisera e o escolhera.

Sua precaução reduzia-se a tomar cuidado na hora perigosa da tarde, quando a casa estava
vazia sem precisar mais dela, o sol alto, cada membro da família distribuído nas suas funções.
Olhando os móveis limpos, seu coração se apertava um pouco em espanto. Mas na sua vida não
havia lugar para que sentisse ternura pelo seu espanto — ela o abafava com a mesma habilidade que
as lides em casa lhe haviam transmitido. Saía então para fazer compras ou levar objetos para
consertar, cuidando do lar e da família à revelia deles. Quando voltasse era o fim da tarde e as
crianças vindas do colégio exigiam-na. Assim chegaria a noite, com sua tranquila vibração. De
manhã acordaria aureolada pelos calmos deveres. Encontrava os móveis de novo empoeirados e
sujos, como se voltassem arrependidos. Quanto a ela mesma, fazia obscuramente parte das raízes
negras e suaves do mundo. E alimentava anonimamente a vida. Estava bom assim. Assim ela o
quisera e escolhera.

O bonde vacilava nos trilhos, entrava em ruas largas. Logo um vento mais úmido soprava
anunciando, mais que o fim da tarde, o fim da hora instável. Ana respirou profundamente e uma grande
aceitação deu a seu rosto um ar de mulher.

O bonde se arrastava, em seguida estacava. Até Humaitá tinha tempo de descansar. Foi então que
olhou para o homem parado no ponto.

A diferença entre ele e os outros é que ele estava realmente parado. De pé, suas mãos se
mantinham avançadas. Era um cego.

O que havia mais que fizesse Ana se aprumar em desconfiança? Alguma coisa intranquila estava
sucedendo. Então ela viu: o cego mascava chicles… Um homem cego mascava chicles.

Ana ainda teve tempo de pensar por um segundo que os irmãos viriam jantar — o coração batia-
lhe violento, espaçado. Inclinada, olhava o cego profundamente, como se olha o que não nos vê. Ele
mascava goma na escuridão. Sem sofrimento, com os olhos abertos. O movimento da mastigação
fazia-o parecer sorrir e de repente deixar de sorrir, sorrir e deixar de sorrir — como se ele a tivesse
insultado, Ana olhava-o. E quem a visse teria a impressão de uma mulher com ódio. Mas continuava a
olhá-lo, cada vez mais inclinada — o bonde deu uma arrancada súbita jogando-a desprevenida para
trás, o pesado saco de tricô despencou-se do colo, ruiu no chão — Ana deu um grito, o condutor deu
ordem de parada antes de saber do que se tratava — o bonde estacou, os passageiros olharam
assustados.

Incapaz de se mover para apanhar suas compras, Ana se aprumava pálida. Uma expressão de
rosto, há muito não usada, ressurgia-lhe com dificuldade, ainda incerta, incompreensível. O moleque
dos jornais ria entregando-lhe o volume. Mas os ovos se haviam quebrado no embrulho de jornal.
Gemas amarelas e viscosas pingavam entre os fios da rede. O cego interrompera a mastigação e
avançava as mãos inseguras, tentando inutilmente pegar o que acontecia. O embrulho dos ovos foi
jogado fora da rede e, entre os sorrisos dos passageiros e o sinal do condutor, o bonde deu a nova
arrancada de partida.

Poucos instantes depois já não a olhavam mais. O bonde se sacudia nos trilhos e o cego
mascando goma ficara atrás para sempre. Mas o mal estava feito.

A rede de tricô era áspera entre os dedos, não íntima como quando a tricotara. A rede perdera o
sentido e estar num bonde era um fio partido; não sabia o que fazer com as compras no colo. E como
uma estranha música, o mundo recomeçava ao redor. O mal estava feito. Por quê? Teria esquecido
de que havia cegos? A piedade a sufocava, Ana respirava pesadamente. Mesmo as coisas que
existiam antes do acontecimento estavam agora de sobreaviso, tinham um ar mais hostil, perecível… O
mundo se tornara de novo um mal-estar. Vários anos ruíam, as gemas amarelas escorriam.
Expulsa de seus próprios dias, parecia-lhe que as pessoas da rua eram periclitantes, que se
mantinham por um mínimo equilíbrio à tona da escuridão — e por um momento a falta de sentido
deixava-as tão livres que elas não sabiam para onde ir. Perceber uma ausência de lei foi tão súbito que
Ana se agarrou ao banco da frente, como se pudesse cair do bonde, como se as coisas pudessem ser
revertidas com a mesma calma com que não o eram.

O que chamava de crise viera afinal. E sua marca era o prazer intenso com que olhava agora as
coisas, sofrendo espantada. O calor se tornara mais abafado, tudo tinha ganho uma força e vozes
mais altas. Na Rua Voluntários da Pátria parecia prestes a rebentar uma revolução, as grades dos
esgotos estavam secas, o ar empoeirado. Um cego mascando chicles mergulhara o mundo em escura
sofreguidão. Em cada pessoa forte havia a ausência de piedade pelo cego e as pessoas assustavam-
na com o vigor que possuíam. Junto dela havia uma senhora de azul, com um rosto. Desviou o olhar,
depressa. Na calçada, uma mulher deu um empurrão no filho! Dois namorados entrelaçavam os
dedos sorrindo… E o cego? Ana caíra numa bondade extremamente dolorosa.

Ela apaziguara tão bem a vida, cuidara tanto para que esta não explodisse. Mantinha tudo em
serena compreensão, separava uma pessoa das outras, as roupas eram claramente feitas para serem
usadas e podia-se escolher pelo jornal o filme da noite – tudo feito de modo a que um dia se seguisse
ao outro. E um cego mascando goma despedaçava tudo isso. E através da piedade aparecia a Ana uma
vida cheia de náusea doce, até a boca.

Só então percebeu que há muito passara do seu ponto de descida. Na fraqueza em que estava,
tudo a atingia com um susto; desceu do bonde com pernas débeis, olhou em torno de si, segurando a
rede suja de ovo. Por um momento não conseguia orientar-se. Parecia ter saltado no meio da noite.

Era uma rua comprida, com muros altos, amarelos. Seu coração batia de medo, ela procurava
inutilmente reconhecer os arredores, enquanto a vida que descobrira continuava a pulsar e um vento
mais morno e mais misterioso rodeava-lhe o rosto. Ficou parada olhando o muro. Enfim pôde
localizar-se. Andando um pouco mais ao longo de uma sebe, atravessou os portões do Jardim
Botânico.

Andava pesadamente pela alameda central, entre os coqueiros. Não havia ninguém no Jardim.
Depositou os embrulhos na terra, sentou-se no banco de um atalho e ali ficou muito tempo.

A vastidão parecia acalmá-la, o silêncio regulava sua respiração. Ela adormecia dentro de si.

De longe via a aleia onde a tarde era clara e redonda. Mas a penumbra dos ramos cobria o
atalho.

Ao seu redor havia ruídos serenos, cheiro de árvores, pequenas surpresas entre os cipós. Todo o
Jardim triturado pelos instantes já mais apressados da tarde. De onde vinha o meio sonho pelo qual
estava rodeada? Como por um zunido de abelhas e aves. Tudo era estranho, suave demais, grande
demais.

Um movimento leve e íntimo a sobressaltou — voltou-se rápida. Nada parecia se ter movido. Mas
na aleia central estava imóvel um poderoso gato. Seus pelos eram macios. Em novo andar silencioso,
desapareceu.

Inquieta, olhou em torno. Os ramos se balançavam, as sombras vacilavam no chão. Um pardal


ciscava na terra. E de repente, com mal-estar, pareceu-lhe ter caído numa emboscada. Fazia-se no
Jardim um trabalho secreto do qual ela começava a se aperceber.

Nas árvores as frutas eram pretas, doces como mel. Havia no chão caroços secos cheios de
circunvoluções, como pequenos cérebros apodrecidos. O banco estava manchado de sucos roxos.
Com suavidade intensa rumorejavam as águas. No tronco da árvore pregavamse as luxuosas patas de
uma aranha. A crueza do mundo era tranquila. O assassinato era profundo. E a morte não era o que
pensávamos.

Ao mesmo tempo que imaginário — era um mundo de se comer com os dentes, um mundo de
volumosas dálias e tulipas. Os troncos eram percorridos por parasitas folhudas, o abraço era macio,
colado. Como a repulsa que precedesse uma entrega — era fascinante, a mulher tinha nojo, e era
fascinante.

As árvores estavam carregadas, o mundo era tão rico que apodrecia. Quando Ana pensou que
havia crianças e homens grandes com fome, a náusea subiu-lhe à garganta, como se ela estivesse
grávida e abandonada. A moral do Jardim era outra. Agora que o cego a guiara até ele, estremecia nos
primeiros passos de um mundo faiscante, sombrio, onde vitórias-régias boiavam monstruosas. As
pequenas flores espalhadas na relva não lhe pareciam amarelas ou rosadas, mas cor de mau ouro e
escarlates. A decomposição era profunda, perfumada… Mas todas as pesadas coisas, ela via com a
cabeça rodeada por um enxame de insetos enviados pela vida mais fina do mundo. A brisa se
insinuava entre as flores. Ana mais adivinhava que sentia o seu cheiro adocicado… O Jardim era tão
bonito que ela teve medo do Inferno.

Era quase noite agora e tudo parecia cheio, pesado, um esquilo voou na sombra. Sob os pés a
terra estava fofa, Ana aspirava-a com delícia. Era fascinante, e ela sentia nojo.

Mas quando se lembrou das crianças, diante das quais se tornara culpada, ergueu-se com uma
exclamação de dor. Agarrou o embrulho, avançou pelo atalho obscuro, atingiu a alameda. Quase
corria — e via o Jardim em torno de si, com sua impersonalidade soberba. Sacudiu os portões
fechados, sacudia-os segurando a madeira áspera. O vigia apareceu espantado de não a ter visto.

Enquanto não chegou à porta do edifício, parecia à beira de um desastre. Correu com a rede até o
elevador, sua alma batia-lhe no peito — o que sucedia? A piedade pelo cego era tão violenta como uma
ânsia, mas o mundo lhe parecia seu, sujo, perecível, seu. Abriu a porta de casa. A sala era grande,
quadrada, as maçanetas brilhavam limpas, os vidros da janela brilhavam, a lâmpada brilhava
— que nova terra era essa? E por um instante a vida sadia que levara até agora pareceu-lhe um modo
moralmente louco de viver. O menino que se aproximou correndo era um ser de pernas compridas e
rosto igual ao seu, que corria e a abraçava. Apertou-o com força, com espanto. Protegia- se tremula.
Porque a vida era periclitante. Ela amava o mundo, amava o que fora criado — amava com nojo. Do
mesmo modo como sempre fora fascinada pelas ostras, com aquele vago sentimento de asco que a
aproximação da verdade lhe provocava, avisando-a. Abraçou o filho, quase a ponto de machucá-lo.
Como se soubesse de um mal — o cego ou o belo Jardim Botânico? — agarrava-se a ele, a quem
queria acima de tudo. Fora atingida pelo demônio da fé. A vida é horrível, disse-lhe baixo, faminta. O
que faria se seguisse o chamado do cego? Iria sozinha… Havia lugares pobres e ricos que precisavam
dela. Ela precisava deles… Tenho medo, disse. Sentia as costelas delicadas da criança entre os
braços, ouviu o seu choro assustado. Mamãe, chamou o menino. Afastou-o, olhou aquele rosto, seu
coração crispou-se. Não deixe mamãe te esquecer, disse-lhe. A criança mal sentiu o abraço se
afrouxar, escapou e correu até a porta do quarto, de onde olhou-a mais segura. Era o pior olhar que
jamais recebera. Q sangue subiu-lhe ao rosto, esquentando-o.

Deixou-se cair numa cadeira com os dedos ainda presos na rede. De que tinha vergonha?
Não havia como fugir. Os dias que ela forjara haviam-se rompido na crosta e a água escapava.
Estava diante da ostra. E não havia como não olhá-la. De que tinha vergonha? É que já não era mais
piedade, não era só piedade: seu coração se enchera com a pior vontade de viver.

Já não sabia se estava do lado do cego ou das espessas plantas. O homem pouco a pouco se
distanciara e em tortura ela parecia ter passado para os lados que lhe haviam ferido os olhos. O
Jardim Botânico, tranquilo e alto, lhe revelava. Com horror descobria que pertencia à parte forte do
mundo — e que nome se deveria dar a sua misericórdia violenta? Seria obrigada a beijar um leproso,
pois nunca seria apenas sua irmã. Um cego me levou ao pior de mim mesma, pensou espantada.
Sentia-se banida porque nenhum pobre beberia água nas suas mãos ardentes. Ah! era mais fácil ser
um santo que uma pessoa! Por Deus, pois não fora verdadeira a piedade que sondara no seu coração
as águas mais profundas? Mas era uma piedade de leão.

Humilhada, sabia que o cego preferiria um amor mais pobre. E, estremecendo, também sabia
por quê. A vida do Jardim Botânico chamava-a como um lobisomem é chamado pelo luar. Oh! mas ela
amava o cego! pensou com os olhos molhados. No entanto não era com este sentimento que se iria a
uma igreja. Estou com medo, disse sozinha na sala. Levantou-se e foi para a cozinha ajudar a
empregada a preparar o jantar.

Mas a vida arrepiava-a, como um frio. Ouvia o sino da escola, longe e constante. O pequeno
horror da poeira ligando em fios a parte inferior do fogão, onde descobriu a pequena aranha.
Carregando a jarra para mudar a água – havia o horror da flor se entregando lânguida e asquerosa às
suas mãos. O mesmo trabalho secreto se fazia ali na cozinha. Perto da lata de lixo, esmagou com o pé
a formiga. O pequeno assassinato da formiga. O mínimo corpo tremia. As gotas d’água caíam na água
parada do tanque. Os besouros de verão. O horror dos besouros inexpressivos. Ao redor havia uma
vida silenciosa, lenta, insistente. Horror, horror. Andava de um lado para outro na cozinha, cortando os
bifes, mexendo o creme. Em torno da cabeça, em ronda, em torno da luz, os mosquitos de uma noite
cálida. Uma noite em que a piedade era tão crua como o amor ruim. Entre os dois seios escorria o suor.
A fé a quebrantava, o calor do forno ardia nos seus olhos.

Depois o marido veio, vieram os irmãos e suas mulheres, vieram os filhos dos irmãos.

Jantaram com as janelas todas abertas, no nono andar. Um avião estremecia, ameaçando no
calor do céu. Apesar de ter usado poucos ovos, o jantar estava bom. Também suas crianças ficaram
acordadas, brincando no tapete com as outras. Era verão, seria inútil obrigá-las a dormir. Ana estava um
pouco pálida e ria suavemente com os outros. Depois do jantar, enfim, a primeira brisa mais fresca
entrou pelas janelas. Eles rodeavam a mesa, a família. Cansados do dia, felizes em não discordar,
tão dispostos a não ver defeitos. Riam-se de tudo, com o coração bom e humano. As crianças
cresciam admiravelmente em torno deles. E como a uma borboleta, Ana prendeu o instante entre os
dedos antes que ele nunca mais fosse seu.

Depois, quando todos foram embora e as crianças já estavam deitadas, ela era uma mulher
bruta que olhava pela janela. A cidade estava adormecida e quente. O que o cego desencadeara
caberia nos seus dias? Quantos anos levaria até envelhecer de novo? Qualquer movimento seu e
pisaria numa das crianças. Mas com uma maldade de amante, parecia aceitar que da flor saísse o
mosquito, que as vitórias-régias boiassem no escuro do lago. O cego pendia entre os frutos do Jardim
Botânico.

Se fora um estouro do fogão, o fogo já teria pegado em toda a casa! pensou correndo para a
cozinha e deparando com o seu marido diante do café derramado.

— O que foi?! gritou vibrando toda. Ele se assustou com o medo da mulher. E de repente riu
entendendo:

— Não foi nada, disse, sou um desajeitado. Ele parecia cansado, com olheiras.

Mas diante do estranho rosto de Ana, espiou-a com maior atenção. Depois atraiu-a a si, em
rápido afago.

— Não quero que lhe aconteça nada, nunca! disse ela.

— Deixe que pelo menos me aconteça o fogão dar um estouro, respondeu ele sorrindo.

Ela continuou sem força nos seus braços. Hoje de tarde alguma coisa tranquila se rebentara, e na
casa toda havia um tom humorístico, triste. É hora de dormir, disse ele, é tarde. Num gesto que não era
seu, mas que pareceu natural, segurou a mão da mulher, levando-a consigo sem olhar para trás,
afastando-a do perigo de viver.

Acabara-se a vertigem de bondade.

E, se atravessara o amor e o seu inferno, penteava-se agora diante do espelho, por um instante
sem nenhum mundo no coração. Antes de se deitar, como se apagasse uma vela, soprou a pequena
flama do dia.

Texto extraído no livro “Laços de Família”, de Clarice Lispector, Editora Rocco – Rio de
Janeiro, 1998, pág. 19, incluído entre “Os cem melhores contos brasileiros do século”,
Editora Objetiva – Rio de Janeiro, 2000, seleção de Ítalo Moriconi

59.

Sobre o texto é possível afirmar:

I– O texto é uma narrativa em terceira pessoa. O narrador é onisciente, tendo acesso a emoções,
sentimentos e monólogos interiores das personagens.

II- A trama gira em torno de Ana, a protagonista, uma mãe, esposa e dona de casa que ocupa o
seu tempo cuidando da família e das tarefas domésticas.

III- Ainda que surjam outras personagens como o filho, o marido, e o homem cego que ela vê
através da janela do bonde, Ana é a única personagem a quem a autora confere densidade
psicológica.

IV– Segundo a narrativa, é possível acompanhar o cotidiano da vida de Ana e os vários estados de
espírito que tomam conta dela, bem como é possível perceber, na história, uma epifania que a faz
repensar toda a sua vida.
É verdade o que se afirma em:

a) I e III apenas
b) II e IV apenas
c) I, II, III apenas

d) II, III e IV apenas


e) I, II, III e IV
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Interpretação de Texto, Pressupostos e subentendidos.

Fonte: Assessoria e Gestão em Administração Eireli - ASSEGE 2021 / Prefeitura de Aramari - BA / Auxiliar de Classe / Questão: 1

As mortes violentas entre os jovens

As mortes de jovens por causas violentas no Brasil, na contramão do que se passa nos países
desenvolvidos, superam as causadas por acidentes automobilísticos e suicídio.

O assassinato brutal de um garoto de 18 anos agora em setembro dentro do Aeroporto


Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, voltou a chamar a atenção para a
principal causa de morte de homens jovens no Brasil de hoje: a violência.

Marlon Roldão Soares foi assassinado por dois jovens, que descarregaram ao menos 15 tiros na
vítima. Ele se despedia de um amigo que iria viajar. O pai de Soares estava com ele. Dezenas de
pessoas estavam no saguão do aeroporto no momento do crime. Até a quarta-feira, dia 21, não
estava clara a causa do assassinato, que pelo padrão lembra uma execução. O jovem não tinha
antecedentes criminais e não parecia ter relação com o tráfico. No entanto, o bairro em que residia, Vila
Jardim, na Zona Norte da capital gaúcha, sofre com a disputa de duas facções criminosas rivais.

Esse conflito parece ter conexão com o ataque. Em um primeiro momento, a polícia trabalhava com
a hipótese de um crime passional. O namoro de Soares com uma jovem de outra parte do bairro poderia
ter gerado reação do grupo que “domina” a outra área. Outra possibilidade é o garoto ter sido morto por
engano. O alvo seria o amigo que embarcava no aeroporto e que teria “desertado” de uma quadrilha de
traficantes.

O que aconteceu excepcionalmente dentro do saguão de um aeroporto é realidade cotidiana em


áreas espalhadas pelo país, territórios com “donos” que não toleram a presença das autoridades.
Criam verdadeiros bolsões em que a lei parece não ter vez.

Há uma banalização da violência entre os mais novos. A cena dos garotos saindo do aeroporto,
rosto limpo, dando tiros para o alto, pegando “carona” em um carro que os aguardava, sem se
preocupar se estavam sendo gravados, revela um desprezo com as autoridades.

As mortes de jovens por causas violentas no Brasil, na contramão do que se passa nos países
desenvolvidos, superam as causadas por acidentes automobilísticos e suicídio. É o retrato de uma
guerra urbana, que provoca a morte de dezenas de jovens, principalmente garotos, todo dia. As
vítimas são majoritariamente pobres, negros e habitantes de periferias.

A sensação de impunidade, a impulsividade típica dessa fase da vida, a busca pela sensação de
poder, a escola pouco atraente, o mercado de trabalho retraído, os empregos mal remunerados, o
dinheiro “fácil” gerado pelo crime, o uso de álcool e drogas, a ausência de projeto de vida, a
desestruturação familiar, história de prisões e agressões envolvendo os pais deixam uma grande
parcela da população jovem mais vulnerável às promessas e à sedução do tráfico e do uso da
violência. É um ciclo complexo, difícil de quebrar. Mas, sem enfrentar suas causas econômicas e
sociais, continuaremos a apenas ficar chocados, dia após dia.

(BOUER, Jairo. Disponível em:


http://epoca.globo.com/colunas-e-blogs/jairo-bouer/noticia/2016/10/mortes-violentas-entre-os-jovens.
html. Acesso em: 18/10/2016.)

60.

De acordo com o contexto, assinale a alternativa cuja palavra sublinhada apresenta significado
correto.

a) “... na contramão do que se passa nos países desenvolvidos,...” (6º§) / direção


b) “Em um primeiro momento, a polícia trabalhava com a hipótese de um crime passional.” (3º§)
/ conjectura

c) “O que aconteceu excepcionalmente dentro do saguão de um aeroporto é


realidade cotidiana...” (4º§) / comumente
d) “O alvo seria o amigo que embarcava no aeroporto e que teria ‘desertado’ de uma
quadrilha de traficantes.” (3º§) / originado
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Pressupostos e subentendidos, Sentidos do texto.

Fonte: Instituto de Desenvolvimento Educacional, Cultural e Assistencial Nacional - IDECAN 2017 / Prefeitura de São Gonçalo do Rio
Abaixo Prefeitura de Sao Goncalo do Rio Abaixo - MG / Assistente de Educação Básica / Questão: 4

O texto seguinte servirá de base para responder às questões de 05 a 10.

Poema de sete faces (1930)

Carlos Drummond de Andrade

Quando nasci, um anjo torto

desses que vivem na sombra

disse: Vai, Carlos! ser gauche na vida.


As casas espiam os homens

que correm atrás de mulheres.

A tarde talvez fosse azul,

não houvesse tantos desejos.

O bonde passa cheio de pernas:

pernas brancas pretas amarelas.

Para que tanta perna, meu Deus, pergunta meu

coração.

Porém meus olhos

não perguntam nada.

O homem atrás do bigode

é sério, simples e forte.

Quase não conversa.

Tem poucos, raros amigos

o homem atrás dos óculos e do bigode.

Meu Deus, por que me abandonaste

se sabias que eu não era Deus

se sabias que eu era fraco.

Mundo mundo vasto mundo,

se eu me chamasse Raimundo

seria uma rima, não seria uma solução.

Mundo mundo vasto mundo,

mais vasto é meu coração.


Eu não devia te dizer

mas essa lua

mas esse conhaque

botam a gente comovido como o diabo.

Com licença poética

Adélia Prado

Quando nasci um anjo esbelto,

desses que tocam trombeta, anunciou:

vai carregar bandeira.

Cargo muito pesado pra mulher,

esta espécie ainda envergonhada.

Aceito os subterfúgios que me cabem,

sem precisar mentir.

Não sou feia que não possa casar,

acho o Rio de Janeiro uma beleza e

ora sim, ora não, creio em parto sem dor.

Mas o que sinto escrevo. Cumpro a sina.

Inauguro linhagens, fundo reinos

- dor não é amargura.

Minha tristeza não tem pedigree,

sua raiz vai ao meu mil avô.

Vai ser coxo na vida é maldição pra homem.

Mulher é desdobrável. Eu sou.

http://www.algumapoesia.com.br/drummond/drummond01.htm último acesso: 17 de fevereiro de


2021. e https://www.escrevendoofuturo.org.br/conteudo/biblioteca/nossas-publicacoes/revi
sta/artigos/artigo/1022/oculos-de-leitura-conversando-sobre-poesia último acesso: 17 de fevereiro de
2021.

61.

Em relação ao texto "Com licença poética", de Adélia Prado, é CORRETO afirmar.

a) Adélia apresenta um eu lírico sofrido sem disposição para enfrentar os problemas da


vida, numa atitude de covardia diante de seus percalços.
b) O poema expressa um eu lírico feminino que aborda o universo da mulher a partir de
um ponto de vista afirmativo e positivo e que lida com as adversidades de ser mulher.
c) A narradora conta a história de uma mulher que, apesar dos sofrimentos, consegue
vencer como dona de casa, contrária ao homem amaldiçoado.
d) A crônica apresenta um ponto de vista que degrada a mulher, pois ela está envergonhada
por não conseguir carregar a bandeira.
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Interpretação de Texto, Pressupostos e subentendidos.

Fonte: FAFIPA Fundação de Apoio - FAFIPA 2021 / Prefeitura de Brasilândia Prefeitura - MS / Advogado / Questão: 7

As questões 1 a 9 se referem ao trecho da notícia a seguir:

[...] A situação financeira e a viabilidade dos municípios pequenos em Santa Catarina já haviam sido
alvo de um estudo do Tribunal de Contas do Estado (TCE-SC), elaborado em 2017 e autuado em
março deste ano. No levantamento, o órgão apontou que, a época, 105 municípios possuíam menos de
5 mil habitantes. Desses, 39 tinham como receita própria menos de 10% da receita total necessária
para manter a estrutura do município. Se o critério proposto pelo governo federal fosse adotado agora,
essas 39 cidades precisariam ser incorporadas por cidades vizinhas. No entanto, a proposta ainda prevê
um tempo para que os municípios que não desejem a incorporação tentem incrementar a receita. [...]

Disponível em:
https://www.nsctotal.com.br/noticias/saiba-quantas-e-quais-cidades-de-sc-podem-ter-que-se-fundir-co
m-municipios-vizinhos. Acesso em: 05/nov/2019. [modificado]

62.

No mesmo parágrafo “Se o critério proposto pelo governo federal fosse adotado agora, essas 39
cidades precisariam ser incorporadas por cidades vizinhas. No entanto, a proposta ainda prevê
um tempo para que os municípios que não desejem a incorporação tentem incrementar a receita.”, as
palavras destacadas “se” e “no entanto” podem ser substituídas, corretamente, fazendo-se as
alterações de concordância, mas sem alteração de sentido, por, respectivamente:
a) Quando – Mas
b) Caso – Entretanto
c) Mas Também – E
d) Que – Contudo
e) Portanto – Portanto
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Reescrita de frases e parágrafos do texto, Equivalência, substituição,
reorganização e transformação de palavras ou trechos do texto, Concordância verbal e nominal (sintaxe de concordância).

Fonte: Universidade de Blumenau - FURB 2019 / Prefeitura de Blumenau Prefeitura - SC / Assistente Social / Questão: 3

Leia a charge para responder às questões de números 01 e 02.

63.

No contexto de comunicação, na fala do personagem, a conjunção e expressa sentido de

a) causa, equivalendo a porque.

b) alternância, equivalendo a ou.

c) explicação, equivalendo a pois.

d) conclusão, equivalendo a então.

e) adversidade, equivalendo a mas.


Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Conjunções, Classificação das conjunções.

Fonte: Fundação para o Vestibular da Universidade Estadual Paulista - VUNESP 2018 / Prefeitura de Araçatuba - SP / Guarda Municipal
/ Questão: 2

64.
De modo geral, quando se pensa em clínica, imagina‐se um médico prescrevendo um remédio ou
solicitando um exame para comprovar ou não a hipótese do usuário ter uma determinada doença. No
entanto, a clínica precisa ser muito mais do que isso, pois todos sabemos que as pessoas não se
limitam às expressões das doenças de que são portadoras. Alguns problemas como a baixa adesão a
tratamentos, os pacientes refratários (ou “poliqueixosos”) e a dependência dos usuários dos serviços
de saúde, entre outros, evidenciam a complexidade dos sujeitos que utilizam serviços de saúde e os
limites da prática clínica centrada na doença. É certo que o diagnóstico de uma doença sempre parte
de um princípio universalizante, generalizável para todos, ou seja, ele supõe alguma regularidade e
produz uma igualdade que é apenas parcialmente verdadeira, por exemplo: um alcoolista é um
alcoolista e um hipertenso é um hipertenso.

BRASIL. Ministério da Saúde. “Clínica ampliada, equipe de referência e projeto terapêutico


singular”. Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Núcleo Técnico da Política
Nacional de Humanização. 2ª ed. Série B ‐

Textos Básicos de Saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2007.

Deduz‐se corretamente do texto que a clínica deve

a) possuir diagnósticos e intervenções com base em informações generalizáveis.


b) centrar‐se na saúde para o alcance do tratamento dos pacientes.
c) considerar a multiplicidade de características dos usuários para a resolubilidade de
seus casos.
d) observar os sujeitos tendo como referência as expressões das doenças de que são portadores.

e) interferir na baixa adesão a tratamentos e na dependência dos pacientes dos serviços


de saúde.
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Interpretação de Texto, Pressupostos e subentendidos.

Fonte: Fundação Universitária para o Vestibular da USP - FUVEST 2019 / Universidade de São Paulo USP - SP / Residencia em
Educação Física / Questão: 7

65.

Nas orações: Eu sou alegre. / Nós somos alegres. Há um tipo de concordância

a) verbal.
b) nominal.
c) verbal com verbos impessoais.
d) nominal com verbos de ação.
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Morfossintaxe do período, Concordância verbal e nominal (sintaxe de
concordância).

Fonte: Instituto de Consultoria e Concursos - ITAME 2019 / Prefeitura de Bela Vista de Goiás - GO / Agente Administrativo / Questão: 10
Muitos entraves ainda separam as crianças brasileiras de um cenário onde todas elas possam
desenvolver toda seu potencial e receber o afeto que precisam. São obstáculos - novos e antigos - que
permeiam as áreas socioeconómicos, educacionais ou mesmo as que envolvem saúde ou politicas
publicas.

Os desafios começam logo ao nascimento, com a taxa de mortalidade infantil voltando a crescer pela
primeira vez em mais de 15 anos. É os riscos continuam. Risco de ser exposto à violência logo em seus
primeiros anos. Desafio de obter uma vaga na creche, visto que entre as mais vulneráveis apenas 26%
conseguem acesso. Ou até mesmo de ser prejudicado por políticas públicas que não colocam a criança
de até 6 anos como prioridade [...]

https://www.fmcsv.org.br/pt-BR/a-prímelra-infancia/

66.

Muitas entraves ainda separam as crianças brasileiras ....

Considerando as classes gramaticais, pode-se afirmar das palavras destacadas na frase que.

a) "Muitos" é substantivo.
b) "ainda" é artigo.
c) "separam" é verbo

d) "crianças" é advérbio.
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Classes de palavras (classes gramaticais).

Fonte: Instituto Brasileiro de Administração Municipal - IBAM 2021 / Prefeitura de Lages - SC / Engenheiro - Área Meio Ambiente /
Questão: 26

O caso da borboleta

"Ninguém nasce borboleta", pensou Breno. Depois disse baixinho: "A borboleta é um presente do
tempo". Lá fora, ela, a borboleta, não pensava nada disso. Ocupava-se em voar pela noite de árvore em
árvore. Era azul e sem dúvida um dia havia sido lagarta. Breno tem nove anos e é uma criança, a
lagarta é como se fosse uma borboleta criança, mas quando Breno for adulto vira homem e não
borboleta, e homens não voam. Sonho de Breno é voar, seja como piloto de avião ou jogador de
futebol. Como borboleta, Breno nunca chegou a pensar, tem nove anos, mas sabe que é menino e não
lagarta. A avó de Breno sempre diz: "Lagarta queima o dedinho e come planta, mas vira borboleta.
Ninguém nasce borboleta". Agora o menino pensa e olha a borboleta na janela. "De manhã vi um
monte de buraquinhos nas folhas"; explicaram a ele: "É coisa de lagarta". Os buracos nas acerolas e
goiabas eram coisa dos passarinhos. Isso ninguém precisou explicar, porque ele sempre viu os
passarinhos indo bicar as frutas, menos o beija-flor, que só ia bicar a água no copo de flor pendurado na
goiabeira. "O que será que borboleta come? Será que beija-flor só bebe água?
"Pensou muito nisso e sentiu fome. Saiu em direção à cozinha.

A avó cochilava de frente para a novela das sete. Justamente aquela durante a qual ela mais gostava de
cochilar. Breno sabia disso e não quis acordá-la pra pedir comida. Na cozinha a janela estava aberta.
Era uma janela enorme e dava de frente pro quintal da casa. Algumas vezes Breno ouviu gente falando
como era engraçado aquela janela na cozinha. A avó sempre explicava que, antes de cozinha, ali havia
sido quarto, e por isso a tal janela. Breno achava normal. Desde que tem lembrança, ali é cozinha e tem
janela e ele adora. Enquanto sua avó faz o almoço, ele olha para o mundo. O azar é daqueles que não
têm janela na cozinha. Breno decidiu que a melhor coisa pra comer naquele momento era biscoito.
"Tomara que tenha. Se não tiver, seria muito bom comer uns ovos."Sabe como fazer: é só acender o
fogo apertando o botão, colocar a frigideira em cima do fogo, quebrar o ovo em cima da frigideira e ficar
mexendo com o garfo. Agora que já tem nove anos nem precisa mais de cadeira pra mexer no fogão.
Abre a geladeira e tem três ovos. Fecha a geladeira e vai procurar o biscoito. Entra uma borboleta na
cozinha. É maior e mais bonita que a outra. Parece desesperada, bate nas paredes uma a uma até ficar
presa pela porta encostada. Breno vai até a porta e a puxa para que saia, de lá voa direto pro outro lado
da cozinha, onde ficam a janela e o fogão. Breno acompanha com o olhar e espera que consiga sair
logo pela janela. Em cima do fogão tem uma panela destampada cheia de óleo (no almoço teve batata
frita), a borboleta voa na direção do fogão e, assim que chega em cima da panela, cai no óleo como se
tivesse sido atraída pra lá igual quando Breno atrai moedas com seu ímã.

Ele correu pra ver a borboleta, ela nadava pelo óleo lentamente. Quis tirá-la de lá, mas nunca
colocou a mão no óleo antes. Só queima se estiver de fogo aceso, tinha quase certeza. Correu até o
papel-toalha e tirou a borboleta de dentro da panela. Olhou-a com atenção: toda coberta de óleo. Todas
as partes do seu corpo de inseto. As asas pingavam óleo pela cozinha. Agora tinha certeza: só
queimava se tivesse ligado o fogo. A borboleta se mexia muito. Tratou de colocá-la em cima da
janela. Pegou o biscoito e foi para o quarto. Começou a comer, era de chocolate e era bom.

Ainda assim, não conseguia esquecer a borboleta nadando no óleo. Seu corpo inteiro afundado no óleo.
Logo começou a imaginar como seria se fosse ele, mergulhado no óleo numa panela gigante que cabe
criança. Imaginou seu cabelo cheio de óleo, seus olhos, ouvidos, nariz, boca. Comia o biscoito e
imaginava. Lambeu o dedo que havia colocado na panela pra imaginar melhor seu corpo no óleo. Não
gostava de imaginar, mas não conseguia evitar. Era igual cheirar a mão quando está fedendo, ou
alguma coisa assim. Lambeu, e o gosto era péssimo. Muito pior que o gosto do biscoito de chocolate.
Lembrou de sua avó que dizia que o pozinho da borboleta, se batesse no olho, deixava cego. Ficou com
medo de passar mal. O dedo que lambeu, além de óleo devia ter o tal pozinho. Correu até a
cozinha para ver a borboleta. Estava dura, morta. Teve pena e quis enterrar. Decidiu que a borboleta
seria seu bicho preferido, caso não passasse mal por conta daquela lambidinha no dedo. Precisava
avisar a avó pra não fritar mais batata naquela panela. Enquanto não amanhecia, deixaria a borboleta
na janela da cozinha. No caminho de volta pro quarto viu que a avó ainda cochilava. Deitou na cama,
sua cabeça realizou os últimos mergulhos no óleo.

Começou a pensar apenas em não passar mal por conta do pozinho da borboleta. Ninguém nasce
borboleta. Sentiu medo e uns trecos no estômago, se apavorou achando que era consequência do
pozinho que cega quando cai no olho, e depois dormiu.

(FONTE: Geovani Martins. O sol na cabeça. São Paulo: Companhia das Letras, 2018)

67.

Em várias passagens do texto podemos perceber o encantamento e afinidade de Breno com a


borboleta. Assinale a alternativa que traz o trecho em que Breno expressa empatia pelo inseto,
através de um sentimento de identificação.

a) "Estava dura, morta. Teve pena e quis enterrar."


b) "Sentiu medo e uns trecos no estômago."

c) "Ele correu pra ver a borboleta, ela nadava pelo óleo lentamente."
d) "Seu corpo inteiro afundado no óleo."
e) "Lembrou de sua avó que dizia que o pozinho da borboleta, se batesse no olho, deixava cego.".
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Interpretação de Texto, Pressupostos e subentendidos.

Fonte: Universidade Regional do Cariri - URCA 2021 / Prefeitura de Crato Prefeitura de Crato - CE / Guarda Municipal / Questão: 3

Leia o texto abaixo e responda às questões propostas:

A Olimpíada é a vida – melhorada

Vou, sim, assistir à Olimpíada (pela tevê, naturalmente). Vou torcer por nossos atletas.Vou vibrar e sei
que, em alguns momentos, vou me emocionar. Por quê? De onde tiro essa certeza, que é a de milhões
de pessoas em todo o mundo?

No meu caso, a resposta está num nome, hoje pouco lembrado: Abebe Bikila. Etíope, ex-pastor de
ovelhas e depois militar, foi o primeiro atleta a vencer duas maratonas olímpicas e é considerado por
muitos o maior maratonista de todos os tempos.

Bom, vocês dirão, grandes atletas existem, isso não chega a ser novidade. Mas Bikila era
diferente. Esse homenzinho pequeno, magro, franzino, nascido em um dos países mais pobres do
mundo, assombrou o público na maratona de 1960, em Roma, porque correu pelas ruas da cidade
eterna descalço. Isso mesmo, descalço. E, descalço, ele chegou quatro minutos antes do segundo
colocado; descalço, declarou que poderia correr mais dez quilômetros sem problemas.

Na maratona seguinte, em Tóquio, ele convalescia de uma cirurgia de apêndice realizada cinco
semanas antes. Mas correu, e novamente venceu.

Dessa vez teve de usar tênis por imposição dos juízes. E só não venceu a terceira maratona, na
Cidade do México, porque, depois de correr 17 quilômetros, fraturou a perna esquerda e teve de
desistir.

Uma outra e irônica tragédia o aguardava. Em 1969, dirigindo o carro que ganhara do governo, teve
um acidente que o deixou paralisado do pescoço para baixo. Os pés o consagraram, um automóvel
foi a sua nêmese, o instrumento de sua desgraça.

Olimpíadas são eventos mundiais.

Conotações sociais, políticas, ideológicas são inevitáveis; boicotes e até atentados [...] podem ocorrer.
Já em 1936, Hitler tentara transformar a Olimpíada de Berlim num vasto espetáculo de propaganda
nazista. Mas algo estragou, ainda que parcialmente, o deleite dos arianos: o fato de o atleta americano
Jesse Owens ter ganho medalhas de ouro nas provas de corrida.

Como Abebe Bikila, Jesse Owens era negro; neto de escravos, filho de um humilde trabalhador
agrícola.

Bikila e Owens não foram, e não são, casos isolados. Para milhares de jovens, inclusive e
principalmente no Brasil, o esporte, e sobretudo o esporte olímpico, é o caminho da autoafirmação, da
restauração da dignidade pessoal. E o instrumento A Olimpíada é a vida – melhorada para isso é aquilo
que o ser humano possui de mais autêntico: o próprio corpo.

É o corpo que tem de responder ao desafio. Na verdade, o atleta não está só competindo com os
outros; está competindo consigo próprio. Está pedindo a seu tronco, seus braços, suas pernas, seus
músculos, seus nervos que o ajudem a mostrar aos outros o que ele vale. Quando o peito do corredor
rompe a fita na chegada da prova, não se trata apenas de uma vitória mensurável em minutos e
segundos. Trata-se de libertação. É o momento em que a pessoa se liberta da carga pesada
representada por um passado de pobreza, de privações, de humilhação.

Vocês dirão que o esporte não corrige as distorções, não redistribui a renda. Mas corrige
distorções emocionais e sociais, representadas pelo preconceito; e redistribui a autoestima. É
pouco? Talvez seja, mas é um primeiro passo.

E nós? Nós, os espectadores, sentados em nossas poltronas, diante da tevê? Para nós, é igualmente
importante. Não só porque representa um puxão de orelhas no sedentário (“Puxa vida, está na hora de
eu começar a caminhar pelo parque”), coisa que ajuda a saúde pública, mas também porque, de algum
modo, participamos do que ocorre nos estádios.

Sabemos que a vida é dura, cheia de problemas. Mas então pensamos no Abebe Bikila correndo de
pés descalços sobre as pedras de Roma. Pensamos no que são as solas daqueles pés, enrijecidas por
anos de caminhada e corrida sobre pedregulhos, sobre áspera areia, sobre espinhos. São um símbolo
de resistência, esses pés. São pés que, transportando gente humilde, levam-nas longe no caminho da
esperança, fazem-nas subir ao pódio de onde se pode, ao menos por um momento, divisar novos
horizontes.

(Moacyr Scliar. Folha de S. Paulo. 9 ago 2008. Tendências/ Debates.)

68.

Ao passarmos a frase “...e É CONSIDERADO por muitos o maior maratonista de todos os tempos.” para
a voz ativa, encontramos a seguinte forma verbal:
a) consideravam.
b) consideram.
c) considerem.
d) considerarão.
e) considerariam.
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Flexão de voz (ativa, passiva, reflexiva), Flexões verbais, Voz ativa.

Fonte: Fundação Professor Carlos Augusto Bittencourt - FUNCAB 2014 / Processamento de Dados do Amazonas PRODAM - AM /
Assistente / Questão: 4

Leia o texto abaixo pra responder às questões de 39 a 43.

Lembrança

Lembro-me de que ele só usava camisas brancas. Era um velho limpo e eu gostava dele por isso.
Eu conhecia outros velhos e eles não eram limpos. Além disso, eram chatos. Meu avô não era chato.
Ele não incomodava ninguém. Nem os de casa ele incomodava. Ele quase não falava. Não pedia as
coisas a ninguém. Nem uma travessa de comida na mesa ele gostava de pedir. Seus gestos eram
firmes e suaves e quando ele andava não fazia barulho.

Ficava no quartinho dos fundos e havia sempre tanta gente e tanto movimento na casa que às
vezes até se esqueciam da existência dele. De tarde costumava sair para dar uma volta. Ia só até a
praça da matriz que era perto. Estava com setenta anos e dizia que suas pernas estavam ficando
fracas. Levava-me sempre com ele. Conversávamos mas não me lembro sobre o que conversávamos.
Não era sobre muita coisa. Não era muita coisa a conversa. Mas isso não tinha importância. O que
gostávamos era de estar juntos.

Lembro-me de que uma vez ele apontou para o céu e disse: 'olha'. Eu olhei. Era um bando de
pombos e nós ficamos muito tempo olhando. Depois ele voltou-se para mim e sorriu. Mas não disse
nada. Outra vez eu corri até o fim da praça e lá de longe olhei para trás. Nessa hora uma faísca
riscou o céu. O dia estava escuro e uma ventania agitava as palmeiras. Ele estava sozinho no meio da
praça com os braços atrás e a cabeça branca erguida contra o céu. Então eu pensei que meu avô era
maior que a tempestade.

Eu era pequeno, mas sabia que ele tinha vivido e sofrido muita coisa. Sabia que cedo ainda a
mulher o abandonara. Sabia que ele tinha visto mais de um filho morrer. Que tinha sido pobre e depois
rico e depois pobre de novo. Que durante sua vida uma porção de gente o havia traído e ofendido e
logrado. Mas ele nunca falava disso. Nenhuma vez o vi falar disso.

Nunca o vi queixar-se de qualquer coisa. Também nunca o vi falar mal de alguém. As pessoas
diziam que ele era um velho muito distinto. Nunca pude esquecer sua morte. Eu o vi, mas na hora não
entendi tudo. Eu só vi o sangue. Tinha sangue por toda parte. O lençol estava vermelho. Tinha uma
poça no chão. Tinha sangue até na parede. Nunca tinha visto tanto sangue. Nunca pensara que, uma
pessoa se cortando, pudesse sair tanto sangue assim. Ele estava na cama e tinha uma faca enterrada
no peito. Seu rosto eu não vi. Depois soube que ele tinha cortado os pulsos e aí cortado o
pescoço e então enterrado a faca. Não sei como deu tempo dele fazer isso tudo, mas o fato é que ele fez.
Tudo isso. Como, eu não sei. Nem por quê.

No dia seguinte eu ainda tornei a ver a sua camisa perto da lavanderia e pensei que mesmo que
ela fosse lavada milhares de vezes nunca mais poderia ficar branca. Foi o único dia em que não o vi
limpo. Se bem que sangue não fosse sujeira. Não era. Era diferente.

(VILELA, Luiz. Tarde da noite. 6. Ed. São Paulo: Ática, 2000.)

69.

“ Lembro-me de que ele só usava camisas brancas” A regência do verbo lembrar no período
acima é

a) intransitivo.
b) transitivo indireto.

c) transitivo direto e indireto.


d) transitivo direto.
e) de ligação.
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Morfossintaxe do período, Regência verbal, Sintaxe de regência, Regência
nominal.

Fonte: Núcleo de Concursos e Promoção de Eventos - NUCEPE/UESPI 2016 / Secretaria Municipal de Educação de Teresina SEMEC - PI
/ Professor de 2º Ciclo - Área: Língua Portuguesa / Questão: 41

Leia o texto a seguir.


70.

Na placa acima há dois elementos coesivos “Se” e “para”. Analisando esses dois elementos e o
período acima, pode-se afirmar que:

a) O primeiro elemento estabelece uma condicionalidade e o segundo introduz uma


oração reduzida final.
b) O primeiro elemento introduz uma oração subordinada adverbial e o segundo elemento
uma oração explicativa.
c) O primeiro elemento introduz uma oração objetiva direta de uma oração
principal subentendida e o segundo é uma oração final reduzida.
d) O primeiro elemento estabelece uma condicionalidade e o segundo elemento apresenta
uma conclusão.
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Interpretação de Texto, Pressupostos e subentendidos. Fonte:

MB Gestão Pública Ltda. EPP - MAXIMA Auditoria 2021 / Prefeitura de Heliodora - MG / Enfermeiro / Questão: 36

71.

É bastante conhecida a frase “Se dirigir, não beba!”. Se reescrevêssemos esse mesmo alerta de
modo a transferir a condição para a segunda frase, a forma adequada, mantendo‐se a mesma
estrutura, seria
a) Caso beba, não dirige!
b) Se beber, não dirigir!
c) Caso bebas, não dirija!
d) Em caso de beber, não dirige!
e) Se beber, não dirija!
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Interpretação de Texto, Reescrita de frases e parágrafos do texto,
Equivalência, substituição, reorganização e transformação de palavras ou trechos do texto.

Fonte: Fundação Getúlio Vargas - FGV 2014 / Assembleia Legislativa da Bahia AL BA - BA / Técnico de Nível Superior - Área: Redação e
Revisão Legislativa - Letras / Questão: 59

TEXTO II

Memórias do Cárcere

Graciliano Ramos

(...) O sujeito que me interrogou escuro e reforçado, certamente estrangeiro, exprimia-se a custo, numa
prosódia de turco ou árabe. Nome. Profissão.

– Qual era o cargo que o senhor tinha lá fora? indagou o tipo.

Sapecou a resposta e acrescentou, à margem, uma cruz a lápis vermelho.

– Que significa isso?

– Quer dizer que o senhor vai para o Pavilhão dos Primários.

– Por quê? Não entendo.

– É uma prisão diferente.

Aludiu ao meu emprego, realmente bem ordinário, na administração pública:

– Os outros vão para as galerias.

Difícil calcular se a mudança me daria vantagem ou desvantagem. Religião.

– Pode inutilizar esse quesito.

– É necessário responder, engrolou, na sua língua avariada, o homem trigueiro.

– Bem. Então escreva. Nenhuma.

– Não posso fazer isso. Todos se explicam.

De fato muitos companheiros se revelavam católicos, vários se diziam espíritas.

– Isso é lá com eles. Devem ser religiosos. Eu não sou.


– Ora! Uma palavra. Que mal faz? É conveniente. Para não deixar a linha em branco.

A insistência, a ameaça velada, a malandragem, que utilizariam para conseguir estatística falsa,
indignaram-me.

– O senhor não me vai convencer de que eu tenho uma religião qualquer. Faça o favor de
escrever. Nenhuma.

A declaração foi redigida com lenta repugnância e concluiu-se o interrogatório. Ao levantar-me, divisei
numa folha outro sinal vermelho, junto ao nome de Sebastião Hora. Cheguei-me à porta, onde se
juntavam os que haviam cumprido aquela exigência, observei um pátio, o esvoaçar de pardais estrídulos
em ramos de árvores, muros altos a cercar numerosos edifícios, já mergulhados em sombras.
Surgiram luzes. Findo o arrolamento, levaram-nos à casa fronteira.

– É aqui o Pavilhão dos Primários? informei-me

– Não, respondeu o sujeito de fala turca. O Pavilhão dos Primários a esta hora está fechado. E
amanhã, domingo, não se faz transferência O senhor fica, até segunda-feira, com os outros.

– Está bem.

Percebi que haviam pretendido conferir-me uma distinção, balda possivelmente por teimar em
considerar-me ateu. Lembrei-me da advertência injuriosa: – “É conveniente.” Se me acanalhasse
afirmando possuir um Deus, mandar-me-iam para lugar razoável, uma espécie de purgatório.
Sebastião Hora, marcado também a lápis vermelho, estava conosco: sem dúvida se prejudicara
dando resposta semelhante à minha.

(RAMOS, Graciliano. Memórias do Cárcere. Record, Rio de Janeiro, 1987, vol. I, p. 289-292.)

72.

Nos fragmentos do texto II a seguir reproduzidos, o vocábulo destacado com o uso letra maiúscula foi
corretamente classificado em

a) “vão para AS galerias” – pronome oblíquo.

b) “uma cruz A lápis vermelho” – preposição.


c) “muros altos A cercar numerosos edifícios – verbo.
d) “A insistência, A ameaça velada, A malandragem – conjunção.
e) “Para não deixar A linha em branco – adjetivo.
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Relação letra-fonema, Emprego das iniciais maiúsculas e minúsculas, Ortografia.

Fonte: FUNRIO Fundação de Apoio a Pesquisa, Ensino e Assistência - FUNRIO 2009 / Departamento Penitenciário Nacional DEPEN - BR
/ Técnico de Enfermagem / Questão: 14

Texto para as questões de 41 a 50


VENTO SOLAR EM VÊNUS

Em 2005, o Instituto Sueco de Física Espacial (IRF) enviou à órbita do planeta Vênus a sonda
ASPERA-4, através da missão Venus Express, da agência espacial europeia ESA. A sonda estudou o
planeta até 2014, medindo as propriedades do plasma ao redor de Vênus e os átomos neutros que
escapam da atmosfera. Agora, o IRF está pronto para enviar uma nova missão venusiana.

Dessa vez, a missão será em parceria com a Índia. O novo satélite do IRF se chama Venusian
Neutrals Analyzer (VNA) e foi projetado para estudar como as partículas carregadas do Sol (ou vento
solar) interagem com a atmosfera e a exosfera do planeta. O instrumento viajará para o espaço a bordo
da missão indiana Venus Shukrayaan-1.

As duas missões estão de certo modo relacionadas, pois ao analisar os átomos energéticos neutros
(ENAs, na sigla em inglês), os cientistas puderam entender um pouco melhor sobre a interação entre o
vento solar e a atmosfera de Vênus. Além disso, as duas missões estão sob o comando do professor
associado do IRF, o pesquisador Yoshifumi Futaana.

Conforme explica Futaana, embora Vênus seja o irmão gêmeo da Terra, os dois planetas são muito
diferentes. “A atmosfera [de Vênus] é densa e quente, mas é sem água. A água existia 4 bilhões de
anos atrás quando Vênus foi formado, mas está perdida, provavelmente no espaço”, disse o
pesquisador. A sonda ASPERA-4 provou que a pouca água venusiana restante ainda está escapando
para o espaço através da energia que o planeta recebe do vento solar.

A missão indiana também levará outros instrumentos ao espaço, um total de 16 cargas úteis indianas e
mais algumas cargas internacionais para clientes de diversos países. Essa não é a primeira vez que o
IRF conta com a organização espacial da Índia, a ISRO. O diretor do IRF, professor Stas Barabash, e
principal pesquisador do VNA, disse que “a colaboração com a equipe indiana foi a chave” para
experimentos anteriores bem-sucedidos com o instituto sueco, mostrando que a parceria entre os
países tem tido bons resultados e deve continuar em futuras missões.

Disponível em: https://bit.ly/2WnQNp9. Com adaptações.

73.

Leia o texto 'VENTO SOLAR EM VÊNUS' e, em seguida, analise as afirmativas abaixo:

I. O novo satélite do Instituto Sueco de Física Espacial (IRF) se chama Rover 1, de acordo com o
texto.

II. Os pesquisadores mencionados no texto afirmam que, por Vênus ser considerado o irmão gêmeo
da Terra, os dois planetas são muito parecidos, seja em relação à temperatura ou mesmo em
relação às condições atmosféricas.

Marque a alternativa CORRETA:

a) As duas afirmativas são verdadeiras.


b) A afirmativa I é verdadeira, e a II é falsa.
c) A afirmativa II é verdadeira, e a I é falsa.
d) As duas afirmativas são falsas.
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Pressupostos e subentendidos, Sentidos do texto.

Fonte: Instituto de Administração e Tecnologia - ADM&TEC 2020 / Prefeitura de Gravatá - PE / Médico Clínico / Questão: 43

Texto I

Aprendendo a pensar

asasas(Frei Beto)

asdNosso olhar está impregnado de preconceitos. Uma das miopias que carregamos é considerar
criança ignorante. Nós, adultos, sabemos; as crianças não sabem.

asdO educador e cientista Glenn Doman se colocou a pergunta: em que fase da vida aprendemos as
coisas mais importante que sabemos?

asdAs coisas mais importantes que todos sabemos é falar, andar, movimentar-se, distinguir olfatos,
cores, fatores que representam perigo, diferentes sabores etc. Quando aprendemos isso? Ora, 90% de
tudo que é importante para fazer de nós seres humanos, aprendemos entre zero e seis anos, período
que Doman considera “a idade do gênio”.

Ocorre que a educação não investe nessa idade. Nascemos com 86 bilhões de neurônios em nosso
cérebro. As sinapses, conexões cerebrais, se dão de maneira acelerada nos primeiros anos da vida.

asdGlenn Doman tratou crianças com deformações esqueléticas incorrigíveis, porém de cérebro
sadio. Hoje são adultos que falam diversos idiomas, dominam música, computação etc. São pessoas
felizes, com boa autoestima. Ao conhecer no Japão um professor que adotou o método dele, foi
recebido por uma orquestra de crianças; todas tocavam violino. A mais velha tinha quatro anos...

asdEle ensina em seus livros como se faz uma criança, de três ou quatro anos, aprender um
instrumento musical ou se autoalfabetizar sem curso específico de alfabetização. Isso foi testado na
minha família e deu certo. Tenho um sobrinhoneto alfabetizado através de fichas. A mãe lia para ele
histórias infantis e, em seguida, fazia fichas de palavras e as repetia. De repente, o menino começou a
ler antes de ir para a escola.

[...]
(Disponível em: http://www.domtotal.com/colunas/detalhes. Dhp?artld=5069. Acesso em 27/12/15,
adaptado)

Considere o fragmento abaixo para responder às questões 3 e 4 seguintes.

“Nós, adultos, sabemos; as crianças não sabem.” (1°§)

74.

Ao empregar o vocábulo “ adultos” entre vírgulas no trecho acima, o autor pretende:

a) provocar uma ambiguidade intencional.


b) excluir-se do processo enunciativo.
c) delimitar o grupo a que faz referência.
d) referir-se a uma fase imprecisa da vida.
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Interpretação de Texto, Pressupostos e subentendidos.

Fonte: Instituto Brasileiro de Formação e Capacitação - IBFC 2016 / Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas S.A. EMDEC - SP
/ Assistente Administrativo / Questão: 3

Texto para as questões de 44 a 50

Orçamento de uma obra

Adaptado. Março de 2016. Fonte: https://bit.ly/3khpZ32.

O orçamento da obra é uma das peças técnicas mais importantes de um projeto. De fato, esse
documento serve para avaliações iniciais em uma tomada de decisão sobre a implantação de um
determinado empreendimento e até detalhamentos finais para a execução da obra propriamente
dita, quando são elaborados os orçamentos analíticos.

Orçamentos com erros podem impactar negativamente no cumprimento do cronograma e dos


valores globais estabelecidos para a execução dos serviços, com repercussões inclusive sobre a
qualidade da obra.

Alguns profissionais cometem erros em seus orçamentos por não terem feito uma simples visita de
campo. Apesar de não haver necessidade de o orçamentista corrigir os projetos de arquitetura e
engenharia, nada impede que esse profissional, de posse de todos os projetos, faça uma visita de
campo para reconhecimento da área de implantação do empreendimento.

Às vezes, algumas informações importantes quanto ao relevo, tipo de solo local e ocorrência de
áreas alagadiças, por exemplo, podem não ter sido devidamente explicitadas no projeto de forma
clara.

Além disso, a visita de campo é de suma relevância para conhecer as condições do entorno e o
mercado local. Verificar se existem jazidas próximas à área de implantação ou condições de acesso ao
local por exemplo, é fundamental para definição correta do tipo, valores e tempo dos transportes, como
também a escolha dos fornecedores.

Detalhar ao máximo os custos unitários é também uma forma de melhorar a qualidade da elaboração de
um orçamento. Para compor o custo unitário de um determinado serviço, uma prática vista é a adoção
de valores médios de custos com a produtividade e de consumo de insumos. Além disso, algumas
simplificações são admitidas para o cálculo dos custos de depreciação e manutenção de máquinas e
equipamentos.

Para assegurar maior precisão dos orçamentos, é indispensável que esses valores médios sejam
constantemente revisados, adotando-se os valores reais que a construtora costuma alcançar. Isso
aproximará ainda mais os valores orçados daqueles que serão efetivamente executados.

75.

Leia o texto 'Orçamento de uma obra' e, em seguida, analise as afirmativas a seguir:

I. Após a análise do texto, é possível concluir que, para compor o custo unitário de um
determinado serviço, uma prática vista é a adoção de valores médios de custos com a produtividade
e de consumo de insumos.

II. As informações presentes no texto permitem inferir que, no orçamento, algumas simplificações
são admitidas para o cálculo dos custos de depreciação e manutenção de máquinas e equipamentos.

Marque a alternativa CORRETA:

a) As duas afirmativas são verdadeiras.


b) A afirmativa I é verdadeira, e a II é falsa.

c) A afirmativa II é verdadeira, e a I é falsa.


d) As duas afirmativas são falsas.
Disciplinas/Assuntos vinculados: Conhecimentos Específicos de um determinado Cargo/Área > Edificações.
Língua Portuguesa

Fonte: Instituto de Administração e Tecnologia - ADM&TEC 2020 / Prefeitura de Gravatá - PE / Técnico em Edificações / Questão: 45

INSTRUÇÃO: Leia o texto a seguir para responder às questões 38 e 39.


Tô ouvindo alguém me chamar

(“Aí mano, o Guina mandou isso aqui pra você”)

Tô ouvindo alguém gritar meu nome

Parece um mano meu, é voz de homem.

Eu não consigo ver quem me chama

É tipo a voz do Guina

Não, não, não, o Guina tá em cana.

Será? Ouvi dizer que morreu

sei lá!

Última vez que eu o vi,

eu lembro até que eu não quis ir, ele foi

Parceria forte aqui era nós dois

Louco, louco, louco e como era [...]

Todo ponta firme, foi professor no crime

Também mó sangue frio, não dava boi pra ninguém

[...]

só moto nervosa

só mina da hora

só roupa da moda

Deu uma pá de blusa pra mim

naquela fita na butique do Itaim

Mas sem essa de sermão, mano, eu também quero ser assim

vida de ladrão não é tão ruim!

Pensei
entrei

no outro assalto eu colei e pronto

aí o Guina deu mó ponto:

- Aí é um assalto, todo mundo pro chão, pro chão...!

- Aí, [...] aqui ninguém tá de brincadeira não!

- Mais eu ofereço o cofre mano, o cofre, o cofre...

- Vamo lá que o bicho vai pegar!

Pela primeira vez vi o sistema aos meus pés

Apavorei, desempenho nota dez

Dinheiro na mão, o cofre já tava aberto O

segurança tentou ser mais esperto

Foi defender o patrimônio do playboy (tiros)

Não vai dar mais pra ser super-herói!

Se o seguro vai cobrir (Ha! Ha!),

[...] e daí ?

O Guina não tinha dó:

se reagir, Bum!, vira pó

Sinto a garganta ressecada

e a minha vida escorrer pela escada

Mas se eu sair daqui eu vou mudar

Eu to ouvindo alguém me chamar

Eu to ouvindo alguém me chamar


Tinha um maluco lá na rua de trás

que tava com moral até demais

Ladrão, e dos bons

especialista em invadir mansão

Comprava brinquedo a reviria

chamava a molecada e distribuía

Sempre que eu via ele tava só

O cara é gente fina mas eu sou melhor

Eu aqui na pior, ele tem o que eu quero:

joia escondida e uma 380

No desbaratino ele até se crescia

se pan, ignorava até que eu existia

Tem um brilho na janela, é então

A bola da vez

tá vendo televisão

(Psiu. Vamo, vai, entrando)

Guina no portão, eu e mais um mano

“- Como é que é neguinho?”

Se dirigia a mim, e ria, ria, como se eu não fosse nada

Ria, como fosse ter virada

Estava em jogo, meu nome e atitude. (tiros)

Era uma vez Robin Hood.

Fulano sangue-ruim, caiu de olho aberto Tipo

me olhando, é, me jurando

Eu tava bem de perto e acertei uns seis o

Guina foi e deu mais três.


Lembro que um dia o Guina me falou

que não sabia bem o que era amor

Falava quando era criança

uma mistura de ódio, frustração e dor

De como era humilhante ir pra escola

usando a roupa dada de esmola

De ter um pai inútil, digno de dó

mais um bêbado, [...] e só.

[...] Todo dia igual

sem feliz aniversário, Páscoa ou Natal

Longe dos cadernos, bem depois

a primeira mulher e o 22

Prestou vestibular no assalto do busão

numa agência bancária se formou ladrão

Não, não se sente mais inferior

Aí neguinho, agora eu tenho o meu valor

Racionais MC’s. Disponível em: <https://www.letras.mus.br/racionais-mcs/63438/>. Acesso em: 05


dez. 2018

76.

Considere os comentários linguístico-gramaticais apresentados nos itens seguintes:

I. O texto faz parte do domínio discursivo interpessoal, uma vez que tem conteúdo temático,
estilo e estrutura composicional de uma conversação oral.

II. O texto traz elementos do que preconiza a norma-padrão (como o uso de pronomes oblíquos e
reflexivos) mesclados com construções informais características da linguagem de uma classe
específica da sociedade (como as expressões “mó”, “tava”, “busão”).

III. O texto retrata a realidade do personagem-autor, que conseguiu superar as dificuldades de


uma vida de exclusão (inclusive na escola) e ter sucesso com sua arte.

IV. A presença do pronome sujeito em “Eu to ouvindo alguém me chamar” e sua ausência em
“Falava quando era criança uma mistura de ódio, frustração e dor” podem ser exemplos da maior
frequência do sujeito nulo na terceira pessoa e sua menor frequência na primeira pessoa.

Estão corretos os itens:

a) II e III, apenas.
b) II e IV, apenas.
c) I, II e IV, apenas.

d) III e IV, apenas.


Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Interpretação de Texto, Pressupostos e subentendidos.

Fonte: FUNDEP Gestão de Concursos - FUNDEP 2019 / Prefeitura de Lagoa Santa - MG / Professor - Área: Língua Portuguesa / Questão:
39

77.

“Mano, ver sua foto me dá um aperto no peito.”

“Os gambé vieram a mil farejando.”

“Ficava muito doido e deixava a mina só.”

“Aí, truta, essa é dedicada pra todos os guerrero.”

“Mano”, “gambé”, “mina”, “truta” são termos que constituem marcas de linguagem do rap, presentes na
periferia em geral.

Os termos acima evidenciam a variante linguística denominada:

a) etnoleto.
b) gíria.
c) topônimo.

d) jargão.
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Interpretação de Texto.

Fonte: Fundação Mariana Resende Costa - FUMARC 2011 / Prefeitura de Belo Horizonte - MG / Professor - Área: Língua
Portuguesa / Questão: 17

TEXTO I
Crise da água, o próximo desafio

1 Apesar de se constituir em um elemento vital para

o ecossistema e de ser básica para as diversas atividades

humanas, sociais e econômicas, infelizmente a água tem-se

4 tornado escassa progressivamente, tanto em qualidade quanto

em quantidade. Como recurso natural limitado, adquire cada

vez mais valor econômico e papel estratégico; como recurso

7 ambiental, deve ser preservada e seus mananciais,

recuperados.

Desperdiçada e desprezada durante muito tempo, a

10 água se torna, a cada dia, um produto caro e raro, cuja

escassez ameaça uma grande parte da humanidade. Não

demora e o mundo terá de enfrentar a crise da água. Este será

13 um dos grandes desafios do próximo século.

Os países desenvolvidos terão problemas técnicos

e econômicos dos mais complexos diante do crescimento

16 demográfico e da explosão urbana, bem como das

necessidades crescentes da agricultura e da indústria, aliados

ao aumento constante das formas de poluição e degradação

19 dos recursos hídricos.

É bom voltar aos números para se ter idéia do

desafio a ser enfrentado: 97% da água do planeta estão nos 22

mares, portanto salgada, que não serve nem para uso

industrial. A água mais pura da natureza está nas calotas

polares e nas geleiras (2,3% da água do planeta). Está, assim,

25 em uma região fria e distante. Os lençóis subterrâneos, lagos, rios

e a atmosfera guardam os 0,7% restantes e é apenas esta


a quantidade disponível ao homem.

Internet: . Acesso em 29/10/2003 (com adaptações).

Texto II – itens de 8 a 15

Limitando a dose

1 No Brasil, o potencial de recursos hídricos

significa 53% da reserva da América do Sul e 12% do total

mundial. São cerca de 5.604 quilômetros cúbicos/ano,

4 considerando-se somente a contribuição do território

brasileiro, e 7.906 quilômetros cúbicos/ano se forem levadas

em conta as contribuições de mananciais de outros 7 países

integrantes da Bacia Amazônica. O Brasil detém, ainda, dois

terços de um manancial subterrâneo que passa pelos países

do Mercosul, com extensão superior à

10 Inglaterra, França e Espanha, juntas.

Apesar da grande quantidade de água existente no

Brasil, a distribuição dos recursos hídricos é totalmente

13 desigual. Segundo dados da Secretaria de Recursos

Hídricos do Ministério do Meio Ambiente, se

compararmos, em termos percentuais, a quantidade de água 16

com a superfície das diversas regiões do país e a sua

população, teremos os seguintes números (figura ao lado):

Região Norte – 68,5% (água), 45,3% (superfície)

19 e 6,98% (população);

Região Nordeste – 3,3% de água, 18,3% de superfície e 28,91% de população;


Região Centro-Oeste – 15,7% de água, 18,8% de superfície e 6,41% de população;

22 Região Sudeste – 6% de água, 10,8% de superfície, 42,65% de população; e finalmente a


Região Sul – 6,5% de água,

6,8% de superfície e 15,05% da população brasileira.

Dessa forma, as regiões Norte e Centro-Oeste seriam as mais tranquilas, pois detêm juntas 84,2%
das reservas de águas

25 brasileiras, e as regiões mais problemáticas seriam a Nordeste e Sudeste, pela pouca quantidade de
água disponível e pelo grande

contingente populacional. Não é assim tão simples, e o quadro real é repleto de contradições.

Internet: <http://fnucut.org.br/saneamento/terra_agua>. Acesso em 29/10/2003 (com adaptações).

Considerando as estruturas dos textos I e II e a ilustração acima, julgue os itens subsequentes.

78.

A expressão “recursos hídricos” (R.19 do texto I, R.12 do texto II), nas duas ocorrências, refere-se
exclusivamente às águas fluviais.

c) Certo
e) Errado
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Interpretação de Texto, Pressupostos e subentendidos.

Fonte: Centro de Seleção e de Promoção de Eventos UnB - CESPE/CEBRASPE 2003 / Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Alagoinhas
SAAE - BA / Bioquímico / Questão: 11
Instrução: As questões de números 01 a 10 referem-se ao texto abaixo.

A importância da diversidade em uma equipe de trabalho

Por Carolina Ignarra

Em 2001, após um acidente de moto, tornei-me uma pessoa com deficiência aos 22 anos.Desde
então, uso cadeira de rodas devido a uma lesão medular. A princípio, quando soube da Leide Cotas,
que obriga empresas com mais de 100 colaboradores a contratar profissionais comdeficiência, me senti
ofendida. Depois mudei de ideia. Percebi os privilégios que tive em minhavida e os prejuízos que a
maioria das pessoas com deficiência sofre em nosso país. Daí, foi fácilentender as cotas para
universidades e para mais executivas em conselhos. Hoje, quandoencontro pessoas contra qualquer lei
ou regras de cota, como eu era, acho curioso. Sou educadora física e dava aulas em empresas
antes do acidente. Voltei para a mesmaárea apenas três meses depois. Primeiro, eu sou pós-
graduada, grande vantagem num país emque 38% dos brasileiros não chegam ao ensino médio e 11,3
milhões são analfabetos com maisde 15 anos. Também pude contar com o apoio de uma gestora
incrível que acreditou em mimquando eu ainda me sentia inválida. Tive oportunidade. É
privilégio ter estudado em escolas particulares e ter me formado na faculdade aos 21anos. É privilégio
ter pais casados durante toda a vida, que formaram uma rede de proteção eeducação; ter recebido
mesada na infância. É privilégio poder andar de mãos dadas com meumarido sem sofrer com os
olhares preconceituosos. Sentindo-me bastante privilegiada, entendique poderia inspirar gestores e
empresas contando a história da minha volta ao trabalho comoprofessora de ginástica laboral.
Olhando para trás e analisando o cenário atual, reconheço como o tema diversidade einclusão vem
avançando no mercado de trabalho. Esse amadurecimento está acontecendo pelasvantagens e
benefícios que a diversidade traz, o que faz com que a Lei de Cotas seja aconsequência e não o
motivo principal para contratação. Cotas são medidas transitórias paraincluir pessoas excluídas e
segregadas que, além dos prejuízos, competem com pessoas cheiasde privilégios. Na corrida da
vida, alguns largam bem frente de todos os outros. Não hámeritocracia justa
com passados tão desiguais. Não dá para tratar igual quando há tantadesigualdade. Hoje,
comemoro o momento da diversidade colada inovação no assunto, única chancede existência das
empresas do futuro. “É diversidade ou morte!”, disse o economista RicardoAmorim em uma palestra de
um congresso para Recursos Humanos em 2018. Ele se referia aempresas que não apostam na
diversidade de pensamentos, ideias e vivências. Timeshomogêneos podem trabalhar bem, mas não
inovam. Isso é bem verdade. Para complementar, indico empresas que não brinquem de ser
diversificadas; sejam defato! Parecer inclusivo não é ser inclusivo. Sem inclusão e diversidade real, não
há ambientelivre de discriminação nem liberdade para que as pessoas sejam exatamente como são.
Somentea concreta cultura inclusiva trará representatividade aos colaboradores marcados socialmente
epromoverá o senso de pertencimento. Um ser humano só produz 100% quando se sentepertencente.
Aí, sim, as empresas colherão os benefícios da diversidade e inclusão. Esse é ocaminho!

(Disponível em: https://claudia.abril.com.br/ - texto adaptado especialmente para esta prova).

79.

Assinale a alternativa que NÃO relaciona um tipo de privilégio que a autora tenha mencionado no
texto.

a) Não sofrer preconceito racial.


b) Não sofrer discriminação de gênero.
c) Ter relações familiares estáveis.

d) Ter acesso à educação considerada de qualidade.


e) Ter tido acesso ao ensino superior.
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Interpretação de Texto, Pressupostos e subentendidos.

Fonte: FUNDATEC Processos Seletivos - FUNDATEC 2020 / Prefeitura de Bagé - RS / Auditor / Questão: 2

80.

Assinale a alternativa incorreta quanto ao emprego da crase.

a) Submeterei àqueles alunos a uma prova.


b) Encontrei-o à porta de minha casa.
c) À noite, se reuniam para ouvi-lo.
d) Não fui àquela festa.
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Morfossintaxe do período, Emprego do sinal indicativo de crase, Regras práticas
de ocorrência de crase.

Fonte: Coordenadoria de Apoio a Instituições Públicas IMES - CAIPIMES 2013 / Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos EMTU
- SP / Analista Econômico Financeiro Júnior / Questão: 10

"Em 1987, eu trabalhava no Museu do Índio (FUNAI/RJ) quando participei da organização de um


encontro de professores da etnia Karajá, reunindo representantes dos subgrupos Karajá, Javaé e
Xambioá. Na preparação daquele encontro, que se realizaria em julho de 1988, na aldeia Karajá de
Santa Isabel do Morro, na Ilha do Bananal, visitei várias aldeias da etnia, inclusive aquelas mais ao
norte, do subgrupo Xambioá. Ao chegar pela primeira vez na aldeia do PI Xambioá, já estudava a língua
Karajá há algum tempo, tendo defendido no ano anterior minha dissertação de mestrado sobre
aspectos da gramática dessa língua. Por isso, arrisquei-me a tentar conversar em Karajá com as
crianças que vieram em um bando alegre me receber, quando o jipe da FUNAI, que me trazia, parou no
posto indígena, próximo à aldeia.

- 'Aõhe!' saudei em Karajá. 'Dearã Marcus Maia wanire' , me apresentei. Imediatamente cessou a
algazarra e fez-se um silêncio pesado entre os indiozinhos. Entreolhavam-se desconfiados e sérios.
'Kaiboho aõbo iny rybé tieryõtenyte?' Vocês não sabem a língua Karajá, perguntei. Ameninada, então,
se afastou em retirada estratégica. Fui, em seguida, à casa de uma líder da comunidade, a Maria
Floripes Txukodese Karajá, a Txukó, me apresentar. Lá, um dos meninos me respondeu: - 'A gente não
fala essa gíria não, moço!' Outro, maiorzinho, concordou: - 'Na cidade, a gente diz que nem sabe de
índio, que nem fala o indioma, senão o povo mexe com a gente' .O preconceito de que os indígenas
brasileiros são alvo por parte de muitos brasileiros não indígenas é, sem dúvida, um dos fatores
responsáveis pelo desprestígio, enfraquecimento e desaparecimento de muitas línguas indígenas no
Brasil. Durante minha estada nas aldeias Xambioá, discuti com anciãos, lideranças,
professores e alunos, a situação de perda da língua em relação a aldeias em que a língua e a cultura
Karajá encontram-se ainda fortes. É interessante notar que, durante a minha temporada na aldeia,
quando continuei sempre a exercitar o meu conhecimento da língua indígena, era frequentemente
procurado por grupos de crianças e jovens, que vinham me mostrar palavras e frases que conheciam e
testar o meu entendimento delas. Os mesmos meninos que haviam inicialmente demonstrado sentir
vergonha de falar Karajá, dizendo-me nem conhecer 'aquela gíria' , assediavam-me agora, revelando
um conhecimento latente da língua indígena muito maior do que eles próprios pareciam supor!
Divertiam-se em demonstrar àquele tori (o não índio, na língua Karajá) que valorizava e tentava usar a
língua Karajá que, na verdade, conheciam, sim, a língua indígena. Vários pais também vieram me
relatar sua grande surpresa por verem as crianças curiosas, perguntando e se expressando na língua
Karajá, não só pronunciando palavras e frases inteiras, como até ensaiando diálogos e narrativas
tradicionais."

( .. . )

(Trecho retirado da introdução do livro - Manual de Linguística: subsídios para a formação de


professores indígenas na área de linguagem. Maia 2006)

81.

"Na cidade, a gente diz que nem sabe de índio, que nem fala o indioma, senão o povo mexe com a
gente".

Pode-se dizer que o uso do termo INDIOMA foi grifado pelo autor devido:

a) a palavra pertencer a língua Karajá.


b) a palavra não fazer parte do vocabulário do português.
c) a inserção incorreta do "n" na palavra idioma.

d) a palavra poder ser a união de índio e idioma.


e) a palavra ter sido dita de forma irônica pelo indiozinho.
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Interpretação de Texto, Pressupostos e subentendidos.

Fonte: Instituto Brasileiro de Apoio e Desenvolvimento Executivo - IBADE 2018 / Conselho Regional de Medicina Veterinária do Espírito
Santo CRMV ES - ES / Agente de Fiscalização / Questão: 2

Criminosos reincidentes têm cérebros diferentes do normal, aponta estudo

Pesquisadores apontam algumas __________ nos cérebros e no comportamento de criminosos


reincidentes. Segundo eles, esses indivíduos carregam as atitudes antissociais desde a infância ou a
adolescência.

De acordo com os cientistas, adultos com um histórico longo de infrações apresentam diferenças
estruturais no cérebro quando comparados com criminosos que só transgrediram a lei na
adolescência ou com pessoas que jamais cometeram atos ilícitos. No entanto, pontuam os
pesquisadores, é importante lembrar que nem sempre uma criança com comportamento antissocial se
tornará um criminoso. O estudo apenas reitera a necessidade de ajudar os jovens que apresentam
problemas comportamentais.

A pesquisa, feita com base em dados de 672 neozelandeses, coletou informações comportamentais dos
indivíduos dos seus 7 aos 26 anos. Além disso, quando atingiam a idade de 45 anos, os cérebros dos
participantes do estudo foram escaneados.

Assim, do total de pessoas analisadas, 441 apresentaram sinais pouco significativos de comportamento
atípico, 151 eram antissociais somente quando jovens, e somente 80 adotaram um modo de vida
antissocial desde a infância até a vida adulta. Este último grupo foi o que apresentou maiores níveis de
doenças mentais, uso de drogas e maior violência do que os outros dois, até mesmo mais do que
os adolescentes transgressores.

Os cientistas observaram, em seus cérebros, uma diminuição na área superficial em diversas partes do
sistema nervoso central. Além disso, eles possuíam menos matéria cinzenta nas porções do cérebro
ligadas à regulação de emoções e motivações e ao controle do comportamento.

Por enquanto, não é possível __________ se essas mudanças se devem a fatores genéticos ou
ambientais. De qualquer forma, os estudiosos afirmam que detectar esse tipo de atitude antissocial e
auxiliar o jovem a retomar sua saúde mental pode ser uma forma futura de ajudar a __________
comportamentos indesejados.

(Site: Abril - adaptado.)

82.

A palavra sublinhada em “As condições do lugar eram deploráveis.” pode ser substituída, sem
prejuízo de sentido, por:

a) Abomináveis.
b) Ótimas.

c) Atraentes.
d) Formidáveis
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Reescrita de frases e parágrafos do texto, Equivalência, substituição,
reorganização e transformação de palavras ou trechos do texto.

Fonte: Objetiva Concursos 2021 / Prefeitura de Maripá Prefeitura - PR / Técnico de Segurança do Trabalho / Questão: 7

TEXTO III

Açaí: essa fruta refrescante esconde um perigo!

Na época do calor, muita gente adora tomar um açaí para refrescar-se. Também pudera: essa fruta é
deliciosa e pode ser combinada com vários outros ingredientes e frutas.
Acontece que essa saborosa fruta pode esconder um perigo: o parasita que transmite a doença de
Chagas. Segundo uma pesquisa da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), cerca de 10% dos
alimentos à base de açaí no Pará e no Rio de Janeiro apresentaram DNA do parasita dessa doença.

A Fiocruz colheu amostras de açaí em feiras e supermercados, entre 2010 e 2015, no Pará, e entre
2010 e 2012, no Rio de Janeiro, e constatou a presença de material genético, embora isso não
signifique risco de contágio. A análise de 140 amostras de alimentos à base de açaí encontrou o
parasita Trypanosoma cruzi em 14 produtos, o que representa 10% do total da amostragem. O inseto
que transmite o Trypanosoma cruzi, conhecido popularmente como barbeiro, também foi identificado em
uma das amostras.

Nos dois estados, estão sendo comercializados produtos contaminados, entre eles, xarope de
guaraná, sucos de açaí, polpas congeladas e frutos frescos. Segundo a Fundação, a presença do DNA
do parasita nesses alimentos não provoca a transmissão à doença de Chagas, visto que o material
genético pode manter-se na amostra mesmo o organismo já estando morto. Nesse estado,
ele é incapaz de provocar uma infecção.

Mas, ainda assim, a Fiocruz alerta para a necessidade de serem observadas boas práticas de
higiene e de manipulação dos produtos derivados do açaí. O pesquisador do Laboratório de Biologia
Molecular de Doenças Endêmicas da Fiocruz, Otacílio Moreira, diz: "Reforçamos que, como não foi
avaliado o potencial de infecção dos microrganismos, é provável que eles estivessem mortos e não
pudessem provocar o agravo. Mas a simples presença do DNA do parasita mostra que houve contato
com o alimento, apontando para falhas no processo de produção, que podem levar à transmissão
da doença de Chagas".

Não apenas quem vende e compra os produtos devem observar tais práticas, mas, sobretudo,
quem os produz, pois em itens produzidos pela indústria alimentícia, que deveria aplicar normas de
segurança alimentar, foi identificado o DNA do parasita.

A pesquisadora da Fiocruz Renata Trotta Barroso Ferreira explica que: "Apesar de existirem
importantes estratégias sendo implementadas, o Brasil ainda está num estágio embrionário e
pontual no combate à doença de Chagas, transmitida pelo consumo alimentar, incluindo o açaí, por
exemplo. As boas práticas de higiene e de manufatura, assim como a aproximação entre instituições de
ciência e os produtores de açaí, são essenciais para contribuir na solução deste problema".

Segundo dados do Ministério da Saúde, foram registrados no país, entre 2007 e 2016, cerca de
200 casos agudos de doença de Chagas, anualmente, sendo 69% causados por transmissão oral, ou
seja, por contaminação de bebidas e comidas. Das notificações registradas nesse período, quase a
totalidade (95%) ocorreu na região Norte, sendo 85% no Pará, estado onde o consumo do suco
fresco de açaí é uma tradição alimentar.

A doença de Chagas é tipicamente uma doença tropical, causada pelo parasita Trypanosoma
cruzi. O site DNDi alerta que a ingestão oral de alimentos contaminados se dá por barbeiros
infectados ou suas fezes, e o alto número de parasitas que entram no organismo pode agravar ainda
mais a doença, levando, inclusive, a óbito a pessoa infectada.

Diante disso, quando for tomar açaí, analise as condições de armazenamento da fruta, seja
fresca, seja em polpa, e se quem a está manipulando aplica corretamente regras de higiene e
métodos de manuseio e venda adequados.

(Texto adaptado) <https://www.greenme.com.br /consumir /consumo-consciente/7689-acai-esconde-


um-perigo/ >. Acesso em: 14 set. 2020.

83.

Observa-se que o texto III tem como principal objetivo,

a) por meio de argumentos de autoridade, divulgar como o açaí é produzido e comercializado


na região Norte, para justificar o crescimento desenfreado da doença de Chagas.
b) a partir de argumentos com base em pesquisas científicas, tratar sobre como o açaí
pode trazer danos à saúde ao carregar organismos que geram a doença de Chagas.
c) com base em argumentos de exemplificação, demonstrar um estudo referente à ausência
de higienização na produção do açaí, o que pode provocar a doença de Chagas.
d) a partir de argumentos de dados estatísticos, apresentar diversas formas de
segurança alimentar na manipulação do açaí, para impedir o avanço da doença de Chagas.
e) por meio de argumentos de provas concretas, discutir acerca dos sintomas e da
manifestação da doença de Chagas, disseminada no país pelo manuseio inadequado de açaí.
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Interpretação de Texto, Sentidos do texto.

Fonte: Colégio Militar de Belém 2020 / Colégio Militar de Belém CMBel - PA / Aluno do Colégio Militar - Área: Matemática e Português 1º
ano do Ensino Médio / Questão: 17

TEXTO 02 (Questões de 10 a 21)

Confrontos

Que é o Brasil entre os povos contemporâneos? Que são os brasileiros? [...]

Nós, brasileiros, [...] somos um povo em ser, impedido de sê-lo. Um povo mestiço na carne e no
espírito, já que aqui a mestiçagem jamais foi um crime ou pecado. Nela fomos feitos e ainda
continuamos nos fazendo. Essa massa de nativos oriundos da mestiçagem vive por séculos sem
consciência de si, afundada na ninguendade. Assim foi até se definir como uma nova identidade
étnico-nacional, a de brasileiros. Um povo, até hoje, em ser, na dura busca de seu destino.

[...]

E de assinalar que, apesar de feitos pela fusão de matrizes tão diferenciadas, os brasileiros são, hoje,
um dos povos mais homogêneos linguística e culturalmente e também um dos mais integrados
socialmente da Terra. Falam uma mesma língua, sem dialetos. Não abrigam nenhum contingente
reivindicativo de autonomia, nem se apegam a nenhum passado. Estamos abertos é para o futuro. [...]

O Brasil é já a maior das nações neolatinas, pela magnitude populacional, e começa a sê-lo também por
sua criatividade artística e cultural. Precisa agora sê-lo no domínio da tecnologia da futura civilização,
para se fazer uma potência econômica, de progresso autossustentado. Estamos nos
construindo na luta para florescer amanhã como uma nova civilização, mestiça e tropical, orgulhosa de
si mesma. Mais alegre, porque mais sofrida. Melhor, porque incorpora em si mais humanidades. Mais
generosa, porque aberta à convivência com todas as raças e todas as culturas e porque assentada
na mais bela e luminosa província da Terra.

RIBEIRO, Darcy. O povo brasileiro; a formação e o sentido do Brasil. São Paulo: Companhia das
Letras, 2006. p. 409- 411. (Coleção Companhia de Bolso). (Fragmento).

84.

Na frase "Precisa agora sê-lo no domínio da tecnologia da futura civilização, para se fazer uma
potência econômica” (l.22), o termo sublinhado tem sentido de

a) causa.
b) finalidade.
c) conclusão.
d) conformidade.
e) proporcionalidade.
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Interpretação de Texto, Pressupostos e subentendidos.

Fonte: Ministério da Defesa - Marinha - ComDN 2018 / Ministério da Defesa - Marinha do Brasil Marinha - BR / Oficial de 2ª Classe - Área:
Apoio à Saúde / Questão: 19

Leia atentamente o texto do Professor Pedro Menezes, apresentado na sequência, e responda as


duas próximas questões.

Machismo e feminismo

Qual a diferença entre machismo e feminismo? Machismo é um comportamento fundamentado na


compreensão de que os homens são superiores às mulheres. O feminismo é um movimento social,
político e filosófico que se opõe a essa concepção e visa a igualdade entre os gêneros.

O machismo baseia-se na cultura patriarcal que associa a figura do pai a uma liderança, que
pode ser transposta para todas as áreas do desenvolvimento social. Assim, pela concepção machista, a
mulher desempenha um papel de subalternidade em relação ao homem, servindo e obedecendo.

Entretanto, o feminismo tem em consideração que os indivíduos são iguais dentro de uma
sociedade, não possuindo nenhum tipo de determinação biológica que imponha uma hierarquia.

O feminismo aponta para a necessidade de discussão sobre o desempenho destes papéis em


vista da construção de uma sociedade mais justa. Opõe-se ao machismo, mas não é o seu contrário,
não tem como objetivo a submissão dos homens.
O machismo sustentado pela dominação masculina busca desenvolver a ideia de diferenciação,
hierarquização e submissão das mulheres. O feminismo visa a equidade (igualdade de direitos e
respeito às diferenças identitárias) e a justiça social.

85.

O terceiro parágrafo está relacionado ao segundo parágrafo pelo conectivo “entretanto”, que introduz a
ideia de:

a) Conformidade.

b) Adição.
c) Contraposição.
d) Conclusão.
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Pressupostos e subentendidos, Sentidos do texto.

Fonte: Fundação Universidade do Oeste de Santa Catarina - Funoesc 2021 / Prefeitura de Maravilha - SC / Advogado / Questão: 2

86.

Analise as frases a seguir.

Os chefes -lhes castigos cruéis.Os ministros novos requerimentos.As nações


frequentemente os convênios.

Marque a opção que completa CORRETA e respectivamente as lacunas.

a) infringem / diferem / infligem


b) infligem / deferem / infringem

c) deferem / deferem / infligem


d) infringem / diferem / deferem
e) infligem / deferem / infligem
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Interpretação de Texto.

Fonte: Centro de Treinamento e Desenvolvimento - CETREDE 2018 / Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Ceará
EMATERCE - CE / Agente Auxiliar de ATER - Área Agroindústria / Questão: 12

Feminicídio

(Vladimir Safatle)

Neste final de semana, esta Folha publicou editorial criticando a proposta de ampliar a pena
daqueles que assassinam mulheres por “razões de gênero”. O texto alega que tal “populismo”
jurídico seria extravagância, já que todas as circunstâncias agravantes que poderiam particularizar o
homicídio contra mulheres (motivo fútil, crueldade, dificuldade de defesa) estariam contempladas
pela legislação vigente. Neste sentido, criar a categoria jurídica “razões de gênero” de nada serviria, a
não ser quebrar o quadro universalista que deveria ser o fundamento da lei.

No entanto, é difícil concordar com o argumento geral. Primeiro porque não é correta a ideia de
que dispositivos jurídicos que particularizam a violência de grupos historicamente vulneráveis sejam
eficazes. A Lei Maria da Penha, só para ficar em um exemplo, mostra o contrário. Pois, ao particularizar,
o direito dá visibilidade a algo que a sociedade teima em não reconhecer. Ele indica a especificidade
para um tipo de violência que só pode ser combatido quando nomeado. Neste contexto, apagar o
nome é uma forma brutal de perpetuação da violência.

Estudo do Ipea1 estima anualmente, no Brasil, algo em torno de 527 mil tentativas e casos de
estupros, sendo que 88,5% das vítimas são mulheres e mais da metade tem menos de 13 anos. Só em
2011, foram notificados no Sinan2 33 casos de estupro por dia, ou seja, esse foi o número de vítimas
que procuraram o serviço médico. Diante de números aterradores, é difícil não reconhecer que
existe uma violência específica contra as mulheres, assim como há específicas contra homossexuais,
travestis entre outros. Que o direito sirva-se de sua capacidade de particularizar sofrimentos para lutar
contra tais especificidades, eis uma de suas funções mais decisivas em sociedades em luta para criar
um conceito substantivo de democracia.

Nesse sentido, há de se lembrar que não se justifica usar o argumento da necessidade de


respeitar a natureza universalista da lei em situações sociais nas quais tal universalidade mascara
desigualdades reais. O direito deve usar, de forma estratégica e provisória, a particularização a fim de
evidenciar o vínculo entre violência e certas formas de identidade, impulsionando com isto a criação
de um universalismo real.

Se a sociedade brasileira chegou a este estágio de violência contra a mulher é porque há coisas
que ela nunca quis ver e continuará não vendo enquanto o direito não nomeá- las. Quando tal violência
passar, podemos voltar ao quadro legal generalista. Desta forma, ao menos desta vez, o governo agiu
de maneira correta.

(SAFATLE, Vladimir. Feminicídio. Folha de S. Paulo. São Paulo, 10 mar. 2015. P A2)

87.

O texto apresenta um caráter, claramente, argumentativo. Nesse sentido, assinale a alternativa


que apresenta o fragmento que explicita a tese do autor em relação ao tema abordado:

a) “Neste sentido, criar a categoria jurídica “razões de gênero” de nada serviria, a não
ser quebrar o quadro universalista que deveria ser o fundamento da lei.”(1°§)
b) “A Lei Maria da Penha, só para ficar em um exemplo, mostra o contrário.” (2°§)
c) “é difícil não reconhecer que existe uma violência específica contra as mulheres, assim
como há específicas contra homossexuais, travestis entre outros.” (3°§)
d) “O direito deve usar, de forma estratégica e provisória, a particularização a fim de evidenciar
o vínculo entre violência e certas formas de identidade,”. (4°§)
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Interpretação de Texto, Pressupostos e subentendidos.

Fonte: Instituto Brasileiro de Formação e Capacitação - IBFC 2018 / Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão de Sergipe SEPLAG
- SE / Cadete Bombeiro Militar / Questão: 1
Para responder às questões de 1 a 4, leia o texto abaixo.

Homens são maioria em financiamento coletivo pela internet

Pesquisa mostra que os projetos de crowdfunding que fomentam atividades artísticas e culturais são os
que despertam mais interesse dos financiadores

Um homem, morador do Sudeste, entre 25 e 30 anos, com renda de R$ 3 mil a R$6 mil mensais,
funcionário de uma empresa privada da área de comunicação, administração ou tecnologia. Esse é o
perfil da maioria dos que participam de financiamentos coletivos de projetos pela internet, os chamados
crowdfundings, de acordo com pesquisa realizada em parceria entre o Catarse, comunidade de
financiamento coletivo do País, e a Chorus, empresa de pesquisa com foco em projetos de cultura e
sociedade.

O crowdfunding é usado para obtenção de capital, principalmente de pessoas físicas e através da


internet, com o objetivo de colaborar com uma gama de setores, que vai de pequenos negócios e
startups a demandas de regiões afetadas por desastres naturais, mas também com forte participação
de projetos culturais.

Segundo a pesquisa, os homens são maioria (59%) e o grupo com formação superior completa é o
que mais tem participantes na plataforma de financiamento (39%). Os participantes de crowdfunding
classificam como "freqüente" o hábito de fazer compras pela internet. A esmagadora maioria busca
informações em sites e portais de notícias (81%) e nas mídias sociais (80%). Jornais aparecem na
seqüência como fonte de informação (55%), antes de televisão (46%), revistas (43%) e rádio (43%).

Apesar de o usuário padrão, de acordo com a pesquisa, ter renda entre RS 3 mil e R$ 6 mil
(29%), o grupo que forma a maioria das pessoas (64%) nessa rede coletiva de financiadores de
projetos tem salário mais baixo, de até R$ 6 mil por mês. Entre os mais ricos, a participação é
menor. Os que ganham entre R$ 6 mil e R$ 10 mil, por exemplo, respondem por 14% do total de
participantes do crowdfunding.

O Sudeste, que concentra 42% da população brasileira, engloba 63% dos participantes de
financiamento coletivo. No Nordeste, o total de participantes é de 9% da população. A menor
proporção dos participantes de crowdfunding é concentrada na região Norte - apenas 1%.

O Retrato do Financiamento Coletivo no Brasil tenta traçar o cenário do crowdfunding brasileiro e,


para isso, colocou questões para a base de usuários, assinantes de newsletter e seguidores do
Catarse em redes sociais. No total, foram consultadas 3.336 pessoas, que responderam a um
questionário entre 29 de agosto e 17 de setembro do ano passado. A margem de erro é de 1,7%.

(www.estadao.com.br)

88.

A expressão "para isso", que aparece em destaque no texto, introduz uma circunstância de:
a) causa.
b) concessão.
c) finalidade.
d) proporção.
e) condição.
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Interpretação de Texto, Estratégias argumentativas.

Fonte: Instituto Quadrix - Quadrix 2014 / Serviço Federal de Processamento de Dados SERPRO - BR / Analista - Área Administração de
Serviços de Tecnologia da Informação / Questão: 4

89.

Do ponto de vista discursivo, há três processos sintáticos que apresentam um grau crescente de
conexão: parataxe; hipotaxe; e subordinação.

Sobre este tema, analise as afirmativas.

I - As estruturas paratáticas podem-se apresentar justapostas ou coordenadas. As coordenadas


se caracterizam pela ausência de um elemento conector, enquanto as justapostas apresentam,
formalmente, um conectivo.

II - As estruturas hipotáticas incluem as orações relativas apositivas e as adverbiais da gramática


tradicional.

III - As estruturas subordinadas abrangem as cláusulas completivas e as relativas restritivas.


Essas cláusulas funcionam como argumento externo ou argumento interno de uma outra oração,
a matriz, ou como modificadores de um nome dessa oração.

Está (ão) correta (s):

a) somente I.
b) somente II.
c) somente I e III.
d) somente II e III.

e) I, II e III.
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Interpretação de Texto, Pressupostos e subentendidos, Sentidos do texto.
Fonte: Instituto Brasileiro de Apoio e Desenvolvimento Executivo - IBADE 2019 / Prefeitura de Seringueiras Prefeitura de Seringueiras -
RO / Bioquímico / Questão: 5

90.

Na frase “Aquela senhora, a partir de hoje, trabalha em outra empresa”, os pronomes são classificados,
respectivamente, como:

a) Pessoal e relativo.

b) Demonstrativo e pessoal.
c) Relativo e possessivo.
d) Demonstrativo e indefinido.
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Classes de palavras (classes gramaticais).

Fonte: Instituto de Estudos Superiores do Extremo Sul - IESES 2021 / Prefeitura de Palhoça - SC / Médico - Área: Psiquiatra / Questão: 8

Leia o Texto 2 para responder às questões 9 e 10.

Texto 2

Disponível:em:
<https://www.facebook.com/DepositoDeTirinhas/photos/a.261740517207326/2166349523413073/?t
ype=3&theater>. Acesso em: 15 jul. 2020.

91.

O texto mostra que os seres humanos

a) são livres por natureza.


b) gostam de prender a natureza.
c) são conhecedores das leis naturais.
d) respeitam a natureza como ela tem de ser.
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Pressupostos e subentendidos, Quadrinho, Sentidos do texto.

Fonte: Universidade Federal doGoiás - UFG 2020 / Prefeitura da Cidade de Goiás Prefeitura da Cidade de Goias - GO / Agente de
limpeza urbana / Questão: 9

Leia o texto para responder às questões de números 01 a 06.

Pouco antes de eu completar quatro anos de idade, nasceu nossa irmã mais nova, para quem eu
escolhera o nome de Maria Bethânia, por causa de uma bela valsa do compositor pernambucano
Capiba. Mas ninguém se sentia com coragem de realmente pôr esse nome “tão pesado” num bebê.
Como havia várias outras sugestões, meu pai resolveu escrever todos os nomes em pedacinhos de
papel que, depois de dobrados, ele jogou na copa de meu pequeno chapéu de explorador e me deu
para tirar na sorte. Saiu o da minha escolha. Meu pai então pôs um ar resignado que era uma ordem
para que todos também se resignassem e disse: “Pronto. Agora tem que ser Maria Bethânia”. E saiu
para registrar a recém-nascida com esse nome. Recentemente, ouvi de minhas irmãs mais velhas
uma versão que diz que meu pai escrevera Maria Bethânia em todos os papéis. Não é de todo
improvável. E, de fato, na expressão resignada de meu pai era visível – ainda hoje o é, na lembrança
– um intrigante toque de humor. Mas, embora me encha de orgulho o pensamento de que meu pai
possa ter trapaceado para me agradar, eu sempre preferi crer na autenticidade do sorteio: essa
intervenção do acaso parece conferir mais realidade a tudo o que veio a se passar desde então, pois ela
faz crescerem ao mesmo tempo as magias (que nos dão a impressão de se excluírem mutuamente) do
presságio e da unicidade absolutamente gratuita de cada acontecimento.

(Caetano Veloso. Verdade tropical. São Paulo, Companhia das Letras, 1997. Adaptado)

92.

A expressão “ainda hoje o é, na lembrança”, entre travessões no texto, serve ao propósito de

a) frisar que o relato das irmãs é incompatível com a lembrança que o autor guarda do pai.
b) sugerir que o pai do autor levava sempre consigo uma expressão resignada.
c) questionar a autenticidade do toque de humor na expressão do pai do autor.
d) ressaltar a vivacidade da recordação que o autor tem de seu pai.
e) destacar que o autor não se recorda do pai com nitidez e, por isso, confia nas irmãs.
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Travessão, Interpretação de Texto.

Fonte: Fundação para o Vestibular da Universidade Estadual Paulista - VUNESP 2019 / Prefeitura de Campinas - SP / Dentista / Questão: 4

Texto I (Questões 11 a 25)

O QUERERES

Caetano Veloso

Onde queres revólver, sou coqueiro

E onde queres dinheiro, sou paixão

Onde queres descanso, sou

desejo E onde sou só desejo,

queres não

E onde não queres nada, nada falta

E onde voas bem alto, eu sou o chão

E onde pisas o chão, minha alma salta

E ganha liberdade na amplidão

Onde queres família, sou maluco

E onde queres romântico, burguês

Onde queres Leblon, sou Pernambuco

E onde queres eunuco, garanhão

Onde queres o sim e o não, talvez

E onde vês, eu não vislumbro razão

Onde o queres o lobo, eu sou o irmão

E onde queres cowboy, eu sou chinês


Ah! Bruta flor do querer

Ah! Bruta flor, bruta flor

Onde queres o ato, eu sou o espírito

E onde queres ternura, eu sou tesão

Onde queres o livre, decassílabo

E onde buscas o anjo, sou mulher

Onde queres prazer, sou o que dói

E onde queres tortura, mansidão

Onde queres um lar, revolução

E onde queres bandido, sou herói

Eu queria querer-te amar o amor

Construir-nos dulcíssima prisão

Encontrar a mais justa adequação

Tudo métrica e rima e nunca dor

Mas a vida é real e de viés

E vê só que cilada o amor me armou

Eu te quero (e não queres) como sou

Não te quero (e não queres) como és

Ah! Bruta flor do querer

Ah! Bruta flor, bruta flor

Onde queres comício, flipper-vídeo

E onde queres romance, rock'n roll

Onde queres a lua, eu sou o sol

E onde a pura natura, o inseticídio


Onde queres mistério, eu sou a luz

E onde queres um canto, o mundo inteiro

Onde queres quaresma, fevereiro

E onde queres coqueiro, eu sou obus

O quereres e o estares sempre a fim

Do que em mim é de mim tão desigual

Faz-me querer-te bem, querer-te mal

Bem a ti, mal ao quereres assim

Infinitivamente pessoal

E eu querendo querer-te sem ter fim

E, querendo-te, aprender o total

Do querer que há e do que não há em mim.

93.

Observe o fragmento:

“Ah! Bruta flor do querer Ah!

Bruta flor, bruta flor”

O trecho acima separa o texto em três grandes blocos de duas estrofes de oito versos, cada.
Sobre esse refrão é correto afirmar, EXCETO:

a) Sugere que a flor, sendo ao mesmo tempo frágil e bela, é a própria metáfora da vida, em
suas contradições de essência.
b) Ressalta a ideia de que a flor, rica em simbologias em todas as civilizações, é a síntese
do homem e da vida.
c) Considera a importância da natureza para a humanização do homem, tornando-o, assim,
mais sensível e amoroso e menos desejante.
d) Conota o ser humano instável e sequioso que, fremente, ultrapassa seus próprios limites
em buscas efêmeras e instantâneas.
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Interpretação de Texto, Pressupostos e subentendidos.

Fonte: Comissão Executiva do Vestibular da Universidade Regional do Cariri - CEV - URCA 2014 / Prefeitura de Farias Brito - CE
Prefeitura de Farias Brito - CE / Professor de Português / Questão: 13
94.

Alguns itens gramaticais servem de guia para a compreensão das relações de sentido expressas
entre as orações que compõem um texto. Logo, constituem importante recurso de coesão. Leia,
com atenção, o trecho de entrevista abaixo exposto, em que os conectores estão ausentes, e
empregue-os, de modo a dar-lhe sentido.

FILOSOFIA:O que dizer sobre o futuro próximo (e o não tão próximo) das profissões?

JOÃO TEIXEIRA: Não acredito que o trabalho vai acabar. ______ ele passará por uma reconfiguração
social e tecnologia drástica nas próximas décadas. [...] O trabalho está cada vez mais precarizado ou
“uberizado” [...] Tudo dependerá de um cálculo de custos e benefícios. a
automação ainda for mais cara do que a mão de obra, ela não será implementada. Um efeito
interessante da automatização será uma modificação grande na nossa cultura do trabalho. [...] Com a
precarização do trabalho e a dissolução da ideia de carreira as pessoas podem enfrentar, em um
futuro próximo, uma espécie de crise de identidade sempre é possível nos definirmos pelo
trabalho ou pelo emprego que temos. As pessoas dizem “sou professor” ou “sou jornalista”,
, no futuro, elas não poderão mais fazer isso, pois mudarão de atividade várias vezes durante a vida [.
]”.

(Filosofia – Ano III, no 150 – www.portalespaçodosaber.com.br)

Os elementos conjuntivos que preenchem adequadamente as lacunas são:

a) Mas – Enquanto – Pois – mas.

b) Porém – Se – Portanto – e.
c) Porque – Enquanto – Logo – porém.
d) Portanto – Enquanto – Pois – logo.
e) Entretanto – Enquanto – Porque – pois.
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Conjunções, Pressupostos e subentendidos.

Fonte: Comissão Permanente de Concursos da Universidade Estadual da Paraíba - CPCON UEPB 2020 / Prefeitura de Pirpirituba
- PB Prefeitura de Pirpirituba - PB / Agente Administrativo / Questão: 6

AS QUESTÕES DE 1 A 15 ESTÃO RELACIONADAS AO TEXTO ABAIXO TEXTO

1 É muito comum ouvirmos que a globalização está cada vez mais encurtando a distância
existente entre
2 as pessoas, fato decorrente do avanço tecnológico presente nas últimas décadas que conta
com a evolução dos

3 meios de transporte e também de comunicação. Atualmente, com o advento de transportes


mais rápidos como

4 aviões, trem-bala, jatos supersônicos, é comum pessoas se transportarem de um lugar


muito distante a outro

5 sem perdas tão significativas de tempo. Além do mais, os meios de comunicação, como a
televisão, a internet,

6 as rádios e também os telefones celulares, permitem que pessoas se comuniquem mesmo


estando em cidades

7 diferentes, estados ou países distantes. Tendo em vista a tecnologia dos satélites, hoje em dia
já é possível

8 assistir um evento no Brasil em tempo real que se passa no Japão ou na China. É


também crescente o número

9 de pessoas que fazem viagens internacionais e que participam de redes sociais em todo o
mundo. Diante disso,

10 não soaria estranho dizermos que a globalização e o avanço tecnológico encurtam as distâncias.

11 Embora costumamos ver o mundo dessa forma, mal podemos perceber o quanto
as pessoas reduzem o

12 contato real uma das outras. Quando alguém se senta à frente da TV ou do


computador acessando a internet e

13 toma bastante tempo nessas tarefas, ela pode ver qualquer coisa presente no mundo inteiro
ou mesmo entrar em

14 contato com qualquer pessoa, no entanto não existe nenhum contato físico entre elas, a
pessoa não vê um

15 mundo real, tudo que ela vê e mesmo como ela conversa é sempre virtual. Na verdade, ela
passa a maior parte

16 do tempo sozinha, sem participar efetivamente de uma realidade. Com os meios de transporte
em franca

17 evolução, torna-se comum pessoas se transportarem de um lugar ao outro, no entanto elas


pouco percebem e

18 identificam o próprio lugar de convívio. Além do mais, isso facilita misturas de uma cultura na
outra até que se

19 tenha uma única, adotada como padrão, na qual tradições e culturas próprias de uma nação
ou lugar perca a sua

20 identidade, fato que desmonta a historicidade de um povo juntamente com os hábitos e costumes.
Outro

21 detalhe, é que nem todo mundo tem acesso a todo esse avanço tecnológico, o que causa
maior distância entre

22 povos, e implica em diversos problemas de ordem social, como a exclusão tecnológica, o


aumento da violência,

23 fator que acarreta no aumento da insegurança e assim contribuindo também para o


isolamento de pessoas e

24 classes sociais.

25 Fala-se que no futuro a tendência é que as pessoas trabalhem dentro de suas


próprias casas ganhando

26 seus salários. Se isso realmente ocorrer, veremos que o ambiente em que pessoas costumam
se unir para

27 trabalhar visando um objetivo acabará e o isolamento entre as pessoas tenderá a aumentar.


Com o avanço da

28 globalização é comum aumentar a virtualização, fato já decorrente da aparição dos cursos


a distância, dos

29 hologramas, das conversas em redes sociais, dos celulares, das trocas de e-mail, das
instruções de radares e de

30 cirurgias médicas a longas distância. Tudo contribui para que as pessoas não necessitem mais
de proximidade,

31 o que contribui por melhorar o isolamento físico entre as pessoas. Antigamente era
comum pessoas se reunirem

32 nas beiras das estradas e contarem fatos do dia a dia, ou mesmo sentarem na varanda
para conversar, ou se

33 juntarem para assistir a uma exibição, seja teatral, literária ou qualquer outro evento social. Hoje
em dia, nas

34 grandes cidades e centros urbanos, fazer isso é algo raríssimo, e que no fundo não se
vê importância, ora,

35 existem todos os meios de comunicação que fazem isso, sem que pessoas se reúnam
para dialogar as notícias

36 entre si. Portanto, fica a dúvida, será que a globalização encurta mesmo a distância entre
as pessoas?

http://reciclareleciclar.blogspot.com/2012/01/globalizacao-encurta-distancia-entre-as.html
95.

A alternativa em que a palavra não tem encontro consonantal é a:

a) “Advento” (L.3).
b) “distante” (L.4).

c) “Mundo” (L.9).
d) “Classes” (L.24).
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Fonologia, Encontro consonantal e grupo consonantal.

Fonte: Instituto Machado de Assis 2019 / Prefeitura de Tomé-Açu - PA / Apoio Operacional / Questão: 15

96.

Quanto à colocação pronominal, assinale a alternativa incorreta.

a) Ele nada nos disse sobre isso.


b) Ela era muito curiosa: tudo lhe interessava.
c) O terreno já foi comprado; construir-se-á nele a sede da empresa.
d) Abandonei o emprego, me preparei para a viagem e parti para realizar meu sonho.
e) Falar-lhe-ei a teu respeito, na primeira oportunidade.
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Colocação Pronominal, Morfossintaxe do período.

Fonte: MS Concursos 2020 / Câmara de Três Rios Camara de Tres Rios - RJ / Procurador Jurídico / Questão: 16

“Decisão judicial não é censura”

01 Em artigo encaminhado a ZH, o juiz

02 Marco Aurélio Martins Xavier, do Foro

Re- 03 gional do Sarandi, na Capital, contesta

o 04 uso pelo jornal da palavra “censura” ao

05 se referir à decisão do TJ de proibir a 06

RBS de vincular nome e imagem de um 07

vereador à série Farra das Diárias.

08 Leio reportagens que chamam

09 “censura” a decisão que vetou reporta-


10 gens ofensivas a um vereador – ZH edi-

11 ções de 2/9/2011, pág. 12; de 3/9/2011,

12 pág. 14; e de 05/09/2011, pág. 13.

13 É princípio sagrado a liberdade de im-

14 prensa – art. 5º, IV e IX, CF/88. Isso, po-

15 rém,está longe de revelar imunidades, o

16 que tornaria os veículos de comunicação

17 “senhores da verdade” e os cidadãos “re-

18 féns deste senhorio”.

19 Estado desenvolvido não se com

20 arbítrio, o que se questiona com o

Direi- 21 to, a cuja submissão ninguém se

evade, 22 nem o próprio Judiciário. Assim,

tachar 23 jurisdição de “censura” é tão

absurdo 24 quanto considerar a imprensa

“imacula- 25 da”.

26 A norma que tutela essa liberdade está 27

inserida em um sistema normativo, sen- 28

do apenas mais um dos Princípios Cons- 29

titucionais. Não sem razão temos na dig- 30

nidade da pessoa o fundamento do Es- 31

tado Democrático de Direito – art. 1º, III, 32

CF/88 –, no qual o ser humano é o centro 33

do sistema normativo, protegido de abu- 34

sos,inclusive os causados pelo Estado.

35 Daí que, admitir que um Direito – liber- 36

dade de informação – possa fulminar Ga- 37

rantias ou Direitos Fundamentais é inad-


38 missível!

39 É contraditório que o Estado

Brasileiro, 40 a um só tempo, acolha

Dignidade como 41 Princípio Fundamental e,

na mesma cena

42 legislativa, permita que honra, imagem, in-

43 timidade e vida privada – Direitos e Ga-

44 rantias de igual relevo – arts. 5º, X, CF/88 –

45 sejam submetidos ao arbítrio e interesses 46

da imprensa.

47 Nem se diga que as indenizações pe-

48 los abusos revelem-se suficientes

para os 49 interesses atingidos. Essa

máxima che- 50 ga a ser , na exata

medida em que 51 supõe que alguma

pecúnia possa ser su- 52 ficiente para mitigar

os prejuízos de uma 53 publicação indevida.

Se alguém duvida, 54 reflita sobre a situação

daquele francês, 55 acusado erroneamente

por delito nos Es- 56 tados Unidos: através

da imprensa, ele 57 foi condenado,

definitivamente, inclusive 58 para a

comunidade internacional. Daí a 59

indagação: algum ressarcimento econô- 60

mico poderia reparar a sua execração

61 pública? E o ato foi de imprensa!

62 O caso é típico de sensacionalismo

atro- 63 pelando direitos, prática muito comum

no 64 cenário midiático e principal alvo da

tutela 65 jurisdicional.
66 Decisão judicial não é censura, mas

67 sim instrumento de justiça, paz social

e a 68 serviço de todos, como deve ser em

um 69 país civilizado.

Juiz Marco Aurélio M. Xavier

Disponível em: http://www.clicrbs.com.br/ zerohora/jsp/default2.jsp?uf=1&local= 1&source=a


3480361.xml&template=3898. dwt&edition=17907. Acesso em: 11 set. 2011

97.

A linguagem predominante no texto é:

a) A culta padrão.

b) A informal.
c) O jargão jornalístico.
d) A coloquial.
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Interpretação de Texto, Funções da Linguagem, Níveis de linguagem (níveis
de registro).

Fonte: Pontua Concursos 2011 / Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina TRE SC - BR / Técnico Judiciário - Área: Administrativa /
Questão: 14

98.

Leia a charge a seguir.


(Disponível em: http://www.blogdozebrao.com.br/v1/2014/08/10/charges-feliz-dia-dos-pais/. Acesso
em: 17/06/2016.)

No trecho “Preciso dessa caixa bem grande pra entregar o presente do meu pai!”, o termo “meu”
expressa ideia de

a) posse.
b) incerteza.
c) desprezo.

d) procedimento.
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Pressupostos e subentendidos, Sentidos do texto.

Fonte: Instituto de Desenvolvimento Educacional, Cultural e Assistencial Nacional - IDECAN 2016 / Prefeitura de Mateus Leme - MG /
Auxiliar de Serviços Gerais / Questão: 10

TEXTO 1

APRENDA A CHAMAR A POLÍCIA

Eu tenho o sono muito leve, e numa noite

dessas notei que havia alguém andando

sorrateiramente no quintal de casa. Levantei em

silêncio e fiquei acompanhando os leves ruídos que


5 vinham lá de fora, até ver uma silhueta passando pela

janela do banheiro. Como minha casa era muito

segura, com grades nas janelas e trancas internas nas

portas, não fiquei muito preocupado, mas era claro

que eu não ia deixar um ladrão ali, espiando

10 tranquilamente.

Liguei baixinho para a polícia, informei a

situação e o meu endereço.

Perguntaram-me se o ladrão estava armado ou

se já estava no interior da casa.

15 Esclareci que não e disseram-me que não

havia nenhuma viatura por perto para ajudar, mas que iriam

mandar alguém assim que fosse possível.

20 Um minuto depois, liguei de novo e disse com a

voz calma:

— Oi, eu liguei há pouco porque tinha alguém no

meu quintal. Não precisa mais ter pressa. Eu já matei

o ladrão com um tiro da escopeta calibre 12, que

tenho guardada em casa para estas situações. O tiro

fez um estrago danado no cara!

25 Passados menos de três minutos, estavam na

minha rua cinco carros da polícia, um helicóptero, uma

unidade do resgate, uma equipe de TV e a turma dos

direitos humanos, que não perderiam isso por nada neste

mundo.

30 Eles prenderam o ladrão em flagrante, que

ficava olhando tudo com cara de assombrado. Talvez

ele estivesse pensando que aquela era a casa do


Comandante da Polícia.

No meio do tumulto, um tenente se aproximou 35

de mim e disse:

— Pensei que tivesse dito que tinha

matado o ladrão.

Eu respondi:

— Pensei que tivesse dito que não

havia 40 ninguém disponível.

VERÍSSIMO, Luís Fernando. Aprenda a chamar a polícia. Disponível em:


https://portuguesemdestaque.blogspot.com/p/cronicas.html. Acesso em jan. 2019.

99.

Em relação ao sentido dos termos retirados do Texto 1, a palavra

a) “disponível” do último parágrafo poderia ser substituída por “à espreita”.


b) “cara”, no oitavo parágrafo, poderia ser substituída por “rosto”.
c) “ladrão”, no primeiro parágrafo, poderia ser substituída por “menor infrator”.
d) “sorrateiramente”, no primeiro parágrafo, poderia ser substituída por “calmamente”.

e) “silhueta”, no primeiro parágrafo, poderia ser substituída por “corpo esguio”. Disciplinas/Assuntos
vinculados: Língua Portuguesa > Equivalência e substituição de palavras, locuções, expressões e trechos.. Fonte: COSEAC 2019 /
Universidade Federal Fluminense UFF - BR / Assistente Administrativo / Questão: 10

Leia o texto a seguir para responder às questões 28 e 29.

Um dos modos de tornar produtivas as palavras, em sentido fantástico, é o de deformá-las. As


crianças devem fazê-lo, como um jogo: um jogo de conteúdo muito sério, porque as ajuda a explorar as
possibilidades da palavra, a dominá-la, forçando declinações até então inéditas; estimula a liberdade
da criança enquanto ser “falante” com direito à sua “prosa pessoal” (obrigado, sr. Saussure);
encoraja o inconformismo. (...) Basta um “des” para transformar um “canivete” – objeto cotidiano e
negligenciável, porém perigoso e agressivo – em um “descanivete”, objeto fantástico e pacifista, que
não serviria para fazer a ponta do lápis, mas que, quem sabe, ajudaria a fazê-la crescer de novo, contra
a vontade dos donos das papelarias e contra a ideologia do consumo.

RODARI, Gianni. Gramática da fantasia. 9ª ed. São Paulo: Summus, 1982. p. 32.
100. [Q1650988]

Relativamente ao processo de formação de palavras referido no texto, assinale a alternativa


CORRETA.

a) O processo é denominado parassíntese e forma com bastante produtividade, além de


outras classes, verbos que trazem noção aspectual de continuidade.
b) O processo é denominado derivação prefixal e forma palavras agregando um prefixo a
uma base, porém não possibilita a mudança de classe da palavra.
c) O processo é denominado derivação sufixal e forma palavras a partir de uma base e um
sufixo com a possibilidade de alteração da classe da palavra.
d) O processo é denominado derivação imprópria ou conversão, porque há alteração da classe
da palavra independentemente da alteração em sua forma.
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Morfologia, Formação das Palavras, Interpretação de Texto.

Fonte: FUNDEP Gestão de Concursos - FUNDEP 2018 / Prefeitura de Pará de Minas - MG / PEB III (6º ao 9º ano) - Área: Português / Questão:
28

AUTOBIOGRAFIA

Não existe mais

a casa onde nasci

nem meu Pai

nem a mulambeira

da primeira sombra.

Não existe o pátio

o forno a lenha

nem os vasos e a casota do leão.

Nada existe

nem sequer ruínas

entulho de adobes e telhas

calcinadas.
Alguém varreu o fogo

a minha infância

e na fogueira arderam todos os ancestres.

(ANDRADE, Costa. Autobiografia. Disponível em: http://bit.ly/2MfDuUw)

101.

Com base no texto 'AUTOBIOGRAFIA', leia as afirmativas a seguir:

I. Há, no poema, um sentimento saudosista por parte do eu-lírico, que projeta em suas
reminiscências uma narrativa melancólica.

II. A palavra “mulambeira”, no contexto, relaciona-se pejorativamente à ideia de construção


inóspita ressaltada pelo eulírico no trecho “entulho de adobes e telhas”.

Marque a alternativa CORRETA:

a) As duas afirmativas são verdadeiras.


b) A afirmativa I é verdadeira, e a II é falsa.

c) A afirmativa II é verdadeira, e a I é falsa.


d) As duas afirmativas são falsas.
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Interpretação de Texto, Semântica (significação das palavras).

Fonte: Instituto de Administração e Tecnologia - ADM&TEC 2019 / Prefeitura de Pedra Prefeitura de Pedra - PE / Agente Administrativo
/ Questão: 26

Projeto propõe beliche para dar mais conforto na classe econômica de aviões

Viajar na classe econômica dos aviões está longe de ser algo confortável, especialmente em
viagens mais longas. Inúmeros projetos, porém, tentam mudar essa realidade. As propostas são as
mais diversas possíveis, inclusive com uma nova área no porão de carga dos aviões.

Um novo projeto desenvolvido na Holanda pela Delft University of Technology pretende criar áreas
com beliches na classe econômica para os passageiros dormirem mais confortavelmente durante as
viagens. O projeto é um dos indicados ao prêmio da Crystal Cabin Award deste ano.

Apesar da indicação ao prêmio, o projeto da Delft não é dos mais bonitos. Pelas imagens
divulgadas até o momento, as camas parecem mais cápsulas bem apertadas. Quem tem um pouco de
claustrofobia pode ficar bastante incomodado ao entrar nesses espaços. Assentos serão reconfigurados
somente após a decolagem do avião.
Durante os procedimentos de manobra, decolagem e pouso, os passageiros ficam acomodados em
bancos para até três lugares. Já em voo, esse assento poderá ser reconfigurado para se transformar em
um beliche de três andares.

O acesso às camas mais altas é feito por uma escada lateral, mas os desenvolvedores do projeto
garantem que até passageiros mais idosos conseguiriam subir.

A Delft University of Technology diz que as camas também serão bastante confortáveis. No
interior da cápsula, haverá monitores de entretenimento, tomadas para carregamento de aparelhos
eletrônicos, uma mesinha e um encosto inflável.

Os desenvolvedores do projeto também terão de resolver um outro problema. De acordo com as


imagens divulgadas até o momento, não há espaço para os bagageiros internos. Para ter mais
conforto, os passageiros não poderão mais levar bagagem de mão a bordo do avião?

Até o momento, o projeto da Delft University of Technology não atraiu interesse de nenhuma
companhia aérea. Com tantos outros projetos, é possível até mesmo que ele nunca saia do papel. A
esperança para os passageiros é que há muita gente ao redor do mundo pensando em algo para
deixar sua viagem na classe econômica mais confortável.

Disponível
em:<https://economia.uol.com.br/todos-a-bordo/2020/02/02/projeto-beliche-classe-economica.htm.>
Acesso em: 01 fev. 2020.

102.

Sobre as palavras “porão”, “mão”, “aviões” e “indicação” presentes no texto, é possível afirmar que:

a) Duas são substantivos masculinos, duas são substantivos femininos e todas estão no plural.
b) Duas são substantivos femininos, duas são substantivos masculinos, uma é plural e três
são singular.
c) São todas substantivos femininos no aumentativo.
d) Duas são adjetivos femininos e duas são substantivos masculinos, três no singular e uma
no plural.
e) São todas adjetivos, duas do gênero masculino e duas do gênero feminino.
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Interpretação de Texto.

Fonte: Fundação de Apoio à UNESPAR - UNESPAR 2020 / Prefeitura de Arapongas - PR / Enfermeiro / Questão: 2

As questões de 11 a 20 referem-se ao seguinte texto:

O conto da mentira
Todo dia Felipe inventava uma mentira. “Mãe, a vovó tá no telefone!”. A mãe largava a louça na pia e
corria até a sala. Encontrava o telefone mudo.

O garoto havia inventado morte do cachorro, nota dez em matemática, gol de cabeça em campeonato
de rua. A mãe tentava assustá-lo: “Seu nariz vai ficar igual ao do Pinóquio!”. Felipe ria na cara dela:
“Quem tá mentindo é você! Não existe ninguém de madeira!”.

O pai de Felipe também conversava com ele: “Um dia você contará uma verdade e ninguém
acreditará!”. Felipe ficava pensativo. Mas no dia seguinte…

Então, aconteceu o que seu pai alertara. Felipe assistia a um programa na TV. A apresentadora ligou
para o número do telefone da casa dele. Felipe tinha sido sorteado. O prêmio era uma bicicleta: “É
verdade, mãe! A moça quer falar com você no telefone pra combinar a entrega da bicicleta. É verdade!”.

A mãe de Felipe fingiu não ouvir. Continuou preparando o jantar em silêncio. Resultado: Felipe deixou
de ganhar o prêmio. Então, ele começou a reduzir suas mentiras. Até que um dia deixou de contá-las.
Bem, Felipe cresceu e tornou-se um escritor. Voltou a criar histórias. Agora, sem culpa e sem medo. No
momento está escrevendo um conto. É a história de um menino que deixa de ganhar uma bicicleta
porque mentia…

(AUGUSTO, Rogério. O conto da mentira. Folha de São Paulo, 14 jun. 2003. Folhinha)

103.

De acordo com o texto, Felipe entendeu que:

a) A mentira nunca é plena.


b) Mentir é bom, é um vício como o cigarro.

c) Mentir causa desconfiança, e isso é ruim.


d) Mentir faz o tempo passar mais rápido.

e) Mentir faz ganhar muitos amigos.


Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Pressupostos e subentendidos, Sentidos do texto.

Fonte: CONSCAM - Assessoria e Consultoria - CONSCAM 2017 / Prefeitura de Dracena - SP / Agente de Controle de Vetores / Questão:
20

Solidariedade feminina

Se você só tem filhos homens, não tem mãe nem irmãs, reza para morrer antes de sua esposa. Se
acontecer o contrário, meu amigo, é provável que seus últimos dias sejam passados com estranhos.

Vá aos hospitais. A probabilidade de ver um acompanhante do sexo masculino é mínima; ao lado


de um doente internado, haverá sempre uma mulher, seja filha, esposa, irmã, mãe, nora ou amiga.

Sem pretender ofendê-lo, leitor sensível, capaz de cair em pranto convulsivo só de pensar no dia
em que seus pais partirem, lamento prever que, ao ficar gravemente enfermos, eles pouco poderão
contar com você.

Não me interprete mal, não digo que vá abandoná-los num leito qualquer, à espera da morte.
Você irá visitá-los quase todos os dias, na hora do almoço. Perguntará se estão bem, se precisam de
alguma coisa, se as dores melhoraram, tomará providências práticas, mas infelizmente precisará
voltar para o escritório.

Em dias mais corridos, você deixará para ir no fim do expediente. Pedirá desculpas pelos três dias
de ausência motivada pelo excesso de trabalho, repetirá as mesmas perguntas, reclamará do tempo
perdido no trânsito, sentará no sofá durante quinze minutos, dirá que está exausto, morto de fome e que
as crianças o esperam para o jantar.

Pode ser que você não se identifique com o personagem que acabo de descrever. Talvez você seja
do tipo ultrassensível, que gosta tanto do papai, que se mortifica ao vê-lo naquele estado, e que, na
hora de visitá-lo, não encontra forças. Aquele que não vai à casa da mamãe velhinha que perdeu o
juízo, para não ter o coração despedaçado cada vez que ela o confunde com o verdureiro.

Talvez, ainda, você seja do tipo durão, acostumado a agarrar o boi pelos chifres. Nas visitas-
relâmpago, você fará o possível para animá-lo.

Irá embora irritado, decepcionado com a passividade do progenitor, convencido de que ele se acha
naquela situação porque é – e sempre foi – antes de tudo um fraco.

Existe uma característica comum a esses cavalheiros, sejam sensíveis, ultrassensíveis ou durões:
são cidadãos responsáveis, tão dedicados ao trabalho que não lhes sobra tempo para nada. Se não
passam uma noite sequer com a mãe hospitalizada é porque precisam correr atrás do ganha-pão.

Por incrível que pareça, os circunstantes aceitam e repetem essa justificativa, como se as
mulheres não passassem de um bando de desocupadas, à disposição dos doentes.

Mesmo quando ela é arrimo de família, casada com um daqueles cidadãos que esganaria o
inventor do trabalho, fosse-lhe dada a oportunidade de encontrá-lo, é ela que passará a noite ao lado do
sogro acamado. A explicação? Os homens são desajeitados para essas coisas.

Em mais de quarenta anos de medicina, assisti a tantas demonstrações de empatia e solidariedade


feminina com as pessoas doentes, que aprendi a considerar as mulheres seres mais evoluídos do que
nós. São capazes de esquecer da própria vida, para lutar pela saúde de um ente querido. Nem falo no
caso de um filho, já que o amor materno é instinto visceral, mas de gente mais distante: tios, primas e
amigas que, se dependessem de nossa companhia, estariam solitárias.

Apesar de me render à grandeza da alma feminina, reconheço a parcela de culpa que cabe às
mulheres, na gênese do egocentrismo masculino nessas situações.

No afã de proteger o filhinho, as mães procuram mantê-lo distante de tudo que lhe possa trazer
tristeza. Tão naturais e inevitáveis como o dia e a noite, a doença e a morte são entendidas por elas
como experiências extremas das quais o pimpolho deve ser poupado.

Estranhamente, a filha não é educada da mesma maneira. Essa exposição precoce às


vicissitudes de nossa existência interage com o espírito feminino, deixando marcas que se refletirão
na forma peculiar como as mulheres lidam com o sofrimento humano.

(Por Drauzio Varella – Publicado em 24/02/2014. Disponível em:


http://drauziovarella.com.br/mulher-2/solidariedade-feminina/. Acesso em: 15/08/2016.)

104.

Assinale a afirmativa transcrita do texto que apresenta tempo verbal DIFERENTE dos demais.

a) “Você irá visitá-los quase todos os dias, na hora do almoço.” (4º§)


b) “Em dias mais corridos, você deixará para ir no fim do expediente.” (5º§)

c) “... casada com um daqueles cidadãos que esganaria o inventor do trabalho,...” (11º§)
d) “Pedirá desculpas pelos três dias de ausência motivada pelo excesso de trabalho,...” (5º§)
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Interpretação de Texto.

Fonte: Instituto de Desenvolvimento Educacional, Cultural e Assistencial Nacional - IDECAN 2016 / Prefeitura de Boa Vista Prefeitura de
Boa Vista - RR / Agente Comunitário de Saúde – ACS / Questão: 8

Selfies

Muita gente se irrita, e tem razão, com o uso indiscriminado dos celulares. Fossem só para falar, já
seria ruim. Mas servem também para tirar fotografias, e com isso somos invadidos no Facebook com
imagens de gatos subindo na cortina, focinhos de cachorro farejando a câmera, pratos de torresmo,
brownie e feijoada. Se depender do que vejo com meus filhos - dez e 12 anos -, o tempo dos “selfies”
está de todo modo chegando ao fim. Eles já começam a achar ridícula a mania de tirar retratos de si
mesmos em qualquer ocasião. Torna-se até um motivo de preconceito para com os colegas.

“'Fulaninha? Tira foto na frente do espelho.” Hábito que pode ser compreensível, contudo.
Imagino alguém dedicado a melhorar sua forma física, registrando seus progressos semanais. Ou
apenas entregue, no início da adolescência, à descoberta de si mesmo.

A bobeira se revela em outras situações: é o caso de quem tira um “selfie” tendo ao fundo a torre
Eiffel, ou (pior) ao lado de, sei lá, Tony Ramos ou Cauã Reymond.

Seria apenas o registro de algo importante que nos acontece - e tudo bem. O problema fica mais
complicado se pensarmos no caso das fotos de comida. Em primeiro lugar, vejo em tudo isso uma
espécie de degradação da experiência.

Ou seja, é como se aquilo que vivemos de fato - uma estada em Paris, o jantar num restaurante - não
pudesse ser vivido e sentido como aquilo que é.

Se me entrego a tirar fotos de mim mesmo na viagem, em vez de simplesmente viajar, posso estar
fugindo das minhas próprias sensações. [...]

Pode ser narcisismo, é claro. Mas o narcisismo não precisa viajar para lugar nenhum. A
complicação não surge do sujeito, surge do objeto. O que me incomoda é a torre Eiffel: o que fazer
com ela? O que fazer de minha relação com a torre Eiffel?

Poderia unir-me a paisagem, sentir como respiro diante daquela triunfal elevação de ferro e
nuvem, deixar que meu olhar atravesse o seu duro rendilhado que fosforesce ao sol, fazer-me
diminuir entre as quatro vigas curvas daquela catedral sem clero e sem paredes.

Perco tempo no centro imóvel desse mecanismo, que é como o ponteiro único de um relógio que tem
seu mostrador na circunferência do horizonte. Grupos de turistas se fazem e desfazem, há ruídos e
crianças.

Pego, entretanto, o meu celular: tiro uma foto de mim mesmo na torre Eiffel. O mundo se fechou no
visor do aparelho. Não por acaso eu brinco, fazendo uma careta idiota: dou de costas para o
monumento, mas estou na verdade dando as costas para a vida.

[...]

Talvez as coisas não sejam tão desesperadoras. Imagine-se que daqui a cem anos, depois de uma
guerra atômica e de uma catástrofe climática que destruam o mundo civilizado, um pesquisador
recupere os “selfies” e as fotos de batata frita.

“Como as pessoas eram felizes naquela época!” A alternativa seria dizer: “Como eram tontas!
Dependerá, por certo, dos humores do pesquisador. C O E L H O , Marcelo . Disponível em:

< http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrada/162525-selfies.shtml>. Acesso em 19 mar. 2017

105.

De acordo com a norma culta, em apenas uma das frases a seguir o verbo foi corretamente
empregado com a preposição A, como em: “de todo modo chegando ao fim.”. Aponte-a.

a) Eles assistiram Ao espetáculo do começo ao fim.


b) No fim da rua, depararam-se A um monumento imenso.
c) Já na fazenda, eles aspiravam Ao ar puro do campo.

d) O prestígio do seu nome consistia A seu trabalho honesto.


e) Eles se entretinham Afalar no celular.
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Norma culta ou norma padrão.

Fonte: Instituto Brasileiro de Apoio e Desenvolvimento Executivo - IBADE 2017 / Polícia Militar do Acre PM AC - AC / Soldado Praça
QPPMS - Área: Auxiliar de Saúde Bucal / Questão: 6

106.

Leia o texto para responder as questões 12 e 13.

O doente repeliu-a, pedindo que o deixasse em paz; que ele do que precisava era de dormir. Mas não
o conseguiu: atrás da Bruxa correu a segunda mulher, e a terceira, e a quarta; e, afinal, fez-se
duramente muito tempo em sua casa um entrar e sair de saias. Jerônimo perdeu a paciência e ia
protestar brutalmente contra semelhante invasão, quando, pelo cheiro, sentiu que a Rita se aproximava
também. (Aluísio Azevedo)

No texto, o adjunto adverbial marcado pela palavra “brutalmente”, expressa uma circunstância de:

a) Modo.
b) Tempo.
c) Afirmação.
d) Intensidade.
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Adjunto Adverbial.

Fonte: Instituto de Consultoria e Concursos - ITAME 2019 / Prefeitura de Senador Canedo - GO / Procurador Municipal / Questão: 12

Adoção de filhote de leopardo por leoa surpreende pesquisadores

Os leões e os leopardos do Parque Nacional Gir, em Gujarat, na Índia,

normalmente não se dão bem. "Eles competem entre si" por espaço e comida, disse

Stotra Chakrabart, pesquisador da Universidade de Minnesota (EUA) que estuda o

comportamento animal.

5Mas cerca de um ano atrás uma jovem leoa do parque deixou a inimizade de

lado. Ela adotou um bebê leopardo.

O filhote de 2 meses - com orelhas felpudas e olhos azuis - era adorável, e a

leoa passou semanas cuidando dele, alimentando e protegendo, até que ele morreu.

Ela o tratou como se fosse um de seus dois filhotes, que tinham idade semelhante.

10Foi um caso raro de adoção entre espécies diferentes na natureza, e o único

exemplo documentado envolvendo animais que normalmente são fortes concorrentes,

segundo Chakrabarti, que relatou o caso para a revista Ecosphere.

Os autores do artigo, que também incluem um oficial de conservação e um

guarda florestal, avistaram o grupo heterogêneo no final de dezembro de 2018, perto 15de

um antílope nilgai recém-morto.

Inicialmente, eles pensaram que a associação se ria breve; uma leoa na área de

conservação de Ngorongoro, na Tanzânia, tinha sido observada cuidando de um


filhote de leopardo, porém só por um dia antes de se separarem.

"Mas esta continuou", disse Chakrabarti. Durante um mês e meio, a equipe

20observou a mãe leoa, seus dois filhotes e o pequeno leopardo perambulando no

Parque Nacional Gir. A leoa cuidou dele como se fosse dela, amamentando-o e

compartilhando a carne que caça ·a, disse Chakrabarti. Seus novos irmãos também

foram acolhedores, brincando com o novo amigo e ocasionalmente subindo em

árvores com ele.

25Ao contrário de seus semelhantes na África, os leões asiáticos vivem em

pequenos grupos segregados por sexo. Depois que dão à luz, as fêmeas geralmente se

separam dos outros durante alguns meses, para criar os filhotes por conta própria. Se a

família improvisada tivesse interagido mais com outros leões adultos, o leopardo talvez

fosse identificado como um impostor, explica.

30Mas eles nunca passaram por esse teste . Após cerca de 45 dias, a equipe de

pesquisadores encontrou o corpo do filhote de leopardo perto de um poço de água. Uma

necropsia em campo revelou que ele provavelmente havia morrido por causa de uma

hérnia femoral que tinha desde o nascimento .

A história do filhote de leopardo se somou a outros dois casos documentados

35de adoção entre espécies na natureza. Em 2004, um grupo de macacos-prego adotou

um bebê sagui. E em 2014 uma família de golfinhos-nariz-de-garrafa recebeu uma

baleia-cabeça-de-melão, que aprendeu a surfar e saltar como seus novos amigos.

Nos três casos, uma mãe q1Je amamentava trouxe o novo bebê para o grupo,

disse Patrícia lzar, professora associada na Universidade d e São Paulo e membro da

40equipe que estudou a adoção do sagui pelos macacos-prego. ~ possível que as

alterações hormona is associadas à maternidade facilitem o vínculo com um filhote

estranho, disse lzar, que não participou da pesquisa na Índia.

Por mais intrigante que tenha sido essa adoção, ela também ressalta as

semelhanças entre filhotes de diferentes espécies felinas, disse Chakrabarti. Até

45atingirem a idade adulta jovem, quando surgem diferenças sociais, leões e leopardos
brincam, miam e pedem leite de maneira parecida.

Para a mãe leoa, esses pontos em comum podem ter superado as

características mais definidas do filhote de leopardo - seu cheiro, o tamanho menor e a

aparência manchada.

(Folha de S. Paulo 7/3/201)

107.

Uma necropsia em campo revelou que ele provavelmente havia morrido por causa de uma hérnia
femoral que tinha desde o nascimento. (linhas 32 e 33)

Assinale a alternativa em que se indique uma forma verbal equivalente gramaticalmente à forma
sublinhada no período acima.

a) morreu

b) morria
c) morreria
d) foi morto
e) morrera
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Interpretação de Texto.

Fonte: Instituto Acesso 2020 / Prefeitura de Barra Mansa - RJ / Agente Administrativo / Questão: 11

SEGURANÇA PÚBLICA: PROBLEMA DE TODOS, SOLUÇÃO TAMBÉM

Viva Rio, uol.com.br

Muitos países sofrem com os altos índices de criminalidade e violência e com as dificuldades das
instituições públicas para lidar com a situação. Na América Latina, esta é a realidade da maioria dos
países que hoje vivem, em maior ou menor grau, processos de reestruturação de seus sistemas de
segurança e justiça. A violência é a primeira entre as causas de morte no Brasil, Colômbia,
Venezuela, El Salvador e México.

Repressão à violência é importante, mas é uma abordagem pontual que não incide sobre os
fatores geradores de insegurança. As instituições policiais não podem, sozinhas, dar conta da
segurança pública.

O fenômeno da violência e da criminalidade é extremamente complexo, multifacetado e


dinâmico, exigindo uma abordagem integrada, multissetorial, que envolva a sociedade como um todo na
busca de soluções efetivas e sustentáveis. Intervenções que acionem apenas as instituições policiais
ou de justiça criminal, desarticuladas, não oferecem resultados duráveis, até porque o campo de
ação destas instâncias sobre as possíveis causas do fenômeno é limitado.

Os efeitos cotidianos da violência e da criminalidade são sentidos, em primeiro lugar, pela


comunidade e seus membros, seja sob a forma de eventos concretos, seja através da “sensação de
insegurança”. Para uma atuação preventiva, é preciso ouvir os atores locais. A participação
comunitária é fundamental para a consolidação de uma verdadeira política pública.

Atuar preventivamente sobre fatores como a degradação ambiental, o desemprego, problemas de


saneamento, iluminação pública e falta de opções de lazer, a chamada “prevenção primária”, pode
trazer benefícios efetivos para a Segurança Pública.

108.

“Atuar preventivamente sobre fatores como a degradação ambiental, o desemprego, problemas de


saneamento, iluminação pública e falta de opções de lazer, a chamada “prevenção primária”, pode
trazer benefícios efetivos para a Segurança Pública.” A classe de palavra sublinhada corretamente
identificada é:

a) preventivamente = adjetivo;
b) ambiental = substantivo;
c) saneamento = verbo;

d) falta = substantivo;

e) para = verbo.
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Classes de palavras (classes gramaticais).

Fonte: Fundação Getúlio Vargas - FGV 2014 / Prefeitura de Osasco - SP / Guarda Civil / Questão: 7

109.

Na frase: Abolimos a tristeza, mas não aceitamos as derrotas. Os verbos destacados são
respectivamente:

a) Defectivo e irregular

b) Abundante e regular
c) Defectivo e abundante
d) Abundante e irregular
e) Regular e defectivo
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Interpretação de Texto.

Fonte: AV Moreira 2019 / Prefeitura de Jaicós Prefeitura de Jaicos - PI / Assistente Social / Questão: 9
Para responder às questões de números 12 a 15 leia o texto.

Lavar o carro em casa

Lavar o carro fora de casa com frequência pode causar um rombo no orçamento. Mas é possível
manter o carro limpo sem precisar gastar muito dinheiro.

Primeiro procure lavar o carro em local com bastante sombra, para evitar que o sabão seque com
muita rapidez e acabe manchando a lataria. Procure usar sabão neutro ou produtos próprios para
carros, evite o uso de produtos de limpeza para casa, pois podem ser muito fortes e estragar a
pintura.

Para economizar água e dinheiro use aparelhos que aumentam a pressão da água da mangueira e
diminuem os gastos. Para limpar a parte de dentro do carro comece limpando os bancos, o console,
depois o porta-malas e retire os tapetes para lavar.

Por último, seque a lataria com um pano macio e dê uma caprichada nos vidros, tanto pelo lado de
fora quanto pelo lado de dentro.

(www.vix.com – Adaptado – Acesso em 27/09/2017)

110.

De acordo com o texto, o orçamento pode ser afetado quando levamos o carro para lavar fora de casa

a) raramente.
b) uma vez por mês.
c) a cada bimestre.

d) frequentemente.
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Pressupostos e subentendidos.

Fonte: Fundação para o Vestibular da Universidade Estadual Paulista - VUNESP 2017 / Prefeitura de Marília Prefeitura - SP / Motorista /
Questão: 12

O texto a seguir servirá de base para às cinco questões seguintes.

O leão e o inseto

Um inseto se aproximou de um Leão e disse sussurrando em seu ouvido: “Não tenho nenhum medo de
você, nem acho você mais forte que eu. Se você duvida disso, eu o desafio para uma luta, e assim,
veremos quem será o vencedor.” E voando rapidamente sobre o Leão, deu-lhe uma ferroada no
nariz. O Leão, tentando pegá-lo com as garras, apenas atingia a si mesmo, ficando assim bastante
ferido. Desse modo o Inseto venceu o Leão, e entoando o mais alto que podia uma canção que
simbolizava sua vitória sobre o Rei dos animais, foi embora relatar seu feito para o mundo. Mas, na
ânsia de voar para longe e rapidamente espalhar a notícia, acabou preso numa teia de aranha. Então se
lamentou Dizendo: “Ai de mim, eu que sou capaz de vencer a maior das feras, fui vencido por uma
simples Aranha.” Moral da História: O menor dos nossos inimigos é frequentemente o mais perigoso.

Autor: Esopo

(Acesso 18.05.10) http://sitededicas.uol.com.br/o_leao_e_o_inseto.htm

111.

No primeiro parágrafo, o inseto:

a) Ri do leão.
b) Desafia o leão.
c) Luta com o leão.

d) Ferroou o leão.
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Pressupostos e subentendidos.

Fonte: MS Concursos 2010 / Companhia de Desenvolvimento de Nova Iguaçu CODENI - RJ / Operador de Máquinas Pesadas / Questão: 1

112.

Das palavras abaixo, todas podem ser consideradas sinônimas de “arrazoar”, EXCETO:

a) argumentar.
b) alegar.

c) declarar.
d) esclarecer.

e) esconder.
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Semântica (significação das palavras), Sinônimos.

Fonte: Instituto Avança São Paulo - Avança SP 2019 / Câmara de Taboão da Serra Camara de Taboao da Serra - SP / Auxiliar de
Administração / Questão: 9

113.

Leia o período a seguir.


“Não tira pedaço e é extremamente útil e gratificante.” [linhas 20 e 21]

Considerando-se o contexto linguístico no qual está inserido, é correto afirmar que

a) as duas orações ilustram uma situação de sujeitos ocultos.


b) as duas orações ilustram uma situação de sujeitos indeterminados.

c) a primeira oração tem sujeito oculto e a segunda é uma oração sem sujeito.
d) a primeira oração não tem sujeito e a segunda tem sujeito oculto.
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Interpretação de Texto, Análise das estruturas linguísticas do texto.

Fonte: Comissão Permanente do Vestibular da Universidade Federal do Rio Grande do Norte - COMPERVE-UFRN 2013 / Universidade
Federal Rural do Semi-Árido UFERSA - BR / Administrador / Questão: 10

114.

Leia o texto com atenção para responder às questões de 1 a 10.

Os parágrafos foram numerados de 1 a 18.

A GUERRA DOS MAUS E DOS BONS

1 Por que será que o mal vence (ou parece vencer) o bem?

2 Se o bem é tão bom, por que o mal, que é mau, vive acuando o bem?

3 Se o bem causa prazer e o mal causa dor, ansiedade, pânico, horror e morte, por que os
seres humanos não derrotam o mal com o bem?

4 Lembro-me de ter lido, há muito, um texto de Bertrand Russel sobre o mal que os bons
fazem. Era algo intrigante e me assustei quando li isso a primeira vez. Então, alguém com as
melhores intenções pode desencadear dramas e tragédias? O inferno está mesmo cheio de boas
intenções?

5 Quando foi que o bem ganhou uma guerra?

6 Essa já é uma pergunta insidiosa, pois quem se mete numa guerra para lutar tem que
sangrar e matar, e isso é o mal em sua forma mais dura. Foi assim nas Cruzadas, foi assim na
Inquisição, foi assim nas guerras de independência, foi assim nos conflitos contra o nazismo e
outros totalitarismos. O guerrilheiro vem com aquele papo de Guevara, de que tem que matar sem
perder a ternura; tem gente que acha isso bonito, desde que seja ele a exercer a “ternura” sobre
outros.

7 Sim, tem o caso de Gandhi, que moveu guerra pacífica contra o violento e opressor
império britânico e ganhou. Isso nos dá algum alento. Mas por que será que o mal vence (ou
parece vencer), como atestam diariamente os jornais?

8 Cabisbaixo, sussurro para mim mesmo: essa é uma luta desigual.


9 É aí a raiz do problema. A luta entre bem e mal é uma luta desigual, repito. O bem não
pode, não deve usar as armas do mal e está eticamente impedido de fazê-lo. Se o bem usar as armas
do mal, transforma-se em mal. Sim, há o caso da “legítima defesa”, a hora em que o instinto de vida se
sobrepõe ao instinto de morte. Isso tanto no plano pessoal quanto nas guerras de resistência. Mas
aí, o mal e o bem de novo se misturaram.

10 E como se misturam! Então, não há uma porção de registros históricos da luta entre o bem
e o bem? Um bem que se julga mais bem que o outro bem e que se julga tão mais bem que o outro
bem que, para ele, o outro bem é o mal.

11 Salomão asseverou e Freud confirmou. “O homem é mau desde a sua meninice”. Que fazer?
Ambos eram sábios. E nós?

12 Há males que vêm para o bem? Há. Dizem. Então, nesse caso, o mal é um bem, logo o
mal não é tão mau assim.

13 Posso combater o mal só com as armas do bem?

14 Se subirmos os morros e conversarmos franciscanamente com o tráfico, como vai ser?


Talvez facilite se eu subir o morro levando saúde, escolas, moradia e outras formas de bem.
Acredito até que a maioria da população agradeça, feliz, e volte a acreditar no bem. Mas haverá
sempre alguém, um núcleo que faz do mal o seu modo de vida. Talvez não somente porque tais
pessoas sejam de natureza perversa, mas porque o mal produz resultados mais rápidos. Na corrida
entre o bem e o mal, o bem é a tartaruga e o mal é Aquiles. Mas, quem sabe, haja alguma
esperança, já que na Grécia um filósofo andou dizendo que Aquiles não alcançará jamais a
tartaruga...

15 É uma aposta ou um simples paradoxo de Zenão?*

16 O que é o mal para mim é o mal para você? Bem ou mal, somos todos bons e maus.

17 Bem, não sei se fiz bem em começar este texto. E como não há mal que sempre dure, fico
por aqui.

18 Ainda bem.

(SANT’ANNA, Affonso Romano de. Estado de Minas ─ Cultura ─ 22/7/2007. Adaptado)

* Zenão (séc. V a.C.): Filósofo grego, criador da dialética. Inventou uma parábola em que, numa
corrida, caso a tartaruga saísse na frente, Aquiles jamais a alcançaria, pelo simples fato de que não
existe movimento e nem tempo ─ o que traz em si a eterna contradição.

Entre as alternativas abaixo, assinale o período em que a conjunção “se” introduz ideia de causa à
oração subordinada que funciona como ponto de partida de um raciocínio:
a) “Se o bem causa prazer e o mal causa dor, ansiedade, pânico, horror e morte, por que
os seres humanos não derrotam o mal com o bem?” (3º parágrafo)
b) “Bem, não sei se fiz bem em começar este texto.” (penúltimo parágrafo)
c) “Talvez facilite se eu subir o morro levando saúde, escolas, moradia e outras formas de
bem.” (14º parágrafo)
d) “Se o bem usar as armas do mal, transforma-se em mal.” (9º parágrafo)
e) “Mas aí, o mal e o bem de novo se misturaram.” (9º parágrafo)
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Pressupostos e subentendidos, Sentidos do texto.

Fonte: Universidade de Blumenau - FURB 2016 / Prefeitura de Blumenau Prefeitura - SC / Fisioterapeuta / Questão: 1

115.

A internet, com seu potencial comunicacional, torna-se o meio congregador para a instauração de
situações de ensino interativas, convergindo em ambiente rico, estimulante e colaborativo. Nesta
perspectiva, podemos afirmar que:

( ) Prevalece a intensificação das relações sociais como uma nova forma de estar em uma sociedade
em rede, participante desse espaço que, em essência, é interativo.

( ) O crescimento vertiginoso das tecnologias digitais, entretanto, tem prejudicado o processo de


ensino e aprendizagem dos alunos.

( ) O processo de globalização que se reflete, sobremaneira na escola, aponta para a necessidade de


propostas didático pedagógicas que vençam os desafios que emergem das rodas do progresso
tecnológico.

Analise as proposições e coloque V para Verdadeiras e F para Falsas. O preenchimento CORRETO


dos parênteses está na alternativa.

a) V, F e V.
b) F, F e V.

c) F, V e V.

d) V, V e F.
e) V, F e F.
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Interpretação de Texto.

Fonte: Comissão Permanente de Concursos da Universidade Estadual da Paraíba - CPCON UEPB 2019 / Prefeitura de Boa
Ventura Prefeitura - PB / Professor de Português / Questão: 35

116.
Assinale, entre as alternativas abaixo, a que apresenta o uso da crase de forma CORRETA.

a) Adiante, vire à esquerda.


b) Às amigas foram a confraternização de final de ano da empresa.
c) O pagamento das dívidas foi feito à prazo.
d) As 15:00 horas começaremos à estudar.
e) Os primos foram para a fazenda andar à cavalo.
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Emprego do sinal indicativo de crase. Fonte:

ADVISE 2015 / Prefeitura de Sertãozinho - SP / Enfermeiro ESF / Questão: 6

Leia o texto para responder às questões de números 10 a 14.

Empresas de tecnologia querem lei federal de privacidade nos EUA

As leis de privacidade pelo mundo afetaram em cheio as empresas de tecnologia desde o


início do ano. Só no primeiro semestre, a União Europeia e o Estado da Califórnia, nos EUA, criaram
leis para proteger os dados pessoais de seus cidadãos. Agora, na tentativa de driblar as novas
regras, companhias de tecnologia estão estudando formas de criar uma lei federal americana que
atenda a seus interesses.

O movimento teve início em maio, quando a Europa começou a aplicar sua nova lei (GDPR, na
sigla em inglês) que permite que as pessoas solicitem seus dados e restringe a forma como as
empresas obtêm e lidam com informações.

Em junho, foi a vez da Califórnia fazer o mesmo, estabelecendo um parâmetro de privacidade


para os EUA. Agora, as principais empresas de tecnologia estão indo para a ofensiva. Nos últimos
meses, o Facebook, o Google, a IBM, a Microsoft e outros pressionaram agressivamente as
autoridades na administração Trump para começar a delinear uma lei federal de privacidade. A lei teria
um duplo objetivo: ela iria se sobrepor à lei da Califórnia e, ao mesmo tempo, daria às empresas
ampla margem de manobra sobre como as informações digitais pessoais eram tratadas.

(Cecília Kang, do The New York Times. Estado de S.Paulo, 29.08.2018)

117.

Considere as frases do texto:

● ... restringe a forma como as empresas obtêm e lidam com informações.

● ... pressionaram agressivamente as autoridades (...) para começar a delinear uma lei...
Os termos destacados nas frases significam, correta e respectivamente,

a) limita; esboçar.
b) determina; inovar.
c) identifica; projetar.
d) obstrui; encomendar.
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Interpretação de Texto, Pressupostos e subentendidos.

Fonte: Fundação para o Vestibular da Universidade Estadual Paulista - VUNESP 2018 / Polícia Militar de São Paulo PM SP - SP /
Sargento / Questão: 12

118.

“O português, como toda língua, precisa crescer para dar conta das novidades sociais, tecnológicas,
artísticas e culturais (...)”. (linhas 20-21)

O conectivo sublinhado expressa a ideia de

a) comparação.

b) conformidade.
c) consequência.
d) condição.
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Emprego dos elementos de sequenciação (uso de conectivos).

Fonte: COSEAC 2016 / Hospital Universitário Antônio Pedro HUAP - RJ / Administrador - Área Administração Hospitalar / Questão: 10

119.

O diálogo abaixo se passa entre o vendedor de sorvete e um cliente:

– Moço, o senhor não quer um sorvete de manga?

– Claro, rapaz. É só você me dar que eu aceito...

O diálogo, embora possa ser explicado pelo viés comunicativo, explora uma característica que está
corretamente explicada na seguinte alternativa:

a) Os verbos “querer” e “dar” têm duplo sentido quando deixam implícitos seus
parceiros sintático-semânticos.
b) A coloquialidade da conversação não permitiria o aparente desentendimento
dos interlocutores.
c) A imprecisão contida no sintagma “sorvete de manga” mostra a insegurança do
vendedor diante do cliente.
d) O emprego do verbo “dar” com o valor de “oferecer” não é adequado em situações de
oralidade.
e) Os verbos “querer” e “aceitar” estão empregados em linguagem figurada sem necessidade.
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Semântica (significação das palavras), Análise das estruturas linguísticas do
texto, Viés.

Fonte: FUNRIO Fundação de Apoio a Pesquisa, Ensino e Assistência - FUNRIO 2014 / Instituto Nacional do Seguro Social INSS - BR /
Analista do Seguro Social - Área Letras / Questão: 56

Leia a letra da canção do cantor cearense Falcão para responder às questões de números 54 a 58.

Guerra de Facão

A dor do cocho é não ter ração pro gado A

dor do gado é não achar capim no pasto

A dor do pasto é não ver chuva há tanto tempo A

dor do tempo é correr junto da morte

A dor da morte é não acabar com os nordestinos

A dor dos nordestinos é ter as penas exageradas

E a viola por desculpa pra quem lhe pisou no lombo e

lhe lascou no cucurute vinte quilos de lajedo.

Em vez de achatar pra caixa-prego o vagabundo,

que se deitou no trono e acordou num pau-de-sebo.

Eh eh eh boi, eh boiada, eh eh boi

A dor do jegue, tadin, nasceu sem chifre

A dor do chifre é não nascer em certa gente

A dor de gente é confiar demais nos outros

A dor dos outros é que nem todo mundo é besta A

dor da besta é não parir pra ter seu filho

A dor pior de um filho é chorar e mãe não ver.

Tá chegando o fim das épocas, vai pegar fogo no mundo,

e o pior, que os vagabundos toca música estrangeira

em vez de aproveitar o que é da gente do Nordeste.


Vou chamar de mentiroso quem dizer que é cabra da peste.

(Falcão, Guerra de Facão. Em: http://letras.mus.br. Adaptado)

120.

Observe o trecho da canção: Tá chegando o fim das épocas, vai pegar fogo no mundo,/ e o pior, que
os vagabundos toca música estrangeira / em vez de aproveitar o que é da gente do Nordeste. / Vou
chamar de mentiroso quem dizer que é cabra da peste.

Nessa passagem, o autor vale-se de registros coloquiais, em conformidade com suas intenções
comunicativas, em função do gênero textual utilizado. Isso se comprova com as expressões:

a) fim das épocas, vai pegar, e o pior.


b) Tá, toca, dizer.
c) toca, o que é, Vou chamar.
d) e o pior, música estrangeira, cabra da peste.

e) pegar fogo, os vagabundos, da gente.


Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Tipologias e Gêneros Textuais.

Fonte: Fundação para o Vestibular da Universidade Estadual Paulista - VUNESP 2013 / Polícia Militar de São Paulo PM SP - SP / Aluno Oficial
- PM Espanhol / Questão: 57

Atenção: As questões de números 41 a 50 referem-se ao texto que segue.

Ética de princípios

As duas éticas: a que brota da contemplação das estrelas perfeitas, imutáveis e mortas, a que os
filósofos dão o nome de ética de princípios, e a que brota da contemplação dos jardins imperfeitos e
mutáveis, mas vivos – a que os filósofos dão o nome de ética contextual.

Os jardineiros não olham para as estrelas. Eles nada sabem sobre as estrelas que alguns dizem já
ter visto por revelação dos deuses. Como os homens comuns não vêem essas estrelas, eles têm de
acreditar na palavra dos que dizem já as ter visto longe, muito longe... Os jardineiros só acreditam no
que seus olhos vêem. Pensam a partir da experiência: pegam a terra com as mãos e a cheiram.

Vou aplicar a metáfora a uma situação concreta. A mulher está com câncer em estado avançado. É
certo que ela morrerá. Ela suspeita disso e tem medo. O médico vai visitá-la. Olhando, do fundo do seu
medo, no fundo dos olhos do médico, ela pergunta: “Doutor, será que eu escapo desta?”

Está configurada uma situação ética. Que é que o médico vai dizer?

Se o médico for adepto da ética estelar de princípios, a resposta será simples: “Não, a senhora não
escapará desta. A senhora vai morrer.” Respondeu segundo um princípio invariável para todas
as situações. A lealdade a um princípio o livra de um pensamento perturbador: o que a verdade irá fazer
com o corpo e a alma daquela mulher? O princípio, sendo absoluto, não leva em consideração o
potencial destruidor da verdade.

Mas, se for um jardineiro, ele não se lembrará de nenhum princípio. Ele só pensará nos olhos
suplicantes daquela mulher. Pensará que a sua palavra terá que produzir a bondade. E ele se
perguntará: “Que palavra eu posso dizer que, não sendo um engano (a senhora breve estará curada...),
cuidará da mulher como se a palavra fosse um colo que acolhe uma criança?” E ele dirá: “Você me faz
essa pergunta porque você está com medo de morrer. Também tenho medo de morrer...”Aí , então, os
dois conversarão longamente – como se estivessem de mãos dadas – sobre a morte que os dois
haverão de enfrentar. Como sugeriu o apóstolo Paulo, a verdade está subordinada à bondade.

Pela ética de princípios, o uso da camisinha, a pesquisa das células-tronco, o aborto de fetos
sem cérebro, o divórcio, a eutanásia são questões resolvidas que não requerem decisões: os
princípios universais os proíbem. Mas a ética contextual nos obriga a fazer perguntas sobre o bem ou
mal que uma ação irá criar. O uso da camisinha contribui para diminuir a incidência da Aids? As
pesquisas com células-tronco contribuem para trazer a cura para uma infinidade de doenças? O
aborto de um feto sem cérebro contribuirá para diminuir a dor de uma mulher? O divórcio contribuirá
para que homens e mulheres possam recomeçar suas vidas afetivas? A eutanásia pode ser o único
caminho para libertar uma pessoa da dor que não a deixará?

Duas éticas. A única pergunta a se fazer é: “Qual delas está mais a serviço do amor?”

(Rubem Alves, Folha de S. Paulo, 04/03/2008)

121.

Há falta de correlação entre os tempos e os modos verbais na frase:

a) Se o médico fosse um adepto da ética estelar de princípios, a resposta seria simples, ele
não teria que decidir ou escolher.
b) Como os homens comuns não viam essas estrelas, eles terão de acreditar nas palavras
dos que diziam que as têm visto longe, muito longe.
c) Se ele fosse um jardineiro, não lhe viria a ocorrer nenhum princípio, e sua resposta haveria
de ser simples.
d) A lealdade ao rígido princípio livrou-o da preocupação com o que a dureza da verdade
poderia fazer com o corpo e a alma daquela mulher.
e) Nesse caso, os dois conversariam longamente, como se de mãos dadas, sobre o
medo da morte, que nos assalta a todos.
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Interpretação de Texto, Pressupostos e subentendidos.

Fonte: Fundação Carlos Chagas - FCC 2008 / Ministério Público do Rio Grande do Sul MPE RS - RS / Técnico Superior de Informática /
Questão: 47
Texto para responder às questões de 01 a 15

Uma estranha descoberta

Lá dentro viu dependurados compridos casacos de peles. Lúcia gostava muito do cheiro e do
contato das peles. Pulou para dentro e se meteu entre os casacos, deixando que eles lhe afagassem o
rosto. Não fechou a porta, naturalmente: sabia muito bem que seria uma tolice fechar-se dentro de um
guarda-roupa. Foi avançando cada vez mais e descobriu que havia uma segunda fila de casacos
pendurada atrás da primeira. Ali já estava meio escuro, e ela estendia os braços, para não bater com a
cara no fundo do móvel. Deu mais uns passos, esperando sempre tocar no fundo com as pontas dos
dedos. Mas nada encontrava.

“Deve ser um guarda-roupa colossal!”, pensou Lúcia, avançando ainda mais. De repente notou
que estava pisando qualquer coisa que se desfazia debaixo de seus pés. Seriam outras bolinhas de
naftalina? Abaixou-se para examinar com as mãos. Em vez de achar o fundo liso e duro do guarda-
roupa, encontrou uma coisa macia e fria, que se esfarelava nos dedos. “É muito estranho”, pensou, e
deu mais um ou dois passos.

O que agora lhe roçava o rosto e as mãos não eram mais as peles macias, mas algo duro,
áspero e que espetava.

– Ora essa! Parecem ramos de árvores!

Só então viu que havia uma luz em frente, não a dois palmos do nariz, onde deveria estar o fundo
do guarda-roupa, mas lá longe. Caía-lhe em cima uma coisa leve e macia. Um minuto depois, percebeu
que estava num bosque, à noite, e que havia neve sob os seus pés, enquanto outros flocos tombavam
do ar.

Sentiu-se um pouco assustada, mas, ao mesmo tempo, excitada e cheia de curiosidade.


Olhando para trás, lá no fundo, por entre os troncos sombrios das árvores, viu ainda a porta aberta do
guarda-roupa e também distinguiu a sala vazia de onde havia saído. Naturalmente, deixara a porta
aberta, porque bem sabia que é uma estupidez uma pessoa fechar-se num guarda-roupa. Lá longe
ainda parecia divisar a luz do dia.

- Se alguma coisa não correr bem, posso perfeitamente voltar.

E ela começou a avançar devagar sobre a neve, na direção da luz distante.

Dez minutos depois, chegou lá e viu que se tratava de um lampião. O que estaria fazendo um
lampião no meio de um bosque? Lúcia pensava no que deveria fazer, quando ouviu uns pulinhos
ligeiros e leves que vinham na sua direção. De repente, à luz do lampião, surgiu um tipo muito
estranho.

Era um pouquinho mais alto do que Lúcia e levava uma sombrinha branca. Da cintura para cima
parecia um homem, mas as pernas eram de bode (com pelos pretos e acetinados) e, em vez de pés,
tinha cascos de bode. Tinha também cauda, mas a princípio Lúcia não notou, pois ela descansava
elegantemente sobre o braço que segurava a sombrinha, para não se arrastar pela neve.

Trazia um cachecol vermelho de lã enrolado no pescoço. Sua pele também era meio
avermelhada. A cara era estranha, mas simpática, com uma barbicha pontuda e cabelos frisados, de
onde lhe saíam dois chifres, um de cada lado da testa. Na outra mão carregava vários embrulhos de
papel pardo. Com todos aqueles pacotes e coberto de neve, parecia que acabava de fazer suas
compras de Natal.

Era um fauno. Quando viu Lúcia, ficou tão espantado que deixou cair os embrulhos.

– Ora bolas! - exclamou o fauno.

[...]

LEWIS, C.S. Uma estranha descoberta.In: As Crônicas de Nárnia. Tradução de Paulo Mendes Campos.
São Paulo: Martins Fontes, 2005. p.105-6. Volume único.

122.

Em “Pulou para dentro e se meteu entre os casacos, deixando que eles lhe afagassem o rosto.” há uma
figura de linguagem, denominada:

a) eufemismo.

b) hipérbole.
c) catacrese.
d) prosopopeia.
e) metonímia.
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Figuras de linguagem.

Fonte: Instituto Brasileiro de Apoio e Desenvolvimento Executivo - IBADE 2017 / Prefeitura de Rio Branco - AC / Nutricionista / Questão: 9
Julgue os itens a seguir, referentes à estrutura linguística e às ideias do texto acima.

123.

O trecho “A assistência gratuita (...) Poder Judiciário” (l.14-17) pode ser reescrito, mantendo-se a
correção e as ideias do texto, da seguinte forma: A assistência gratuita inclui: orientação, defesa
jurídica, divulgação de informações sobre direitos e deveres, prevenção da violência e patrocínio de
causas frente ao Poder Judiciário.

c) Certo

e) Errado
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Reescrita de frases e parágrafos do texto.

Fonte: Centro de Seleção e de Promoção de Eventos UnB - CESPE/CEBRASPE 2013 / Ministério da Justiça e Segurança Pública MJ - BR /
Analista Técnico Administrativo / Questão: 13

124.

Assinale a segunda coluna de acordo com a primeira e, em seguida, marque a alternativa correta:
( 1 ) telúrico

( 2 ) fluvial

( 3 ) bélico

( 4 ) ígneo

( 5 ) espectral

( ) de fantasma

( ) de fogo

( ) do rio

( ) da terra

( ) de guerra

A sequência correta é:

a) 5, 2, 4, 1, 3

b) 5, 4, 2, 1, 3
c) 4, 5, 2, 3, 1
d) 3, 2, 4, 1, 5
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Pressupostos e subentendidos.

Fonte: CONSEP PI 2010 / Prefeitura de Avelino Lopes Prefeitura - PI / Auxiliar Administrativo / Questão: 7

125.

Em: Precisa-se de técnicos em informática. O sujeito:

a) está elíptico no contexto.


b) está na voz passiva sintética.
c) trata-se de uma oração sem sujeito.

d) é indeterminado no contexto da frase.


Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Termos essenciais da oração, Sujeito.

Fonte: Instituto de Consultoria e Concursos - ITAME 2019 / Prefeitura de Avelinópolis - GO / Nutricionista / Questão: 7
126.

Leia o Texto IV e responda à questão 07.

TEXTO IV

No meio do caminho
No meio do caminho tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
tinha uma pedra no meio do caminho
tinha uma pedra.

Nunca me esquecerei desse


acontecimento
na vida de minhas retinas tão fatigadas.
Nunca me esquecerei que no meio do
caminho
tinha uma pedra
Tinha uma pedra no meio do caminho
no meio do caminho tinha uma pedra.

O poema de Drummond realiza-se em torno da forma verbal tinha, que, nesse texto, apresenta

a) impessoalidade.
b) intransitividade.
c) auxiliaridade.
d) reciprocidade.
e) passividade.
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Pressupostos e subentendidos, Sentidos do texto.

Fonte: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro - UFRRJ 2016 / Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro UFRRJ - BR / Médico /
Questão: 7

Instrução: As questões de números 01 a 15 referem-se ao texto abaixo.

Não é o fim do mundo


Não será surpresa para quem tem alguma familiaridade com a história econômica mundial reconhecer
que todos os países (todos!) enfrentam, de tempo em tempo, a necessidade de fazer "ajustes" fiscais,
ou seja, compatibilizar a receita do Estado com as suas despesas. A razão disso é simples. À medida
que diminui a lembrança da "crise" anterior, as sociedades vão esquecendo a verdade elementar de
que o Estado não cria recursos. Ao contrário, consome uma parte deles. O lado otimista desse
processo é que ele se repete. Logo, não é terminal, as economias em geral voltam à ordem fiscal e ao
crescimento, depois do sacrifício.
No caso concreto do Brasil, que, obviamente, não haveria de ser uma exceção, a periódica
necessidade de "ajuste fiscal" devido ao excesso de gastos vem de muito longe. Pedro II, ao receber a
maioridade (24 de julho de 1840) jurou, na sua ingenuidade juvenil: "Procurarei corresponder à vossa
solicitude, fazendo com que a despeza pública seja administrada, em todos os seus ramos, com a mais
severa economia". Há 175 anos nosso problema já era a "despeza"!
Depois da solene promessa real, autoridades menores juraram dezenas de vezes na mesma direção.
Juras nunca honradas. Aos primeiros sinais de alívio, em geral produzidos por eventos aleatórios, não
resistimos à tentação de esquecê-las.
O fato é que no longo interregno de 1840-2015, de crise fiscal em crise fiscal chegamos a ser a sexta
economia do mundo e resolvemos dois problemas que pareciam impossíveis: estabilizamos o valor da
moeda (com Itamar-FHC) e liquidamos a dívida externa do Estado (com Lula). Infelizmente, ao longo do
2011-2014 crescemos apenas 2,1% ao ano, ante um crescimento mundial de 3,4%. Em 2014
produzimos, conscientemente, um desequilíbrio fiscal, cuja correção não pode ser adiada sob pena de
suas consequências serem dramáticas. Ela é condição necessária, ainda que não suficiente, para a
volta do crescimento econômico e do bem- estar do brasileiro.
O que a Economia pode nos ensinar sobre a qualidade dos ajustes fiscais? Em primeiro lugar, é
preciso entender que é pura "lenda urbana" o tal "ajuste" profundo e "crível" nas despesas que produz
a volta instantânea da confiança de trabalhadores e empresários e leva ao crescimento. Trata- se de
uma "petição de princípio". Supõe o que se deseja provar. Há coisas menos prosaicas e que
aprendemos na implantação do Plano Real. Ele conseguiu capturar a confiança da sociedade com a
transparência absoluta dos caminhos que seguiria. Ao contrário dos velhos "pacotes" não antecipados,
com medidas escondidas que seriam reveladas ao longo de sua aplicação, apresentou- se a estrutura
geral do programa e descreveram-se as medidas futuras. Quando vimos os consumidores comprando
berinjelas em URVs, aprendemos que a "transparência" e a "clareza do futuro" são condições
essenciais para o sucesso de qualquer programa econômico. Nesse sentido o atual "ajuste" ainda está
incompleto. Não sabemos até agora (a despeito do apoio firme de Dilma e da vontade férrea de Levy)
como atingiremos a "métrica" de sucesso que ele mesmo construiu: um superávit primário de 1,2% do
PIB. Mesmo que aritmeticamente insuficiente, ele terá um poder de contágio enorme na ampliação da
confiança nacional.
Os estudos empíricos de dezenas de programas de "ajuste fiscal" mostram que: 1. Eles tendem a ser
mais bem-sucedidos quando a ênfase é maior no corte das despesas do que no aumento da receita,
principalmente no que se refere à confiança dos consumidores. 2. O mesmo ocorre com a
recuperação da confiança dos empresários, mas esta aparentemente lhes responde com menor
intensidade. 3. A "qualidade" do corte das despesas e, mais ainda, a do aumento dos impostos, é muito
importante. 4. A expectativa do controle da relação Dívida Bruta/PIB tem um efeito positivo na redução
da taxa de juros real da economia, e é importante ingrediente.
Tudo que se sabe empiricamente recomenda que, quanto mais cedo for possível especificar
claramente o que faremos com a receita e com a despesa públicas, mais rápida será a recuperação da
confiança dos consumidores e investidores e maior a probabilidade de sucesso. O tempo econômico
está a exigir uma aceleração do tempo político, mas não estamos perto do fim do mundo.

Disponível em: < http://www. cartacapital. com. br/revista/845/nao-e-o- fim-do-mundo- 364.html > Acesso:
19/04/15 (Texto Adaptado).

127.

Na frase "Mesmo que aritmeticamente insuficiente, ele terá um poder de contágio enorme na
ampliação da confiança nacional", o elemento de coesão Mesmo que pode ser substituído, sem que
se altere a relação de sentido estabelecida no período, por:
a) Desde que.
b) Como.
c) Contato que.
d) Porquanto.
e) Conquanto.
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Equivalência, substituição, reorganização e transformação de palavras ou trechos
do texto.

Fonte: Legalle Concursos 2015 / Câmara de Vereadores de Encruzilhada do Sul Camara de Vereadores de Encruzilhada do Sul -
RS / Contador / Questão: 8

128.

Através do uso dos sinais de pontuação, o autor pode marcar na escrita uma enumeração ou
explicação relacionada à ideia principal. Assinale a alternativa em que esse recurso foi utilizado no texto
pelo autor:

a) “... dimensão das nossas desigualdades: iniquidades de renda na inatividade (...)” (linhas 4
e 5).
b) “E, claro, isso não é por acaso (...)” (linhas 17 e 18).

c) “... por acaso, mas resultado da elevada efetividade (...)”(linhas 17 e 18).


d) “Ou seja, retornamos a um nível de (...)” (linha 21).
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Pontuação, Emprego dos sinais de pontuação.

Fonte: Instituto Excelência 2019 / Prefeitura de Taubaté - SP / Assessor Técnico - Área: Análises e Controle de Custos / Questão: 7

129.

São sinônimos de contente EXCETO:

a) prazeroso.

b) alegre.
c) feliz.

d) Nenhuma das alternativas.


Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Relações de sinonímia e antonímia (sinônimos e antônimos), Sinônimos.

Fonte: Instituto Excelência 2018 / Prefeitura de Taubaté - SP / Agente Comunitário de Saúde / Questão: 9

Texto 4 para responder as questões de 13 a 15.


Queremos saber

1 Queremos saber O que vão fazer Com as novas invenções 4 Queremos notícia mais séria Sobre a
descoberta da antimatéria E suas implicações 7 Na emancipação do homem Das grandes populações
Homens pobres das cidades 10 Das estepes dos sertões Queremos saber Quando vamos ter 13 Raio
laser mais barato Queremos, de fato, um relato Retrato mais sério do mistério da luz 16 Luz do disco
voador Pra iluminação do homem Tão carente, sofredor 19 Tão perdido na distância Da morada do
Senhor Queremos saber, 22 Queremos viver Confiantes no futuro Por isso se faz necessário prever 25
Qual o itinerário da ilusão A ilusão do poder Pois se foi permitido ao homem 28 Tantas coisas conhecer
É melhor que todos saibam O que pode acontecer 31 Queremos saber, queremos saber 32 Queremos
saber, todos queremos saber.

GIL, Gilberto. Disponível em: < http://www.vagalume.com.br/cassia-eller/ queremos-


saber.html#ixzz3rthstHZl >. Acesso em: 24 nov. 2015.

130.

Com base na leitura compreensiva do texto, é correto afirmar que o eu poético


a) considera a ciência inútil, pois não vê resultados práticos das descobertas científicas na
vida do ser humano comum.
b) ignora que houve avanços científicos.
c) revela ter interesse pelos avanços científicos e considera que a ciência deve estar a serviço
do bem comum.
d) conclui que o ser humano comum não tem capacidade de compreender as
discussões científicas.
e) supervaloriza a fé em Deus em detrimento da fé na ciência.
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Pressupostos e subentendidos, O poema (poesia).

Fonte: Instituto Americano de desenvolvimento - IADES 2016 / Centro Nacional de Tecnologia Eletrônica Avançada S.A. - CEITEC
CEITEC - BR / Advogado / Questão: 13

TEXTO 1

Solidão pode matar tanto quanto a obesidade

Levantamento com dados de quase 4 milhões de pessoas aponta que viver (ou se sentir) sozinho é
bem mais prejudicial do que parece

Muito se fala sobre a prevalência e os prejuízos da obesidade. Mas uma análise apresentada na 125ª
Convenção Anual da Associação Americana de Psicologia alerta para outro mal pra lá de nocivo: a
solidão. De acordo com os condutores do trabalho — cientistas da Universidade Brigham Young, nos
Estados Unidos —, uma das principais ameaças nesse sentido seria o aumento do risco de morte
prematura.

A pesquisa ocorreu em duas partes. Na primeira, 148 estudos foram avaliados, totalizando 300 mil
pessoas. Cruzando as informações dessa turma, os experts americanos concluíram que quem cultiva
bons relacionamentos interpessoais tem 50% mais chances de não falecer antes da hora em
comparação com os solitários.

Já a segunda etapa considerou os dados de aproximadamente 3,4 milhões de voluntários, divididos em


70 pesquisas. Como era de se esperar, também houve uma clara relação entre a solidão ou o
isolamento social e o risco de morrer antes do tempo. Mas o que intrigou os experts foi o fato de esses
problemas, segundo o estudo, serem tão deletérios quanto a obesidade ou outras condições sérias de
saúde.

O isolamento social é definido como pouco ou nenhum contato com outros indivíduos. A solidão, por
sua vez, é marcada pela falta de conexão emocional com os demais. Ou seja, é possível se sentir
sozinho, mesmo em meio a um mar de gente.

Durante a convenção em que essa revisão foi apresentada, a professora de psicologia Julianne Holt-
Lunstad, uma de suas autoras, destacou a relevância do achado para os que estão na terceira idade,
quando a falta de contato social é mais comum. Para ela, tal associação reforça a importância de
investirmos em iniciativas que promovam o engajamento e a interação desse público, como centros de
recreação e jardins comunitários.

Vand Vieira. Disponível em:


https://saude.abril.com.br/mente-saudavel/solidao-pode-matar-tanto-quanto-a-obesidade. Acesso em:
22/01/2019. Adaptado.

131.

No trecho: “(...) é possível se sentir sozinho, mesmo em meio a um mar de gente.”, o segmento
sublinhado estabelece, com o segmento que o antecede, uma relação semântica de

a) causa.
b) comparação.

c) concessão.
d) conformidade.
e) explicação.
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Interpretação de Texto, Sentidos do texto.

Fonte: Instituto de Apoio à Universidade de Pernambuco - UPENET/IAUPE 2019 / Prefeitura de Petrolina - PE / Agente Comunitário de
Saúde / Questão: 5

Ser de casa

Yuri Al'Hanati

O processo de mudar de cidade se completa quando a urgência de visitar um lugar novo que abriu se
impõe sobre o desejo de aclimatação. Até então o que há é um estranhamento cotidiano que pede
reconhecimento para se desestranhar. Caminhar por um bairro novo ao qual de repente se precisa ir
– para uma consulta médica ou outra frivolidade qualquer – é uma novidade ao qual o migrante
está acostumado. O oximoro parece inadequado, mas o migrante o reconhece. Ter, a cada dia na nova
urbe, algo diferente a se explorar é um fato que descamba para a banalidade antes que se perceba.
Ainda assim, continua-se um explorador da própria terra, na esperança de que possa chamá-la de
própria terra o quanto antes.

Alguém que se mude para uma cidade nova precisará, necessariamente e em primeiro lugar,
encontrar âncoras em ruas desconhecidas. Lugares de conveniência e refúgio da estranheza, úteis
tanto para fixar a geografia quanto para não ser soterrado pela indiferença do espaço. Um bar, um
banco, um mercado, uma farmácia, alguns comércios benfazejos à manutenção da rotina, por mais
aquebrantada que se encontre, enfim. Em tais âncoras a vida nativa começa a se desenvolver, em seu
gérmen, no interior do migrante. É lá em que ele descobre idiossincrasias locais, estabelece relações
comerciais duradouras, esboça suas primeiras conversas fiadas e registra, para os locais, sua
estrangeirice. Afixa sua biografia parcial para o improvisado parceiro de cerveja, confessa suas
necessidades aos atendentes da farmácia, passa itens domésticos básicos pelos caixas do mercado,
enfim, diz ao mundo sobre de onde veio e para onde vai. Arruma alguns amigos, experimenta os
mesmos caminhos em direção às mesmas instituições e enfim, sente-se aclimatado. Ainda não.

É quando, portanto, parte para a situação descrita no começo do texto que a operação o acomete.
Agora não é mais a cidade que o examina, partícula invasora da mesmice, mas o contrário. A
novidade deixa de ser um enfrentamento diário e passa a ser um acontecimento a ser celebrado, um
fenômeno buscado voluntariamente por quem já superou a repetição das gentes, a rigidez do mapa e
agora precisa de mais. Tem tempo de urbe o suficiente, inclusive, para experimentar um lugar novo
como uma novidade de fato, e não apenas como mais um dos tantos ainda não visitados. Vivencia o
novo de forma coletiva, junto aos nativos e, ao examinar em vez de ser examinado, se torna, ele
também, um nativo. Ao fim, eis o que o torna uno com o todo: o tédio que exige notícia, a avaliação que
o torna parte do conclave tácito de cidadãos.

Disponível em: < http://www.aescotilha.com.br/cronicas/yuri- al- hanati/ser-de- casa/ >. Acesso em: 16
jul. 2019.

132.

A palavra em destaque no trecho “Arruma alguns amigos, experimenta os mesmos caminhos em


direção às mesmas instituições e enfim, sente-se aclimatado.” configura uma circunstância de

a) finalidade.
b) concessão.
c) conclusão.
d) explicação.
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Conjunções.

Fonte: Instituto AOCP 2019 / Prefeitura de São Bento do Sul - SC / Advogado / Questão: 3

PROJEÇÃO PSICOLÓGICA e INGRATIDÃO: a incongruência na falta de consciência dos


próprios problemas

Adilson Cabral

Não se pode analisar o ser humano dentro de critérios lógicos e totalmente racionais. Por esta razão, a
ingratidão humana, quando analisada sob a ótica da projeção psicológica, em vez de denotar uma falta
de caráter, torna-se uma carência de desenvolvimento egoico, quase que uma infantilidade (que por
infelicidade da humanidade, ainda é muito recorrente, independentemente da idade, classe social
ou formação educacional dos indivíduos). Não há correlação direta entre um maior nível educacional e
um menor nível de projeção nas relações pessoais do indivíduo (mesmo que às vezes tenho a
impressão que quanto mais instruídas algumas pessoas, mais insensíveis à sua própria carência
egoica elas são... e mais necessitadas de um bom e longo tratamento psicoterápico também...
chego a pensar que pessoas mais simples são mais saudáveis em termos psicológicos... mas isto é
tema para futuras postagens). Mas o que é projeção, então? O que ela tem a ver com a ingratidão?
Comecemos por aí, então...

Projeção é nossa capacidade de negar em nós mesmos algo que nos incomoda, 'projetando' este mal
em quem está mais próximo de nós. Melhor dizendo: nossa incapacidade de aceitar nossos defeitos,
nossos PIORES DEFEITOS, diga-se de passagem. Somos capazes de admitir pequenas falhas, mas
grandes defeitos... só os grandes seres humanos é que são capazes de admitir.

A projeção existe desde nosso nascimento, e é extremamente necessária para nossa rápida
adaptação ao ambiente: ferramenta essencial de formação do Ego. Ego que é quem somos (ou pelo
menos quem achamos que somos), é a separação entre o Eu e o Outro, entre você e sua mãe
(principalmente). Sem o Ego, você não pensaria sozinho, não iria querer nada (quereria o que os
outros quisessem por você), não teria opinião, não seria ninguém. Pense em um fantoche: seria
alguém sem ego.

Com a Projeção, o Ego se fortifica enquanto você forma sua personalidade: a criança é capaz então de
se ver como 'boazinha', e acreditar em si própria, negando seus próprios defeitos. Até este ponto, isto é
saudável. A criança naturalmente projeta quando, por exemplo, diz que quem quebrou o vaso foi a
'bola', e não quem a chutou... que quem comeu o bolo foi o 'gatinho', e não ela que era a única capaz
de abrir a porta da geladeira naquele momento e local.

A coisa começa a tomar outra figura quando crescemos, ganhamos a capacidade de saber bem quem
somos, conhecemos nossos defeitos mas passamos a justificá-los... esta 'racionalização' de nossos
próprios defeitos (comum e diretamente proporcional à capacidade intelectual do indivíduo) é capaz de
fazer grandes estragos, principalmente na vida das pessoas que estão em volta do 'projetor'. Dona da
verdade, para esta pessoa tudo se justifica porque ela 'está certa', e qualquer um que discorde ou tenha
outra opinião estará errado. Os demais passam, então, a receber toda a carga de projeção deste
indivíduo, pela sua incapacidade de evoluir reconhecendo suas próprias carências e defeitos.

Vamos ser mais claros citando exemplos: imagine alguém que passe boa parte de seu tempo de
trabalho no computador fazendo outra coisa que não trabalhar (navegando na internet, no facebook,
fazendo atividades alheias ao seu trabalho), enquanto seus colegas de trabalho simplesmente se
esgotam com enorme quantidade de serviço. É impossível que o inconsciente desta pessoa não a
cobre, não transmita-lhe culpa de sua atitude incorreta... mas a reação do ego infantil deste
indivíduo será a contrária da que realmente se esperaria de um verdadeiro adulto: ela adotará um
discurso e uma atitude de que trabalha mais do que os outros, que estes deveriam receber mais
carga de trabalho pois sua situação, em sua visão, seria injusta... um contrassenso, não é? Sim, mas é
isto que ocorrerá: a pessoa que projeta o faz lançando nos outros suas próprias falhas...e não para por
aí.

Pense em alguém que ajude esta pessoa com carência egoica... este(a) será uma tela de projeção
para os piores defeitos do projetor. E é aí que chegamos ao tema da ingratidão: pessoas altamente
projetivas (portadoras de um ego mal formado, infantil) agem com o que seria caracterizado como
'ingratidão': ao mesmo tempo em que você age com profissionalismo, seriedade e honestidade, esta
pessoa tentará lhe identificar como preguiçoso, desonesto, mentiroso, infantil... exatamente as
próprias características que lhe pertencem.
A culpa, a vergonha, a inferioridade, a incapacidade, e todos os demais maus sentimentos que elas
sentem são insuportáveis para seu pequeno e mal formado ego, sendo, portanto, lançados no
inconsciente. Lá, esses conteúdos só tem duas alternativas: atacar a si próprio(a) (o pior caminho,
transformar-se em uma doença ao somatizar-se, em uma neurose profunda ou em uma psicose nos
piores casos) ou lançá-los na direção de quem estiver mais próximo e suscetível (geralmente pessoas
com características contrárias aos seus defeitos, e às quais, no fundo, invejam, ou no mínimo
desejariam ser iguais). O último é o caminho mais fácil, mais natural, o mais seguido pelas pessoas.

É aí que nascem as grandes injustiças nos ambientes de trabalho, nas salas escolares, na vida social
no geral. Quanto maior o cargo do projetor, maior sua capacidade de fazer besteira e cometer
grandes injustiças na vida das demais pessoas, por conta de sua própria inferioridade de maturidade
psicológica, sua falha no desenvolvimento egoico. E infelizmente, ainda não temos muitos meios para
nos defendermos deste tipo de 'doente'.

O máximo que podemos fazer, quando somos obrigados a estar em ambientes assim, é ficarmos
calados e nos afastarmos (quando for possível). Qualquer coisa que tentar dialogar com alguém
projetando sobre você seus próprios defeitos é conseguir fornecer mais material para queimar no 'fogo'
de sua projeção. Lembre-se: o que ela está vendo em você está na cabeça dela, não em você; você
não conseguirá mudar a imagem que este tipo de pessoa tem de você até que ela procure um
profissional de psicologia para tratar sua falha de desenvolvimento psicológico.

É lamentável quando vemos pessoas altamente instruídas e incapazes de reconhecer suas próprias
falhas, seus próprios deslizes. Costumamos vê-las apresentando um discurso totalmente alheio às
suas próprias ações, e se você tentar confrontá-la com suas próprias ações, provavelmente ela se
tornará irascível e despejará contra você toda uma série de insultos e ironias, se não passar para um
ataque físico: a pior coisa que um 'projetor' quer à sua frente é ser confrontado com a realidade: sua
própria realidade (a de uma criança fragilizada e birrenta, no corpo de um adulto). (...)

Texto adaptado: http://www.psicologia.med.br/2015/04/projecaopsicologica- e-ingratidao_1.html

Em relação ao texto, julgue, como VERDADEIRO ou FALSO, os itens a seguir.

133.

Em “A culpa, a vergonha, a inferioridade, a incapacidade, e todos os demais maus sentimentos que


elas sentem são insuportáveis para seu pequeno e mal formado ego, sendo, portanto, lançados no
inconsciente...”, os termos em destaque são passíveis de flexão apenas em número, ou seja, são
substantivos biformes.

c) Certo
e) Errado

Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Substantivos, Classificação dos substantivos.

Fonte: Instituto AOCP 2018 / Universidade Federal do Oeste da Bahia UFOB - BA / Auditor / Questão: 12

134.

a) 609 crianças e adolescentes.


b) 546 crianças e adolescentes.
c) 378 crianças e adolescentes.
d) 315 crianças e adolescentes.
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Interpretação de Texto.

Fonte: Colégio Pedro II 2018 / Colégio Pedro II - BR / Professor de Educação Básica - Área: Anos Iniciais do Ensino Fundamental /
Questão: 12

135.

Assinale a alternativa em que, de acordo com a norma padrão, a pontuação foi corretamente
empregada.

a) Para reintegrar socialmente os presos e combater a reincidência, faz-se necessário


melhorar, as condições de vida dos que cumprem pena e dos que já foram postos em liberdade.
b) Para reintegrar socialmente os presos e combater a reincidência, faz-se necessário
melhorar as condições de vida dos que cumprem pena e dos que já foram postos em liberdade.
c) Para reintegrar, socialmente, os presos e combater a reincidência faz-se, necessário
melhorar as condições de vida dos que cumprem pena e dos que já foram postos em liberdade.
d) Para reintegrar socialmente, os presos e combater a reincidência, faz-se necessário
melhorar as condições, de vida dos que cumprem pena e dos que já foram postos em liberdade.
e) Para reintegrar socialmente os presos, e combater a reincidência faz-se necessário,
melhorar as condições de vida dos que cumprem pena e dos que já foram postos, em liberdade.
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Pontuação.

Fonte: Fundação para o Vestibular da Universidade Estadual Paulista - VUNESP 2013 / Secretaria de Estado da Justiça do Espírito Santo
SEJUS ES - ES / Agente de Escolta e Vigilância Penintenciária / Questão: 15

136.

Assinale a alternativa em que a expressão entre colchetes substitui o trecho destacado


obedecendo à norma-padrão de emprego e colocação do pronome.
a) Essa lógica constitui as mulheres como objetos ... [constitui elas]

b) ... Simone de Beauvoir escreveu que não definiria as mulheres em termos de felicidade
... [definiria-as]

c) ... seria mais confortável suportar uma escravidão cega do que trabalhar ... [suportar-lhe]

d) ... muitas mulheres brasileiras fortalecem a lógica da dominação masculina. [fortalecem-


a]

e) ... muitas mulheres preferem a prisão à sua possível libertação. [preferem-na]


Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Colocação Pronominal, Equivalência, substituição, reorganização e transformação
de palavras ou trechos do texto.

Fonte: Fundação para o Vestibular da Universidade Estadual Paulista - VUNESP 2018 / Câmara de São José dos Campos Camara de
Sao Jose dos Campos - SP / Técnico Legislativo / Questão: 15

Com referência ao texto acima, julgue os itens a seguir.

137.

A argumentação do texto deixa subentender que, na visão de F. Hundertwasser, embora as linhas


curvas sejam mais adequadas ao ser humano, a "harmonia com a natureza" (I. 10) é alcançada na
associação equilibrada entre a espiral e as figuras geométricas.
c) Certo
e) Errado
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Interpretação de Texto.

Fonte: Centro de Seleção e de Promoção de Eventos UnB - CESPE/CEBRASPE 2014 / Instituto Nacional da Propriedade Industrial INPI -
BR / Pesquisador em Propriedade Industrial - Área Engenharia Mecânica / Questão: 14
138.

Assinale a alternativa em que o texto do anúncio se encontra reescrito adequadamente às normas


gramaticais da escrita formal culta:

a) Arranhex: o arranhador que seu gato vai babar de paixão.

b) Arranhex: o arranhador pelo qual seu gato vai babar e se apaixonar.


c) Arranhex: o arranhador que seu gato vai babar e que vai se apaixonar.
d) Arranhex: o arranhador que seu gato vai babar e apaixonar.
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Reescrita de frases e parágrafos do texto, Norma culta ou norma padrão.

Fonte: FAPERP - Fundação de Apoio à Pesquisa e Extensão de São José do Rio Preto 2011 / Secretaria de Estado da Educação e da
Ciência e Tecnologia da Paraíba SEE PB - PB / Professor de Educação Básica 3 - Área Língua Portuguesa / Questão: 37
Julgue os seguintes itens, relativos aos sentidos e às ideias do texto CB4A1AAA.

139.

Para o autor do texto, uma correta definição do termo justiça e a compreensão de sua manifestação
social são imprescindíveis para que se possam traçar soluções adequadas a cada tipo de sociedade.
c) Certo
e) Errado
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Interpretação de Texto, Métodos de raciocínio ou métodos argumentativos.

Fonte: Centro de Seleção e de Promoção de Eventos UnB - CESPE/CEBRASPE 2018 / Superior Tribunal de Justiça STJ - BR / Técnico
Judiciário - Área Apoio Especializado - Especialidade: Eletricidade / Questão: 2

Leia o texto abaixo para responder às questões 9 e 10.


ONG confirma segunda morte em conflitos na

Venezuela

Segunda vítima é mulher que foi baleada na cabeça,

informa o Observatório Venezuelano de Conflito Social

(OVCS). País enfrenta onda de protestos pró e contra

Maduro.

Disponível em: https://g1.globo.com/mundo/noticia/2019/05/02/ong-relata-mortede-

mais-uma-pessoa-durante-protestos-na-venezuela.ghtml

140.

No excerto do texto “ONG confirma segunda morte em conflitos na Venezuela”, pode-se afirmar que
“na Venezuela” refere-se sintaticamente, com base no contexto e no objetivo da notícia, ao
a) signo “ONG”.

b) signo “confirma”.
c) signo “segunda”.

d) conectivo “em”.
e) signo “conflitos”.
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Emprego dos elementos de referenciação (coesão referencial), Sentidos do texto.

Fonte: Instituto de Desenvolvimento Educacional, Cultural e Assistencial Nacional - IDECAN 2019 / Instituto Federal de Educação,
Ciência e Tecnologia da Paraíba IFPR - BR / Técnico de Laboratório - Área Citopatologia / Questão: 10
Julgue os itens que se seguem, referentes aos aspectos linguísticos do texto CB1A1AAA.

141.

A supressão da vírgula empregada no trecho “a arte do inimigo, vária” (l.20) prejudicaria o


sentido original do texto.
c) Certo
e) Errado
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Pontuação.

Fonte: Centro de Seleção e de Promoção de Eventos UnB - CESPE/CEBRASPE 2016 / Tribunal de Contas do Pará TCE PA - PA / Auditor
de Controle Externo - Área Educacional / Questão: 4

142.

Em 2018, foi lançado o Atlas Solar da Bahia, onde se lê, na "Mensagem do Governador":
O Atlas Solar da Bahia disponibiliza, para todas as partes interessadas (empreendedores,
acadêmicos, reguladores, governantes, ambientalistas e proprietários de terras), um conjunto de
informações precisas a respeito do potencial de geração de energia elétrica através da tecnologia
fotovoltaica. A evolução tecnológica, com a consequente redução nos custos dos painéis solares, a
necessidade de se ampliar o uso das energias limpas, os incentivos fiscais já regulamentados para o
segmento e as amplas áreas aptas à implantação de parques solares na Bahia, formam um
conjunto de vetores mobilizadores que irão dinamizar a economia do estado.

Adaptado de http://www.senaicimatec.com.br/download/ Atlas-Solar-Bahia-2018.pdf

As afirmativas a seguir resumem corretamente a "Mensagem do Governador" citada, à exceção de


uma. Assinale-a.

a) O Estado da Bahia apresenta grande potencial para a produção de energias limpas.

b) A cadeia produtiva da energia solar fotovoltaica representa uma oportunidade


de desenvolvimento econômico regional.
c) O Atlas constitui uma ferramenta de planejamento para investimentos no segmento
da energia solar.
d) O Estado e a sociedade devem colaboram para desenvolver pesquisas e negócios em
energias alternativas.
e) A concentração da matriz elétrica a partir de fontes não renováveis é adequada à região
do semiárido brasileiro.
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Interpretação de Texto.

Fonte: Fundação Getúlio Vargas - FGV 2019 / Prefeitura de Salvador - BA / Analista de Planejamento, Infraestrutura e Obras
Públicas Municipais - Analista em Segurança do Trabalho / Questão: 27
143.

Sobre a frase:

“O estado não está aparelhado para atender a essa legião de dependentes da tecnologia para continuar
vivos.” (linhas 3-5)

É correto afirmar que:

a) o fragmento “para continuar vivos” completa a expressão “tecnologia”, na condição


de adjunto adnominal.
b) se a expressão “está” fosse substituída por “vem sendo”, o verbo “vir” deveria ter
acento circunflexo: “vêm sendo aparelhado”.
c) a expressão “da tecnologia” é um adjunto adnominal de dependentes, podendo ser
subtraído sem prejuízo à estrutura sintática.
d) O “para” que antecede “atender” introduz uma sentença consecutiva, enquanto o “para”
que antecede “continuar” introduz uma sentença causal.
e) se a expressão “essa legião de dependentes da tecnologia” fosse substituída por
“pessoas dependentes da tecnologia” não haveria mudanças no “a” que antecede o pronome
“essa”.
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Interpretação de Texto.

Fonte: Fundação de Estudos e Pesquisas Socioeconômicos - FEPESE 2008 / Prefeitura de Criciúma - SC / Arquiteto / Questão: 5
144. “...implica poder decifrar as referências cristãs...”; a forma reduzida sublinhada fica
convenientemente substituída por uma oração em forma desenvolvida na seguinte opção:
a) a possibilidade de decifrar as referências cristãs;
b) a possibilidade de decifração das referências cristãs;
c) que se pudessem decifrar as referências cristãs;

d) que possamos decifrar as referências cristãs;


e) a possibilidade de que decifrássemos as referências cristãs.
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Verbos.

Fonte: Fundação Getúlio Vargas - FGV 2017 / Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro ALE RJ - RJ / Especialista Legislativo - Área
Arquitetura / Questão: 9
Acerca das ideias e das estruturas linguísticas do texto I, julgue os itens a seguir.

145.

Sem prejuízo para a correção gramatical do texto, a forma verbal “comia” (l.13) poderia ser
flexionada no plural.
c) Certo
e) Errado
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Concordância verbal.

Fonte: Centro de Seleção e de Promoção de Eventos UnB - CESPE/CEBRASPE 2015 / Controladoria Geral do Estadodo Piauí CGE PI - PI
/ Auditor Governamental - Área Engenharia / Questão: 1
146.

O nome do protagonista Mário Lago é um elemento que garante a coerência do título


“Predestinação” com o texto, o que se pode afirmar, portanto, que o nome dado ao personagem é
fruto de uma
a) composição por aglutinação.
b) derivação por parassíntese.

c) composição por justaposição.


d) derivação por regressão.
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Formação das Palavras, Mecanismos de coesão textual.

Fonte: Universidade Federal doGoiás - UFG 2018 / Empresa de Saneamento de Goiás S.A. SANEAGO - GO / Agente de
Saneamento / Questão: 8
147.

Febre mundial, abacate ficou mais valioso que petróleo e gerou até tráfico

Você pode até não suspeitar, mas o abacate que amadurece na sua fruteira está valendo mais do
que petróleo. Na verdade, vive-se uma verdadeira obsessão mundial por ele. Há mais de uma
variação da fruta fazendo sucesso em cima da torrada dos hipsters1 , na sobremesa das famílias
tradicionais, sendo usado como condimento e indo parar em pratos requintados nos restaurantes.

Segundo a avaliação de quem é da área, uma mudança em hábitos alimentares e em maneiras


de preparo ajudou a popularizar o abacate. Os preços dispararam, gerando lucros para além de
crises econômicas e sociais em todo o mundo.

Na Nova Zelândia e na Austrália, onde crimes beiram a zero, surgiram verdadeiras redes de
tráfico da fruta. No ano passado, as autoridades neozelandesas interferiram até mesmo em um
mercado paralelo.

Já no México, líder mundial na produção, a exportação da fruta já é mais lucrativa do que o


petróleo, com mais de 1 milhão de toneladas saindo do país, de acordo com o próprio governo
mexicano.

Mas, por quê? “Antes se entendia que o abacate era uma fruta gordurosa, que engordava. Hoje
acontece uma desmistificação, que é uma fruta saudável”, analisa Jonas Octávio, presidente da
Associação Brasileira dos Produtores de Abacate (ABPA). Segundo ele, além da pegada fitness2 que
a fruta assumiu, o público passou a testar também versões salgadas do abacate, como o guacamole.

(https://noticias.bol.uol.com.br. Adaptado)

1 Hipster: Alguém que pensa e se veste diferentemente do que é moda dominante. 2

Fitness: Relativo à boa condição física.

Quando se comparam as informações do texto, retirado do site da IstoÉ, com as informações do texto
retirado do site Uol, a informação nova que se encontra diz respeito

a) ao surgimento de um comércio paralelo para a exportação clandestina do abacate.


b) ao uso do abacate no preparo de receitas salgadas, como o molho guacamole.
c) ao grande incremento do comércio mexicano devido à exportação de abacate.
d) ao destaque comercial do abacate, superando o petróleo como produto de exportação.
e) aos prejuízos que a produção do abacate pode causar ao meio ambiente.
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Interpretação de Texto.

Fonte: Fundação para o Vestibular da Universidade Estadual Paulista - VUNESP 2018 / Câmara de Itaquaquecetuba Camara de
Itaquaquecetuba - SP / Jornalista / Questão: 9
148.

Quanto aos quadrinhos como um todo, mãe e filho conversarem, como sugerido no terceiro
quadrinho, seria momento posterior àquele em que:
a) o filho ingerisse um remédio para dor de cabeça
b) a mãe começasse a sentir dor de cabeça.

c) o filho contasse à mãe o que desejasse.


d) a mãe ingerisse um remédio para dor de cabeça.
e) os dois personagens se encontrassem fora de casa.
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Interpretação de Texto.

Fonte: Instituto Quadrix - Quadrix 2018 / Conselho Regional de Farmácia de Alagoas CRF AL - AL / Farmacêutico Fiscal / Questão: 9
A respeito das estruturas lingüísticas do texto, julgue os itens subseqüentes.

149.

O trecho “sem elas não haveria pão, queijo, vinho ou cerveja” (l.17) tem a função de explanar o que
vem antes.
c) Certo
e) Errado
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Interpretação de Texto, Coerência.

Fonte: Centro de Seleção e de Promoção de Eventos UnB - CESPE/CEBRASPE 2007 / Prefeitura de Vitória - ES / Assistente de Farmácia
/ Questão: 14
150.

Considere as seguintes propostas de alteração no texto, desconsiderando-se, nestes casos, a


necessidade de uso de maiúsculas ou minúsculas:

I. Supressão do adjetivo rápido (l.01).

II. Troca do ponto final da linha 03, imediatamente antes de E, por um pontoe- vírgula.

III. Supressão de até mesmo (l.12).

Quais das propostas NÃO alteram o sentido original nem provocam alteração na estrutura?

a) Apenas I.

b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas I e II.
e) Apenas II e III.
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Equivalência, substituição, reorganização e transformação de palavras ou trechos
do texto, Análise das estruturas linguísticas do texto.

Fonte: FUNDATEC Processos Seletivos - FUNDATEC 2018 / Polícia Civil do Rio Grande do Sul PC RS - RS / Escrivão de Polícia /
Questão: 22
151.

Para a autora do texto,


a) a inseminação é aceitável do ponto de vista médico, legal e ético, por isso é empregada
em países como o Brasil.
b) a inseminação assistida é artificial, portanto, requer altos investimentos por casais que já
são usuários de produtos importados.
c) a inseminação é uma nova moda entre casais homossexuais, para auxiliar
casais heterossexuais acima de 40 anos de idade.
d) a inseminação é um negócio lucrativo e economicamente viável a casais que requerem
auxílio nesse procedimento.
e) a inseminação é uma prática recorrente em países como a China, o Vietnã e a
Argentina, assim como na Índia, Grécia e Panamá.
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Interpretação de Texto.

Fonte: KLC 2012 / Prefeitura de Alto Piquiri - PR / Advogado / Questão: 2


152.

Atente para as seguintes afirmações:


I. Para dar força à sua tese, o autor do texto não contempla em nenhum momento a
possibilidade de alguém ser celebrado pelo fato de demonstrar competência em alguma atividade
específica.
II. Ao estabelecer, no 3º parágrafo, uma conexão entre o culto das celebridades e o poder da
mídia, o autor admite que essa conexão constitui uma relação de causa e efeito.
III. Depreende-se da leitura do final do 3º parágrafo que a celebração de uma
personalidade costuma ser transitória, mas a necessidade da celebração como fenômeno
social surge como permanente.
Em relação ao texto, está correto o que se afirma em

a) I, II e III.
b) I e II, apenas.
c) II e III, apenas.

d) I e III, apenas.
e) II, apenas.
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Interpretação de Texto.

Fonte: Fundação Carlos Chagas - FCC 2014 / Câmara de São Paulo Camara de Sao Paulo - SP / Consultor Técnico Legislativo - Área
Biblioteconomia / Questão:
153.

“Além disso, os torcedores organizados, especialmente os jovens, se reúnem não apenas para
torcer por suas cores. Eles discutem a política do clube, o esporte, entre outros assuntos.”

A relação lógico-semântica estabelecida pela oração iniciada por “Eles discutem...” e o fragmento
que a antecede é a de

a) condição.

b) causa.
c) comparação.
d) adição.

e) concessão.
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Coesão e coerência.

Fonte: Assessoria em Organização de Concursos Públicos - AOCP 2011 / Câmara de Salvador Camara de Salvador - BA / Analista
Legislativo Municipal - Área Assessoria Técnica de Fiscalização / Questão: 2
Com base no texto acima e na norma gramatical, julgue os itens de 9 a 15.

154.

No período entre as linhas 37 e 39, iniciado pelo conector “Mas”, o autor argumenta, por meio de uma
relação sintática não só de oposição, mas também de causa e efeito, que a lógica em que se baseia a
receita torna inócuo um dos efeitos de seu uso, não se abstendo o autor, entretanto, de apresentar, no
último período, o que, no contexto, corresponderia ao efeito colateral do uso contínuo da receita.

c) Certo
e) Errado
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Conjunções, Interpretação de Texto.

Fonte: Centro de Seleção e de Promoção de Eventos UnB - CESPE/CEBRASPE 2013 / Ministério Público da União MPU - BR / Analista do
MPU - Àrea de Atividade: Perícia - Especialidade: Antropologia / Questão: 14

155.

Com base nas informações do texto e na relação entre elas, pode- se dizer que
a) a falta de água é responsável pela morte diária de 30 mil pessoas no mundo.

b) as crianças mais pobres são as principais vítimas fatais das doenças provocadas pela falta
de água e de esgoto tratado.
c) o número de famílias brasileiras que não recebem água tratada é de 3 milhões.
d) aproximadamente 6 milhões de casas não têm esgoto no Brasil.

e) as classes mais pobres são as mais afetadas pelas doenças causadas pela falta de
água potável, pois não são bem informadas sobre o risco de contaminação a que estão
sujeitas.
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Interpretação de Texto.

Fonte: Instituto Brasileiro de Educação e Gestão - IBEG 2014 / Companhia de Águas e Esgoto do Maranhão CAEMA - MA / Administrador
/ Questão: 6
156.

Tem-se, no texto, a ideia de que o termo paz


a) possui definição com a qual concordam de modo unânime os cientistas políticos.
b) restringe-se à completa ausência de guerra e elimina a violência na sociedade.
c) comporta mais significados e matizes do que comumente lhe são atribuídos.
d) apresenta um caráter de simplicidade que facilita seu estudo e sua conceituação.
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Interpretação de Texto.

Fonte: Universidade Estadual de Goiás / Núcleo de Seleção - UEG 2013 / Polícia Militar de Goiás PM GO - GO / 2ª Tenente - Área Oficial da
Saúde / Médico Cirurgia Geral / Questão: 6

Com base no texto acima, julgue os itens a seguir.


157.

A legislação que protege o internauta de ter seus dados divulgados sem a sua autorização já está em
vigor.

c) Certo
e) Errado
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Interpretação de Texto.

Fonte: Centro de Seleção e de Promoção de Eventos UnB - CESPE/CEBRASPE 2013 / Fundação Universidade de Brasília FUB - BR /
Auxiliar de Veterinária / Questão: 13
158.

Considerando a morfossintaxe, assinale a alternativa em que as palavras destacadas apresentam o


mesmo valor das frases “A especialista no uso das tecnologias da educação ressalta, entretanto,
que essa transição da escola analógica (...)”; “Quando o educador começa a trabalhar esses
projetos, chega um momento em que o sistema não reconhece o que ele está fazendo”.

a) Alguns educadores ainda acham que o desenvolvimento dos alunos depende, única e
exclusivamente, da nota das avaliações que, dependendo do valor, pode desestimular o jovem
discente. Entretanto, a grande maioria considera que diversificar o método usado para avaliar
possibilita melhores resultados.
b) A leitura de livros paradidáticos, que ajudam a ampliar o conhecimento, também pode
mostrar que os jovens, quando estimulados de forma correta, não largam esse instrumento. O
contato, desde a infância, com ele é que poderá fazer diferença na formação do aluno.
c) São referências de qualidade elaboradas pelo Governo Federal os Parâmetros Curriculares
Nacionais (PCN), que estruturam e reestruturam os currículos escolares de todo o Brasil,
obrigatórios para as escolas públicas e opcionais para as particulares. Os PCN começaram a ser
definidos levando-se em consideração a extensão territorial e cultural do país, em que há
diferentes realidades regionais. Outra questão que as diretrizes procuraram estimular nas últimas
edições foi a atualização profissional de professores, coordenadores e diretores.

d) Gilberto Freire afirma que para ensinar é preciso ter segurança daquilo que se faz e para
que se faz, gerando competência profissional, pois com a falta dela o professor teria que,
provavelmente, justificar dúvidas sobre sua autoridade.
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Morfologia, Morfossintaxe do período.

Fonte: Cetro Concursos Públicos - CETRO 2012 / Prefeitura de Campinas - SP / Professor Adjunto II - Área Português - Anos Finais /
Questão: 23

159.

Em relação à tipologia, às ideias e a aspectos linguísticos do texto acima, assinale a opção correta.

a) A oração “que pode ser utilizada na produção de energia” (l.2-3) tem caráter explicativo,
por isso emprega-se a vírgula imediatamente após “florestais” (l.2).
b) Em “para transporte” (l.4), a preposição “para” estabelece relação sintática
entre “transporte” e “energia” (l.3).
c) Seria mantida a correção gramatical do texto se a expressão “em caldeiras” (l.11-12)
fosse deslocada para imediatamente após “queimar” (l.11).
d) O texto classifica-se como dissertativo-argumentativo.
e) Conclui-se do texto que, dada a “alta demanda de energia” (l.9-10) necessária para
processar a cana-de-açúcar, a produção de etanol é ecologicamente inviável.

Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Interpretação de Texto.

Fonte: Centro de Seleção e de Promoção de Eventos UnB - CESPE/CEBRASPE 2013 / Ministério de Minas e Energia MME - BR /
Assistente Administrativo / Questão: 14

160.

Em “recurso natural imprescindível à vida” (2o parágrafo) há correto emprego do acento indicativo de
crase.

Assinale a alternativa com a frase que também está correta quanto a esse emprego. (Todas elas se
referem à CASAN.)

a) O compromisso da empresa com à questão ambiental se reflete nas suas ações.

b) Ela busca oferecer as futuras gerações o uso racional dos recursos naturais catarinenses.
c) Atendendo à população com responsabilidade, a empresa contribui para o desenvolvimento
da sociedade catarinense.
d) A empresa compartilha com a sociedade às preocupações com a qualidade e quantidade
de água no futuro.
e) A CASAN procura inserir critérios ambientalmente sustentáveis à suas práticas, atividades
e empreendimentos.

Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Emprego do sinal indicativo de crase.

Fonte: Fundação de Estudos e Pesquisas Socioeconômicos - FEPESE 2011 / Companhia Catarinense de Águas e Saneamento Casan - SC
/ Agente Administrativo Operacional / Questão: 8

161.

a) A palavra “mal”, no caso específico da frase de Millôr, é um substantivo.


b) O efeito de sentido da frase deve-se a uma relação de concessão.
c) O vocábulo “mal” exerce no sintagma a função de adjetivo.

d) O autor utiliza como recurso de linguagem o trocadilho.


Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Morfologia, Figuras e Vícios de Linguagem.

Fonte: Fundação Mariana Resende Costa - FUMARC 2012 / Tribunal de Justiça de Minas Gerais TJ MG - MG / Técnico Judiciário /
Questão: 24

A respeito dos aspectos estruturais e interpretativos do texto acima, julgue os seguintes itens.

162. [Q716181] Na linha 13, caso se substituísse o trecho “ao mercado de trabalho formal” por às
benesses das leis trabalhistas, a correção gramatical do período seria mantida, visto que o
elemento “acesso” rege complemento com a preposição a e “benesses” está especificado pelo
artigo as.
c) Certo
e) Errado
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Morfossintaxe do período.

Fonte: Centro de Seleção e de Promoção de Eventos UnB - CESPE/CEBRASPE 2014 / Instituto Chico Mendes de Conservação da
Biodiversidade ICMBio - BR / Analista Administrativo / Questão: 12

No que se refere ao texto acima, julgue os próximos itens.

163.

O trecho “Esse sucesso influenciou o comportamento e os valores sociais das mulheres” (l.13-14)
poderia ser corretamente reescrito da seguinte forma: Esse sucesso influenciou no comportamento e
nos valores sociais das mulheres.
c) Certo

e) Errado
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Morfossintaxe do período.

Fonte: Centro de Seleção e de Promoção de Eventos UnB - CESPE/CEBRASPE 2014 / Ministério do Trabalho e Emprego MTE - BR /
Agente Administrativo / Questão: 3

Leia a crônica “Povo” de Luis Fernando Verissimo e, depois, responda às questões a seguir.

— Geneci...
— Senhora?

— Preciso falar com você.

— O que foi? O almoço não estava bom?

— O almoço estava ótimo. Não é isso. Precisamos conversar.

— Aqui na cozinha?

— Aqui mesmo. O seu patrão não pode ouvir.

— Sim, senhora.

— Você...

— Foi o copo que eu quebrei?

— Quer ficar quieta e me escutar?

— Sim, senhora.

— Não foi o copo. Você vai sair na escola, certo?

— Vou, sim senhora. Mas se a senhora quiser que eu venha na terça...

— Não é isso, Geneci!

— Desculpe.

— É que eu... Geneci, eu queria sair na sua escola.

— Mas...

— Ou fazer alguma coisa. Qualquer coisa. Não aguento ficar fora do Carnaval.

— Mas...

— Vocês não têm, sei lá, uma ala das patroas? Qualquer coisa.

— Se a senhora tivesse me falado antes...

— Eu sei. Agora é tarde. Para a fantasia e tudo o mais. Mas eu improviso uma baiana. Deusa
grega, que é só um lençol.

— Não sei...

— Saio na bateria. Empurrando alegoria.

— Olhe que não é fácil...

— Eu sei. Mas eu quero participar. Eu até sambo direitinho. Você nunca me viu sambar? Nos bailes
do clube, por exemplo. Toca um samba e lá vou eu. Até acho que tenho um pé na cozinha. Quer dizer.
Desculpe.

— Tudo bem.

— Eu também sou povo, Geneci! Quando vejo uma escola passar, fico toda arrepiada.
— Mas a senhora pode assistir.

— Mas eu quero participar, você não entende? No meio da massa. Sentir o que o povo sente.
Vibrar, cantar, pular, suar.

— Olhe...Por que só vocês podem ser povo? Eu também tenho direito.

— Não sei...

— Se precisar pagar, eu pago.

— Não é isso. É que...

— Está bem. Olhe aqui. Não preciso nem sair na avenida. Posso costurar. Ajudar a organizar o
pessoal. Ajudar no transporte. O Alfa Romeo está aí mesmo. Tem a Caravan, se o patrão não der
falta. É a emoção de participar que me interessa, entende? Poder dizer “a minha escola...”. Eu teria
assunto para o resto do ano. Minhas amigas ficariam loucas de inveja. Alguns iam torcer o nariz,
claro. Mas eu não sou assim. Eu sou legal. Eu não sou legal com você, Geneci? Sempre tratei você de
igual para igual.

— Tratou, sim senhora.

— Meu Deus, a ama-de-leite da minha mãe era preta!

— Sim, senhora.

— Geneci, é um favor que você me faz. Em nome da nossa velha amizade. Faço qualquer coisa
pela nossa escola, Geneci.

— Bom, se a senhora está mesmo disposta...

— Qualquer coisa, Geneci.

— É que o Rudinei e Fátima Araci não têm com quem ficar.

— Quem?

— Minhas crianças.

— Ah.

— Se a senhora pudesse ficar com eles enquanto eu desfilo...

— Certo. Bom. Vou pensar. Depois a gente vê.

— Eu posso trazer elas e...

— Já disse que vou pensar, Geneci. Sirva o cafezinho na sala.

Disponível em: http://www.ponto.altervista.org/Livros/Carnaval/verissimo.html. Acesso em: 11 mar. 2012.

164.

Segundo o texto, a ama de leite da mãe da patroa era preta. Assinale a alternativa CORRETA,
levando em consideração esse fato mencionado na crônica.

a) Não há semelhança alguma entre Geneci e a ama de leite da mãe da patroa, quanto às suas
características profissionais, sociais e étnicas.
b) A patroa e a mãe dela não assumem a mesma posição na sociedade, do ponto de vista
social e étnico.
c) A patroa menciona a ama de leite de sua mãe. Ama de leite é uma mulher que amamenta
filho ou filha de outra mulher, é o mesmo que ama-seca.
d) Se a mãe da patroa foi amamentada por uma mulher negra, é porque sua família sempre
teve preconceito em relação a negros e nunca quis aproximação com pessoas que não pertençam
a sua própria raça.
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Interpretação de Texto.

Fonte: MS Concursos 2012 / Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura a Agronomia de Tocantins CREA TO - TO / Agente de Fiscalização
/ Questão: 6

Com referência às ideias e a aspectos gramaticais do texto acima, julgue os itens de 1 a 10.
165.

De acordo com o texto, a água é um recurso natural indispensável para a sustentação da vida
e do meio ambiente, que desempenha papel importante no processo de desenvolvimento
econômico e social humano e na manutenção de outras espécies animais e vegetais.

c) Certo
e) Errado
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Interpretação de Texto.Fonte: Centro de Seleção e de Promoção de Eventos UnB
- CESPE/CEBRASPE 2012 / Tribunal de Justiça do Acre TJ AC - AC / Analista de Sistemas / Questão: 1

Julgue os itens que se seguem, relativos ao texto acima.


166.

Nas linhas 20 e 21, “uma espécie de fungo trazida por nuvens vindas da África” exerce a função de
sujeito da oração cujo verbo é “destruiu”.

c) Certo
e) Errado

Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Termos essenciais da oração.

Fonte: Centro de Seleção e de Promoção de Eventos UnB - CESPE/CEBRASPE 2005 / Agência Nacional de Transportes Aquaviários
ANTAQ - BR / Técnico Administrativo / Questão: 4

167.

Tomando o texto como referência, assinale a alternativa incorreta.

a) A maior parte do petróleo produzido no Brasil situa-se em área continental, dentro do


estado do Rio de Janeiro, o que explica o papel proeminente desempenhado pelo governador
daquele estado nas discussões sobre os royalties.
b) O fato de o estado do Rio de Janeiro abrigar a sede da estatal PETROBRAS
reflete a importância daquele estado no contexto da produção petrolífera nacional.
c) Além do Rio de Janeiro, os outros “estados produtores”, como o Espírito Santo, colocam-se
ao lado do governador do Rio, contra a proposta que surgiu sobre os royalties do petróleo.
d) Segundo a Constituição de 1988, as riquezas do subsolo brasileiro pertencem à União e
não aos estados.
e) A “polêmica em torno da distribuição dos royalties do petróleo” surgiu em decorrência
de proposta que altera a distribuição, aos estados, dos benefícios originários da exploração
petrolífera.
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Interpretação de Texto.

Fonte: Fundação Universa - FUNIVERSA 2010 / Polícia Técnico-Científica POLITECGO - GO / Médico Legista / Questão: 11
168.

Considerando as normas vigentes de ortografia, analise as afirmações a seguir.

1. Palavras como ‘cajú’ e ‘caquí’ devem ser acentuadas, pela mesma regra que justifica a
acentuação em ‘café’ e ‘cajá’.

2. A partir do último Acordo Ortográfico da língua portuguesa, que eliminou o trema, palavras
como ‘distinguir’ e ‘extinguir’ tiveram sua grafia modificada.

3. As palavras ‘obsessão’ e ‘obcecado’ estão corretamente grafadas.

4. Grafam-se com ç: ‘exceção’ e ‘intenção’.

Está(ão) correta(s):

a) 1, 2, 3 e 4.
b) 2, 3 e 4, apenas.
c) 3 e 4, apenas.
d) 1 e 2, apenas.
e) 2, apenas.
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Ortografia oficial e acentuação gráfica.

Fonte: Instituto de Planejamento e Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico e Científico - IPAD 2011 / Serviço Nacional de Aprendizagem
Comercial SENAC - PE / Assessor Técnico II - Área Articulador / Questão: 33

Julgue os seguintes itens, acerca do texto acima apresentado.

169.

Pelos sentidos do texto, em “compartilhá-lo” (l.3) o pronome “-lo” refere-se a “conhecimento” (l.2).

c) Certo
e) Errado
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Interpretação de Texto.

Fonte: Centro de Seleção e de Promoção de Eventos UnB - CESPE/CEBRASPE 2006 / Secretaria de Educação do Distrito Federal SEDF -
DF / Professor de Classe A - Área Artes / Questão: 2
Acerca das ideias e das estruturas linguísticas do texto acima, julgue os próximos itens.

170.

O trecho “Não se trata apenas de uma mudança de retórica” (l.10-11) poderia ser reescrito, sem
prejuízo da coerência do texto e da correção gramatical, da seguinte forma: Não se tratam apenas de
mudanças retóricas.

c) Certo
e) Errado
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Interpretação de Texto.

Fonte: Centro de Seleção e de Promoção de Eventos UnB - CESPE/CEBRASPE 2011 / Tribunal de Justiça do Espírito Santo TJ ES - ES /
Analista Judiciário - Área Apoio Especializado - Especialidade: Letras / Questão: 97

171.

"Somos conduzidos como títeres que um fio manobra." Uma nova e correta redação da frase acima,
que preserve o sentido original, está em:

a) Tal como os títeres que um fio manobra, assim somos conduzidos.


b) Somos títeres, tal como os conduzem o fio que os manobra.
c) Semelhantes a títeres, conduzem-nos o fio que os manobra.
d) Da mesma forma que se conduz os títeres, assim um fio nos manobra.
e) Assim como aos títeres se manobram, assim um fio nos conduz.
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Interpretação de Texto.

Fonte: Fundação Carlos Chagas - FCC 2007 / Câmara dos Deputados CD - BR / Analista Legislativo - Área Comunicação Social -
Relações Públicas / Questão: 15

Instruções: Considere o texto a seguir para responder às questões de números 11 a 22.


172.

Está corretamente entendida a seguinte expressão do texto:

a) (linha 12) soberba do presente / aura de mistério com que os fatos atuais
desafiam o conhecimento do historiador, seduzido pelo passado.
b) (linhas 36 e 37) ícone dominante / imagem emblemática pelo acerto e beleza
da representação.
c) (linha 38) quase tão ubíqua / próxima da perfeição desejável da reprodução.
d) (linha 46) como um magneto / à semelhança de um material imantado.
e) (linha 47) em direção à proeminência / com vistas ao que está por vir.
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Interpretação de Texto.

Fonte: Fundação Carlos Chagas - FCC 2009 / Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo SEFAZ SP - SP / Agente Fiscal de Rendas -
Área Gestão Tributária / Questão: 17

173.

A pontuação tem sua importância num texto, com objetivos de reproduzir pausas e entonação da fala.
Encontramos no texto reticências, assinale a alternativa referente a sua significação e utilização no
texto:

a) Utilizada para explicar melhor algo que foi dito ou fazer uma indicação.
b) Separar orações intercaladas, desempenhando as funções da vírgula e dos parênteses.

c) Colocar em evidência uma frase, expressão ou palavra.


d) Utilizada para indicar supressão de um trecho, interrupção ou dar ideia de continuidade.
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Pontuação.

Fonte: Fundação de Apoio ao Desenvolvimento da UEL - FAUEL 2012 / Prefeitura de Paranaguá Prefeitura de Paranagua - PR / Administrador
Hospitalar / Questão: 3

174.

Assinale a alternativa que apresenta correta regência verbal.

a) Esta decisão implicará em muitas reclamações.


b) Proibiram-lhe a entrada naquele espetáculo.
c) O processo consta cento e cinqüenta páginas.
d) Mandou proceder o recolhimento das provas.

e) Prefiro antes um chá do que café.


Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Regência verbal.

Fonte: CONESUL Fundação de Desenvolvimento - CONESUL 2006 / Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos ECT SP - BR / Carteiro
/ Questão: 13

Com relação às informações e aos aspectos gramaticais e discursivos do texto acima, julgue os itens
seguintes.

175.

De acordo com as ideias do texto, Alexandre construiu um dos maiores impérios de todos os
tempos porque sempre soube conquistar povos facilmente e manter seu domínio sobre eles com
intransigência.

c) Certo
e) Errado
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Interpretação de Texto.

Fonte: Centro de Seleção e de Promoção de Eventos UnB - CESPE/CEBRASPE 2011 / Secretaria de Estado de Educação do Amazonas
SEDUC AM - AM / Assistente Administrativo / Questão: 10
Em relação ao texto acima, julgue os itens que se seguem.

176.

Pelos sentidos do texto, a expressão "Desde que" (l.1) estabelece, entre as orações do período, uma
relação de condição.

c) Certo
e) Errado
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Análise das estruturas linguísticas do texto.

Fonte: Centro de Seleção e de Promoção de Eventos UnB - CESPE/CEBRASPE 2004 / Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região TRT
10 - BR / Analista Judiciário - Área Analista de Sistemas / Questão: 11

177.

Assinale a alternativa em que todas as palavras estejam corretamente grafadas:

a) Compania, visinho, cicatriz;


b) Engulir, bússola, penicilina;
c) Estrangeiro, gorjeta, beringela;
d) Orquídea, desperdício, cemitério;
e) Endereço, descanço, pretencioso.
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Ortografia oficial e acentuação gráfica.

Fonte: UNIUV - Centro Universitário de União da Vitória 2012 / Prefeitura de Nova Tebas - PR / Oficial de Construção Civil / Questão: 6
Acerca das idéias e das estruturas lingüísticas do texto acima, julgue os itens de 1 a 13.

178.

São exemplos de orações coordenadas adversativas as duas orações da seguinte passagem do


texto: "Seu físico é naturalmente perfeito para a natação. O corpo lembra a forma de um peixe"
(l.30-31).

c) Certo
e) Errado
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Morfossintaxe do período.

Fonte: Centro de Seleção e de Promoção de Eventos UnB - CESPE/CEBRASPE 2008 / Ministério do Esporte Ministerio do Esporte - BR /
Administrador / Questão: 10

Com relação às ideias e aspectos linguísticos do texto, julgue os itens seguintes.

179.

Subentende-se das informações do texto que a aplicação prioritária de recursos em educação


acarretaria simultânea queda da carga tributária.

c) Certo

e) Errado
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Interpretação de Texto.

Fonte: Centro de Seleção e de Promoção de Eventos UnB - CESPE/CEBRASPE 2010 / Ministério Público da União MPU - BR / Técnico de
Apoio Especializado - Área: Controle Interno / Questão: 20

Atenção: As questões de números 1 a 20 referem-se ao texto que segue.


180.

Considere as seguintes afirmações:

I. A frase do texto que resume o fato problematizado por Einstein é: O governo federal está
empenhado em resolver esse problema, mediante o controle sistemático dos processos econômicos
(...).

II. Na frase as circunstâncias são mais fortes que o homem, o termo sublinhado refere-se ao
movimento de reação em que se estão empenhando os intelectuais.

III. No contexto do último parágrafo, a afirmação de que eles abriram mão da herança denota a
quebra de uma tradição histórica de defesa dos ideais de liberdade.

Em relação ao texto, está correto o que se afirma em

a) I, II e III.

b) I e II, somente.
c) II e III, somente.
d) I, somente.
e) III, somente.
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Interpretação de Texto.

Fonte: Fundação Carlos Chagas - FCC 2008 / Tribunal Regional Federal da 5ª Região TRF 5 - BR / Analista Judiciário - Área Informática /
Questão: 3

181.

No que se refere a aspectos lingüísticos do texto II, assinale a opção correta.

a) O predicado "são baixos em todas as instâncias" (l.2) poderia ser substituído por estão
abaixo de todas as instâncias, sem se alterar o sentido original do texto.
b) Na linha 3, estaria mantido o sentido original do texto, caso a expressão "até o
momento" fosse deslocada para imediatamente após o adjetivo "adotado".
c) De acordo com as normas gramaticais, a expressão "mais bem" (l.8) deveria ser
substituída pela forma adjetiva melhor.
d) Estaria preservada a coerência textual, se o último período do texto viesse introduzido por
uma conjunção de valor adversativo, tal como: entretanto, contudo, todavia, desde que feitas as
alterações de letras maiúsculas.

e) Não haveria prejuízo do sentido original do texto, se a expressão "longe de ser


atingidas" (l.15) fosse substituída por além do que se esperava.
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Morfologia, Morfossintaxe do período.

Fonte: Centro de Seleção e de Promoção de Eventos UnB - CESPE/CEBRASPE 2005 / Tribunal Regional Eleitoral do Pará TRE PA - BR /
Analista Judiciário - Área Analista de Sistemas / Questão: 6

182.

Assinale a opção em que o fragmento de texto está correto quanto ao emprego da pontuação.

a) Uma lei municipal recente, obrigando os comerciantes a plantar árvores nas calçadas
em frente às lojas, entrou em prática agora.
b) Os caças que nos anos 70 foram a coisa mais avançada que a FAB já teve vão
para o desmanche
c) Se um consumidor constatar alguma irregularidade mesmo que seja da padaria vizinha,
deve ir direto ao dono do estabelecimento e fazer sua crítica.
d) Quando percebeu que havia perdido a carteira o aposentado entrou em desespero: além
dos documentos e cartões, nela havia cinco mil reais.
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Pontuação.

Fonte: Centro de Seleção e de Promoção de Eventos UnB - CESPE/CEBRASPE 2008 / Fundação de Desenvolvimento da Criança
e do Adolescente Alice de Almeida - FUNDAC FUNDAC PB - PB / Agente Operacional / Questão: 7
Ainda com relação ao texto, julgue os itens a seguir.

183.

Na linha 10, o sujeito da forma verbal é o substantivo equipes.

c) Certo
e) Errado
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Morfologia, Morfossintaxe do período.

Fonte: Centro de Seleção e de Promoção de Eventos UnB - CESPE/CEBRASPE 2009 / Tribunal Regional do Trabalho da 17ª Região TRT
17 - BR / Técnico Judiciário - Área Tecnologia da Informação / Questão: 7

Leia o texto abaixo e responda as perguntas a seguir


184.

Pode-se dizer que "um programa de governo que recoloque nos trilhos os serviços essenciais à
população" (linhas 40-42), de acordo com o texto, é um programa que:
a) tenha um projeto definido de desenvolvimento, com políticas geradoras de emprego,
de promoção social e de bem estar da população, reordenando economicamente as áreas
mais carentes com políticas distribuidoras de riqueza;
b) contemple um conjunto de ações políticas voltadas para áreas como educação, saúde,
transporte, moradia, saneamento básico, há muito distantes dos planos dos sucessivos governos;
c) ponha em prática uma política de recuperação das vias férreas e das composições utilizadas
no transporte da população (para que sejam evitados os antigos descarrilamentos), reformando as
estações, usando vagões refrigerados e proporcionando conforto e segurança aos usuários;
d) considere como essencial a construção de escolas, de hospitais, de restaurantes
populares, e que promova o saneamento e a urbanização das favelas, obras tão abandonadas
pelo poder público quanto estão abandonados os trilhos das vias férreas;
e) esteja sintonizado com os interesses maiores da população, promovendo a recuperação
da dignidade perdida por anos de descaso, por meio da adoção de um orçamento participativo,
discutido e votado pelas lideranças das associações de bairro.
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Interpretação de Texto.

Fonte: FEC - Fundação Euclides da Cunha 2003 / Tribunal Regional Federal da 2ª Região TRF 2 - BR / Analista Judiciário - Área:
Administrativa / Questão: 51

185.

Assinale a opção cujo esquema corresponde à organização das relações sintáticas do trecho
retirado do texto VI.

a)
b)

c)

d)

e)
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Morfossintaxe do período.

Fonte: Centro de Seleção e de Promoção de Eventos UnB - CESPE/CEBRASPE 2005 / Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso TRE
MT - BR / Analista Judiciário - Área Engenharia / Questão: 17

Após a devastação geral provocada pelo neoliberalismo triunfante, firma-se, em todos os continentes,
a convicção de que o capitalismo substitui, aos poucos, o Estado totalitário como o principal adversário
da democracia e dos direitos humanos. Para suscitar a esperança é preciso, pois, urgentemente,
apontar à humanidade as vias de resistência a esse seu inimigo irreconciliável. Elas passam por um
esforço combinado de reconstrução, tanto na cúpula quanto na base do edifício social. Na cúpula,
trata-se de instituir a supremacia do poder político sobre as forças econômicas, tanto na esfera nacional
quanto na internacional.

(Fábio Konder Comparato, Folha de S. Paulo, MAIS!, 31/12/2000)

186.

Assinale a opção que constitui uma seqüência coesa e coerente para o texto acima.

a) Porquanto, em janeiro de 2001, ao mesmo tempo que os mais ricos vão se reunir, como
fazem todos os anos, em Davos (Suíça), Porto Alegre acolherá os participantes do Primeiro
Fórum Social Mundial.
b) O caminho que conduz essa justiça é um só: fortalecimento do poder político, com efetiva
participação e controle popular, ou seja, a soberania dos povos (não dos Estados nem dos
grandes grupos empresariais), com o integral respeito aos direitos humanos. Em suma, a boa e
verdadeira democracia.
c) Bem como um número crescente de movimentos e associações articulase para denunciar,
nas ruas e praças de todo o globo, a ação predatória das grandes organizações internacionais que
regulam as finanças do mundo.
d) Conquanto, nunca, em toda a história das civilizações, uma sociedade política foi
militarmente tão poderosa quanto os EUA o são hoje. Seu orçamento militar é 12 vezes superior à
soma de todos os demais orçamentos do mundo.
e) Uma desproporção comparável se desenvolve em termos de preponderância militar e
capacidade de espionagem graças ao concurso de vários satélites de transmissão, 50.000
especialistas em informática e macro-computadores que processam 95% das telecomunicações
que se fazem nos diversos países.
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Coesão e coerência.

Fonte: Escola de Administração Fazendária - ESAF 2001 / Ministério do Planejamento Orçamento e Gestão MPOG - BR / Analista de
Planejamento e Orçamento APO / Questão: 6

187.

"Nesses indivíduos, os efeitos negativos da solidão parecem estar determinados já no DNA, o


material genético de cada um"; o comentário incorreto sobre os componentes desse segmento do
texto é:

a) "efeitos negativos" é o antônimo de "efeitos positivos";

b) os "efeitos negativos" se referem a "sérios problemas de saúde";


c) "parecem estar" não mostra uma certeza sobre o que é afirmado;
d) "da solidão" mostra a causa dos"efeitos negativos";
e) "material genético de cada um" justifica as letras da sigla DNA.
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Interpretação de Texto.

Fonte: Núcleo de Computação Eletrônica UFRJ - NCE 2007 / Ministério Público do Espírito Santo MPE ES - ES / Agente de Apoio - Área
Administrativa / Questão: 12

188.

Assinale a opção em que o trecho foi transcrito com erro gramatical.

a) Os clientes do Banco do Brasil já começaram a receber o Declarafácil, CD-ROM


produzido pelo banco em parceria com a Receita Federal.
b) Nele estão os programas geradores de declarações para o governo federal, como Imposto
de Renda, carnê-leão e outros aplicativos úteis à atividade das empresas.
c) Além de contribuir na campanha de revitalização da arrecadação de tributos e
contribuições federais, o programa facilita os contribuintes o cumprimento de suas obrigações.
d) A liquidação das guias também poderá ser feita sem burocracia, via computador.
e) Com o CD-ROM, o cliente poderá atualizar seus impostos e declarações de 1995 até hoje.

Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Análise sintática.

Fonte: Escola de Administração Fazendária - ESAF 2000 / Receita Federal do Brasil RFB - BR / Auditor Fiscal da Receita Federal AFRF /
Questão: 23

189.

NÃO há erro de regência em:

a) Que horas Gates chegou ao Peru?;

b) Custa-nos muito entender o governo brasileiro;


c) Informei-lhe do ocorrido com as doações;
d) Essa foi a conclusão que os empresários chegaram;
e) Nós os obedecemos sempre já que nos auxiliam.
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Regência verbal.

Fonte: Núcleo de Computação Eletrônica UFRJ - NCE 2006 / Assembléia Legislativa do Espírito Santo ALE ES - ES / Taquígrafo
Parlamentar Apanhador / Questão: 40

190.

Assinale a alternativa em que o verbo sublinhado esteja conjugado corretamente:

a) Se eles fazerem de conta que nada aconteceu, tudo continuará do mesmo jeito.

b) Assim que Maria troxer as compras da feira, poderemos fazer o almoço.


c) Se eu fizer o desarme da barraca, farei com perfeição.
d) Se ele punha o casaco que eu dei a ele, não sentia frio.
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Verbos.

Fonte: Coordenadoria de Apoio a Instituições Públicas IMES - CAIPIMES 2007 / São Paulo Turismo S.A. Sao Paulo Turismo S A - SP /
Auxiliar de Serviços Gerais / Questão: 19

191.

Assinale a alternativa escrita de forma errada:

a) O Município de Faxinal dos Guedes é destaque, em Santa Catarina, por sua condição
de saneamento básico urbano.
b) Tu é servidor público municipal e deverás executar tarefas próprias do Agente de
Serviços Gerais..
c) Nossa missão é de bem servir aos administrados que contribuem com o recolhimento de
tributos.
d) Nosso dever é de exercer as funções do cargo com dignidade, sempre no interesse
da população.
e) O assessor do Prefeito Municipal está internado no Hospital Regional de Chapecó (SC).
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Ortografia oficial e acentuação gráfica.

Fonte: RG Assessoria 2007 / Prefeitura de Faxinal dos Guedes - SC / Agente de Serviços Gerais / Questão: 1

Quanto ao texto acima, julgue os itens a seguir.

192.

Confrontando a redação dos dois últimos períodos, constata-se não haver paralelismo sintático com
referência ao tempo verbal, uma vez que em um está sendo empregado o presente e no outro, o futuro
do presente do modo indicativo.

c) Certo
e) Errado
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Análise das estruturas linguísticas do texto.

Fonte: Centro de Seleção e de Promoção de Eventos UnB - CESPE/CEBRASPE 2004 / Departamento de Polícia Federal DPF - BR /
Policial Federal / Agente / Questão: 10
193.

Desse (L.23) tem valor:

a) anafórico.
b) catafórico.
c) dêitico.

d) adverbial.
e) substantivo.
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Morfossintaxe do período, Análise sintática.

Fonte: Fundação Getúlio Vargas - FGV 2006 / Ministério da Cultura MinC - BR / Agente Administrativo / Questão: 6

194.

Todas as coisas têm nomes. Elas podem pertencer a um grupo. Dos grupos citados abaixo, um
nome não pertence a ele. Aponte-o:

a) brinquedos: pipa, bola, boneca, carrinho, pião


b) objetos escolares: caderno, borracha, lápis, caneta, régua
c) verduras: alface, rúcula, couve, chicória, almeirão

d) meses do ano: dezembro, janeiro, setembro, agosto, semestre


e) nomes próprios de pessoas: Mariana, João, Cíntia, Mário, Sebastião
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Morfologia.

Fonte: AEDB - Associação Educacional Dom Bosco 2007 / Prefeitura de Itatiaia - RJ / Servente / Questão: 14

A CIÊNCIA

I - A ciência permanecerá sempre a satisfação do desejo mais alto da nossa natureza, a


curiosidade; ela fornecerá sempre ao homem o único meio que ele possui para melhorar a própria sorte.
(Renan)

II - A ciência, que devia ter por fim o bem da humanidade, infelizmente concorre na obra de
destruição e inventa constantemente novos meios de matar o maior número de homens no tempo
mais curto. (Tolstói)

III - Faz-se ciência com fatos, como se faz uma casa com pedras; mas uma acumulação de fatos
não é uma ciência, assim como um montão de pedras não é uma casa. (Poincaré)

195.

"...como se faz uma casa com pedras...", no segmento III, corresponde a uma:

a) condição;
b) causa;
c) conseqüência;

d) comparação;
e) concessão.
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Oração subordinada.

Fonte: Núcleo de Computação Eletrônica UFRJ - NCE 2001 / Polícia Civil do Rio de Janeiro PC RJ - RJ / Policial Civil / Perito Legista /
Medicina - Área Anatomia / Questão: 27
As questões de números 40 a 45 baseiam-se no texto apresentado abaixo.

196.

De acordo com o texto, o princípio da legalidade

a) impõe limites à atuação do poder público em relação à atividade individual.


b) permite ao Presidente da República expedir medidas provisórias sobre qualquer assunto.
c) estabelece as diferenças de qualidade existentes nas leis, determinando sua hierarquia.
d) admite a possibilidade de haver opiniões divergentes em relação à aplicação das leis.
e) possibilita inocentar alguém por descumprir uma lei cuja publicação ele desconhece.
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Interpretação de Texto.

Fonte: Fundação Carlos Chagas - FCC 2004 / Tribunal Regional Federal da 4ª Região TRF 4 - BR / Técnico Judiciário - Área:
Administrativa / Questão: 40

Leia o trecho para responder às questões de números 31 e 32.

197.

Assinale a alternativa que reescreve, corretamente, a oração em destaque, de acordo com o sentido do
contexto: - Ao se espremer uma pessoa com alto teor de vaidade, obtém-se um suco de nada.

a) Por ter se espremido uma pessoa com alto teor de vaidade, obtém-se um suco de nada.
b) Assim que se espremeu uma pessoa com alto teor de vaidade, obter-se-á um suco de nada.

c) Quando se espreme uma pessoa com alto teor de vaidade, obtém-se um suco de nada.
d) Por mais que se espremeu uma pessoa com alto teor de vaidade, obter-se-á um suco de nada.
e) Quanto mais se espremer uma pessoa com alto teor de vaidade, mais se obteve um suco
de nada.
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Relações de sinonímia e antonímia (sinônimos e antônimos).

Fonte: Fundação para o Vestibular da Universidade Estadual Paulista - VUNESP 2007 / Tribunal de Justiça de São Paulo TJ SP - SP /
Técnico Judiciário - Área Escrevente / Questão: 31

As questões de números 16 a 20 baseiam-se no texto apresentado abaixo.


198.

De acordo com o texto,

I. animais que nascem em cativeiro apresentam alterações no instinto característico da espécie.

II. organizações e cientistas buscam, em todo o mundo, obter reprodução em cativeiro de animais
ameaçados de extinção.

III. filhotes de animais ameaçados de extinção podem tornar-se atração em zoológicos,


despertando sentimentos de afeto nas pessoas.

Está correto o que se afirma APENAS em

a) I

b) II
c) III
d) I e II.

e) II e III.
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Interpretação de Texto.

Fonte: Fundação Carlos Chagas - FCC 2007 / Tribunal Regional do Trabalho da 23ª Região TRT 23 - BR / Auxiliar Judiciário - Área
Administrativa / Questão: 16

As questões de números 1 a 11 baseiam-se no texto apresentado abaixo.


199.

Nunca antes houve tamanho poder lingüístico. (final do 1º parágrafo) O mesmo tipo de complemento
exigido pelo verbo grifado acima está na frase:

a) ... pergunta Michael Krauss, outro celebrado estudioso.

b) A força evolutiva do ser humano depende de sua diversidade ...

c) ... a proliferação de línguas foi uma penalidade de Deus.


d) ... outros povos que falam apenas o seu idioma.

e) ... se a sua língua está em perigo.


Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Termos integrantes da oração, Complementos verbais.

Fonte: Fundação Carlos Chagas - FCC 2004 / Serviço Social da Indústria SESI - SP / Professor - Área: Ciência Física / Questão: 11

200.

O plural correto de porta-voz é:

a) os porta-voz;
b) porta-vozes;
c) portas-vozes;
d) portam-vozes;
e) portas-voz.
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Substantivos, Plural dos substantivos compostos.

Fonte: Núcleo de Computação Eletrônica UFRJ - NCE 2001 / Instituto Nacional da Propriedade Industrial INPI - BR / Auxiliar de
Propriedade Industrial - Marcas / Questão: 15
Gabarito

(1 = d) (2 = c) (3 = c) (4 = d) (5 = b) (6 = e) (7 = b) (8 = a) (9 = e) (10 = c)
(11 = e) (12 = e) (13 = c) (14 = e) (15 = d) (16 = d) (17 = e) (18 = e) (19 = c) (20 = c)
(21 = e) (22 = d) (23 = d) (24 = c) (25 = a) (26 = d) (27 = e) (28 = d) (29 = d) (30 = c)
(31 = c) (32 = e) (33 = e) (34 = d) (35 = c) (36 = c) (37 = a) (38 = d) (39 = d) (40 = d)
(41 = c) (42 = e) (43 = a) (44 = d) (45 = a) (46 = c) (47 = c) (48 = e) (49 = c) (50 = e)
(51 = e) (52 = b) (53 = c) (54 = c) (55 = e) (56 = e) (57 = c) (58 = d) (59 = e) (60 = b)
(61 = b) (62 = b) (63 = e) (64 = c) (65 = a) (66 = c) (67 = b) (68 = b) (69 = b) (70 = a)
(71= e) (72 = b) (73 = d) (74 = c) (75 = a) (76 = c) (77 = b) (78 = e) (79 = a) (80 = a)
(81 = d) (82 = a) (83 = b) (84 = b) (85 = c) (86 = b) (87 = d) (88 = c) (89 = d) (90 = d)
(91 = b) (92 = d) (93 = c) (94 = a) (95 = c) (96 = d) (97 = a) (98 = a) (99 = b) (100 = b)
(101 = b) (102 = b) (103 = c) (104 = c) (105 = a) (106 = a) (107 = e) (108 = d) (109 = c) (110 = d)
(111 = b) (112 = e) (113 = a) (114 = a) (115 = a) (116 = a) (117 = a) (118 = a) (119 = a) (120 = b)
(121 = b) (122 = d) (123 = e) (124 = b) (125 = d) (126 = a) (127 = e) (128 = a) (129 = d) (130 = c)
(131 = c) (132 = c) (133 = e) (134 = a) (135 = b) (136 = e) (137 = e) (138 = b) (139 = e) (140 = e)
(141 = c) (142 = e) (143 = e) (144 = d) (145 = c) (146 = a) (147 = e) (148 = d) (149 = c) (150 = b)
(151 = d) (152 = c) (153 = d) (154 = c) (155 = b) (156 = c) (157 = e) (158 = a) (159 = c) (160 = c)
(161 = c) (162 = c) (163 = c) (164 = c) (165 = c) (166 = e) (167 = a) (168 = c) (169 = c) (170 = e)
(171 = a) (172 = d) (173 = d) (174 = b) (175 = e) (176 = e) (177 = d) (178 = e) (179 = e) (180 = e)
(181 = d) (182 = a) (183 = e) (184 = b) (185 = b) (186 = b) (187 = e) (188 = c) (189 = b) (190 = c)
(191 = b) (192 = c) (193 = a) (194 = d) (195 = d) (196 = a) (197 = c) (198 = e) (199 = d) (200 = b)

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