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Memorex TRE – AJAJ – Rodada 02

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Memorex TRE – AJAJ – Rodada 03

Parabéns por ter dado esse passo importante na sua preparação, meu amigo(a). Temos
TOTAL certeza de que este material vai te fazer ganhar muitas questões e garantir a sua
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Rodada 04 26/12/2022
Rodada 05 02/01/2023
Rodada 06 09/01/2023

Convém mencionar que todos que adquirirem o material completo irão receber TODAS AS
RODADAS já disponíveis, independente da data de compra.

Nesse material focamos também nos temas mais simples e com mais DECOREBA, pois,
muitas vezes, os deixamos de lado e isso pode, infelizmente, custar inúmeras posições no
resultado final.

Lembre-se: uma boa revisão é o segredo da APROVAÇÃO.

Portanto, utilize o nosso material com todo o seu esforço, estudando e aprofundando cada
uma das dicas.

Se houver qualquer dúvida, você pode entrar em contato conosco enviando suas dúvidas
para: atendimento@pensarconcursos.com

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ÍNDICE

LÍNGUA PORTUGUESA .................................................................... 4


INFORMÁTICA ............................................................................... 13
REGIMENTO INTERNO DO TSE ....................................................... 17
NORMAS APLICÁVEIS AOS SERVIDORES FEDERAIS ........................ 19
DIREITO ELEITORAL...................................................................... 22
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ............................................................ 40
DIREITO CONSTITUCIONAL ........................................................... 42
DIREITO ADMINISTRATIVO ........................................................... 48
DIREITO CIVIL .............................................................................. 54
DIREITO PROCESSUAL CIVIL ......................................................... 59
DIREITO TRIBUTÁRIO ................................................................... 63
DIREITO PENAL............................................................................. 71
DIREITO PROCESSUAL PENAL ........................................................ 75

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LÍNGUA PORTUGUESA

DICA 01
ORTOGRAFIA OFICIAL - EMINENTE e IMINENTE

EMINENTE X IMINENTE

EMINENTE significa “elevado”; “notável”.


Ex.: É eminente o fato de que a saúde no Brasil está um caos.

→ É notável o fato de que...


IMINENTE significa que alguma coisa está próxima de acontecer.
Ex.: O risco de eu ficar gripado é iminente!

DICA 02
ASCENDER e ACENDER

ASCENDER X ACENDER

ACENDER significa “atear fogo”; “iluminar”.

→ É verbo transitivo direto (VTD).


Ex.: Ela acendeu a luz da sala.

ASCENDER significa “subir”.

→ É verbo transitivo indireto (VTI), ou seja, aparece com preposição.

Ex.: Júlia ascendeu ao cargo de Diretora.

DICA 03
CENSO e SENSO

CENSO tem o sentido de “recenseamento”. Sempre que aparecer a palavra “censo”


lembre-se do IBGE, que divulga os dados da população.

SENSO pode significar “ter juízo”.

Ex.: Tenha bom senso, Juliana!

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DICA 04
MANDATO E MANDADO

MANDATO X MANDADO

Mandato essa palavra significa “procuração”; “delegação”.


Geralmente, é usada na política.

Ex.: O Presidente tem um mandato de quatro anos.

Mandado Como substantivo poderá ter o sentido de “ordem judicial”.


Já, como adjetivo poderá ter o sentido de “receber ordem”, “ser mandado”.

Ex.: Ele é mandado pela esposa. – “recebe ordens”


Recebi um mandado de prisão – “ordem judicial”

DICA 05
RATIFICAR E RETIFICAR

RATIFICAR X RETIFICAR

Ratificar significa “confirmar”; “reafirmar”.

Ex.: Ratifico o que falei sobre meu marido.

Retificar significa “corrigir” algo que está errado; “emendar”.

Ex.: Ela retificou a frase em sua redação.


Ainda, pode significar “endireitar”; “consertar”.

Ex.: O mecânico retificou o motor do automóvel.

DICA 06
CONCERTO E CONSERTO

Concerto possui um sentido de “composição musical”.


Ex.: Vou a um concerto no centro da cidade.

Conserto possui um sentido de “reforma”; “reparo”.

Ex.: Vou consertar meu erro – “corrigir”


Consertam-se sapatos – “reformar”

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DICA 07
CESSÃO, SESSÃO E SEÇÃO

CESSÃO

Cessão possui o significado de “ceder”; “ato de repartir”.

Ex.: Foi determinada a cessão da herança.

SESSÃO

Sessão possui o significado de “reunião”; “encontro”.

Ex.: Minha sessão com o psiquiatra foi péssima.

SEÇÃO

Seção possui o significado de “departamento”.

Ex.: A seção de roupas masculinas é logo ali.

DICA 08
TAMPOUCO X TÃO POUCO

TAMPOUCO: é um advérbio de negação e pode ser substituído por: “também não”,


“nem”, “sequer” e “muito menos”.

O advérbio “tampouco” é formado por aglutinação, ou seja, duas palavras que se unem
e formam uma só: tão + pouco.

Ex.: Mari não foi ao colégio, tampouco ao curso de espanhol.

TÃO POUCO: significa "muito pouco". Ela é formada pelo advérbio “tão” e pelo
advérbio de intensidade “pouco”.

Ex.: Comi tão pouco hoje!

QUESTÃO, 2016.
No trecho “as opções que conheci não pareciam muito apetitosas, não. Tampouco
saudáveis”, a palavra “tampouco” pode ser substituída, sem prejuízo de sentido, por:
a) “muito menos”.
b) “pouco”.
c) “quase”.
d) “senão”
Gabarito: Letra a.
Comentário: Certo, pois é um advérbio de negação.

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DICA 09
ACENTUAÇÃO GRÁFICA

Os acentos gráficos estabelecem, de acordo com as regras existentes, a intensidade


das sílabas nas palavras. Na língua portuguesa, os acentos gráficos são:

Acento Agudo (´ ): aparece sobre as letras a, i, u e sobre o e (no caso de –em).


Sua função é indicar a as vogais tônicas.

Ex.: Saúde; Paraná.

Pode indicar um timbre aberto.


Ex.: chulé; herói.

Acento Grave (`) – Mais conhecido como crase.

Ex.: à; àquela.

Acento Circunflexo (^) – Aparece nas vogais “a”, “e” e “o”,


indica a vogal tônica e o timbre fechado na pronúncia.

Ex.: Vovô; mês.

A acentuação gráfica relaciona-se com a posição da sílaba tônica nas palavras. Existem
regras específicas para palavras oxítonas, paroxítonas e proparoxítonas.
DICA 10
REGRAS GERAIS

A fim de compreender adequadamente as regras, veja estes conceitos iniciais em relação


à sílaba tônica das palavras:

Palavras oxítonas: as últimas sílabas são tônicas.

Ex.: abacaxi / a-ba-ca-xi


urubu / u-ru-bu

Palavras paroxítonas: as penúltimas sílabas são tônicas.

Ex.: levedo / le-ve-do


areia / a-rei-a

Palavras proparoxítonas: as antepenúltimas sílabas são tônicas.


Ex.: pálido / pá-li-do

Proparoxítona / pro-pa-ro-xí-to-na

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DICA 11
PAROXÍTONAS

Acentuam-se as paroxítonas terminadas em um e un(s):

Ex.: álbum e fórum.

Acentuam-se as paroxítonas terminadas em r:

Ex.: açúcar e caráter.

Acentuam-se as paroxítonas terminadas em x:

Ex.: tórax e látex.

Acentuam-se as paroxítonas terminadas em n:

Ex.: abdômen e hífen.

Acentuam-se as paroxítonas terminadas em l:

Ex.: amável e fácil.

Acentuam-se as paroxítonas terminadas em ão(s):

Ex.: órgãos e órfão.

Acentuam-se as paroxítonas terminadas em ps:

Ex.: bíceps.

Acentuam-se as paroxítonas que terminam em ditongos:

Ex.: memória e Ásia.

CUIDADO: Por exemplo: PÓLEN leva acento, mas o plural “polens” não possui
acento!

ATENÇÃO!

Os ditongos abertos (“ei”, “oi”) das paroxítonas não devem ser acentuados.

Ex.: ideia, joia, paranoia e assembleia.

TOME NOTA:
A palavra “herói”, por exemplo, continua sendo acentuada. Embora possua ditongo aberto
“ói”, ela é oxítona, não é paroxítona.

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DICA 12
OXÍTONAS E PROPAROXÍTONAS

Acentuam-se as oxítonas terminadas em a(s):

Ex.: Pará e maracujás.

Acentuam-se as oxítonas terminadas em e(s):

Ex.: café e até.

Acentuam-se as oxítonas terminadas em o(s):

Ex.: vovô e avós.

Acentuam-se as oxítonas terminadas em em e en(s):

Ex.: armazém e parabéns.

Todas as palavras proparoxítonas são acentuadas!


Ex.: médico, lâmpada e público.

QUESTÃO, 2018.

A alternativa em que a acentuação de todas as palavras se justifica pela mesma regraé:

a) ausência, indivíduo, país.

b) vivência, más, família.

c) potável, contrário, água.

d) análoga, prática, público.

Gabarito: Letra d.

Comentário: CERTA, são proparoxítonas e TODAS as proparoxítonas são acentuadas.

DICA 13
ENCONTROS VOCÁLICOS

Ocorre quando existe um encontro de vogais em uma palavra. São classificados em:
hiato, ditongo e tritongo.

Hiato: caracteriza-se por ser o encontro de 2 vogais, mas elas estão separadas, cada
uma em uma sílaba. Exemplo: Saúde (Sa-ú-de).

Ditongo: caracteriza-se pelo encontro de 2 vogais que estão na mesma sílaba, mas
uma delas é uma semivogal. Exemplo: Glória (Gló-ria)

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Tritongo: caracteriza-se pelo encontro, na mesma sílaba, de uma semivogal + vogal
+ semivogal. Exemplo: Paraguai (Pa-ra-guai)

hiato = vogal + vogal

ditongo = vogal + semivogal / semivogal + vogal

tritongo = semivogal + vogal + semivogal

DICA 14
OXÍTONAS

As palavras são oxítonas porque têm a sua última sílaba tônica. Há as seguintes
regras:

Palavras oxítonas terminadas em a(s), e(s), o(s)


A(S): Paraná, aliás, vatapá.
E(S): café, boné, jacarés.
O(S): jiló, após, avó.

Palavras oxítonas terminadas em em, ens


EM: também, alguém, refém.
ENS: parabéns, reféns.

Palavras oxítonas terminadas em ditongos abertos éi, éu, ói com ou sem s


ÉI: anéis, hotéis, pastéis.
ÉU: chapéu, troféu, troféus.
ÓI: dodói, herói, lençóis.

TOME NOTA: Palavras como “coração” e “sabão” são oxítonas não acentuadas, pois
o til (~) não é um acento.

QUESTÃO, 2015.
As duas palavras do texto 2 que recebem acento gráfico por razões diferentes são:
a) homicídio/média;
b) país/juízes;
c) histórico/pública;
d) secretários/relatório;
e) está/é.
Gabarito: Letra e.
Comentário: CERTO, pois “está” é oxítona terminada em “a” e “é” é monossílabo
terminado em “e”.

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DICA 15
PAROXÍTONAS

As palavras são paroxítonas porque têm a sua penúltima sílaba tônica. Há as


seguintes regras:

REGRAS PAROXÍTONAS

Palavras terminadas em R Açúcar, caráter, néctar.

Palavras terminadas em X Córtex, látex, tórax, fênix.

Palavras terminadas em N Abdômen, pólen, próton.

Palavras terminadas em L Ágil, fácil, amável.

Palavras terminadas em OS Bíceps, tríceps.

Palavras terminadas em ã(s), ão(s) Órfã, órfãos, bênção.

Palavras terminadas em I, IS Táxi, grátis, tênis.

Palavras terminadas em EI, EIS Hóquei, jóquei.

Palavras terminadas em US Vírus, bônus.

Palavras terminadas em om, ons um, uns Prótons, álbum, álbuns.

DICA BÔNUS

PAROXÍTONAS

Com o Novo Acordo Ortográfico foram abolidos:

O acento agudo na vogal i e na vogal u quando precedidas de ditongos.

Ex.: Feiura

O acento agudo nos ditongos abertos oi e ei.

CUIDADO! Nas palavras oxítonas, ainda há o acento agudo, como em: herói, papéis.

Ex.: heroico, joia, paranoia, jiboia.

O acento circunflexo nos encontros oo e ee.

Ex.: abençoo, voo, enjoo, leem, creem.

QUESTÃO ADAPTADA.

As alternativas a seguir apresentam palavras do texto acentuadas pela mesma regra de


acentuação, à EXCEÇÃO de uma. Assinale-a:

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a) será / está.

b) ônibus / últimos.

c) política / econômica.

d) médio / saúde.

Gabarito: Letra d.

Comentário: ”Médio” é paroxítona terminada em ditongo. “Saúde” é hiato.

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INFORMÁTICA
DICA 16
WINDOWS 10 - RENOMEAR ARQUIVOS
Para renomear arquivos podemos selecionar o arquivo e utilizar a tecla de atalho F2. Outra
opção é selecionar o arquivo, clicar com botão direito e clicar em renomear. Mais uma forma

é selecionar o arquivo e clicar no ícone renomear na aba Início.


Quando renomeamos dois arquivos com o mesmo nome na mesma pasta, o Windows
automaticamente irá alterar o nome do arquivo acrescentando um (2) ao final do arquivo
para identificá-lo.

ATENÇÃO!

Caso os arquivos sejam de tipos diferentes, isto é, um arquivo seja .txt e o outro seja
um Documento do Word (.docx), o Windows não irá acrescentar nada ao final do arquivo
e ambos ficarão com o mesmo nome.

DICA 17
MICROSOFT OFFICE: WORD E SUA ESTRUTURA - FAIXA DE OPÇÕES DO WORD
Assim como as barras de títulos, acesso rápido e status, é uma das barras do Word. A faixa
de opções apresenta Guias e Comandos. As guias podem ser personalizadas, ocultadas e
movidas, exceto a guia arquivo que não pode ser ocultada ou movida. As guias são Arquivo,
Página Inicial, Inserir, Design, Layout, Referências, Correspondências, Revisão, Exibir e
Ajuda.

As guias são divididas em grupos:

DIVISÃO DOS GRUPOS

Página Inicial - Grupos

Área de transferência, Fonte, Parágrafo, Estilos, Editando, Voz.

Inserir - Grupos

Páginas, Tabelas, Ilustrações, Suplementos, Comentários, Cabeçalho e Rodapé,


Texto, Símbolos.

Design - Grupos

Formatação do Documento, Plano de Fundo da página.

Layout - Grupos

Configurar Página, Parágrafo, Organizar.

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DIVISÃO DOS GRUPOS

Referências - Grupos

Sumário, Notas de Rodapé, Pesquisar, Citações e bibliografia, Legendas, Índice.

Correspondências - Grupos

Criar, Iniciar Mala Direta, Gravar e Inserir Campos, Visualizar Resultados, Concluir.

Revisão - Grupos

Revisão de Texto, Acessibilidade, Idioma, Comentários, Controle, Alterações,


Compara, Proteger, Tinta.

Exibir - Grupos

Modos de Exibição, Movimentação de Páginas, Mostrar, Zoom, Janela, Macros,


SharePoint.

Ajuda - Grupos

Ajuda.

DICA 18
ÍCONES DO WORD – FORMATAÇÃO
Ícones despencam em prova!

Ícones que alteram a formatação do texto. Apresentados respectivamente:

Negrito, Itálico, Sublinhado, tachado, subscrito (A ), sobrescrito (A100 ):


100

Escolher fonte, Tamanho da fonte, Aumentar fonte, Diminuir fonte, Maiúscula e


Minúscula, Limpar toda a formatação:

Efeitos de texto e Tipografia, Cor de Realce, Cor da fonte:

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O “colar” possui algumas opções que são:

Manter formatação original, Mesclar formatação, Imagem, Manter somente texto:

DICA 19
ÍCONES DO WORD - INSERIR
Ícones que inserem elementos no documento:
O instantâneo faz um print de uma janela selecionada pelo usuário que está aberta no
momento e insere no documento:

Equação - inserir equações matemáticas ou pode criar suas próprias equações.


Símbolo - insere símbolos que não estão presentes no teclado:

Insere Links que podem ser um link para um arquivo externo ou site, um indicador
(permite pular para uma parte específica no texto) ou uma referência cruzada (Faz
referência a lugares específicos no documento, como títulos, ilustrações e tabelas):

DICA 20
ÍCONES DO WORD - ORGANIZAÇÃO DO TEXTO
Ícones que organizam o texto:

Alinhar à esquerda, Centralizar, Alinhar à direita, Justificar, Espaçamento de Linha e


Parágrafo, Sombreamento, Bordas:

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Bullets (cria marcadores), Numeração (cria uma lista numerada), Lista de Vários Níveis,
Diminuir Recuo, Aumentar Recuo, Classificar (Organizar em ordem alfabética ou numérica),
Mostrar Tudo:

Localizar é para procurar uma palavra no texto. Substituir, como o próprio nome já diz,
é para procurar e substituir um texto por outro:

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REGIMENTO INTERNO DO TSE
DICA 21
TSE: DAS SESSÕES
O TSE se reunirá ordinariamente, duas vezes por semana, em dias que serão fixados na
última sessão de cada ano, e extraordinariamente, tantas vezes quantas necessárias,
mediante convocação do Presidente, ou do próprio Tribunal.
As sessões serão públicas e durarão o tempo necessário para se tratar dos assuntos que,
exceto em casos de urgência, a juízo do Presidente, forem anunciados com a antecipação
de vinte e quatro horas.
Cuidado com os meses de fevereiro e março: Durante os meses de fevereiro e março
suspenderá o Tribunal as suas sessões ordinárias, reunindo-se apenas
extraordinariamente quando convocado pelo Presidente.
DICA 22
TSE: DAS SESSÕES
Seguir-se-ão nas bancadas, a começar pela primeira cadeira da direita, os dois juízes eleitos
pelo Supremo Tribunal Federal, os dois juízes eleitos pelo Tribunal Federal de Recursos, e
os dois juízes recrutados dentre os advogados e nomeados pelo presidente da República,
obedecida em relação a cada categoria a ordem de antiguidade no Tribunal.

Lembrando sempre que se observará nas sessões a seguinte ordem dos trabalhos:
verificação do número de juízes presentes;

leitura, discussão e aprovação da ata da sessão anterior;


leitura do expediente;

discussão e decisão dos feitos em pauta;


publicação de decisões.
DICA 23
TSE: DAS SESSÕES - DECISÃO
As decisões serão tomadas por maioria de votos e redigidas pelo relator, salvo se for
vencido, caso em que o Presidente designará, para lavrá-las, um dos juízes cujo voto tiver
sido vencedor; conterão uma síntese das questões debatidas e decididas, e serão
apresentadas, o mais tardar, dentro de cinco dias.
Os acórdãos e as resoluções de caráter administrativo e contencioso-administrativo serão
assinados pelo relator ou pelo ministro efetivo ou substituto a quem couber a sua lavratura,
registrando-se o nome do presidente da sessão; as resoluções normativas serão assinadas
por todos os ministros que participaram da sessão de julgamento.

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DICA 24
TSE: DAS SESSÕES - DECISÕES MONOCRÁTICAS

O relator poderá decidir monocraticamente os seguintes feitos administrativos a ele


submetidos:

Petição de alteração do programa partidário, com informação da unidade técnica


responsável;

Petição com solicitação de afastamento do juiz eleitoral do exercício do cargo efetivo da


Justiça Comum com informação do diretor-geral sobre o preenchimento dos requisitos
legais;

Processo administrativo de requisição de servidor, com informação da Secretaria de


Gestão de Pessoas sobre o preenchimento dos requisitos legais, confirmada pelo diretor-
geral;

Processo administrativo que trate de transferência de jurisdição eleitoral, com informação


da Corregedoria-Geral Eleitoral, confirmada pelo diretor-geral;

Consulta, com informação da Assessoria Consultiva (ASSEC), quando a consulta for


formulada por parte ilegítima ou versar sobre caso concreto;

Revisão de eleitorado com informação da Corregedoria-Geral Eleitoral favorável à


realização da revisão, confirmada pelo diretor-geral.

DICA 25
TSE: FÉRIAS
Você gosta de férias? Um descanso merecido, né? Os membros do TSE também tiram férias,
como todo mundo. Lembrando sempre que durante as férias, o TSE funciona em esquema
de plantão. Nesse período, a Presidência da Corte examinará e decidirá demandas urgentes,
como medidas cautelares e habeas corpus.
IMPORTANTE: As férias coletivas dos membros do Tribunal coincidirão com as do
Supremo Tribunal Federal- STF.

ATENÇÃO!

Sobre esta matéria: Por ser um material pré-edital, estamos trabalhando aqui com o
Regimento Interno do Tribunal Superior Eleitoral. Conforme saia o edital, faremos
atualizações nesta disciplina, de acordo com o TRE de cada estado aderente ao concurso
unificado.
Atenciosamente,
Equipe Pensar Concursos.

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NORMAS APLICÁVEIS AOS SERVIDORES FEDERAIS

DICA 26
REGIME DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS-LEI 8.112/1990 - GRATIFICAÇÃO
POR ENCARGO DE CURSO OU CONCURSO

A Gratificação por Encargo de Curso ou Concurso é devida ao servidor que, em caráter


eventual:

atuar como instrutor em curso de formação, de desenvolvimento ou de treinamento


regularmente instituído no âmbito da administração pública federal;

participar de banca examinadora ou de comissão para exames orais, para análise


curricular, para correção de provas discursivas, para elaboração de questões de provas ou
para julgamento de recursos intentados por candidatos;

participar da logística de preparação e de realização de concurso público envolvendo


atividades de planejamento, coordenação, supervisão, execução e avaliação de resultado,
quando tais atividades não estiverem incluídas entre as suas atribuições permanentes;

participar da aplicação, fiscalizar ou avaliar provas de exame vestibular ou de concurso


público ou supervisionar essas atividades
DICA 27
REGIME DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS-LEI 8.112/1990 - DA LICENÇA
PARA TRATAR DE INTERESSES PARTICULARES
A critério da Administração, poderão ser concedidas ao servidor ocupante de cargo efetivo
(preste bem atenção: CARGO EFETIVO), desde que não esteja em estágio probatório,
licenças para o trato de assuntos particulares pelo prazo de até três anos consecutivos, sem
remuneração.
DICA 28
REGIME DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS-LEI 8.112/1990- DO
AFASTAMENTO PARA ESTUDO OU MISSÃO NO EXTERIOR
O servidor não poderá ausentar-se do País para estudo ou missão oficial, sem autorização
do Presidente da República, Presidente dos Órgãos do Poder Legislativo e Presidente do
Supremo Tribunal Federal.
A ausência não excederá a 4 (quatro) anos, e finda a missão ou estudo, somente decorrido
igual período, será permitida nova ausência. Ao servidor beneficiado pelo disposto neste
artigo não será concedida exoneração ou licença para tratar de interesse particular antes
de decorrido período igual ao do afastamento, ressalvada a hipótese de ressarcimento da
despesa havida com seu afastamento.
IMPORTANTE: Isto não se aplica aos servidores da carreira diplomática.
DICA 29

REGIME DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS-LEI 8.112/1990 - DO


AFASTAMENTO PARA PARTICIPAÇÃO EM PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO
STRICTO SENSU NO PAÍS
O servidor poderá, no interesse da Administração, e desde que a participação não possa
ocorrer simultaneamente com o exercício do cargo ou mediante compensação de horário,
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afastar-se do exercício do cargo efetivo, com a respectiva remuneração, para participar em
programa de pós-graduação stricto sensu em instituição de ensino superior no País.
IMPORTANTE:
Ato do dirigente máximo do órgão ou entidade definirá, em conformidade com a legislação
vigente, os programas de capacitação e os critérios para participação em programas de pós-
graduação no País, com ou sem afastamento do servidor, que serão avaliados por um comitê
constituído para este fim.
E assim sendo, os afastamentos para realização de programas de mestrado e doutorado
somente serão concedidos aos servidores titulares de cargos efetivos no respectivo órgão
ou entidade há pelo menos 3 (três) anos para mestrado e 4 (quatro) anos para
doutorado, incluído o período de estágio probatório, que não tenham se afastado por
licença para tratar de assuntos particulares para gozo de licença capacitação ou com
fundamento neste artigo nos 2 (dois) anos anteriores à data da solicitação de
afastamento.
DICA 30
REGIME DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS-LEI 8.112/1990 - DA AUSÊNCIA
POR DOAÇÃO DE SANGUE E ALISTAMENTO OU RECADASTRAMENTO ELEITORAL

Sem qualquer prejuízo, poderá o servidor ausentar-se do serviço:


por 1 (um) dia, para doação de sangue;

pelo período comprovadamente necessário para alistamento ou recadastramento


eleitoral, limitado, em qualquer caso, a 2 (dois) dias;
DICA 31
REGIME DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS-LEI 8.112/1990 - DA AUSÊNCIA
POR MORTE

Sem qualquer prejuízo, poderá o servidor ausentar-se do serviço por 8 (oito) dias
consecutivos em razão de:

casamento;

falecimento do cônjuge, companheiro, pais, madrasta ou padrasto, filhos, enteados,


menor sob guarda ou tutela e irmãos.
DICA 32
REGIME DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS-LEI 8.112/1990- DO TEMPO DE
SERVIÇO
É contado para todos os efeitos o tempo de serviço público federal, inclusive o prestado às
Forças Armadas.
A apuração do tempo de serviço será feita em dias, que serão convertidos em anos,
considerado o ano como de trezentos e sessenta e cinco dias.

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DICA 33
REGIME DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS-LEI 8.112/1990 - DA
ACUMULAÇÃO
Ressalvados os casos previstos na Constituição, é vedada a acumulação remunerada de
cargos públicos. A proibição de acumular estende-se a cargos, empregos e funções em
autarquias, fundações públicas, empresas públicas, sociedades de economia mista da União,
do Distrito Federal, dos Estados, dos Territórios e dos Municípios.
Por fim, a acumulação de cargos, ainda que lícita, fica condicionada à comprovação da
compatibilidade de horários.

Ah, e não esqueça: Considera-se acumulação proibida a percepção de vencimento


de cargo ou emprego público efetivo com proventos da inatividade, salvo quando os cargos
de que decorram essas remunerações forem acumuláveis na atividade.
DICA 34
REGIME DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS-LEI 8.112/1990- DO
AFASTAMENTO PREVENTIVO
Como medida cautelar e a fim de que o servidor não venha a influir na apuração da
irregularidade, a autoridade instauradora do processo disciplinar poderá determinar o seu
afastamento do exercício do cargo, pelo prazo de até 60 (sessenta) dias, sem prejuízo da
remuneração. O afastamento poderá ser prorrogado por igual prazo, findo o qual cessarão
os seus efeitos, ainda que não concluído o processo.
DICA 35
REGIME DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS-LEI 8.112/1990 -DO INQUÉRITO-
PARTE 1
O inquérito administrativo obedecerá ao princípio do contraditório, assegurada ao acusado
ampla defesa, com a utilização dos meios e recursos admitidos em direito.
Os autos da sindicância integrarão o processo disciplinar, como peça informativa da
instrução.
E por fim, na hipótese de o relatório da sindicância concluir que a infração está capitulada
como ilícito penal, a autoridade competente encaminhará cópia dos autos ao Ministério
Público, independentemente da imediata instauração do processo disciplinar.
DICA BÔNUS
REGIME DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS-LEI 8.112/1990 - DO
INQUÉRITO- PARTE 2
Na fase do inquérito, a comissão promoverá a tomada de depoimentos, acareações,
investigações e diligências cabíveis, objetivando a coleta de prova, recorrendo, quando
necessário, a técnicos e peritos, de modo a permitir a completa elucidação dos fatos.
É assegurado ao servidor o direito de acompanhar o processo pessoalmente ou por
intermédio de procurador, arrolar e reinquirir testemunhas, produzir provas e contraprovas
e formular quesitos, quando se tratar de prova pericial.

Sobre o presidente da comissão: O presidente da comissão poderá denegar pedidos


considerados impertinentes, meramente protelatórios, ou de nenhum interesse para o
esclarecimento dos fatos.
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DIREITO ELEITORAL

DICA 36
INELEGIBILIDADES
São obstáculos colocados pela Constituição Federal ou por Lei Complementar para o
exercício da capacidade eleitoral passiva, por algumas pessoas, em decorrência de uma
condição ou diante de certas circunstâncias.
Não prejudicam o exercício dos outros direitos políticos. Ou seja, o inelegível poderá
eventualmente votar, criar ou integrar partidos ou propor ação popular.
CUIDADO: apenas Lei Complementar pode dispor acerca de inelegibilidades (artigo
14, parágrafo 9º, da Constituição Federal).
DICA 37
LEI COMPLEMENTAR X LEI ORDINÁRIA
A principal diferença entre os dois tipos de leis reside no quórum de aprovação:
enquanto a Lei Complementar exige aprovação por maioria absoluta (artigo 69, da
Constituição Federal) da Casa Legislativa (Senado ou Câmara), a Lei Ordinária é aprovada
com maioria simples (artigo 47, da Constituição Federal), desde que presente a maioria
absoluta dos membros da Casa.
Ou seja, uma Lei Ordinária pode ser votada no Senado se houver ao menos 46 senadores
presentes. Neste caso, uma maioria de votos a favor, independentemente de seu número,
significará aprovação do projeto de Lei.
No caso de uma Lei Complementar, além da presença da maioria absoluta dos senadores,
a votação precisa atingir no mínimo 46 votos a favor para aprovação.
DICA 38
CLASSIFICAÇÃO DAS INELEGIBILIDADES

As inelegibilidades podem ser:

Absolutas: impedem que a pessoa concorra a qualquer cargo.

Relativas: impedem de concorrer a determinada eleição ou a determinado cargo.

Constitucionais: previstas diretamente na Constituição Federal.

Legais: previstas em Lei complementar.


DICA 39
INELEGIBILIDADES ABSOLUTAS

As inelegibilidades absolutas previstas na Constituição Federal (art. 14, parágrafo 4º)


são: os inalistáveis e os analfabetos.

Inalistáveis: são aqueles que não podem votar. Ou seja, os menores de 16 anos;
estrangeiros (exceto portugueses, na forma do tratado de reciprocidade) e os conscritos.

Analfabetos: a maioria dos autores entendem que o analfabetismo descrito na


Constituição seria o total, ou seja, a pessoa não sabe ler nada, tampouco escrever seu
nome ou palavras soltas).
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ATENÇÃO ÀS SÚMULAS DO TSE:

SÚMULA TSE Nº 15

O exercício de mandato eletivo não é circunstância capaz, por si só, de comprovar a


condição de alfabetizado do candidato.

SÚMULA TSE Nº 55:

A Carteira Nacional de Habilitação gera a presunção da escolaridade necessária ao


deferimento do registro de candidatura.

DICA 40
INELEGIBILIDADES – REELEIÇÃO
Este é um tipo de inelegibilidade “funcional”, pois incide sobre uma “função”. Encontra-
se prevista no artigo 14, parágrafo 5º e dispõe o impedimento a uma nova candidatura dos
titulares do Poder Executivo que, pela segunda vez consecutiva, estão ocupando o cargo.

No Brasil não há limite para o número de vezes que uma pessoa possa ocupar a
titularidade do Poder Executivo em qualquer esfera (municipal, estadual ou federal). No
entanto, há uma limitação para a ocupação consecutiva.

A reeleição de titulares do Poder Executivo foi introduzida no Brasil pela Emenda


Constitucional n.º 16/1997.

O TSE entende que a substituição exercida pelo Vice (ou seja, ocupação em caráter
precário) ao longo do mandato não gera inelegibilidade (AgR-REspEI n.º 060017586).

Se o Vice substituir o Titular nos seis meses anteriores às eleições sua candidatura será
considerada REELEIÇÃO e não uma disputa de novo mandato (REspEI n.º 060022490).
uma pessoa não pode ser Vice por mais de duas vezes consecutivas, mesmo que os
Titulares mudem. É possível ser Vice duas vezes e depois ser Titular duas vezes. Porém,
se for Titular duas vezes, não poderá na sequência ser Vice (Consulta 710/DF – TSE).
DICA 41
INELEGIBILIDADES – PREFEITO ITINERANTE
Era muito comum antigamente, até que o TSE passou a entender o caso como uma forma
de burlar a regra constitucional que veda um terceiro mandato consecutivo.
Prefeitos cumpriam dois mandatos consecutivos em determinado município e, na sequência,
licenciando-se seis meses antes das eleições, mudavam o domicílio eleitoral e
candidatavam-se em município vizinho, tornando-se verdadeiros “prefeitos profissionais”.

ATENÇÃO!!

Desde o RESPE 32.507, julgado em 17.12.2008 não é mais admitida esta possibilidade.

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DICA 42
INELEGIBILIDADES – DESINCOMPATIBILIZAÇÃO DO CHEFE DO EXECUTIVO
Se o Titular do Poder Executivo desejar concorrer a outro cargo Executivo, deverá
renunciar ao mandato até seis meses antes das eleições (artigo 14, parágrafo 6º, da
Constituição Federal).

ATENÇÃO!!

Se um Prefeito deseja se candidatar a Governador, deverá seis meses antes das


eleições renunciar ao mandato de prefeito.

DICA 43
INELEGIBILIDADE REFLEXA
Atinge os parentes daqueles que ocupam cargos no Executivo (artigo 14, parágrafo 7º, da
Constituição Federal), tornando inelegíveis no território de jurisdição do titular, o cônjuge
e os parentes consanguíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do Presidente da
República, de Governador de Estado ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de
quem os haja substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se já titular de
mandato eletivo e candidato à reeleição.

PARA LEMBRAR: o filho ou filha do Presidente da República é inelegível para qualquer


cargo eletivo no Brasil, exceto se já era titular do cargo e estiver concorrendo à reeleição.
ATENÇÃO ÀS SÚMULAS:

SÚMULA VINCULANTE Nº 18 STF

A dissolução da sociedade ou do vínculo conjugal, no curso do mandato, não afasta a


inelegibilidade prevista no §7º do artigo 14 da Constituição Federal.

Ou seja, mesmo o divórcio mantém a inelegibilidade do cônjuge.

SÚMULA TSE Nº 6 STF

São inelegíveis para o cargo de Chefe do Executivo o cônjuge e os parentes, indicados no


§ 7º do art. 14 da Constituição Federal, do titular do mandato, salvo se este, reelegível,
tenha falecido, renunciado ou se afastado definitivamente do cargo até seis meses antes
do pleito.

Ou seja, se o titular falecido já estivesse cumprindo o segundo mandato, o cônjuge e


parentes ficam inelegíveis.

SÚMULA TSE Nº 12 STF

São inelegíveis, no município desmembrado, e ainda não instalado, o cônjuge e os


parentes consanguíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do prefeito do
município-mãe, ou de quem o tenha substituído, dentro dos seis meses anteriores ao
pleito, salvo se já titular de mandato eletivo.

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DICA 44
RELEMBRANDO PARENTESCO PARA ENTENDER INELEGIBILIDADE REFLEXA
São parentes em linha reta os ascendentes (pais, avôs etc.) e descendentes (filhos, netos
etc.), conforme previsto no artigo 1591 do Código Civil.
São parentes em linha colateral ou transversal, até o quarto grau, as pessoas que
provém de um só tronco, sem descenderem umas das outras (artigo 1592, do Código Civil).

Ex.: tios, primos, sobrinhos.


Cada cônjuge ou companheiro é ligado aos parentes do outro pelo vínculo da afinidade
(artigo 1595, do Código Civil). Este parentesco é limitado aos ascendentes, descendentes
e aos irmãos do cônjuge ou companheiro.

Ex.: sogra, sogro, cunhados.


Importante: a afinidade na linha reta não se extingue com a dissolução do casamento
ou da união estável. Ou seja, sogra é para sempre.
Como são contados os graus de parentesco?
É necessário atingir o tronco de onde parte o vínculo e então chegar ao parente cujo grau
se quer descobrir.

Ex.: o filho de um tio (primo) é parente de quarto grau (conta-se um grau de você até
seu pai, mais um grau até seu avô comum, mais um grau até o tio ou tia e, finalmente o
último grau ao chegar no primo).
DICA 45
INELEGIBILIDADES E A LEI DA FICHA LIMPA (Lei Complementar n.º 135/10)
Advinda de uma proposta de iniciativa popular, a Lei da Ficha Limpa promoveu alterações
na Lei Complementar n.º 64/90 (Lei das Inelegibilidades).

Dentre as principais inovações podem ser destacadas:

Ampliação do rol das inelegibilidades legais;

Inelegibilidade decorrente de decisões colegiadas, mesmo que recorríveis;

Fixação do mesmo prazo de oito anos para a restrição dos direitos políticos pela
inelegibilidade.
LEMBRE-SE:
Nas Ações Declaratórias de Constitucionalidade números 29 e 30, o Supremo Tribunal
Federal entendeu que a inelegibilidade não tem natureza jurídica de pena e, por isso,
não pode se submeter ao Princípio da Presunção de Inocência, previsto no artigo 5º, inciso
LVII, da Constituição Federal. Neste caso, não é necessário aguardar o trânsito em julgado
da decisão que desencadeou a inelegibilidade para que esta possa iniciar-se bastando que
a decisão decorra de um órgão colegiado (tribunal).

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DICA 46
LEI COMPLEMENTAR 64/90

Tipos de Inelegibilidades Legais

Emanadas de autoridades administrativas (art. 1º, I, alíneas “g”, “m”, “o” e “q”).

Oriundas de autoridades políticas (art. 1º, I, alíneas “b”, “c”, “g” e “k”).

Geradas por presunção (art. 1º, I, alínea “i”; e inciso II, 1 a 16, alíneas “b”, “d”, “f”, “h”,
“g”, “i” e “j”).

Fundadas em condenação judicial civil (art. 1º, I, alíneas “c”, “d”, “g”, “j”, “l”, “n” e “p”).
DICA 47
INELEGIBILIDADES LEGAIS DA LEI 64/90

Art. 1º São inelegíveis:


I - Para qualquer cargo:
a) os inalistáveis e os analfabetos; (visto anteriormente – estas circunstâncias também
estão previstas na Constituição Federal).
b) os membros do Congresso Nacional, das Assembleias Legislativas, da Câmara
Legislativa e das Câmaras Municipais, que hajam perdido os respectivos mandatos por
infringência do disposto nos incisos I e II do art. 55 da Constituição Federal, dos
dispositivos equivalentes sobre perda de mandato das Constituições Estaduais e Leis
Orgânicas dos Municípios e do Distrito Federal, para as eleições que se realizarem durante
o período remanescente do mandato para o qual foram eleitos e nos oito anos
subsequentes ao término da legislatura.

A perda do mandato do parlamentar dependerá do voto da maioria absoluta da casa


respectiva, em votação secreta, após a ocorrência de um processo disciplinar perante
comissões de ética.
O inciso I do artigo 55 trata da violação pelo parlamentar das vedações previstas no artigo
54 da Constituição Federal.
DICA 48
PROIBIÇÕES

Relembrando as proibições impostas aos parlamentares:

Art. 54. Os Deputados e Senadores não poderão:


I - Desde a expedição do diploma:
a) firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito público, autarquia, empresa
pública, sociedade de economia mista ou empresa concessionária de serviço público, salvo
quando o contrato obedecer a cláusulas uniformes;
b) aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remunerado, inclusive os de que sejam
demissíveis "ad nutum", nas entidades constantes da alínea anterior;

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II - Desde a posse:
a) ser proprietários, controladores ou diretores de empresa que goze de favor decorrente
de contrato com pessoa jurídica de direito público, ou nela exercer função remunerada;
b) ocupar cargo ou função de que sejam demissíveis "ad nutum", nas entidades referidas
no inciso I, "a";
c) patrocinar causa em que seja interessada qualquer das entidades a que se refere o
inciso I, "a";
d) ser titulares de mais de um cargo ou mandato público eletivo.

O inciso II do artigo 55 trata dos casos de quebra do decoro parlamentar, ou seja, das
exigências de respeitabilidade do cargo, previstas nos regimentos internos das casas
legislativas.
DICA 49
INELEGIBILIDADES

OUTROS CHEFES DO EXECUTIVO:

Art. 1º São inelegíveis: (...) I - Para qualquer cargo:


c) o Governador e o Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal e o Prefeito
e o Vice-Prefeito que perderem seus cargos eletivos por infringência a dispositivo da
Constituição Estadual, da Lei Orgânica do Distrito Federal ou da Lei Orgânica do Município,
para as eleições que se realizarem durante o período remanescente e nos 8 (oito)
anos subsequentes ao término do mandato para o qual tenham sido eleitos;

OBS: A regra não vale para o Presidente e o Vice-Presidente da República. Para


eles, a perda do cargo, ainda que por impeachment, não atrai inelegibilidade, mas
inabilitação para o exercício da função pública por oito anos.
PARA LEMBRAR: durante o processo de impeachment da ex-presidente Dilma Roussef,
o Senado dividiu o julgamento pelos crimes de responsabilidade em duas etapas: na
primeira parte, por 61 votos a 20, os senadores decidiram pelo cometimento de crime de
responsabilidade, porém, na segunda parte do julgamento, por 42 votos a 36, os senadores
decidiram que deveria manter-se habilitada para o exercício de função pública.
DICA 50

INELEGIBILIDADES

CONDENADOS POR ABUSO DE PODER ECONÔMICO OU POLÍTICO:

Art. 1º São inelegíveis: (...) I - Para qualquer cargo:


d) os que tenham contra sua pessoa representação julgada procedente pela Justiça
Eleitoral, em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão colegiado, em processo
de apuração de abuso do poder econômico ou político, para a eleição na qual concorrem
ou tenham sido diplomados, bem como para as que se realizarem nos 8 (oito) anos
seguintes;

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FIQUE ATENTO: a contagem do prazo ocorre de acordo com a data da eleição em que
houve o abuso e a eleição que ocorrerá oito anos depois. Assim, o prazo não começa a ser
contado em janeiro do ano seguinte, mas no próprio dia que houve a eleição;

SÚMULA TSE Nº 19

O prazo de inelegibilidade decorrente da condenação por abuso do poder econômico ou


político tem início no dia da eleição em que este se verificou e finda no dia de igual número
no oitavo ano seguinte (art. 22, XIV, da LC nº 64/90).

Decorre da procedência de Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) ou Ação de


Impugnação de Mandato Eletivo (AIME) que buscassem responsabilizar o titular ou vice
por abuso de poder político ou econômico.
LEMBRE-SE: se o candidato teve o mandato cassado pela unicidade ou indivisibilidade
da chapa, não há incidência desta inelegibilidade (REspe n.º 18627).
o Princípio da Unicidade ou Indivisibilidade da chapa é previsto no artigo 91 do Código
Eleitoral e prevê que o registro de candidatos a presidente e vice-presidente, governador e
vice-governador, ou prefeito e vice-prefeito, far-se-á sempre em chapa única e
indivisível, ainda que resulte a indicação de aliança de partidos. A cassação, portanto,
afeta o titular e o Vice.
DICA 51
INELEGIBILIDADES

CONDENADOS CRIMES COMUNS

Art. 1º São inelegíveis: (...) I - Para qualquer cargo:


e) os que forem condenados, em decisão transitada em julgado ou proferida por
órgão judicial colegiado, desde a condenação até o transcurso do prazo de 8
(oito) anos após o cumprimento da pena, pelos crimes:
1. contra a economia popular, a fé pública, a administração pública e o
patrimônio público;

→ crimes previstos na Lei n.º 1.521/51, no Código de Defesa do Consumidor (Lei n.º
8.078/90), na Lei n.º 8.137/90 e no Código Penal: artigos 289 a 311 e 312 a 356.
2. contra o patrimônio privado, o sistema financeiro, o mercado de capitais e os
previstos na lei que regula a falência;

→ crimes previstos na Lei n.º 7.492/86, Lei n.º 6404/76, Lei n.º 6.385/76, Lei n.º
11.101/2005 e no Código Penal: artigos 155 a 183.
3. contra o meio ambiente e a saúde pública;

→ crimes previstos na Lei n.º 9.605/98 e no Código Penal: artigos 267 a 285.
4. eleitorais, para os quais a lei comine pena privativa de liberdade;

→ Código Eleitoral, Lei n.º 9.504/97 e Lei n.º 6.091/74.

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5. de abuso de autoridade, nos casos em que houver condenação à perda do
cargo ou à inabilitação para o exercício de função pública;

→ Lei n.º 4.898/68.


6. de lavagem ou ocultação de bens, direitos e valores;

→ crimes previstos na Lei n.º 9.613/98.


7. de tráfico de entorpecentes e drogas afins, racismo, tortura, terrorismo e
hediondos;

→ crimes previstos na Lei n.º 11.343/2006, na Lei n.º 7.716/89, Lei n.º 9.455/97, Lei
n.º 13.260/2016 e Lei n.º 8.072/90.
8. de redução à condição análoga à de escravo;

→ crimes previstos no Código Penal: artigos 149 e 203.


9. contra a vida e a dignidade sexual; e

→ crimes previstos no Código Penal: 121 a 128 e 213 a 234.


10. praticados por organização criminosa, quadrilha ou bando;

→ crimes previstos na Lei n.º 12.850/2013.

DICA 52
INELEGIBILIDADES

INDIGNOS PARA O OFICIALATO E ÍMPROBOS:

Art. 1º São inelegíveis: (...) I - Para qualquer cargo:


f) os que forem declarados indignos do oficialato, ou com ele incompatíveis, pelo
prazo de 8 (oito) anos;

A indignidade para o oficialato está prevista no artigo 142, inciso VI, da Constituição
Federal, segundo o qual: “o oficial só perderá o posto e a patente se for julgado indigno do
oficialato ou com ele incompatível, por decisão de tribunal militar de caráter permanente,
em tempo de paz, ou de tribunal especial, em tempo de guerra”;

Curiosidade: o artigo 120 do Estatuto dos Militares (Lei n.º 6.880/80) trata da
indignidade e da incompatibilidade para o oficialato, vejamos:

Art. 120. Ficará sujeito à declaração de indignidade para o oficialato, ou de


incompatibilidade com o mesmo, o oficial que:
I - For condenado, por tribunal civil ou militar, em sentença transitada em julgado, à pena
restritiva de liberdade individual superior a 2 (dois) anos;
II - For condenado, em sentença transitada em julgado, por crimes para os quais o Código
Penal Militar comina essas penas acessórias e por crimes previstos na legislação especial
concernente à segurança do Estado;

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III - incidir nos casos, previstos em lei específica, que motivam o julgamento por Conselho
de Justificação e neste for considerado culpado; e
IV - Houver perdido a nacionalidade brasileira.
g) os que tiverem suas contas relativas ao exercício de cargos ou funções públicas
rejeitadas por irregularidade insanável que configure ato doloso de improbidade
administrativa, e por decisão irrecorrível do órgão competente, salvo se esta houver sido
suspensa ou anulada pelo Poder Judiciário, para as eleições que se realizarem nos 8 (oito)
anos seguintes, contados a partir da data da decisão, aplicando-se o dispostono inciso
II do art. 71 da Constituição Federal, a todos os ordenadores de despesa, sem exclusão
de mandatários que houverem agido nessa condição;

Esta circunstância já foi abordada anteriormente. Apenas o ato DOLOSO gera


inelegibilidade.
DICA 53
ABUSO DE PODER ECONÔMICO, ADMINISTRADORES DE INSTITUIÇÕES
FINANCEIRAS EM LIQUIDAÇÃO E CONDENADOS EM REPRESENTAÇÕES
ELEITORAIS

Art. 1º São inelegíveis: I - Para qualquer cargo:


h) os detentores de cargo na administração pública direta, indireta ou
fundacional, que beneficiarem a si ou a terceiros, pelo abuso do poder econômico
ou político, que forem condenados em decisão transitada em julgado ou proferida por
órgão judicial colegiado, para a eleição na qual concorrem ou tenham sido diplomados,
bem como para as que se realizarem nos 8 (oito) anos seguintes;

ATENÇÃO: os autores têm dificuldade para diferenciar esta circunstância daquela


prevista na alínea “d”, vista anteriormente.

Art. 1º São inelegíveis: (...) I - Para qualquer cargo:


i) os que, em estabelecimentos de crédito, financiamento ou seguro, que tenham
sido ou estejam sendo objeto de processo de liquidação judicial ou extrajudicial,
hajam exercido, nos 12 (doze) meses anteriores à respectiva decretação, cargo ou função
de direção, administração ou representação, enquanto não forem exonerados de
qualquer responsabilidade;

Instituições financeiras não estão sujeitas a processo falimentar, mas a um


procedimento chamado liquidação extrajudicial.
CUIDADO: Esta hipótese não prevê prazo certo para o fim da inelegibilidade. Para o
TSE essa indeterminação não é inconstitucional (Ac. 22.739/04).

j) os que forem condenados, em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão


colegiado da Justiça Eleitoral, por corrupção eleitoral, por captação ilícita de sufrágio, por
doação, captação ou gastos ilícitos de recursos de campanha ou por conduta vedada aos
agentes públicos em campanhas eleitorais que impliquem cassação do registro ou do
diploma, pelo prazo de 8 (oito) anos a contar da eleição;

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A contagem dos prazos de inelegibilidade está prevista na Súmula n.º 69 do TSE.

SÚMULA TSE Nº 69

Os prazos de inelegibilidade previstos nas alíneas j e h do inciso I do art. 1º da LC nº


64/90 têm termo inicial no dia do primeiro turno da eleição e termo final no dia de igual
número no oitavo ano seguinte.

DICA 54
INELEGIBILIDADES

RENÚNCIA PARA ESCAPAR DA CASSAÇÃO:

Art. 1º São inelegíveis: (...) I - Para qualquer cargo:


k) o Presidente da República, o Governador de Estado e do Distrito Federal, o Prefeito,
os membros do Congresso Nacional, das Assembleias Legislativas, da Câmara Legislativa,
das Câmaras Municipais, que renunciarem a seus mandatos desde o oferecimento de
representação ou petição capaz de autorizar a abertura de processo por infringência a
dispositivo da Constituição Federal, da Constituição Estadual, da Lei Orgânica do Distrito
Federal ou da Lei Orgânica do Município, para as eleições que se realizarem durante o
período remanescente do mandato para o qual foram eleitos e nos 8 (oito) anos
subsequentes ao término da legislatura;

O objeto desta norma é evitar que o político alvo de investigação que pode culminar em
sua cassação pelo Poder Legislativo renuncie ao cargo para manter seus direitos políticos.

l) os que forem condenados à suspensão dos direitos políticos, em decisão


transitada em julgado ou proferida por órgão judicial colegiado, por ato doloso
de improbidade administrativa que importe lesão ao patrimônio público e
enriquecimento ilícito, desde a condenação ou o trânsito em julgado até o transcurso do
prazo de 8 (oito) anos após o cumprimento da pena;

Apenas o ato de improbidade gera inelegibilidade, conforme já visto.


DICA 55
EXCLUÍDOS DO EXERCÍCIO DA PROFISSÃO, SIMULAÇÃO DE DESFAZIMENTO DE
VÍNCULO CONJUGAL E DEMITIDOS DO SERVIÇO PÚBLICO

Art. 1º São inelegíveis:


I - Para qualquer cargo:
m) os que forem excluídos do exercício da profissão, por decisão sancionatória do
órgão profissional competente, em decorrência de infração ético-profissional, pelo
prazo de 8 (oito) anos, salvo se o ato houver sido anulado ou suspenso pelo Poder
Judiciário;

Esta hipótese trata da consequência da punição aplicada pelos conselhos de


regulamentação profissional.

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O Judiciário pode recusar a aplicação da inelegibilidade se entender que não estão
presentes os requisitos de gravidade do ato e caráter ético da razão da exclusão profissional.

n) os que forem condenados, em decisão transitada em julgado ou proferida por


órgão judicial colegiado, em razão de terem desfeito ou simulado desfazer vínculo
conjugal ou de união estável para evitar caracterização de inelegibilidade, pelo prazo
de 8 (oito) anos após a decisão que reconhecer a fraude;

O objetivo desta norma é punir a tentativa de burla à inelegibilidade reflexa (vista


anteriormente). Ou seja, a simulação de um divórcio ou dissolução de união estável com o
objetivo de tornar elegível o cônjuge/companheiro de titular de mandato eletivo.

o) os que forem demitidos do serviço público em decorrência de processo


administrativo ou judicial, pelo prazo de 8 (oito) anos, contado da decisão, salvo se
o ato houver sido suspenso ou anulado pelo Poder Judiciário;

Decisões provisórias, ou seja, sujeitas a recurso, não geram inelegibilidade.


DICA 56
INELEGIBILIDADES – DOAÇÕES ILEGAIS

Art. 1º São inelegíveis:


I - Para qualquer cargo:
p) a pessoa física e os dirigentes de pessoas jurídicas responsáveis por doações eleitorais
tidas por ilegais por decisão transitada em julgado ou proferida por órgão colegiado da
Justiça Eleitoral, pelo prazo de 8 (oito) anos após a decisão, observando-se o
procedimento previsto no art. 22;

NÃO é mais permitida a doação a candidatos por pessoas jurídicas (artigo 20 da Lei
n.º 9.504/97 e ADI 4650 STF).

Pessoas físicas podem fazer doações em dinheiro ou estimáveis em dinheiro para


campanhas eleitorais, desde que estas contribuições não ultrapassem 10% (dez por
cento) dos rendimentos brutos auferidos pelo doador no ano anterior às eleições (artigo
23, parágrafo primeiro, da Lei n.º 9.504/97).
CUIDADO: o TSE entende que apenas doações que constituam abuso de poder econômico
gerariam inelegilidade.

q) os magistrados e os membros do Ministério Público que forem aposentados


compulsoriamente por decisão sancionatória, que tenham perdido o cargo por
sentença ou que tenham pedido exoneração ou aposentadoria voluntária na
pendência de processo administrativo disciplinar, pelo prazo de 8 (oito) anos;

ATENÇÃO: os órgãos de controle internos e externos não podem determinar a perda


do cargo de magistrados e promotores de justiça por impedimento constitucional. Porém,
podem aposentá-los compulsoriamente como forma de punição.

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DICA 57
DESINCOMPATIBILIZAÇÃO PARA CONCORRER AOS CARGOS DE PRESIDENTE E
VICE-PRESIDENTE DA REPÚBLICA
Desincompatibilização é o afastamento do funcionário público ou daquele que exerce certas
atividades descritas em Lei, pelo tempo nela previsto, para só então se candidatar.
Ou seja, trata-se da previsão de um lapso temporal mínimo para que o titular de cargo
público ou mandato eletivo afaste-se de suas funções com o objetivo de candidatar-se.

A Lei n.º 64/90 prevê um rol de situações bastante extenso, de acordo com o cargo
almejado:

Art. 1º São inelegíveis:


II - para Presidente e Vice-Presidente da República:
a) até 6 (seis) meses depois de afastados definitivamente de seus cargos e funções:
1. os Ministros de Estado:
2. os chefes dos órgãos de assessoramento direto, civil e militar, da Presidência da
República;
3. o chefe do órgão de assessoramento de informações da Presidência da República;
4. o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas;
5. o Advogado-Geral da União e o Consultor-Geral da República;
6. os chefes do Estado-Maior da Marinha, do Exército e da Aeronáutica;
7. os Comandantes do Exército, Marinha e Aeronáutica;
8. os Magistrados;
9. os Presidentes, Diretores e Superintendentes de autarquias, empresas públicas,
sociedades de economia mista e fundações públicas e as mantidas pelo poder público;
10. os Governadores de Estado, do Distrito Federal e de Territórios;
11. os Interventores Federais;
12. os Secretários de Estado;
13. os Prefeitos Municipais;
14. os membros do Tribunal de Contas da União, dos Estados e do Distrito Federal;
15. o Diretor-Geral do Departamento de Polícia Federal;
16. os Secretários-Gerais, os Secretários-Executivos, os Secretários Nacionais, os
Secretários Federais dos Ministérios e as pessoas que ocupem cargos equivalentes;
b) os que tenham exercido, nos 6 (seis) meses anteriores à eleição, nos Estados, no
Distrito Federal, Territórios e em qualquer dos poderes da União, cargo ou função, de
nomeação pelo Presidente da República, sujeito à aprovação prévia do Senado Federal
c) (Vetado)
d) os que, até 6 (seis) meses antes da eleição, tiverem competência ou interesse, direta,
indireta ou eventual, no lançamento, arrecadação ou fiscalização de impostos, taxas e

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contribuições de caráter obrigatório, inclusive parafiscais, ou para aplicar multas
relacionadas com essas atividades
e) os que, até 6 (seis) meses antes da eleição, tenham exercido cargo ou função de
direção, administração ou representação nas empresas de que tratam os arts. 3° e 5° da
Lei n° 4.137, de 10 de setembro de 1962, quando, pelo âmbito e natureza de suas
atividades, possam tais empresas influir na economia nacional
f) os que, detendo o controle de empresas ou grupo de empresas que atuem no Brasil,
nas condições monopolísticas previstas no parágrafo único do art. 5° da lei citada na
alínea anterior, não apresentarem à Justiça Eleitoral, até 6 (seis) meses antes do pleito,
a prova de que fizeram cessar o abuso apurado, do poder econômico, ou de que
transferiram, por força regular, o controle de referidas empresas ou grupo de empresas
g) os que tenham, dentro dos 4 (quatro) meses anteriores ao pleito, ocupado cargo ou
função de direção, administração ou representação em entidades representativas de
classe, mantidas, total ou parcialmente, por contribuições impostas pelo poder Público ou
com recursos arrecadados e repassados pela Previdência Social
h) os que, até 6 (seis) meses depois de afastados das funções, tenham exercido cargo de
Presidente, Diretor ou Superintendente de sociedades com objetivos exclusivos de
operações financeiras e façam publicamente apelo à poupança e ao crédito, inclusive
através de cooperativas e da empresa ou estabelecimentos que gozem, sob qualquer
forma, de vantagens asseguradas pelo poder público, salvo se decorrentes de contratos
que obedeçam a cláusulas uniformes
i) os que, dentro de 6 (seis) meses anteriores ao pleito, hajam exercido cargo ou função
de direção, administração ou representação em pessoa jurídica ou em empresa que
mantenha contrato de execução de obras, de prestação de serviços ou de fornecimento
de bens com órgão do Poder Público ou sob seu controle, salvo no caso de contrato que
obedeça a cláusulas uniformes
j) os que, membros do Ministério Público, não se tenham afastado das suas funções até
6 (seis)) meses anteriores ao pleito
I) os que, servidores públicos, estatutários ou não, dos órgãos ou entidades da
Administração direta ou indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios
e dos Territórios, inclusive das fundações mantidas pelo Poder Público, não se afastarem
até 3 (três) meses anteriores ao pleito, garantido o direito à percepção dos seus
vencimentos integrais

ATENÇÃO!!

A regra são seis meses para desincompatibilização.


As exceções são:
Dirigentes de entidades representativas de classe (sindicatos) – quatro meses;

Servidores públicos, cujos prazo de afastamento é de três meses.

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DICA 58
DESINCOMPATIBILIZAÇÃO PARA CONCORRER AOS DEMAIS CARGOS EXECUTIVOS

Art. 1º São inelegíveis (...)


III - para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal;
a) os inelegíveis para os cargos de Presidente e Vice-Presidente da República especificados
na alínea a do inciso II deste artigo e, no tocante às demais alíneas, quando se tratar de
repartição pública, associação ou empresas que operem no território do Estado ou do
Distrito Federal, observados os mesmos prazos;
b) até 6 (seis) meses depois de afastados definitivamente de seus cargos ou funções:
1. os chefes dos Gabinetes Civil e Militar do Governador do Estado ou do Distrito Federal;
2. os comandantes do Distrito Naval, Região Militar e Zona Aérea;
3. os diretores de órgãos estaduais ou sociedades de assistência aos Municípios;
4. os secretários da administração municipal ou membros de órgãos congêneres;

FIQUE ATENTO: a regra neste caso é o prazo mínimo de seis meses, porém, se o
concorrente for dirigente de entidade representativa ou servidor público, aplicam-se
as regras do inciso anterior, ou seja, respectivamente, quatro e três meses.

Art. 1º São inelegíveis:


IV - Para Prefeito e Vice-Prefeito:
a) no que lhes for aplicável, por identidade de situações, os inelegíveis para os cargos de
Presidente e Vice-Presidente da República, Governador e Vice-Governador de Estado e do
Distrito Federal, observado o prazo de 4 (quatro) meses para a
desincompatibilização;
b) os membros do Ministério Público e Defensoria Pública em exercício na Comarca, nos
4 (quatro) meses anteriores ao pleito, sem prejuízo dos vencimentos integrais;
c) as autoridades policiais, civis ou militares, com exercício no Município, nos 4
(quatro) meses anteriores ao pleito;

OBS: a regra para os cargos de Prefeito e Vice é a desincompatibilização no prazo de


quatro meses anteriores às eleições.

DICA 59
DESINCOMPATIBILIZAÇÃO PARA CONCORRER AOS CARGOS LEGISLATIVOS

Art. 1º São inelegíveis:


(...)
V - Para o Senado Federal:
a) os inelegíveis para os cargos de Presidente e Vice-Presidente da República
especificados na alínea a do inciso II deste artigo e, no tocante às demais alíneas, quando
se tratar de repartição pública, associação ou empresa que opere no território do Estado,
observados os mesmos prazos;
b) em cada Estado e no Distrito Federal, os inelegíveis para os cargos de Governador e
Vice-Governador, nas mesmas condições estabelecidas, observados os mesmos prazos;

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Art. 1º São inelegíveis:


VI - Para a Câmara dos Deputados, Assembleia Legislativa e Câmara Legislativa, no que
lhes for aplicável, por identidade de situações, os inelegíveis para o Senado Federal, nas
mesmas condições estabelecidas, observados os mesmos prazos;

ATENÇÃO!!

a regra para Senado e Câmara é o prazo de seis meses, com exceção do dirigente de
entidade representativa ou servidor público, aos quais aplicam-se os prazos de
quatro e três meses, respectivamente.
1

Art. 1º São inelegíveis:


VII - para a Câmara Municipal:
a) no que lhes for aplicável, por identidade de situações, os inelegíveis para o Senado
Federal e para a Câmara dos Deputados, observado o prazo de 6 (seis) meses para
a desincompatibilização;
b) em cada Município, os inelegíveis para os cargos de Prefeito e Vice-Prefeito,
observado o prazo de 6 (seis) meses para a desincompatibilização.

Cuidado: para o Legislativo Municipal o prazo é de seis meses e não quatro, como
previsto para o Executivo.
DICA 60
DIFERENÇAS ENTRE INELEGIBILIDADE E INABILITAÇÃO PARA O EXERCÍCIO DE
FUNÇÃO PÚBLICA
A inabilitação decorre da condenação por crime de responsabilidade, previsto no artigo 52,
parágrafo único, da Constituição Federal e na Lei n.º 1.079/50 (Lei dos Crimes de
Responsabilidade).
A inabilitação parece uma inelegibilidade absoluta, pois não retira a capacidade eleitoral
ativa (votar, integrar ou fundar partidos), mas unicamente a passiva (ser votado).
Cuidado: a inabilitação é mais ampla que a inelegibilidade, porque impede o acesso a
qualquer cargo ou função pública, ainda que não eletivos. Ou seja, a inabilitação impede
que a pessoa preste concurso público.
DICA 61
DOS PARTIDOS POLÍTICOS – CRIAÇÃO
A Constituição Federal dedica o artigo 17 aos partidos políticos.

Partidos são pessoas jurídicas de direito privado e seus estatutos devem ser registrados
no Tribunal Superior Eleitoral.

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A Lei n.º 9.096/95 traz os requisitos para registro de um partido político perante o
cartório do Registro Civil das Pessoas Jurídicas do local de sua sede:

requerimento firmado por ao menos 101 fundadores, domiciliados ao menos em um


terço dos Estados;

cópia da ata de reunião de fundação do partido;

comprovante da publicação, no Diário Oficial, do programa e do estatuto do partido;

relação de todos os fundadores, com seus dados completos;

indicação do nome e função dos diretores provisórios;

indicação da sede do partido na Capital Federal.

PRESTE ATENÇÃO: cumprida esta etapa inicial, o partido adquire personalidade


jurídica, ou seja, para a ter existência do ponto de vista do direito.
DICA 62
DOS PARTIDOS POLÍTICOS – REGISTRO PERANTE O TSE
Constituído o partido, este poderá buscar junto ao Tribunal Superior Eleitoral seu registro
(artigos 7º, parágrafo primeiro e 9º, da Lei n.º 9.096/95).

ATENÇÃO!!

Apenas partidos registrados perante o TSE poderão participar do processo eleitoral,


receber recursos do Fundo Partidário e ter acesso gratuito ao rádio e à televisão (artigo
7º, parágrafo segundo, da Lei n.º 9.096/95).

Os partidos precisam comprovar que possuem caráter nacional, assim, num prazo de dois
anos, precisam comprovar o apoiamento de eleitores não filiados a partido político,
correspondente a 0,5% dos votos dados na última eleição geral para a Câmara dos
Deputados, excluídos brancos e nulos, distribuídos por um terço, ou mais, dos Estados,
com um mínimo de 0,1% do eleitorado que tenha votado em cada um destes Estados.

A prova do apoiamento é feita por meio de assinaturas, instruídas com o número do


título eleitoral, organizadas em listas separadas por Zona Eleitoral. A veracidade das
assinaturas é atestada pelo Escrivão Eleitoral (atualmente, o Chefe do Cartório), num prazo
de 15 dias (artigo 9º, parágrafos primeiro e segundo, da Lei n.º 9.096/95).

RECAPITULANDO:

→ Prazo de dois anos a contar do requerimento de registro;


→ Apoiamento por eleitores não filiados a partido político;
→ Pelo menos meio por cento dos votos válidos dados na última eleição para a Câmara
dos Deputados;

→ Distribuição do apoiamento por pelo menos um terço dos Estados (ou seja, 9);
→ Um mínimo de 0,1% do eleitorado que votou em cada Estado.

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DICA 63

PROPAGANDA PARTIDÁRIA - INSERÇÕES


Após a promulgação da Emenda Constitucional n.º 97, de 04 de outubro de 2017, que além
de vedar as coligações partidárias nas eleições proporcionais, trouxe de volta a cláusula de
desempenho partidário, o Congresso Nacional promulgou a Lei n.º 13.487/2017, que
extinguiu a propaganda partidária.
A Lei n.º 14.291/2022 reintroduziu a propaganda partidária no ordenamento jurídico,
incluindo os artigos 50-A, 50-B, 50-C, 50-D e 50-E na Lei n.º 9.096/95.
PARA LEMBRAR: a propaganda partidária gratuita mediante transmissão de rádio e TV
será realizada entre as 19h30 e as 22h30, em âmbito nacional e estadual, por iniciativa e
sob a responsabilidade dos órgãos de direção partidária (artigo 50-A, da Lei n.º 9.096/95),
em blocos, por meio de inserções de 30 segundos, no intervalo da programação normal.
CUIDADO: o limite de cada rede é de 10 inserções de 30 segundos por dia. E as
inserções devem ser divididas proporcionalmente dentro dos intervalos comerciais: na
primeira hora e segunda horas, no máximo 3 inserções em cada; na terceira hora, no
máximo 4 inserções. Tem de haver um intervalo mínimo de 10 minutos entre cada
veiculação.

→ Inserções nacionais devem ser veiculadas nas terças, quintas e sábados.

→ Inserções estaduais devem ser veiculadas nas segundas, quartas e sextas-feiras.


DICA 64
PROPAGANDA PARTIDÁRIA – OBJETIVOS E LIMITAÇÕES

Os partidos devem usar as inserções exclusivamente para:

difundir os programas partidários;

transmitir mensagens aos filiados sobre a execução do programa partidário, os eventos


com este relacionados e as atividades congressuais do partido;

divulgar a posição do partido em relação a temas políticos e ações da sociedade civil;

incentivar a filiação partidária e esclarecer o papel dos partidos na democracia brasileira;


promover e difundir a participação política das mulheres, dos jovens e dos negros.

Segundo a Cláusula de Desempenho Partidário instituída pela Emenda Constitucional n.º


97, a qual deu nova redação ao artigo 17, parágrafo terceiro, da Constituição Federal,
somente terão direito a recursos do fundo partidário e acesso ao rádio e à TV os partidos
políticos que cumprirem certas condições.

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Terão acesso aos recursos do fundo partidário e à propaganda gratuita no rádio e TV os


partidos políticos que atingirem os seguintes requisitos:

LEGISLATURA PÓS-2022 LEGISLATURA PÓS-2026

2% dos votos válidos em pelo menos 1/3 2,5% dos votos válidos em pelo menos
das Unidades da Federação, com no mínimo 1/3 das Unidades da Federação, com no
1% de votos válidos em cada uma delas. mínimo 1,5% de votos válidos em cada
uma delas.

Ou Ou

11 Deputados Federais distribuídos em 13 Deputados Federais distribuídos em


pelo menos 1/3 das Unidades da pelo menos 1/3 das Unidades da
Federação. Federação.

NÃO ESQUEÇA: distribuição do tempo de inserções de 30 segundos dos partidos que


cumpriram a Cláusula de Desempenho (artigo 50-B, parágrafo primeiro, da Lei n.º
9.096/95.

Deputados Federais Eleitos Redes Nacionais Redes Estaduais

Acima de 20 20 minutos 20 minutos

10 a 20 10 minutos 10 minutos

Até 9 5 minutos 5 minutos

Cuidado: no mínimo 30% do tempo total disponível aos partidos deve ser destinado à
promoção e à difusão da participação política das mulheres.
Em anos eleitorais, as inserções somente serão veiculadas no primeiro semestre.
DICA 65
FUNDO PARTIDÁRIO
O denominado Fundo Partidário é o Fundo Especial de Assistência Financeira aos Partidos
Políticos. É previsto na Lei n.º 9.096/95, nos artigos 38 a 44-A.

O Fundo Partidário é constituído por dotações orçamentárias da União, multas,


penalidades, doações e outros recursos financeiros que lhes forem atribuídos por lei.

Conforme determina o artigo 41-A da Lei n.º 9.096/95, do total do Fundo Partidário: 5%
são divididos em partes iguais a todos os partidos que cumpram a Cláusula de
Desempenho Partidário; 95% são distribuídos na proporção dos votos obtidos na
última eleição geral para a Câmara dos Deputados.
Embora os partidos políticos tenham autonomia assegurada pela Constituição (artigo 17,
inciso III), devem prestar contas anualmente à Justiça Eleitoral.

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ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
DICA 66
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Diferenças entre Gestão Pública e Gestão Privada:

A Gestão Pública é regida pela supremacia do interesse público e pela obrigação da


continuidade da prestação do serviço público. “Efetividade da missão institucional” é o
termo chave do setor público.

Já a Gestão Privada é conduzida pela autonomia da vontade privada (mercado).


“Competitividade” é a palavra-chave do setor privado.
A Gestão Pública possui canais de participação social. Já a Gestão Privada é orientada
para a preservação e proteção de interesses corporativos (dirigentes e acionistas).
DICA 67
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA - DIFERENÇAS ENTRE GESTÃO PÚBLICA E GESTÃO
PRIVADA
A Gestão Pública age segundo regulamentos exaustivos, tendo assim uma menor
autonomia, uma vez que é regulada pelos princípios da impessoalidade e do interesse
público. Já a Gestão Privada segue normas genéricas e flexíveis, tendo assim uma maior
autonomia, exigidas pelos critérios de economicidade e efetividade.
DICA 68
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA - USUÁRIO-CIDADÃO
O usuário-cidadão é basicamente o “cliente do serviço público”, muito embora este termo
seja criticado por algumas. Ou seja, caso o usuário-cidadão esteja satisfeito, temos um bom
indicador de que os serviços prestados pelo Estado possuem um certo nível de qualidade, e
assim sendo, caso o usuário-cidadão não esteja satisfeito, temos um indicativo de que os
serviços precisam ser melhorados.
DICA 69
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA: ENTIDADES FEDERATIVAS VERSUS ENTIDADES
PÚBLICAS DA ADMINISTRAÇÃO INDIRETA

As principais diferenças entre as entidades federativas e as pessoas jurídicas de


direito público da Administração Indireta (autarquias, por exemplo) são as seguintes:

entidades federativas integram a Administração Pública Direta, já as entidades públicas


descentralizadas compõem a Administração Pública Indireta;

entidades federativas são pessoas político-administrativas, já as entidades


descentralizadas têm personalidade puramente administrativa;

entidades federativas exercem funções legislativas, executivas e jurisdicionais (exceto


os Municípios), já as entidades públicas descentralizadas desempenham funções
exclusivamente administrativas;

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entidades federativas são multe competências, já as pessoas jurídicas da Administração


Indireta são especializadas em um setor de atuação;

entidades federativas são imunes a todos os impostos (art. 150, VI, a, da CF), já as
pessoas jurídicas de direito público da Administração Indireta são imunes somente aos
impostos incidentes sobre patrimônio, renda e serviços vinculados a suas finalidades
essenciais (art. 150, § 2º, da CF);

entidades federativas são criadas pela Constituição Federal, já as pessoas jurídicas de


direito público da Administração Indireta são instituídas por lei (art. 37, XIX, da CF);

entidades federativas não podem ser extintas sob a vigência da ordem constitucional
atual (art. 60, § 4º, I, da CF), já as entidades públicas da Administração Indireta podem
ser extintas por lei (art. 37, XIX, da CF);

entidades federativas podem celebrar entre si convênios e consórcios públicos visando a


persecução de objetivos de interesse comum, já as entidades públicas da Administração
Indireta estão proibidas de participar de tais parcerias (art. 241 da CF);

entidades federativas têm competência tributária (art. 145 da CF), já as entidades


públicas da Administração Indireta podem, no máximo, exercer por delegação legal as
funções de arrecadação e fiscalização (art. 7º do Código Tributário Nacional);

a cúpula diretiva das entidades federativas é formada por agentes políticos diretamente
eleitos pelo povo, já os dirigentes das entidades públicas da Administração Indireta são
ocupantes de cargos comissionados nomeados pelo poder central;

entidades federativas respondem objetiva, direta e exclusivamente pelos danos que seus
agentes causarem a terceiros, já as entidades públicas da Administração Indireta
respondem objetiva e diretamente pelos danos que seus agentes causarem a terceiros,
mas não exclusivamente, porque se a entidade não conseguir pagar a indenização integral
a pessoa federativa poderá ser acionada subsidiariamente;

entidades federativas têm competência para desapropriar, já as entidades públicas da


Administração Indireta, como regra, não possuem tal competência (exceto ANEEL e
DNIT).

DICA 70
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA - ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA INDIRETA
A Administração Pública Indireta ou Descentralizada é composta por pessoas jurídicas
autônomas com natureza de direito público ou de direito privado. As pessoas
jurídicas de direito público são criadas por lei (art. 37, XIX, da CF), o que significa dizer que
o surgimento da personalidade jurídica ocorre com a entrada em vigor da lei instituidora,
sem necessidade de registro em cartório (devido processo legal público de criação).
Já as pessoas jurídicas de direito privado são autorizadas por lei (Arts. 37, XIX, da
CF, 3º e 4º da Lei n. 13.306/2016), ou seja, é publicada uma lei permitindo a criação, depois
o Executivo expede um decreto regulamentando a criação e, por fim, a personalidadenasce
com o registro dos atos constitutivos em cartório (devido processo legal privado de criação,
atendendo ao disposto no art. 45 do Código Civil).

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DIREITO CONSTITUCIONAL
DICA 71
DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS - PRINCÍPIO DA
SEGURANÇA JURÍDICA
Segundo o inciso XXXVI, do artigo 5º, a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico
prefeito e a coisa julgada.
Direito adquirido é aquele que já está incorporado ao patrimônio do particular. Já o ato
jurídico perfeito é aquele que reúne todos os requisitos previstos em lei para a sua
constituição. Por fim, a coisa julgada é a decisão que não cabe mais recurso.

Nas seguintes situações NÃO é possível clamar pelo direito adquirido contra:
Normas constitucionais originárias;

Mudança do padrão da moeda;

Criação ou aumento de tributos;

Mudança de regime estatutário.


DICA 72
PRINCÍPIO DO JUIZ NATURAL

Segundo os incisos:

XXXVII – não haverá juízo ou tribunal de exceção;


LIII – ninguém será processado nem sentenciado senão pela competente.

Esse princípio barra a criação de tribunal para julgar um determinado fato. É dizer, o juízo
é criado após o acontecimento de um evento.
DICA 73
TRIBUNAL DO JÚRI (INCISO XXXVIII, DO ARTIGO 5º)

Segundo o inciso em estudo, são princípios assegurado do tribunal do júri:


Plenitude de defesa;

Sigilo das votações;

Soberania dos veredictos;

Competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida.

A competência do tribunal do júri para julgamento dos crimes dolosos contra a vida pode
ampliada pelo legislador ordinário.
Dá-se o nome de latrocínio ao crime de roubo qualificado pela morte da vítima. Sobre
isso, não se esqueça para sua prova do TRE (e também para todas as provas de sua vida
rs): em que pese haver a morte da vítima, em realidade trata-se de crime contra o
patrimônio e não contra a vida, por isso que esse delito não é julgado no Tribunal do
Júri! Fique atento, pois, constantemente, as provas tentar induzir o candidato a erro.

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ATENÇÃO!

Quando o agente que cometer o crime doloso contra a vida detiver foro especial por
prerrogativa de função previsto na Constituição Federal, a competência não será do
Tribunal do Júri.

DICA 74
EXTRADIÇÃO

Nenhum brasileiro será extraditado (vedação absoluta), salvo o naturalizado nos


seguintes casos:

Crime comum, cometido antes da naturalização;

Comprovado envolvimento em tráfico ilícito de drogas;


Não será concedida a extradição de estrangeiro por crime político ou de opinião.
O brasileiro nato que vier a perder a nacionalidade brasileira pela aquisição voluntária de
outra nacionalidade, estará sujeito à extradição.
DICA 75
PRINCÍPIO DO DEVIDO PROCESSO LEGAL
Trata-se de princípio oriundo do direito norte-americano (due process of law).
Consubstanciando em um dos institutos mais relevantes do ordenamento jurídico pátrio.
Segundo o inciso LIV, do artigo 5º, da CF/88, ninguém será privado da liberdade ou de
seus bens sem o devido processo legal.

Com o devido processo legal, surgem as seguintes prerrogativas processuais:


Direito ao processo (garantia de acesso ao Poder Judiciário);

Direito à citação e ao conhecimento prévio do teor da acusação;


Direito a um julgamento público e célere;

Direito ao contraditório e à plenitude de defesa (direito à autodefesa e à defesa técnica);


Direito à igualdade entre as partes;

Direito de não ser processado com fundamento em provas revestidas de ilicitude;


Direito ao benefício da gratuidade;

Direito à observância do princípio do juiz natural;

Direito ao silêncio (corolário do princípio do nemo tenetur se detegere);

Direito à prova.

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DICA 76
PRINCÍPIO DO CONTRADITÓRIO E DA AMPLA DEFESA

ATENÇÃO!

Os princípios da ampla defesa e do contraditório não são aplicados ao inquérito


policial. Por esse motivo a sentença condenatória proferida exclusivamente em fatos
narrados no inquérito policial é nula.

O inquérito policial é procedimento administrativo inquisitivo cujo objetivo é a colheita de


elementos de informação (e não prova, a qual somente é produzida sob o crivo do
contraditório e da ampla defesa), a fim de fornecer substratos a eventual e futura ação
penal.
Nota-se que os elementos de informação colhidos na fase do inquérito podem ser usados
pelo magistrado em sua decisão, o que não pode é serem utilizados de forma exclusiva.
Como consentâneo do devido processo legal e, consequentemente, do contraditório e da
ampla defesa, a Súmula Vinculante prevê ser direito do defensor, no interesse do
representado, ter acesso amplo aos elementos de prova que, já documentados em
procedimento investigatório realizado por órgãos com competência de polícia judiciária,
digam respeito ao exercício do direito de defesa.
DICA 77
DOS DIREITOS POLÍTICOS
Os direitos políticos são direitos que asseguram a soberania popular, através do
alistamento eleitoral, o qual garante o exercício da cidadania.

Direitos Políticos Negativos: traduzem os impedimentos e as causas de


inelegibilidade, sejam a impossibilidade de participar das eleições ou privação dos direitos
políticos.

Direitos Políticos Positivos: possibilidade das pessoas de votarem ou serem votadas,


traduzido no conhecido direito de sufrágio.

Soberania Popular: plebiscito é a consulta do povo em um momento prévio à


elaboração da lei, já o referendo é a consulta que ocorre após a elaboração de lei.

DICA 78
DIREITOS POLÍTICOS
Sobre o tema dos direitos políticos, tem sido cobrado em provas de concursos apenas a
literalidade dos dispositivos legais dos arts. 14 a 16, da CF.

DIREITO DE VOTAR

VOTO OBRIGATÓRIO VOTO FACULTATIVO VOTO PROIBIDO

Maiores de 18 anos e menor de Maior de 16 anos e menor de Menor de 16 anos;


70 anos. 18 anos;

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DIREITO DE VOTAR

VOTO OBRIGATÓRIO VOTO FACULTATIVO VOTO PROIBIDO

Maior de 70 anos; Militar conscrito

Analfabetos Estrangeiros

DICA 79
DIREITOS POLÍTICOS POSITIVOS
Os direitos políticos positivos permitem a participação do indivíduo no processo eleitoral e
na vida política do Estado.

Os direitos políticos positivos subdividem-se em:

Direito do sufrágio (é o direito de votar e ser votado);

Alistabilidade (capacidade eleitoral ativa – votar);

Elegibilidade (capacidade eleitoral passiva – ser votado);


O voto é a forma pela qual se exerce o sufrágio. Atualmente o sufrágio é universal, ou
seja, não há restrições quanto ao exercício do voto. Ao contrário do sufrágio restritivo, que
condicionava o voto, por exemplo, a características econômicas.
A alistabilidade são as condições para o exercício do direito de voto, sendo
considerados inalistáveis os conscritos (quem está prestando o serviço militar obrigatório)
e os estrangeiros.
A elegibilidade corresponde a capacidade de ser votado, cujos requisitos estão
elencados no art. 14, §3º, da CF (leitura obrigatória).

ATENÇÃO!

Para as idades mínimas para concorrer a cargos eletivos:


35 anos para Presidente e Vice-Presidente da República e Senador;
30 anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal;

21 anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e


juiz de paz; e
18 anos para Vereador.

DICA 80
DIREITOS POLÍTICOS NEGATIVOS
Os direitos políticos negativos referem-se às inelegibilidades, condições específicas que
impedem o registro da candidatura. A inelegibilidade pode ser absoluta ou relativa.

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A inelegibilidade absoluta se refere à condição da pessoa e aplica-se apenas para os
analfabetos e inalistáveis (estrangeiros e conscritos).

A inelegibilidade relativa está relacionada ao cargo ocupado.


São hipóteses:

Relacionada ao cargo de Chefe do Executivo (Presidente, Governador e Prefeito) –


apenas poderão ser reeleitos para um único período subsequente;
Relacionadas a outros cargos – aplica-se apenas para os cargos de Chefe do
Executivo, pois se quiserem concorrer a outros cargos eletivos, terão que se
desincompatibilizar 6 meses antes da eleição.
Relacionados a cargos não eletivos: os militares deverão cumprir os requisitos do
art. 14, §8º, da CF; aos juízes e membros do Ministério Público são vedadas a dedicação
a atividades político-partidárias.
Relacionadas ao parentesco – São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o
cônjuge e os parentes consanguíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção,
do Presidente da República, de Governador de Estado ou Território, do Distrito Federal, de
Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo
se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição (art. 14, §7º, da CF)
IMPORTANTE: Lei complementar poderá estabelecer outras hipóteses de inelegibilidade.
DICA 81
PERDA E SUSPENSÃO
É vedada a cassação dos direitos políticos, contudo é possível a perda ou suspensão
(art. 15, da CF).

PERDA SUSPENSÃO

Cancelamento da naturalização por Incapacidade civil absoluta;


sentença transitada em julgado;

Recusa de cumprir obrigação a todos Condenação criminal transitada em


imposta ou prestação alternativa, nos julgado, enquanto durarem seus
termos do art. 5º, VIII (neste caso, há efeitos;
divergência da doutrina, mas a doutrina
majoritária de direito constitucional aponta
como PERDA).

Perda da nacionalidade brasileira em Improbidade administrativa, nos


virtude de aquisição de outra (construção termos do art. 37, § 4º.
da doutrina e jurisprudência).

DICA 82
DISPOSIÇÕES GERAIS SOBRE OS PARTIDOS POLÍTICOS

A Constituição Federal dispõe sobre os partidos políticos no art. 17. Vejamos algumas
das regras mais importantes:
Vigora o Princípio da Liberdade de Organização Partidária, pois é livre a criação, fusão,
incorporação e extinção de partidos políticos.
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Essa liberdade, contudo, é mitigada. Devem ser respeitadas a soberania nacional, o regime
democrático, o pluripartidarismo, os direitos fundamentais da pessoa humana.
CUIDADO! Não confunda o Pluripartidarismo, com o Fundamento Da República
(art. 1º, da CF) Pluralismo Político.

Além disso devem ser observados os seguintes preceitos:

caráter nacional;

proibição de recebimento de recursos financeiros estrangeiros;

prestação de contas à Justiça Eleitoral;

funcionamento parlamentar de acordo com a lei.

vedação da utilização pelos partidos políticos de organização paramilitar.


Os partidos políticos são pessoas jurídicas de direito privado e a sua existência legal
ocorre com a inscrição do ato constitutivo no respectivo registro.
Na CF há disposição expressa de que os partidos políticos deverão registrar seus estatutos
no Tribunal Superior Eleitoral – TSE.

ATENÇÃO!

Os partidos políticos adquirem personalidade jurídica com a inscrição dos atos


constitutivos no registro de pessoas jurídicas. não é o registro do estatuto no TSE que dá
personalidade jurídica aos partidos políticos.
O ato do TSE que analisa o pedido de registro partidário não tem caráter jurisdicional,
mas tem natureza meramente administrativa.

Dispõe ainda o art. 17, §5º, da CF - Ao eleito por partido que não preencher os requisitos
previstos no § 3º deste artigo é assegurado o mandato e facultada a filiação, sem perda do
mandato, a outro partido que os tenha atingido, não sendo essa filiação considerada para
fins de distribuição dos recursos do fundo partidário e de acesso gratuito ao tempo de rádio
e de televisão.

JURISPRUDÊNCIA

INAPLICABILIDADE da regra de perda do mandato por infidelidade partidária ao


sistema eleitoral majoritário. As características do sistema proporcional, com sua
ênfase nos votos obtidos pelos partidos, tornam a fidelidade partidária importante para
garantir que as opções políticas feitas pelo eleitor no momento da eleição sejam
minimamente preservadas. Daí a legitimidade de se decretar a perda do mandato do
candidato que abandona a legenda pela qual se elegeu. O sistema majoritário,adotado
para a eleição de presidente, governador, prefeito e senador, tem lógicae dinâmica
diversas da do sistema proporcional. As características do sistema majoritário, com sua
ênfase na figura do candidato, fazem com que a perda do mandato, no caso de
mudança de partido, frustre a vontade do eleitor e vulnere a soberania popular (CF, art.
1º, parágrafo único; e art. 14, caput). [ADI 5.081, rel. min. Roberto Barroso, j. 27- 5-
2015, P, DJE de 19-8-2015.]

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DIREITO ADMINISTRATIVO
DICA 83
DA RESPONSABILIDADE DO CONCESSIONÁRIO

REGRA: é a da Responsabilidade Civil Objetiva.


Quando o evento danoso for causado em decorrência da execução do serviço concedido
(art. 37, §6º da CRFB/88).
No caso de dano causado a terceiros nas relações privadas, a responsabilidade será
subjetiva. O poder concedente responde apenas subsidiariamente no caso da
impossibilidade de reparação dos danos pelo concessionário.

INTERVENÇÃO DO ESTADO NA CONCESSÃO:


É a ingerência direta da concedente na prestação do serviço delegado, em CARÁTER DE
CONTROLE, com o fim de manter o serviço adequado a suas finalidades e para garantir o
fiel cumprimento das normas legais, regulamentares e contratuais da concessão
(Carvalinho).
DICA 84
RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO
Trata-se de natureza civil e extracontratual (aquiliana).
É a obrigação de reparar os danos lesivos a terceiros, seja de natureza patrimonial ou
moral.
Segundo o artigo 37, parágrafo 6º, as pessoas jurídicas de direito público e as de
direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus
agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra
o responsável nos casos de dolo ou culpa.
Conforme se verifica da redação do parágrafo 6º, no Brasil vigora a responsabilidade
objetiva do Estado, na modalidade de risco administrativo.
DICA 85
TEORIA DO RISCO
A Teoria Do Risco Integral é a situação na qual o Estado responde por qualquer prejuízo
causado a terceiros, ainda que não tenha sido o responsável, não podendo invocar em
sua defesa as excludentes de responsabilidade.

Se aplica nos casos:

acidentes de trabalho (infortunística)

indenização coberta pelo seguro obrigatório para automóveis (DPVAT)


atentados terroristas em aeronaves

dano ambiental

dano nuclear.

Cuidado com este último caso, pois Lei n. 6.653/77 normatiza muitos excludentes que
afastam o dever de o operador nuclear indenizar prejuízos decorrentes de sua atividade,
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como por exemplo a culpa exclusiva da vítima, conflito armado, atos de hostilidade, guerra
civil, insurreição e excepcional fato da natureza (arts. 6º e 8º).
Se existir estes excludentes normatizados em caso de dano nuclear, impõe-se a conclusão
de que a reparação de prejuízos nucleares, na verdade, sujeita-se à teoria do risco
administrativo.
A Teoria do Risco Administrativo é aquele na qual o Estado só responde por prejuízos
que tiver ocasionado a terceiros, podendo sua responsabilidade ser afastada nas hipóteses
de aplicação de excludentes de responsabilidade. Essa teoria é, como regra, adotada no
direito brasileiro.
DICA 86
ATOS COMISSIVOS E ATOS OMISSIVOS

Atos Comissivos: Para os atos comissivos (ação) o Estado responderá de acordo com
a responsabilidade objetiva, ou seja, independentemente da demonstração de dolo ou
culpa.

Atos Omissivos: Entende-se que, quando o Estado é omisso no seu dever de agir,
deverá reparar o prejuízo causado.
Nos casos omissivos a responsabilidade será subjetiva, sendo necessária demonstrar
a omissão (culpa).

DICA 87
RESPONSABILIDADE CIVIL POR ATO LEGISLATIVO
Em regra, não cabe indenização.

Exceção: Atualmente, aceita-se a responsabilidade do Estado por atos legislativos pelo


menos nas seguintes hipóteses:

Leis inconstitucionais;

Atos normativos do Poder Executivo e de entes administrativos com função normativa,


com vícios de inconstitucionalidade ou ilegalidade;

Lei de efeitos concretos, constitucionais ou inconstitucionais

Omissão o poder de legislar e regulamentar


FIQUE ATENTO! VAI CAIR EM SUA PROVA
MORTE DO DETENTO:

Em regra: o Estado responde de forma objetiva pela morte de detento. Isso porque
houve inobservância de seu dever específico de proteção previsto no art. 5º, inciso XLIX,
da CF/88.

Exceção: o Estado poderá ser dispensado de indenizar se ele conseguir provar que a
morte do detento não podia ser evitada. Neste caso, rompe-se o nexo de causalidade entre
o resultado morte e a omissão estatal.

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DICA 88
DAS CONCESSÕES E PERMISSÕES DE SERVIÇOS PÚBLICOS

As concessões e permissão de serviços públicos: correspondem a uma das


modalidades de desestatização previstas na Lei n. 9.491/97, esta Lei é conhecida como
Programa Nacional de Desestatização – PND.
A Lei do PND realiza a transformação dos serviços descentralizados por delegação legal
(estatais) em serviços descentralizados por delegação negocial (concessionárias ou
permissionárias).
Ressalta-se, que, conforme doutrina majoritária, o Estado NÃO deixa de ser o titular
dos serviços públicos. Ele apenas se retira da atividade econômica e transfere a execução
de determinado serviço a iniciativa privada.
O que se delega é a execução e não a titularidade (art. 7º da Lei n. 9.491/97).
Uma vez que o Estado transfere a execução de determinado serviço público a particulares
em colaboração (fins lucrativos), caracteriza-se uma execução indireta. Sua instituição se
efetiva por intermédio de negócios jurídicos regrados pelo Direito Público (contratos
administrativos).
Esta transferência da execução de determinado serviço público a particulares, de
forma negocial, denomina-se Concessão ou Permissão de serviços públicos.
Assim sendo, as concessões e permissões de serviço público são contratos
administrativos celebrados após um prévio procedimento licitatório, onde o Estado
transfere aos particulares a execução de determinado serviço de interesse público.
DICA 89
DAS CONCESSÕES E PERMISSÕES DE SERVIÇOS

PRINCIPAIS DIFERENÇAS ENTRE CONCESSÃO E PERMISSÃO DE SERVIÇOS


PÚBLICOS:

Quanto ao particular Natureza do


vínculo Licitação
contratual

Só pode ser pessoa


Modalidade
CONCESSÃO jurídica, sozinha ou em NÃO precário
concorrência
consórcio

Pode ser pessoa jurídica


PERMISSÃO Precário Não definida em lei
ou física

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DICA 90
DAS CONCESSÕES E PERMISSÕES DE SERVIÇOS - DA CONCESSÃO DE SERVIÇO
PÚBLICO

QUADRO RESUMO

CONCESSÕES COMUNS

É uma maneira de delegação, realizada pelo poder concedente,


Concessão de
mediante licitação, na modalidade concorrência, à pessoa jurídica ou ao
serviço público
consórcio de empresas que demonstre capacidade para seu
(simples)
desempenho, assumindo os riscos, possui prazo indeterminado.

Concessão de
Mesmas características da espécie acima, todavia, a prestação do
serviço público
serviço é precedida de obra pública, realizada pela concessionária,
precedida da
sendo o valor investido remunerado e amortizado através da exploração
execução de
do serviço ou da obra, possui prazo determinado.
obra pública

CONCESSÕES ESPECIAIS

Trata-se de concessão comum, porém envolvendo, adicionalmente à


Concessão
tarifa cobrada dos usuários, contraprestação pecuniária do parceiro
patrocinada
público ao parceiro privado.

Prevista na Lei n° 11.079/2004, definida como "contrato de prestação


Concessão de serviços de que a Administração Pública seja usuária direta ou
administrativa indireta, ainda que envolva execução de obra ou fornecimento e
instalação de bens".

ATENÇÃO!

A depender da doutrina escolhida pela banca a nomenclatura das espécies de concessão


podem variar, contudo, entendendo o conceito e o seu contexto, o candidato poderá
acertar a questão sem demais adversidades.

DICA 91
FORMA DE CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Em suma, é importante decorar as formas de controle da administração pública. São


elas:

Judicial (através das ações judiciais em si);

Estatal (é o controle interno e externo em si);

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Advocacia pública (função essa essencial à Justiça);

Social (realizado pelo próprio cidadão em si).


DICA 92
AGENTES PÚBLICOS - ESPÉCIES E CLASSIFICAÇÃO

Agente público: todo aquele que exerce, AINDA QUE TRANSITORIAMENTE ou sem
remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma
de investidura ou vínculo, MANDATO, CARGO, EMPREGO OU FUNÇÃO na administração
pública direta ou indireta.

Os agentes públicos se classificam em:

Agentes políticos: titulares dos cargos estruturais à organização política do Estado.


São agentes políticos: Chefes dos Poderes executivos, Senadores, Deputados,
Vereadores, membros da Magistratura e do Ministério Público.

Servidores públicos:

Em sentido amplo: pessoas físicas que prestam serviços ao Estado e às entidades


da Administração Indireta, com vínculo empregatício e mediante remuneração paga pelos
cofres públicos.

Estatutários ou servidor público em sentido estrito: titulares de cargo público


efetivo e em comissão, com regime jurídico estatutário, integrantes da Administração
Direta, autarquias e fundações públicas com personalidade jurídica de Direito Público.

Empregados públicos: regidos pela CLT, não ocupam cargo público e não
possuem estabilidade, mas submetem-se às normas constitucionais referentes a
requisitos do cargo, investidura, acumulação, vencimentos entre outros. Enquadram-se
no regime geral da previdência tais como comissionados e temporários. Com exceção
das funções de direção e de confiança das pessoas jurídicas da Administração
Indireta, os empregados públicos são admitidos mediante concurso público ou
processo seletivo;

Temporários: exercem função sem vinculação a cargo ou emprego público e


são submetidos a regime jurídico especial a ser disciplinado em lei de cada unidade da
federação.

Militares: pessoas físicas que prestam serviços às Forças Armadas (Exército,


Marinha e Aeronáutica), e às Polícias Militares e Corpos de Bombeiros Militares
dos Estados, Distrito Federal e Territórios, com vínculo estatutário sujeito a regime
jurídico próprio, mediante remuneração paga pelo Governo.

Particulares em colaboração com o poder público: exercem função pública,


entretanto, não deixam de ser particulares. São os requisitados, que exercem munus
público e são os recrutados para o serviço militar obrigatório; os jurados e os que trabalham
nos cartórios eleitorais; os concessionários e os permissionários de serviços públicos.

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DICA BÔNUS
AGENTES PÚBLICOS - ESPÉCIES E CLASSIFICAÇÃO
Uma segunda classificação pode ser encontrada, embora menos usual:

Agentes administrativos: aqueles que estão sujeitos a uma hierarquia constitucional,


independente de a administração pública ser direta ou indireta. Os servidores públicos e
empregados públicos em geral são exemplos de agentes administrativos;

Agentes delegados: recebem um encargo estatal com a finalidade de prestação de


prestação de determinado serviço. Como exemplo de agentes delegados temos os leiloeiros
e os concessionários;

Agentes honoríficos: aqueles requisitados para temporariamente desempenharem uma


função pública. Os mesários e os jurados são exemplos desse tipo de agente;

Agentes credenciados: são os que recebem a incumbência da administração para


representá-la em determinado ato ou praticar certa atividade específica, mediante
remuneração do poder público credenciante. São exemplos de agentes credenciados os
professores substitutos e os médicos credenciados.

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DIREITO CIVIL

DICA 93
FATO JURÍDICO

O fato jurídico é todo evento natural ou humano que possui repercussão na esfera
jurídica.

O fato jurídico em sentido estrito é aquele que ocorre sem vontade humana e pode
ser subdividido em:

Ordinário – é aquele previsível, como o nascimento, a morte, a maioridade etc. Ressalta-


se que o passar do tempo é previsível, e se manifesta nas relações jurídicas por meio dos
institutos da prescrição e decadência;

Extraordinário - é aquele fato imprevisível, sendo incabível imputar a alguém o


extraordinário, pois carece de vontade humana, como exemplo, pode-se citar uma pessoa
que deixou de entregar um veículo que foi vendido pois ele foi destruído por uma enchente
no dia posterior.
DICA 94
ATO JURÍDICO
É toda manifestação de vontade que está de acordo com o ordenamento jurídico. É
composto pelo elemento volitivo (manifestação de vontade humana) e pela licitude.
O ato jurídico é subdividido em:

Atos ilícitos – são aqueles atos contrários ao ordenamento jurídico, ocasionando o


fenômeno da responsabilidade civil;

Atos lícitos – são aqueles praticados em conformidade com o ordenamento jurídico


civilista. Estes atos podem ser: (a) ato jurídico em sentido estrito: é aquele que a
vontade humana está direcionada para o ato em si, e suas consequências já estão
previstas na lei.

Ex.: o reconhecimento de paternidade; (b) negócio jurídico: é aquele que a vontade


humana está direcionada para as consequências de determinado ato, dentre as
permitidas pela lei.

Ex.: os contratos e o testamento.


DICA 95
ATOS JURÍDICOS
Os atos jurídicos acontecem sempre que existir a presença de um comportamento
humano voluntário. Dos atos jurídicos nascem os negócios jurídicos e atos não negociais
(ou atos jurídicos em sentido estrito)

Exemplo de negócio jurídico: compra e venda

Exemplo de atos não negociais (ou atos jurídicos em sentido estrito): adoção e
emancipação.

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DICA 96
NEGÓCIO JURÍDICO

REQUISITOS DE VALIDADE DO REQUISITOS DE EFICÁCIA DO


NEGÓCIO JURÍDICO NEGÓCIO JURÍDICO

Partes capazes; Condição: condiciona a eficácia do negócio


jurídico a evento futuro e incerto;

Vontade livre; Termo: relaciona a eficácia do negócio


jurídico a evento futuro e certo;

Objeto lícito, possível e Encargo: é um ônus introduzido em um


determinável; ato de liberalidade.

Forma prescrita ou não defesa em


lei.

OBS: Caso haja algum vício nos requisitos de validade, o negócio jurídico será
inválido.

DICA 97
NEGÓCIO JURÍDICO
Negócio jurídico → vontade do particular + vontade do estado.
Lembrando que o negócio jurídico deve obedecer aos dispostos na escada ponteana.

EFICÁCIA

VALIDADE

EXISTÊNCIA

Ou seja, o negócio jurídico precisa ser existente, válido e eficaz.

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DICA 98
REQUISITOS DE EFICÁCIA DO NEGÓCIO JURÍDICO

CONDIÇÃO SUSPENSIVA TERMO INICIAL ENCARGO

Evento futuro e incerto. Evento futuro e certo Ônus e liberalidade.

Suspende a aquisição e o Apenas suspende o Não suspende a aquisição e


exercício do direito. exercício do direito. nem o exercício do direito.

Não há direito adquirido. Há direito adquirido. Há direito adquirido.

Ex.: João irá ganhar um Ex.: Joana dará à Ex.: Pedro doa sua casa
carro de Pedro quando for Lúcia um carro no Natal para Joaquim para que ele
aprovado no vestibular. desse ano. construa uma creche.

DICA 99
TIPOS DE DEFEITOS DO NEGÓCIO JURÍDICO
São defeitos do negócio jurídico: Erro, dolo, simulação, fraude contra credores,
coação, estado de perigo e lesão.

DEFEITOS DO NEGÓCIO JURÍDICO

Erro Gera anulabilidade. Ocorre quando há falsa representação da


realidade.

Dolo Gera anulabilidade. A pessoa é induzida por um terceiro a enganar-


se.

Simulação Gera nulidade. Simulação é uma declaração enganosa, da vontade,


com o objetivo de aparentar negócio distinto do desejado.

Fraude Gera anulabilidade. A fraude se consuma sem a participação pessoal do


contra lesado no negócio.
Credores

Gera anulabilidade. Acontece via emprego da violência psicológica.


Embora o CC/02 trate como defeito do negócio jurídico, no Código de
Coação
Defesa do Consumidor a coação é tratada como um crime, segundo o
art. 73 do CDC.

Gera anulabilidade. É uma situação de extrema necessidade que


conduz a pessoa a celebrar negócio jurídico em que assume obrigação
Estado de
muito desproporcional e altamente excessiva.
perigo
Ex.: Pessoa com um filho doente, que para mantê-lo em uma
máquina de respiração mecânica dá ao hospital seu carro.

Lesão Gera anulabilidade. Há o elemento inexperiência de um dos


contratantes.
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Memorex TRE – AJAJ – Rodada 03
Você já ouviu falar de dolo bilateral? Também chamado de dolo enantiomórfico, que é
quando ambas as partes procedem com intuito de enganar-se de forma recíproca. Ele
está normatizado no art. 150 do CC/02.
A simulação acontece quando os agentes do negócio agem de forma maliciosa, fazendo
um negócio jurídico, mas na verdade querem outros efeitos, visando fraudar a lei ou
terceiros. Ambas as partes têm o objetivo da fraude. Todos os defeitos do negócio jurídico
são graves, mas a simulação é mais grave ainda, porque atenta contra a ordem social,
logo o negócio simulado é nulo. A simulação é tão grave que mesmo a simulação inocente
é nula (inválida) – Enunciado 152 da III Jornada de Direito Civil do CNJ.
A ação que visa anular o negócio jurídico viciado com a fraude de credores chama-se Ação
Pauliana ou Ação Revocatória. Logo quando sua questão fizer este tipo de referência (a
ação pauliana ou ação revocatória), ela estará falando da fraude contra credores.

ATENÇÃO!!

NÃO CONFUNDA ERRO COM IGNORÂNCIA.


O erro é uma falsa percepção da realidade.

Já a ignorância é o completo desconhecimento do declarante sobre as


circunstâncias do negócio presente.

DICA 100
ERRO
O erro consiste em uma falsa representação da realidade, em que o próprio agente se
engana sozinho sobre as circunstâncias elementares do negócio jurídico. Para que haja a
invalidação do negócio jurídico, é necessário que o erro seja essencial ou substancial.

Ex.: João compra um faqueiro e se dispôs a pagar a quantia de 1 mil reais, acreditando
que o objeto era de prata. O vendedor, por sua vez, aceita o valor sem hesitar. Passado
algum tempo, João descobre que o faqueiro não era de prata.

DICA 101
DOLO
No dolo o sujeito é colocado em erro intencionalmente pela outra parte e, por isso, pode
haver indenizações de prejuízos oriundos do comportamento astucioso.
Desse modo, configura-se o dolo por meio de expediente astucioso empregado para
conduzir alguém à prática de um ato que o prejudique e aproveite ao autor do dolo ou a
terceiro.

DICA 102
LESÃO E ESTADO DE PERIGO
A lesão é o prejuízo resultante da enorme desproporção existente entre as prestações de
um contrato no momento de sua celebração, determinada pela inexperiência de uma das
partes. O objetivo da lei é evitar a exploração usurária de um dos contratantes com o
outro, que não precisa ter conhecimento da parte contrária (art. 157, CC).

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Já o estado de perigo é uma situação de extrema necessidade (conhecida pela parte
contrária) que conduz uma pessoa a celebrar um negócio jurídico em que se assume uma
obrigação desproporcional e excessivamente onerosa (art. 156, CC).
DICA BÔNUS
COAÇÃO MORAL
A coação moral é toda ameaça ou pressão injusta exercida sobre uma pessoa para obrigá-
la, contra sua vontade, a praticar um ato ou realizar um negócio. O que a caracteriza é
o emprego da violência psicológica para viciar a vontade. Para a coação ser configurada, ela
deve ser grave, causar temor à vítima e constituir ameaça de prejuízo à pessoa, seus bens
ou à sua família (art. 151, CC).

Ex.: Joana vai fazer uma doação para Luiz porque foi ameaçada de morte caso não o
faça.

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DIREITO PROCESSUAL CIVIL
DICA 103
PROCESSO - PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS E DAS PARTES E DOS PROCURADORES
Os pressupostos processuais são todos os elementos de existência, os requisitos de
validade e as condições de eficácia do procedimento.
A capacidade de ser parte (também conhecida como capacidade processual ou judiciária)
remete ao conceito de capacidade civil. De modo didático, podemos afirmar que a
personalidade civil do Direito Civil corresponde à capacidade de ser parte no Direito
Processual Civil.
Já a capacidade de estar em juízo é sinônimo de capacidade processual em sentido
estrito, ou legitimatio ad processum. Refere-se ao modo como se exerce a ação e a defesa
no curso do processo, em relação à prática de atos processuais.

Art. 70. Toda pessoa que se encontre no exercício de seus direitos tem capacidade para
em juízo;

Art. 71. O incapaz será representado ou assistido por seus pais, por tutor ou por curado
forma da lei.

DICA 104
CURADOR ESPECIAL

O artigo 72 do CPC, dispõe sobre o curador especial:

Art. 72. O juiz nomeará curador especial ao:


Incapaz, se não tiver representante legal ou se os interesses deste colidirem com os
daquele, enquanto durar a incapacidade;
Réu preso revel, bem como ao réu revel citado por edital ou com hora certa, enquanto
não for constituído advogado;
Parágrafo único. A curatela especial será exercida pela Defensoria Pública, nos termos
da Lei.

DICA 105
PESSOA JURÍDICA X CAPACIDADE
As pessoas jurídicas não são incapazes processualmente, logo, não é correto falar em
representação. E como elas estarão presentes em um processo? Por intermédio dos
seus representantes. Portanto, é tecnicamente mais correto falar que elas são presentadas
ao invés de representadas.
Destaca-se que as sociedades sem personalidade jurídica, se demandadas, não poderão
opor a irregularidade de sua constituição.

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DICA 106
DAS PARTES E DOS PROCURADORES

Vejamos alguns pontos importantes sobre partes e procuradores:


A União será presentada em juízo pela AGU;

Os Estados e Distrito Federal serão presentados pelos procuradores do Estado;


O Município pelo Prefeito ou procuradores municipais;
As autarquias e fundações públicas por quem tiver essa prerrogativa de acordo com
lei específica;
A massa falida pelo administrador judicial;
A herança jacente ou vacante pelo curador;
O espólio pelo inventariante;

A pessoa jurídica quem o ato constitutivo designar ou seus diretores;


A sociedade e associações sem personalidade jurídica pela pessoa que for responsável
pela administração dos bens;
A pessoa jurídica estrangeira pelo gerente, representante ou administrador da
filial no Brasil;
O condomínio pelo administrador ou síndico.
DICA 107
CAPACIDADE PROCESSUAL (OU POSTULATÓRIA)
Devemos entender a capacidade postulatória como o atributo para que determinada pessoa
possa praticar validamente atos processuais. E, esse atributo é conferido ao advogado
regular perante a OAB e, em situações específicas, à própria parte.
Quando a parte não possuir capacidade postulatória, deverá entregar uma procuração a um
advogado, que o representará em Juízo. Se o magistrado verificar, no curso do processo,
qualquer situação de incapacidade processual ou irregularidade na representação, por falta
de capacidade, deverá suspender o curso do processo e fixar prazo para que a parte corrija
o vício.

Art. 76. Verificada a incapacidade processual ou a irregularidade da representação da


parte, o juiz suspenderá o processo e designará prazo razoável para que seja sanado o
vício;
§ 1º Descumprida a determinação, caso o processo esteja na instância originária:
O processo será extinto, se a providência couber ao autor;
O réu será considerado revel, se a providência lhe couber;
O terceiro será considerado revel ou excluído do processo, dependendo do polo em que
se encontre;

Ex.: A capacidade postulatória, definida como a autorização legal para atuar em juízo,
é prerrogativa de advogados públicos e privados e defensores públicos, por exemplo.

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DICA 108
DA LEGITIMIDADE - LEGITIMAÇÃO PARA AGIR
De acordo com o artigo 73, do CPC. O cônjuge necessitará do consentimento do outro para
propor ação que verse sobre direito real imobiliário, salvo quando casados sob o regime de
separação absoluta de bens.
Desse modo, cabe destacar que não é necessário formar litisconsórcio no polo ativo,
basta o consentimento do cônjuge, ou seja, a parte poderá agir sozinha desde que tenha
obtido o consentimento do cônjuge e isso reste provado no processo.

Legitimação para agir dos cônjuges: Para propor ação → devem ingressar juntos
quando envolver ação sobre direito real imobiliário, exceto se o regime de bens for de
separação total.

Legitimação para agir dos cônjuges: Quando demandados → devem ser citados
quando envolver ação sobre direito real imobiliário, exceto se casados em regime de
separação total de bens; e ambos os cônjuges deverão necessariamente ser citados nas
seguintes hipóteses → quando ação que envolva fatos relacionados a ambos os cônjuges.
DICA 109
DEVERES DAS PARTES E DOS PROCURADORES

Destaca o artigo 77 que além de outros previstos neste Código, são deveres das partes,
de seus procuradores e de todos aqueles que de qualquer forma participem do processo:

Expor os fatos em juízo conforme a verdade;

Não formular pretensão ou de apresentar defesa quando cientes de que são destituídas
de fundamento;

Não produzir provas e não praticar atos inúteis ou desnecessários à declaração ou à


defesa do direito;

Cumprir com exatidão as decisões jurisdicionais, de natureza provisória ou final, e não


criar embaraços à sua efetivação;

Declinar, no primeiro momento que lhes couber falar nos autos, o endereço residencial
ou profissional onde receberão intimações, atualizando essa informação sempre que ocorrer
qualquer modificação temporária ou definitiva;

Não praticar inovação ilegal no estado de fato de bem ou direito litigioso.


Informar e manter atualizados seus dados cadastrais perante os órgãos do Poder
Judiciário e, no caso do § 6º do art. 246 deste Código, da Administração Tributária, para
recebimento de citações e intimações.
DICA 110
VIOLAÇÃO DOS DEVERES DAS PARTES E DOS PROCURADORES
Na violação dos deveres, o juiz advertirá as partes que o não cumprimento das decisões
jurisdicionais, a criação de embaraços à efetivação do processo ou a inovação ilegal no
estado de fato ou de bem litigioso pode ser punido como ato atentatório à dignidade
da justiça.
Assim, de acordo com o explicitado no §2º do Art. 77, se, mesmo advertida, a parte ainda
violar os deveres acima, será multada em até 20% do valor da causa. Note que essa multa
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poderá ser de até 20%, pelo que podemos ter uma multa de 5%, 10% e até de 20% e
não será admissível, como regra, multa que supere esse percentual.
Por fim, é importante destacar que a multa por ato atentatório à dignidade da justiça não
é aplicável aos advogados, aos membros do Ministério Público e à Defensoria
Pública. Para esses cargos, temos a aplicação das respectivas regras disciplinares.

Art. 77, § 6º Aos advogados públicos ou privados e aos membros da Defensoria Pública
e do Ministério Público não se aplica o disposto nos §§ 2º a 5º, devendo eventual
responsabilidade disciplinar ser apurada pelo respectivo órgão de classe ou corregedoria,
ao qual o juiz oficiará.

DICA 111
LITISCONSÓRCIO
O Litisconsórcio há apenas quando no mesmo polo do processo existe uma pluralidade
de partes ligada por uma afinidade de interesses.

É mais fácil compreender o litisconsórcio a partir da ideia de cumulação de demandas.


Temos duas formas de somar demandas em um mesmo processo que são:
objetivo, com previsão no art. 327 do CPC. O objeto da demanda é o pedido. Assim, o
cúmulo objetivo refere-se ao acúmulo de pedidos.
subjetivo, que se refere à colocação na demanda de uma pluralidade de sujeitos e
remete ao litisconsórcio.
DICA 112
TIPOS DE LITISCONSÓRCIO

Vejamos os tipos de litisconsórcio, os quais são de extrema relevância para sua prova
(decore eles, em?!):

Litisconsórcio Ativo: O litisconsórcio será ativo quando houver mais de um autor;

Litisconsórcio Passivo: O litisconsórcio será passivo quando houver mais de um réu;

Litisconsórcio Misto: O litisconsórcio será misto quando, concomitantemente, houver


mais de um autor E mais de um réu;

Litisconsórcio Simples: O litisconsórcio simples é aquele cujos efeitos da decisão


proferida no processo podem ser diferentes para cada um dos litisconsortes.
Nesses casos, os autores ou os réus em litisconsórcio não receberão, necessariamente, a
mesma sentença;

Litisconsórcio Unitário: para a configuração do litisconsórcio unitário devemos ter a


mesma sentença para todos os litisconsortes. Diferentemente do litisconsórcio
simples, a sentença será necessariamente igual para os autores ou para os réus em
litisconsórcio;
Ex.: Se credores solidários ajuizarem conjuntamente ação contra um mesmo devedor,
para cobrança de dívida divisível, o litisconsórcio formado será simples.

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DIREITO TRIBUTÁRIO
DICA 113
NORMA ANTIELISÃO FISCAL
A fuga da tributação pode ocorrer por meios lícitos (elisão fiscal, ou planejamento
tributário) e ilícitos (evasão fiscal).
Há também a elisão ineficaz/ abusiva ou elusão fiscal, que ocorre quando o sujeito
passivo foge da tributação utilizando um mecanismo lícito de maneira atípica.
As condutas são lícitas, mas possuem abuso de forma, de forma que não existe elisão ou
evasão, como ocorre, por exemplo, na celebração de negócio jurídico falso para fugir da
tributação.
Nesses casos, a autoridade administrativa pode desconsiderar essa operação, quando
verificado o propósito ilícito, usa o negócio jurídico real e não o simulado, fazendo a
consideração econômica do fato gerador (teoria do propósito negocial - desconsiderando a
forma).

Art. 116 CTN, Parágrafo único. A autoridade administrativa poderá desconsiderar atos
ou negócios jurídicos praticados com a finalidade de dissimular a ocorrência do fato
gerador do tributo ou a natureza dos elementos constitutivos da obrigação tributária,
observados os procedimentos a serem estabelecidos em lei ordinária.

→ Regulamentação jurídica depende de edição de lei.


DICA 114

MULTAS TRIBUTÁRIAS
As Penalidades Pecuniárias impostas pelo descumprimento da legislação tributária,
possuem natureza sancionatória punitivista, pois são sempre exigíveis junto com o tributo
e não cumprem a função de indenizar ou reparar o dano gerado pela conduta. São
obrigações principais, junto com a obrigação de pagar tributo.

Art. 113, CTN - A obrigação tributária é principal ou acessória.


§ 1º A obrigação principal surge com a ocorrência do fato gerador, tem por objeto o
pagamento de tributo ou penalidade pecuniária e extingue-se juntamente com o crédito
dela decorrente.

A multa quando excessivamente elevada, ou desproporcional à infração cometida, não é


admitida.
O STF permite a aplicação do princípio da vedação ao confisco, quando a multa é
superior a 100% do tributo devido (STF, RE 748257).
DICA 115
SOLIDARIEDADE TRIBUTÁRIA

Solidariedade tributária: é admitida unicamente no polo passivo da relação jurídico-


tributária. Neste caso, a solidariedade deve decorrer de lei (não pode ser prevista em
contrato entre partes) ou do fato de haver interesse comum de duas ou mais pessoas na

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situação que constitui fato gerador de obrigação principal (prática do fato gerador em
comum).
A solidariedade não comporta benefício de ordem, fisco pode cobrar de qualquer um dos
sujeitos.

Art. 124, CTN - São solidariamente obrigadas:


I - as pessoas que tenham interesse comum na situação que constitua o fato gerador da
obrigação principal;
II - as pessoas expressamente designadas por lei.
Parágrafo único. A solidariedade referida neste artigo não comporta benefício de
ordem.

Efeitos da solidariedade: Pagamento de um devedor beneficia todos +


interrupção da prescrição atinge a todos, se favorável ou não + isenção/remição
exonera a todos, salvo se feita a um pessoalmente (isenção subjetiva), quando esse crédito
remido/isento será abatido do todo.

Art. 125, CTN - Salvo disposição de lei em contrário, são os seguintes os efeitos da
solidariedade:
I - o pagamento efetuado por um dos obrigados aproveita aos demais;
II - a isenção ou remissão de crédito exonera todos os obrigados, salvo se outorgada
pessoalmente a um deles, subsistindo, nesse caso, a solidariedade quanto aos demais
pelo saldo;
III - a interrupção da prescrição, em favor ou contra um dos obrigados, favorece ou
prejudica aos demais.

DICA 116
DOMICÍLIO TRIBUTÁRIO
A obrigação tributária tem natureza quesível, isto é, deve ser paga no domicílio do
devedor, salvo quando a legislação dispuser em contrário (nesse caso terá natureza
portable).

Art. 159, CTN - Quando a legislação tributária não dispuser a respeito, o pagamento é
efetuado na repartição competente do domicílio do sujeito passivo.

A regra geral é a escolha desse domicílio. Porém, o fisco pode recusar essa escolha
caso essa impossibilite ou dificulte a fiscalização e arrecadação (decisão de recusa tem que
ser motivada).

Na falta de eleição o domicílio será:

Art. 127. CTN Na falta de eleição, pelo contribuinte ou responsável, de domicílio


tributário, na forma da legislação aplicável, considera-se como tal:

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PESSOAS NATURAIS: sua residência habitual ou quando incerta/desconhecida o centro


habitual de suas atividades.
I - quanto às pessoas naturais, a sua residência habitual, ou, sendo esta incerta ou
desconhecida, o centro habitual de sua atividade;

PESSOAS JURÍDICAS DE DIREITO PRIVADO: local da sede/ firma individual ou em


relação aos fatos que deram origem à obrigação o de cada estabelecimento (princípio da
autonomia do estabelecimento).
II - quanto às pessoas jurídicas de direito privado ou às firmas individuais, o lugar da sua
sede, ou, em relação aos atos ou fatos que derem origem à obrigação, o de cada
estabelecimento;

PESSOAS JURÍDICAS DE DIREITO PÚBLICO (ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA):


qualquer uma de suas repartições no território do sujeito ativo.
III - quanto às pessoas jurídicas de direito público, qualquer de suas repartições no
território da entidade tributante.

Regra Subsidiária: local dos bens/local dos fatos que deram origem à obrigação.

Art. 127, § 1º, CTN - Quando não couber a aplicação das regras fixadas em qualquer
dos incisos deste artigo, considerar-se-á como domicílio tributário do contribuinte ou
responsável o lugar da situação dos bens ou da ocorrência dos atos ou fatos que deram
origem à obrigação.

DICA 117
CRÉDITO TRIBUTÁRIO
Embora a obrigação tributária se aperfeiçoe com a ocorrência do fato gerador o crédito
tributário somente reputa-se constituído (e com a possibilidade de ser cobrado) a partir do
lançamento tributário.

Art. 142, CTN - Compete privativamente à autoridade administrativa constituir o crédito


tributário pelo lançamento, assim entendido o procedimento administrativo tendente a
verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente, determinar a matéria
tributável, calcular o montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo
caso, propor a aplicação da penalidade cabível.

O surgimento do crédito tributário decorre da obrigação tributária. Por isso, o crédito


e obrigação têm a mesma natureza, pois derivam de mesma relação jurídica. Disto também
decorre que o crédito tributário pode cobrar tanto tributo, quanto multa.

Art. 139, CTN - O crédito tributário decorre da obrigação principal e tem a mesma
natureza desta.

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DICA 118
LANÇAMENTO TRIBUTÁRIO

Conceito de lançamento: CTN define o lançamento como procedimento


administrativo, apto a formar o crédito tributário. Todos os atos (notificação, cálculo, etc.)
que objetivam constituir o crédito tributário fazem parte da cadeia de lançamento.
Lançamento possui natureza jurídica declaratória quanto ao conteúdo da obrigação
tributária e constitutiva quanto ao crédito tributário: Administração pública olha para trás
para verificar a ocorrência do fato gerador (declaratório) e depois para frente, a fim de
constituir o crédito tributário (constitutiva).

Competência: Cada lei determinará uma pessoa que pode realizar lançamento.
Competência para realizar o lançamento é exclusiva do auditor fiscal (autoridade
administrativa), não pode ser delegado. Atuação do auditor no procedimento do lançamento
é vinculada, pois, observada a ocorrência do fato gerador é dever de autoridadecompetente
realizar o lançamento, sob pena de responsabilidade funcional, não sendo cabível juízo de
conveniência e oportunidade.

Art. 142, Parágrafo único, CTN - A atividade administrativa de lançamento é vinculada


e obrigatória, sob pena de responsabilidade funcional.

DICA 119
LANÇAMENTO TRIBUTÁRIO

Legislação material aplicável ao Lançamento Tributário: refere-se à lei aplicável no


momento do lançamento.

Lançamento de obrigação de pagamento de multa (infrações): aplica-se a


legislação mais favorável ocorrida entre o momento do fato gerador (infração) e o momento
do lançamento, resguardando-se ainda o direito do contribuinte a aplicação da legislação
mais benéfica até o trânsito em julgado/extinção do crédito.

Lançamento de obrigação de pagar tributo: aplica-se legislação vigente do momento


de ocorrência do fato gerador, ainda que posteriormente essa legislação seja modificada
ou revogada.

Art. 144, CTN - O lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador da


obrigação e rege-se pela lei então vigente, ainda que posteriormente modificada ou
revogada.

Legislação referente ao procedimento: aplica-se legislação vigente quando do


lançamento. Ocorre quando o contribuinte outorga maiores garantias ao crédito ou são
ampliados os poderes de investigação das autoridades administrativas, aplicam-se as regras
procedimentais em vigor ao momento do lançamento.

Art. 144, §1º, CTN - Aplica-se ao lançamento a legislação que, posteriormente à


ocorrência do fato gerador da obrigação, tenha instituído novos critérios de apuração ou
processos de fiscalização, ampliado os poderes de investigação das autoridades

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administrativas, ou outorgado ao crédito maiores garantias ou privilégios, exceto, neste


último caso, para o efeito de atribuir responsabilidade tributária a terceiros.

DICA 120
LANÇAMENTO TRIBUTÁRIO

Estabilidade do lançamento: após efetuar o lançamento a autoridade administrativa


deve comunicar ao sujeito passivo sobre sua ocorrência para que ele possa pagar ou
contestar o tributo/multa/etc. A partir desse momento também o lançamento não pode
ser mais alterado (fica estável).

EXCEÇÃO:

Impugnação do sujeito passivo: o lançamento pode ser alterado quando impugnado


pelo sujeito passivo. STJ entende que o lançamento é nulo quando não abre prazo para
que sujeito exerça seu direito de defesa ou resistência à pretensão do fisco.

Recurso de ofício/remessa oficial: ocorre quando, em processo administrativo fiscal,


a autoridade julgadora concorda total ou parcialmente com a impugnação realizada pelo
sujeito passivo (desconstitui o crédito totalmente ou parcialmente). Nesse caso, haverá
recurso de ofício para a autoridade superior. É a chamada "remessa necessária" ou
"reexame necessário”.

Iniciativa de ofício da autoridade: ocorre quando verificado um vício no ato praticado,


tem a Administração Tributária o poder-dever de corrigi-lo, independentemente de
provocação do particular.

DICA 121
LANÇAMENTO TRIBUTÁRIO - MODALIDADES DE LANÇAMENTO
O CTN traz três modalidades de lançamento. Para diferenciar uma modalidade da outra se
deve observar o grau de participação do sujeito passivo para a formação do crédito do
tributo. Sujeito passivo nunca lançará sozinho, pois é ato privativo da autoridade fazendária
(art.142 CTN).

Lançamento de ofício/direto: É aquele que não há participação do sujeito passivo.


A autoridade administrativa calcula o valor do tributo, pois ela já tem informações
necessárias para o cálculo (alíquota e base de cálculo). Nessa modalidade não há obrigação
acessória imputável ao sujeito passivo.

Lançamento por declaração/misto: Modalidade em que há participação do sujeito


passivo ou terceiro e sujeito ativo (Fazenda). Fazenda Pública não tem conhecimento da
base de cálculo, conhecendo somente a alíquota, assim, pede-se ao sujeito passivo que
declare a base de cálculo (MATÉRIA DE FATO) (participação do sujeito passivo de 50%).
Depois de declarada, a Fazenda irá calcular o tributo e requerer o pagamento.

Lançamento por homologação/autolançamento: Modalidade em que o sujeito


passivo calcula sozinho o montante devido do tributo e posteriormente realizar o
pagamento. Após o trâmite, se correto o valor, a Fazenda homologará o pagamento.
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DICA 122
LANÇAMENTO TRIBUTÁRIO

O LANÇAMENTO DE OFÍCIO PODERÁ OCORRER DE DIFERENTES FORMAS:

Originário: Fazenda, ao identificar ocorrência do fato gerador, deve calcular


imediatamente o montante devido a título de tributo.

Subsidiário/suplementar: Ocorre nas outras modalidades de lançamento quando


sujeito ativo age ilicitamente/falha, assim, subsidiariamente, a Fazenda irá calcular o tributo
devido.
Esse cálculo da Fazenda pode ser:

→ Feito sobre o valor real: ocorre quando autoridade fazendária consegue detectar
exato valor da base de cálculo.
Ex.: pessoa deixou de declarar uma das suas fontes de renda, em cima dessa omissão
irá calcular.

→ Lançamento por arbitramento: técnica utilizada pela Fazenda para apurar o valor de
bens, direitos e serviços. Nesse caso Fazenda irá desconsiderar participação do sujeito ativo
(porque ele é omisso ou suas declarações não merecem fé) e, por não possuir elementos
suficientes para deduzir montante devido do tributo, arbitrará o valor mais próximo que
corresponda à realidade. Procedimento de arbitramento tem que ser motivado, isto é, dizer
por que teve que optar pelo arbitramento, e o valor também tem que ser estabelecido a
partir de critérios fundamentados.
DICA 123
LANÇAMENTO TRIBUTÁRIO
No lançamento por declaração, a Fazenda pode não aceitar a declaração, sob o
fundamento de que aquela não corresponde à realidade. Se isto ocorrer a Fazenda arbitrará
o valor devido do tributo, realizando lançamento de ofício subsidiário.
Quando é só questão de valor desatualizado, o sujeito passivo não irá ser multado, porque
não cometeu nenhuma irregularidade. Quando a declaração é divergente da situação fática,
o sujeito passivo pode retificar o valor declarado, para aumentar a arrecadação do
tributo. Entretanto, se a retificação for para reduzir/excluir o valor do tributo, deve
comprovar erro que se funde a declaração e a retificação deve ser feita antes da
notificação do lançamento. Autoridade fazendária deve apurar erros e ratificar de ofício.
DICA 124
LANÇAMENTO TRIBUTÁRIO

No lançamento por homologação esse ato poderá ser feito de forma expressa ou tácita:

Expressa: declaração da Fazenda declarando a concordância com valor declarado.

Tácita: Ultrapassado o prazo de cinco anos para homologação expressa, ocorrerá à


homologação tácita. Prazo de 05 anos conta do fato gerador. Lei COMPLEMENTAR pode
fixar outro prazo.

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Memorex TRE – AJAJ – Rodada 03
Exceção: ocorrida fraude, simulação, etc. contam-se os 05 anos da data do primeiro
dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado. Prazo
é decadencial, pois se perde o direito de constituir o crédito.
DICA 125
LANÇAMENTO TRIBUTÁRIO

Erro no Lançamento por Homologação: No lançamento por homologação, o


contribuinte poderá, percebendo que deixou de pagar ou se não declarou inteiramente o
tributo, complementar o pagamento, valor que será considerado na apuração pela Fazenda.
Se a pessoa apura um determinado valor de tributo abaixo do devido e paga em
conformidade com esse valor por ela apurado, a Fazenda pode homologar essa quantia, e
calcular a diferença, e sobre o valor apurado da diferença incidirá juros, correção e multa
(lançamento subsidiário de ofício).
Se a receita entender que houve apenas uma demora em realizar o pagamento todo, incidirá
somente a multa moratória.
Se entender que houve dolo por parte do contribuinte, haverá a incidência da multa
punitiva.
Se pessoa não declara e não paga, não há o que a fazenda homologar, assim, o Fisco terá
que realizar o lançamento de ofício.
DICA 126
LANÇAMENTO TRIBUTÁRIO

Prazo para lançamento: o prazo para realizar o lançamento tem natureza decadencial,
pois se refere ao tempo para o exercício de um direito potestativo, qual seja, o direito de
constituir o crédito tributário. esse prazo decadencial é de 05 anos. Ou seja, nesse caso
Fazenda perderá o direito de fazer o lançamento se ultrapassado o prazo de 05 anos,
contado na forma do art. 173 do CTN.

Art. 173. CTN O direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário extingue-se
após 5 (cinco) anos, contados:
I - do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido
efetuado;
II - da data em que se tornar definitiva a decisão que houver anulado, por vício formal,
o lançamento anteriormente efetuado.
Parágrafo único. O direito a que se refere este artigo extingue-se definitivamente com
o decurso do prazo nele previsto, contado da data em que tenha sido iniciada a
constituição do crédito tributário pela notificação, ao sujeito passivo, de qualquer medida
preparatória indispensável ao lançamento.

Se não realizar nesse prazo: ocorrerá decadência, que levará a extinção do crédito
tributário.

Art. 156. CTN Extinguem o crédito tributário:


V - a prescrição e a decadência;

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DICA 127
SUSPENSÃO DA EXIGIBILIDADE E EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO
Quando a pessoa pratica o fato gerador nasce à obrigação tributária, mas essa dívida ainda
é ilíquida. Assim, a Fazenda realiza lançamento, passando a dívida a ser líquida e exigível.
A exigibilidade surge a partir do lançamento. Formado o crédito tributário surge para o fisco
a pretensão de receber esse valor. Porém, nas hipóteses de suspensão tributária essa
pretensão não poderá ser concretizada.
Hipóteses de suspensão se interpretam literalmente, isso significa que as hipóteses estão
previstas de forma exaustiva no CTN, art. 111, CTN, inciso I - suspensão ou exclusão do
crédito tributário.
DICA BÔNUS
SUSPENSÃO DA EXIGIBILIDADE E EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO

Moratória: causa de suspensão da exigibilidade do crédito tributário que refere-se a


dilação do prazo de pagamento do tributo (altera data de vencimento), em razão de
situações excepcionais, estabelecendo o pagamento pelo mesmo valor (não incide juros
nem multa), em cota única, em momento posterior, instituída por lei ordinária pelo sujeito
ativo.
Por ser um benefício fiscal, somente podem ser concedidos por meio de lei em sentido
estrito. Não é possível a combinação de diversas leis para obtenção de parcelamento mais
benéfico ou mediante requisitos menos rígidos, pois essa situação implicaria a criação de
nova espécie de parcelamento não autorizada pelo legislador.
DICA BÔNUS
SUSPENSÃO DA EXIGIBILIDADE E EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO

A causa de suspensão da exigibilidade do crédito tributário moratória poderá


ser:

Geral: outorgada por lei a todos os devedores descritos na hipótese concessiva (critério
objetivo), dispensando-se a necessidade de um ato administrativo que defira concretamente
o favor a cada beneficiário.

Individual: a autoridade administrativa concederá o benefício por despacho


administrativo, a quem comprove os requisitos, desde que haja prévia autorização legal.
Lei não dá esse benefício indistintamente, precisa que o sujeito prove a presença de
requisito pessoal.

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DIREITO PENAL
DICA 128
CULPABILIDADE

A culpabilidade é o juízo de reprovabilidade sobre a conduta do agente, composta


por:

Imputabilidade: capacidade mental do agente de entender o caráter ilícito da conduta;

Potencial consciência da ilicitude: possibilidade do agente conhecer a hipótese


criminosa;

Exigibilidade de conduta diversa: possibilidade que o agente tinha de agir de outra


forma e não praticar o fato.

São excludentes da culpabilidade:

Menoridade (imputabilidade): menos de 18 anos;

Embriaguez completa e acidental (imputabilidade);

Doença Mental (imputabilidade);

Erro de Proibição Inevitável (potencial consciência da ilicitude)

Coação Moral Irresistível (exigibilidade da conduta diversa)

Obediência Hierárquica (exigibilidade de conduta diversa)

DICA 129
TEORIA GERAL DO CRIME
PEGADINHA DE PROVA:

Muita atenção aos detalhes, pois o seu examinador vai se utilizar de mudanças sutis
para te induzir ao erro:

A coação física exclui a conduta e, portanto, o fato típico, mas a coação MORAL irresistível
afasta a culpabilidade;

O erro de tipo inevitável exclui a tipicidade, pois faz com o que o agente se confunda
quanto à situação de FATO, mas o erro de proibição inevitável afasta a culpabilidade;

O erro de proibição evitável ou inescusável não exclui a culpabilidade, mas pode


reduzir a pena de 1/6 a 1/3;

Na Legítima Defesa o perigo pode ser atual ou iminente, mas no Estado de Necessidade
deve ser somente atual;

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A emoção e a paixão não afastam a responsabilidade penal.
DICA 130
DESISTÊNCIA VOLUNTÁRIA
A desistência voluntária quando o agente, depois de iniciar a execução do crime, desiste e
impede que o resultado se consuma.
A grande diferença entre a tentativa e a desistência voluntária é que a primeira
acontece por motivos alheios à vontade do agente e a segunda por sua decisão voluntária.
Na tentativa eu quero continuar mas não posso.
Na desistência voluntária, eu posso continuar, mas não quero.
DICA 131
ARREPENDIMENTO EFICAZ

Agente que, voluntariamente, impede que o resultado se produza.

Agente iniciou a execução e exauriu a sua potencialidade lesiva (iniciou e encerrou a


execução)

Agente impede que o resultado ocorra

Arrependimento eficaz também pode ser chamado de resipiscência.


Consequência: só responde pelos atos já praticados. Ex.: não responde por tentativa de
homicídio, mas lesão corporal.

Doutrina:

considera esses institutos (desistência voluntária e arrependimento posterior) como


causas de atipicidade da conduta, pois desconsidera o dolo inicial e apenas responde pelo
que foi praticado até aquele momento.

DICA 132
ARREPENDIMENTO POSTERIOR
Nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, reparado o dano ou
restituída a coisa, até o recebimento da denúncia ou da queixa, por ato voluntário do agente,
a pena será reduzida de um a dois terços.

Requisitos:

Deve ser sem violência ou grave ameaça à pessoa

Deve reparar o dano ou restituir a coisa

Deve ser até o recebimento da denúncia ou da queixa

Deve ser ato voluntário do agente (não precisa ser espontâneo)

Consequência: redução de um a dois terços (= da tentativa)

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DICA 133
CRIME IMPOSSÍVEL
Não se pune a tentativa quando, por ineficácia absoluta do meio ou por absoluta
impropriedade do objeto, é impossível consumar-se o crime.

Chamado de tentativa inidônea

Situações que caracterizam o crime impossível:

Ineficácia absoluta do meio:

Ex.: sujeito que tenta matar a vítima ministrando veneno, mas que erra e dá à vítima
água.

Ex.: sujeito que tenta matar a vítima com uma arma de brinquedo.

Absoluta impropriedade do objeto

Ex.: sujeito tenta matar um morto.

Objeto aqui é o objeto material do crime, que é a pessoa ou coisa sobre a qual recai a
conduta criminosa
Consequência do crime impossível: não é punível
DICA 134
TENTATIVA

A tentativa ocorre quando o agente não atinge o resultado por motivos alheios à sua
vontade;

A tentativa é também chamada de “conatus”;

A tentativa é uma causa de diminuição de pena, de 1/3 a 2/3 da pena;


DICA 135
CRIMES QUE NÃO ADMITEM A TENTATIVA

Alguns crimes não admitem a forma tentada, são eles:

C CONTRAVENÇÕES

C CULPOSOS

H HABITUAIS

O OMISSIVOS PRÓPRIOS

U UNISSUBSISTENTES

P PRETERDOLOSOS

P PERMANENTES

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CUIDADO: as contravenções penais na verdade admitem a tentativa, contudo, por opção
do legislador não são puníveis.
DICA 136
ITER CRIMINIS

1ª Fase: Cogitação

Agente apenas cogita praticar o crime. A prática do delito ainda está no pensamento
do agente.

É impunível

2ª Fase: Atos preparatórios

Regra geral - impunível

Exceções - casos em que a lei pune atos preparatórios.


Ex.: associação criminosa

3º Fase: Atos executórios

Agente inicia a realização do crime

Ato executório - aquele que inicia a realização do núcleo do tipo.

4º fase: Consumação

O delito reúne todos os elementos de sua definição legal.

DICA 137
DO CRIME - ERRO DE TIPO X ERRO DE PROIBIÇÃO

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DIREITO PROCESSUAL PENAL

DICA 138
ACORDO DE NÃO PERSECUÇÃO PENAL: NATUREZA JURÍDICA E REQUISITOS
Natureza de negócio jurídico processual que veicula política criminal do MP.

Requisitos:
Não ser caso de arquivamento;

Investigado ter confessado formal e circunstancialmente;


Infração sem violência ou grave ameaça;

Pena MÍNIMA INFERIOR a 4 anos;

Necessário e suficiente para reprovação do crime.


DICA 139
AÇÃO PENAL – PONTOS IMPORTANTES
A ação penal pública incondicionada é titularizada pelo Ministério Público. O MP inicia
a ação penal com a denúncia.
A regra no sistema jurídico = a ação penal seja pública incondicionada.
Já a ação penal pública condicionada depende da representação do ofendido ou de
requisição do Ministro da Justiça. Nesses casos, o Ministério Público continua sendo o titular
da ação penal, mas não pode exercer o seu direito de ação de ofício, como nos casos de
ação penal pública incondicionada.

OBS: Caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por decisão


judicial, o direito de representação passará ao cônjuge, ascendente, descendente ou irmão
(CADI – deve ser por esta ordem).
Exceção: crime de ameaça em que a ação penal pública é condicionada à representação.
DICA 140
AÇÃO PENAL PÚBLICA CONDICIONADA - REPRESENTAÇÃO
De acordo com o artigo 25 do Código de Processo Penal, a representação será irretratável,
depois de oferecida a denúncia.
Por outro lado, quando se tratar de violência doméstica e familiar (Lei Maria da Penha, só
será admitida a renúncia à representação perante o juiz, em audiência especialmente
designada com tal finalidade, antes do recebimento da denúncia e ouvido o Ministério
Público.

Art. 15 do CPP A representação será irretratável, depois de oferecida a denúncia.

Art. 16 da Lei Maria da Penha Nas ações penais públicas condicionadas à representação
da ofendida de que trata esta Lei, só será admitida a renúncia à representação perante o
juiz, em audiência especialmente designada com tal finalidade, antes do recebimento da
denúncia e ouvido o Ministério Público.
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DICA 141
PRINCÍPIOS DA AÇÃO PÚBLICA

Obrigatoriedade: Presentes a materialidade e indícios de autoria deve o MP oferecer


denúncia;

Divisibilidade: Havendo mais de um autor do crime, o MP pode ajuizar a ação somente


em face de um ou uns, deixando para ajuizar em face dos outros depois (visando, por
exemplo, reunir mais provas);

Indisponibilidade: O MP não pode desistir da ação - mas pode pedir o arquivamento


do IP - ou absolvição do réu;

Oficialidade: O MP é uma instituição pública e;

Intranscendência: A pena não poderá passar da pessoa do condenado.


DICA 142
AÇÃO PENAL DE INICIATIVA PRIVADA E AÇÃO PENAL PRIVADA PROPRIAMENTE
DITA

A Ação Penal De Iniciativa Privada é titularizada pelo ofendido ou pelo seu


representante legal, promovida mediante a queixa-crime. Mesmo não sendo titular das
ações penais privadas, o Ministério Público deve atuar em todos os atos do processo.

A Ação Penal Privada Propriamente Dita é a regra entre os crimes de ação penal
privada. O seu titular é o ofendido ou o seu representante legal. Para a promoção da queixa-
crime, o ofendido ou o seu representante legal possui o prazo decadencial de 6 meses,
contados do conhecimento da autoria.

OBS.: caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por decisão judicial, o
direito de representação passará ao cônjuge, ascendente, descendente ou irmão (CADI –
deve ser por esta ordem).
Ex.: crime contra a honra de funcionário público.
O STF editou a Súmula 714 que dispõe:

Súmula 714, STF

“É concorrente a legitimidade do ofendido, mediante queixa, e do ministério público,


condicionada à representação do ofendido, para a ação penal por crime contra a honra
de servidor público em razão do exercício de suas funções”.

DICA 143
AÇÃO PENAL PRIVADA: PEREMPÇÃO

Conceito: é a sanção judicialmente imposta pelo descaso da vítima na condução da


ação privada.

Hipóteses: elas estão previstas no art. 60 do CPP, ocasionando a extinção da


punibilidade.

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Art. 60. Nos casos em que somente se procede mediante queixa, considerar-se-á
perempta a ação penal:
I - quando, iniciada esta, o querelante deixar de promover o andamento do
processo durante 30 dias seguidos;
II - quando, falecendo o querelante, ou sobrevindo sua incapacidade, não comparecer
em juízo, para prosseguir no processo, dentro do prazo de 60 dias, qualquer das
pessoas a quem couber fazê-lo, ressalvado o disposto no art. 36;
III - quando o querelante deixar de comparecer, sem motivo justificado, a qualquer
ato do processo a que deva estar presente, OU deixar de formular o pedido de
condenação nas alegações finais;
IV - quando, sendo o querelante pessoa jurídica, esta se extinguir sem deixar
sucessor.

DICA 144
A IDENTIDADE FÍSICA DO JUIZ
Durante a instrução do processo, o juiz tem contato com o réu, com testemunhas, com a
vítima. De forma que desenvolve uma sensibilidade maior, já que tem a oportunidade de
ver as provas “olho no olho”.
É por isso que se desenvolveu esse princípio da identidade física do juiz, de forma que o
juiz que presidir a instrução deverá proferir a sentença (art. 399, §2º, CPP).
Ou seja, o juiz que presidir a instrução (ouvir as testemunhas, participar da produção das
provas) deve ser o juiz a proferir a sentença. Isso em função da maior sensibilidade
desenvolvida pelo juiz ao ter contato mais próximo com as provas.

Flexibilização: a identidade física do juiz não impede a realização de atos de instrução


realizados por videoconferência ou por carta precatória.
DICA 145
SISTEMAS DE AVALIAÇÃO DA PROVA
O que se estuda aqui é a vinculação do juiz a alguma prova. Ok, as provas foram produzidas.
Uma testemunha falou claramente que viu o acusado, no dia e hora do crime, no cinema, o
que seria um álibi para ele. O juiz então é obrigado a absolver o réu, com base nessa prova?

Temos basicamente 3 sistemas sobre a avaliação da prova.

Não foi adotado no Brasil,


O juiz é livre para valorar as
como regra.
provas como bem entender,
Exceção: Foi adotado no
inclusive aquelas que não
SISTEMA DA ÍNTIMA estão nos autos TRIBUNAL DO JÚRI, em que
do
CONVICÇÃO processo. os jurados não precisam
fundamentar o porquê
O juiz não é obrigado a
condenam ou absolvem.
fundamentar seu
Podem formar sua convicção a
convencimento
partir de critérios subjetivos.

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Não foi adotado no Brasil


como regra.

Aqui, os meios de prova Mas, há alguns resquícios de


possuem um valor sua aplicação, como:
probatório fixado em → prova do estado das
abstrato pelo legislador. pessoas deve observas as
Cada prova possui um valor restrições da lei civil – art.155,
Sistema da prova pré-estabelecido. O juiz, ao p. único
tarifada decidir pela condenação ou
pela absolvição, deve levar
→ prova da menoridade doréu
essa dosagem das provas deve ser feita com documento
hábil – súmula 74,STJ
em consideração.
A confissão é tida como a → indispensabilidade do corpo
“rainha das provas”. de delito quando a infração
deixar vestígios – art. 158, CPP

O juiz tem ampla liberdade O CPP, no art. 155, adotou o


na valoração das provas, sistema do livre
que possuem convencimento motivado: “o
abstratamente o mesmo juiz formará sua convicção pela
Sistema do livre valor. livre apreciação da prova
convencimento produzida em contraditório
Porém, o juiz se vê obrigado
motivado judicial (...)”.
a fundamentar sua decisão,
demonstrando a forma Não há prova com valor
como valorou as provas dos absoluto. Mesmo a confissão
autos até concluir o seu tem valor relativo, conforme
convencimento. art. 197 do CPP.

DICA 146
ÔNUS DA PROVA NO PROCESSO PENAL
Pelo art. 156 do CPP, a prova da alegação incumbe a quem a fizer. Guardem isso,
pois acredito que caso a banca cobre o tema ônus da prova haverá uma cobrança da letra
fria da lei.
Todavia, indo além do texto legal, é muito comum se afirmar que, como desdobramento
do princípio da presunção de inocência, no processo penal o ônus da prova incumbe
à acusação.
Essa afirmação é uma verdade, mas que precisa ser completada.
Isso porque prevalece o entendimento que de fato incumbe à acusação o ônus em relação
à prova da materialidade do crime e da sua autoria. Todavia, à defesa cabe o ônus de provar
alguma causa excludente de ilicitude, de culpabilidade ou ainda extintiva da
punibilidade, além da prova de algum álibi que deseja invocar.

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DICA 147
INICIATIVA PROBATÓRIA DO JUIZ
ESSA É IMPORTANTE!

A temática sobre a iniciativa probatória do juiz deve ser analisada em dois momentos
distintos:

Antes de iniciada a ação penal;

Durante o processo penal.


Quando falamos de iniciativa probatória do juiz, estamos estudando se o juiz pode, de
ofício (ou seja, sem provocação de ninguém), determinar a realização da prova, sob o
pretexto da busca da verdade real.

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