Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
67 9 9670-3621
contato@mazziotti.com.br
www.mazziotti.com.br Campo Grande, MS
@prof_mazziotti
PORTUGUÊS
PARA
CONCURSOS
PROF. FÁBIO MAZZIOTTI
CONTEÚDO CONFORME EDITAL DAS PRINCIPAIS BANCAS
APOSTILA DE FONOLOGIA, SEMÂNTICA E TEXTOS
www.mazziotti.com.br
SUMÁRIO
FONOLOGIA
SEMÂNTICA
INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS
Prezado aluno,
Ementa:
(PORTUGUÊS BÁSICO E INTERMEDIÁRIO)
GRAMÁTICA NORMATIVA
Parte 1: FONOLOGIA
Tema: DIVISÕES DA GRAMÁTICA
A GRAMÁTICA que chamamos NORMATIVA é um conjunto sistematizado de regras (normas) e orientações para se escrever e falar
de acordo com o padrão da variante culta da língua. Ao estabelecermos familiaridade com os fatos que norteiam o idioma, todos eles
prescritos por uma infinidade de gramáticas, constatamos que estes são dotados de certa complexidade. Essa gramática é a exigida em
concursos públicos, vestibulares e em contextos formais de comunicação.
Cabe dizer também que essas gramáticas optam por estudá-los de maneira separada, tendo em vista os traços que os demarcam.
É por essa razão que as gramáticas são divididas em partes específicas.
Estudos de
CONCEITOS FUNDAMENTAIS
Linguagem
E a representação do pensamento por meio de sinais que permitem a comunicação e a interação entre as pessoas. Trata-se de uma
propriedade inata do ser humano. Consideramos sua divisão em três tipos:
Linguagem verbal: e aquela que tem por unidade a palavra (oral ou escrita).
Linguagem não verbal: tem outros tipos de unidade, como gestos, o movimento, a imagem, os sons etc.
Linguagem mista: compreende a simbiose entre a linguagem verbal e a não verbal, tal como as histórias em quadrinhos, o cinema e a
tevê, que utilizam a imagem e a palavra.
Língua
É o tipo de código formado por palavras e leis combinatórias por meio do qual as pessoas se comunicam e interagem entre si.
Normalmente, o conceito de língua se confunde com o conceito de idioma.
Variedades linguísticas
São as variações que uma língua apresenta de acordo com as condições sociais, culturais, regionais e históricas em que e utilizada.
Norma “culta” (ou discurso tenso): é a língua padrão, a variedade linguística de maior prestigio social.
Norma popular (coloquial): são variedades linguísticas diferentes da língua padrão originadas das diferenças de região, de idade, de
sexo, de classes ou de grupos sociais e da própria evolução histórica da língua (Ex: o emprego de gírias).
Texto
É uma unidade linguística concreta percebida pela audição (na fala) ou pela visão (na escrita), que tem unidade de sentido e
intencionalidade comunicativa.
Discurso
E a atividade comunicativa capaz de gerar sentido desenvolvido entre interlocutores. Além dos enunciados verbais, engloba outros
elementos do processo comunicativo que também participam da construção do sentido do texto.
www.mazziotti.com.br 2
PORTUGUÊS para concursos – MÓDULO 1 | prof. mazziotti
Tema: FONOLOGIA
A FONOLOGIA é o ramo da Linguística que estuda os sons da fala humana, estabelecendo critérios de distinção quanto à emissão
e articulação dos fonemas, sua classificação e localização da sílaba tônica. Divide-se em ortofonia e prosódia. A prosódia diz respeito à
acentuação tônica e gráfica. A ortofonia trata da correta pronúncia dos fonemas e da grafia das palavras. Assim, divide-se em ortoepia e
ortografia.
ORTOÉPIA OU ORTOEPIA
Trata da correta pronúncia dos fonemas. Assim, em oposição, chamamos de cacoépia ou cacoepia o erro (inadequação quanto ao
padrão culto) na pronúncia dos fonemas. Observe os exemplos:
ADEQUADO INADEQUADO
subsídio subzídio
abrupto (ru-p) abrupto (brup)
pneu peneu
advogado adevogado
problema pobrema
tóxico (ks) tóxico (ch)
indigna (/G/) indigna (gui)
Curiosidade: a mesma palavra pode ser colocada em mais de uma classe, de acordo com o modo como é empregada.
Eu almoço naquele restaurante todos os dias. (almoçar — verbo)
O almoço que você fez estava delicioso. (almoçar — subst.)
Josefa adquiriu um carro vermelho. (vermelho — adj.)
Ela disse que gosta muito do vermelho. (vermelho — subst.)
PROSÓDIA
Trata da correta localização da sílaba tônica. Assim, em oposição, chamamos de barbarismo prosódico ou silabada o erro na
localização da sílaba tônica.
Há palavras que admitem, adequadamente, DUAS sílabas tônicas (uma ou outra), o que chamamos de DUPLA PROSÓDIA.
Exemplos: hieróglifo ou hieroglifo, ortoépia ou ortoepia, réptil ou reptil, sóror ou soror, Oceânia ou Oceania, Madagáscar ou
Madagascar, zângão ou zangão, acróbata ou acrobata, anídrido ou anidrido, projétil ou projetil.
A cacofonia ou cacófato é o encontro de duas sílabas ou mais palavras, formando um outro vocábulo de sentido
ridículo, obsceno ou inadequado.
Exemplos: vou-me já; beijei a boca dela; essas fotos de álbum dão saudade etc.
FONEMAS
São as unidades sonoras de que uma palavra é constituída ao ser pronunciada, tradicionalmente simbolizada entre barras inclinadas
(//). Assim, os fonemas da palavra pato são: /p/,/a/, /t/, /u/. Considera-se a pronúncia predominante entre os falantes de português no
Brasil.
Na escrita, a menor unidade da palavra é a letra, na fala é o fonema. A função do fonema é constituir palavras. Assim temos que na
escrita, a menor unidade da palavra é a letra, na fala é o fonema. A função do fonema é constituir palavras. Dessa forma:
Fonema: é mais que o som, pois é a menor unidade significativa (e sonora) que permite estabelecer distinção entre as palavras.
Ex: /m i a/, /t i a/, /v i a/, /r i a/, /d i a/.
www.mazziotti.com.br 3
PORTUGUÊS para concursos – MÓDULO 1 | prof. mazziotti
Observe que as diferenças dos vocábulos acima são marcadas pelos fonemas: /m/, /t/, /v/, /r/, /d/.
Obs:
Os fonemas podem variar em dimensões distintas (individual, social ou regional) sem que isso implique mudança no
significado. Basta imaginar a pronúncia do vocábulo /d i a / por parte do carioca e depois pelo nordestino.
Letra: é a representação gráfica de um ou mais fonemas (sons). Chamamos o conjunto de letras de ALFABETO. Nosso alfabeto
possui vinte e seis letras, a saber:
A-B-C-D-E-F-G-H-I-J-K-L-M-N-O-P-Q-R-S-T-U-V-W-X-Y-Z
Obs:
✓ As letras K-W-Y passam a fazer parte do alfabeto utilizado no Brasil
a partir de 2009.
✓ Um mesmo fonema pode ser representado na escrita por letras
diferentes: sinto, cinto, caça (s, c, ç).
✓ Uma mesma letra pode representar fonemas diferentes:
G - gesto, g = jê G - garrafa, g = guê
S - sapato, s = sê S - casa, s = zê
✓ Um mesmo fonema pode ser representado por letras diferentes:
/z/- vazio, z = zê /z/- mesa, s = zê /z/- exato, x = zê
/x/ - xale, x = chê /x/ - cheque, ch = chê
/s/ - isso, ss = sê /s/ - caço, ç = sê
/s/ - desce, sc - sê /s/ - nasço, sç = sê
✓ Um mesmo fonema pode ser representado por uma só letra ou
por uma combinação de duas letras (DÍGRAFO).
Exemplos: carro, passo, galho, cacho, quilo, guerra, tempo, vinte,
campo etc.
✓ Uma única letra, no caso a letra X, pode representar dois fonemas,
quando apresenta o som de /KS/; é o que chamamos de DÍFONO.
Exemplos: nexo / NEKSU/; tórax /TORAKS/; fixo /FIKSU/.
✓ Há letras que não representam fonemas.
Exemplos: H- há; U- queda, guia; M- tampa, sempre; N- senta, tanto.
✓ Há fonemas que não são representados na escrita, no caso das
semivogais / y / e / w /.
Exemplos: / y / - homem, trenzinho
Fonte: https://www.gta.ufrj.br/grad/09_1/impvocal/propdosinal.htm
/ w / - falam, amam, compram.
Na produção da fala, o ar sai dos pulmões e passa pela traqueia, até chegar à laringe. Aí encontra as cordas vocais, que podem ser
vibradas ou não. A seguir, a corrente de ar alcança a faringe até chegar à boca, onde se realizam os movimentos articulatórios da língua,
dos lábios e do maxilar inferior, que modificam a forma da boca, a fim de que o som que está sendo produzido seja diferenciado em
fonemas.
Quando a corrente de ar, ao passar pelo aparelho fonador, encontra obstáculo parcial ou total, são produzidos os fonemas
consonantais, quando encontra livre passagem, são produzidos os fonemas vocálicos.
Os fonemas vocálicos podem, num primeiro momento, ser classificados em tônicos e átonos. A vogal tônica da palavra (pronunciada
sempre com maior intensidade do que as outras vogais) é a responsável pela formação da sílaba tônica. Excluída a vogal tônica, as
restantes são átonas.
Ex:
Sabor: o fonema vocálico tônico é /o/ e a sílaba tônica é "bor", sílaba átona é "sa".
Vatapá: o fonema vocálico tônico é /a/ da última sílaba, logo a sílaba tônica é "pá", as sílabas átonas são "va, ta".
Obs:
a) Fique atento aos fonemas semivocálicos: /y/ e /w/.
Ex: boi / boy/; louco / lowku/.
b) Em relação à sílaba tônica de qualquer palavra, as demais podem ser classificadas em pré-tônica (antes da tônica), pós-
tônica (após a tônica) e subtônica.
Ex: pa - re - de.
pré-T T pós-T
Chama-se sílaba subtônica a sílaba átona de uma palavra derivada que correspondia à sílaba tônica na palavra primitiva.
Ex: ca - fe - zal.
pré-T sT T
www.mazziotti.com.br 4
PORTUGUÊS para concursos – MÓDULO 1 | prof. mazziotti
CLASSIFICAÇÃO DOS FONEMAS
Vogais: fonemas silábicos (base da sílaba) que se realizam com a passagem da corrente de ar pelo
aparelho fonador sem presença de obstáculos. Uma sílaba tem de apresentar UMA e somente UMA
vogal!
Semivogais: fonemas / y / e / w / que vêm sempre ladeados de vogal, pois não constituem base de
sílaba. Podem ser representados pelas letras: e, i, o, u, m e n.
Exemplos: pai, mãe, pão, amam, somem, hífen, homenzinho, série; pneu, sócio, história, água etc.
Consoantes: fonemas que se produzem por meio da formação de um obstáculo à corrente de ar,
quando de sua passagem pelo aparelho fonador.
Exemplos: baba, caco, dia, faca etc.
O triângulo vocálico de Helwag.
Atividades de fixação
1. Faça a contagem de letras e de fonemas nas palavras abaixo.
2. Assinale a alternativa em que todas as palavras têm uma sílaba com som de /zê/.
a) peso - quinze - exame - luxo - zelo.
b) esposo - confuso - êxito - passeio.
c) treze - missa - mesa - casebre.
d) exato - exílio - pose - cozer - frase.
e) curioso - exercício - massa – casa
www.mazziotti.com.br 5
PORTUGUÊS para concursos – MÓDULO 1 | prof. mazziotti
a) V, V, F, F d) F, F, V, V
b) V, V, V, F e) F, V, F, V
c) F, V, V, F
6. (PUC-CAMPINAS) Marque a opção em que as duas palavras possuem mais fonemas que letras.
a) Ônix e abstrair. d) Guerra e aguei.
b) Máximo e fixar. e) Dor e anexo.
c) Prolixo e fluxo.
7. (UNIFESP) Na língua portuguesa escrita, quando duas letras são empregadas para representar um único fonema (ou som,
na fala), tem-se um "dígrafo". O dígrafo só está presente em todos os vocábulos de:
a) pai, minha, tua, esse, tragar.
b) afasta, vinho, dessa, dor, seria.
c) queres, vinho, sangue, dessa, filho.
d) esse, amarga, silêncio, escuta, filho.
e) queres, feita, tinto, melhor, bruta.
9. (CESCEA) Qual opção traz palavras em que a letra “X” representa o mesmo fonema?
a) Tóxico e taxativo.
b) Refluxo e taxar.
c) Têxtil e exceto.
d) Enxame e inexaurível.
e) Contexto e êxtase.
10. Analise os itens e marque a opção correta, na sequência, de cima para baixo.
( ) "Anexo" e "assam" possuem, juntos, o número de fonemas igual ao de letras.
( ) "Tinha" e "achei" possuem igual número de fonemas.
( ) "Maxilar" possui o mesmo número de letras e de fonemas.
a) V, V, F
b) V, V, V
c) V, F, F
d) F, F, V
e) F, V, F
www.mazziotti.com.br 6
PORTUGUÊS para concursos – MÓDULO 1 | prof. mazziotti
Encontros vocálicos
As vogais e as semivogais podem aparecer juntas em um único grupo sonoro, formando os encontros vocálicos. Esses
grupos classificam-se em ditongos, tritongos e hiatos.
A vogal é a base da sílaba em língua portuguesa. Assim, a observação de algumas regras fundamentais se torna necessária.
São elas:
DITONGO
É o encontro de uma vogal e uma semivogal ou vice-versa em uma mesma sílaba.
Ex: noite - o= vogal; i= semivogal.
Aurélio - i= semivogal; o= vogal.
TRITONGO
É o encontro de uma semivogal com uma vogal e uma semivogal (sv+V+sv) na mesma sílaba. Ex: igUAIs, sagUÃO. Os tritongos
podem ser orais ou nasais.
Orais: Uruguai, averiguei, aguou, redarguiu.
Nasais: Quão, enxáguam, enxáguem, saguões.
HIATO
É o encontro de dois fonemas vocálicos que se pronunciam separadamente. Ex: na-vi-o, sa-í-da, mo-er, sa-ú-va.
Tipos de hiatos:
1) de duas vogais:
BA–Ú
2) de dois ditongos:
BAI–ÃO
3) de ditongo e vogal:
PRAI–A
4) de vogal e ditongo:
SA–IU
5) de tritongo e vogal:
PARAGUAI–O
www.mazziotti.com.br 7
PORTUGUÊS para concursos – MÓDULO 1 | prof. mazziotti
Encontros Consonantais
É o agrupamento de consoantes. Há três tipos de encontros consonantais:
Encontro Consonantal Perfeito: É o agrupamento de consoantes, lado a lado, na mesma sílaba.
Ex: Bra-sil, pla-ne-ta, a-dre-na-li-na.
Encontro Consonantal Disjunto: É o agrupamento de consoantes, lado a lado, em sílabas diferentes.
Ex: ap-to, cac-to, as-pec-to.
Encontro Consonantal Fonético: É a letra x com som de ks, também conhecida como DÍFONO.
Ex: Maxi, nexo, axila = maksi, nekso, aksila.
Não se esqueça de que as letras M e N pós-vocálicas não são consoantes, e sim semivogais ou simples sinais de
nasalização (ressoo nasal).
Dígrafos
Dígrafo ou digrama é o agrupamento de duas letras, representado por apenas um fonema. Os principais dígrafos são RR,
SS, SC, SÇ, XC, XS, LH, NH, CH, QU, GU.
Representam-se os dígrafos por letras maiores que as demais, exatamente para estabelecer a diferença entre uma letra e
um dígrafo. QU e GU só serão dígrafos, quando estiverem seguidos de E ou I, não pronunciados. Os dígrafos RR, SS, SC, SÇ, XC
e XS têm suas letras separadas silabicamente: LH, NH, CH, QU, GU. Existem dois tipos de dígrafos: consonantais e vocálicos.
Dígrafo Consonantal
Não confunda dígrafo com encontro consonantal, que é o encontro de consoantes, cada uma representando um fonema.
Dígrafo Vocálico
É o outro nome que se dá ao ressoo nasal, pelo fato de serem duas letras com um fonema vocálico.
sangue = san-gue – sãGe.
Atividades de fixação
1. (FAB) “A lua nova acorda os animais da rua; a serenata vai começar.” Na oração, encontramos
a) quatro ditongos e nenhum hiato.
b) dois ditongos e dois hiatos.
c) um ditongo e três hiatos.
d) um ditongo, um hiato e dois tritongos.
2. (EPCAr) Assinale a alternativa em que todos os vocábulos apresentam ditongos crescentes orais.
a) meu, catedrais, cantaria
b) qualquer, aéreos, pessoas
www.mazziotti.com.br 8
PORTUGUÊS para concursos – MÓDULO 1 | prof. mazziotti
c) duas, embaixadas, oceanográfica
d) conferência, humanitário, retaguarda
Divisão silábica
A partição de sílabas na língua falada é facilmente percebida pela maioria dos falantes. Na língua escrita, marcamos a
divisão silábica com hífen:
Ex: coral: co–ral; aroma; a–ro–ma.
3) Não se separam os elementos dos grupos consonantais (encontros consonantais perfeitos) que iniciam uma sílaba nem os
dos dígrafos “CH, LH, NH, GU, QU”. Entretanto, os dígrafos “SC, SÇ, XC, XS” serão sempre separados.
Ex: a-blu-ção, a-bra-sar, a-che-gar, fi-lho, ma-nhã, a-tri-bu- ir, a-fri-ca-no, a-plai-nar, en-gra-ça-do, re-fle-tir, su-bli-me, pis-ci-na,
ex-ce-to, ex-su-da-ção.
OBS: Nem sempre formam grupos consonantais os elementos bl e br. No caso de o l e o r serem pronunciados
separadamente, poderá haver a partição da palavra. Exemplos: sub-lin-gual, sub-li-nhar, sub-ro-gar, ab-rup-to.
4) Não se separam as letras que representam ditongo.
Ex: mistério = mis-té- rio; cárie = cá-rie; herdeiro = her-dei-ro.
5) Não se separam as letras que representam um tritongo: Ex. Paraguai = Pa-ra-guai; saguão = sa-guão.
Atividades de fixação
1. Separe as sílabas das palavras abaixo:
a) bisavô: _______________________________________
b) desinteresse: _______________________________________
c) étnico: _______________________________________
d) psicologia: _______________________________________
e) transatlântico: _______________________________________
f) desesperam: _______________________________________
g) saguões: _______________________________________
h) guerreiam: _______________________________________
i) tungstênio: _______________________________________
j) quartzo: _______________________________________
k) incognoscível: _______________________________________
l) abrupto: _______________________________________
m) cisalpino: _______________________________________
n) goiabada: _______________________________________
o) obtusângulo: _______________________________________
p) suboficial: _______________________________________
q) subtenente: _______________________________________
r) praia: _______________________________________
s) tuiuiú: _______________________________________
4. Não há tritongo em
a) averiguei d) doou
b) minguou e) quais
c) deságuam
www.mazziotti.com.br 10
PORTUGUÊS para concursos – MÓDULO 1 | prof. mazziotti
Aprendizagem
1. Em relação aos vocábulos "voo", "vou" e "voou", assinale o correto.
a) Apresentam um hiato e dois ditongos.
b) Possuem um hiato e três ditongos.
c) Apresentam dois hiatos e dois ditongos.
d) Possuem 4 vogais e 3 semivogais.
4. (UFSM) A palavra SANGUESSUGA possui 11 letras, 8 fonemas e 3 dígrafos, DEMOCRACIA tem 10 letras, 1 encontro consonantal
e 1 hiato. Relacione as duas colunas a seguir e depois assinale a alternativa com a sequência correta.
1. república
( ) 9 fonemas, 1 dígrafo.
2. hábito
( ) 7 fonemas, 2 dígrafos.
3. reeleição
( ) 8 fonemas, 1 dígrafo, 1 encontro consonantal.
4. candidatos
( ) 9 fonemas, 1 encontro consonantal.
5. corrupção
( ) 9 fonemas, 2 ditongos, 1 hiato.
6. excessivo
( ) 5 fonemas.
a) 6 - 4 - 1 - 5 - 3 - 2
b) 2 - 4 - 5 - 6 - 3 - 1
c) 5 - 1 - 6 - 4 - 2 - 3
d) 4 - 6 - 5 - 1 - 3 - 2
e) 3 - 5 - 2 - 6 - 4 - 1
5. (FEI) Assinale a alternativa em que todas as palavras NÃO têm suas sílabas separadas corretamente.
a) am-bi-guo; rit-mo; psi-co-se; pers-pi-caz
b) abs-tra-ir; bi-sa-nu-al; in-te-lec-ção; quart-zo
c) ob-sé-quio; hep-tas-si-la-bo; dif-te-ri-a; oc-ci-pi-tal
d) vo-lu-ptu-o-so; psi-co-lo-gia; e-xce-der; be-ni-gno
e) ab-so-lu-to; sub-ju-gar; eu-ro-peu; ist-mo
6. Assinale a alternativa em que a palavra NÃO tem as suas sílabas corretamente separadas.
a) in-te-lec-ção d) is-tmo
b) cons-ci-ên-cia e) ca-a-tin-ga
c) oc-ci-pi-tal
7. (UFRS) Assinale verdadeira (V) ou falsa (F) em cada uma das afirmações relacionadas à análise fonológica e gráfica do
segmento a seguir.
"Ele é especialmente sensível sobre seu excesso de peso."
( ) O fonema /s/ está representado pelas letras (s), (c) e dois dígrafos, ao passo que o fonema /z/ está representado apenas
pela letra (s).
( ) A letra (n) junta-se ao (e) formando um dígrafo para representar a vogal nasal.
( ) As palavras "sobre" e "seu" apresentam, respectivamente, um encontro consonantal e um ditongo decrescente.
A sequência correta é:
a) V - F - F d) V - V - V
b) F - V - V e) V - F - V
c) F - F - F
www.mazziotti.com.br 11
PORTUGUÊS para concursos – MÓDULO 1 | prof. mazziotti
8. (PUC-Campinas) Assinale a alternativa que apresenta tritongo, hiato, ditongo crescente e dígrafo
a) quais, saúde, perdoe, álcool
b) cruéis, mauzinho, quais, psique
c) quão, mais, mandiú, quieto
d) aguei, caos, mágoa, chato
10. (EPCAr) Assinale a alternativa em que todos os vocábulos apresentam ditongos crescentes orais.
a) meu, catedrais, cantaria
b) qualquer, aéreos, pessoas
c) duas, embaixadas, oceanográfica
d) conferência, humanitário, retaguarda
12. (EsPCEx) Assinale a alternativa correta quanto à divisão silábica das palavras dadas:
a) sa-gu-ão, mín-guam, a-bs-tra-to, de-lin-qui-u, plúm-beo
b) fric-ção, rit-mo, pneu-má-ti-co, cai-ais, bo-ê-mia
c) mag-ne-tis-mo, en-xa-guei, ni-nha-ri-a, res-pe-i-to, mei-os
d) su-blo-car, ca-iu, re-ce-pção, a-cces-sí-vel, subs-cre-ver
e) coi-ta-do, trans-a-tlân-ti-co, pis-ci-na, suas, põem
www.mazziotti.com.br 12
PORTUGUÊS para concursos – MÓDULO 1 | prof. mazziotti
Aprofundamento
1. (CESPE/SEDF-2017) Os vocábulos “qualidade”, “perspectiva”, “essas”, “conjunto” e “chamada” contêm grupos de duas letras
que representam um só fonema, constituindo o que se denomina dígrafo ou digrama.
( ) Certo ( ) Errado
5. (AOCP/PMJF-2017) Assinale a alternativa que apresenta a correta divisão silábica das palavras “surrealismo” e “psicanálise”.
a) sur.re.a.lis.mo e psi.ca.ná.li.se
b) su.rre.a.lis.mo e p.si.ca.ná.li.se
c) sur.rea.lis.mo e psi.ca.ná.li.se
d) sur.re.a.lis.mo e p.si.ca.ná.li.se
e) sur.rea.lis.mo e p.si.ca.ná.li.se
6. (CONSULPLAN/HOB-2015) “Faz alguns anos reina entre nós o diagnóstico de déficit de atenção para um número assustador
de crianças.” Nessa frase, as palavras sublinhadas apresentam, respectivamente,
Acentuação Gráfica
Classificação dos vocábulos quanto à tonicidade:
a) Monossílabos átonos: vocábulos de uma única sílaba e que têm pronúncia fraca. São representados por artigos (o, a),
preposições (de, com), conjunções (mas, nem), pronome relativo “que” e pronomes pessoais átonos (te, lhe). Nunca são
acentuados.
b) Monossílabos tônicos: vocábulos de uma única sílaba e que têm pronúncia forte: lá, dê, sol, cor, são etc.
Obs: dessa forma, são monossílabos átonos: preposições, conjunções, artigos e os pronomes oblíquos me, te, o, a, nos,
vos, os, as, lhe, lhes, se.
c) Oxítonos: vocábulos cuja sílaba tônica é a última: jacaré, ureter, colibri etc.
d) Paroxítonos: vocábulos cuja sílaba tônica é a penúltima: novela, caráter, janela etc.
e) Proparoxítonos: vocábulos cuja sílaba tônica é a antepenúltima: máquina, protótipo, exército etc.
www.mazziotti.com.br 14
PORTUGUÊS para concursos – MÓDULO 1 | prof. mazziotti
inadequado: cincoenta
Nota:
SILABADA é o erro de prosódia. Assim, ocorre silabada quando se pronuncia íbero (inadequado) em vez de ibero
(adequado).
Antes de nos aprofundarmos no assunto, é importante lembrar quais são os sinais gráficos – diacríticos – que utilizamos na
escrita e o que eles indicam.
Diacrítico – sinal gráfico que se acrescenta a uma letra para conferir-lhe novo valor fonético e/ou fonológico. Para o estudo da
acentuação gráfica interessam-nos os seguintes:
a) acento agudo (´) – colocado sobre as letras a, i, u e sobre o e do grupo final em, indica que essas letras representam as
vogais tônicas da palavra: cajá, açaí, lúdico, vintém. Sobre as letras e e o, indica, além da tonicidade, timbre aberto:
intrépido, troféu, cipó, herói.
b) acento grave (`) – indica a ocorrência de crase, ou seja, a fusão da preposição a com os artigos femininos a e as, com os
pronomes demonstrativos femininos a e as e com a letra inicial dos pronomes demonstrativos aquele(s), aquela(s), aquilo:
à, àquele(s), àquela(s), àquilo.
c) acento circunflexo (^) – colocado sobre as letras a, e e o, indica, além da tonicidade, timbre fechado: relâmpago, ômega.
d) trema (¨) – conforme o Novo Acordo Ortográfico, obrigatório desde 2016, conserva-se o trema em palavras derivadas de
nomes próprios estrangeiros: mülleriano, de Muller.
e) til (~) – indica a nasalidade das vogais a e o, e vale como acento tônico se outro acento não figura no vocábulo: órfã, órgão,
alemã, alemão.
www.mazziotti.com.br 15
PORTUGUÊS para concursos – MÓDULO 1 | prof. mazziotti
I. AS REGRAS FUNDAMENTAIS OU GERAIS
Temos as seguintes regras gerais, cada uma correspondendo a uma única regra:
a) regra geral dos monossílabos tônicos: acentuam-se todos os monossílabos tônicos terminados em -a, -e ou -o, seguidos
ou não de -s. Assim: pá(s), pé(s) e pó(s) obedecem à mesma regra de acentuação gráfica, a regra geral dos monossílabos
tônicos.
b) regra geral dos oxítonos: acentuam-se todos os oxítonos terminados em -a, -e, -o, seguidos ou não de –s e, ainda, -em, -
ens. Assim: cajá(s), acarajé(s), cipó(s), armazém e parabéns obedecem à mesma regra de acentuação gráfica, a regra geral
dos oxítonos.
c) regra geral dos paroxítonos: acentuam-se todos os paroxítonos terminados em -i(s), -u(s), -ã(s), -ão(s), -l, -n, -r, -x, -um (-
uns), -ps e ditongo gráfico. Assim: táxi(s), bônus, órfã(s), órfão(s), fácil, hífen (mas hifens), revólver, fênix, álbum, álbuns, bíceps,
pônei e árduo obedecem à mesma regra de acentuação gráfica, a regra geral dos paroxítonos.
Não levam acento os prefixos paroxítonos terminados em –r e –i: inter-helênico, super-homem, semi-histórico.
d) regra geral dos proparoxítonos: todas as palavras proparoxítonas devem receber acento gráfico. Assim: África, lâmpada
e pudéssemos obedecem à mesma regra de acentuação gráfica, a regra geral dos proparoxítonos.
PROPAROXÍTONOS EVENTUAIS - Bechara (p. 63) explica que os encontros -ia, -ie, -io, -ua, -ue, -uo finais átonos, seguidos ou
não de -s, classificam-se quer como ditongo, quer como hiatos, uma vez que ambas as emissões existem no domínio da Língua
Portuguesa: his-tó-ria e his-tó-ri-a; sé-rie e sé-ri-e; pá-tio e pá-ti-o; ár-dua e ár-du-a; tê-nue e tê-nu-e; vá-cuo e vá-cu-o.
Luft (p. 2; 34) acrescenta, ainda, os encontros -ea (ré-dea e ré-de-a), -eo (ó-leo e ó-le-o) e -oa (má-goa e má-go-a).
É por essa razão que Bechara (2003:92) registra, entre outros exemplos de ditongo crescente, barbárie como palavra
proparoxítona.
OBS.: em palavras diminutivas, como pasteizinhos, chapeuzinho, e heroizinho, a tonicidade recai sobre a sílaba zi.
Mantivemos aqui os ditongos abertos éi, éu e ói entre as regras especiais, embora, com a nova norma, não passem de
terminações das regras gerais dos monossílabos tônicos e oxítonos.
i e u hiatos
Recebem acento agudo o i e o u, quando representam a segunda vogal tônica de um hiato, desde que isolados na sílaba ou
acompanhados de s, e não seguidos de nh ou repetidas: sa-ú-de, vi-ú-va, sa-í-da, ca-í-do, fa-ís-ca, a-í, Grã-já-ú, ra-í-zes; mas pro-i-bi-
do, ra-iz, pa-ul, ru-im, ru-ins, ra-i-nha, mo-i-nho, man-dri-i-ce, va-di-i-ce, xi-i-ta (mas friíssimo, proparoxítona), su-cu-u-ba..
Conforme o Novo Acordo Ortográfico, obrigatório desde 2016, não se acentuam o –i e o –u tônicos das palavras
paroxítonas quando precedidas de ditongo: feiura, feiume, baiuca, boiuna.
www.mazziotti.com.br 16
PORTUGUÊS para concursos – MÓDULO 1 | prof. mazziotti
a) quando terminam em – em (monossílabos)
OBS.: Pelo último exemplo, vemos que se o verbo estiver no futuro poderá haver dois acentos gráficos: amá-lo-íeis, pô-
lo-ás, fá-lo-íamos.
ORTOÉPIA OU ORTOEPIA
Já dissemos aqui que a Ortoépia é a parte da fonologia que trata da correta pronúncia dos fonemas. Todavia, valem ainda
algumas considerações dentro do estudo da acentuação em Língua Portuguesa (conforme Bechara):
Vogais – Quanto à emissão das vogais, na pronúncia normal brasileira observemos que:
a) Soam muitas vezes como nasais as vogais seguidas de m, n, e principalmente nh: cama, cana, banha.
b) Soam quase sempre como orais as vogais precedidas de m, n, nh: mata, nata, companhia. Assim não tem razão linguística
a pronúncia nasalada do mas /mãs/. Entretanto, mui e muito se proferem /mữi/, /mữito/.
c) u depois de g ou q ora é componente de dígrafo (e aí não se pronuncia, a exemplo de quilo) ora é vogal ou semivogal (e
aí se profere, a exemplo de averigue e tranquilo).
É facultativo pronunciá-lo em: antiguidade, sanguíneo, sanguinário, sanguinoso, antiquíssimo, equidade, equivalente,
equivaler, liquidação, liquidar, líquido, liquidificador e retorquir.
• É recomendado o timbre aberto para o e em: acerbo (= azedo), badejo, blefe, cervo, coeso, coevo, obsoleto.
• Tem timbre fechado o e de: cerda, destra, esmero, ginete, grumete, quibebe, reses.
• Tem timbre aberto o o tônico de: coldre, dolo, fórum, molho (= feixe), probo, tropo.
• Tem timbre fechado o o tônico de: alforje, corça, filantropo, foro, misantropo, odre, torpe.
OBS.: Têm aberto ou fechado: ciclope, ileso, acervo, topete, loto, centopeia, colmeia, algoz, bofete.
Consoantes - Quanto à emissão das consoantes, na pronúncia normal brasileira observemos que:
Nem sempre formam grupos articulados as consonâncias bl e br: Nalguns casos o l e o r se pronunciam separadamente, e
a isso se atenderá na partição do vocábulo: sub-li-nhar, sub-li-mi-nar, sub-lin-gual, sub-ro-gar, ab-ro-gar, ab-rup-to.
Consonate às Instruções para a Organização do Vocabulário Ortográfico da Língua Nacional, o “x” continua a escrever-se com
seus 5 (cinco) valores, bem como nos casos em que pode ser mudo, qual em exceto, excerto. Tem, pois, o som de:
www.mazziotti.com.br 17
PORTUGUÊS para concursos – MÓDULO 1 | prof. mazziotti
1ª) ch, no princípio e no interior de muitas palavras: xarope, xairel, xerife, xícara, ameixa; enxoval, peixe etc.
2ª) cs (/ks/, grifo meu), no meio e no fim de várias palavras: anexo, bórax, complexidade, convexo, dúplex, látex, léxico, sílex
etc.
3ª) z, quando ocorre no prefixo exo, ou ex seguido de vogal: exame, êxito, êxodo, exosmose, exotérmico, inexorável etc.
4ª) ss, (/s/, grifo meu): aproximar, auxiliar, máximo, , proximidade, sintaxe etc.
5ª) s final de sílaba: contexto, pretextar, sexto, textual, fênix, cálix, Félix, a flux etc.
Os verbos do tipo aguar, apaniguar, apaziguar, apropinquar, averiguar, desaguar, enxaguar, obliquar, delinquir e afins, por
oferecerem dois paradigmas, ou têm as formas rizotônicas igualmente acentuadas no u mas sem marca gráfica (a exemplo de
averiguo, averiguas, averigua, averiguam; averigue, averigues, averigue, averiguem; enxaguo, enxaguas, enxagua, enxaguam;
enxague, enxagues, enxague, enxaguem; delinquo, delinques, delinque, delinquem) ou têm as formas rizotônicas acentuadas
fônica e graficamente nas vogais a ou i radicais (a exemplo de averíguo, averíguas, averígua, averíguam; averígue, averígues,
averígue, averíguem; enxáguo, enxáguas, enxágua, enxáguam; enxágue, enxágues, enxágue, enxáguem; delínquo, delínques,
delínque, delínquem; delínqua, delínquas, delínqua, delínquam).
A SÍLABA TÔNICA NOS VERBOS – FORMAS RIZOTÔNICAS E ARRIZOTÔNICAS
RIZOTÔNICA é a forma verbal cuja sílaba tônica se acha numa das sílabas do radical: quero, canta, vendem.
ARRIZOTÔNICA é a forma verbal cuja sílaba tônica se acha fora do radical: queremos, cantais, vendido.
Atividades de fixação
1. A presença do acento gráfico em “polícia”, “substituí-lo” e “derrotá-lo”, justifica-se pelas mesmas regras de, respectivamente:
obs.: o acento, quando existente, foi intencionalmente omitido.
a) ausencia, Itau, da
b) comunitaria, ele influi, eu influi
c) biceps, viuva, xodo
d) torax, argui-lo, cafe
e) amavel, Grajau, da (verbo)
5. A presença do acento gráfico em “tínhamos”, “Luís”, “copiá-lo” e “órgão” justifica-se pelas mesmas regras de, respectivamente:
a) caracteres, assembleia, balaustre, bisturi
b) tumulo, Itau, parabens, polen
c) rubrica, feiura, medi-la, historia
d) exito, ventoinha, odio, incendio
e) interim, bauzinho, mare, calvicie
www.mazziotti.com.br 18
PORTUGUÊS para concursos – MÓDULO 1 | prof. mazziotti
6. Analise as afirmativas abaixo:
I. No vocábulo “ruim” há um hiato.
II. É facultativo pronunciar-se o “u” depois do “g” na palavra “antiguidade”.
III. “X” soa “ks” nas palavras “tóxico”, “asfixia”, “intoxicar”.
IV. São proparoxítonas: “caracteres”, “edito” (lei, decreto), “filantropo”.
10. (CURSO MAZZIOTTI) Assinale a opção em que a palavra deve ser obrigatoriamente acentuada (acento gráfico):
a) historia
b) amem
c) ate
d) biquini
e) providencia
www.mazziotti.com.br 19
PORTUGUÊS para concursos – MÓDULO 1 | prof. mazziotti
Aprofundamento
Julgue o próximo item, a respeito das ideias e estruturas linguísticas do texto.
A revolução digital está relacionada à nossa capacidade de reconhecer determinadas informações e delas dispor, bem como
de agir procurando a compreensão simples de fenômenos complexos.
Afonso Vegara. Os territórios inteligentes. Internet
http://bibliotecadigital.fgv.br (com adaptações).
1. (CESPE/TELEBRÁS-2017) A palavra “está” recebe acento gráfico em decorrência da mesma regra que determina o emprego
do acento no vocábulo “três”.
( ) Certo ( ) Errado
( ) Certo ( ) Errado
O Facebook é, de longe, a maior rede da história da humanidade. Nunca existiu, antes, um lugar onde 1,4 bilhão de pessoas
se reunissem. Metade de todas as pessoas com acesso à internet, no mundo, entra no Facebook pelo menos uma vez por mês.
Em suma: é o meio de comunicação mais poderoso do nosso tempo, e tem mais alcance do que qualquer coisa que já tenha
existido. A maior parte das pessoas o adora, não consegue conceber a vida sem ele. Também pudera: o Facebook é ótimo. Nos
aproxima dos nossos amigos, ajuda a conhecer gente nova e acompanhar o que está acontecendo nos nossos grupos sociais.
Mas essa história também tem um lado ruim. Novos estudos estão mostrando que o uso frequente do Facebook nos torna mais
impulsivos, mais narcisistas, mais desatentos e menos preocupados com os sentimentos dos outros. E, de quebra, mais infelizes.
No ano passado, pesquisadores das universidades de Michigan e de Leuven (Bélgica) recrutaram 82 usuários do Facebook.
O estudo mostrou uma relação direta: quanto mais tempo a pessoa passava na rede social, mais infeliz ficava. Os cientistas não
sabem explicar o porquê, mas uma de suas hipóteses é a chamada inveja subliminar, que surge sem que a gente perceba
conscientemente. Já deve ter acontecido com você. Sabe quando você está no trabalho, e dois ou três amigos postam fotos de
viagem? Você tem a sensação de que todo mundo está de férias, ou que seus amigos viajam muito mais do que você. E fica se
sentindo um fracassado. “Como as pessoas tendem a mostrar só as coisas boas no Facebook, achamos que aquilo reflete a
totalidade da vida delas”, diz o psiquiatra Daniel Spritzer, mestre pela UFRGS e coordenador do Grupo de Estudos sobre Adições
Tecnológicas. “A pessoa não vê o quanto aquele amigo trabalhou para conseguir tirar as férias”, diz Spritzer.
E a vida em rede pode ter um efeito psicológico ainda mais assustador. Durante 30 anos, pesquisadores da Universidade
de Michigan aplicaram testes de personalidade a 14 mil universitários. O resultado: os jovens da geração atual, que cresceram
usando a internet, têm 40% menos empatia que os jovens de três décadas atrás. A explicação disso, segundo o estudo, é que
na vida online fica fácil ignorar as pessoas quando não queremos ouvir seus problemas ou críticas – e, com o tempo, esse
comportamento indiferente acaba sendo adotado também na vida offline.
Num meio competitivo, onde precisamos mostrar como estamos felizes o tempo todo, há pouco incentivo para diminuir o
ritmo e prestar atenção em alguém que precisa de ajuda. Há muito espaço, por outro lado, para o egocentrismo. Em 2012, um
estudo da Universidade de Illinois com 292 voluntários concluiu que, quanto mais amigos no Facebook uma pessoa tem, e maior
a frequência com que ela posta, mais narcisista tende a ser – e maior a chance de fazer comentários agressivos.
Esse último resultado é bem surpreendente, porque é contraintuitivo. Ora, uma pessoa que tem muitos amigos
supostamente os conquistou adotando comportamentos positivos, como modéstia e empatia. O estudo mostra que, no
Facebook, tende a ser justamente o contrário.
Adaptado de Superinteressante. Disponível em:
http://super.abril. com.br/tecnologia/o-lado-negro-do-facebook/
3. (AOCP/CDEMPA-2017) Informe se é verdadeiro (V) ou falso (F) o que se afirma a seguir e assinale a alternativa com a sequência
correta.
( ) No trecho “O resultado: os jovens da geração atual, que cresceram usando a internet, têm 40% menos empatia que os
jovens de três décadas atrás.”, a forma verbal “têm” está no plural para concordar com “os jovens de três décadas atrás”.
( ) As palavras “Bélgica” e “psicológico” acentuam-se devido à mesma regra.
( ) Em “Há muito espaço, por outro lado, para o egocentrismo”, o verbo “há” está acentuado por ser um monossílabo tônico
terminado em -a.
( ) Em “os jovens de três décadas atrás”, as palavras “três” e “atrás” acentuam-se por serem oxítonas.
a) V – V – V – V.
b) F – V – V – F.
c) F – F – V – V
d) V – F – F – V.
e) F – V – F – F.
www.mazziotti.com.br 20
PORTUGUÊS para concursos – MÓDULO 1 | prof. mazziotti
Texto para questão 4.
1 O reconhecimento e a proteção dos direitos humanos estão na base das Constituições democráticas modernas.
2 A paz, por sua vez, é o pressuposto necessário para o reconhecimento e a efetiva proteção dos direitos humanos
3 em cada Estado e no sistema internacional. Ao mesmo tempo, o processo de democratização do sistema
4 internacional, que é o caminho obrigatório para a busca do ideal da paz perpétua, não pode avançar sem uma
5 gradativa ampliação do reconhecimento e da proteção dos direitos humanos, acima de cada Estado. Direitos
6 humanos, democracia e paz são três elementos fundamentais do mesmo movimento histórico: sem direitos
7 humanos reconhecidos e protegidos, não há democracia; sem democracia, não existem as condições mínimas para
8 a solução pacífica dos conflitos. Em outras palavras, a democracia é a sociedade dos cidadãos, e os súditos se tomam
9 cidadãos quando lhes são reconhecidos alguns direitos fundamentais; haverá paz estável, uma paz que não tenha a
10 guerra como alternativa, somente quando existirem cidadãos não mais apenas deste ou daquele Estado, mas do
11 mundo.
Noberto Bobbio. A era dos Direitos. Trad. Carlos Nelson Coutinho.
Rio de Janeiro: Elsevier, 2004, p. I (com adaptações).
4. (CESPE/PMSLM-2017) Com relação aos aspectos linguísticos do texto acima, assinale a opção correta.
a) A correção gramatical do texto seria preservada se a palavra “perpétua” (l.4) fosse registrada sem o acento.
b) A forma verbal “estão” (l.1) está no plural para concordar com “direitos humanos” (l.1).
c) No texto, a palavra “Estado” refere-se às unidades federativas que constituem o Brasil.
d) A supressão da palavra “três” (l.6) preservaria a correção gramatical do texto.
e) O sentido do texto seria preservado caso a palavra “mesmo” (l.6) fosse deslocada para imediatamente depois da forma verbal
“são” (l.6).
5. (CESGRANRIO/UNIRIO-2016) Das palavras acentuadas história, camponês, construísse e impossível, quais recebem
acento em razão da mesma norma ortográfica?
a) Apenas duas, história e construísse, por serem paroxítonas terminadas em vogal.
b) Apenas duas, construísse e impossível, por terem a mesma vogal tônica
c) Três delas, história, construísse e impossível, por serem proparoxítonas
d) Apenas duas, história e camponês, por serem substantivos.
e) Nenhuma delas, pois as quatro palavras recebem acento em razão de normas ortográficas diferentes.
O museu é considerado um instrumento de neutralização – e talvez o seja de fato. Os objetos que nele se encontram
reunidos trazem o testemunho de disputas sociais, de conflitos políticos e religiosos. Muitas obras antigas celebram vitórias
militares e conquistas: a maior parte presta homenagem às potências dominantes, suas financiadoras. As obras modernas são,
mais genericamente, animadas pelo espírito crítico: elas protestam contra os fatos da realidade, os poderes, o estado das coisas.
O museu reúne todas essas manifestações de sentido oposto. Expõe tudo junto em nome de um valor que se presume
partilhado por elas: a qualidade artística. Suas diferenças funcionais, suas divergências políticas são apagadas. A violência de
que participavam, ou que combatiam, é esquecida. O museu parece assim desempenhar um papel de pacificação social. A
guerra das imagens extingue-se na pacificação dos museus.
Todos os objetos reunidos ali têm como princípio o fato de terem sido retirados de seu contexto. Desde então, dois pontos
de vista concorrentes são possíveis. De acordo com o primeiro, o museu é por excelência o lugar de advento da Arte enquanto
tal, separada de seus pretextos, libertada de suas sujeições. Para o segundo, e pela mesma razão, é um "depósito de despojos".
Por um lado, o museu facilita o acesso das obras a um status estético que as exalta. Por outro, as reduz a um destino igualmente
estético, mas, desta vez, concebido como um estado letárgico.
A colocação em museu foi descrita e denunciada frequentemente como uma desvitalização do simbólico, e a musealização
progressiva dos objetos de uso como outros tantos escândalos sucessivos. Ainda seria preciso perguntar sobre a razão do
"escândalo". Para que haja escândalo, é necessário que tenha havido atentado ao sagrado. Diante de cada crítica escandalizada
dirigida ao museu, seria interessante desvendar que valor foi previamente sacralizado. A Religião? A Arte? A singularidade
absoluta da obra? A Revolta? A Vida autêntica? A integridade do Contexto original? Estranha inversão de perspectiva. Porque,
simultaneamente, a crítica mais comum contra o museu apresenta-o como sendo, ele próprio, um órgão de sacralização. O
museu, por retirar as obras de sua origem, é realmente "o lugar simbólico onde o trabalho de abstração assume seu caráter
mais violento e mais ultrajante". Porém, esse trabalho de abstração e esse efeito de alienação operam em toda parte. É a ação
do tempo, conjugada com nossa ilusão da presença mantida e da arte conservada.
(Adaptado de: GALARD, Jean. Beleza Exorbitante. São Paulo, Fap.-Unifesp, 2012, p. 68-71)
www.mazziotti.com.br 21
PORTUGUÊS para concursos – MÓDULO 1 | prof. mazziotti
6. (FCC/TRF.3R-2016) Atente para as afirmativas abaixo.
I. Em ... presta homenagem às potências dominantes... (1° parágrafo), o sinal indicativo de crase pode ser suprimido
excluindo-se também o artigo definido, sem prejuízo para a correção.
II. O acento em "têm" (2° parágrafo) é de caráter diferencial, em razão da semelhança com a forma singular "tem ",
diferentemente do acento aplicado a "porém" (3° parágrafo), devido à tonicidade da última sílaba, terminada em
"em".
III. Os acentos nos termos "excelência" (2° parágrafo) e "necessário" (3° parágrafo) devem -se à mesma razão.
7. (CESGRANRIO/ANP-2016) Das palavras acentuadas reúne, países, águas, última e vêm, as duas que recebem acento
por seguirem a mesma norma ortográfica são:
a) águas e vêm
b) última e vêm
c) reúne e águas
d) reúne e países
e) países e última
a) A louza tradicional foi substituída por uma exposição em PowerPoint na aula que teve como expectadores uma equipe de
insígnes cientistas chineses.
b) O intuito da aula de Xiaomei consistiu em exibir as habilidades da robô, que, além de dispor de um notável repertório de
informações, traz funções de interação.
c) O evento ocorrido na Universidade Jiujiang deve sucitar não apenas a curiosidade dos sinólogos, estudiosos da cultura
chinesa, mas do publico de um modo geral.
d) Xiaomei concluiu sua aula de maneira exitosa e os cientistas julgaram que a robô não teve um mal desempenho, embora
ainda existam alguns ítens a ser aprimorados.
e) O juri de cientistas que examinaram a atuação de Xiaomei era restrito, mas, graças às redes sociais, a notícia da robô se
extendeu rapidamente pelo mundo todo.
( ) Certo ( ) Errado
10. (CESGRANRIO/Petrobrás-2015) No trecho “Em um plano, temos o tão celebrado ‘futebol-arte’ glorificado como a forma
genuína de nosso suposto estilo de jogo”, a palavra destacada é acentuada graficamente pelo mesmo motivo pelo qual
se acentua a palavra
a) além
b) declínio
c) ídolo
d) países
e) viés
www.mazziotti.com.br 22
PORTUGUÊS para concursos – MÓDULO 1 | prof. mazziotti
Emprego do hífen
Para muitos gramáticos, o emprego do hífen ainda se trata de matéria controvertida em
muitos aspectos, mesmo após a Reforma de 1990. Para facilitar sua compreensão, apresento
aqui um resumo das regras que orientam o uso do hífen com os prefixos mais comuns. As
observações a seguir referem-se ao uso do hífen em palavras formadas por prefixos ou por
elementos que podem funcionar como prefixos, como: aero, agro, além, ante, anti, aquém,
arqui, auto, circum, co, contra, eletro, entre, ex, extra, geo, hidro, hiper, infra, inter, intra, macro,
micro, mini, multi, neo, pan, pluri, proto, pós, pré, pró, pseudo, retro, semi, sobre, sub, super,
supra, tele, ultra, vice etc.
1. Com prefixos, usa-se sempre o hífen diante de palavra iniciada por h. Exemplos:
anti-higiênico
anti-histórico
co-herdeiro
macro-história
mini-hotel
proto-história
sobre-humano
super-homem
ultra-humano
Exceção: sub-, des- e in- (subumano ou sub-humano, desumano, inumano e semelhantes), nesse caso, a palavra
humano perde o h, podendo conservá-lo no primeiro caso.
2. Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal diferente da vogal com que se inicia o segundo elemento. Exemplos:
aeroespacial
agroindustrial
anteontem
antiaéreo
antieducativo
autoaprendizagem
autoescola
autoestrada
autoinstrução
coautor
coedição
extraescolar
infraestrutura
plurianual
semiaberto
semianalfabeto
semiesférico
semiopaco
Exceção: o prefixo co- aglutina-se em geral com o segundo elemento, mesmo quando este se inicia por o: coobrigar,
coobrigação, coordenar, cooperar, cooperação, cooptar, coocupante etc.
3. Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por consoante diferente de r ou s.
Exemplos:
anteprojeto
antipedagógico
autopeça
autoproteção
coprodução
geopolítica
microcomputador
pseudoprofessor
semicírculo
semideus
seminovo
ultramoderno
www.mazziotti.com.br 23
PORTUGUÊS para concursos – MÓDULO 1 | prof. mazziotti
Atenção: com o prefixo vice, usa-se sempre o hífen. Exemplos: vice-rei, vice-almirante etc.
4. Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por r ou s. Nesse caso, duplicam-se
essas letras. Exemplos:
antirrábico
antirracismo
antirreligioso
antirrugas
antissocial
biorritmo
contrarregra
contrassenso
cosseno
infrassom
microssistema
minissaia
multissecular
neorrealismo
neossimbolista
semirreta
ultrarresistente
ultrassom
5. Quando o prefixo termina por vogal, usa-se o hífen se o segundo elemento começar pela mesma vogal. Exemplos:
anti-ibérico
anti-imperialista
anti-inflacionário
anti-inflamatório
auto-observação
contra-almirante
contra-atacar
contra-ataque
micro-ondas
micro-ônibus
semi-internato
semi-interno
6. Quando o prefixo termina por consoante, usa-se o hífen se o segundo elemento começar pela mesma consoante. Exemplos:
hiper-requintado
inter-racial
inter-regional
sub-bibliotecário
super-racista
super-reacionário
super-resistente
super-romântico
Atenção:
• Nos demais casos não se usa o hífen. Exemplos: hipermercado, intermunicipal, superinteressante, superproteção.
• Com o prefixo sub, usa-se o hífen também diante de palavra iniciada por r: sub-região, sub-raça etc.
• Com os prefixos circum e pan, usa-se o hífen diante de palavra iniciada por m, n e vogal: circum-navegação, pan-americano
etc.
www.mazziotti.com.br 24
PORTUGUÊS para concursos – MÓDULO 1 | prof. mazziotti
7. Quando o prefixo termina por consoante, não se usa o hífen se o segundo elemento começar por vogal. Exemplos:
hiperacidez
hiperativo
interescolar
interestadual
interestelar
interestudantil
superamigo
superaquecimento
supereconômico
superexigente
superinteressante
superotimismo
8. Com os prefixos ex, sem, além, aquém, recém, pós, pré, pró, usa-se sempre o hífen. Exemplos:
além-mar
além-túmulo
aquém-mar
ex-aluno
ex-diretor
ex-hospedeiro
ex-prefeito
ex-presidente
pós-graduação
pré-história
pré-vestibular
pró-europeu
recém-casado
recém-nascido
sem-terra
9. Deve-se usar o hífen com os sufixos de origem tupi-guarani: açu, guaçu e mirim.
Exemplos: amoré-guaçu, anajá-mirim, capim-açu.
10. Deve-se usar o hífen para ligar duas ou mais palavras que ocasionalmente se combinam, formando não propriamente
vocábulos, mas encadeamentos vocabulares. Exemplos: ponte Rio-Niterói, eixo Rio-São Paulo.
11. Não se deve usar o hífen em certas palavras que perderam a noção de composição. Exemplos:
mandachuva
paraquedas
paraquedista
pontapé
madressilva
girassol
12. Para clareza gráfica, se no final da linha a partição de uma palavra ou combinação de palavras coincidir com o hífen, ele deve
ser repetido na linha seguinte. Exemplos:
Na cidade, conta-
-se que ele foi viajar.
O diretor recebeu os ex-
-alunos.
www.mazziotti.com.br 25
PORTUGUÊS para concursos – MÓDULO 1 | prof. mazziotti
Observação importante 1
Observação importante 2
AFRO-DESCENDENTE ou AFRODESCENDENTE?
Elementos como afro-, anglo-, euro-, franco-, indo-, luso-, sino-, quando entram na composição de adjetivos pátrios, cobram
hífen: afro-americano, afro-brasileiro, anglo-saxão, euro-asiático, franco-canadense.
No entanto, quando não formam adjetivos pátrios, eles dispensam o hífen: anglofalante, eurodeputado, francolatria, lusófono,
afrodescendente.
Resumo
Emprego do hífen com prefixos.
Regra básica
Sempre se usa o hífen diante de h: anti-higiênico, super-homem.
Outros casos
1. Prefixo terminado em vogal:
• Sem hífen diante de vogal diferente: autoescola, antiaéreo.
• Sem hífen diante de consoante diferente de r e s: anteprojeto, semicírculo.
• Sem hífen diante de r e s. Dobram-se essas letras: antirracismo, antissocial, ultrassom.
• Com hífen diante de mesma vogal: contra-ataque, micro-ondas.
www.mazziotti.com.br 26
PORTUGUÊS para concursos – MÓDULO 1 | prof. mazziotti
Observações
1. Com o prefixo sub, usa-se o hífen também diante de palavra iniciada por r sub-região, sub-raça etc. Palavras iniciadas por h
perdem essa letra e juntam-se sem hífen: subumano, subumanidade.
2. Com os prefixos circum e pan, usa-se o hífen diante de palavra iniciada por m, n e vogal: circum-navegação, pan-americano etc.
3. O prefixo co aglutina-se em geral com o segundo elemento, mesmo quando este se inicia por o: coobrigação, coordenar,
cooperar, cooperação, cooptar, coocupante etc.
4. Com o prefixo vice, usa-se sempre o hífen: vice-rei, vice-almirante etc.
5. Não se deve usar o hífen em certas palavras que perderam a noção de composição, como girassol, madressilva, mandachuva,
pontapé, paraquedas, paraquedista etc.
6. Com os prefixos ex, sem, além, aquém, recém, pós, pré, pró, usa-se sempre o hífen: ex-aluno, sem-terra, além-mar, aquém-
mar, recém-casado, pós-graduação, pré-vestibular, pró-europeu.
A implantação das regras desse Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa (1990), que passou a estar vigente no Brasil desde
janeiro de 2009, é um passo importante em direção à criação de uma ortografia unificada para o português, a ser usada por
todos os países que tenham o português como língua oficial: Portugal, Brasil, Angola, São Tomé e Príncipe, Cabo Verde, Guiné-
Bissau, Moçambique e Timor Leste.
Bibliografia
TUFANO, Douglas. Guia prático da nova ortografia. Melhoramentos: São Paulo, 2008.
Atividades de fixação
1. Empregue o hífen quando necessário:
www.mazziotti.com.br 27
PORTUGUÊS para concursos – MÓDULO 1 | prof. mazziotti
5. Assinale a opção em que pelo menos uma palavra apresenta erro de grafia:
a) hipermercado – intermunicipal – superproteção
b) anti-higiênico – coerdeiro – sobre-humano
c) super-homem – autoescola – infra-estrutura
d) infraestrutura – anteontem – autoestrada
e) semiaberto – anteontem – autoestrada
Aprofundamento
1. (TJ‐GO) Assinale a alternativa em que o hífen, conforme o novo Acordo, está sendo usado corretamente:
a) Ele fez sua auto‐crítica ontem.
b) Ela é muito mal‐educada.
c) Ele tomou um belo ponta‐pé.
d) Fui ao super‐mercado, mas não entrei.
e) Os raios infra‐vermelhos ajudam em lesões.
3. (T J‐DF) Assinale a alternativa INCORRETA quanto ao emprego do hífen, respeitando‐se o novo Acordo.
a) O semi‐analfabeto desenhou um semicírculo.
b) O meia‐direita fez um gol de sem‐pulo na semifinal do campeonato.
c) Era um sem‐vergonha, pois andava seminu.
d) O recém‐chegado veio de além‐mar.
e) O vice‐reitor está em estado pós‐operatório.
www.mazziotti.com.br 28
PORTUGUÊS para concursos – MÓDULO 1 | prof. mazziotti
4. (ITA) Segundo o novo Acordo, entre as palavras pão duro (avarento), copo de leite (planta) e pé de moleque (doce) o hífen é
obrigatório:
a) em nenhuma delas.
b) na segunda palavra.
c) na terceira palavra.
d) em todas as palavras.
e) na primeira e na segunda palavra.
5. (TRE‐PE) Fez um esforço _____ para vencer o campeonato _____. Qual a alternativa completa corretamente as lacunas?
a) sobreumano ‐ interregional
b) sobrehumano ‐ interregional
c) sobre‐humano ‐ inter‐regional
d) sobrehumano ‐ inter‐regional
e) sobre‐humano ‐ interegional
6 . (IMA‐MG) Suponha que você tenha que agregar o prefixo sub‐ às palavras que aparecem nas alternativas a seguir. Assinale
aquela que tem de ser escrita com hífen:
a) (sub) chefe
b) (sub) entender
c) (sub) solo
d) (sub) reptício
e) (sub) liminar
9. (AMAN) Uma das alternativas abaixo apresenta incorreção quanto ao emprego do hífen. Assinale-a.
a) O pseudo‐h ermafrodita não tinha infraestrutura para relacionamento extraconjugal.
b) Era extraoficial a notícia da vinda de um extraterreno.
c) Ele estudou línguas neolatinas nas colônias ultramarinas.
d) O anti‐semita tomou um anti‐biótico e vacina antirrábica.
e) Era um suboficial de uma superpotência.
10. (NCE‐UFRJ) Assinale a alternativa em que ocorre erro quanto ao emprego do hífen.
a) Foi iniciada a campanha pró‐leite.
b) O ex‐aluno fez a sua autodefesa.
c) O contrarregra comeu um contra‐filé.
d) Sua vida é um verdadeiro contrassenso.
e) O meia‐direita deu início ao contra‐ataque.
www.mazziotti.com.br 29
PORTUGUÊS para concursos – MÓDULO 1 | prof. mazziotti
Ortografia
(Regras de escrita)
Etimologia: orto (do grego): correto. A ortografia é a parte da gramática normativa que se ocupa com a prescrição da correta
escrita das palavras.
O alfabeto da língua portuguesa compõe-se de 26 letras. Como já vimos anteriormente, as letras K, W e Y passaram a fazer
parte do alfabeto a partir da Reforma Ortográfica em vigor, de forma obrigatória, desde 2016.
I. Emprego do
S
1) Deve-se grafar com a letra S nomes relacionados a verbos cujos radicais terminem em:
a) ND:
espaNDir espanSão
asceNDer ascenSão
preNDer priSão
compreeNDer compreenSão
confuNDir confuSão
preteNDer pretenSão
Obs: é importante notar que as palavras derivadas devem ser escritas com a mesma letra da palavra primitiva.
Ex: PRISÃO→ prisioneiro, aprisionar, preso.
b) RT:
diveRTir diverSão
conveRTer converSão
subveRTer subverSivo
inveRter inverSão
diveRTir diverSão
c) RQ:
extorQUir extorSão
d) RG:
emeRGir emerSão
submeRGir submerSão
e) PEL:
comPELir compulSão
imPELir impulSão
rePELir repulSa
exPELir expulSar
www.mazziotti.com.br 30
PORTUGUÊS para concursos – MÓDULO 1 | prof. mazziotti
f) DIR:
diviDIR diviSão
coliDIR coliSão
deciDIR deciSão
InvaDIR invaSão
g) CORR:
disCORRer discurSo
perCORRer percurSo
transCORRer transcurso
2) Escrevem-se com S todas as palavras terminadas em -OSO e -OSA, com exceção de gozo:
gostOSA saborOSO
glamorOSA horrorOSO
3) Grafam-se com S todas as palavras terminadas em -ASE, -ESE, -ISE e -OSE, com exceção de gaze e deslize:
fASE frASE tESE tmESE
crASE bASE osmOSE glicOSE
5) Escrevem-se com S toda a conjugação dos verbos pôr, querer e usar. Ex:
Eu pus, quisera Eles quiseram
Ele quis, usara Quando quisermos
Nós usamos, pusemos Se eles usassem
7) Usa-se o S nos diminutivos cujo radical termine em -s: Luisinho, Teresinha, Rosinha etc.
8) Usa-se o S após DITONGO:
Ex: pouSo, coiSa, louSa, maiSena, SouSa, NeuSa, MoiSés.
11) Grafam-se com S todas as palavras iniciadas por CA, CE, DE, LE, RE:
Ex: CAsar, CÉsio, CEsura, DEsistir, DEsinteresse, LEsar, REsistência, REsistir.
12) Grafam-se com S todas as palavras iniciadas por BA, BE, BI.
Ex: BAse, BAsilar, BÁsico, BEsuntar, BEsouro, BIsar, Bisonho.
Exceção: Bezerro, BAzar.
A história sem-graça do S:
Um freguês que era marquês falava português. Namorava uma princesa que era poetisa e que comia calabresa. Fez uma
experiência de uma fase que por catálise fez osmose. Quis, pôs e usou o “s” para avisar que suas qualidades eram: ser
bondoso, piedoso, mas horroroso. Deu uma pausa e escreveu no percurso da lousa como diversão.
www.mazziotti.com.br 31
PORTUGUÊS para concursos – MÓDULO 1 | prof. mazziotti
II. Emprego do
Z
1) Escreveremos com Z as palavras terminadas em -EZ e -EZA, substantivos abstratos que provêm de adjetivos, ou seja,
palavras que indicam a existência de uma qualidade:
3) Escreveremos com Z os diminutivos terminados em -ZINHO e -ZITO, quando a palavra primitiva não possuir -s- no final do
radical:
Ex: mulherzinha, arvorezinha, alemãozinho, aviãozinho, pincelzinho, corzinha.
5) Deve-se escrever com Z a terminação TRIZ, quando for formadora de palavra feminina:
ator → aTRIZ imperador → ImperaTRIZ
motor → moTRIZ locomotor → locomoTRIZ
8) Escreveremos com Z os verbos terminados em -IZAR, quando a palavra primitiva não possuir IS.
História sem-graça do Z
Era uma vez dois substantivos abstratos, o ez e a eza. Eles moravam na realeza. Tinham muitos adjetivos, mas viviam na
pobreza, na escassez e na invalidez. Um dia decidiram fertilizar um lindo verbo terminado em -izar. Seu sobrenome era Cruz,
acabava com Z, e seu apelido foi Cruzeiro.
OBS:
NA DÚVIDA ENTRE O EMPREGO DE S OU Z
1) As palavras paroxítonas e proparoxítonas devem ser grafadas com terminação S e NÃO Z.
Ex: ÁvareS, simpleS, oásiS, pireS, lápiS,
2) Quando a palavra se inicia por vogal, e o fonema está intervocálico, ocorre o seguinte:
a Z e X iS u S
aZeite eXato Isabel uSar
aZoto eXercício iSenção uSe
aZimute eXibição iSonomia uSina
aZucrinar eXortar iSolar uSura
EXCEÇÕES:
aSa eSôfago
ÁSia eSotérico
aSilo
www.mazziotti.com.br 32
PORTUGUÊS para concursos – MÓDULO 1 | prof. mazziotti
NA DÚVIDA ENTRE O EMPREGO DE IZAR E ISAR
Regra geral: -IZAR é sufixo, mas ISAR, não! Nesse último caso o sufixo é apenas -AR, já que as letras IS pertencem ao radical:
alisar = a + liso + ar.
I) Se a palavra primitiva terminar em IS, a derivada terminará em ISAR:
Ex: bIS / bISAR
II) Somente 6 (seis) palavras terminam em IZ e dão origem a verbos terminados em IZAR. Estas palavras podem ser
memorizadas através do macete:
Ju Ra Ci Ve Ma Gi
Juiz ajuIZAR
Raiz enraIZAR
Cicatriz cicatrIZAR
Verniz envernIZAR
Matiz matIZAR
Giz gIZAR
Obs:
Note que existem outras palavras terminadas em IZ: feliZ, motriZ, perdiZ, nariZ etc. Todavia essas palavras não interessam
porque elas não dão origem a verbos terminados em IZAR. Não existem, por exemplo, os verbos felizar, narizar etc.
III) É evidente que as palavras em língua portuguesa não terminam apenas em IS ou IZ. É possível separar em dois grupos a
terminação das palavras da língua materna: ou terminam em consoantes, ou terminam em vogal. Daí é possível extrair duas
regras:
2) Se a palavra terminar em vogal, procederemos assim: apagaremos essa letra final da palavra. Neste caso estaremos recaindo
nas regras anteriores:
Obs: existem apenas 4 (quatro) palavras terminadas em vogal e que exigem a terminação IZ quando perdem essa letra
final. Essas quatro palavras podem ser memorizadas pelo macete:
O Ba Gra De
Ojeriz[a] → ojerIZAR
Baliz[a] → balIZAR
Graniz[o] → granIZAR
Desliz[e] → deslIZAR
b) se aparecer uma consoante após ter sido eliminada a vogal final, devemos escrever IZAR:
profet[a] → profetIZAR
amen[o] → amenIZAR
www.mazziotti.com.br 33
PORTUGUÊS para concursos – MÓDULO 1 | prof. mazziotti
IV) Conclui-se, portanto, que se não aparecer a terminação IS na palavra, escreveremos IZAR mesmo que apareça a letra S
seguida de outra vogal:
síntes[e] → sintetIZAR
cateques[e] → catequIZAR
hipnos[e] → hipnotIZAR
batism[o] → batIZAR
III. Emprego do
SS
1) Deve-se grafar com SS as palavras que sejam derivadas de verbos os quais contenham os seguintes grupos de letras:
a) GRED
reGREDir regreSSo
proGREDir progreSSista
aGREDir agreSSão
b) TIR
discuTIR discuSSão
demiTIR demiSSão
omiTIR omiSSão
permiTIR permiSSão
Obs:
01) Escreve-se com -ÇÃO, se apenas retirarmos a desinência de infinitivo -r, dos verbos terminados em -Tir.
Exemplo: curTIR – R + ção = curtição
02) Escreve-se com -SÃO quando, ao retirarmos toda a terminação -tir, a última letra for consoante.
Exemplo: diverTIR - TIR + são = diversão
03) Escreve-se com -SSÃO, quando, ao retirarmos toda a terminação -tir, a última letra for vogal.
Exemplo: discuTIR - TIR + ssão = discussão
c) CED
interCEDer interceSSão
proCEDer proceSSo
exCEDer exceSSo
suCEDer suceSSão
d) MET
reMETer remeSSa
proMETer promeSSa
introMETer intromiSSão
comproMETer compromiSSo
e) MIR
impriMIR impreSSão
opriMIR opreSSão
repriMIR repreSSão
a) FO
Ex: foSSA, fóSSil, foSSo.
Exceção: foCinho (e derivados)
b) MI
Ex: miSSa, miSSão, miSSionário, míSSil, miSSiva.
Exceção: miÇanga
www.mazziotti.com.br 34
PORTUGUÊS para concursos – MÓDULO 1 | prof. mazziotti
c) DI
Ex: diSSuadir, diSSílabo, diSSidência, diSSabor, diSSecar, diSSertar, diSSimular.
Exceção: diCionário (e derivados)
3) A terminação do superlativo do absoluto sintético dos adjetivos deve se grafada com SS.
Ex: fraquíSSimo, friíSSimo, belíSSima.
IV. Emprego do
Ç
1) Escreveremos com -Ç- as palavras derivadas de vocábulos terminados em:
a) -TO
intuiTO intuiÇão
atenTO atenÇão
exceTO exceÇão
ereTO ereÇão
maldiTO maldiÇão
b) TOR
redenTOr redenÇão
seTOr seÇão
redaTOR redaÇão
c) -TER
deTER detenÇão
reTER retenÇão
manTER manutenÇão
absTER abstenÇão
obTER obtenÇão
d) -DUZIR
introDUZIR introduÇão
conDUZIR conduÇão
redenTOr redenÇão
reDUZIR reduÇão
2) Grafam-se com -Ç- os substantivos formados pela posposição do -ÇÃO ao tema de um verbo.
Ex:
educar - r + ção = educaÇão
exportar - r + ção = exportaÇão
repartir - r + ção = repartiÇão
conceber –r +ção = concepÇão
6) Só se emprega o -Ç- se a letra seguinte for A, O ou U, portanto não se usa Ç quando a vogal seguinte for a letra E ou I. Nesses
casos, se alguma palavra for derivada de alguma outra com Ç, devemos usar a letra C.
Ex: traÇo → traCinho
traÇar → traCeis
raÇudo → raCista
www.mazziotti.com.br 35
PORTUGUÊS para concursos – MÓDULO 1 | prof. mazziotti
7) Todo substantivo feminino que não tenha masculino deve ser escrito com -Ç-.
Ex: raÇa, praÇa, lanÇa, balanÇa, crenÇa, graÇa, peÇa, tranÇa, pinÇa, geringonÇa etc.
Exceções: meliSSa, alvíSSaras, boSSA, preSSa, maSSa.
8) Em língua portuguesa não existe a terminação -ÇOR. Nesse caso usa-se S ou SS.
Ex: profeSSOR, defenSOR, asseSSOR, suceSSOR, confeSSOR, tenSOR etc.
10) Deve-se grafar com -Ç- todas as palavras ligadas a verbos que contenham os seguintes grupos de letras: -TRAIR, -REVER, -
CIONAR, -CEBER, -ZER, -GIR, -TRUIR, -UZIR, OLV. Ex:
disTRAIR distraÇão
insCREVER inscriÇão
recepCIONAR recepÇão
perCEBER percepÇão
contradiZER contradiÇão
corriGIR correÇão
obsTRUIR obstruÇão
sedUZIR seduÇão
dissOLVer dissoluÇão
V. Emprego do
X
01) Escreveremos com X as palavras iniciadas por ME- e MI-, com exceção de mecha e mechoação (planta).
Ex: MExilhão, MExer, MExerica, MÉxico, MExerico, MExido, MIxaria, MIxórdia, MIxuruca.
02) Escreveremos com X as palavras iniciadas por EN-, com exceção das derivadas de vocábulos iniciados por CH- e da palavra
enchova.
Ex: ENxada, ENxerto, ENxerido, ENxurrada, mas:
cheio enCHer, enCHente
charco enCHarcar
chiqueiro enCHiqueirar
03) Escreveremos X após ditongo, com exceção de caucho e derivados (recauchutar) e guache.
Ex: ameiXa, deiXar, queiXa, feiXe, peiXe, gueiXa .
PARA RELEMBRAR:
Usa-se a letra X para representar o som de SS (sintaxe), CH (xarope), Z (exame) e CS (tóxico).
A letra X pode formar dígrafo com a letra C e com a letra S: excitar, excessivo, exsudar etc.
www.mazziotti.com.br 36
PORTUGUÊS para concursos – MÓDULO 1 | prof. mazziotti
e) X sem valor fonético: exceção, excedente, excêntrico, inexcedível.
I. Emprego do
G
01) Escrevem-se com G todas as palavras terminadas em -ÁGIO, -ÉGIO, -ÍGIO, -ÓGIO, -ÚGIO. Ex: pedÁGIO, colÉGIO,
sacrilÉGIO, prestÍGIO, relÓGIO, refÚGIO.
02) Escrevem-se com G todas as palavras terminadas em -GEM, com exceção de pajem, lambujem e a conjugação dos
verbos terminados em -JAR.
Ex: a viaGEM, a coraGEM, a personaGEM, a ferruGEM, a penuGEM.
VII. Emprego do
J
01) Escrevem-se com J as palavras derivadas dos verbos terminados em -JAR.
Ex: trajar = traje, eu trajei.
encorajar = que eles encorajem
viajar = que eles viajem
VIII. Emprego do
E, EI
Estas palavras são escritas com E: prazerosamente, bandeja, azulejo, enfear, gargarejo, varejo, caranguejo, frear, prazeroso
etc
Estas são escritas com EI: peixe, manteiga, freio, aleijado, beiço, cabeleireiro, madeireira, peneira, ameixa, beijo, feioso,
maneira, queijo etc.
IX. Emprego do
U, O
Escrevem-se com O: abolir, bolacha, botequim, bússola, costume, fosquinha, goela, molambo, nódoa, óbolo, polenta, polia,
polir, tossir, poleiro, goela, moleque, mocambo, mosquito etc.
Escreve-se com U: bueiro, buliçoso, bulir, burburinho, cumbuca, curtume, entupir, léu, jabuticaba, jabuticabal, lóbulo,
míngua, tabuada, urtiga, tábua, rebuliço etc.
www.mazziotti.com.br 37
PORTUGUÊS para concursos – MÓDULO 1 | prof. mazziotti
Obs:
Em algumas palavras, os ditongos OU e OI podem ser utilizados indistintamente: agouro/agoiro; cousa/coisa;
dourado/doirado; louro/loiro; ouro/oiro.
X. Emprego de
UIR, OER
Os verbos terminados em -UIR e -OER terão as 2ª e 3ª pessoas do singular do Presente do Indicativo escritas com -i-.
Ex:
tu possuis tu móis
ele possui ele mói
tu constróis tu róis
ele constrói ele rói
X. Emprego de
UAR, OAR
Os verbos terminados em -UAR e -OAR terão todas as pessoas do Presente do Subjuntivo escritas com -E-.
Ex:
Que eu efetue Que nós atenuemos
Que tu efetues Que vós entoeis
Que ele atenue Que eles entoem
✓ flecha, piche, pichação, chafariz, chácara (quinta), charque, chocalho, chávena, chulo, chacina, chalé, charada, chita.
✓ tigela, girino, a viagem, gengibre, gengiva, gironda, aragem, gesto, gergelim, megera, gerânio, girândola, ABORÍGINES, ginete.
✓ berinjela, jiló, sarjeta, gorjeta, cafajeste, jeito, pajé, pajem, lambujem, alfanje, ojeriza, jenipapo, jegue, jerimum, jiboia, jérsei.
✓ destilar, prevenir, dessecar (enxugar), delatar (denunciar), continue, continues, efetues, efetue, abençoes.
É importante ressaltar ainda que alguns concursos têm cobrado em suas questões de ortografia o conteúdo geralmente
atribuído ao estudo da Semântica. Tal fato é possível e sensato, haja vista que a semântica também aborda aspectos da grafia.
Atividades de fixação
1) Escreva o h nos parênteses quando necessário:
2) Preencha com S ou Z:
fluide__ anali__ar amorti__ar
www.mazziotti.com.br 38
PORTUGUÊS para concursos – MÓDULO 1 | prof. mazziotti
avi__ar revi__ar mesquinhe__
3) Complete com C, Ç, SS ou S:
preten__ão submer__ão inver__ão
www.mazziotti.com.br 39
PORTUGUÊS para concursos – MÓDULO 1 | prof. mazziotti
Aprendizagem
1. Assinale a alternativa em que NÃO há erro ortográfico.
a) A greve paralisou o trânsito do centro da cidade.
b) O objetivo dos jesuítas, ao virem para o Brasil, era catequisar os índios.
c) Devemos analizar este problema com cautela.
d) Talvez a canalisação daquele rio seja feita ainda este ano.
4. (EEAr) Qual alternativa contém um período com todas as palavras corretamente grafadas?
a) Estava a dois passos daquele paraíso de águas e dunas, mais o destino me pregou uma peça impedindo-me de desfrutá-lo.
b) Não há mau que sempre dure, assim como não há bem que nunca acabe.
c) Não faça mais nada se não estudar, porque é a única forma de correr atraz dos seus sonhos.
d) Há cerca de quinhentos anos, colonizadores portugueses aqui aportaram, não se sabe bem por quê.
5. (EEAr) Complete os espaços dos períodos abaixo, verificando a grafia correta das palavras. A seguir, assinale a alternativa que
as apresenta na sequência.
I- Como você quer que eu o ajude, se suas opiniões vêm ___________ às minhas.
II- "...era meu parente ___________, interrogou-nos de cara amarrada e mandou-nos embora."
III- "Aludia às conversas que tiveram ambos os velhos ___________ da infância dos filhos."
IV- Não perguntes a razão de meus ciúmes, pois sabes que as paixões não têm um ___________.
a) de encontro a – afim – a cerca – por quê
b) de encontro a – a fim – acerca – porquê
c) ao encontro de – afim – a cerca – por quê
d) de encontro a – afim – acerca – porquê
7. (EsAEx) A proposição cuja sequência final, com referência ao emprego das letras está correta, é:
a) si-o, incur-ão, re-ensear, e-tender (S-S-S-X)
b) sinu-ite, -irena, exce-ão, mi-anga (S-C-Ç-SS)
c) gra-a, bu-a, bu-o (estômago), -ácara (X-CH-CH-CH)
d) e-tensão, e-pectorar, -u-u, bro-a (X-X-CH-CH-X)
www.mazziotti.com.br 40
PORTUGUÊS para concursos – MÓDULO 1 | prof. mazziotti
d) paralização, paralisia, sucinto, sucitar
e) empecilho, ascensão, exceção, excesso
12. (UFF) Assinale a única frase em que todas as palavras estão grafadas corretamente, sem nenhuma letra a mais ou a menos.
a) É esta uma das nossas maiores revindicações.
b) Os nomes próprios personativos são chamados antropônimos.
c) Trata-se de uma dança bem ritimada.
d) Nós passeiamos por toda aquela belíssima região.
e) A diabetes pode ser tratada com inçulina.
13. (IBGE) Assinale a opção em que todas as palavras se completam adequadamente com a letra entre parênteses:
a) en.....aguar / pi.....e / mi.....to (x)
b) exce.....ão / Suí.....a / ma.....arico (ç)
c) mon.....e / su.....estão / re.....eitar (g)
d) búss.....la / eng.....lir / ch.....visco (u)
e) .....mpecilho / pr.....vilégio / s.....lvícola (i)
www.mazziotti.com.br 41
PORTUGUÊS para concursos – MÓDULO 1 | prof. mazziotti
19. Aponte a alternativa em que há um vocábulo mal grafado:
a) quiser, puser, rasurar c) jeito, viagem, sujeira
b) talvez, extensão, ocioso d) amortizar, pesquizar, avalizar
Aprofundamento
Na Idade Média, durante o período feudal, o príncipe era detentor de um poder conhecido como jus politiae — direito de polícia que
designava tudo o que era necessário à boa ordem da sociedade civil sob a autoridade do Estado, em contraposição à boa ordem moral e
religiosa, de competência exclusiva da autoridade eclesiástica.
Atualmente, no Brasil, por meio da Constituição Federal de 1988, das leis e de outros atos normativos, é conferida aos cidadãos uma
série de direitos, entre os quais os direitos à liberdade e à propriedade, cujo exercício deve ser compatível com o bem-estar social e com
as normas de direito público. Para tanto, essas normas especificam limitações administrativas à liberdade e à propriedade, de modo que,
a cada restrição de direito individual — expressa ou implícita na norma legal corresponde equivalente poder de polícia administrativa à
administração pública, para torná-la efetiva e fazê-la obedecida por todos.
Internet: www.ambito-juridico.com.br (com adaptações)
1. (CESPE/PCGO-2016) Quanto aos termos empregados no texto acima, às ideias nele contidas e à ortografia oficial da língua
portuguesa, assinale a opção correta.
a) O sentido original do texto seria preservado e as normas da ortografia oficial da língua portuguesa seriam respeitadas caso se
substituísse o trecho “é conferida aos cidadãos uma série de direitos” (l.5) por aos cidadões confere-se muitos direitos.
b) O emprego do hífen no vocábulo “bem-estar” justifica-se pela mesma regra ortográfica que justifica a grafia do antônimo desse
vocábulo: mal-estar.
c) As formas verbais “torná-la” e “fazê-la” (l. 8) recebem acentuação gráfica porque se devem acentuar todas as formas verbais
combinadas a pronome enclítico.
d) A mesma regra de acentuação justifica o emprego de acento em “à” (l.2) e “é” (l.4).
e) O vocábulo “período” é acentuado em razão da regra que determina que se acentuem palavras paroxítonas com vogal tônica i
formadora de hiato.
www.mazziotti.com.br 42
PORTUGUÊS para concursos – MÓDULO 1 | prof. mazziotti
5. (CESGRANRIO/UNIRIO-2016) Assim como “análise”, também se escreve corretamente com s o substantivo
a) valise b) linse
c) esato d) maselas
e) cansela
8. (FAPEC/PMRP-2015) Assinale a opção em que haja uma palavra que, conforme definiu o Acordo
Ortográfico, admite dupla grafia.
a) vaivém b) saúde c) carboidrato
d) paradigmas e) bom senso
✓ Porquê
Com essa grafia, trata-se de um substantivo, por isso somente poderá ser utilizado quando for precedido de artigo (o, os),
pronome adjetivo (meu(s), este(s), esse(s), aquele(s), quantos(s)...) ou numeral (um, dois, três, quatro)
Ex:
• Ninguém entende o porquê de tanto alvoroço.
• Este porquê é um substantivo.
• Quantos porquês existem na Língua Portuguesa?
• Existem quatro porquês.
✓ Por quê
É empregado no final de frases (principalmente interrogativas) ou ainda isolado
na frase. Note que sempre que a palavra que estiver em final de frase, deverá
receber acento, não importando qual seja o elemento que surja antes dela.
Ex:
• Ela não me ligou e nem disse por quê.
• Você está rindo de quê?
• Você veio aqui para quê?
• Ela disse que todos desistiram da competição. Por quê?
✓ Por que
Usa-se por que, quando houver a junção da preposição por com o pronome interrogativo que ou com o pronome relativo que.
Para facilitar, dizemos que se pode substituí-lo por por qual razão, pelo qual, pela qual, pelos quais, pelas quais, por qual.
Ex:
• Por que não me disse a verdade? = por qual razão
• Gostaria de saber por que não me disse a verdade. = por qual razão
• As causas por que discuti com ele são diversas. = pelas quais
• Ester é a mulher por que vivo. = pela qual
✓ Porque
É uma conjunção subordinativa causal ou conjunção subordinativa final ou conjunção coordenativa explicativa, portanto
estará ligando duas orações, indicando causa, explicação ou finalidade. Para facilitar, dizemos que se pode substituí-lo por já
que, pois ou a fim de que.
Ex:
• Não saí de casa, porque estava gripado. = já que
• É uma conjunção, porque liga duas orações. = pois
• Estudem, porque aprendam. = a fim de que
www.mazziotti.com.br 43
PORTUGUÊS para concursos – MÓDULO 1 | prof. mazziotti
3. MAL e MAU
• Mal é advérbio, antônimo de "bem".
• Mau é adjetivo, antônimo de "bom"
Ex. Ele é um homem mau (não é bom); só pratica o mal (e não o bem).
• Mal também é substantivo, podendo significar "doença, moléstia, aquilo que é
prejudicial ou nocivo" Ex.: O mal da sociedade moderna é a violência urbana.
4. A PAR e AO PAR:
• A par é usado, no sentido de "estar bem informado", ter conhecimento".
• Ao par só é usado para indicar equivalência entre valores cambiais.
Ex.: Estou a par de todos os acontecimentos.
O real está ao par do dólar.
5. AO ENCONTRO DE e DE ENCONTRO A:
• Ao encontro de indica "ser favorável a", "ter posição convergente" ou "aproximar-se de".
• De encontro a indica oposição, choque, colisão.
Ex.: Suas ideias vêm ao encontro das minhas, mas suas ações vão de encontro ao nosso acordo. (Suas
ideias são tais quais as minhas, mas suas ações são contrárias ao nosso acordo)
6. HÁ e A na expressão de tempo:
• Há é usado para indicar tempo passado.
• A é usado para indicar tempo futuro.
Ex.: Ele partiu há duas semanas.
Estamos a dois dias das eleições.
9. SENÃO e SE NÃO:
• Senão significa "caso contrário, a não ser".
• Se não ocorre em orações subordinadas adverbiais condicionais; equivale a "caso não".
Ex.: Nada fazia senão reclamar.
Estude bastante, senão não sairá sábado à noite.
Se não estudar, não sairá sábado à noite.
www.mazziotti.com.br 44
PORTUGUÊS para concursos – MÓDULO 1 | prof. mazziotti
10. NÓS VIEMOS e NÓS VIMOS:
• Nós viemos é o verbo vir no pretérito perfeito do indicativo, ou seja, no passado.
• Nós vimos é o verbo vir no presente do indicativo.
Ex.: Ontem, nós viemos procurá-lo, mas você não estava.
Nós vimos aqui, agora, para conversar sobre nossos problemas.
www.mazziotti.com.br 45
PORTUGUÊS para concursos – MÓDULO 1 | prof. mazziotti
Atividades de fixação
1. Preencha as lacunas, usando o seguinte código:
A) por que
B) por quê
C) porquê
D) porque
01. ( ) Quer dizer que você não vai mesmo conosco, _____________?
3. Qual é a INCORRETA?
a) Quero saber o porquê desta briga.
b) Ainda saberás porque saí do país.
c) Estudamos sem saber por que.
d) Rápida foi a crise por que passou.
www.mazziotti.com.br 46
PORTUGUÊS para concursos – MÓDULO 1 | prof. mazziotti
8. Assinale o INCORRETO:
a) Trabalho muito, porque preciso.
b) Trabalhas tanto, por quê?
c) Você precisa saber o porque disso.
d) Falei dele, porque o conheço.
www.mazziotti.com.br 47
PORTUGUÊS para concursos – MÓDULO 1 | prof. mazziotti
GRAMÁTICA NORMATIVA
Parte 2: Semântica
Denotação
Uma palavra é usada no sentido denotativo (próprio ou literal) quando apresenta seu significado original, literal, independentemente
do contexto frásico em que aparece. Quando se refere ao seu significado mais objetivo e comum, aquele imediatamente reconhecido e
muitas vezes associado ao primeiro significado que aparece nos dicionários, sendo o significado mais literal da palavra.
A denotação tem como finalidade informar o receptor da mensagem de forma clara e objetiva, assumindo assim um caráter prático
e utilitário. É utilizada em textos informativos, como jornais, regulamentos, manuais de instrução, bulas de medicamentos, textos
científicos, entre outros.
Exemplos:
• O elefante é um ser vertebrado.
• Fernando comprou aquele livro.
• O funcionário cumpriu seus deveres diários.
conotação
Uma palavra é usada no sentido conotativo (figurado) quando apresenta diferentes significados, sujeitos a diferentes interpretações,
dependendo do contexto frásico em que aparece. Quando se refere a sentidos, associações e ideias que vão além do sentido original da
palavra, ampliando sua significação mediante a circunstância em que a mesma é utilizada, assumindo um sentido figurado e simbólico.
A conotação tem como finalidade provocar sentimentos no receptor da mensagem, através da expressividade e afetividade que
transmite. É utilizada principalmente numa linguagem poética e na literatura, mas também ocorre em conversas cotidianas, em letras de
música, em anúncios publicitários, entre outros.
Exemplos:
• Você é o meu sol!
• Minha vida é um mar de angústias.
• Ela tem um coração de pedra!
Obs.: a linguagem poética faz bastante uso do sentido conotativo das palavras, num trabalho contínuo de criar ou modificar o
significado. Na linguagem cotidiana também é comum a exploração do sentido conotativo, como consequência da nossa forte
carga de afetividade e expressividade.
SINONÍMIA
Consiste nas palavras que apresentam, entre si, um significado semelhante. Ex: triste = melancólico / resgatar = recuperar / maciço =
compacto / ratificar = confirmar / digno = decente, honesto reminiscências = lembranças / insipiente = ignorante etc.
Obs: nem sempre os significas são idênticos entre os sinônimos. Ora se tem um sentido mais abrangente, ou mais enfático que
outro. Exemplo disso é notável entre os verbos “seguir” e “acompanhar”.
ANTONÍMIA
Refere-se a palavras que apresentam, entre si, sentidos opostos, contrários. Ex: bom x mau bem x mal / condenar x absolver / simplificar
x complicar etc.
POLISSEMIA
A palavra Polissemia compreende dois radicais: [poli = muito] e [semia = significado]. Portanto, uma palavra pode apresentar diferentes
significados, dependendo dos usos linguísticos em que possa aparecer. Vejamos os diferentes significados de abater:
www.mazziotti.com.br 48
PORTUGUÊS para concursos – MÓDULO 1 | prof. mazziotti
• Abater a árvore = derrubar
• Abater a fera = matar
• Abater o inimigo = derrotar
• Abater-se com a derrota = sentir
• Abater a dívida = descontar
Ambiguidade ou anfibologia
Nas frases sem clareza ou com duplo sentido ocorre ambiguidade ou anfibologia.
Exemplos:
• A professora levou o aluno para sua sala. (de quem é a sala?)
• Cacilda conversou com Helena sobre seu trabalho. (de quem é o trabalho?)
• A cachorra da sua prima é mal-humorada. (a prima é uma cachorra ou tem uma cachorra?)
• Olhava o incêndio da ampla janela do prédio. (a janela é de onde se vê o incêndio ou ela é que está em chamas?)
HIPERONÍMIA/HIPONÍMIA
A palavra “cachorro” está contida no conceito “animal”. A esse fenômeno dá-se o nome de Hiponímia. Inversamente, “animal” comporta:
“cachorro, lobo, carneiro etc.” Animal é um caso de Hiperonímia. Assim deduzimos que a Hiponímia particulariza e a Hiperonímia
generaliza. Exemplo:
Tartaruga
Lobo
Carneiro
Homonímia
(estudo dos homônimos: palavras IDÊNDICAS na pronúncia e/ou na grafia)
bucho: estômago
buxo: arbusto
calda: xarope
cauda: rabo
www.mazziotti.com.br 49
PORTUGUÊS para concursos – MÓDULO 1 | prof. mazziotti
cerração: nevoeiro denso
serração: ato de serrar, cortar
cesto: balaio
sexto: numeral ordinal (seis)
chá: bebida
xá: antigo título do soberano do Irã
conserto: reparo
concerto: sessão musical, acordo
coser: costurar
cozer: cozinhar
incerto: impreciso
inserto: introduzido, inserido
incipiente: principiante
insipiente: ignorante
laço: nó
lasso: frouxo, gasto, bambo, cansado, fatigado
paço: palácio
passo: passada
sexta: numeral
cesta: utensílio de transporte
Obs: sesta: descanso depois do almoço
www.mazziotti.com.br 50
PORTUGUÊS para concursos – MÓDULO 1 | prof. mazziotti
Paronímia
(estudo dos parônimos: palavras PARECIDAS na pronúncia e na grafia)
coalizão: união
colisão: choque
conjetura: suposição
conjuntura: situação, circunstância
comprimento: extensão
cumprimento: saudação
delatar: denunciar
dilatar: alargar, ampliar
desapercebido: desprevenido
despercebido: que não percebeu
descriminar: inocentar
discriminar: distinguir
www.mazziotti.com.br 51
PORTUGUÊS para concursos – MÓDULO 1 | prof. mazziotti
eminente: ilustre, excelente
iminente: que ameaça acontecer
flagrante: evidente
fragrante: perfumado
fluir: correr
fruir: gozar, desfrutar
intemerato: puro
intimorato: sem medo, corajoso
ratificar: confirmar
retificar: corrigir
sortir: abastecer
surtir: produzir, ter como resultado
vultoso: volumoso
vultuoso: atacado de congestão na face
www.mazziotti.com.br 52
PORTUGUÊS para concursos – MÓDULO 1 | prof. mazziotti
Atividades de fixação
1. Preencha as lacunas com um dos termos entre parênteses:
1. Em tempos de crise, é necessário _____________ a despensa de alimentos. (sortir - surtir)
15. Vários _______________ japoneses chegaram a São Paulo nas primeiras décadas do século. (emigrantes - imigrantes)
20. A _______________ dos direitos da emissora foi uma das tarefas do governo. (seção - cessão)
22. Quando Joana toca piano, parece mais um ______________ que um ______________. (conserto - concerto)
24. Nas festas de São João é comum ______________ balões e vê-los _______________. (ascender - acender)
APRENDIZAGEM
1. (EAGS) Em quais das frases abaixo a palavra grifada está empregada no sentido denotativo?
I- Aquele jovem estava sujo no pedaço.
II- Comprei um rolo de arame farpado.
III- Você estava com a corda toda ontem.
IV- O pedaço de bolo estava delicioso.
c) I e II. c) II e IV.
d) I e III. d) III e IV.
www.mazziotti.com.br 53
PORTUGUÊS para concursos – MÓDULO 1 | prof. mazziotti
3. (EAGS) Observe os textos abaixo:
I- “Quando você foi embora, fez-se noite em meu viver.”
II- “Ai, quem me dera voltara pros braços do meu xodó
Saudade assim faz doer, amarga que nem jiló.”
III- “Andei cantando a minha fantasia entre as cordas febris dos corações.”
Assinale a alternativa em que as palavras do texto correspondem à classificação em destaque.
a) noite – viver (conotação)
b) amarga – fantasia (conotação)
c) viver – fantasia (denotação)
d) jiló – febris (denotação)
4. (EAOT-2002) Quanto à conotação e denotação, assinale a alternativa que apresenta relação INCORRETA.
a) “Trabalhas sem alegria para um mundo caduco” — Predomínio da conotação.
b) “O verdadeiro alvo visado pelos terroristas que atacaram Nova York e Washington na semana passada não foram as torres
gêmeas do sul de Manhattan nem o edifício do Pentágono. O atentado foi cometido contra um sistema social e econômico,
(...)” — Predomínio da denotação.
c) “Um comprimido fabricado há quatorze anos pela Bayer, o Cipro, é a única droga capaz de combater a infecção por anthrax
na forma pulmonar.” — Predomínio da conotação.
d) “Minha bela Marília, tudo passa; / A sorte deste mundo é mal segura; / Se vem depois dos males a ventura, / Vem depois
dos prazeres a desgraça (...)” — Predomínio da conotação.
5. Complete a seguinte frase: “As palavras ratificar e retificar são *** e têm por sinônimo, respectivamente, *** e ***”.
a) homônimas – corrigir e refazer.
b) homônimas – repor e consertar.
c) parônimas – confirmar e corrigir.
d) parônimas – corrigir e confirmar.
e) antônimas – confirmar e corrigir.
8. (EsAEx) Assinale a proposição em que o significado da palavra grifada entre parênteses está incorreto:
a) O superior tachou-o de insubordinado. (censurar)
b) Uma solidão imensa lhe insulava o espírito. (isolar)
c) Se infligires cruel punição aos inocentes, serás repudiado pela sociedade. (transgredir)
d) Em 24 horas o primaz foi degredado. (banir)
e) O médico proscreveu-lhe o uso do fumo. (proibir)
9. (EsAEx) Assinale a alternativa em que os significados dos pares das palavras não correspondem aos significados dados
entre parênteses:
a) iminente (pendente, que ameaça cair) / consertar (tornar certo, remendar);
b) vultoso (de grande vulto) / hera (planta trepadeira);
c) infringir (transgredir) / infligir (cominar ou aplicar pena);
d) secção (corte, divisão) / insipiente (pouco sábio);
e) cessão (ceder) / seção (reunião)
www.mazziotti.com.br 54
PORTUGUÊS para concursos – MÓDULO 1 | prof. mazziotti
10. (EsAEx) Os sinônimos de ignorante / iniciante / sensatez / confirmar são, respectivamente:
a) incipiente, insipiente, descrição, retificar
b) incipiente, insipiente, discrição, ratificar
c) insipiente, incipiente, discrição, ratificar
d) insipiente, incipiente, descrição, retificar
e) incipiente, insipiente, descrição, ratificar
11. (EsAEx) Assinale a alternativa em que o significado, entre parênteses, NÃO corresponde à palavra dada.
a) iminente (prestes a acontecer)
b) realização (consecução)
c) expiar (pagar culpa, remir)
d) vultuoso (de grande vulto)
e) cessão (ceder)
12. (EsAEx) Assinale a alternativa em que a frase está de acordo com as normas cultas da língua.
a) Eu desejo que as conjecturas sobre a honestidade das figuras eminentes da Diretoria sejam ratificadas, se forem
comprovadas.
b) Apresentadas aquelas provas concludentes, o réu foi absorto.
c) A falsificação de sua rúbrica não convenceu a ninguém.
d) Graças à interseção do Diretor, fui salvo de fragrantes descriminações.
Aprofundamento
O texto a seguir, com lacunas a serem preenchidas, é a referência para a questão 1.
Conhecida por ser um dos centros históricos mais bem preservados do Brasil, Tiradentes (cidade _______ 200km da capital
de Minas Gerais, (Belo Horizonte) vem se destacando como sede de uma dezena de eventos culturais, atraindo, com isso,
milhares de turistas todos os anos.
A mais recente empreitada deve acontecer entre os dias 24 e 27 de novembro: O Fórum do Amanhã, evento com debates sobre
o futuro da economia, da tecnologia, da educação e do trabalho. “Queremos ajudar a definir aquilo ______ o país precisa para
acompanhar tendências urbanas como sustentabilidade, economia compartilhada e transparência governamental”, diz
Guilherme Donnabella, sócio da Creatif, responsável pela organização.
O Fórum é inspirado na ideia de dois pensadores. Um deles é sociólogo italiano Domenico de Masi, autor do “best seller”
O ócio criativo, para quem os modelos de civilização ocidental encontra-se em crise profunda. O outro é o economista mineiro
Eduardo Giannetti, que lançou recentemente o livro Trópicos utópicos (Companhia das Letras), no qual defende que o Brasil reúne
condições ideais para encontrar um caminho inovador para questões nos campos econômico, social, ambiental e existencial.
Giannetti e De Masi _______ presentes na ________ de abertura.
___________ cinco mil empreendedores, intelectuais e estudantes devem comparecer aos encontros, que serão transmitidos ao
vivo pela “internet”. “Queremos criar um ambiente de discussão permanente por meio de um portal e de um aplicativo atualizados
durante _______ ano”, afirma Donnabella. O evento deve se somar a outros 15 já presentes na movimentada agenda educacional
e artística da cidade mineira.
GINESI, Camila. Pequenas empresas & grandes negócios, São Paulo, Globo,
no 332, p. 26, set. 2016. Seção Grandes ideias. Texto com adaptações.
01. (FAPEC/TÉC. ADM. UFMS-2017) Esta questão avalia, além de conhecimentos de ortografia, regência e uso de homônimos
ou formas variantes, habilidades de compreensão de textos. Assinale a alternativa que completa corretamente as lacunas do
texto:
a) acerca de; que; estarão; seção; A cerca de; todo.
b) há cerca de; o qual; estarão; cessão; Acerca de; todo o.
c) acerca de; da qual; estaram; seção; Acerca de; todo o.
d) a cerca de; de que; estarão; sessão; Cerca de; todo o.
e) a cerca de; que; estaram; sessão; Há cerca de; todo.
2. (FAPEC/PMCG-2016) Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas do seguinte enunciado: “Até agora, nenhum
de nós, _________ entender ___________ o _____________ membro do Legislativo expressou-se tão ________ na ___________ de ontem
à tarde.
a) pode; porque; iminente; mau; seção.
b) pôde; por que; eminente; mal; sessão.
c) pudemos; porque; eminente; mal; sessão.
www.mazziotti.com.br 55
PORTUGUÊS para concursos – MÓDULO 1 | prof. mazziotti
d) pôde; porquê; eminente; mal; seção.
e) podemos; por que; iminente; mau; cessão.
1 Desde o advento do manuscrito, a prática das abreviações (em sentido amplo) se vem incrementando. No passado,
2 elas podiam ser consideradas mais ou menos estáveis e comuns (abreviaturas) ou mais ou menos episódicas (abreviações).
3 Desde o século XIX, porém, apareceram três grupos amplos que, em conjunto, podem ser chamados reduções ou
4 braquigrafias: a) reduções tradicionais mais ou menos fixas (V., por você, V. M., por Vossa Mercê, Sr., por Senhor), chamadas
5 abreviaturas; b) reduções feitas especialmente para uso em certa obra especializada (abreviações); e c) reduções
6 convencionadas internacionalmente, ditas símbolos (nesse sentido pertinentes), como é o caso das usadas no Sistema
7 Metrológico Internacional ou na química etc. (e que se caracterizam por terem uso de letra maiúscula com valor especial,
8 mas sem ponto final redutor nem indicação de flexões). Mas, já do século passado para cá, os nomes intitulativos
9 designativos de associações, sociedades, empresas, companhias, firmas e afins passaram também a ser objeto de
10 reduções, tal como antes já se fazia, em trabalhos eruditos, com os títulos de obras de referência (dicionários, enciclopédias
11 etc.), quando repetidamente citados. Essas reduções podem ser chamadas siglas: especializadamente se vem
12 convencionando que, quando uma sigla tem caráter de palavra ou vocábulo, seja dita siglema (PETROBRAS) e, quando não
13 o tenha, seja dita sigloide (EE.UU.A. ou EUA). As siglas, em grande número, se fazem pelas letras iniciais do intitulativo
14 (URSS, UNESCO) ou por letras e sílabas iniciais (SUDAM, para Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia), ou por
15 combinações arbitrárias. Entra-se, assim, em certas reduções em que se podem misturar letras e elementos ideográficos,
16 gerando uma série de signos, sinais e logotipos, e mesmo índices e ícones.
Academia Brasileira de Letras: Reduções. Internet: <www.academia.org.br> (com adaptações)
3. (CESPE/TRE-PI-2016) Assinale a opção correta no que se refere às relações semânticas que se estabelecem entre palavras e
expressões do texto Reduções.
a) Entre as palavras “reduções” e “braquigrafias”, ambas na linha 3, verifica-se a mesma relação semântica que há entre
“dicionários” (l.10) e “enciclopédias” (l.11).
b) As palavras “signos”, “logotipos” e “ícones”, na linha 16, são sinônimas entre si e hipônimos de “certas reduções em que se
podem misturar letras e elementos ideográficos” (l. 15).
c) O texto se constrói mobilizando um campo semântico complexo relativo às formas de abreviar palavras ou expressões na
língua escrita, aos padrões de abreviação usados e à correta decodificação dessas formas reduzidas.
d) Na linha 1, a presença da expressão “em sentido amplo” para caracterizar a palavra “abreviações” tem o efeito de estabelecer
uma relação de antonímia entre duas categorias de abreviações: as abreviações em sentido amplo e as abreviações em
sentido estrito, ou simplesmente abreviações.
e) A palavra “sigla” (l.12) é um hipônimo da palavra “reduções” (l.11) e um hiperônimo da palavra “siglema” (l.12).
4. (FGV-/DPE-RO-2015) A frase abaixo cuja lacuna deve ser preenchida pela primeira das palavras colocadas entre parênteses
é:
a) O senador declarou que respeitava muito o seu __________. (mandado/mandato)
b) Muitos detalhes do crime passaram __________ . (desapercebidos / despercebidos);
c) O __________ em computação fora trazido dos Estados Unidos. (esperto / experto)
d) Muitos dos acusados tinham receio de terem __________ os seus postos. (caçados / cassados)
e) O automóvel precisava de __________ urgente. (conserto / concerto).
6. (FAPEC/PMNA-2015) Assinale a alternativa que apresenta o comentário correto acerca das palavras ou estruturas que
compõem o seguinte enunciado: “O fortalecimento dos órgãos públicos do Estado é benéfico a toda comunidade
sulmatogrossense, razão porque se tem investido em parcerias.”
www.mazziotti.com.br 56
PORTUGUÊS para concursos – MÓDULO 1 | prof. mazziotti
Percebe-se que...
Constata-se que...
Observa-se que...
O texto informa que...
O narrador do texto diz que...
Segundo o texto, é correto (incorreto) dizer que...
Esses comandos baseiam-se verbos que indicam inferências, ou seja, orientam o candidato às ideias implícitas. Por exemplo:
www.mazziotti.com.br 57
PORTUGUÊS para concursos – MÓDULO 1 | prof. mazziotti
Enfocando o assunto (tema, tese) abordado no texto...
Considerando a amplitude do tema abordado no texto...
Tendo o texto como referência inicial...
PRINCÍPIOS BÁSICOS:
Antes de tudo, é preciso saber o que são coesão e coerência, pois, sem essas duas bases, você não conseguirá construir um
texto adequado às exigências do concurso.
COESÃO: trata basicamente das articulações gramaticais existentes entre as palavras, as orações e frases para garantir uma boa
sequenciação de eventos, ou seja, é a correta ligação entre os elementos de um texto, que ocorre no interior das frases, entre
as próprias frases e entre os vários parágrafos. Pode-se dizer que um texto é coeso quando elementos coesivos (conjunções,
preposições, advérbios e pronomes) são empregados corretamente. Assim um texto não é um amontoado de palavras, frases,
períodos, nem a soma de suas partes, mas a união solidária de seus termos, que mantêm funções distintas – mas relações
estreitas, de sequência e cumplicidade. Em suma, um texto é uma organização de partes que formam um todo.
Recursos coesivos são as “manobras” que executamos com o intuito de melhorar a expressividade do enunciado.
Observe o exemplo:
Em vez de escrever
Dei-os tem função relacional, recuperando em B o que havia sido expresso em A. Nesse caso, o objetivo é evitar a repetição
viciosa.
O uso indevido de elementos de ligação, a retomada de termos e mesmo a má seleção vocabular podem comprometer os
processos coesivos do texto.
MECANISMOS DE COESÃO:
1. Elementos catafóricos: antecipam o que virá a seguir no texto, ligando determinados elementos textuais expressos
anteriormente aos que virão depois. Exemplo:
“Tudo era velho demais: a casa, o jardim, os móveis empoeirados, teias de aranha no teto, rachaduras na parede, vidraças
quebradas, cortinas puídas.”
O pronome indefinido tudo antecipa, isto é, anuncia o que será explicitado a seguir, depois dos dois-pontos: a casa, o
jardim, os móveis empoeirados, teias de aranha no teto, rachaduras na parede, vidraças quebradas, cortinas puídas.
2. Elementos anafóricos: resgatam, retomam elementos que vieram antes, isto é, remetem determinados elementos expressos
posteriormente aos que vieram antes. Exemplo:
“Às vezes, nesse mundo tão conturbado, em que os valores foram subvertidos, a arte passa a ser a realidade. Esta pode
se revestir com elementos próprios da arte; aquela pode ser fantasia transformada na verdadeira realidade.”
Os pronomes esta e aquela recuperam, respectivamente, realidade e arte.
3. Elipse: evitam repetições desnecessárias; para que o texto faça sentido, o leitor deve “amarrar” algumas passagens do texto
a outras, anteriores.
Exemplo:
“As minhas palavras eram rudes; as dela, suaves.”
www.mazziotti.com.br 58
PORTUGUÊS para concursos – MÓDULO 1 | prof. mazziotti
Ocorrem nessa frase duas elipses: nominal (as [palavras] dela) e verbal [eram].
4. Expressões sinônimas: evitam repetições enfadonhas e desnecessárias e criam uma orientação argumentativa.
Exemplo:
Num texto, Gustavo Kuerten pode ser retomado várias vezes por referenciais diversos, tais como:
• o atleta brasileiro;
• Guga;
• o tricampeão de Roland Garros;
• o ilustre catarinense;
• o brasileiro.
5. Substituição: significa usar um termo substituindo outro (ou mesmo toda uma oração).
Exemplo:
• O pai o reprimia em qualquer lugar, na frente das pessoas; reprimia-o por erro ou acerto, humilhava-o. Negando o modelo
do pai, paradoxalmente, o filho o repetiu, agindo da mesma forma.
A expressão adverbial da mesma forma substitui “o filho reprimia [alguém] em qualquer lugar, na frente das pessoas;
reprimia [alguém] por erro ou acerto, humilhava [alguém].”
6. Elementos de conexão (conjunções, pronomes relativos) - elementos que “ligam” orações, estabelecendo ou explicando a
verdadeira relação entre elas. Criam, também, uma orientação argumentativa.
Exemplos:
b) O presidente não pode ser considerado um democrata, porque só governa com medidas provisórias.
A conjunção porque, que introduz a oração “porque só governa com medidas provisórias” cria um argumento de causa, que
justifica o que se afirmou anteriormente.
e) O presidente vai acentuando o caráter ditatorial de seu governo à medida que governa com medidas provisórias.
A locução conjuntiva à medida que, que introduz a oração “à medida que governa com medidas provisórias” cria um
argumento de proporcionalidade, que reforça o caráter ditatorial do governo exercido pelo presidente.
f) Para que o presidente fosse considerado um democrata, ele deveria governar sem se valer de medidas provisórias.
A locução conjuntiva para que, que introduz a oração “para que o presidente fosse considerado um democrata” cria um
argumento de finalidade, isto é, o presidente, para atingir uma finalidade (ser considerado democrata), deveria governar sem se
valer de medidas provisórias.
A conjunção portanto + a oração “trata-se de um ditador” constroem um raciocínio de conclusão, deixando explícita a ideia
implícita na primeira oração do período.
COERÊNCIA - diz respeito à ordenação das ideias e dos argumentos, ou seja, aborda a relação lógica entre ideias, situações ou
acontecimentos, apoiando-se, por vezes, em mecanismos formais, de natureza gramatical ou lexical, e no conhecimento
compartilhado entre os usuários da língua. Pode-se dizer que o conceito de coerência está ligado ao conteúdo, no sentido
constituído pelo leitor. A coerência depende da coesão. Um texto com problemas de coesão terá, provavelmente, problemas de
coerência.
É comum ouvir dizer que há textos bons por serem coerentes e outros ruins pela incoerência. Tal afirmação é justificável,
já que a incoerência não é apenas um problema gramatical, mas se dá em nível de raciocínio lógico. Dizer, por exemplo, “Leio
muito, mas odeio meus amigos” é incoerente, porque os elementos inscritos no texto não mantêm relações de compatibilidade:
não há qualquer relação lógica entre “ler muito” e “odiar meus amigos”. Ademais, “odeio meus amigos” já traz em si uma
www.mazziotti.com.br 59
PORTUGUÊS para concursos – MÓDULO 1 | prof. mazziotti
incoerência... Da mesma forma, afirmar que “o sol se põe a leste” fere a coerência, não pelos elementos inscritos no texto, mas
pelos que estão fora dele, ou seja, o nosso conhecimento de mundo.
A rigor, existem vários níveis e planos de coerência ou incoerência. Veja este caso:
Em vestibular da Fuvest-SP, o candidato saiu-se com esta “pérola”: "... a palidez do sol tropical refletia nas águas do rio
Amazonas". Convenhamos: o sol tropical pode ter muitas características, menos a palidez!...
A lista das incoerências pode aumentar muito. Algumas envolvem fatores de coesão. O problema básico envolvido na
produção da coerência é o do acerto das partes com o todo textual; do ajuste sequencial das ideias; da progressão dos
argumentos; das afirmativas que são explicadas... Para aferir se realmente está sendo coerente, procure colocar-se sempre no
lugar do leitor/ouvinte.
Há, nas redações para exames vestibulares, um problema especialmente sério com relação ao encadeamento das ideias;
esse problema usualmente está ligado ao mau uso dos conectores. Temos que observar o ajustamento de frases, orações e
parágrafos para respeitarmos os paralelismos. A dissertação, pelo fato de “amarrar” sistematicamente uma ideia a outra,
precisa, inevitavelmente, de vincular as frases entre si, fazendo, assim, que o texto progrida de forma precisa, ajustada, sem
fragmentações.
Observe os exemplos:
Mecanismo correto:
Ela não só estava desesperada com o fato, mas também com os desdobramentos dele.
As duas orações encadeiam-se, formando um todo sintático e semântico; a primeira oração remete à segunda, que a
complementa.
Mecanismo incorreto:
Ela não só estava desesperada com o fato, mas também sua família não a apoiava.
Nessa segunda construção, apesar de as orações se encadearem sintaticamente, não há continuidade semântica: embora
os dois segmentos semânticos possam estar interligados como assunto, eles não se harmonizam, não formam um todo
compreensível.
Ao redigirmos um parágrafo, devemos privilegiar a unidade da mensagem. Ela deve ser precisa, nunca desnorteadora.
Para a construção de um bom texto, é sempre necessário observar o paralelismo semântico, que se conjuga ao paralelismo
gramatical. Tais mecanismos são fundamentais para a elaboração de um bom texto.
c) ou:
A privatização ou será feita agora ou nunca mais será alcançada.
Os planos de saúde no Brasil não obedecem a normas, não atendem como deveriam, não pagam cirurgias reparadoras,
não estão atentos à necessidade dos segurados.
4 – Regência:
É a maneira como algumas palavras (quer sejam verbos, quer não) ligam-se a outras numa frase. Algumas exigirão a
presença de preposição. Dependendo do contexto e do significado, a regência de uma palavra pode variar.
Exemplo:
www.mazziotti.com.br 60
PORTUGUÊS para concursos – MÓDULO 1 | prof. mazziotti
Um erro nesse campo será observado como problema de coesão na estrutura do seu texto. Eis alguns dos verbos que
oferecem maior incidência de erro em seu emprego. Por serem verbos comuns e de bastante uso, é interessante estar bem
afinado com eles:
AS QUALIDADES DE UM TEXTO
Não existem fórmulas mágicas para fazer uma boa redação. O exercício contínuo, aliado à prática da leitura de bons autores
e à reflexão, são indispensáveis à criação de bons textos.
Não pretendemos aqui formar escritores, como também não dispomos de uma “varinha mágica” que nos permita, por
mágica, tornar-nos redatores consagrados. Eis algumas qualidades que você deve observar na produção de seu texto.
São qualidades da redação que você deve cultivar: a concisão, a correção, a clareza e a elegância.
Concisão
Ser conciso significa que não devemos usar palavras em demasia para exprimir uma ideia. Devemos ir direto ao assunto,
não ficar enrolando, “enchendo linguiça”. Significa, enfim, eliminar tudo aquilo que é desnecessário: inutilia truncat!
Correção
A linguagem utilizada na redação deve estar de acordo com a norma culta, ou seja, deve obedecer aos princípios
estabelecidos pela gramática normativa. Conhecer as normas que regem o uso da língua é fundamental para a produção de um
texto correto. Evidentemente, a maioria das pessoas não conhece de cor todas as regras gramaticais. Por isso, em caso de
dúvidas na redação, não hesite em consultar uma boa gramática.
Atente para alguns desvios de linguagem que comumente aparecem em redações:
1. Grafia - tome cuidado com a grafia de palavras que não conheça. Em caso de dúvidas, consulte o dicionário. Se isso
não for possível, substitua a palavra por um sinônimo cuja grafia você conheça. Não se esqueça de verificar a acentuação gráfica.
2. Flexão de número - cuidado com a formação do plural de algumas palavras, sobretudo as compostas (primeiro-
ministro, abaixo-assinado, luso-brasileiro etc.).
3. Concordância - lembre-se de que o verbo sempre concordará com o sujeito – salvo as exceções normatizadas pela
gramática –, e os nomes devem concordar entre si.
4. Regência - fique atento à regência de verbos e nomes, sobretudo daqueles que exigem a preposição “a”, a fim de não
cometer erro no emprego do acento indicativo de crase.
5. Colocação dos pronomes - observe a colocação dos pronomes oblíquos átonos (me, te, se, nos, lhe, o, a, os, as).
Clareza
A clareza consiste na expressão da ideia de forma que possa ser rapidamente compreendida pelo leitor. Ser claro é não
confundir o leitor, ser coerente, não se contradizer.
São inimigos da clareza: a desobediência às normas da língua, os períodos longos, o vocabulário rebuscado ou
impreciso.
Elegância
A elegância consiste num texto agradável ao leitor. É conseguida quando se observam as qualidades apontadas
anteriormente (a correção gramatical, a clareza e a concisão) e também pelo conteúdo da redação, que deve ser original, criativo.
Lembre-se de que a elegância deve começar pela apresentação do texto, que deve ser “limpo”, sem borrões ou rasuras e
escrito com letra legível.
NÍVEIS DE LINGUAGEM
Há, basicamente, dois níveis de linguagem: a formal e a informal ou coloquial.
Entendemos por linguagem formal a forma culta, que se caracteriza pela correção gramatical, ausência de gírias ou termos
regionais, riqueza de vocabulário e frases bem elaboradas.
www.mazziotti.com.br 61
PORTUGUÊS para concursos – MÓDULO 1 | prof. mazziotti
A linguagem coloquial, por sua vez, é aquela utilizadas no dia a dia, nas conversas informais. É a linguagem descontraída,
que dispensa formalidades e aceita gírias, diminutivos afetivos e regionalismos.
Veja, nos fragmentos a seguir, como os dois tipos de linguagem podem aparecer no discurso direto. Lembre-se de que o
narrador sempre se utiliza da linguagem formal.
Linguagem coloquial
Os dois amigos se encontraram no pátio do colégio, na hora do intervalo, e Marcos perguntou:
— Como é que é, Zé? Tá a fim de dar uns giros por aí depois da aula?
— Normal! A gente pode chamar o Nandinho e ir pra uma lanchonete responsa — respondeu José, bastante animado.
— É isso aí. Deixa eu ir me mandando, que o sinal já tocou — disse Marcos, apertando o passo.
Linguagem formal
No corredor de uma universidade, um eminente professor de Direito Penal encontra um ex-aluno, agora seu colega. O
professor diz-lhe:
— Que prazer encontrá-lo depois de tanto tempo!
— Como está, professor? É bom revê-lo! — sorriu o ex-aluno, emocionado. — O senhor nem pode imaginar o quanto me
foram úteis os conhecimentos que adquiri em suas aulas.
— Você sempre foi um bom aluno. Tinha a certeza de que se tornaria um advogado notável.
1. NARRATIVO
Texto em que se discorre sobre fatos, sobre fazer relatos. Consiste na elaboração de um texto que relate episódios,
acontecimentos e histórias (verdadeiras ou fictícias). São exemplos de textos narrativos: romance, novela, conto, crônica,
anedota e, até, histórias em quadrinhos.
A narrativa é um texto que possui uma sequência de acontecimentos: começo, meio e fim. No entanto, o escritor pode
alterar essa ordem, começando a contar pelo meio ou pelo fim, dependendo do efeito que pretende alcançar.
Elementos da Narrativa:
1. Narrador: é quem conta a história, um ser ficcional a quem o autor transfere a tarefa de narrar os fatos. Há textos
narrativos quase totalmente – ou totalmente – dialogados. Nesse caso, o narrador aparece muito pouco, ou fica subentendido.
Atenção: não confunda o narrador com o autor da história. Este é um escritor, com uma biografia civil, um ser humano,
que pode construir vários narradores (um para cada história que desejar contar).
2. Personagens: são os seres que estão envolvidos com a história, que vivem os fatos e que são caracterizados física e
psicologicamente. Qualquer tipo de ser – gente, bicho, criaturas inanimadas – pode ser personagem de uma narrativa.
Classificam-se em:
Principais: quando participam diretamente da trama. Secundários: quando participam de forma pouco intensa da história.
Caricaturais: tem os traços de personalidade ou padrões de comportamento realçados, acentuados (às vezes beirando o
ridículo).
3. Enredo: e a história em si, o conjunto encadeado dos fatos, organizado de acordo com a vontade do escritor. Todo
enredo supõe um conflito.
OBS: Uma narrativa pode apresentar um enredo linear – quando os fatos vão se desenrolando um depois do outro, em
ordem cronológica de tempo – ou um enredo não-linear – quando a historia é interrompida por uma volta ao passado (para
algo ser lembrado). E o que chamamos de flashback, muito comum em filmes.
4. Espaço: o espaço da narrativa é o local onde se desenvolve a história, o cenário. A descrição do espaço serve para criar
o clima que envolve o leitor nos acontecimentos. A descrição do espaço serve, também, para caracterizar, de forma indireta, um
personagem.
Pode ser:
Físico: é o cenário por onde circulam os personagens e onde se desenrola a trama.
Mental: é o retrato de uma época, a ênfase nos costumes de determinado período da história.
FORMAS DE DISCURSO:
1. O DISCURSO DIRETO caracteriza-se pela reprodução fiel da fala do personagem. Estrutura-se normalmente com a
precedência de dois-pontos e inicia-se após travessão. Via de regra, vem acompanhada por verbos de elocução (dizer, falar,
responder, berrar, retrucar, indagar, etc.). Observe o exemplo:
“...Botou as mãos na cabeça e a boca no mundo:
- Nossa senhora, meu patrãozinho me mata!” (Fernando Sabino)
O DISCURSO INDIRETO ocorre quando o narrador utiliza sua própria fala para reproduzir a fala de um personagem. O
tempo verbal, no discurso indireto, será sempre passado em relação ao tempo verbal do discurso direto. Confira:
“D. Evarista ficou aterrada. Foi ter com o marido, disse-lhe que estava com desejos.” (Machado de Assis)
O DISCURSO INDIRETO LIVRE é uma mescla do discurso direto com o indireto. No discurso indireto livre, a fala do
personagem se insere sutilmente no discurso do narrador, permitindo-lhe expor aspectos psicológicos do pensamento do
personagem. Compare os dois exemplos:
“Achamos o nome engraçado. Qual o padrinho que pusera o nome de Milagre naquele afilhado? E o português explicou que não,
que o nome do pretinho era Sebastião. Milagre era apelido”. (Stanislaw Ponte Preta)
“Sinhá Vitória falou assim, mas Fabiano franziu a testa, achando a frase extravagante. Aves matarem bois e cavalos, que
lembrança! Olhou a mulher, desconfiado, julgou que ela estivesse tresvariando”. (Graciliano Ramos)
2. DESCRITIVO
Texto em que é feito a caracterização de uma pessoa, um animal, um objeto ou uma situação qualquer, inseridos num
certo momento estático do tempo.
Diferentemente do texto narrativo, que relata as transformações de estado que vão ocorrendo progressivamente com
pessoas ou coisas, o texto descritivo põe em relevo as propriedades e aspectos desses elementos num certo estão, considerado como
se estivesse parado.
Nos enunciados descritivos, podem até aparecer verbos que exprimam ação, movimento, mas os movimentos são sempre
simultâneos, não indicando progressão de um estado anterior para outro posterior.
Se ocorrer essa progressão, inicia-se um percurso narrativo. O fundamental na descrição é que não haja progressão
temporal.
3. DISSERTATIVO
Texto em que se faz uma exposição de opiniões, de pontos de vista, fundamentados em argumentos e raciocínios baseados
na vivência, na leitura, na conclusão a respeito da vida, dos homens e dos acontecimentos.
O texto dissertativo baseia-se, sobretudo, em afirmações que transmitem um conceito relativo, pois suscitam dúvidas,
hesitações. Nele, aparecem os pontos de vista diferentes e conflitantes e os graus de verdade e/ou falsidade.
Em um texto dissertativo devem ser usados adequadamente os pronomes, as conjunções; observadas a concordância, a
regência, a crase e as corretas relações semânticas entre as palavras.
www.mazziotti.com.br 63
PORTUGUÊS para concursos – MÓDULO 1 | prof. mazziotti
• Os assuntos são tratados de maneira abstrata e genérica.
• As relações internas e a coerência entre as frases é que lhe garantem o sentido, já que são os mecanismos de coesão
(conjunções, preposições e pronomes relativos, demonstrativos) e as palavras
• abstratas que integram a estrutura básica do texto.
O discurso na dissertação:
• 1° pessoa do singular – imprime extrema subjetividade no texto e é encontrada com mais frequência nos textos literários.
São exemplos do uso da 1° pessoa nos textos: Eu acho, eu acredito, a meu ver, no meu entender, para mim, na minha opinião,
etc.
• 1° pessoa do plural – também atribui certo grau de subjetividade ao texto. Autores que optam pela 1° pessoa do plural
buscam maior interatividade com o leitor, no sentido de incluí-lo como participante das ideias do texto. Exemplo:
Vivenciamos atualmente tempos de globalização da pobreza... (consenso)
Cuidado! Existe uma 1° pessoa do plural que não inclui o leitor – é o chamado plural de modéstia. Isso acontece quando
um autor produz e assina, sozinho, um texto no qual ele expressa “Para citarmos um exemplo...”.
• 3° pessoa (ideológica) – imprime objetividade no texto, dano à expressão do pensamento um caráter mais universal. O
uso da 3° pessoa facilita a persuasão, já que confere maior credibilidade às ideias. Ex: “A política econômica do governo
Lula não promove, de fato, o bem-estar social.”
3.1 ARGUMENTATIVO – texto em que o autor quer provar a veracidade (ou falsidade) de ideias, por meio de uma
argumentação lógica. Nesse tipo de texto, o autor visa a convencer/persuadir o leitor – por meio de argumentos, provas
evidentes, testemunhos - de forma impessoal e objetiva, o que confere ao texto um caráter imparcial, facilitando a aceitação
das ideias expostas.
3.2 EXPOSITIVO – texto que consiste na ordenação/exposição de ideias sobre um determinado assunto. Sua característica
básica é o cunho reflexivo-teórico.
A dissertação-expositiva segue a mesma estrutura de uma dissertação argumentativa: introdução, desenvolvimento e
conclusão. A diferença reside no fato de que na introdução, em lugar da tese, apresenta-se a ideia principal o texto. Admite
essencialmente a linguagem culta – simples ou mais elaborada. Lembre-se de que linguagem culta não significa rebuscamento.
3.4 INJUNTIVO – é um texto instrucional, que indica procedimentos a serem realizados. A intenção pode ser persuasiva ou
apenas instrutiva. São exemplos de textos injuntivos as receitas, os manuais de instruções, as bulas de remédios, etc. Neles,
predominam:
• Verbos empregados no modo imperativo;
• Emprego do padrão culto da língua;
• Linguagem clara e acessível a todo tipo de pessoas;
• Função referencial da linguagem. A função conativa também é bastante recorrente.
Veja um exemplo de texto injuntivo (extraído da prova do Ministério da Saúde – aplicada pelo CESPE/UnB)
www.mazziotti.com.br 64
PORTUGUÊS para concursos – MÓDULO 1 | prof. mazziotti
GABARITO
Pág. 4
1.
a) L: 7; F: 7.
b) L: 7; F: 8.
c) L: 5; F: 4.
d) L: 4; F: 4.
e) L: 9; F: 9.
f) L: 9; F: 9.
g) L: 9; F: 8.
h) L: 6; F: 5.
i) L: 8; F: 7.
2) D
3) refém; venham; trenzinho; bem; meio.
4) E 5) A 6) C 7) C 8) C 9) C 10) A
Pág. 7
1) B 2) D 3) C 4) D 5) D 6) E
Pág. 9
1.
a) bi-sa-vô
b) de-sin-te-res-se
c) ét-ni-co
d) psi-co-lo-gi-a
e) tran-sa-tlân-ti-co
f) de-ses-pe-ram
g) sa-guões
h) guer-rei-am
i) tungs-tê-nio
j) quart-zo
k) in-cog-nos-cí-vel
l) ab-rup-to
m) ci-sal-pi-no
n) goi-a-ba-da
o) ob-tu-sân-gu-lo
p) su-bo-fi-ci-al
q) sub-te-nen-te
r) prai-a
s) tui-ui-ú
www.mazziotti.com.br 65
PORTUGUÊS para concursos – MÓDULO 1 | prof. mazziotti
2.
( 2 ) pais ( 4 ) país ( 1 ) aquífero
( 2 ) jeito ( 2 ) sauna ( 4 ) saúva
( 5 ) chapa ( 2 ) doido ( 2 ) caixa
( 4 ) graúdo ( 4 ) Saara ( 1 ) quatro
( 5 ) quilo ( 3 ) saguão ( 5 ) limpo
( 2 ) seis (2/4) seio ( 4 ) cair
( 4) lua ( 2 ) falou ( 1 ) prestígio
Pág. 10
01) C 02) A 03) B 04) D 05) D 06) D 07) D 08) D 09) D 10) D
11) C 12) B 13) C 14) B
Pág. 12
01) Errado 02) A 03) D 04) A 05) A 06) C 07) D 08) C
Pág. 17
Testes complementares
01) C 02) D 03) C 04) E 05) B 06) B 07) E 08) B 09) D 10) D
Pág. 19
Testes complementares
01) Errado 02) Certo 03) B 04) D 05) E 06) A 07) D 08) B
09) Certo 10) D
Pág. 26
1.
arquirrabino
arquiduque
neoescolástico
anteclássico
antirrábico
anti-higiênico
autodidata
anti-inflacionário
subárea
malcasado
inter-região
autossugestão
neocristão
autocombustão
contrarréplica
hidroavião
www.mazziotti.com.br 66
PORTUGUÊS para concursos – MÓDULO 1 | prof. mazziotti
anteprojeto
auriverde
pré-estabelecer
biolatinismo
panlatinismo
minicurrículo
suprassumo
mal-entendido
além-Andes
poliesportivo
retroalimentação
pseudo-oficial
pseudorrevelação
pré-carnavalesco
subtotal
Pág. 27
01) B 02) B 03) A 04) E 05) C 06) D 07) D 08) B 09) D 10) C
Pág. 37
Livre consulta ao dicionário.
Pág. 39
01) A 02) D 03) B 04) D 05) D 06) B 07) C 08) B 09) E 10) D
11) D 12) B 13) B 14) A 15) C 16) A 17) D 18) C 19) D 20) C
Pág. 41
01) B 02) E 03) B 04) E 05) A 06) C 07) B 08) C
Pág. 45
01)
www.mazziotti.com.br 67
PORTUGUÊS para concursos – MÓDULO 1 | prof. mazziotti
Pág. 52
01. sortir
02. cassados
03. mandato
04. cerração
05. senso
06. assentos
07. vultosa
08. sessão
09. Cumprimentaram-se
10. intersecção
11. tráfego
12. despercebido
13. infringir
14. imergiu
15. imigrantes
16 discriminação
17. dispensa
18 eminente
19. destratados
20. cessão
21. distinto
22. conserto / concerto
23. fruem
24. acender / ascender
25. celas
Pág. 52
01) C 02) C 03) B 04) C 05) C 06) B 07) D 08) C 09) E 10) C
11) D 12) A
Pág. 54
Pág. 80
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO:
1. O indispensável é conhecer o princípio adotado para se avaliar a experiência realizada ontem, a fim de compreender a atitude
tomada pelo grupo encarregado do trabalho.
3. C
4.
a) “que enfrentariam qualquer programa de estabilização”
b) A sequência de palavras no plural que figura antes do verbo.
c) “que enfrentaria qualquer programa de estabilização”
www.mazziotti.com.br 68
PORTUGUÊS para concursos – MÓDULO 1 | prof. mazziotti
5. A 6. Resposta pessoal. 7. Resposta pessoal.
8. C 9. C
10.
a) “Após ser picado pelo mosquito, o parasita (agente da doença) cai na circulação sanguínea”
b) Pode-se entender que o parasita, em vez da pessoa, é picado pelo mosquito, OU que o mosquito, sendo um parasita, cai na
circulação sanguínea da pessoa.
c) A interpretação refere-se ao fato de que o parasita cai na corrente sanguínea de uma pessoa após esta ser picada por um
mosquito hospedeiro.
d) Após a pessoa ser picada pelo mosquito hospedeiro, o parasita (agente da doença) cai na circulação sanguínea e passa a
provocar irritações oculares até a perda total da visão.
EXERCÍCIOS PROPOSTOS:
03. Com seus 50 mil quilômetros, Marajó é a maior ilha flúvio-marítima do mundo. Fazendas de búfalos, praias belas de
água doce, rios igarapés (canais naturais) e igapós fazem dela um verdadeiro paraíso ecológico.
Plantas forrageiras, charcos, madeiras de lei, palmeiras, coqueiros, garças, araras e guarás fazem o encanto da flora e
da fauna. O carimbó, dança criada pelos escravos, alegra as praias as festas e as noites marajoaras.
04. D
www.mazziotti.com.br 69