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WORKSHOPS RECURSOS HUMANOS

Novo Regime da Segurança Social

PRIMAVERA Academy Luanda | Agosto 20191


Apoiando as Organizações e colaboradores
com o objectivo do desenvolvimento e reforço
OBJECTIVO DO MANUAL

das suas competências, o presente Manual


constitui um documento de apoio ao
WORKSHOP “NOVO REGIME DA SEGURANÇA
SOCIAL” – Enquadramento legal, apresentando
os tópicos abordados durante a sessão.

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PROGRAMA
OBJECTIVO GERAL:
Conhecer as alterações relativas ao novo Regime Jurídico da
Vinculação e de Contribuição da Protecção Social Obrigatória
introduzido pelo Decreto Presidencial n.º227/18, de 27 de Setembro,
nomeadamente no que diz respeito ao seu impacto ao nível do cálculo
de remunerações e processamento salarial nas empresas.

▪ Enquadramento relativo às alterações do novo regime jurídico da


vinculação e de contribuição da Proteção Social Obrigatória;
▪ Remuneração base e outras prestações;
▪ Vencimento ilíquido, vencimento líquido e matéria coletável;
▪ Regime de contribuições e impostos: IRT e Segurança Social
(alterações decorrentes do novo regime)

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Enquadramento
Decreto Presidencial n.º 227º/18, 27/9
ENQUADRAMENTO DO REGIME

Novo Regime Jurídico da Vinculação e de Contribuição da Protecção Social


Obrigatória introduzido pelo Decreto Presidencial n.º227/18, de 27 de Setembro
Este novo regime da Segurança Social em Angola entrou em vigor a 26 de Dezembro de 2018 e
vem revogar o disposto no Decreto n.º 38/08, de 19 de Junho, bem como toda a legislação que
contrarie este Decreto Presidencial.

Para além de ditar novas regras ao nível dos processos, este novo regime tem impacto no
cálculo das remunerações e processamento salarial nas empresas. Este regime vem também
estabelecer multas mais gravosas em caso de incumprimento de obrigações declarativas e
contributivas em sede da Segurança Social por parte das entidades empregadoras.

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A REMUNERAÇÃO
Vencimento e Regimes de Contribuições
e Impostos
VENCIMENTO ILÍQUIDO Vs VENCIMENTO LÍQUIDO

VENCIMENTO BASE

PRESTAÇÕES ACESSÓRIAS Sub. de Alimentação, Sub.


Transporte, Abono de Família, etc.

VENCIMENTO BRUTO

DESCONTOS IRT, Segurança Social, Quotizações


Sindicais

VENCIMENTO LÍQUIDO

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7
REGIME DE CONTRIBUIÇÕES E IMPOSTOS

ENCARGOS INTERVENIENTES

TRABALHADOR ENTIDADE PATRONAL

OBRIGATÓRIOS Protecção Social Obrigatória Protecção Soc Obrigatória


– 3% – 8%
IRT

FACULTATIVOS Quotizações Sindicais

Lei 18/14, de 22/10, com as alterações decorrentes da Lei n.º 9/19, 24 Abril
Decreto Presidencial n.º 227º/18, 27/9

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VENCIMENTO ILÍQUIDO Vs VENCIMENTO LÍQUIDO

VENCIMENTO BASE

PRESTAÇÕES ACESSÓRIAS Sub. de Alimentação, Sub.


Transporte, Abono de Família, etc.

VENCIMENTO BRUTO MATÉRIA COLECTÁVEL


(Valor sujeito a impostos)
DESCONTOS IRT, Segurança Social, Quotizações
Sindicais

VENCIMENTO LÍQUIDO

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9
REGIME JURÍDICO DAS PRESTAÇÕES FAMILIARES
DECRETO PRESIDENCIAL N.º8/11, 7 DE JANEIRO

PRESTAÇÃO FAMILIAR REQUERIMENTO PAGAMENTO VALOR TEMPO

SUBSÍDIO MATERNIDADE EMPRESA (PARA REEMBOLSO) EMPRESA (recebe reembolso Média 2 melhores 3 meses
da SS) remunerações dos
ultimos 6 meses

SUBSÍDIO ALEITAMENTO EMPRESA SEGURANÇA SOCIAL ART. 13º 3 PRESTAÇÕES


ANUAIS

ABONO DE FAMÍLIA TRABALHADOR/ EMPRESA/ ART. 23º MENSAL –


PENSIONISTA SEGURANÇA SOCIAL FILHOS DOS 3
AOS 14 ANOS

SUBSÍDIO DE FUNERAL CONJUGE/DESCENDENTES SEGURANÇA SOCIAL Kz 25.000,00 Prest. única

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PRINCIPAIS ALTERAÇÕES
Decreto Presidencial n.º 227º/18, 27/9
TAXAS CONTRIBUTIVAS
As taxas contributivas mantêm-se inalteradas. Ou seja, continuam a ser aplicáveis os
PRINCIPAIS ALTERAÇÕES

3% suportados pelo trabalhador e 8% pela entidade patronal.

▪ Aos trabalhadores reformados a taxa contributiva é fixada em 8% (sendo


que anteriormente era de 3%) sem prejuízo da entidade patronal estar
também sujeita a uma taxa contributiva de 8%.

Art. 12º, Decreto Presidencial n.º 227º/18, 27/9

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BASE DE INCIDÊNCIA CONTRIBUTIVA
A principal novidade prende-se com o alargamento da base de incidência contributiva,
considerando a remuneração ilíquida do trabalhador, nomeadamente todas as
PRINCIPAIS ALTERAÇÕES

prestações pecuniárias que sejam devidas pelo empregador ao trabalhador com


excepção das seguintes:

▪ As prestações sociais pagas pela entidade empregadora no âmbito da protecção social obrigatória
(e.g., abono de família, subsídio de maternidade (adiantamento);
▪ O subsídio de férias (o subsídio de natal constitui matéria colectável de contribuições para o INSS);
▪ No caso de o trabalhador auferir parte da remuneração em espécie, deve ser feita uma equivalência
patrimonial em dinheiro, para efeitos de base de incidência contributiva (consultar arts. 166º e 168º LGT).
▪ Valores relativos a modalidades de protecção social complementar previstas em legislação própria.

Art. 13º, Decreto Presidencial n.º 227º/18, 27/9

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CONTRA-ORDENAÇÕES
▪ Em termos contra-ordenacionais, as multas aplicáveis passam a oscilar entre uma a oito
PRINCIPAIS ALTERAÇÕES

vezes a remuneração média mensal*. Ao abrigo do anterior regime, o limite máximo era de
seis vezes a remuneração média mensal.
arts. 22º e seg., Decreto Presidencial n.º 227º/18, 27/9

▪ As penalidades incluem juros de mora de 1% ao mês, sobre o valor do capital inicial da


dívida. O regime anterior estabelecia uma taxa de 2,5% de juros de mora ao mês, sobre o
valor da dívida. art. 16º, Decreto Presidencial n.º 227º/18, 27/9

*A remuneração média mensal é o montante que resulta da soma dos


salários ilíquidos e de outras remunerações efectivamente praticados
na empresa, no mês anterior ao da prática da infracção, que
constituam base de incidência contributiva para a SS, dividindo essa
soma pelo número de trabalhadores da empresa.
art. 21º, Decreto Presidencial n.º 227º/18, 27/9
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Patrícia Ferrão

Human Talent Development Specialist.


Team Leader e Gestor de Projetos nas áreas da
Consultoria Empresarial e da Formação.
Licenciada em Direito pela Universidade Católica
Portuguesa, é formadora certificada em Portugal e
Angola.

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