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Técnico do Seguro Social
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Edição: Setembro/2022
TÍTULO I
PRES/INSS Capítulo I
Dos Segurados, da Filiação e Inscrição, da Vali-
dade, Comprovação e Acerto de Dados do CNIS
z Reconhecer direitos, por meio da concessão de § 1º A filiação à Previdência Social, para os segu-
benefícios, quando todos os requisitos estiverem rados obrigatórios, decorre automaticamente do
presentes; exercício de atividade remunerada.
z Realizar a manutenção de benefícios, com atuali- § 2º O segurado que exercer mais de uma ati-
vidade remunerada sujeita ao RGPS é obri-
zação, prova de vida, pagamentos;
gatoriamente filiado em relação a cada uma
z Realizar a revisão diante de um benefício concedi-
dessas atividades.
do de forma errônea, entre outros. § 3º O aposentado, inclusive por outro regime de
Previdência Social, que exercer atividade abrangi-
O INSS também cuida dos serviços previdenciá- da pelo RGPS é segurado obrigatório em relação
rios (serviço social e reabilitação profissional), além a essa atividade, ficando sujeito às contribuições
da compensação previdenciária (ligada à contagem previstas para fins de custeio da Seguridade Social.
recíproca de tempo de contribuição entre diferentes Art. 4º É segurado facultativo a pessoa física
regimes de previdência) e dos acordos internacionais que se filiar ao RGPS, mediante contribuição,
(que dão origem aos benefícios por totalização, com desde que não esteja exercendo atividade
parte do tempo prestado em um país estrangeiro e remunerada que o enquadre como segurado
outra parte no Brasil). obrigatório ao RGPS ou ao Regime Próprio de
Temos, por fim, o próprio processo administrati- Previdência Social - RPPS.
vo previdenciário, com suas regras específicas, que Parágrafo único. A filiação à Previdência Social,
envolvem a fase preparatória, a fase instrutória, a para os segurados facultativos, decorre de inscri-
ção formalizada, com o pagamento da primeira
fase decisória e a fase recursal.
contribuição sem atraso.
Por fim, cabe destacar que legislações são cobradas
Art. 5º O limite mínimo de idade para ingresso no
nas provas de concursos públicos em sua literalidade, RGPS do segurado obrigatório que exerce ativida-
a famosa “lei seca”. As questões trarão os próprios dis- de urbana ou rural e do facultativo é o seguinte:
positivos legais, com pequenas alterações para deixar I - até 14 de março de 1967, véspera da vigência da
as afirmativas incorretas. Deste modo, iremos incluir Constituição Federal de 1967, 14 (quatorze) anos;
a literalidade da lei e realizar destaques nos pontos II - de 15 de março de 1967, data da vigência da
mais importantes! Constituição Federal de 1967, a 4 de outubro de 5
1988, véspera da promulgação da Constituição contratados, respectivamente, se ainda não inscrito
Federal de 1988, 12 (doze) anos; no RGPS; e
III - a partir de 5 de outubro de 1988, data da pro- c) pelo Microempreendedor individual - MEI, por
mulgação da Constituição Federal de 1988, à 15 de meio do sítio eletrônico do Portal do Empreendedor;
dezembro de 1998, véspera da vigência da Emenda V - segurado especial: preferencialmente, pelo
Constitucional nº 20, 14 (quatorze) anos, exceto titular do grupo familiar, que detiver uma das con-
para menor aprendiz, que conta com o limite dições descritas no art. 109, sendo que o INSS pode-
de 12 (doze) anos, por força do inciso XXXIII do rá solicitar a comprovação desta condição, por
art. 7º da Constituição Federal; e meio da apresentação de documento que caracte-
IV - a partir de 16 de dezembro de 1998, data da rize o exercício da atividade declarada, observadas
publicação e vigência da Emenda Constitucional as disposições contidas no art. 9º; e
nº 20, 16 (dezesseis) anos, exceto para menor VI - facultativo: por ato próprio, mediante cadas-
aprendiz, que é de 14 (quatorze) anos, por força tramento de informações para sua identificação,
do art. 1º da referida Emenda, que alterou o inciso desde que não exerça atividade que o enquadre na
XXXIII do art. 7º da Constituição Federal de 1988. categoria de segurado obrigatório.
Parágrafo único. A partir de 25 de julho de 1991, § 1º Para o empregado doméstico, contribuinte
data da publicação da Lei nº 8.213, de 24 de julho de individual, segurado especial e facultativo, a inscri-
1991, não há limite máximo de idade para o ingres- ção será realizada no Cadastro Nacional de Infor-
so no RGPS.
mações Sociais - CNIS, sendo-lhe atribuído Número
[...]
de Identificação do Trabalhador - NIT, que será
único, pessoal e intransferível, conforme art. 18 do
Seção II Regulamento da Previdência Social - RPS, aprovado
Do não filiado pelo Decreto nº 3.048, de 6 de maio de 1999.
§ 2º Além das informações pessoais, a inscrição do
Dica segurado especial deverá conter:
I - a forma do exercício da atividade, se individual
A Seção II, “Do não filiado”, é de novidade da IN ou em regime de economia familiar, neste caso com
nº 128, de 2022, portanto, muita atenção! vinculação ao seu respectivo grupo familiar;
II - a sua condição no grupo familiar, se titular ou
Art. 7º O não filiado é todo aquele que não componente;
possui forma de filiação obrigatória ou facul- III - o grupo e o tipo de atividade do titular de acor-
tativa ao RGPS, mas se relaciona com a Previ- do com tabela do Código Brasileiro de Ocupações
dência Social. - CBO;
Parágrafo único. Não será observada idade míni- IV - a forma de ocupação do titular vinculando-o
ma para o cadastramento do não filiado, exceto do à propriedade, ao local ou à embarcação em que
representante legal e do procurador. trabalhe;
V - a identificação da propriedade, local ou embar-
Seção III cação em que desenvolve a atividade;
Da inscrição VI - o local ou município onde reside, de forma a
identificar se é mesmo município ou município con-
Art. 8º Considera-se inscrição, para os efeitos na tíguo, ou aglomerado rural; e
Previdência Social, o ato pelo qual a pessoa física VII - a identificação e inscrição da pessoa responsá-
é cadastrada no RGPS mediante comprovação dos vel pelo grupo familiar, quando for o caso.
dados pessoais, da seguinte forma, observada a § 3º O segurado especial integrante de grupo fami-
Seção IV deste Capítulo: liar que não seja proprietário do imóvel rural ou
I - empregado: pelo empregador, por meio da for- embarcação em que desenvolve sua atividade deve
malização do contrato de trabalho e, a partir da
informar, no ato da inscrição e na autodeclaração,
obrigatoriedade do uso do Sistema de Escrituração
conforme o caso, o nome e o número no Cadastro de
Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e
Pessoas Físicas - CPF do parceiro ou meeiro outor-
Trabalhistas - eSocial, instituído pelo Decreto nº
gante, arrendador, comodante ou assemelhado.
8.873, de 11 de dezembro de 2014, ou de sistema
§ 4º Nos casos de impossibilidade de emissão de
que venha a substituí-lo, por meio de registro con-
NIT para indígenas por falta de apresentação de
tratual eletrônico nesse sistema;
certidão de registro civil, o INSS deverá comunicar
II - trabalhador avulso: pelo cadastramento e
registro no Órgão Gestor de Mão de Obra - OGMO, o fato à Fundação Nacional do Índio - FUNAI, que
no caso dos portuários, ou no sindicato, em se tra- orientará e ajudará o indígena, sem registro civil, a
tando de não portuário, e a partir da obrigatorie- obter o documento.
dade do uso do eSocial, ou de sistema que venha a § 5º A ausência da certidão de registro civil citada
substituí-lo, por meio de cadastramento e registro no § 4º, não poderá ser suprida, para fins de con-
eletrônico nesse Sistema; cessão de benefícios previdenciários e assistenciais,
III - empregado doméstico: pelo empregador, por pelos registros administrativos de nascimento e
meio de registro contratual eletrônico no eSocial, óbito escriturados pelos Postos Indígenas ou Admi-
observados os §§ 1º, 7º e 8º e o art. 39; nistrações Executivas da FUNAI.
IV - contribuinte individual: § 6º O número de inscrição da pessoa física no CNIS
a) por ato próprio, mediante cadastramento de poderá ser oriundo das seguintes fontes:
informações para identificação e reconhecimento I - Número de Identificação do Trabalhador - NIT,
da atividade, sendo que o INSS poderá solicitar a atribuído pelo INSS;
comprovação desta condição, a se realizar por II - Programa de Integração Social - PIS, organiza-
meio da apresentação de documento que caracteri- do e administrado pela Caixa Econômica Federal
ze o exercício de atividade; - CEF, com base nas informações fornecidas pelas
b) pela cooperativa de trabalho ou pessoa jurídica empresas, no caso de empregado, e pelo OGMO ou
6 a quem preste serviço, no caso de cooperados ou sindicato, no caso de trabalhador avulso, conforme
§ 1º do art. 7º da Lei Complementar nº 7, de 7 de Art. 11 O INSS poderá solicitar ao filiado a apresen-
setembro de 1970; tação de documentos comprobatórios, quando não
III - Programa de Formação do Patrimônio do Ser- constarem no CNIS informações relativas a dados
vidor Público - PASEP, organizado e administrado cadastrais da pessoa física, atividade, vínculos,
pelo Banco do Brasil - BB, conforme § 6º do art. remunerações e contribuições ou quando houver
5º da Lei Complementar nº 8, de 3 de dezembro de dúvida sobre a regularidade ou a procedência des-
1970; ou sas informações, motivada por divergência, extem-
IV - Número de Identificação Social - NIS, previsto poraneidade ou insuficiência de dados, inclusive
no parágrafo único do art. 3º do Decreto nº 6.135, referentes ao empregador, ao filiado, à natureza da
de 26 de junho de 2007, atribuído e validado pela atividade ou ao vínculo.
CEF quando a pessoa física é inscrita no Cadastro Parágrafo único. Somente serão solicitados ao filia-
Único para Programas Sociais - CadÚnico. do documentos expedidos por órgãos públicos ou
§ 7º Não caberá atribuição de novo número de certidões quando não for possível a sua obtenção
inscrição se o segurado já possuir NIT/PIS/Pasep/ diretamente do órgão ou da entidade responsável
NIS, ainda que seja efetuada alteração de categoria pela base de dados oficial.
profissional. Art. 12 O filiado poderá solicitar, a qualquer
§ 8º O número no CPF é suficiente e substitutivo momento, a inclusão, alteração, ratificação ou
para a apresentação do NIT/PIS/Pasep/NIS, desde exclusão das informações divergentes, extemporâ-
que a inscrição existente no CNIS contenha o núme- neas ou insuficientes, do CNIS, com a apresentação
ro do CPF validado com a base da Secretaria Espe- de documentos comprobatórios, conforme critérios
cial da Receita Federal do Brasil - RFB. estabelecidos em ato normativo próprio do INSS,
§ 9º Presentes os pressupostos da filiação, admite-se observadas as formas de filiação, independente-
a inscrição post mortem do segurado especial, obe- mente de requerimento de benefício.
decidas as regras vigentes para sua caracterização. [...]
§ 10 Na hipótese do § 9º, caso não seja compro- Art. 15 As anotações em Carteira Profissional - CP
vada a condição de segurado especial, poderá ser e/ou Carteira de Trabalho e Previdência Social -
atribuído NIT apenas para fins de formalização do CTPS em meio físico, relativas a férias, alterações
requerimento do benefício previdenciário. de salários e outras, que demonstrem a sequência
§ 11 Não será admitida a inscrição após a morte do exercício da atividade, podem suprir possível
do segurado contribuinte individual e do segurado falha de registro de admissão ou dispensa.
facultativo. Art. 16 As informações constantes na CP ou CTPS
§ 12 A inscrição pode ocorrer na condição de filiado somente serão desconsideradas mediante despacho
e de não filiado, observados o parágrafo único do fundamentado que demonstre a sua inconsistência,
art. 5º e parágrafo único do art. 7º, respectivamente. cabendo, nesta hipótese, o encaminhamento para
§ 13 A comprovação dos dados pessoais e de outros apuração de irregularidades, conforme disciplina-
elementos necessários e úteis à caracterização do do em ato normativo próprio.
segurado poderá ser exigida pelo INSS, a qualquer Art. 17 As informações constantes do CNIS, sujei-
tempo, para atualização de cadastro, inclusive tas a comprovação, serão identificadas e destaca-
Capítulo II
Da Aposentadoria Programada
Art. 249 Ao segurado filiado ao RGPS a partir de 14 de novembro de 2019, dia seguinte ao da publicação da Emenda
Constitucional nº 103, de 2019, será concedida a aposentadoria de que trata este Capítulo, cumprida a carência,
quando preencher, cumulativamente, os seguintes requisitos:
I - 62 (sessenta e dois) anos de idade, se mulher, 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se homem; e
II - 15 (quinze) anos de tempo de contribuição, se mulher, e 20 (vinte) anos de tempo de contribuição, se homem.
§ 1º Para os segurados filiados ao RGPS até 13 de novembro de 2019, data da publicação da Emenda Constitucional
nº 103, de 2019, aplicam-se as regras do caput, se mais vantajosas.
§ 2º A aposentadoria de que trata o caput será calculada na forma prevista do inciso VI do art. 233.
CAPÍTULO III
DA APOSENTADORIA PROGRAMADA DO PROFESSOR
Seção I
Do Requisito de Acesso
Art. 250 Para o professor filiado ao RGPS a partir de 14 de novembro de 2019, dia posterior à publicação da Emen-
da Constitucional nº 103, de 2019, que comprove, exclusivamente, tempo de efetivo exercício em função de
magistério na educação básica, desde que cumprida a carência exigida, será concedida aposentadoria de
que trata esta seção quando implementados, cumulativamente, os seguintes requisitos:
I - cinquenta e sete anos de idade, se mulher, e sessenta anos de idade, se homem; e
II - vinte e cinco anos de contribuição, para ambos os sexos, exclusivamente em efetivo exercício das funções
de magistério na educação infantil, no ensino fundamental ou no ensino médio.
Parágrafo único. A aposentadoria de que trata o caput será calculada na forma prevista no inciso VI do art. 233.
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Empregado
Que comprove exclusivamente tempo de efetivo exercício em função de
magistério na educação básica
APOSENTADORIA
PROGRAMADA DO Empregado
PROFESSOR Cumprida a carência exigida
Empregado
Mulher = 57 anos de idade
Empregado Comprove Homem = 60 anos de idade
cumulativamente os
seguintes requisitos
25 anos de contribuição
para ambos os sexos
Seção II
Das Disposições Transitórias Referentes ao Requisito de Acesso
Art. 251 Fica assegurada a concessão da aposentadoria por tempo de contribuição de professor ao segurado que
comprovar exclusivamente, até 13 de novembro de 2019, data da publicação da Emenda Constitucional nº 103, de
2019, 25 (vinte e cinco) anos, se mulher, e 30 (trinta) anos, se homem, de tempo de atividade exercida em funções de
magistério no ensino básico, independentemente de idade mínima, desde que cumprida a carência exigida até aquela
data.
§ 1º O professor, inclusive o universitário, que não implementou as condições para aposentadoria por tempo de
serviço de professor até 16 de dezembro de 1998, vigência da Emenda Constitucional nº 20, de 1998, poderá ter
contado o tempo de atividade de magistério exercido até esta data, com acréscimo de 17% (dezessete por cento)
para o homem, e de 20% (vinte por cento) para a mulher, se optar por aposentadoria por tempo de contribuição,
independentemente de idade e do período adicional, desde que cumpridos 35 (trinta e cinco) anos de contribuição
para o homem, e 30 (trinta) anos para a mulher, exclusivamente em funções de magistério, respeitada a data limite
a que se refere o caput.
§ 2º A aposentadoria de que trata o caput será calculada na forma prevista na alínea «a» do inciso IV do art. 233.
Art. 252 Ao professor filiado ao RGPS até 13 de novembro de 2019, data da publicação da Emenda Constitucional
nº 103, fica assegurado o direito à aposentadoria por tempo de contribuição, cumprida a carência exigi-
da, quando forem preenchidos, cumulativamente, os seguintes requisitos:
I - comprovar exclusivamente 25 (vinte e cinco) anos de contribuição, se mulher, e 30 (trinta) anos de contri-
33
Seção III § 1º A atividade rural exercida até 31 de dezembro
Da atividade de professor de 2010, pelos trabalhadores rurais de que trata o
caput enquadrados como empregado e contribuinte
Art. 255 O tempo de contribuição para a aposenta- individual, para fins de aposentadoria por idade no
doria a que se refere essa Seção será considerado valor de um salário mínimo, observará as regras
na forma do art. 214. de comprovação relativas ao segurado especial,
§ 1º O tempo de contribuição exercido em atividade mesmo que a implementação das condições para o
diversa de magistério na educação infantil, no ensi- benefício seja posterior à respectiva data.
no fundamental ou no ensino médio não será conta- § 2º Na hipótese do caput, será devido o benefício
bilizado para fins da totalização na aposentadoria ao segurado empregado, contribuinte individual e
do professor, entretanto, deverá ser considerado na segurado especial, ainda que a atividade exercida
formação do PBC. na DER seja de natureza urbana, desde que o segu-
§ 2º É vedada a conversão de tempo de serviço de rado tenha preenchido todos os requisitos para a
magistério na educação infantil, no ensino funda- concessão do benefício rural até a expiração do
mental ou no ensino médio, exercido em qualquer prazo de manutenção da qualidade na condição de
época, em tempo de serviço comum. segurado rural.
Art. 259 Para as aposentadorias por idade dos tra-
Capítulo IV balhadores rurais, não será considerada a perda
Da Aposentadoria por Idade do Trabalhador da qualidade de segurado nos intervalos entre as
Rural atividades rurícolas.
Art. 339 O Perito Médico Federal estabelecerá a Art. 343 O benefício de auxílio por incapacida-
existência ou não de incapacidade para o trabalho de temporária será suspenso quando:
e, conforme o caso, o prazo suficiente para o resta- I - não comparecer o segurado em gozo de auxílio
belecimento dessa capacidade. por incapacidade temporária, concedido judicial
§ 1º Na impossibilidade de realização do exame ou administrativamente, convocado, a qualquer
médico pericial inicial antes do término do período momento, para avaliação das condições que
de recuperação indicado pelo médico assistente em ensejaram sua concessão ou manutenção; e
documentação, é autorizado o retorno do empre- II - o segurado recusar ou abandonar trata-
gado ao trabalho no dia seguinte à data indicada mentos ou processo de reabilitação profissional
pelo médico assistente, mantida a necessidade de proporcionados pelo RGPS, exceto o tratamento
comparecimento do segurado à perícia na data cirúrgico e a transfusão de sangue, devendo ser res-
agendada. tabelecido a partir do momento em que deixar de
§ 2º Na análise médico-pericial serão fixadas a DID existir o motivo que ocasionou a suspensão, desde
e a DII. que persista a incapacidade.
§ 3º Caso o prazo fixado para a recuperação da
capacidade para o trabalho ou para a atividade Seção VI
habitual se revele insuficiente, o segurado poderá, Da Cessação do Benefício
nos 15 (quinze) dias que antecedem a Data de Ces-
sação do Benefício - DCB, solicitar a prorrogação
Art. 344 Os benefícios de auxílio por incapacida-
do benefício.
de temporária sem prazo estimado de duração,
§ 4º Identificada a impossibilidade de desempenho
concedidos ou restabelecidos por decisão judicial,
da atividade que exerce, porém permita o desem-
deverão ser cessados em 120 (cento e vinte dias)
penho de outra atividade, o Perito Médico Federal
contados da data de concessão ou de reativação
poderá encaminhar o segurado ao processo de rea-
do auxílio por incapacidade temporária, exceto se
bilitação profissional.
o segurado requerer a sua prorrogação perante o
INSS.
Seção III
Parágrafo único. O disposto no caput deve ser apli-
Da Prorrogação do Benefício
cado aos benefícios cujo fato gerador tenha ocorri-
do no período de 8 de julho de 2016 a 4 de novembro
Art. 340 Constatada incapacidade decorrente de de 2016, vigência da Medida Provisória nº 739, de 7
doença diversa da geradora do benefício objeto de
de julho de 2016, e para todos aqueles posteriores a
pedido de prorrogação, com alteração do CID devi-
6 de janeiro de 2017, data de publicação da Medida
damente justificado, o pedido será transformado
Provisória nº 767, convertida na Lei nº 13.457, de
em requerimento de novo benefício, independente
26 de junho de 2017.
da data de fixação da DII, observando-se o cumpri-
mento do requisito carência, se for o caso.
Seção VII
Parágrafo único. A DIB e a DIP serão fixadas:
I - no dia seguinte à DCB do primeiro auxílio por Da Reabertura do Benefício
incapacidade temporária, se a DII for menor ou
igual à data da cessação do benefício anterior; e Art. 345 Os pedidos de reabertura de auxílio por
II - na DII, se a DII for maior que a data da cessação incapacidade temporária decorrente de acidente
do benefício anterior. do trabalho deverão ser formulados quando hou-
ver reinício do tratamento ou afastamento por
Seção IV agravamento de lesão do acidente ou doença ocu-
Da Manutenção do Benefício pacional, e serão processados nos mesmos moldes
do auxílio por incapacidade temporária previden-
Art. 341 O segurado ou a segurada em gozo de ciário, cadastrando-se a CAT de reabertura, quando
auxílio por incapacidade temporária, inclusi- apresentada.
ve decorrente de acidente do trabalho, que vier a Art. 346 Somente poderá ser realizado novo
requerer salário-maternidade, terá o benefício sus- requerimento de benefício por incapacidade
penso administrativamente no dia anterior ao da após 30 (trinta) dias, contados da Data de Rea-
DIB do salário-maternidade. lização do Exame - DRE, ou da DCB, ou da Data de
Parágrafo único. Se após o período do salário-ma- Cessação Administrativa - DCA, conforme o caso.
ternidade, o requerente mantiver a incapacidade Art. 347 No caso de novo requerimento, se a perí-
laborativa, deverá ser submetido à nova perícia cia médica concluir que se trata de direito à mesma
médica. espécie de benefício, decorrente da mesma causa de
Art. 342 O segurado que durante o recebimento de incapacidade e sendo fixada a DIB até 60 (sessenta)
auxílio por incapacidade temporária retornar à ati- dias contados da DCB do benefício anterior, será
vidade geradora do benefício e permanecer traba- indeferido o novo pedido, restabelecido o benefício
lhando terá o benefício cancelado a partir da data anterior e descontados os dias trabalhados, quan-
do retorno, devendo ser adotados os procedimentos do for o caso.
para ressarcimento ao erário dos valores recebidos Parágrafo único. Na situação prevista no caput, a
indevidamente. DIP será fixada no dia imediatamente seguinte ao
Parágrafo único. Se durante o gozo do auxílio por da cessação do benefício anterior, ficando a empre-
incapacidade temporária o segurado iniciar nova sa, no caso de empregado, desobrigada do paga-
atividade de filiação obrigatória vinculada ao RGPS mento relativo aos 15 (quinze) primeiros dias do
diversa daquela que gerou o benefício, a perícia novo afastamento.
médica deverá verificar a incapacidade para cada
44 uma das atividades exercidas.
Seção VIII emissão da CAT inicial ou de reabertura, será
Das disposições relativas ao acidente do comunicado ao INSS, por CAT de comunicação de
trabalho óbito, constando a data do óbito e os dados relati-
vos ao acidente inicial.
Art. 348 Quando o exercício da atividade a ser- Art. 351 São responsáveis pelo preenchimento e
viço da empresa, do empregador doméstico ou o encaminhamento da CAT:
exercício do trabalho do segurado especial provo- I - no caso de segurado empregado, a empresa
car lesão corporal ou perturbação funcional empregadora;
que cause morte, perda ou redução, perma- II - para o segurado especial, o próprio acidentado,
nente ou temporária, da capacidade para o seus dependentes, a entidade sindical da categoria,
trabalho, restará configurado o acidente do o médico assistente ou qualquer autoridade pública;
trabalho. III - no caso do trabalhador avulso, a empresa
§ 1º O acidente do trabalho será caracterizado tomadora de serviço e, na falta dela, o sindicato da
quando verificado pelo Perito Médico Federal o categoria ou o órgão gestor de mão de obra;
nexo técnico entre o trabalho e o agravo. IV - no caso de segurado desempregado, nas situa-
§ 2º Em se tratando de segurado empregado, o aci- ções em que a doença profissional ou do trabalho
dente do trabalho será devido desde que a previsão manifestou-se ou foi diagnosticada após a demis-
de afastamento seja superior a 15 (quinze) dias
são, as autoridades dos §§ 4º e 5º; e
consecutivos, observando-se que nos casos de
V - tratando-se de empregado doméstico, o empre-
acidente do trabalho que não geram afastamento
gador doméstico, para acidente ocorrido a partir
superior a esse período, o registro da CAT servirá
de 2 de junho de 2015, data da publicação da Lei
como prova documental do acidente.
Complementar nº 150, de 2015.
§ 3º O empregado intermitente, o segurado espe-
cial, o trabalhador avulso e o empregado domés- § 1º No caso do segurado empregado, trabalhador
tico, este a contar de 2 de junho de 2015, data da avulso e empregado doméstico exercerem ativida-
publicação da Lei Complementar nº 150, de 2015, des concomitantes e vierem a sofrer acidente de
que sofrerem acidente de trabalho com incapacida- trajeto entre um local de trabalho e outro, será obri-
de para sua atividade habitual, serão encaminha- gatória a emissão da CAT pelos dois empregadores.
dos à perícia médica para avaliação do grau de § 2º É considerado como agravamento do acidente
incapacidade e o estabelecimento do nexo técnico, aquele sofrido pelo acidentado quando estiver sob a
logo após o acidente, sem necessidade de aguardar responsabilidade da reabilitação profissional, neste
os 15 (quinze) dias consecutivos de afastamento, caso, caberá ao profissional de referência comuni-
observado o §4º do art. 335. car à perícia médica o ocorrido.
Art. 349 Se do acidente do trabalho decorrer: § 3º O prazo para comunicação do acidente do tra-
I - incapacidade temporária, preenchidos os balho pela empresa ou empregador doméstico será
demais requisitos, o acidentado fará jus ao bene- até o primeiro dia útil seguinte ao da ocorrência e,
fício de auxílio por incapacidade temporária em caso de morte, de imediato, à autoridade com-
em sua modalidade acidentária; petente, sob pena de multa aplicada na forma do
TÍTULO II Seção I
DA COMPENSAÇÃO PREVIDENCIÁRIA Dos interessados
Art. 520 A Compensação Previdenciária é o Art. 524. São considerados interessados legiti-
ressarcimento financeiro entre o RGPS e os mados para realizar o requerimento de bene-
RPPSs dos servidores da União, dos Estados, do fício ou de serviço:
60 Distrito Federal e Municípios, referente ao tempo I - o próprio segurado;
II - o beneficiário; II - a Subsecretaria da Perícia Médica Federal,
III - o dependente; ou nos casos dos benefícios em que a atuação da
IV - pessoa jurídica, em relação a requerimen- Perícia Médica Federal é indispensável no pro-
to referente à contestação de nexo técnico e ao cesso de reconhecimento do direito; e
requerimento de benefício por incapacidade III - os órgãos de controle interno ou externo.
dos segurados que lhe prestam serviço. Parágrafo único. O titular do benefício objeto
§ 1º Os interessados relacionados nos incisos I, II e da revisão disposta no caput deverá ser rela-
III do caput devem ser titulares dos direitos e inte- cionado no processo, de forma que lhe seja
resses individuais objeto do requerimento. garantido o direito de defesa e contraditório.
§ 2º O requerimento efetuado pelo interessado dis-
posto no inciso IV do caput, em relação a contesta- Seção II
ção de nexo técnico, está vinculado à contestação Dos Representantes
em benefício de incapacidade dos segurados que lhe
prestam ou prestaram serviço. Art. 527 São legitimados como representantes
§ 3º Na hipótese do § 2º, o segurado titular deverá para realizar o requerimento do benefício ou
ser relacionado no processo, de forma que lhe seja serviço:
garantido o direito de defesa e contraditório.
I - em se tratando de interessado civilmente
§ 4º O requerimento disposto no caput poderá ser
incapaz:
realizado por representante devidamente qualifica-
a) o representante legal, assim entendido o
do, na forma do art. 527.
tutor nato, tutor, curador, detentor da guar-
§ 5º Em se tratando de requerimento efetuado
da, ou administrador provisório do interessa-
por interessado disposto no inciso IV, a repre-
do, quando for o caso; ou
sentação é obrigatória.
b) o dirigente de entidade de atendimento de
§ 6º No caso de falecimento do requerente do
que trata o art. 92, § 1º, do Estatuto da Criança
benefício, os dependentes ou herdeiros pode-
e do Adolescente - ECA;
rão manifestar interesse no processamento do
II - em se tratando de interessado civilmente
requerimento já protocolado, mantida a DER
capaz:
na data do agendamento inicial, hipótese em
a) o procurador legalmente constituído; ou
que, obrigatoriamente, deverá ser comprovado
o óbito e anexado o comprovante do agendamento b) as entidades conveniadas.
eletrônico no processo de benefício. § 1º Os apoiadores, de que trata o art. 1.783-A da
§ 7º Respeitado o prazo decadencial do benefício Lei nº 10.406, de 2002, eleitos por pessoa com defi-
originário, os beneficiários da pensão por morte ciência, para que possam exercer sua capacidade
têm legitimidade para dar início ao processo de em processo de tomada de decisão apoiada, não
revisão do benefício originário de titularidade do são legitimados para realizar requerimento de
instituidor, exclusivamente para fins de majoração benefício ou serviço ou recebimento de benefício,
da renda mensal da pensão por morte. mas poderão ter acesso a dados pessoais e proces-
§ 8º Reconhecido o direito à revisão prevista no § sos da pessoa apoiada.
§ 2º Não caberá ao INSS fazer exigência de