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Segurados, filiação e
inscrição
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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ..............................................................................................................................3
2. INSCRIÇÃO E FILIAÇÃO ................................................................................................................5
3. SEGURADOS ..............................................................................................................................19
4. SEGURADOS FACULTATIVOS .....................................................................................................39
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SEGURADOS, FILIAÇÃO E INSCRIÇÃO
Base do resumo:
Frederico Amado1
André Studart2
Carlos Alberto Pereira de Castro e João Batista Lazzari3
Dizer o Direito4
1. INTRODUÇÃO
1 AMADO, Frederico. Direito Previdenciário. Coleção sinopse para concursos. 7ª ed. Salvador: Editora Juspodivm. 2016.
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LEITÃO, André Studart. Manual de Direito Previdenciário. 4ª ed. São Paulo: Saraiva. 2016.
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CASTRO, Carlos Alberto Pereira de; LAZZARI, João Batista. Manual de Direito Previdenciário. 23.ed, Rio de Janeiro:
Forense, 2020.
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CAVALCANTE. Márcio André Lopes. Dizer o Direito. Extraído do sítio: http://www.dizerodireito.com.br/
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SIM. É possível, por exemplo, que uma pessoa tenha um emprego formalizado por carteira de trabalho,
sendo empregado, e exerça, ao mesmo tempo outra atividade como autônomo (contribuinte individual).
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2. INSCRIÇÃO E FILIAÇÃO
São duas as formas de estabelecer vínculo jurídico com o RGPS: filiação e inscrição. É a partir delas que
os se estabelece o liame entre o segurado e a previdência, gerando direitos a benefícios.
Decreto n. 3.048/99, Art. 20. Filiação é o vínculo que se estabelece entre pessoas que contribuem para
a previdência social e esta, do qual decorrem direitos e obrigações.
É com a filiação que uma pessoa natural passará à condição de segurado e terá proteção previdenciária
para si e seus dependentes.
Nos termos dos do art. 3º da IN INSS n. 128/2022:
Art. 3º São segurados obrigatórios os filiados ao RGPS nas categorias de empregado, empregado
doméstico, trabalhador avulso, contribuinte individual e segurado especial.
§ 1º A filiação à Previdência Social, para os segurados obrigatórios, decorre automaticamente do
exercício de atividade remunerada.
§ 2º O segurado que exercer mais de uma atividade remunerada sujeita ao RGPS é obrigatoriamente
filiado em relação a cada uma dessas atividades.
Veja que, embora o §1º, do art. 3º, da Instrução expresse que a filiação, para os segurados obrigatórios,
decorrerá automaticamente do simples fato de existir atividade remunerada.
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Há exceção?
SIM. Exemplo: os contribuintes individuais que trabalhem por conta própria. Nesse caso, não bastará o
exercício de atividade laborativa remunerada para que ocorra a filiação, sendo necessário, ainda, o
efetivo recolhimento das contribuições previdenciárias, já que não existe empresa ou empregador para
ser responsável pela arrecadação, competindo ao próprio contribuinte fazê-lo.
Segundo Frederico Amado, “o reconhecimento da filiação é o direito de o segurado ter reconhecido, em
qualquer época, o tempo de exercício de atividade anteriormente abrangida pela Previdência social, na
forma do art. 121 do Regulamento da Previdência Social.
A inscrição, por sua vez, é o ato pelo qual o segurado ou dependente é cadastrado no RGPS.
Art. 18. Considera-se inscrição de segurado para os efeitos da previdência social o ato pelo qual o
segurado é cadastrado no RGPS, por meio da comprovação dos dados pessoais, da seguinte
forma: (Redação dada pelo Decreto nº 10.410, de 2020).
Quanto ao segurado obrigatório e empregado doméstico (LC 150/2015), a sua filiação é automática,
ocorre a partir do momento em que ele começa a desempenhar atividade vinculada ao RGPS (art. 20 do
RPS). A inscrição terá efeito meramente declaratório.
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Percebam, então, que, para o segurado facultativo se filiar ao regime previdenciário público, deverá ele
promover por ato próprio a filiação, bem como proceder ao pagamento da primeira contribuição
previdenciária.
Vê-se que a filiação do segurado facultativo não é compulsória. Cuida-se, em verdade, de um ato volitivo,
que gera efeitos a partir da inscrição e do primeiro recolhimento, não podendo retroagir e não permitindo
o pagamento de contribuições relativas a competências anteriores à data da inscrição.
Obs.: Os segurados facultativos são exemplos claros do princípio da universalidade da cobertura. Ex.:
dona de casa, que, embora não desenvolva atividade remunerada, pode filiar ao regime geral na condição
de segurada facultativa.
A filiação do trabalhador rural contratado pelo prazo de até 2 meses, dentro de 1 ano, por produtor rural,
para realizar atividade de natureza temporária, decorre da inclusão na GFIP (Decreto n. 3.048/99, art. 20,
§ 2º).
Art. 20. Filiação é o vínculo que se estabelece entre pessoas que contribuem para a previdência social e
esta, do qual decorrem direitos e obrigações.
§ 2º A filiação do trabalhador rural contratado por produtor rural pessoa física por prazo de até dois
meses no período de um ano, para o exercício de atividades de natureza temporária, decorre
automaticamente de sua inclusão em declaração prevista em ato do Secretário Especial da Receita
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Federal do Brasil do Ministério da Economia por meio de identificação específica. (Redação dada pelo
Decreto nº 10.410, de 2020).
Atualmente, a inscrição é feita no Cadastro Nacional de Informações – CNIS, um sistema responsável pelo
controle das informações de todos os segurados e contribuintes da Previdência Social.
Vários motivos põem fim à filiação: a morte, a perda da qualidade de segurado, o afastamento do RGPS
em razão do ingresso em outro regime previdenciário.
Art.11. São segurados obrigatórios da Previdência Social as seguintes pessoas físicas: (Redação dada pela
Lei nº 8.647, de 1993)
(...)
§ 2º Todo aquele que exercer, concomitantemente, mais de uma atividade remunerada sujeita ao
Regime Geral de Previdência Social é obrigatoriamente filiado em relação a cada uma delas.
§ 3º O aposentado pelo Regime Geral de Previdência Social–RGPS que estiver exercendo ou que voltar
a exercer atividade abrangida por este Regime é segurado obrigatório em relação a essa atividade,
ficando sujeito às contribuições de que trata a Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, para fins de custeio
da Seguridade Social. (Parágrafo incluído pela Lei nº 9.032, de 28.4.95)
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Como caiu em prova:
UFPA (BANCA PRÓPRIA), 2017 (Adaptada): O aposentado pelo Regime Geral de Previdência Social que
voltar a exercer atividades elencadas pelo Regulamento, também abrangidas pelo Regime Geral, é
segurado facultativo em relação a essa atividade.
Errado.
Nesse sentido:
É constitucional a contribuição previdenciária devida por aposentado pelo Regime Geral de Previdência
Social (RGPS) que permaneça em atividade ou a essa retorne.
STF. Plenário virtual. ARE 1224327/ES, Min. Presidente Dias Toffoli, julgado em 27.09.2019 (repercussão
geral – Tema 1065)
Esquematizando:
Isso é permitido?
NÃO. Para o INSS, a desaposentação não possui previsão legal. Ao contrário, segundo a autarquia
previdenciária, a desaposentação é proibida pelo § 2º do art. 18 da Lei nº 8.213/91 e pelo art. 181-B do
Regulamento da Previdência Social:
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Lei n. 8.213/91:
Art. 18 (...) § 2º O aposentado pelo Regime Geral de Previdência Social – RGPS que permanecer em
atividade sujeita a este Regime, ou a ele retornar, não fará jus a prestação alguma da Previdência Social
em decorrência do exercício dessa atividade, exceto ao salário-família e à reabilitação profissional,
quando empregado.
Decreto n. 3.048/99:
Art. 181-B. As aposentadorias por idade, tempo de contribuição e especial concedidas pela previdência
social, na forma deste Regulamento, são irreversíveis e irrenunciáveis.
Info 845 do STF: No âmbito do Regime Geral de Previdência Social - RGPS, somente lei pode criar
benefícios e vantagens previdenciárias, não havendo, por ora, previsão legal do direito à
"desaposentação", sendo constitucional a regra do art. 18, § 2º, da Lei 8.213/1991. STF. Plenário. RE
381367/RS, RE 661256/SC e RE 827833/SC, red. p/ o ac. Min. Dias Toffoli, julgados em 26 e 27/10/2016
(repercussão geral) (Info 845).
Na oportunidade, entendeu o Min. Teori Zavascki que “essas contribuições efetuadas pelos aposentados
destinam-se ao custeio atual do sistema de seguridade, e não ao incremento de um benefício para o
segurado ou seus dependentes”.
Desse modo, para o STF, não é inconstitucional o aposentado pagar contribuições para a Previdência
Social e não usufruir uma melhora por causa disso. Não é inconstitucional porque tal contribuição está
amparada pelo princípio da solidariedade (art. 3º, I, da CF/88).
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O argumento de que a desaposentação é uma "renúncia" à aposentadoria não foi acolhido
Um dos argumentos dos aposentados para defenderem a desaposentação é o de que ela seria permitida
porque consistiria na renúncia da aposentadoria (que é um direito patrimonial disponível) e, após
renunciar, a pessoa pediria novamente uma nova aposentadoria, agora somando os novos períodos de
contribuição.
O STF, contudo, não acolheu esta alegação.
Segundo argumentou o Min. Teori Zavascki, não se trata de uma simples “renúncia”, mas sim uma
verdadeira "substituição" de uma aposentadoria menor por uma maior, ou seja, uma progressão de
escala. Essa "troca" de benefício não tem amparo na lei. Logo, não existe "dever" da Previdência de fazer
essa substituição.
O RGPS tem natureza estatutária ou institucional, e não contratual. Isso significa dizer que a previdência
administrada pelo INSS deve sempre ser baseada na lei, sem qualquer espaço para a aquisição de direitos
subjetivos sem previsão legal. Somente lei pode criar benefícios e vantagens previdenciárias.
No âmbito do Regime Geral de Previdência Social - RGPS, somente lei pode criar benefícios e vantagens
previdenciárias, não havendo, por ora, previsão legal do direito à desaposentação, sendo constitucional
a regra do art. 18, § 2º, da Lei nº 8.213/91. STJ. 1ª Seção. REsp 1334488-SC, Rel. Min. Herman Benjamin,
julgado em 27.03.2019 (recurso repetitivo) (Info 649).
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Em 2016, o STF decidiu que não há previsão legal do direito à “desaposentação”.
Depois da decisão do STF começaram a ser propostas ações alegando que o Supremo havia decidido
apenas sobre a desaposentação, mas não sobre a reaposentação.
Os Ministros entenderam que o STF já rejeitou a hipótese de reaposentação no primeiro julgamento
ocorrido em 2016. No entanto, para evitar dúvidas, o STF resolveu alterar a tese anterior para deixar isso
mais claro:
Tese original: No âmbito do Regime Geral de Previdência Social - RGPS, somente lei pode criar benefícios
e vantagens previdenciárias, não havendo, por ora, previsão legal do direito à “desaposentação”, sendo
constitucional a regra do art. 18, § 2º, da Lei 8.213/1991.
Tese modificada: No âmbito do Regime Geral de Previdência Social - RGPS, somente lei pode criar
benefícios e vantagens previdenciárias, não havendo, por ora, previsão legal do direito à
'desaposentação' ou à ‘reaposentação’, sendo constitucional a regra do art. 18, § 2º, da Lei nº
8.213/1991.
Por outro lado, o STF deu parcial provimento aos embargos declaratórios para:
• dizer que são irrepetíveis os valores alimentares recebidos de boa-fé por segurados beneficiados
com desaposentação ou reaposentação, até a proclamação do resultado.
• garantir o direito daqueles que usufruem de “desaposentação” ou de “reaposentação” em
decorrência de decisão transitada em julgado, até a proclamação do resultado do julgamento dos
embargos de declaração (06.02.2020). STF. Plenário. RE 381367 ED/RS e RE 827833 ED/SC, rel. orig. Min.
Dias Toffoli, red. p/ o ac. Min. Alexandre de Moraes, julgado em 6.2.2020 (repercussão geral) (Info 965).
Momento da inscrição:
Como visto, a inscrição é o cadastro do segurado ou de seu dependente no banco de dado da previdência
social, mediante comprovação dos dados pessoais e de outros elementos necessários e úteis à sua
caracterização.
A inscrição, sendo ato meramente formal, geralmente ocorre posteriormente à filiação, exceto em
relação ao segurado facultativo, cuja inscrição ocorre antes da filiação.
Para os segurados obrigatórios a inscrição pressupõe a filiação, sendo que a aquela sem esta não produz
qualquer efeito perante a previdência social. Segundo Frederico Amado (2020), no caso dos segurados
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CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Não há, por ora, previsão legal do direito à 'desaposentação' ou à ‘reaposentação’,
sendo constitucional a regra do art. 18, § 2º, da Lei nº 8.213/91. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em:
<https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/d8567273b20e64233b575a130159a15d>. Acesso
em: 12/11/2020
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obrigatórios, não há previsão na legislação previdenciária para que a inscrição ocorra concomitantemente
à filiação, pois a inscrição pressupõe a comprovação do exercício de trabalho remunerado.
CESPE/CEBRASPE, TCE-RO, 2013: A inscrição do segurado trabalhador avulso no RGPS ocorre pelo
cadastramento e registro no sindicato ou órgão gestor de mão de obra.
Certo.
Comentário: Artigo 18, Decreto n. 3.048/99: "Considera-se inscrição de segurado para os efeitos da
previdência social o ato pelo qual o segurado é cadastrado no Regime Geral de Previdência Social,
mediante comprovação dos dados pessoais e de outros elementos necessários e úteis a sua
caracterização, observado o disposto no art. 330 e seu parágrafo único, na seguinte forma:
I - o empregado e trabalhador avulso - pelo preenchimento dos documentos que os habilitem ao exercício
da atividade, formalizado pelo contrato de trabalho, no caso de empregado, observado o disposto no §
2o do art. 20, e pelo cadastramento e registro no sindicato ou órgão gestor de mão-de-obra, no caso de
trabalhador avulso".
CESPE/CEBRASPE, DPU, 2010: Quanto à filiação do segurado obrigatório à previdência social, vigora o
princípio da automaticidade, segundo o qual a filiação desse segurado decorre, automaticamente, do
exercício de atividade remunerada, independentemente de algum ato seu perante a previdência social.
A inscrição, ato material de registro nos cadastros da previdência social, pode ser concomitante ou
posterior à filiação, mas nunca, anterior.
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Certo.
Comentário: Esse ponto tem que ser analisado com cuidado. O professor Fábio Zambitte Ibrahim e o
professor Frederico Amado entendem que a inscrição do segurado obrigatório NÃO pode ocorrer nem
antes, nem concomitante à filiação. Dessa forma, afirmam que a inscrição pressupõe a filiação, já que o
ato de inscrição só será válido se houver exercício de atividade laborativa remunerada por segurado
obrigatório.
Mas o CESPE, nessa questão, entendeu que SÓ NÃO PODE SER ANTERIOR, podendo ser concomitante
ou posterior. Síntese:
Para os segurados obrigatórios:
1) Pode ocorrer inscrição ANTERIOR à filiação?
- NÃO (só é anterior no caso do segurado facultativo)
2) Pode ocorrer inscrição CONCOMITANTE à filiação?
- NÃO (segundo entendimento de Fábio Zambitte e Frederico Amado)
- SIM (segundo a banca CESPE entendeu na questão DPU 2010)
3) Pode ocorrer inscrição POSTERIOR à filiação?
- SIM (é a regra)
“O art. 18, § 2º, do RPS, restringe indevidamente a inscrição dos menores de 16 anos, apesar de o aprendiz
poder ter 14 anos de idade, conforme previsão constitucional, sendo considerado segurado empregado”.
(AMADO, 2020)
No caso do empregado, trabalhador avulso e contribuinte individual que trabalha para pessoa jurídica,
caberá à empresa promover a inscrição do segurado a seu serviço.
E no caso de contribuinte individual que trabalha por conta própria e segurado facultativo?
Nessa hipótese, o próprio segurado deverá requerer a sua inscrição do INSS.
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Assim, se um contribuinte individual, que trabalha por conta própria, não recolher as contribuições
necessárias, não se filiará ao RGPS. Caso venha a falecer, como não era segurado, os seus dependentes
não terão direito à pensão por morte, por exemplo, já que, como visto, não é possível o recolhimento das
contribuições em atraso e a inscrição após a morte.
O comentado se aplica tanto para o segurado contribuinte individual quanto para o segurado facultativo,
inclusive, a Lei 13.846/2019 alterou a Lei 8.213/91 para constar expressamente a não possibilidade de
inscrição post mortem, cite-se:
Art. 17, §7º Não será admitida a inscrição post mortem de segurado contribuinte individual e de
segurado facultativo. (Incluído pela Lei nº 13.846, de 2019)
Não se admite o recolhimento post mortem de contribuições previdenciárias a fim de que, reconhecida
a qualidade de segurado do falecido, seja garantida a concessão de pensão por morte aos seus
dependentes. (STJ. 2ª Turma. REsp 1346852-PR, Rel. Min. Humberto Martins, julgado em 21.5.2013).
Ou seja, a Lei n. 13.846/2019 inseriu o §7º ao art. 17 da Lei n. 8.213/91 corroborando esse entendimento
jurisprudencial.
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Descabida a pretensão de regularização “post mortem” do recolhimento das contribuições
previdenciárias devidas pelo segurado contribuinte individual exercente de atividade informal, salvo
quando devam ser arrecadadas por empresa tomadora de serviços. Vide Súmula 52 da TNU.
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Certo.
Art. 32. A inscrição do empregador e a entrada única de dados cadastrais e de informações trabalhistas,
previdenciárias e fiscais no âmbito do Simples Doméstico dar-se-ão mediante registro em sistema
eletrônico a ser disponibilizado em portal na internet, conforme regulamento.
Nesse sentido, a TNU já decidiu no TEMA 29 de seus representativos de controvérsia que a presunção de
recolhimentos previdenciários por parte do empregador também deve incidir para os empregados
domésticos (TEMA 29). Veja a tese:
Inscrição do dependente:
Em relação ao dependente, apenas ocorrerá sua inscrição quando houver requerimento administrativo
de benefício previdenciário, a teor do art. 17, § 1º, da Lei n. 8.213/91 e art. 22 do RPS, com a devida
apresentação dos documentos comprobatórios de dependência. Assim, não cabe ao segurado inscrever
previamente o dependente.
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Art. 23, § 5º Para o dependente inválido ou com deficiência intelectual, mental ou grave, sua condição
pode ser reconhecida previamente ao óbito do segurado, por meio de avaliação biopsicossocial realizada
por equipe multiprofissional e interdisciplinar, observada revisão periódica na forma da legislação.
Assim, na hipótese de dependente deficiente (inválido, deficiente intelectual, menta ou grave) permite
que haja sua inscrição previamente ao óbito do segurado.
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3. SEGURADOS
Segurados Obrigatórios:
o Empregado
o Trabalhador avulso
o Empregado doméstico
o Contribuinte individual
o Segurado especial
Segurados Facultativos.
Segurado empregado:
Lei n. 8.213/91, Art. 11. São SEGURADOS OBRIGATÓRIOS da Previdência Social as seguintes pessoas
físicas: (Redação dada pela Lei nº 8.647, de 1993)
I - como EMPREGADO:
a) aquele que presta serviço de natureza urbana ou rural à empresa, em caráter NÃO EVENTUAL, sob
sua subordinação e mediante remuneração, inclusive como diretor empregado;
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Súmula n. 5 da TNU: A prestação de serviço rural por menor de 12 a 14 anos, até o advento da Lei 8.213,
de 24 de julho de 1991, devidamente comprovada, pode ser reconhecida para fins previdenciários.
b) aquele que, contratado por empresa de TRABALHO TEMPORÁRIO, definida em legislação específica,
presta serviço para atender a necessidade transitória de substituição de pessoal regular e permanente
ou a acréscimo extraordinário de serviços de outras empresas;
c) o brasileiro ou o estrangeiro domiciliado e contratado NO BRASIL para trabalhar como empregado
em sucursal ou agência de empresa nacional no exterior;
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Como caiu em prova:
CESPE/CEBRASPE, TRT7, 2017: Os segurados obrigatórios da previdência social na condição de
empregado incluem o brasileiro domiciliado e contratado no exterior como empregado de empresa
nacional.
Errado.
Essa hipótese se amolda como exceção ao princípio da territorialidade da filiação, pois um trabalhador
labora no exterior e é segurado obrigatório do RGPS.
d) aquele que presta serviço NO BRASIL a missão diplomática ou a repartição consular de carreira
estrangeira e a órgãos a elas subordinados, ou a membros dessas missões e repartições, EXCLUÍDOS o
não-brasileiro sem residência permanente no Brasil e o brasileiro amparado pela legislação
previdenciária do país da respectiva missão diplomática ou repartição consular;
ATENÇÃO! Aqui, o aluno deve atentar-se para as hipóteses que excluem o caráter de segurado
obrigatório:
Estrangeiro sem residência permanente no Brasil;
Brasileiro que tenha cobertura previdenciária do país estrangeiro.
e) o brasileiro civil que TRABALHA PARA A UNIÃO, no exterior, em organismos oficiais brasileiros ou
internacionais dos quais o BRASIL SEJA MEMBRO EFETIVO, ainda que lá domiciliado e contratado, salvo
se segurado na forma da legislação vigente do país do domicílio;
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INSS 2016 (CESPE): Brasileiro contratado pela Organização das Nações Unidas, da qual o Brasil faz parte
como membro efetivo, é considerado segurado obrigatório do RGPS, mesmo que domiciliado e
contratado no exterior, salvo se estiver coberto por regime próprio de previdência social.
Certo.
f) o BRASILEIRO ou ESTRANGEIRO
- domiciliado e CONTRATADO NO BRASIL
- para trabalhar como empregado em empresa domiciliada no exterior,
- cuja maioria do capital votante pertença a empresa brasileira de capital nacional;
g) o servidor público ocupante de cargo em comissão, sem vínculo efetivo com a União, Autarquias,
inclusive em regime especial, e Fundações Públicas Federais. (Incluída pela Lei nº 8.647, de 1993)
h) o exercente de mandato eletivo federal, estadual ou municipal, desde que NÃO vinculado a regime
próprio de previdência social; (Incluída pela Lei nº 9.506, de 1997)
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i) o empregado de organismo oficial internacional ou estrangeiro em funcionamento no Brasil, salvo
quando coberto por regime próprio de previdência social; (Incluída pela Lei nº 9.876, de 26.11.99)
j) o exercente de mandato eletivo federal, estadual ou municipal, desde que não vinculado a regime
próprio de previdência social; (Incluído pela Lei nº 10.887, de 2004)
Em relação ao mandato eletivo, cite-se a tese firmada pelo STF no julgamento do RE 626837/GO, em
repercussão geral, julgado no dia 25.05.2017:
“Incide contribuição previdenciária sobre os rendimentos pagos aos exercentes de mandato eletivo
decorrentes da prestação de serviços à União, a Estados e ao Distrito Federal ou a municípios após o
advento da Lei 10.887/2004, desde que não vinculados a regime próprio de previdência”. (...) A Corte
entendeu que a Emenda Constitucional 20/1998 passou a determinar a incidência da contribuição sobre
qualquer segurado obrigatório da previdência social, os art. 195, I, “a” e II e art. 40, §13, ambos da
Constituição Federal submeteu todos os ocupantes de cargos temporários ao regime geral da
previdência, o que alcança os exercentes de cargo eletivo.
Art. 40, § 13. Aplica-se ao agente público ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão declarado em
lei de livre nomeação e exoneração, de outro cargo temporário, inclusive mandato eletivo, ou de
emprego público, o Regime Geral de Previdência Social. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº
103, de 2019)
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Errado. Não pode ser vinculado ao RPPS.
CESPE/CEBRASPE, TCE-PA, 2016: O prefeito municipal que não esteja vinculado a regime próprio de
previdência social é segurado obrigatório do regime geral de previdência social.
Certo.
Empregado doméstico:
Empregado doméstico “é aquele que presta serviços de natureza contínua a pessoa ou família, no
âmbito residencial desta, em atividade sem fins lucrativos”, mediante remuneração, (art. 11, II da Lei
nº 8.213/91).
Características do empregado doméstico:
Existência de vínculo empregatício;
Atividades desenvolvidas na residência ou em razão desta;
Atuação em atividades sem fins lucrativos.
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CESPE/CEBRASPE, SERPRO, 2013: A legislação de regência do RGPS confere ao empregador doméstico a
obrigação de arrecadar e recolher a contribuição previdenciária do segurado empregado doméstico que
lhe presta serviços, juntamente com a parcela a seu cargo.
Certo.
CESPE/CEBRASPE, SEMAD-ARACAJU/PROCURADOR, 2008: Considere que Maria José presta serviços
habituais e contínuos para Cláudia, no ambiente residencial desta, sendo certo que as atividades
desenvolvidas não têm fins lucrativos. Nessa situação hipotética, Maria José é empregada doméstica e
responsável pelo recolhimento de sua própria contribuição para a previdência social.
Errado.
Contribuinte individual:
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CESPE/CEBRASPE, TRT7, 2017: Leandra, que trabalha como manicure autônoma há cinco anos, prestando
seus serviços diretamente aos seus clientes, que são pessoas físicas, nunca realizou qualquer contribuição
previdenciária.
Nessa situação hipotética, Leandra é considerada automaticamente inscrita no RGPS, pelo simples fato
de desempenhar a referida atividade profissional
Errado.
CESPE/CEBRASPE, TRT7, 2017: Leandra, que trabalha como manicure autônoma há cinco anos, prestando
seus serviços diretamente aos seus clientes, que são pessoas físicas, nunca realizou qualquer contribuição
previdenciária.
Nessa situação hipotética, Leandra é segurada obrigatória do RGPS
Certo.
CESPE/CEBRASPE, INSS, 2016: As empresas são obrigadas a arrecadar a contribuição do segurado
contribuinte individual a seu serviço, descontando-a da respectiva remuneração.
Certo.
Nos termos do art. 11, V, da Lei nº 8.213/91, são segurados obrigatórios, na qualidade de contribuinte
individual:
a) a pessoa física, proprietária ou não, que EXPLORA ATIVIDADE AGROPECUÁRIA, a qualquer título, em
caráter permanente ou temporário, em área SUPERIOR a 4 (quatro) módulos fiscais; ou, quando em área
igual ou inferior a 4 (quatro) módulos fiscais ou atividade pesqueira, com auxílio de empregados ou por
intermédio de prepostos; ou ainda nas hipóteses dos §§ 9o e 10 deste artigo;
b) a pessoa física, proprietária ou não, que explora atividade de extração mineral - garimpo, em caráter
permanente ou temporário, diretamente ou por intermédio de prepostos, com ou sem o auxílio de
empregados, utilizados a qualquer título, ainda que de forma não contínua; (Redação dada pela Lei nº
9.876, de 26.11.99)
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Como caiu em prova:
FCC, TRF3, 2019 (Adaptada): A pessoa física residente em imóvel rural ou em aglomerado urbano ou rural
próximo a ele que, individualmente ou em regime de economia familiar, ainda que com eventual auxílio
de terceiros, será considerada segurado especial dentro do INSS. Em face desta narrativa, NÃO se pode
considerar segurado especial a pessoa física, proprietária ou não, que explora atividade de extração
mineral - garimpo, em caráter permanente ou temporário, diretamente ou por intermédio de prepostos,
com ou sem o auxílio de empregados, utilizados a qualquer título, ainda que de forma não contínua.
Certo.
IMPORTANTE! Inclusive o tempo prestado como aspirante à vida religiosa é considerado pela
jurisprudência para fins previdenciários. (REsp. 1.103.120)
e) o brasileiro civil que trabalha no exterior para organismo oficial internacional do qual o Brasil é
membro efetivo, ainda que lá domiciliado e contratado, salvo quando coberto por regime próprio de
previdência social;" (NR) (Alínea realinhada pela Lei nº 9.528, de 10.12.97 e Alterada pela Lei nº 9.876, de
26.11.99)
IMPORTANTE! Situação semelhante à prevista no artigo 11, I, da Lei 8.213/91, diferenciando-se apenas
no contratante do serviço: sendo este a União, o trabalhador será segurado empregado, sendo
organismo oficial internacional, será ele contribuinte individual. Nos dois casos a regra é supletiva, ou
seja, somente será segurado o trabalhador não abrangido por regime próprio de previdência social.
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CESPE/CEBRASPE, INSS, 2008: Miguel, civil, brasileiro nato que mora há muito tempo na Suíça, foi
contratado em Genebra para trabalhar na Organização Mundial de Saúde. Seu objetivo é trabalhar nessa
entidade por alguns anos e retornar ao Brasil, razão pela qual optou por não se filiar ao regime próprio
daquela organização. Nessa situação, Miguel é segurado obrigatório da previdência social brasileira na
qualidade de contribuinte individual.
Certo.
f) o titular de firma individual urbana ou rural, o diretor não empregado e o membro de conselho de
administração de sociedade anônima, o sócio solidário, o sócio de indústria, o sócio gerente e o sócio
cotista que recebam remuneração decorrente de seu trabalho em empresa urbana ou rural, e o associado
eleito para cargo de direção em cooperativa, associação ou entidade de qualquer natureza ou finalidade,
bem como o síndico ou administrador eleito para exercer atividade de direção condominial, DESDE QUE
RECEBAM REMUNERAÇÃO; (Alínea Incluída pela Lei nº 9.876, de 26.11.99)
IMPORTANTE! Os síndicos ou gestor de condomínios edilícios estão incluídos neste rol, mesmo os que
recebem remuneração INDIRETA, ao não pagar as despesas condominiais. No julgamento do REsp.
1.064.455, decidiu o STJ que é devida a contribuição social sobre o pagamento do pró-labore aos síndicos
imobiliários, assim como sobre a isenção da taxa condominial devida a eles.
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Como caiu em prova:
CESPE/CEBRASPE, AGU, 2015: Conforme entendimento do STJ, síndico de condomínio que receber
remuneração pelo exercício dessa atividade será enquadrado como contribuinte individual do RGPS, ao
passo que o síndico isento da taxa condominial, por não ser remunerado diretamente, não será
considerado contribuinte do RGPS.
Errado.
CESPE/CEBRASPE, MPOG, 2015: O síndico de condomínio ou o administrador que tenha sido eleito em
janeiro de 2015 para exercer atividade de administração condominial e que receba remuneração
está amparado na lei para se inscrever como contribuinte facultativo da previdência social.
Errado.
CESPE/CEBRASPE, INSS, 2008: Um síndico de condomínio que resida no condomínio que administra e
receba remuneração por essa atividade é segurado da previdência social na qualidade de empregado.
Errado.
g) quem presta serviço de natureza urbana ou rural, em CARÁTER EVENTUAL, a uma ou mais empresas,
sem relação de emprego; (Alínea Incluída pela Lei nº 9.876, de 26.11.99)
h) a pessoa física que exerce, por conta própria, atividade econômica de natureza urbana, com fins
lucrativos ou não;" (Alínea Incluída pela Lei nº 9.876, de 26.11.99)
Trabalhador avulso:
Segurado trabalhador avulso é aquele que
- presta serviços a diversas empresas,
- sem vínculo empregatício,
- de natureza urbana ou rural,
- definidos no regulamento, conforme previsão do art. 12, inc. VI, da Lei n. 8.212/91.
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Prestação de serviços de natureza urbana ou rural a empresas sem vínculo empregatício;
Intermediação do trabalho por órgão gestor de mão de obra ou sindicato da categoria;
Não há necessidade de sindicalização.
Segurado especial:
Segurado especial é
- o produtor, o parceiro, o meeiro e o arrendatário rurais e o pescador artesanal,
- bem como os RESPECTIVOS CÔNJUGES,
- que exerçam suas atividades em regime de economia familiar,
- SEM empregados permanentes, e
- contribuam para a seguridade social mediante a aplicação de uma alíquota sobre o resultado da
COMERCIALIZAÇÃO DA PRODUÇÃO,
- o que lhes permitirão fazer jus aos benefícios nos termos da Lei 8.213/91 (art. 195, § 8º, CF).
CF, 195, § 8º: O produtor, o parceiro, o meeiro e o arrendatário rurais e o pescador artesanal, bem como
os respectivos cônjuges, que exerçam suas atividades em regime de economia familiar, sem empregados
permanentes, contribuirão para a seguridade social mediante a aplicação de uma alíquota sobre o
resultado da comercialização da produção e farão jus aos benefícios nos termos da lei. (Redação dada
pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
Lei n. 8.213/91:
Art. 11:
VII – como SEGURADO ESPECIAL: a pessoa física residente no imóvel rural ou em aglomerado urbano
ou rural próximo a ele que, individualmente ou em regime de economia familiar, ainda que com o
auxílio eventual de terceiros, na condição de:
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Obs.: Pode residir em zona urbana próxima ao imóvel rural onde exerce suas atividades.
O tamanho da propriedade rural é capaz de descaracterizar o regime de economia familiar por si só?
NÃO. Segundo entendimento do STJ, o tamanho da propriedade rural NÃO é capaz de descaracterizar o
regime de economia familiar do segurado, se preenchidos os demais requisitos necessários à sua
configuração. (AgRG no Resp 1042401/DF)
Súmula n. 30 da TNU: Tratando-se de demanda previdenciária, o fato de o imóvel ser superior ao módulo
rural NÃO AFASTA, por si só, a qualificação de seu proprietário como segurado especial, desde que
comprovada, nos autos, a sua exploração em regime de economia familiar.
2. de SERINGUEIRO ou EXTRATIVISTA VEGETAL que exerça suas atividades nos termos do inciso XII do
caput do art. 2o da Lei no 9.985, de 18 de julho de 2000, e faça dessas atividades o principal meio de
vida; (Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008)
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CESPE/CEBRASPE, DPU, 2010: Considere que Lucas tenha exercido, individualmente, de modo
sustentável, durante toda a vida, a atividade de seringueiro na região amazônica, tendo os frutos dessa
atividade sido sua única fonte de renda. Após o falecimento dele, os herdeiros — demonstrados os
pressupostos de filiação — poderão requerer a inscrição de Lucas, como segurado especial, no RGPS.
Certo.
DEVO LEMBRAR: no caso de segurado especial é permitida inscrição post mortem, desde que
demonstrados os pressupostos de filiação.
b) pescador artesanal ou a este assemelhado que faça da pesca profissão habitual ou principal meio de
vida; e (Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008)
c) cônjuge ou companheiro, bem como filho maior de 16 (dezesseis) anos de idade ou a este equiparado,
do segurado de que tratam as alíneas a e b deste inciso, que, comprovadamente, trabalhem com o
GRUPO FAMILIAR respectivo. (Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008)
§ 1º Entende-se como REGIME DE ECONOMIA FAMILIAR a atividade em que o trabalho dos membros da
família é indispensável à própria subsistência e ao desenvolvimento socioeconômico do núcleo familiar
e é exercido em condições de mútua dependência e colaboração, SEM A UTILIZAÇÃO DE EMPREGADOS
PERMANENTES. (Redação dada pela Lei nº 11.718, de 2008)
§ 2º Todo aquele que exercer, concomitantemente, mais de uma atividade remunerada sujeita ao
Regime Geral de Previdência Social é obrigatoriamente filiado em relação a cada uma delas. (DUPLA
FILIAÇÃO)
§ 3º O aposentado pelo Regime Geral de Previdência Social–RGPS que estiver exercendo ou que voltar a
exercer atividade abrangida por este Regime é segurado obrigatório em relação a essa atividade, ficando
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sujeito às contribuições de que trata a Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, para fins de custeio da
Seguridade Social. (Incluído pela Lei nº 9.032, de 1995)
§ 4º O dirigente sindical MANTÉM, durante o exercício do mandato eletivo, o mesmo enquadramento
no Regime Geral de Previdência Social-RGPS de antes da investidura. (Incluído pela Lei nº 9.528, de 1997)
OBS.: Pode utilizar na seguinte razão: (i) 1 pessoa por 120 dias; (ii) 2 trabalhadores 60 dias e 60 dias; (iii)
3 trabalhadores 40 dias para cada um.
§ 8º NÃO DESCARACTERIZA a condição de segurado especial: (Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008)
I – a outorga, por meio de contrato escrito de parceria, meação ou comodato, de até 50% (cinquenta
por cento) de imóvel rural cuja área total não seja superior a 4 (quatro) módulos fiscais, desde que
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outorgante e outorgado continuem a exercer a respectiva atividade, individualmente ou em regime de
economia familiar; (Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008)
II – a exploração da atividade turística da propriedade rural, inclusive com hospedagem, por NÃO mais
de 120 (cento e vinte) dias ao ano; (Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008)
III – a participação em plano de previdência complementar instituído por entidade classista a que seja
associado em razão da condição de trabalhador rural ou de produtor rural em regime de economia
familiar; e (Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008)
IV – ser beneficiário ou fazer parte de grupo familiar que tem algum componente que seja beneficiário
de programa assistencial oficial de governo; (Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008)
V – a utilização pelo próprio grupo familiar, na exploração da atividade, de processo de beneficiamento
ou industrialização artesanal, na forma do § 11 do art. 25 da Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991; e
(Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008)
VI - a associação em cooperativa agropecuária; e (Redação dada pela Lei nº 12.873, de 2013)
VII - a incidência do Imposto Sobre Produtos Industrializados - IPI sobre o produto das atividades
desenvolvidas nos termos do § 12. (Incluído pela Lei nº 12.873, de 2013)
§ 9º NÃO é segurado especial o membro de grupo familiar que possuir outra fonte de rendimento
(REGRA), exceto se decorrente de: (Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008)
I – benefício de PENSÃO POR MORTE, AUXÍLIO-ACIDENTE ou AUXÍLIO-RECLUSÃO, cujo valor não supere
o do menor benefício de prestação continuada da Previdência Social; (Incluído pela Lei nº 11.718, de
2008)
II – benefício previdenciário pela participação em plano de previdência complementar instituído nos
termos do inciso IV do § 8º deste artigo; (Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008)
III - exercício de atividade remunerada em período NÃO superior a 120 (cento e vinte) dias, corridos ou
intercalados, no ano civil, observado o disposto no § 13 do art. 12 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991;
(Redação dada pela Lei nº 12.873, de 2013)
Súmula n. 46 da TNU: O exercício de atividade urbana intercalada NÃO impede a concessão de benefício
previdenciário de trabalhador rural, condição que deve ser analisada no caso concreto.
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V – exercício de mandato de vereador do Município em que desenvolve a atividade rural ou de dirigente
de cooperativa rural constituída, exclusivamente, por segurados especiais, observado o disposto no § 13
do art. 12 da Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991; (Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008)
VI – parceria ou meação outorgada na forma e condições estabelecidas no inciso I do § 8o deste artigo;
(Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008)
VII – atividade artesanal desenvolvida com matéria-prima produzida pelo respectivo grupo familiar,
podendo ser utilizada matéria-prima de outra origem, desde que a renda mensal obtida na atividade não
exceda ao menor benefício de prestação continuada da Previdência Social; e (Incluído pela Lei nº 11.718,
de 2008)
VIII – atividade artística, desde que em valor mensal INFERIOR ao menor benefício de prestação
continuada da Previdência Social. (Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008)
§ 10. O segurado especial fica excluído dessa categoria: (Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008)
I – a contar do primeiro dia do mês em que: (Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008)
a) deixar de satisfazer as condições estabelecidas no inciso VII do caput deste artigo, sem prejuízo do
disposto no art. 15 desta Lei, ou exceder qualquer dos limites estabelecidos no inciso I do § 8o deste
artigo; (Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008)
b) enquadrar-se em qualquer outra categoria de segurado obrigatório do Regime Geral de Previdência
Social, ressalvado o disposto nos incisos III, V, VII e VIII do § 9o e no § 12, sem prejuízo do disposto no art.
15; (Redação dada pela Lei nº 12.873, de 2013)
c) tornar-se segurado obrigatório de outro regime previdenciário; e (Redação dada pela Lei nº 12.873, de
2013)
d) participar de sociedade empresária, de sociedade simples, como empresário individual ou como titular
de empresa individual de responsabilidade limitada em desacordo com as limitações impostas pelo § 12;
(Incluído pela Lei nº 12.873, de 2013) (Produção de efeito)
II – a contar do primeiro dia do mês subsequente ao da ocorrência, quando o grupo familiar a que
pertence exceder o limite de: (Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008)
a) utilização de terceiros na exploração da atividade a que se refere o § 7o deste artigo; (Incluído pela
Lei nº 11.718, de 2008)
b) dias em atividade remunerada estabelecidos no inciso III do § 9o deste artigo; e (Incluído pela Lei nº
11.718, de 2008)
c) dias de hospedagem a que se refere o inciso II do § 8o deste artigo. (Incluído pela Lei nº 11.718, de
2008)
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§ 11. Aplica-se o disposto na alínea a do inciso V do caput deste artigo ao cônjuge ou companheiro do
produtor que participe da atividade rural por este explorada. (Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008)
§ 12. A participação do segurado especial em sociedade empresária, em sociedade simples, como
empresário individual ou como titular de empresa individual de responsabilidade limitada de objeto ou
âmbito agrícola, agroindustrial ou agroturístico, considerada microempresa nos termos da Lei
Complementar n 123, de 14 de dezembro de 2006, não o exclui de tal categoria previdenciária, desde
que, mantido o exercício da sua atividade rural na forma do inciso VII do caput e do § 1º, a pessoa jurídica
componha-se apenas de segurados de igual natureza e sedie-se no mesmo Município ou em Município
limítrofe àquele em que eles desenvolvam suas atividades. (Incluído pela Lei nº 12.873, de 2013)
§ 13. (VETADO). (Incluído pela Lei nº 12.873, de 2013)
Considera-se regime de economia familiar “a atividade em que o trabalho dos membros da família é
indispensável à própria subsistência e é exercido em condições de mútua dependência e colaboração,
sem a utilização de empregados” (art. 11, § 1º da LBPS6).
6 Art. 11, § 1º Entende-se como regime de economia familiar a atividade em que o trabalho dos membros da família
é indispensável à própria subsistência e ao desenvolvimento socioeconômico do núcleo familiar e é exercido em
condições de mútua dependência e colaboração, sem a utilização de empregados permanentes.
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SIM, pode contratar terceiros de forma temporária para auxiliarem do trabalho, desde que não ultrapasse
120 pessoas/dias ano civil, de maneira contínua ou intercalada, ou por tempo equivalente em horas de
trabalho.
Súmula n. 272 do STJ: O trabalhador rural, na condição de segurado especial, sujeito à contribuição
obrigatória sobre a produção rural comercializada, somente faz jus à aposentadoria por tempo de
serviço, se recolher contribuições facultativas.
Segundo Frederico Amado, “até o advento da Lei 11.718/2008, a idade mínima para a filiação do
segurado especial era de 14 anos, passando agora para 16 anos de idade. Antes do advento da Lei 8213,
a idade mínima do trabalhador era de 12 anos de idade.”
Sobre o tema, a TNU possui a seguinte súmula:
Súmula n. 5 da TNU: A prestação de serviço rural por menor de 12 a 14 anos, até o advento da Lei 8.213,
de 24 de julho de 1991, devidamente comprovada, pode ser reconhecida para fins previdenciários.
Mesmo entendimento do STJ (AR 3.877-SP).
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de atividade privada, rural ou urbana, ao de serviço público estatutário, desde que sejam recolhidas as
respectivas contribuições previdenciárias”.
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4. SEGURADOS FACULTATIVOS
Estagiário;
Presidiário trabalhador.
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Como caiu em prova:
CESPE/CEBRASPE, DPU, 2015: Aquele que, como contrapartida pelo desempenho das atividades de
síndico do condomínio edilício onde resida, seja dispensado do pagamento da taxa condominial, sem
receber qualquer outro tipo de remuneração, enquadra-se como segurado facultativo do RGPS.
Parte superior do formulário
Errado.
Art. 201. A previdência social será organizada sob a forma do Regime Geral de Previdência Social, de
caráter contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro
e atuarial, e atenderá, na forma da lei, a: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
(...)
§ 5º É vedada a filiação ao regime geral de previdência social, NA QUALIDADE DE SEGURADO
FACULTATIVO, de pessoa participante de regime próprio de previdência. (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 20, de 1998)
DEVO LEMBRAR!
Como o facultativo se torna segurado do INSS?
O segurado facultativo pode filiar-se à Previdência Social por sua própria vontade, o que só gerará efeitos
a partir da INSCRIÇÃO e do PRIMEIRO RECOLHIMENTO, não podendo este retroagir e não sendo
permitido o pagamento de contribuições relativas a meses anteriores a data da inscrição. Após a
inscrição, o segurado facultativo somente pode recolher contribuições em atraso quando não tiver
ocorrido perda da qualidade de segurado. Caso o segurado facultativo venha a exercer alguma atividade
remunerada, automaticamente se converterá em segurado obrigatório, devendo passar a efetuar
recolhimentos nesta condição.
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