Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
PREVIDENCIÁRIO
RELAÇÃO JURÍDICA DE
CUSTEIO
RELAÇÃO JURÍDICA DE CUSTEIO
1) a relação de custeio e;
2) a relação de prestação;
CUSTEIO
CONTRIBUINTES
ESTADO OBRIGAÇÃO DE
DA SEGURIDADE
(CREDOR) CONTRIBUIR
(TRIBUTO)
SOCIAL
PRESTAÇÃO
• A ordem jurídica interna estabelece, desde a Lei Maior, este caráter (art.
201, caput).
OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA
CONTRIBUINTES
ESTADO OBRIGAÇÃO DE
DA SEGURIDADE
(CREDOR) CONTRIBUIR
(TRIBUTO)
SOCIAL
RELAÇÃO JURÍDICA DE CUSTEIO
RELAÇÃO OBRIGACIONAL
HI OT CT CDA
FG LÇ IDA EF
RELAÇÃO JURÍDICA DE CUSTEIO
RELAÇÃO OBRIGACIONAL
SEGURADOS OBRIGATÓRIOS:
Outras pessoas têm a obrigação de contribuir porque a lei simplesmente lhes determina
tal ônus, sem que tenham qualquer contraprestação pelo fato de verterem recursos para o
sistema.
Regida por lei, e não pela vontade de particulares, a relação obrigacional de custeio é
autônoma com referência à relação jurídica de prestação previdenciária.
A autonomia leva a que as contribuições, mesmo quando não recolhidas aos cofres
públicos, não impeçam a fruição dos benefícios e serviços por determinadas
categorias de segurados obrigatórios, sendo poder-dever da Administração Pública
exigir do responsável pelo recolhimento as contribuições não adimplidas, sem que isso se
torne empecilho para a concessão ou manutenção de benefícios.
Decreto 3048/99
Art. 36. No cálculo do valor da renda mensal do benefício serão computados:
I - para o segurado empregado, inclusive o doméstico, e o trabalhador avulso, os salários de contribuição referentes aos
meses de contribuições devidas, ainda que não recolhidas pela empresa ou pelo empregador doméstico, observado o
disposto no art. 19-E, sem prejuízo da respectiva cobrança e da aplicação das penalidades cabíveis; e (Redação
dada pelo Decreto nº 10.410, de 2020).
RELAÇÃO JURÍDICA DE CUSTEIO
AUTONOMIA DA RELAÇÃO DE CUSTEIO
Ex: Se a lei estabelece ao empregador que este venha a recolher a contribuição a que
está obrigado e, ainda, retenha a contribuição dos empregados a seu serviço, recolhendo-
as também, tal responsabilidade é intransferível e, caso descumprida, arcará ele – o
empregador – unicamente com os efeitos decorrentes do descumprimento da norma, não
se penalizando os empregados com a infração legal (inadimplemento tributário) causada
pelo tomador da mão de obra.
HI OT CT CDA
FG LÇ IDA EF
DIREITO
PREVIDENCIÁRIO
CONTRIBUINTES DA
SEGURIDADE SOCIAL
CONTRIBUINTES DA SEGURIDADE SOCIAL
Os termos “contribuinte” e “segurado” possuem diferenças de significado
importantes no âmbito do Direito Previdenciário.
Contribuinte: quando tenha relação pessoal e direta com a situação que constitua
o respectivo fato gerador (como no caso dos contribuintes individuais que prestam
serviços exclusivamente a pessoas jurídicas);
Teoricamente porque, em certos casos, ainda que não tenha ocorrido contribuição, mas estando o
indivíduo enquadrado em atividade que o coloca nesta condição, terá direito a benefícios e
serviços: são os casos em que não há carência de um mínimo de contribuições pagas, ou
quando a contribuição do período tenha deixado de ser recolhida aos cofres públicos por um
terceiro responsável (empregador ou tomador dos serviços)
CONTRIBUINTES DA SEGURIDADE SOCIAL
Exemplo:
De acordo com o art. 15, inciso I, da Lei n. 8.212/1991, considera-se empresa, para fins de
aplicação da legislação de custeio:
“a firma individual ou sociedade que assume o risco da atividade econômica urbana ou rural, com
fins lucrativos ou não, bem como os órgãos e entidades da administração direta, indireta e
fundacional” – estes quanto aos exercentes de cargos em comissão, empregados públicos e
contratados temporariamente, filiados obrigatoriamente ao RGPS”.
Equipara-se à empresa, para fins previdenciários, de acordo com o art. 15, parágrafo único, da Lei
n. 8.212/1991, com a redação conferida pela Lei n. 13.202/2015:
O empregador doméstico é a pessoa física que admite a seu serviço, mediante remuneração,
sem finalidade lucrativa, empregado doméstico (art. 15, II, da Lei n. 8.212/1991).
Esse conceito deve ser conjugado com o de empregado doméstico estabelecido mais
recentemente pelo art. 1º da LC n. 150/2015, qual seja: “aquele que presta serviços de forma
contínua, subordinada, onerosa e pessoal e de finalidade não lucrativa à pessoa ou à família,
no âmbito residencial destas, por mais de 2 (dois) dias por semana”.
O Decreto n. 3.048/1999, dispondo sobre a matéria em seu art. 212, incluiu como hipóteses de
incidência os concursos realizados por sociedades comerciais ou civis.
O fato de caber à pessoa jurídica responsável pelo concurso o recolhimento das contribuições
não retira do apostador sua condição de contribuinte, transferindo-se apenas a
responsabilidade pela entrega do numerário ao ente arrecadador da Seguridade Social. Tal
contribuição, contudo, não acarreta qualquer contrapartida devida ao apostador em matéria
de proteção social.
DIREITO
PREVIDENCIÁRIO
RELAÇÃO JURÍDICA DE
SEGURO SOCIAL
RELAÇÃO JURÍDICA DE SEGURO SOCIAL
PRESTAÇÃO
SEGURADOS E
ESTADO OBRIGAÇÃO DEPENDENTES
(DEVEDOR) DE DAR (CREDOR)
(PAGAR BENEFÍCIOS/PRESTAR
SERVIÇOS)
RELAÇÃO JURÍDICA DE SEGURO SOCIAL
DEFINIÇÃO DA RELAÇÃO DE SEGURO SOCIAL
A inércia do indivíduo que tem direito a benefício não lhe acarreta a caducidade do
direito, salvo em casos taxativamente enumerados na Lei n. 8.213/1991.
Ex: o direito à pensão por morte, que não se transfere a dependentes de outra classe, menos
prioritária, em caso de pessoa com direito ao benefício da classe mais prioritária “abrir mão”.
RELAÇÃO JURÍDICA DE SEGURO SOCIAL
DEFINIÇÃO DA RELAÇÃO DE SEGURO SOCIAL
• A Previdência Social, por seus órgãos e agentes, não presta favor algum a
seus beneficiários: é o exemplo mais vivo de serviço público na sua acepção
mais adequada. Os benefícios e serviços ali deferidos não são objeto de
barganha política ou mesmo de favorecimento pessoal. É ato plenamente
vinculado o deferimento ou indeferimento da prestação do seguro social.
RELAÇÃO JURÍDICA DE SEGURO SOCIAL
• Para fazer jus ao benefício, o dependente não precisa ter sido previamente
inscrito pelo segurado; vale dizer, a relação de dependência é de fato, bastando
a comprovação da relação com o segurado quando da ocorrência do evento
que gera direito ao benefício (art. 22, caput, do Decreto n. 3.048/1999, com a
redação conferida pelo Decreto n. 4.079/2002)
RELAÇÃO JURÍDICA DE SEGURO SOCIAL
• O segurado facultativo pode filiar-se à Previdência Social por sua própria vontade a
qualquer tempo, porém a inscrição só gerará efeitos a partir do primeiro
recolhimento, não podendo retroagir e não se permitindo o pagamento de
contribuições relativas a meses anteriores ao mês da inscrição, ressalvada a situação
específica quando houver opção pela contribuição trimestral.
• A relação de seguro social é direito indisponível para o indivíduo, seja ele segurado
ou dependente. Já para o ente responsável pela obrigação de conceder os benefícios e
serviços, a natureza é de um múnus público, como o é toda atividade prestada pela
Administração Pública na consecução das finalidades da atividade estatal.
• O Termo de Acordo homologado pelo STF acabou sendo mais amplo do que a questão
delimitada inicialmente no paradigma da Repercussão Geral – Tema 1.066 –, pois
prevê prazos máximos de conclusão dos processos administrativos para: (a)
reconhecimento inicial de direito a benefícios previdenciários e assistenciais; e (b) a
realização da avaliação social nos casos em que o benefício dependa da aferição da
deficiência do segurado. Todos esses prazos não ultrapassam 90 dias e podem
variar de acordo com a espécie e o grau de complexidade do benefício (de 30 a 90
dias).
RELAÇÃO JURÍDICA DE SEGURO SOCIAL
NATUREZA JURÍDICA DA RELAÇÃO DE SEGURO SOCIAL
ADMINISTRATIVO – PROCESSUAL CIVIL – DANO MORAL – PENSÃO POR MORTE – PERCEPÇÃO 50% – DEMORA NA
INTEGRALIZAÇÃO DO BENEFÍCIO – INDENIZAÇÃO.
Para que se configure a responsabilidade civil do agente, necessária a presença de três requisitos básicos: a culpa ou
dolo, o dano e o nexo causal entre eles. A ausência de um desses três elementos descaracteriza a responsabilidade,
inibindo a obrigação de indenizar. – Não obstante o dano moral independer de prova concreta, porque subjetivo e interno,
necessita de comprovação do fato que o ensejou. Assim, para que haja o dever de indenizar é indispensável a
comprovação da ocorrência de um dano patrimonial ou moral, o que restou provado nos autos. – Comprovado o
fato ensejador do ato ilícito praticado pelo INSS, ao desdobrar a pensão da autora, ao arrepio da lei, exsurge o dever de
indenizar. – Recurso da autora parcialmente provido. Majoração do valor da indenização por danos morais para R$ 5.000,00
(cinco mil reais). Recurso do INSS improvido (TRF 2ª Região, 6ª Turma Especializada, AC 2003.51.01.014109-0, Rel. Des.
Federal Fernando Marques, DJU 1º.12.2006). No mesmo sentido: 3ª TR/SC, Recurso Cível 5020690-
85.2016.4.04.7200/SC, Rel. Juiz Federal Gilson Jacobsen, em 24.8.2017.
BIBLIOGRAFIA
AMADO, Frederico. Curso de direito e processo previdenciário. 12.ed. ver., ampl. e atual. –
Salvador: Ed. JusPodivm, 2020.
BERWANGER, Jane Lucia Wilhelm; GUIOTTO, Maíra Custódio Mota. Aposentadoria especial
do dentista. Curitiba: Juruá, 2016.
CASTRO, Carlos Alberto Pereira de; LAZZARI, João B. Manual de Direito Previdenciário.
Grupo GEN, 2023. E-book. ISBN 9786559646548. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786559646548/. Acesso em: 27 fev.
2023.
IBRAHIM, Fábio Zambitte. Curso de direito previdenciário. 18ª ed. Rio de Janeiro:
Impetrus, 2013.