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PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DA SEGURIDADE SOCIAL- art.

1946 CF
- Universalidade da Cobertura e Atendimento: O sistema deve cobrir o máximo de
eventos para o maior número de pessoas dentro da sua sistemática própria de
funcionamento. É universal para todos que contribuem.
. Impede criação de benefícios para casos específicos, pois fere o princípio da
universalidade- Tragédia de Brumadinho, p. ex.
- Uniformidade e Equivalência dos benefícios/ serviços às populações urbanas e
rurais
Destina-se a evitar que grupos de pressão política mais expressiva tenham maiores
benefícios. Se criar uma vantagem para o cidadão da cidade, deve-se estender o
benefício para o campesino.
- Irredutibilidade do valor dos benefícios:
Pelo entendimento do STJ essa irredutibilidade se refere ao VALOR NOMINAL, com a
finalidade de proteger contra a deflação.
NÃO EXISTE A POSSIBILIDADE DE VINCULAÇÃO AO VALOR DO SALÁRIO-
MÍNIMO, QUE, ALIAS, É EXPRESSAMENTE VEDADA (ART. 7°, IV DA CF) – O
valor do benefício não vincula ao salário mínimo
- Equidade na Forma de Participação do Custeio:
Expressão do Princípio da Capacidade Contributiva do Direito Tributário (isonomia).
É o que justifica as diversas faixas de alíquotas de contribuição do segurado para o
INSS, de acordo com a remuneração do segurado (8%, 9%, 11%). É também o que
justifica que a contribuição do empregador seja maior do que a do empregado (12%)
- Princípio da diversidade da base de financiamento
Prevê o financiamento a partir das mais diversas fontes, mesmo que a área de atuação
não tenha absolutamente nada a ver com seguridade social.
P. ex.: um banco virtual, que não tem empregados, deve pagar, por exemplo, COFINS,
contribuição social incidente sobre o faturamento da empresa, como forma de
financiamento para a seguridade social. Veja-se que, por não ter empregados, esse
banco não gera segurados/ aposentados para o sistema. Ainda assim deve contribuir
com base nesse princípio constitucional
Obs: modalidades de tributos- impostos, taxas, contribuições de melhoria, empréstimo
compulsório e contribuições sociais.
• Professor A. A. Becker- imposto: sem contrapartida; taxa: com contrapartida.
Logo para Becker, as contribuições sociais para o empregado têm caráter de taxa
e para o empregador tem caráter de imposto.
- Princípio da Seletividade/ Distributividade:
É a lei quem escolhe os riscos cobertos pelos sistemas de seguridade social
(seletividade) e é ela quem decide quais são seus beneficiários (distributividade).
Seletividade: O trabalhador rural é um segurado especial da Previdência Social (+
favorecido). O estivador não é. O que permite essa diferenciação é o princípio da
seletividade.
Distributividade: Uma vez selecionados os eleitos, até quando terão esse direito? Ex.:
Pensão por morte somente é destinada a dependentes capazes do segurado até os 21
anos de idade. Após essa idade, os dependentes perdem esse direito. O que permite esse
‘corte’ é o princípio da distributividade.
A própria CF já exerceu diretamente alguma seletividade/ distributividade (arts. 201 e
203), ao escolher alguns riscos mínimos que devem ser cobertos pelos sistemas de
seguridade e a quem esses benefícios se destinam.
Deve-se observar dois aspectos:
1-Formal: benefícios e serviços de seguridade social somente podem ser criados por lei
em sentido estrito. Desdobramento do princípio da legalidade
2- Material: a lei (em sentido estrito) escolhe – e, portanto, exclui – quais os riscos
cobertos. Sogra não é dependente. Agentes agressivos: fuligem de cana, borra de café.
PRINCÍPIOS DA PREVIDÊNCIA SOCIAL
- A previdência do INSS é obrigatório à todos (filiação obrigatória), querendo ou não.
- Princípio da Filiação Obrigatória:
Fundamento: voluntariamente, as pessoas não poupam...
Prevalece essa obrigatoriedade ao fundamento de que, se o cidadão não se acautelar
para os infortúnios (as ‘mazelas’) do ser humano, depois onerará o Estado de outras
formas, em especial a partir da Assistência Social.
ESQUEMA DE FUNCIONAMENTO: Relação de implicação necessária:
Atividade laborativa-------- segurado -------- contribuinte
Só posso contribuir para categoria de segurado, se tiver determinadas atividades
laborativas, logo se perder a atividade laborativa, perde sua categoria de segurado.
Quem paga:
1) O empregador – recolhimento direto com base em um percentual do salário pago,
creditado, percebido pelo profissional
2) O empregado – retenção na fonte no momento da percepção salarial
Para o empregado tem natureza de TAXA, pois está à disposição, pouco importa se vai
usar ou não.
Regime de Capital: segurado contribui para ele mesmo amanhã. Mecanismo: constituir
uma reserva de capital no presente para viver dos rendimentos dessa reserva de capital
no futuro.
Regime de Caixa: as pessoas em atividade pagam o benefício das pessoas aposentadas.
Mecanismo: o contribuinte não contribui para ele mesmo. Ele sustenta quem está
aposentado na data de hoje. Quando ele se aposentar, as pessoas que, então, estiverem
em atividade, sustentam a aposentadoria do contribuinte.
Ideia de solidarismo: todos são obrigados a contribuir para custear o acesso ao benefício
daquele que tem direito.
Pressupõe uma base contributiva bem maior do que a receptiva. Mudanças sociais.
- Princípio da Unicidade dos Benefícios:
O benefício é único, ainda que múltiplas as formas de custeio: pouco importa que o
segurado tenha 5 empregos, contribua por todos (decorrência do princípio da filiação
obrigatória). Receberá, quando implementados os requisitos, uma aposentadoria única.
Terá direito à soma das rendas (observado o teto máximo de contribuições do INSS)
para efeito de determinação da renda final da aposentadoria.
-Princípio da Automaticidade das Prestações
É o princípio pelo qual se garante ao empregado o direito à percepção do benefício,
mesmo que o empregador tenha faltado ao dever de recolhimento das contribuições.
Omissão do empregador não pode prejudicar o empregado.
- Princípio (Regra) da Contrapartida
Nenhum benefício ou serviço da Previdência Social pode ser CRIADO, MAJORADO
ou ESTENDIDO sem a correspondente fonte de custeio total
- Princípio da Imprescritibilidade:
Prescreve em 5 anos, da data do ajuizamento para trás (prescrição quinquenal).
A condenação à prestação para o futuro é imprescritível. Ao implementar o benefício
previdenciário, este será pago até a morte do segurado.
- Filiação x Inscrição
Filiação é o momento em que o segurado passa a integrar a relação jurídica de Direito
Previdenciário (lembra da relação de implicação necessária? É exatamente esse
momento).
Inscrição é o ato de natureza administrativa (burocrática) pelo qual se opera o registro
do segurado na base cadastral do INSS (CNIS). A inscrição é a formalização da filiação.
SEGURADOS
Segurados Obrigatórios (art. 11 da Lei n. 8.213/91)
- Segurado Empregado: presença de relação de emprego
Inclui: o empregado doméstico. A distinção que a legislação faz, com relação ao
empregado doméstico, se dá mais por conta do empregador, que é ou uma pessoa física,
ou uma família, que, presume-se, em ambos os casos, não tem a mesma capacidade
contributiva (princípio da equidade no custeio) de um empregador empresário. O
doméstico, atualmente, faz jus a todos os benefícios da Previdência Social, inclusive de
natureza acidentária: art. 20 da LC n. 150/2015, que altera a redação do art. 18 da Lei n.
8.213/91.
Inclui o diretor-empregado (Lei n. 6.404/76 – LSA: “art. 143. A Diretoria será
composta por 2 (dois) ou mais diretores, eleitos e destituíveis a qualquer tempo pelo
conselho de administração, ou, se inexistente, pela assembléia-geral, devendo o estatuto
estabelecer: (...) IV - as atribuições e poderes de cada diretor”).
Para efeitos previdenciários: Empresa: art. 14, inciso I LBPS
Empregador doméstico: art. 14, II da LBPS
Contribuinte Individual (art. 11, V da LBPS): basicamente é o autônomo, profissional
liberal, empresário (‘sem patrão’).
Inclui: advogado (não-empregado), o médico, vendedor, corretor imobiliário,
representante comercial, associado em cooperativa, o síndico remunerado de
condomínio (síndico profissional), ministro de confissão religiosa, garimpeiro (dono do
garimpo)
Diretor empregado: segurado empregado
Diretor não-empregado: contribuinte individual (art. 158 LSA – resp. criminal)
Obs: Como que contribui o contribuinte individual? Ex: O médico trabalha por
honorários, da quantidade de recebe, desconta para a contribuição (9% contribuinte
individual e 11% cliente). A lei acaba por presumir que se é profissional
liberal/autônomo, ele é “mais” forte que o empregado, que se submete a uma serie de
regras, logo entende que ele atende a capacidade contributiva/equidade. Porém é uma
presunção relativa, mas o percentual nunca altera.
Trabalhador Avulso: o que presta serviços a diversas empresas, sem vínculo
empregatício (estivador, que se emprega via OGMO)
TRABALHADOR RURAL:
Produtor Rural: a pessoa física, proprietária ou não, que explora atividade agropecuária,
a qualquer título, em caráter permanente ou temporário, em área superior a 4 (quatro)
módulos fiscais; ou, quando em área igual ou inferior a 4 (quatro) módulos fiscais ou
atividade pesqueira, com auxílio de empregados ou por intermédio de prepostos; ou
ainda nas hipóteses dos §§ 9o e 10 deste artigo; contribuinte individual: art. 11, V, ‘a’
da LBPS.
Trabalhador Campesino/ Rurícola: a pessoa física residente no imóvel rural ou em
aglomerado urbano ou rural próximo a ele que, individualmente ou em regime de
economia familiar, ainda que com o auxílio eventual de terceiros, na condição de: a)
produtor, seja proprietário, usufrutuário, possuidor, assentado, parceiro ou meeiro
outorgados, comodatário ou arrendatário rurais, que explore atividade: 1. agropecuária
em área de até 4 (quatro) módulos fiscais; 2. de seringueiro ou extrativista vegetal e faça
dessas atividades o principal meio de vida; pescador artesanal ou a este assemelhado
que faça da pesca profissão habitual ou principal meio de vida; cônjuge ou
companheiro, bem como filho maior de 16 (dezesseis) anos de idade ou a este
equiparado, do segurado de que tratam as alíneas a e b deste inciso, que,
comprovadamente, trabalhem com o grupo familiar respectivo- Segurado Especial da
Previdência Social: art. 11, VII da LBPS.
Não podem ser tratados igualmente, pois o produtor rural é uma empresa, ele exerce
ATIVIDADE ECONÔMICA (movimenta a economia nacional), já o trabalhador
campesino trabalha para sobreviver, ele exerce ECONOMIA FAMILIAR (trabalho é
indispensável para sobrevivência) é o segurado mais fraco da previdência, por isso é um
segurado especial.
Obs: Entende-se como regime de economia familiar a atividade em que o trabalho dos
membros da família é indispensável à própria subsistência e ao desenvolvimento
socioeconômico do núcleo familiar e é exercido em condições de mútua dependência e
colaboração, sem a utilização de empregados permanentes (ART. 11, § 1ª da LBPS)
SEGURADO ESPECIAL
. art. 39, I + art. 48, § 3ª + art. 143 LBPS
- COM contribuição, tem direito a todos os benefícios, com renda calculada de acordo
com as contribuições vertidas durante o período de atividade laboral.
- SEM contribuição, tem direito aos seguintes benefícios: aposentadoria por idade ou
por invalidez, auxílio-doença, auxílio-reclusão ou pensão, no valor fixo de 1 s.m., e
auxílio-acidente, desde que comprovem o exercício de atividade rural, ainda que de
forma descontínua, no período imediatamente anterior ao requerimento do benefício,
igual ao número de meses correspondentes à carência do benefício requerido, observado
o disposto nos arts. 38-A e 38-B desta Lei- representa o direito à todos de terem esses
benefícios.
. Não admite prova exclusivamente testemunhal: art. 55, § 3º da LBPS + Súmula n. 149
do STJ
Para que tenha direito, é necessário provar atividade rural, ainda que de forma
descontinua, tem que demonstrar pelo tempo de carência do beneficio.
. Inclui o pescador artesanal e o garimpeiro
Déficit dos benefícios rurais
Segurados Obrigatórios (‘Internacionais’)
PARA O GOVERNO BRASILEIRO (missão diplomática, repartição consular no
estrangeiro), ou EMPRESA NACIONAL NO EXTERIOR (por exemplo, a
PETROBRÁS, o BB, a CAIO, a EMBRAER – exige pelo menos maioria do capital
votante nacional) enquadra como segurado empregado (art. 11, I, ‘c’; ‘d’, ‘e’ e ‘f’ da L.
8213/91).
PARA ORGANISMO OFICIAL INTERNACIONAL DE QUE O BR FAÇA
PARTE (ONU, TPI, OMC...) enquadra como contribuinte individual (art. 11, V, ‘e’ da
LBPS)
. Se vai trabalhar no exterior para empresa estrangeira ou multinacional.. Não consigo
enquadrá-lo como segurado obrigatório.
- Segurado Facultativo (art. 13 da Lei n. 8.213/91)
É aquele que, não sendo segurado obrigatório, adere ao sistema mediante contribuição.
A situação de desemprego leva à perda da qualidade de segurado e à fuga de capital de
contribuição
Filia-se a partir da manifestação da vontade, independente de atividade laboral.
IMPORTANTE regra de escape para o sistema: a única forma de permitir a
permanência no sistema de quem não pode ou deixou de ser obrigatório (‘norma de
chiusura’).
Vedações expressas: não pode ser facultativo quem se filiou como obrigatório no
RGPS, ou em regime próprio de previdência (servidores públicos).
Natureza: ato volitivo. Só gera efeitos após o pagamento. Não permite efeitos
retroativos à inscrição. Não permite a inscrição post mortem
Dependentes (art. 16 da Lei n. 8.213/91)
. Estrutura básica:
Classe I – cônjuges/ companheiros + filhos- Dependência econômica é presumida
(presunção juris tantum) art. 16, § 4º Lei n. 8213/91
Classe II – pais
Classe III – colaterais (irmãos)
- Classe I: dependência econômica presumida (art. 16, I)
Quem são eles: Cônjuge/ Companheiro (a), Filho (qq. seja o parentesco: biológico,
adotivo,) não emancipado, menor de 21 anos e Filho inválido ou deficiente grave
(mental, intelectual ou física), nesses casos, de qualquer idade
Não precisam demonstrar a dependência econômica, que é presumida pela lei
Inovações:
Início de prova documental (para companheirismo/ dependência econômica): “§ 5º
As provas de união estável e de dependência econômica exigem início de prova
material contemporânea dos fatos, produzido em período não superior a 24 (vinte
e quatro) meses anterior à data do óbito ou do recolhimento à prisão do segurado,
não admitida a prova exclusivamente testemunhal, exceto na ocorrência de motivo
de força maior ou caso fortuito, conforme disposto no regulamento” (Incluído pela
Lei nº 13.846, de 2019).
Exclusão de dependente: “§ 7º Será excluído definitivamente da condição de
dependente quem tiver sido condenado criminalmente por sentença com trânsito
em julgado, como autor, coautor ou partícipe de homicídio doloso, ou de tentativa
desse crime, cometido contra a pessoa do segurado, ressalvados os absolutamente
incapazes e os inimputáveis” (Incluído pela Lei nº 13.846, de 2019).
Consortes de baixa idade: “§ 6º Na hipótese da alínea c do inciso V do § 2º do art.
77 desta Lei, a par da exigência do § 5º deste artigo, deverá ser apresentado, ainda,
início de prova material que comprove união estável por pelo menos 2 (dois) anos
antes do óbito do segurado”
Classe II: dependência econômica deve ser comprovada (art. 16, II da LBPS).
Só se qualificam como dependentes na ausência de outros de classe superior (art. 16, §
1º da LBPS – classes superiores excluem inferiores)
Quem são: os pais (qq. seja o parentesco) – prova de dependência do segurado
Classe III: mesmos requisitos e impedimentos da Classe II (art. 16, III da LBPS)
. Quem são eles: Irmãos (qq. seja o parentesco: germano, unilateral, adotivo), não
emancipado, menor de 21 anos, Irmãos inválidos, em qualquer idade:
• Regra 1 – emancipação cessa a qualidade de dependente (presunção absoluta,
jure et de jure de não-dependência)
• Regra 2 – dependentes de classes superiores excluem inferiores (art. 16, § 1º da
LBPS)
• Regra 3 – dependentes de mesma classe concorrem ao benefício, por rateio
equitativo (todos tem quinhões iguais, na mesma classe). A cônjuge do segurado
e mais 3 filhos: cada qual recebe 25% do valor do benefício. Direito de acrescer.
(art. 77 e § 1º da Lei n. 8.213/91):
• LEGISLAÇÃO PREVIDENCIÁRA NO TEMPO
- Direito Adquirido, a lei do tempo rege o ato. Nós não adquirimos direito a norma
abstrata, conforme a lei muda tem que se adaptar
Obs: frequência de ruido, alteração do limite
- O trabalhador tem direito adquirido em relação a atividade insalubre enquanto a lei
entender, alterou o limite, os outros períodos em que a regência da lei mudar, não será
mais considerado período de atividade insalubre. Lei do tempo rege o ato, logo você não
tem direito adquirido a atividade insalubre, mas sim ao período em que era considerado
insalubre.
ESTRUTURA BÁSICA DO BENEFÍCIO PREVIDENCIARIO
- Carência + requisito------ idade, maternidade, morte, reclusão, acidente.... (riscos
cobertos pelo sistema previdenciário (seletividade)
- Analisar se preenche os requisitos na vigência de qual lei, para saber se tem o direito
adquirido ou não (ex: idade + carência, se bateu antes de mudar a lei, utilizará a lei
vigente na época que completou os requisitos) - MESMO QUE NÃO REQUEIRA TEM
DIREITO.
- Mesmo que o segurado não requeira, continue trabalhando, se bateu os requisitos
necessário, aplicará o benefício sob égide da Lei que ele bateu.
- Regras de transição: Faixa de transição (lei tinha expectativa de direito, logo não
precisará completar o tempo novo exigente todo, ele ganha uma vantagem)
Ex: individuo de 59 anos, ia aposentar com 60, muda a lei para 65 anos- o de 59 precisa
contribuir só mais 3 anos ao invés de 6 anos- “pedágio” para amenizar a chegada da lei
nova.
- ART. 15, II, da Lei 8.213/91
- Mantem a qualidade de segurado, independentemente de contribuições, por até 12
meses quem parar de contribuir/ cessar. Enquanto ele pagar, ele é segurado (filiação
obrigatória), continua como segurado mesmo quem não está contribuindo por até 12
meses- período de graça.
Se passarem os 12 meses e não voltou a contribuir, perde a qualidade de segurado,
estará fora da zona de proteção da contribuição social.
- Período de graça: Se: Já houver pago, mais de 120 contribuições, sem interrupção:
prorroga para 24 meses (art. 15, parágrafo 1º)- Período de Graça de 24 meses
- Prova do desemprego: Parágrafo 2º , os prazos do inciso II ou do Paragrafo 1º, serão
acrescidos de 12 meses para o segurado desempregado, desde que comprovada essa
situação no órgão próprio do Ministério do Trabalho e da Previdência Social- caso de
justa causa, com comprovação.
OBS: Maior prazo existente é 36 meses, quando mais de 120 contribuições + prova de
desemprego.
Obs: a lei protege em torno de vários desempregos e empregos.
 Emenda Constitucional nº 103/19
Por idade hoje, mulher 62 de idade e 15 de carência, para mulher 65 anos e 20
de carência.
OBS 2: A única saída para esse cidadão é a contribuição facultativo para fechar. Volta a
contribuir ao terminar o período de graça. O segurado facultativo, mantem a qualidade
por 6 meses sem contribuição: art 15, VI da LBPS.
MATÉRIA NOVA:
APOSENTADORIA POR IDADE
- Regras novas: EC nº 103/19: Benefício= carência + requisito (idade)
Obs: antes da emenda constitucional de 2019, a aposentadoria era por tempo de
contribuição
- Risco coberto: idade (avançada), velhice
- Requisitos etários:
Regra geral: 65 anos homem e 62 anos mulheres
Exceções: Trabalhadores rurais/pescador artesanal/garimpeiro- 60 anos homens e 55
anos mulheres (segurados especiais)
Professor: que comprove tempo de efetivo exercício nas funções de magistério na
educação infantil, fundamental e médio (aposentadoria especial do professor)- 60 anos
homens e 57 anos mulheres
- Carência: 15 anos mulheres e 20 anos homens
- SEGURADOS ESPECIAIS
. Início de prova documental dessa condição
. Não é necessário contribuição, bastando comprovar o efetivo exercício de atividade
rural, ainda que descontinua, no período imediatamente anterior ao requerimento do
benefício.
Exemplo: desvinculação do segurado especial
Trabalhou por 15 anos na roça, depois passou a exercer por 5 anos vigilância, após isto
bateu o requisito etário.
Perceba que a hipótese não se enquadra, rigorosamente, no art. 48, § 2º, porque o
segurado se desvinculou da atividade de segurado especial.
A desvinculação do segurado especial que passa à atividade urbana não impede a
aquisição do direito, por dispositivo lega expresso (art. 48, § 3º):
§ 3º. Os trabalhadores rurais de que trata o § 1º deste artigo que não atendam ao
disposto no § 2º deste artigo, mas que satisfaçam essa condição, se forem considerados
períodos de contribuição sob outras categorias do segurado, farão jus ao benefício ao
completarem 65 anos de idade, se homem, e 62 anos, se mulher (EC n. 103).
APOSENTADORIA POR IDADE HÍBRIDA (em parte segurado especial e em parte
contribuinte). Aplica-se, extensivamente, aos pescadores artesanais e aos garimpeiros.
Onde a razão é a mesma, o direito deve ser o mesmo...
RMI: 60% do s-d-b + 2% por ano de contribuição que exceder 20 anos para homens e
15 anos para mulheres.
A RMI incide sobre o salário de benefício (s-d-b). O s-d-b é a média de todas os
salários-de-contribuição do segurado durante o período básico de cálculo (PBC)
SALÁRIO DE CONTRIBUIÇÃO
. Incidência: somente verbas de natureza efetivamente salarial. Exclui-se verba de
caráter indenizatório, não integra o salário de contribuição.
. Integra: auxilio- auxilio-doença, salário-maternidade, adicionais noturno, de
insalubridade, de
periculosidade e horas-extras, terço de férias indenizadas.
• Não integra (caráter indenizatório): auxilio-transporte; auxilio-acidente, aviso-prévio
indenizado, ao auxilio-creche, ao abono de férias

• Períodos reconhecidos em sentença trabalhista: são considerados como integrantes do


salários-de-contribuição, permitindo-se ao INSS impugnar especificamente,
principalmente se suspeitar de fraude na declaração do vinculo (acordos na sentença
trabalhista, sem verdadeira prestação dos serviços, p. ex.).
• A partir da média dos salários-de-contribuição do segurado no PBC calcula-se o
salário-de-benefício (s-d-
b). ARMI é um porcentual dessa medida (no caso da aposentadoria por idade começa
em 60%, com acréscimo de 2% por ano).
Atividade laboral é incompatível com a incapacidade, podendo responder por crime,
cessará o benefício.
APOSENTADORIA ESPECIAL
É uma aposentadoria por idade, porém com requisitos mais abrandados. É concedido ao
segurado que comprove exercício de atividade com efetiva exposição a agentes
químicos, físicos e biológicos prejudiciais saúde ou associação desses agentes (períodos
menores de carência).
- Risco coberto: idade e saúde
- Ideia Geral: Atividade prejudicial à saúde------ direito à aposentadoria com carência
menor e idade menor. Tem um custo mais elevado para o empregador, logo é uma
aposentadoria mais benéfica para o empregado.
Não se enquadra a atividade como especial a partir do cargo pelo qual ele está
registrado na carteira de trabalho, mas da efetiva exposição do segurado aos agentes
agressivos acima mencionados, o segurado deve provar.

Os agentes agressivos, (químicos, físicos, biológicos) que dão direito ao enquadramento


da atividade como especial, estabelecendo o grau de insalubridade de acordo com o
agente.
Obs: a exposição ao sol não se enquadra, pois é agente natural.
- Quanto mais agressiva a atividade desenvolvida pelo segurado, menor o período
mínimo de contribuição (carência). São 3 categorias:

CATEGORIA Muito 55 anos Agentes


I agressiva- 15 Cancerígenos
anos

CATEGORIA Média 58 anos Agentes Biológicos


II agressividade-
20 anos

CATEGORIA Baixa 60 anos Agentes físicos


III agressividade- (som)
25 anos

São requisitos uniformes para homens e mulheres, é facultativo tirar a aposentadoria


especial.
O benefício só é devido a quem implementar esses tempos mínimos. Tem que ser
EXCLUSIVAMENTE em atividade especial (não posso misturar as aposentadorias).
- Alternância de categorias:
***Exclusivamente
“ categoria menos grave é coberta pela mais grave”, logo conta tempo da categoria I
para II e III. Já o contrário não é verídico C3 para C2 OU C1.
Da categoria I (leva todo o tempo) para II e III, pois a I é mais grave (posso descer na
tabela).
-Se tem concomitância de agentes agressivos, aposenta pelo mais agressivo, pois
aposenta antes. A lei tributária não poderá cobrar acréscimo nas alíquotas pela
concomitância.
Antes da EC n. 103/19, a aposentadoria padrão do sistema era a aposentadoria por
tempo de contribuição simples que funcionava, basicamente, assim:
-Risco coberto: carência (sem idade)
-Requisitos 35 anos de contribuição para homens e 30 anos para mulheres
-Depois esse requisito passou a ser uma soma da idade para atingir 85 pontos mulher e
95 pontos homem.
OBS: Essa regra ainda se encontra em vigor como regra de transição para o novo
regime previdenciário: art. 15, II, parágrafo 1° e 2° da EC.
- E não conseguiu completar a carência mínima de acordo com a categoria da atividade
(ex.: foi soldador e passou a exercer uma atividade comum)...
- A lei permitia que ele computasse esse período com um acréscimo para fins de
desconto de carência para aposentadoria por tempo de contribuição. O período em que o
segurado trabalhou em atividade especial era contado multiplicando-se por um fator de
aumento (40% ou 1,4, no caso de homens; 20% ou 1,2 no caso de mulheres) e somava-
se com os demais períodos laborados pelo segurado. A isso se dava o nome de
‘conversão de tempo especial em comum”... (art. 57, § 5º da Lei n. 8.213/91 com a
redação da Lei n. 9.032/95)
- Essa operação foi abolida pela EC, ressalvados, exclusivamente, os períodos já
trabalhados até a data da entrada em vigor da emenda (art. 25, § 2º da EC n. 103/19):

“Art. 25, § 2º (EC n. 103/2019). Será reconhecida a conversão de tempo especial em


comum, na forma prevista na Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, ao segurado do
Regime Geral de Previdência Social que comprovar tempo de efetivo exercício de
atividade sujeita a condições especiais que efetivamente prejudiquem a saúde, cumprido
até a data de entrada em vigor desta Emenda Constitucional, vedada a conversão para o
tempo cumprido após esta data”.
Consequências: A partir da EC n. 103/19, a aposentadoria especial somente é devida
para o segurado que descontar tempo integral de carência sob condições especiais...
Quem passou para atividade comum, deve considerar o período de atividade especial
anterior como comum, vedada a conversão, ressalvadas as atividades especiais já
prestadas até a data da entrada em vigor da EC.
Ficou bem (mas BEM mesmo) mais difícil acessar esse tipo de aposentadoria.
ESSA OPERAÇÃO DE CONVERSÃO DE TEMPO ESPECIAL EM COMUM (ESTÁ
REGOVADO)
OBS: A cada ano que trabalhar a mais da carência mínima será acrescido 2% por ano
(vale para todas as aposentadorias).
- A partir do momento que o segurado implementar todos os requisitos necessários para
o benefício, logo da data do requerimento retroage para o momento que atingiu os
requisitos.
A lei do tempo rege o ato, logo a lei pode deixar de considerar uma atividade específica
como especial- legislador tem autonomia para isso.
Obs 2: atividade perigosa é diferente de insalubre.
- Prova da atividade especial:
. Documento PPP- documento que incube a empresa empregadora/empregador que tem
por fim a comprovação da exposição do empregado há agentes nocivos.
. Laudo técnico- tem que ser mantido atualizado pela empresa, é direito do empregado
ter uma cópia autentica deste documento.
É POSSÍVEL BAIXAR DE CATEGORIA COM A COMPROVAÇÃO DE EFICÁCIA
DO IPI.
LAUDO NÃO CONTEMPORÂNEO É VALIDO, FORNECE RETROATIVAMENTE
-Proibição ao retorno: trabalhou em atividade especial, aposentou, não poderá voltar a
trabalhar em atividade especial.
BENEFÍCIOS POR INCAPACIDADE LABORATIVA
- Aposentadoria por incapacidade permanente
- Aposentadoria por incapacidade temporária
* Acidente do trabalho não tem haver com incapacidade.
É pago a quem não pode trabalhar.
. Laudo- incapacidade laboral
. Perícias: análise médica técnica; prognóstico (é uma opinião fundamentada) – prog.
Positivo: temporário (antigo auxílio doença), prog. Negativo: permanente (antiga
invalidez).
* Incapacidade total para o trabalho, seja ela permanente ou temporária
- Data de início do Benefício: data da entrada do requerimento- perícia administrativa-
INSS indeferiu- ajuiza ação- Sentença procedência (concluiu que o INSS estava
errado)- DII/data do início da incapacidade- perito estabelece a data (efeito retroativo da
sentença, volta para o ato administrativo que negou)
* Se o laudo não cravou uma data, julgaram muitos no laudo judicial, porém o STJ
fixou que será devido a partir da data da citação.
- Carência: 12 meses (tem certos casos que dispensam a carência. Ex: acidentes)
- Renda mensal: 60% + 2% por ano (se + de 15 anos ou 20 anos de contribuição)
- Exclusão de cobertura: Previsão típica, não é considerada cláusula abusiva. Não se
trata de eventos futuros e incertos.
.Laudo médico pericial (DII), data de ingresso.
. Pessoa totalmente incapacitado
- ASPECTOS RELEVANTES:
Retorno ao trabalho: em gozo de benefícios por incapacidade é vedada atividade
laborativa. Cessa o benefício imediatamente. Possibilidade de configuração de crime de
estelionato (art.171, paragrafo 3° do CP).
Pedido voluntário de cessação do benefício, retorno voluntário do segurado,
dependendo de uma análise pericial.
ALTA MÉDICA: em caso de alta médica, os peritos deram alta, mensalidades de
retenção/ processo transitório em que vai diminuindo aos poucos o valor recebido por
benefícios, vai diminuindo progressivamente o benefício, não cessa de uma vez.
- Coisa Julgada: o benefício é concedido por um prognóstico, ou seja, a situação pode
mudar, a incapacidade pode não existir mais, logo se mudar a situação, a coisa julgada
não vai proteger.
Sobreveio situação de fato, mudou o Estado de fato.
Sumula 473 STF: INSS não precisa pedir revisão, autotutela administrativa, não precisa
pedir ao judiciário, pode contar o benefício.
- Pode chamar o segurado a cada 2 anos, para ver se não sobreveio mudança, não há
ofensa a coisa julgada.
AUXÍLIO ACOMPANHANTE
ART. 45
Avalia se a pessoa precisa de “cuidador”, se a renda dá, é um valor/ porcentagem de
25% a mais ao segurado que for incapacitado de exercer suas atividades sozinho,
precisando de um cuidador. É devido ao segurado, vai receber 25% e não subordina ao
teto da previdência.
Esse valor não incorpora ao valor da pensão por morte devido ao dependente.
STF por maioria- reconheceu provimento ao Recurso Ordinário para declarar a
impossibilidade de concessão por extensão do auxílio acompanhante (25%) para todas
espécies de aposentadoria, portanto só cabe ao grupo das incapacidades.
- Carência: 12 meses. Tem doenças que isenta de carência, carência zero. Não cabe
interpretação extensiva
Benefícios temporários: incapacidade total e temporariamente
Reabilitação Profissional: tentar capacitar o profissional para outra atividade que possa
exercer.
É indicado para a hipótese em que, após a recuperação do segurado, se verificar que o
segurado não tem mais condições de exercer as mesmas atividades que exercia.

PENSÃO POR MORTE


Benefício concedido aos dependentes do segurado que falece nessa qualidade de
segurado. Pensão é a nomenclatura previdenciária aplicável para o benefício devido aos
dependentes, em razão do óbito do segurado.
- Risco coberto: a morte do segurado.
- Ideia Geral: a aquisição do direito se dá no momento do óbito, o que significa que os
dependentes devem demonstrar que, ao tempo do óbito, o segurado mantinha essa
qualidade (art. 15 da LBPS).
- A aquisição do direito independe de requerimento (Súmula n. 359 do STF): os
dependentes interessados podem tentar demonstrar que, mesmo que o óbito tenha
ocorrido fora da qualidade de segurado, o segurado, ainda ostentando essa condição, já
poderia ter adquirido o direito a alguma aposentadoria (por idade, p. ex., no período de
graça; por incapacidade permanente, p.ex, utilizando-se de perícia indireta, etc.), ainda
que não haja requerido ao INSS – ou tenha sido indeferido.
NENHUMA PENSÃO DEPENDE DE CARENCIA- CARENCIA É 0, MAS PRECISA
TER A QUALIDADE DE SEGURADO
-É devido: os dependentes do segurado no momento do óbito (art. 16 da LBPS)
- Concomitâncias de convivências: Pelo entendimento anterior do STJ, era cabível o
rateio do benefício entre famílias conviventes, pouco importando – para fins
previdenciários – as proibições concernentes às regras de D. Civil...
O STF alterou radicalmente esse entendimento, expungindo o concubinato impuro da
malha de proteção previdenciária (RE n. 1.045.273-SE, repercussão): a segunda
conivente......
Requisitos: Óbito na qualidade de segurado; Ser dependente (Classes II e III a
dependência econômica deve ser comprovada); Carência = 0 e DIB = data do óbito se
requerida em até 30 dias; senão DIB = DER (data de início do benefício)
RENDA MENSAL INICIAL (RMI)
- Se o segurado já fosse aposentado ou já houvesse adquirido direito a algum tipo de
aposentadoria, mesmo não requerida: RMI = 50% do valor dessa aposentadoria + 10%
por dependente até o limite de 100%, SEM O DIREITO DE ACRESCER. Por exemplo:
Viúva + 3 filhos menores: RMI = 90% do valor da aposentadoria que seria devida, até
que o primeiro complete a maioridade; depois 80%, até a maioridade do segundo filho;
depois 70%...
- Se o segurado ainda não houvesse adquirido o direito à percepção de qualquer
aposentadoria: REGRA GERAL: RMI = 60% + 2% por ano que exceda à carência de
15 anos para mulheres e 20 anos para homens sobre a média dos s-d-c. P. exemplo:
segurado homem que cumpriu 30 anos de carência (não se aposentou porque não havia
completado a idade ao tempo do óbito): RMI= 60% + 20%= 80% da média dos salários
de contribuição.
Exceções ao cálculo da RMI:
•Dependente inválido ou com deficiência intelectual, mental ou grave: RMI = 100%
da aposentadoria recebida pelo segurado ou daquela a que teria direito se fosse
aposentado por incapacidade permanente na data do óbito, até o limite máximo de
benefícios do Regime Geral de Previdência Social (art. 23, § 2º, II da EC n. 103/19).
•Se o segurado fosse aposentado, recebe o mesmo valor que o segurado recebia em
vida. Se não houvesse adquirido direito a nenhuma aposentadoria calcula-se o valor de
uma aposentadoria por incapacidade permanente para o segurado falecido, pela regra
geral (60% + 2%/ano que exceder à carência...).
•Recuperação da capacidade ou da deficiência: retoma as regras da pensão comum:
§ 3º Quando não houver mais dependente inválido ou com deficiência intelectual,
mental ou grave, o valor da pensão será recalculado na forma do disposto no caput e no
§ 1º.
•Reavaliação periódica da incapacidade: § 5º Para o dependente inválido ou com
deficiência intelectual, mental ou grave, sua condição pode ser reconhecida previamente
ao óbito do segurado, por meio de avaliação biopsicossocial realizada por equipe
multiprofissional e interdisciplinar, observada revisão periódica na forma da legislação.
Cumulação: Vedada a cumulação de pensões exceto se decorrente de regimes
previdenciários diversos (Art. 24).
Na impossibilidade de cumulação de pensões, prevê-se a opção pelo benefício mais
vantajoso, desde que se haja adquirido o direito a ambos...

BPC- Art. 20 da LOAS


- Requisitos econômico do BPC : O requisito econômico é renda familiar per capita
(por cabeça) tem que ser menor que ¼ do salário-mínimo
Divisão da renda bruta do núcleo familiar e o número de integrantes da família e o
coeficiente tem que dar mesmo de ¼ (menos de R$ 332,50)
Obs: não é renda líquida
Obs 2; Ação civil pública desconte as despesas médicas que foram pagar por pacientes
graves. Juiz deu procedente para que descontasse do valor bruto o valor gasto com
medicamentos caros (em São Paulo não é muito aplicado essa visão)
- Quem são os integrantes? Posso considerar núcleo família (art.16): cônjuge e filhos até
21 anos, salvo se invalido, pais e irmãos.
Para entrar no divisor tem que morar junto, ser família, constituir o mesmo núcleo
familiar, não necessariamente significa que seja sobre o “mesmo teto”. Ex: edícula,
laje....
- Se na família tiver um membro que já recebe BPC, será desconsiderada o salário-
mínimo como renda. Logo, se o marido receber o BPC será considerado renda zero
e sua mulher tira direito ao BPC
PROBLEMA: advogado alegou que seu cliente ganha também um salário-mínimo,
porém devido ao benefício da incapacidade, poderia tbm a esposa pleitear pelo BPC?
A situação financeira é a mesma nos dois casos. De acordo com o artigo 34 não poderia
se aplicar nesse caso.
O STJ em um repetitivo: ANALOGIA
APLICA-SE O PARÁGRAFO ÚNICO DO ART. 34 DO ESTATUTO DO IDOSO
POR ANALOGIA, A FIM DE QUE BENEFÍCIO PREVIDENCIARIO RECEBIDO
POR IDOSO POR UM SALÁRIO-MÍNIMO, DESCONSIDERA TAMBÉM, POIS A
SITUAÇÃO SOCIAL É A MESMA.
Ex 3: o cidadão recebe um salário-mínimo, pois trabalha, nesse caso também se aplicará
o parágrafo único do art. 34? Sim, também analogia, jurisprudência dos TRFs, pois a
situação financeira também é igual.
Ex 4: primeiro: BPC; Segundo: BPC; Terceiro: jurisprudência AIP; Quarto: salário-
mínimo
Quinto: poderá receber o benefício? Não, pois não estão em situação de vulnerabilidade,
a renda somada de todos é muito superior a garantia do mínimo existencial. Logica do
razoável.
PERÍCIA SOCIAL: É feita por assistentes sociais, ligadas em geral. Analisar o caso e
fazer relato aprofundado da situação financeira e social dos indivíduos, situação
econômica. Fazem um levantamento social, se tem água, saneamento básico e analisar
como é a casa. Pode ter duas perícias, inclusive a médica.
JULGADO VINCULANTE DO STJ- REQUISITO ECONOMICO NÃO DEVE SER
INTERPRETADO DE FORMA RIGIDA E ABSOLUTA, juiz deve levar isso em
consideração ao julgar.
SE O JUIZ CONSIDERAR QUE HÁ UMA SITUAÇÃO DE VULNERABILIDADE,
INDEPENDENTE DA RENDA PODERÁ DEFERIR O BENEFÍCIO, BEM COMO O
CONTRÁRIO.
- Calamidade Pública da COVID- o requisito da renda mensal caiu para menor que
meio/ meio salário-mínimo, está em tramitação projeto de Lei para tornar o limite em ½.
Se puder trabalhar, a pessoa com deficiência, deve prevalecer ela no trabalho.
Os benefícios são sempre devidos a partir do momento que requerer, é vedada a
cumulação com qualquer outro benefício (a mesma pessoa)
SALÁRIO MATERNIDADE, AUXÍLIO RECLUSÃO E SALÁRIO FAMÍLIA
Conceito salário-maternidade: benefício devido a pessoa que se afasta de sua atividade,
por motivo de nascimento de filho, aborto não criminoso, adoção ou guarda judicial
para fins de adoção. É também devido ao adotante do sexo masculino, para adoção ou
guarda para fins de adoção. É devido a mãe e não ao filho. Se a mãe vier a falecer no
momento do parto, a criança não ira receber o salário maternidade, porém irá receber o
pensão por morte (não estará desamparada), caso de mãe solteira.
É extensivo ao adotante do sexo masculino? Sim, é letra de lei legislada
- Riso coberto: ausência de atividade laboral decorrente dos primeiros dias da
maternidade/paternidade.
Se tem companheiro/cônjuge e houve o falecimento no momento do parto- a partir de
2013, o benefício se estenderá ao cônjuge ou companheiro sobrevivente, DESDE QUE
ESSE TAMBÉM POSSUA AS CONDIÇÕES NECESSÁRIAS A CONCESSÃO DO
BENEFÍCIO EM RAZÃO DE SUAS PRÓPRIAS CONTRIBUIÇÕES.
O CONJUGE TEM CARENCIA PRÓPRIA DELE??? Se ele não tem carência dele, não
poderá aproveitar do salário maternidade. Mas usa como base a renda da mulher- “uso
político da previdência social”.
RESTRIÇÃO: no caso de parto de gêmeos ou mais, o segurado só tem direito ao
pagamento de uma cota de salário maternidade.
No caso de empregos concomitantes, ou de atividade simultânea na condição de
segurado empregado (ex: médica), terá um salário por cada vínculo que tiver, ou seja, se
tiver 3 vínculos receberá 3 salários de maternidade. É uma exceção ao princípio da
unicidade.
- Carência: 10 meses: segurado empregado, empregado doméstico e trabalhador
avulso, pode requerer o benefício até antes de completar a carência, desde que façam no
PBC, os demais segurados devem completar a carência anteriormente ao requerimento
do benefício.
Ex: mãe foi contratada já gestante ou antecipação de parto, aos 6 meses ocorre o parto,
se ela vai ter estabilidade irá conseguir cumprir a carência necessária, logo poderá
antecipar a carência
No sentido da segurada pedir demissão antes de completar a carência- solução é a
execução fiscal, o sistema deverá ajuizar e procurar se ressarcir. Não há ilícito
tributário, ela exerceu seu direito e solicitou a demissão.
PERDA DA QUALIDADE DE SEGURADO: exige metade da carência de 10 meses
anteriormente ao evento gerador do benefício. Para recuperar carências anteriores, basta
contribuir mais 5 (caso em que foi demitida e estiver fora do período de graça).
Tem que contribuir até antes do parto, após o parto não pode mais contribuir para ter
direito.
Não tem limitador de tempo, contribuindo 5 meses novamente antes do parto, está de
volta ao sistema.
Salário-maternidade é diferente de afastamento por maternidade
DIB- data do fato gerador é o nascimento, o dia da adoção, ETC..
RMI: em regra é o mesmo salário percebido em atividade, entra todos os valores, será
incluído até parcelas indenizatórias, não tem teto.
Quem paga é o INSS, é um benefício previdenciário
Para a segurada empregada, o empregador continuará pagando normalmente o salário a
empregada, porém a empresa vai deduzir das contribuições ao INSS (logo quem paga é
o INSS).
Duração de 120 dias, exceção no caso de aborto que é o prazo de 14 dias a contar da
data do fato.
O salário maternidade não pode ser cumulado com os benefícios por incapacidade,
porém a beneficiada poderá optar pelo beneficio que for melhor para ela.
Pode cumular com pensão por morte? Pode, pois o fato gerador não é o mesmo

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