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Segurados contribuintes individuais

Essa categoria foi criada em 1999, unindo três categorias já existentes:


autônomos, empresários e equiparados a autônomos.

Estão previstos no artigo 9º, V do Decreto nº 3.048/99:

Art. 9º São segurados obrigatórios da previdência social as seguintes pessoas físicas:


[...]

V – como contribuinte individual:

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Segurados contribuintes individuais
V, a) a pessoa física, proprietária ou não, que explora atividade agropecuária, a
qualquer título, em caráter permanente ou temporário, em área, contínua ou
descontínua, superior a quatro módulos fiscais; ou, quando em área igual ou inferior
a quatro módulos fiscais ou atividade pesqueira ou extrativista, com auxílio de
empregados ou por intermédio de prepostos; ou ainda nas hipóteses dos §§ 8º e 23
deste artigo;

ATENÇÃO: contribuintes individuais são os grandes produtores rurais, em razão do


tamanho das suas terras, ou até mesmo pequenos produtores que contratam
empregados. Se trabalhar sem auxílio de empregados e em terras inferiores a 4
módulos fiscais, observados outros critérios, será segurado especial.

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Segurados contribuintes individuais
b) a pessoa física, proprietária ou não, que explora atividade de extração mineral -
garimpo -, em caráter permanente ou temporário, diretamente ou por intermédio de
prepostos, com ou sem o auxílio de empregados, utilizados a qualquer título, ainda
que de forma não contínua;

c) o ministro de confissão religiosa e o membro de instituto de vida consagrada, de


congregação ou de ordem religiosa;

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Segurados contribuintes individuais
d) o brasileiro civil que trabalha no exterior para organismo oficial internacional
do qual o Brasil é membro efetivo, ainda que lá domiciliado e contratado, salvo
quando coberto por regime próprio de previdência social;

Atenção:
Se trabalha no organismo, para a União, é empregado.
Se trabalha diretamente para o organismo, é contribuinte individual

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Segurados contribuintes individuais
e) desde que receba remuneração decorrente de trabalho na empresa:

1. o empresário individual e o titular de empresa individual de responsabilidade


limitada, urbana ou rural;
2. o diretor não empregado e o membro de conselho de administração de sociedade
anônima;
3. o sócio de sociedade em nome coletivo; e
4. o sócio solidário, o sócio gerente, o sócio cotista e o administrador, quanto a este
último, quando não for empregado em sociedade limitada, urbana ou rural;

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Segurados contribuintes individuais
i) o associado eleito para cargo de direção em cooperativa, associação ou entidade
de qualquer natureza ou finalidade, bem como o síndico ou administrador eleito para
exercer atividade de direção condominial, desde que recebam remuneração;

Atenção: “dirigente sindical” - a Lei prevê que o dirigente sindical mantém,


durante o exercício do mandato, o mesmo enquadramento no Regime Geral de
Previdência Social (RGPS) de antes da investidura (artigo 11, parágrafo 4º da Lei
8.213 de 1991).

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Contribuição dos segurados contribuintes
individuais
O Contribuinte Individual é responsável direto pelo pagamento de suas
contribuições, e a realizará, em regra, em uma alíquota de 20% sobre seu salário
de contribuição; porém, em situações específicas, essa alíquota e a base de cálculo
serão diferentes.
Prazo para recolhimento: até o dia 15 do mês seguinte ao da competência. Não
havendo expediente bancário na data, o recolhimento deverá ser efetuado até o dia
útil imediatamente posterior.
Existe ainda a possibilidade do recolhimento trimestral, desde que os seus
salários de contribuição sejam iguais ao valor de um salário mínimo, com
vencimento no dia 15 do mês seguinte ao de cada trimestre civil.
Lembre-se: a regra é de 20%!

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Contribuição dos segurados contribuintes
individuais
Contribuinte individual prestador de serviços à empresa.

No caso do contribuinte individual prestador de serviços à empresa, a regra é


diferente. De acordo com o artigo 4º Lei 10.666/03:

Art. 4° Fica a empresa obrigada a arrecadar a contribuição do segurado contribuinte


individual a seu serviço, descontando-a da respectiva remuneração, e a recolher o
valor arrecadado juntamente com a contribuição a seu cargo até o dia 20 (vinte) do
mês seguinte ao da competência, ou até o dia útil imediatamente anterior se não
houver expediente bancário naquele dia.

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Contribuição dos segurados contribuintes
individuais
Contribuinte individual prestador de serviços à empresa.

Nos casos em que preste serviços à pessoa jurídica, esta é responsável pelo
recolhimento da contribuição e o contribuinte individual vai gozar, portanto, da
presunção absoluta de recolhimento.

A alíquota a ser recolhida pela empresa corresponde a 11% do valor do serviço pago.

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Contribuição dos segurados contribuintes
individuais
Contribuinte individual prestador de serviços à empresa.

Essas disposições não se aplicam ao contribuinte individual quando contratado por


outro contribuinte individual, equiparado a empresa (dentista, dona de salão de
beleza, etc.), por produtor rural pessoa física, ou ainda por missão diplomática e
repartição consular de carreira estrangeiras, e nem ao brasileiro civil que trabalha
no exterior para organismo oficial internacional do qual o Brasil é membro efetivo (§
3°, do art. 4º, da Lei 10.666/2003).

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Contribuição dos segurados contribuintes
individuais
Regime especial de inclusão previdenciária

Plano simplificado de contribuições

A contribuição previdenciária do contribuinte individual que trabalhe por conta


própria sem relação de trabalho com empresa e equiparado, poderá ser de 11%
sobre o salário mínimo, ao invés do tradicional 20%, mas esses segurados não terão
direito à aposentadoria programada, só podendo se aposentar por idade ou
incapacidade permanente (art. 21, § 2º, I, da Lei 8.212/1991).

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Contribuição dos segurados contribuintes
individuais
Regime especial de inclusão previdenciária

Plano simplificado de contribuições

Se mudar de ideia e optar por se aposentar na modalidade programada


posteriormente, ou levar o tempo de contribuição para algum Regime Próprio de
Previdência Social (contagem recíproca), o contribuinte individual e o segurado
facultativo deverão fazer o recolhimento retroativo dos 9% faltantes para
integralizar os 20% sobre o salário de contribuição, com a incidência dos juros
legais, sendo exigível o complemento a qualquer tempo (imprescritível), sob pena
de indeferimento do benefício.

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Contribuição dos segurados contribuintes
individuais
Regime especial de inclusão previdenciária

Plano simplificadíssimo de contribuições

A contribuição previdenciária do MEI poderá ser de 5% sobre o limite mínimo


mensal do salário de contribuição (art. 21, § 2º, II, da Lei 8.212/1991).

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Contribuição dos segurados contribuintes
individuais
CONTRIBUINTE INDIVIDUAL ALÍQUOTA RESPONSÁVEL PELO
RECOLHIMENTO E PRAZO

Contribuinte individual prestador de serviços por 20% sobre o salário de contribuição Contribuinte individual; até o dia 15 do mês
conta própria ou facultativo seguinte ao da competência

Contribuinte Individual que presta serviços a 20% sobre o salário de contribuição Contribuinte individual; até o dia 15 do mês
outro contribuinte individual equiparado a seguinte ao da competência
empresa ou a produtor rural ou a missão
diplomática e repartição consular de carreira
estrangeira (Lei 10.666/04)

Contribuinte individual que opta pelo regime 11% sobre o salário mínimo Contribuinte individual; até o dia 15 do mês
especial de inclusão previdenciária (base de seguinte ao da competência
cálculo = 01 salário mínimo)

MEI – Microempreendedor Individual (base de 5% sobre o salário mínimo Contribuinte individual; até o dia 20 do mês
cálculo = 01 salário mínimo) seguinte ao da competência

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Segurados especiais
De acordo com o inciso VII, do art. 9º, do Decreto 3.048/99, segurado especial é
a pessoa física que reside em imóvel rural, ou em aglomerado urbano ou rural
próximo ao imóvel rural que, individualmente ou em regime de economia familiar,
ainda que com o auxílio eventual de terceiros, na condição de:
a) produtor, seja ele proprietário, usufrutuário, possuidor, assentado, parceiro ou
meeiro outorgados, comodatário ou arrendatário rurais, que explore atividade:
1. agropecuária em área contínua ou não de até quatro módulos fiscais; ou
2. de seringueiro ou extrativista vegetal na coleta e extração, de modo sustentável,
de recursos naturais renováveis, e faça dessas atividades o principal meio de vida;

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Segurados especiais
b) pescador artesanal ou a este assemelhado, que faça da pesca profissão habitual
ou principal meio de vida; e

*pescador artesanal é aquele que faz da pesca sua profissão habitual ou meio
principal de vida e que exerce as atividades sem embarcação ou com uma de
pequeno porte (com arqueação bruta igual ou menor que 20).
Considera-se assemelhado ao pescador artesanal aquele que realiza atividade
de apoio à pesca artesanal, exercendo trabalhos de confecção e de reparos de
artes e petrechos de pesca e de reparos em embarcações de pequeno porte ou
atuando no processamento do produto da pesca artesanal.

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Segurados especiais
c) cônjuge ou companheiro, bem como filho maior de dezesseis anos de idade ou a
este equiparado, do segurado de que tratam as alíneas “a” e “b” deste inciso, que,
comprovadamente, tenham participação ativa nas atividades rurais ou pesqueiras
artesanais, respectivamente, do grupo familiar.

O § 5º do artigo 9º do Decreto conceitua o regime de economia familiar:

§ 5o Entende-se como regime de economia familiar a atividade em que o trabalho


dos membros da família é indispensável à própria subsistência e ao desenvolvimento
socioeconômico do núcleo familiar e é exercido em condições de mútua
dependência e colaboração, sem a utilização de empregados permanentes.

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Segurados especiais

O § 6º do artigo 9º do Decreto conceitua o auxílio eventual de terceiros:

§ 6º Entende-se como auxílio eventual de terceiros o que é exercido


ocasionalmente, em condições de mútua colaboração, não existindo subordinação
nem remuneração.

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Segurados especiais
O segurado especial sobrevive da pesca, do extrativismo vegetal ou atividade
agropecuária. A regra é: se este possuir outra fonte de renda ou outra atividade,
estará excluído da condição de segurado especial.

Porém, o legislador determinou um rol taxativo de atividades e fontes de renda que


são permitidas ao segurado especial, que não descaracterizam a condição de
segurado especial, de acordo com o § 18, do art. 9º do Decreto:

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Segurados especiais
• Outorga de imóvel rural: através de contrato escrito de parceria, meação ou
comodato de até 50% do imóvel de até 4 módulos fiscais, desde que outorgante e
outorgado continuem a exercer a atividade rural;
• Turismo, podendo, inclusive, ser de hospedagem, na propriedade rural, por um
período não superior a 120 dias ao ano;
• Participação em plano de previdência complementar que seja instituído por
entidade classista que seja associado e em regime familiar;
• Participação de programa assistencial oficial do Governo como beneficiário
ou fazer parte de grupo familiar em que algum membro seja beneficiário;

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Segurados especiais
• Beneficiamento ou industrialização artesanal utilizado pelo grupo familiar na
exploração da atividade (aquele realizado diretamente pelo produtor rural, como
pessoa física que não esteja sujeito ao IPI – Imposto sobre Produtos
Industrializados);
• Associar-se em cooperativa agropecuária ou de crédito rural;
• Participar em sociedade empresária ou em sociedade simples, ou a sua atuação
como empresário individual ou como titular de empresa individual de
responsabilidade limitada de objeto ou âmbito agrícola, agroindustrial ou
agroturístico, considerada microempresa, desde que, mantido o exercício da sua
atividade rural, a pessoa jurídica seja composta apenas por segurados especiais e
sediada no mesmo Município ou em Município limítrofe àquele em que, ao menos,
um deles desenvolva as suas atividades.

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Questão de concurso
QUESTÃO 20 Prova: CESPE / CEBRASPE - 2020 - Ministério da Economia -
Técnico de Complexidade Intelectual – Direito

Acerca do enquadramento legal como segurados e dependentes, julgue o item que


se segue.
Considera-se regime de economia familiar a atividade em que o trabalho dos
membros da família é indispensável à própria subsistência e ao desenvolvimento
socioeconômico do núcleo familiar, devendo ser exercido em condições de mútua
dependência e colaboração e sem o auxílio de empregados permanentes.

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Questão de concurso
Resposta: Certo

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Contribuição dos segurados especiais

A contribuição do segurado especial incidirá sobre o valor bruto da comercialização


da produção rural, diferente da dos demais segurados, que incide sobre o salário de
contribuição.
De acordo com o art. 195 § 8º, CF:
“O produtor, o parceiro, o meeiro e o arrendatário rurais e o pescador artesanal, bem
como os respectivos cônjuges, que exerçam suas atividades em regime de economia
familiar, sem empregados permanentes, contribuirão para a seguridade social
mediante a aplicação de uma alíquota sobre o resultado da comercialização da
produção e farão jus aos benefícios nos termos da lei.”

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Contribuição dos segurados especiais
A matéria foi regulamentada pelo art. 25 da Lei 8.212/91:
Art. 25. A contribuição do empregador rural pessoa física, em substituição à
contribuição de que tratam os incisos I e II do art. 22, e a do segurado especial,
referidos, respectivamente, na alínea a do inciso V e no inciso VII do art. 12 desta Lei,
destinada à Seguridade Social, é de:
I - 1,2% (um inteiro e dois décimos por cento) da receita bruta proveniente da
comercialização da sua produção;
II - 0,1% da receita bruta proveniente da comercialização da sua produção para
financiamento das prestações por acidente do trabalho.
Esse valor é acrescido do percentual de 0,2% que deve ser recolhido em prol do
Serviço Nacional de Aprendizagem Rural.

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Contribuição dos segurados especiais

Esse valor é acrescido do percentual de 0,2% que deve ser recolhido em prol do
Serviço Nacional de Aprendizagem Rural.
Portanto, a contribuição do segurado especial será de 1,3% da receita bruta
proveniente da comercialização da sua produção.
A responsabilidade por tal recolhimento é, via de regra, dos adquirentes da
produção, existindo a presunção do recolhimento e deverá ser feita até o dia 20
do mês seguinte à operação.

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Contribuição dos segurados especiais

Lei 8.212/91. Art. 25 § 1º O segurado especial de que trata este artigo, além da
contribuição obrigatória referida no caput, poderá contribuir, facultativamente, na
forma do art. 21 desta Lei

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Contribuição dos segurados especiais
Art. 25A. Equipara-se ao empregador rural pessoa física o consórcio simplificado de produtores
rurais, formado pela união de produtores rurais pessoas físicas, que outorgar a um deles poderes
para contratar, gerir e demitir trabalhadores para prestação de serviços, exclusivamente, aos seus
integrantes, mediante documento registrado em cartório de títulos e documentos.
§ 1o O documento de que trata o caput deverá conter a identificação de cada produtor, seu
endereço pessoal e o de sua propriedade rural, bem como o respectivo registro no Instituto
Nacional de Colonização e Reforma Agrária - INCRA ou informações relativas a parceria,
arrendamento ou equivalente e a matrícula no Instituto Nacional do Seguro Social – INSS de cada
um dos produtores rurais.
§ 2o O consórcio deverá ser matriculado no INSS em nome do empregador a quem hajam sido
outorgados os poderes, na forma do regulamento.
§ 3o Os produtores rurais integrantes do consórcio de que trata o caput serão responsáveis
solidários em relação às obrigações previdenciárias.

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Segurados facultativos
O segurado facultativo é aquele que não se enquadra em nenhuma categoria de
segurado obrigatório do RGPS e não está vinculado obrigatoriamente ao RPPS.

Ele contribui, se desejar, com o Sistema Previdenciário, diferentemente dos


segurados obrigatórios, os quais devem contribuir.

O Decreto 3.048/99 apresenta, no artigo 11, um rol exemplificativo de segurados


facultativos:

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Segurados facultativos
Art. 11 É segurado facultativo o maior de dezesseis anos de idade que se filiar ao
Regime Geral de Previdência Social, mediante contribuição, na forma do art. 199,
desde que não esteja exercendo atividade remunerada que o enquadre como
segurado obrigatório da previdência social.
§ 1º Podem filiar-se facultativamente, entre outros:
I - aquele que se dedique exclusivamente ao trabalho doméstico no âmbito de sua
residência
II - o síndico de condomínio, quando não remunerado;
ATENÇÃO: se o síndico receber remuneração, ainda que indireta, será contribuinte
individual

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Segurados facultativos
III - o estudante;
IV - o brasileiro que acompanha cônjuge que presta serviço no exterior;
V - aquele que deixou de ser segurado obrigatório da previdência social;
VI - o membro de conselho tutelar de que trata o art. 132 da Lei nº 8.069, de 13 de
julho de 1990, quando não esteja vinculado a qualquer regime de previdência social;
VII - o bolsista e o estagiário que prestam serviços a empresa de acordo com a Lei
11.788 de 2008;
Atenção: se prestar serviços em DESACORDO com a Lei, será segurado
obrigatório empregado

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Segurados facultativos
VIII - o bolsista que se dedique em tempo integral a pesquisa, curso de
especialização, pós-graduação, mestrado ou doutorado, no Brasil ou no exterior,
desde que não esteja vinculado a qualquer regime de previdência social;
IX - o presidiário que não exerce atividade remunerada nem esteja vinculado a
qualquer regime de previdência social;
X - o brasileiro residente ou domiciliado no exterior, salvo se filiado a regime
previdenciário de país com o qual o Brasil mantenha acordo internacional; e

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Segurados facultativos
XI - o segurado recolhido à prisão sob regime fechado ou semiaberto, que, nesta
condição, preste serviço, dentro ou fora da unidade penal, a uma ou mais empresas,
com ou sem intermediação da organização carcerária ou entidade afim, ou que
exerce atividade artesanal por conta própria.
XII - o atleta beneficiário da Bolsa-Atleta não filiado a regime próprio de previdência
social ou não enquadrado em uma das hipóteses previstas no art. 9º.

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Segurados facultativos
Aquele que participa de regime próprio ficará proibido de se filiar ao Regime Geral
de Previdência Social, na qualidade de segurado facultativo, salvo na hipótese de
afastamento sem vencimento e desde que não permitida, nesta condição,
contribuição ao respectivo regime próprio (§ 2º, art. 11).
A filiação, na qualidade de segurado facultativo, representa ato volitivo, gerando
efeito somente a partir da inscrição e do primeiro recolhimento, não podendo
retroagir e não permitindo o pagamento de contribuições relativas a competências
anteriores à data da inscrição, ressalvada a possibilidade de contribuição trimestral
(§ 3º, art. 11).
Significa que, com a falta de obrigatoriedade, não é possível, por exemplo, recolher
competências (meses) antes da inscrição, a fim de obter benefícios.

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Questão de concurso
A dona de casa e o estudante podem filiar-se facultativamente ao RGPS mediante
contribuição, desde que não estejam exercendo atividade remunerada que os
enquadre como segurados obrigatórios da previdência social.

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Questão de concurso
Resposta: Certo

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Contribuição dos segurados facultativos

O contribuinte facultativo tem como salário de contribuição o valor que desejar,


desde que respeite o piso (salário mínimo mensal) e teto (máximo do salário de
contribuição).
A regra geral é de contribuição sobre 20% sobre o salário de contribuição, fazendo
jus a benefícios no valor superior a um salário mínimo (caso contribua sobre valor
superior).
Regra geral: 20% do salário de contribuição e deverá recolher suas
contribuições até o dia 15 do mês seguinte ao da competência. Não havendo
expediente bancário na data, o recolhimento deverá ser efetuado até o dia útil
imediatamente posterior.

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Contribuição dos segurados facultativos
Regime especial de inclusão previdenciária

Plano simplificado de contribuições

A contribuição previdenciária do segurado facultativo, poderá ser de 11% sobre o


salário mínimo, ao invés do tradicional 20%, mas esses segurados não terão direito
à aposentadoria programada, só podendo se aposentar por idade ou incapacidade
permanente, fazendo jus aos benefícios no valor de um salário mínimo.

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Contribuição dos segurados facultativos

Plano simplificadíssimo de contribuições

A contribuição previdenciária do segurado facultativo de baixa renda poderá ser de


5% sobre o limite mínimo mensal do salário de contribuição.

Facultativo de baixa renda: facultativo sem renda própria que se dedique


exclusivamente ao trabalho doméstico no âmbito de sua residência, desde que
pertencente a família de baixa renda (renda familiar de até 2 salários mínimos e
inscrição no Cadúnico).

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Contribuição dos segurados facultativos

FACULTATIVO BASE DE CÁLCULO ALÍQUOTA E PRAZO PARA


RECOLHIMENTO

REGRA GERAL SALÁRIO DE CONTRIBUIÇÃO 20%, até o dia 15 do mês seguinte ao da


competência

PLANO SIMPLIFICADO SALÁRIO MÍNIMO 11%, até o dia 15 do mês seguinte ao da


competência

FACULTATIVO DE BAIXA RENDA SALÁRIO MÍNIMO 5%, até o dia 15 do mês seguinte ao da
competência

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Dependentes dos segurados
Compõe, juntamente com os segurados, o polo ativo da relação
jurídico-previdenciária.
Os dependentes terão direito aos benefícios previdenciários, por estarem ligados
aos segurados economicamente.
Na falta do segurado, em razão de morte ou da prisão, seus dependentes terão
direito à pensão por morte ou auxílio-reclusão, conforme fato gerador e cumpridos
os requisitos legais. Ou seja, são dois os benefícios da previdência devidos
aos dependentes.
Além disso, os dependentes dos segurados possuem acesso aos serviços
prestados pelo INSS: serviço social e reabilitação profissional.

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Dependentes dos segurados
Os dependentes dos segurados estão dispostos no artigo 16 da do Decreto
3.048/99, que os divide em classes, conforme os incisos.

Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de


dependentes do segurado:

I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer


condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência
intelectual, mental ou grave;

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Dependentes dos segurados
II - os pais;

III - o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos
ou inválido ou que tenha deficiência intelectual, mental ou grave.

Assim, ficam estabelecidas as seguintes classes de dependentes:

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Dependentes dos segurados
Primeira Classe:
▪ Cônjuge;
▪ Companheira (o);
▪ Filho não emancipado, de qualquer condição, menor de vinte e um anos de idade
ou inválido ou que tenha deficiência intelectual, mental ou grave;
▪Equiparados aos filhos: tutelado ou enteado, comprovando dependência
econômica.
Art. 16 § 3º Equiparam-se a filho, na condição de dependente de que trata o inciso I
do caput, exclusivamente o enteado e o menor tutelado, desde que comprovada a
dependência econômica.
§ 4º O menor sob tutela somente poderá ser equiparado aos filhos do segurado
mediante apresentação de termo de tutela.

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Dependentes dos segurados
Segunda Classe:

▪ Os pais.

Terceira Classe

▪ Os irmãos não emancipados, de qualquer condição, menor de vinte e um anos de


idade ou inválido ou que tenha deficiência intelectual, mental ou grave.

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Dependentes dos segurados
Com relação à dependência econômica, esta será:

• Presumida: para os dependentes de primeira classe, salvo os equiparados a


filhos, que devem comprovar a dependência econômica com o segurado;

• Comprovada: pelos dependentes da segunda e terceira classe.

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Dependentes dos segurados
Importante:

A existência de dependentes de uma classe sempre excluirá o direito aos


dependentes das classes subsequentes. Exemplo: se existir a esposa, mesmo que a
exista também uma mãe dependente, economicamente, do segurado, somente a
esposa terá direito aos benefícios como dependente, porque está na primeira
classe.

Decreto 3.048/99. Art. 16 § 2º A existência de dependente de qualquer das classes


deste artigo exclui do direito às prestações os das classes seguintes.

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Dependentes dos segurados
Porém:

Se existirem dependentes em uma mesma classe, concorrem em igualdade de


condições, dividindo o benefício na forma da Lei.

Decreto 3.048/99. Art. 16 § 1º Os dependentes de uma mesma classe concorrem


em igualdade de condições.

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Dependentes dos segurados
Dependentes companheiros (as)

§ 6º Considera-se união estável aquela configurada na convivência pública, contínua


e duradoura entre pessoas, estabelecida com intenção de constituição de família,
observado o disposto no § 1º do art. 1.723 da Lei nº 10.406, de 2002 - Código Civil,
desde que comprovado o vínculo.
§ 6º-A As provas de união estável e de dependência econômica exigem início de
prova material contemporânea dos fatos, produzido em período não superior aos
vinte e quatro meses anteriores à data do óbito ou do recolhimento à prisão do
segurado, não admitida a prova exclusivamente testemunhal, exceto na ocorrência
de motivo de força maior ou caso fortuito.

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Dependentes dos segurados
Exclusão da condição de dependente

§ 9º Será excluído definitivamente da condição de dependente aquele que tiver sido


condenado criminalmente por sentença transitada em julgado, como autor, coautor
ou partícipe de homicídio doloso, ou de tentativa desse crime, cometido contra a
pessoa do segurado, ressalvados os absolutamente incapazes e os inimputáveis.

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