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Planejamento Previdenciário/

Custeio

Ana Júlia B. Pires Kachan


Advogada

apires@kachan.adv.br
@profanajuliakachan

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A IMPORTÂNCIA DAS REGRAS DE CUSTEIO NO
PLANEJAMENTO PREVIDENCIÁRIO

Cuidado na orientação do cliente a respeito de


contribuições

Diferenciar as categorias de segurados e a obrigação


tributária principal

Verificar espécie de benefício e a razão da


contribuição (especialmente em atraso)

Observar regras de salário de contribuição

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LEGISLAÇÃO BÁSICA

LEI 8.212/91

DECRETO 3048/99

IN 971/2009 DA SRFB

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Case 1

Homem. Contribuinte Individual de março de 2001 a abril


de 2014.
Inscrito como MEI em 08/2015, contribuições regulares e
em dia até 08/2016.
Em 25.03.2021 completou 65 anos.
Em 15/11/2021 fez o recolhimentos das competências de
09/19 a 08/21 5 anos sem
recolhimento
Pedido administrativo 02/12/2021
Indeferimento – falta de carência

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6

CONTRIBUIÇÕES
EM ATRASO

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Contribuições em Atraso

Complementação abaixo do mínimo

Diferenciar complementação no plano


simplificado

Pagamento em atraso
(válido para contribuinte individual e segurado
facultativo

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Contribuinte individual: pode calcular contribuições em atraso pela Internet, a partir
do primeiro recolhimento em dia nessa categoria ou do cadastro da atividade na
Previdência Social, e desde que em período inferior aos últimos cinco anos fiscais. Para
o cálculo de períodos mais antigos o contribuinte deve se dirigir ao INSS a partir do dia
16 de cada mês;

Comprovação de atividade: se o Contribuinte Individual não tiver atividade cadastrada


na Previdência Social, não possuir o primeiro recolhimento em dia ou quiser efetuar
recolhimento de período decadente, poderá solicitar o recolhimento em atraso nas
Agências da Previdência Social mediante comprovação do exercício da atividade
durante o período em que está em débito.

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Art. 45-A. O contribuinte individual que pretenda contar como tempo de
contribuição, para fins de obtenção de benefício no Regime Geral de
Previdência Social ou de contagem recíproca do tempo de contribuição,
período de atividade remunerada alcançada pela decadência deverá
indenizar o INSS.
§ 1o O valor da indenização a que se refere o caput deste artigo e o § 1o do
art. 55 da Lei no 8.213, de 24 de julho de 1991, corresponderá a 20% (vinte
por cento):
I – da média aritmética simples dos maiores salários-de-contribuição,
reajustados, correspondentes a 80% (oitenta por cento) de todo o período
contributivo decorrido desde a competência julho de 1994; ou
II – da remuneração sobre a qual incidem as contribuições para o regime
próprio de previdência social a que estiver filiado o interessado, no caso de
indenização para fins da contagem recíproca de que tratam os arts. 94 a 99
da Lei no 8.213, de 24 de julho de 1991, observados o limite máximo
previsto no art. 28 e o disposto em regulamento.
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§ 2o Sobre os valores apurados na forma do § 1o deste artigo incidirão juros
moratórios de 0,5% (cinco décimos por cento) ao mês, capitalizados anualmente,
limitados ao percentual máximo de 50% (cinqüenta por cento), e multa de 10%
(dez por cento).
§ 3o O disposto no § 1o deste artigo não se aplica aos casos de contribuições
em atraso não alcançadas pela decadência do direito de a Previdência constituir
o respectivo crédito, obedecendo-se, em relação a elas, as disposições aplicadas
às empresas em geral.
Artigo 239, § 8º A, Dec 3048/99 (10.410/20) - A incidência de juros
moratórios e multa de que trata o § 8º será estabelecida para fatos
geradores ocorridos a partir de 14 de outubro de 1996 (STJ)

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Artigo 27, II, da Lei 8.213/91 – as contribuições em atraso não são consideradas
para fins de carência.

TNU – contam se a primeira for em dia e estiverem recolhidas dentro do período


de graça, ou seja, antes da perda da qualidade de segurado – PEDILEF
50389377420124047000)

Decreto 10.410 – 28, II, §4º - § 4º Para os segurados a que se refere o inciso II do
caput, na hipótese de perda da qualidade de segurado, somente serão
consideradas, para fins de carência, as contribuições efetivadas após novo
recolhimento sem atraso, observado o disposto no art. 19-E

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IN 128/22

Art. 191. O período de carência para o contribuinte individual, inclusive o


Microempreendedor Individual de que tratam os artigos 18-A e 18-C da Lei
Complementar nº 123, de 2006, para o facultativo, e para o segurado
especial que esteja contribuindo facultativamente, inicia-se a partir do
efetivo recolhimento da primeira contribuição em dia, não sendo
consideradas para esse fim as contribuições recolhidas com atraso
referentes a competências anteriores, ainda que o pagamento tenha
ocorrido dentro do período de manutenção da qualidade de segurado
decorrente de outra atividade.
Parágrafo único O disposto no caput não se aplica ao contribuinte
individual prestador de serviço a partir de 1º de abril de 2003, por força da
Medida Provisória nº 83, de 2002, convertida na Lei nº 10.666, de 2003,
em relação às contribuições dele descontadas pela empresa.
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Art. 192. Para os segurados relacionados no art. 191 o cômputo da carência,
após a perda da qualidade de segurado, reinicia-se a partir do efetivo
recolhimento de nova contribuição sem atraso.
§ 1º O disposto no caput não se aplica ao contribuinte individual prestador de
serviço a partir de 1º de abril de 2003, por força da Medida Provisória nº 83, de
2002, convertida na Lei nº 10.666, de 2003, em relação às contribuições dele
descontadas pela empresa.
§ 2º Os recolhimentos efetuados a título de complementação não devem ser
considerados para fins de reconhecimento do atraso nas contribuições.
§ 3º A análise da perda da qualidade de segurado observará a data do
recolhimento, não sendo verificada a competência.

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PORTARIA 991
Artigo 80 – Para o segurado contribuinte individual que exerce
atividade por conta própria, o segurado especial que esteja
contribuindo facultativamente, o microempreendedor individual, de
que tratam os artigos 18-A e 18-C da Lei Complementar n°123, de
2006, ou o segurado facultativo, a contribuição recolhida com atraso
após a perda da qualidade de segurado não será computada para
carência.
Artigo 81 – A perda da qualidade de segurado de que trata o artigo 80
será verificada pelo tempo transcorrido entre a última competência
considerada para fins de carência e a data do recolhimento da
competência em atraso
Artigo 82 – Observada a necessidade do primeiro recolhimento ser
efetuado em dia, serão consideradas para fins de carência os
recolhimentos realizados em atraso, desde que o pagamento tenha
ocorrido dentro do período de manutenção da qualidade de segurado
e na mesma categoria de segurado.

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PORTARIA 991
Artigo 84 – em caso de retroação da DIC, ainda que dentro de período de
manutenção da qualidade de segurado, após exercício de atividade em
categorias diferenciadas, a contribuição paga em atraso, independentemente da
data em que foi recolhida, não será considerada para fins de carência.
Art. 85. Para fins de cômputo da carência, não deverão ser consideradas
as contribuições efetuadas em atraso após o fato gerador,
independentemente de se referirem a competências anteriores, para os
segurados a que se refere o art. 80.
§ 1º Deve ser considerado para todos os fins o recolhimento realizado
dentro do prazo legal de vencimento, mesmo que realizado após o fato
gerador, sendo vedado o recolhimento pós-óbito.
§ 2º O recolhimento efetuado em atraso após o fato gerador não será
computado para nenhum fim, ainda que dentro do prazo de manutenção
da qualidade de segurado, observada a possibilidade de alteração da
DER para os benefícios programáveis.
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Portaria 991
Art. 150. Para fins de cômputo do tempo de contribuição, não deverão ser consideradas as
contribuições efetuadas em atraso após o fato gerador, independentemente de se referirem a
competências anteriores, para os segurados a que se refere o art. 149.
§ 1º Deve ser considerado para todos os fins o recolhimento realizado dentro do prazo legal de
vencimento, mesmo que realizado após o fato gerador, sendo vedado recolhimento pós óbito.
§ 2º O recolhimento efetuado em atraso após o fato gerador não será computado para nenhum fim,
ainda que dentro do prazo de manutenção da qualidade de segurado, observada a possibilidade de
alteração da DER para os benefícios programáveis.
§ 3º Não se aplica o disposto no caput e no § 1º aos recolhimentos efetuados a título de
complementação.
§ 4º Para fins de análise a direito adquirido, somente poderão ser considerados os recolhimentos
em atraso efetuados até a data da verificação do direito. Os recolhimentos com data de pagamento
posterior à data da análise do direito não integrarão o cálculo de tempo de contribuição nessa regra,
mesmo que se refiram a competências anteriores, inclusive na situação de pagamento de indenização
previdenciária.
§ 5º Para fins de verificação do tempo de contribuição apurado até 13 de novembro de 2019,
utilizado para verificação das regras de transição da aposentadoria por tempo de contribuição
com pedágio de 50% (cinquenta por cento) e de 100% (cem por cento), previstos nos arts. 17 e 20
da Emenda Constitucional nº 103, de 12 de novembro de 2019, os recolhimentos realizados em
atraso em data posterior não serão considerados.
§ 6º Todos os recolhimentos em atraso realizados até a data de entrada do requerimento serão
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Art. 194. Não será computado como período de carência:
I - o tempo de serviço militar, obrigatório ou voluntário, observado o § 1º;
II - o tempo de serviço do segurado que exerceu atividade rural anterior à
competência novembro de 1991, exceto para os benefícios garantidos ao segurado
especial, na forma do inciso I do art. 39 e caput e § 2º do art. 48, ambos da Lei nº
8.213, de 1991;
III - o período de retroação da DIC;
IV - a contribuição recolhida em atraso pelo contribuinte individual, facultativo
ou segurado especial que contribua facultativamente, inclusive como
indenização, fora do período de manutenção da qualidade de segurado,
observado o art. 192;

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V - o período indenizado de segurado especial posterior a novembro de 1991, exceto
para os benefícios de aposentadoria por idade ou por incapacidade permanente, de
auxílio por incapacidade temporária, de auxílio-reclusão ou de pensão, no valor de 1
(um) salário mínimo, e de auxílio-acidente, desde que mantida a condição ou a
qualidade de segurado especial na DER, ou na data em que implementar os
requisitos para concessão dos benefícios;
VI - o período em que o segurado está ou esteve em gozo de auxílio-acidente ou
auxílio-suplementar;
VII - o período de aviso prévio indenizado; e
VIII - a competência com recolhimento abaixo do valor mínimo mensal,
resguardado o direito aos ajustes de complementação, utilização de excedente e
agrupamento, observados os §§ 8º e 9º do art. 189.

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§ 1º O tempo de serviço militar obrigatório exercido posteriormente a
13 de novembro de 2019, data da publicação da Emenda
Constitucional nº 103, devidamente certificado pelo respectivo ente
federativo na forma da contagem recíproca por meio de Certidão de
Tempo de Contribuição, será considerado para fins de carência.
§ 2º O disposto no inciso VIII não se aplica ao segurado empregado,
inclusive doméstico, ou trabalhador avulso para competências
anteriores a 13 de novembro de 2019.

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Art. 207. Os recolhimentos efetuados em época própria constantes do CNIS serão
reconhecidos automaticamente, observada a contribuição mínima mensal e o disposto no
artigo 19-E do RPS, sendo dispensada a comprovação do exercício da atividade.
Parágrafo único. A contagem do tempo de contribuição no RGPS observará o mês de 30
(trinta) dias e o ano de 365 (trezentos e sessenta e cinco) dias, composto pelos 12 (doze)
meses.
Art. 208. A contribuição recolhida em atraso poderá ser computada para tempo de
contribuição, desde que o recolhimento seja anterior à data do fato gerador do
benefício pleiteado.
§ 1º O disposto no caput se aplica aos segurados na categoria de contribuinte individual,
inclusive o Microempreendedor Individual, de que tratam os artigos 18-A e 18-C da Lei
Complementar nº 123, de 2006, de facultativo e de segurado especial que esteja
contribuindo facultativamente.

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§ 2º Para fins de disposto no caput, presume-se regular o recolhimento em atraso constante no
CNIS sem indicador de pendências, na forma do art. 19 do RPS.
§ 3º Aplica-se o disposto no caput ainda que o recolhimento em atraso tenha sido efetuado após
a perda da qualidade de segurado, para os segurados mencionados no §1º, exceto o segurado
facultativo.
§ 4º Os recolhimentos efetuados a título de complementação não devem ser considerados para
fins de reconhecimento do atraso nas contribuições.
§ 5º Não se aplica o disposto no caput ao contribuinte individual prestador de serviço a pessoa
jurídica, em relação aos períodos de atividade comprovada a partir da competência abril de
2003, por força da Medida Provisória nº 83, de 2002, convertida na Lei nº 10.666, de 2003.
§ 6º Deve ser considerado para fins de tempo de contribuição o recolhimento referente à
competência do fato gerador, desde que efetuado dentro do seu vencimento.

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Art. 209. A partir de 14 de novembro de 2019, data posterior à publicação da Emenda
Constitucional nº 103, de 2019, somente serão consideradas como tempo de
contribuição as competências cujo salário de contribuição seja igual ou superior ao
limite mínimo do salário de contribuição, para todos os segurados.
§ 1º Para efeito do disposto no caput, ao segurado que, no somatório de remunerações
auferidas no período de um mês, receber remuneração inferior ao limite mínimo mensal
do salário de contribuição, será assegurado a complementação, agrupamento e
utilização de excedente, na forma do disposto nos art. 124 a 132.
§ 2º Para o segurado empregado, empregado doméstico e trabalhador avulso até 13 de
novembro de 2019, serão considerados como tempo de contribuição os salários de
contribuição com valor nominal abaixo de um salário mínimo sem a necessidade de
ajustes de complementação, utilização de excedente ou agrupamento, previstos no § 1º
do art. 19-E do RPS.

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Art. 210. Para períodos anteriores a 14 de novembro de 2019, em se
tratando de segurado contribuinte individual, segurado facultativo e
segurado especial que contribui facultativamente sobre o salário de
contribuição, somente serão consideradas como tempo de contribuição
as competências cujo salário de contribuição seja igual ou superior ao
limite mínimo do salário de contribuição.
Parágrafo único. As competências cujo salário de contribuição seja
inferior ao limite mínimo do salário de contribuição poderão ser
computadas caso sejam complementadas, na forma do disposto nos arts.
124 a 132.

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Art. 216. Não serão computados como tempo de
contribuição, para fins de benefícios no RGPS, os
períodos:
I - correspondentes ao emprego ou a atividade não
vinculada ao RGPS;
II - de parcelamento de contribuições em atraso ou de
retroação de DIC do contribuinte individual até que
haja liquidação declarada pela RFB;
III - o período recolhido em atraso do segurado
regularmente inscrito na categoria de contribuinte
individual, facultativo ou segurado especial que esteja
contribuindo facultativamente, cujo recolhimento
tenha sido efetuado após o fato gerador do benefício,
observado o art. 208;

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IV - os períodos em que o segurado esteve recebendo benefício por incapacidade, e
não houve retorno à atividade, ainda que em outra categoria de segurado;
V - para efeito de concessão de aposentadoria por tempo de contribuição e
contagem recíproca:
a) o período em que o segurado contribuinte individual e facultativo tiver
contribuído com base na alíquota reduzida de 5% (cinco por cento) ou 11% (onze por
cento), salvo se efetuar a complementação das contribuições para o percentual de
20% (vinte por cento); e
b) de recebimento do salário-maternidade do contribuinte individual, facultativo ou
em prazo de manutenção da qualidade de segurado dessas categorias, concedido em
decorrência das contribuições efetuadas com base na alíquota reduzida de 5% (cinco
por cento) ou 11% (onze por cento), salvo se efetuar a complementação das
contribuições para o percentual de 20% (vinte por cento);

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EVOLUÇÃO:

DECRETO PORTARIA
10.410/2020 1382/2021
(O1/07/2020); (19/11/2021);

Comunicado PORTARIA
DIVBEN N. 02 991/22- NOVA IN.
(23/04/2021); (28 DE MARÇO
DE 2022)

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EMENTA: PREVIDENCIÁRIO. MANDADO DE SEGURANÇA. REEXAME
NECESSÁRIO. APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO. EMENDA CONSTITUCIONAL
103/2019. ATIVIDADE RURAL ANTERIOR. RECOLHIMENTO DE CONTRIBUIÇÕES EM ATRASO.
POSSIBILIDADE DE CÔMPUTO DO TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO. ART. 49 DA LEI
8.213/91. COMPLEMENTAÇÃO DE CONTRIBUIÇÃO SOB ALÍQUOTA DE 5% OU 11%.
POSSIBILIDADE. ART. 21, §3º, DA LEI Nº 8.212/91. 1. Com a revogação do artigo 59 do Decreto nº
3.048/99, promovida pelo Decreto nº 10.410/2020, de 30-06-2020, o INSS expediu o Comunicado
DIVBEN3 nº 02/2021, passando a entender que as contribuições recolhidas em atraso a partir de
01-07-2020 não poderiam ser consideradas no cálculo de tempo de contribuição para fins de direito
adquirido, para obtenção de aposentadoria com base nas regras anteriores à EC 103/2019, tampouco para
deduzir o tempo de pedágio. 2. Todavia, a revogação do artigo 59 do Decreto nº 3.048/99 pelo Decreto nº
10.410/2020 não modifica direito que encontra amparo na lei e que não foi alterado pela referida Emenda
Constitucional. 3. Deve ser aplicado ao caso o entendimento que, com base no artigo 49, inciso II, da Lei nº
8.213/91, considera devida a aposentadoria a partir da data de entrada do requerimento, desde que
preenchidos os requisitos, não configurando óbice, para tanto, a mera existência de contribuições em atraso,
conforme explicitado pelo artigo 167 da Instrução Normativa nº 77/2015. 4. É possível a complementação
das contribuições vertidas pela segurada sob as alíquotas de 5% e 11% para fins de contagem de tempo para
obtenção de aposentadoria por tempo de contribuição, nos termos do art. 21, §3º, da Lei nº 8.212/91. 5.
Remessa necessária a que se nega provimento. (TRF4 5003746-89.2022.4.04.7202, NONA TURMA, Relator
CELSO KIPPER, juntado aos autos em 05/09/2022)
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EMENTA: PREVIDENCIÁRIO. MANDADO DE SEGURANÇA. EMISSÃO DE GPS COM
EXCLUSÃO DE JUROS E MULTA. INDENIZAÇÃO DE CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA.
REGRA DE TRANSIÇÃO. ARTIGO 17 DA EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 103/2019. ATIVIDADE
RURAL ANTERIOR. RECOLHIMENTO DE CONTRIBUIÇÕES EM ATRASO. POSSIBILIDADE DE
CÔMPUTO DO TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO. 1. Não são devidos multa e juros moratórios nas
indenizações de contribuições de tempo de labor rural, impostos pelo § 4º do art. 45 da Lei n.º 8.212/91,
com relação ao período anterior à edição da MP nº 1.523/96, de 11/10/1996, convertida na Lei nº 9.528/97.
Precedentes do Superior Tribunal de Justiça e desta Turma Regional Suplementar de Santa Catarina.
2. Com a revogação do artigo 59 do Decreto nº 3.048/99, promovida pelo Decreto nº 10.410/2020, o INSS
expediu o Comunicado DIVBEN3 nº 02/2021, passando a entender que as contribuições recolhidas em
atraso a partir de 01/07/2020 não poderiam ser consideradas para fins de cálculo do tempo de contribuição
em 13/11/2019, data da entrada em vigor da Emenda Constitucional nº 103/2019, ou seja, não poderia ser
computado para fins de aplicação do pedágio. 3. A interpretação conferida pelo INSS, ao recolhimento em
atraso de contribuições relativas ao labor rural cujo exercício foi regularmente reconhecido, carece de
fundamento de validade em lei. 4. Mantida a sentença que concedeu parcialmente a segurança, a fim de
determinar à autoridade impetrada que, no prazo de até 30 (trinta) dias, procedesse à reabertura do processo
administrativo e emissão da GPS para indenização do período campesino, com exclusão
de juros e multa até 14/10/1996. (TRF4 5011930-68.2021.4.04.7202, NONA TURMA, Relator
SEBASTIÃO OGÊ MUNIZ, juntado aos autos em 21/03/2022)
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• CASE 2
Advogado atualmente com 42 anos de idade.
Contribuiu como empregado de escritório de advocacia de 10/2004 a
08/2014.
Desde esta data, quando foi promovido a sócio, percebe apenas renda
proveniente da “distribuição de lucros e dividendos” não obstante
exerça seu trabalho, todos os dias.

Consulta o advogado para saber como retomar as contribuições e se é


conveniente recolher o período em atraso

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Solução de Consulta COSIT 120/2016

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