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Prof.

PRISCILA MACHADO

Introdução ao Planejamento
Previdenciário
Priscila Machado

@profpriscilamachado

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https://www.youtube.com/c/priscila
machadoprevidenciarionapratica
Francisca Ferreira da Silva - 03716129771
Introdução ao planejamento previdenciário

O que é o planejamento
previdenciário

“Método utilizado no
preparo para a concessão
dos benefícios de Estudo do patrimônio
aposentadoria Será que é só para jurídico do segurado
programada” (Amado e os benefícios
Mesquita, 2021) programados?

Mapeamento de
Direitos
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No que consiste o planejamento previdenciário?
No que consiste o planejamento previdenciário?

Análise dos vínculos e remunerações

Análise de lacunas nas contribuições

Análise da viabilidade futura de benefícios que


dependam de qualidade de segurado ou carência

Avaliação de possíveis tempos especiais

Avaliação de tempo rural

Avaliação de períodos que possuem ausência de


contribuição como CI para PJ, empregado sem
recolhimento etc.

Avaliar se eventuais negativas anteriores foram


devidas

Etc
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Introdução ao planejamento previdenciário
Serviços agregados:

Retificação do CNIS

Revisão do ato de indeferimento

Emissão de CTC

Requerimento de benefícios
UP
Selling
Averbação de sentença trabalhista

Restituição de contribuições a maior


Cross
Etc Selling

Importante montar um controle com as


possíveis datas de aposentadoria

Reanálise periódica Venda Cíclica


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Pontos importantes na entrevista
- Já requereu benefício no judicial (pode ter tempo averbado)?
- Já requereu benefício no administrativo (pode ter já reconhecido – aproveitamento de ato)?
- Período Militar?
- Recebeu Benefício por incapacidade? Está Intercalado?
- Sofreu algum acidente? Gerou sequela?
- Recebe auxílio-acidente? (impacto no cálculo do benefício)
- Exercício de atividade especial? Recebia adicional de insalubridade ou periculosidade?
- Pretende continuar trabalhando após a aposentadoria?
- Teve ação trabalhista?
- A ação trabalhista discutia reintegração?
- É CI? Trabalha para PJ?
- Perdeu alguma CTPS ? (CTPS Digital) - Sente falta de algum vínculo no CNIS
- Fez escola técnica ou foi aluno aprendiz?
- Já pagou INSS através de guia ou carnê?
- Foi síndico do prédio? Recebia isenção da cota condominial?
- Já foi diarista? Durante qual período? Trabalhava em média quantos dias da semana para a mesma
família?
- Já foi ministro de confissão religiosa?
- Possui alguma deficiência? Desde quando?
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Documentos Relevantes
☐ CNIS
☐ Carteira de Trabalho
☐ Certificado de Reservista
☐ Certidão de Tempo de Contribuição – CTC
☐ Certidão de Trabalho como aluno aprendiz em escola técnica
☐ Extrato Analítico do FGTS
☐ Relatório RAIS/CAGED
☐ Cópia de Processo Administrativo
☐ PPP, LTCAT / SB-40 / DSS8030 / DIRBEN8030 / PPRA
☐ Documentos Rurais que sirvam de início de prova material?
☐ Microfichas
☐ Algum Documento que comprove atividade como contribuinte individual? (Contrato Social,
Recibos, Notas Fiscais, etc) ☐ Documentos Médicos - PCD
☐ Outros Documentos (Ex.: Ficha de Registro de Empregado, holerites, Termo de Rescisão de Contrato
de Trabalho, etc.)?
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Prof. PRISCILA MACHADO

Introdução ao Planejamento
Previdenciário
Priscila Machado

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Prof. PRISCILA MACHADO

Introdução do Direito Previdenciário


Planejamento Previdenciário
Priscila Machado

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Seguridade Social

Seguridade Social
Saúde Assistência Social Previdência
→ Art. 196, da CF → Art. 203, da CF → Art. 201 e 202, da CF
→ Sem caráter contributivo → Sem caráter contributivo → Tem caráter contributivo e
→ Direito de Todos e Dever do → Destinado apenas aos compulsório
Estado necessitados → Destinado apenas a quem
contribui (segurados) e seus
dependentes.

A seguridade social surgiu como um sistema que visa promover uma sociedade mais justa e igualitária
Art. 194 da CF/1988
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FUNDAMENTAÇÃO LEGAL

Constituição Federal
Benefícios assistenciais: (EC 103/19)

Lei n° 8.213/91
Lei 8.742/93
Portaria 03/18
Lei n° 8.212/91

Decreto 3.048/99

IN 128/2022

Memorandos Circulares , Ofícios,


Portarias

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Segurados
Segurados Obrigatórios

Doméstico Empregado
(art. 12, II, da Lei (art. 12, I, da Lei
8.212/91) 8.212/91)

Contribuinte Segurado
Segurado Individual Especial
Facultativo (art. 12, V, da Lei
8.212/91)
(art. 12, VII, da Lei
8.212/91)

(Art. 14, da Lei 8.212/91


e Art. 11, do Decreto Trabalhador
3.048/99) Avulso
(art. 12, VI, da Lei
8.212/91)

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Qualidade de Segurado e Período de Graça

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Qualidade de Segurado e Período de Graça

• Qualidade de Segurado: SEGURO Social

• Período de Graça: extensão do período de


proteção

Art. 15, Lei 8.213/91 * Art. 13 e 14 Decreto 3.048/99


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Em que momento se adquire a
qualidade de segurado???

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Qualidade de Segurado e Período de Graça
Art. 15, da Lei 8.213/91. Mantém a qualidade de segurado, independentemente de
contribuições:

I - sem limite de prazo, quem está em gozo de benefício, exceto do auxílio-


acidente; (Redação dada pela Lei nº 13.846, de 2019)
II - até 12 (doze) meses após a cessação das contribuições, o segurado que deixar
de exercer atividade remunerada abrangida pela Previdência Social ou estiver
suspenso ou licenciado sem remuneração;
III - até 12 (doze) meses após cessar a segregação, o segurado acometido de
doença de segregação compulsória;
IV - até 12 (doze) meses após o livramento, o segurado retido ou recluso;
V - até 3 (três) meses após o licenciamento, o segurado incorporado às Forças
Armadas para prestar serviço militar;
VI - até 6 (seis) meses após a cessação das contribuições, o segurado facultativo.

Francisca Ferreira da Silva - 03716129771


Qualidade de Segurado e Período de Graça
Art. 15, da Lei 8.213/91. Mantém a qualidade de segurado, independentemente
de contribuições:

I - sem limite de prazo, quem está em gozo de benefício;


I - sem limite de prazo, quem está em gozo de benefício, exceto do auxílio-
acidente; (Redação dada pela Lei nº 13.846, de 2019)

E se tiver 5, 10, 20, 25 anos


recebendo benefício por
incapacidade?

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Qualidade de Segurado e Período de Graça - Art. 15, da Lei 8.213/91.

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Qualidade de Segurado e Período de Graça - Art. 15, da Lei 8.213/91.

Francisca Ferreira da Silva - 03716129771


Qualidade de Segurado e Período de Graça
Art. 15, da Lei 8.213/91. Mantém a qualidade de segurado, independentemente
de contribuições:

II - até 12 (doze) meses após a cessação das contribuições, o segurado que


deixar de exercer atividade remunerada abrangida pela Previdência Social ou
estiver suspenso ou licenciado sem remuneração;

II - até doze meses após a cessação das contribuições, o segurado que deixar de
exercer atividade remunerada abrangida pela Previdência Social, que estiver
suspenso ou licenciado sem remuneração ou que deixar de receber o benefício
do Seguro-Desemprego; (Redação dada pela Medida Provisória nº 905, de
2019) (Revogada pela Medida Provisória nº 955, de 2020)
II - até 12 (doze) meses após a cessação das contribuições, o segurado que
deixar de exercer atividade remunerada abrangida pela Previdência Social ou
estiver suspenso ou licenciado sem remuneração;
Francisca Ferreira da Silva - 03716129771
QUALIDADE DE SEGURADO E A MP 905/19

Art. 43 da MP 905/19. A Lei nº 7.998, de 1990,


passa a vigorar com as seguintes alterações:

“Art. 4-B. Sobre os valores pagos ao beneficiário


do seguro-desemprego será descontada a
respectiva contribuição previdenciária e o período
será computado para efeito de concessão de
benefícios previdenciários.” (NR)
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Qualidade de Segurado e Período de Graça
Art. 15, da Lei 8.213/91.

III - até 12 (doze) meses após cessar a segregação, o segurado acometido de


doença de segregação compulsória;

O segurado pediu uma doença contagiosa e foi colocado em


segregação compulsória (Ex. Ebola)

IV - até 12 (doze) meses após o livramento, o segurado retido ou recluso;

V - até 3 (três) meses após o licenciamento, o segurado incorporado às Forças


Armadas para prestar serviço militar;

VI - até 6 (seis) meses após a cessação das contribuições, o segurado facultativo.


Francisca Ferreira da Silva - 03716129771
Art. 13 do Decreto 3.048/99 com redação dada pelo Decreto 10.410/2020
Art. 13 do Decreto 3.048/99 (com redação dada pelo Decreto 10.410/2020).
Mantém a qualidade de segurado, independentemente de contribuições:

I - sem limite de prazo, quem está em gozo de benefício;


I - sem limite de prazo, o segurado que estiver em gozo de benefício, exceto
na hipótese de auxílio-acidente; (Redação dada pelo Decreto nº 10.410, de
2020).

II - até doze meses após a cessação de benefício por incapacidade ou


após a cessação das contribuições, o segurado que deixar de exercer atividade
remunerada abrangida pela previdência social ou estiver suspenso ou licenciado
sem remuneração;

II - até doze meses após a cessação das contribuições, observado o disposto nos
§ 7º e § 8º e no art. 19-E (Redação dada pelo Decreto nº 10.410, de 2020).

Francisca Ferreira da Silva - 03716129771 Nunca teve previsão legal.


Art. 13 do Decreto 3.048/99 com redação dada pelo Decreto 10.491/2020

Art. 13 do Decreto 3.048/99 (com redação dada pelo Decreto 10.410/2020).


Mantém a qualidade de segurado, independentemente de contribuições:

I - sem limite de prazo, o segurado que estiver em gozo de benefício, exceto


na hipótese de auxílio-acidente; (Redação dada pelo Decreto nº 10.410, de
2020).

II - até doze meses após a cessação de benefício por incapacidade ou


das contribuições, observado o disposto nos § 7º e § 8º e no art. 19-
E; (Redação dada pelo Decreto nº 10.491, de 2020)

Francisca Ferreira da Silva - 03716129771


Qualidade de Segurado e Período de Graça
Art. 15, da Lei 8.213/91.

§ 1º O prazo do inciso II será prorrogado para até 24 (vinte e quatro) meses se o


segurado já tiver pago mais de 120 (cento e vinte) contribuições mensais sem
interrupção que acarrete a perda da qualidade de segurado.

Francisca Ferreira da Silva - 03716129771


Qualidade de Segurado e Período de Graça
Art. 15, § 1º ,da Lei 8.213/91. “Firmada a tese de que se incorpora
definitivamente ao patrimônio jurídico do segurado(a) a extensão do período de
graça previsto no §1º do art. 15 da Lei nº 8.213/91 quando houver contribuído por
mais de 120 meses sem interrupções que importem a perda da qualidade de
segurado(a).”

EMENTA PEDILEF. PREVIDENCIÁRIO. PENSÃO POR MORTE. TURMA RECURSAL


CONSIDEROU QUE HAVENDO PERDA DA QUALIDADE DE SEGURADO DO INSTITUIDOR,
MESMO SENDO RECUPERADA POSTERIORMENTE, NÃO HÁ QUE CONSIDERAR O
PERÍODO ININTERRUPTO 120 CONTRIBUIÇÕES, ANTERIOR ÀQUELA PERDA, PARA O
EFEITO DE EXTENSÃO DO PERÍODO DE GRAÇA. PERÍODO DE 120 CONTRIBUIÇÕES SEM
PERDA DA QUALIDADE INCORPORA-SE AO PATRIMÔNIO DO(A) SEGURADO(A).
APLICAÇÃO DA QUESTÃO DE ORDEM Nº 20. INCIDENTE DE UNIFORMIZAÇÃO
CONHECIDO E PROVIDO.
(PUIL n. 0001377-02.2014.4.03.6303/SP, sessão de 17.8.2018).
Francisca Ferreira da Silva - 03716129771
Tema 255 da TNU

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Qualidade de Segurado e Período de Graça
Art. 15, § 1º ,da Lei 8.213/91. TESE PARA PERÍODO DESCONTÍNUO

“Muito embora a norma legal preveja que sejam necessárias 120 (cento e vinte)
contribuições mensais – sem interrupção que acarrete a perda da qualidade de
segurado –, entendemos que a prorrogação se aplica também aos casos em que
esse quantitativo é atingido de forma descontínua (com perda da qualidade de
segurado). Isso porque, com o reingresso do segurado ao sistema, as
contribuições anteriores são computadas, inclusive, para efeito de carência. É
possível identificar precedentes jurisprudenciais que adotam a orientação da
possibilidade de as contribuições serem feitas de forma descontínua: v.g. TRF/4,
AC 92.0428875-2/RS, DJ 29.10.1997; APELREEX 2008.71.07.002421-5, DE
16.3.2010).”

(Castro, Carlos Alberto Pereira de. Manual de Direito Previdenciário / Carlos Alberto Pereira de Castro, João Batista Lazzari. –
23. ed. – Rio de Janeiro: Forense, 2020. ) Francisca Ferreira da Silva - 03716129771
Qualidade de Segurado e Período de Graça
Art. 15, da Lei 8.213/91.

§ 2º Os prazos do inciso II ou do § 1º serão acrescidos de 12 (doze) meses para


o segurado desempregado, desde que comprovada essa situação pelo registro no
órgão próprio do Ministério do Trabalho e da Previdência Social.

§ 3º Durante os prazos deste artigo, o segurado conserva todos os seus direitos


perante a Previdência Social.

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QUALIDADE DE SEGURADO – Seguro Desemprego
Ementa. PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO RESCISÓRIA. ART. 485, IX, E § 1º, CPC. ERRO DE FATO
CONFIGURADO. PENSÃO POR MORTE. QUALIDADE DE SEGURADO MANTIDA. CONCESSÃO
DO BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO. AÇÃO RESCISÓRIA PROCEDENTE. I – O § 2º do art. 15 da
Lei n. 8.213/91 enuncia que o prazo de doze meses previsto no inciso II do dispositivo será acrescido
de mais doze meses para o segurado desempregado, desde que comprovada essa situação pelo
registro no órgão próprio do Ministério do Trabalho e da Previdência Social. II – A Terceira Seção
consolidou entendimento segundo o qual o registro mencionado no dispositivo em comento “não
pode ser tido como o único meio de prova da condição de desempregado do segurado”, porquanto o
preceito “deve ser interpretado de forma a proteger não o registro da situação de desemprego, mas o
segurado desempregado” (Pet 7115/PR, rel. Min. Napoleão Nunes Maia Filho, Terceira Seção, DJe
de 6-4-2010). III – A jurisprudência da Sexta Turma cristalizou-se no sentido de que o
deferimento e a consequente percepção do seguro-desemprego, por ser benefício proposto e
processado perante os Postos do Ministério do Trabalho e Emprego, pode ser utilizado para
fins de concessão do acréscimo de doze meses ao período de graça, previsto no já
mencionado § 2º do art. 15 da Lei n. 8.213/91. IV – Ação rescisória procedente.

STJ AÇÃO RESCISÓRIA n. 3.528 – SP (2006/0061993-7) RELATOR: MINISTRO NEFI CORDEIRO.


Publicada em 5-3-2015
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QUALIDADE DE SEGURADO

SEGURO DESEMPREGO

https://transparencia.sd.mte.gov.br/bgsdtransparencia/pages/consultaPorBen
eficiario.xhtml

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QUALIDADE DE SEGURADO

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QUALIDADE DE SEGURADO

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QUALIDADE DE SEGURADO

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QUALIDADE DE SEGURADO – Seguro Desemprego

SÚMULA 27 DA TNU:

A ausência de registro em órgão do Ministério do


Trabalho não impede a comprovação do desemprego
por outros meios admitidos em Direito.

Francisca Ferreira da Silva - 03716129771


QUALIDADE DE SEGURADO – Seguro Desemprego
STJ:

“Dessa forma, esse registro não deve ser tido como o único meio
de prova da condição de desempregado do segurado,
especialmente considerando que, em âmbito judicial, prevalece o
livre convencimento motivado do Juiz e não o sistema de
tarifação legal de provas. Assim, o registro perante o Ministério
do Trabalho e da Previdência Social poderá ser suprido
quando for comprovada tal situação por outras provas
constantes dos autos, inclusive a testemunhal” (Pet n.
7.115/PR, 3ª Seção, Rel. Min. Napoleão Nunes Maia Filho, DJE
6.4.2010).
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QUALIDADE DE SEGURADO – Seguro Desemprego
CI pode se enquadrar no art. 15, § 2º, da Lei n. 8.213/1991 (prorrogação do período
de graça pelo desemprego)??????

PEDIDO DE UNIFORMIZAÇÃO DE INTERPRETAÇÃO DE LEI FEDERAL. PREVIDENCIÁRIO.


INCAPACIDADE. QUALIDADE DE SEGURADO. EXTENSÃO DO PERÍODO DE GRAÇA.
CONTRIBUINTE INDIVIDUAL. SITUAÇÃO INVOLUNTÁRIA DE NÃO-TRABALHO INCIDENTE
CONHECIDO E DESPROVIDO.
5. A Turma Nacional de Uniformização firmou tese de que o período de graça previsto
no artigo 15, §2º, da Lei n. 8.213/91 também é aplicável para os contribuintes
individuais (PEDILEF n. 0500946- 65.2014.4.05.8400).

(PROCESSO: 5009209-81.2014.4.04.7205 ORIGEM: SC - SEÇÃO JUDICIÁRIA DE SANTA


CATARINA)

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QUALIDADE DE SEGURADO – Seguro Desemprego – Tema 239 da TNU

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QUALIDADE DE SEGURADO – Seguro Desemprego – IN 128/2022

Art. 184, § 10, da IN 128/2022. O segurado contribuinte individual faz jus à prorrogação prevista
no § 5º.

§ 5º O prazo do inciso II do caput ou do § 4º será acrescido de 12 (doze) meses para o segurado


desempregado, desde que comprovada essa situação pelo registro no Sistema Nacional de
Emprego (SINE) ou pelo recebimento de seguro-desemprego dentro do período de manutenção da
qualidade de segurado, inexistindo outras informações que venham a descaracterizar essa
condição.

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Recapitulando...... Após cessação das contribuições do segurado
que deixar de exercer atividade remunerada...

12 24 36
MESES MESES MESES

Art. 15,II, da Lei 8.213/91 Art. 15,II, da Lei 8.213/91 Art. 15,II, da Lei 8.213/91
+ +
Art. 15,p.1°, da Lei 8.213/91
Art. 15,p.1°, da Lei 8.213/91 +
ou Art. 15,p.2°, da Lei 8.213/91
Art. 15,p.2°, da Lei 8.213/91

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Como calcular a qualidade de segurado?

Francisca Ferreira da Silva - 03716129771


Qualidade de Segurado e Período de Graça

Art. 15, da Lei 8.213/91.

§ 4º A perda da qualidade de segurado ocorrerá no dia seguinte ao do término do


prazo fixado no Plano de Custeio da Seguridade Social para recolhimento da
contribuição referente ao mês imediatamente posterior ao do final dos prazos
fixados neste artigo e seus parágrafos.

Francisca Ferreira da Silva - 03716129771


QUALIDADE DE SEGURADO
Art. 15, II, da Lei 8.213/91 - 12 Meses (deixar de exercer atividade remunerada)
Art. 15, § 1°, da Lei 8.213/91 - 12 Meses (se tivesse mais de 120 contribuições)
Art. 15, § 2°, da Lei 8.213/91 - 12 Meses (segurado em situação de desemprego)

Desligamento – 12/01/2017

Exemplo para período de graça de 36 meses


Última Contribuição referente ao mês de Janeiro/2017
Projeção de 36 meses Janeiro/2020
Mês imediatamente Posterior Fevereiro/2020
Último dia para recolhimento do mês de fevereiro de 2020 15 de março de 2020
(logo, manutenção da qualidade de segurado até...)

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QUALIDADE DE SEGURADO – Exemplo Prático
Silvia, empregada da empresa YY eventos, foi demitida em 12/01/2015 após
laborar 4 anos na empresa. Esse foi o primeiro emprego de Silvia e ela não
possuía contribuições previdenciárias anteriores.

Silvia Recebeu seguro desemprego.

Em 02 de fevereiro de 2017 Silvia ficou inválida e requereu o benefício de


aposentadoria por incapacidade permanente (antiga aposentadoria por
invalidez).

O benefício foi negado sob o argumento que Silvia deixou de ter qualidade de
segurada em 15 de março de 2016.

A decisão do INSS foi correta?


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QUALIDADE DE SEGURADO
Art. 15, II, da Lei 8.213/91 - 12 Meses
Art. 15, § 1°, da Lei 8.213/91 - 0 Meses
Art. 15, § 2°, da Lei 8.213/91 - 12 Meses

Desligamento – 12/01/2015
Data da Invalidez – 02/02/2017

Exemplo para período de graça de 24 meses


Última Contribuição referente ao mês de Janeiro/2015
Projeção de 24 meses Janeiro/2017
Mês imediatamente Posterior Fevereiro/2017
Último dia para recolhimento do mês de fevereiro de 2017 15 de Março de 2017
(logo, manutenção da qualidade de segurado até...)
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Qualidade de segurado - Dicas

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Qualidade de segurado – Particularidade da cobertura em caso
de salário-maternidade

Art. 59, da Portaria Dirben n. 991, de 28/03/2022.

• Art. 59. Em caso de requerimento de salário-maternidade,


o benefício será devido, atendidos os demais requisitos, se
a perda da qualidade de segurado vier a ocorrer no período
de 28 (vinte e oito) dias anteriores ao fato gerador parto.

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Tema 250 da TNU

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Qualidade de segurado - Dicas

Art. 183, da IN 128/2022.

II - até 12 (doze) meses após a cessação de benefícios por


incapacidade, salário-maternidade ou após a cessação das
contribuições, para o segurado que deixar de exercer
atividade remunerada abrangida pela Previdência Social,
observado que o salário-maternidade deve ser considerado
como período de contribuição;

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Qualidade de segurado - Dicas
Art. 54, da Portaria 991/2022. O prazo disposto no art. 45 será acrescido de 12 (doze) meses quando ficar comprovado o
desemprego do segurado por meio de registro no órgão competente, inexistindo outras informações que venham a
descaracterizá-lo, podendo comprovar tal condição das seguintes formas:

I - comprovação do recebimento do seguro-desemprego;

II - inscrição cadastral no Sistema Nacional de Emprego - SINE, órgão responsável pela política de emprego nos Estados da
Federação, podendo ser considerados, os seguintes eventos constantes no CNIS:

a) buscar emprego com sucesso trabalhador - trabalhador busca emprego pela Web/APP com sucesso, encontrando vaga
no perfil ou não;

b) cadastrar encaminhamento - trabalhador ao encontrar uma vaga, escolhe data e cadastra encaminhamento para
participar da seleção;

c) buscar emprego sem resultado trabalhador - trabalhador pesquisou vaga de emprego no sistema Emprega Brasil, mas
não localizou nenhuma no seu perfil profissional;

d) ativar trabalhador - trabalhador foi desativado do sistema Emprega Brasil e, em outro momento, pelo interesse em
participar das ações de intermediação de mão de obra, compareceu a uma unidade de atendimento do SINE e teve seu
cadastro reativado.
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Qualidade de segurado - Dicas
Art. 54, da Portaria 991/2022.

§ 1º Além da informação constante no CNIS indicada no inciso II, também é válida a apresentação de documento que
comprove a situação de desemprego por registro no órgão próprio da Secretaria de Trabalho - ME.

§ 2º O início do recebimento de seguro-desemprego, ou a inscrição no SINE ou os eventos descritos nas alíneas "a" a "d"
do inciso II devem ter sido efetuados dentro do período de manutenção da qualidade de segurado relativo ao último
vínculo do segurado.

§ 3º O evento "alterar trabalhador" não caracteriza a comprovação da situação de desemprego, uma vez que se trata
apenas de pedido de alteração de dados cadastrais, não vinculado a um cadastro no programa de intermediação de mão
de obra do SINE.

Francisca Ferreira da Silva - 03716129771


Qualidade de segurado - Dicas

Art. 71, da Portaria 991/2022. A partir de 6 de junho de 2008, data da


publicação da Instrução Normativa INSS/PRES nº 29, na hipótese de
recebimento de benefício por incapacidade, após a interrupção das
contribuições na categoria de contribuinte facultativo, o prazo para a
manutenção de qualidade de segurado passou a ser de 12 (doze) meses
após a cessação do benefício.

Francisca Ferreira da Silva - 03716129771


Qualidade de segurado - Dicas

Art. 184, § 7º, da IN 128/2022. O segurado obrigatório que,


durante o período de manutenção de qualidade de segurado,
incluindo as prorrogações previstas nos §§ 4º e 5º, se filiar ao
RGPS na categoria de facultativo, ao deixar de contribuir
nesta última, terá direito de usufruir o período de graça de
sua condição anterior, se mais vantajoso.

Francisca Ferreira da Silva - 03716129771


Decreto 10.410/2020

Art. 19-E do Decreto 3.048/99. A partir de 13 de novembro de


2019, para fins de aquisição e manutenção da qualidade de
segurado, de carência, de tempo de contribuição e de cálculo
do salário de benefício exigidos para o reconhecimento do
direito aos benefícios do RGPS e para fins de contagem
recíproca, somente serão consideradas as competências cujo
salário de contribuição seja igual ou superior ao limite
mínimo mensal do salário de contribuição.

Princípio da Capacidade contributiva - ???

Francisca Ferreira da Silva - 03716129771


Art. 195, p.14 da CF/199 X Art. 19-E do Decreto 3.048/99

Art. 195, § 14, da CF/1988 (incluído pela EC 103/19).

O segurado somente terá reconhecida como tempo de


contribuição ao Regime Geral de Previdência Social a
competência cuja contribuição seja igual ou superior à
contribuição mínima mensal exigida para sua categoria,
assegurado o agrupamento de contribuições.

(Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)

Francisca Ferreira da Silva - 03716129771


BENEFICIÁRIOS DO RGPS

Beneficiários

Segurados Dependentes

Francisca Ferreira da Silva - 03716129771


BENEFICIÁRIOS DO RGPS

→ Os beneficiários do RGPS são os segurados e os dependentes.

► Segurados: relação jurídica direta com o RGPS. São todos aqueles que
exercem atividade remunerada, os estão em período de graça e os que optaram
por recolher como facultativos.
Previsão: art. 11, da Lei 8.213/91; art. 12 da Lei 8.212/91e art. 9º, do
Decreto 3.048/99.

► Dependentes: são os dependentes do segurado


Previsão: art. 16 e 76, da Lei 8.213/91 e arts. 16 e 17 do Decreto
3.048/99

Francisca Ferreira da Silva - 03716129771


SEGURADOS DO RGPS
Segurados Obrigatórios

Doméstico Empregado
(art. 12, II, da Lei (art. 12, I, da Lei
8.212/91) 8.212/91)

Contribuinte Segurado
Segurado Individual Especial
Facultativo (art. 12, V, da Lei
8.212/91)
(art. 12, VII, da Lei
8.212/91)

(Art. 14, da Lei 8.212/91


e Art. 11, do Decreto Trabalhador
3.048/99) Avulso
(art. 12, VI, da Lei
8.212/91)

Francisca Ferreira da Silva - 03716129771


SEGURADOS DO RGPS
→ Facultativo: Art. 14, da Lei 8.212/91 e Art. 11, do Decreto 3.048/99

→ Empregado: art. 12, I, da Lei 8.212/91, 3° da CLT, art. 9°,I, do Decreto 3.048/99)

→ Empregado Doméstico: art. 12, II, da Lei 8.212/91 e art. 9°, II, do Decreto 3.048/99 e
LC 150/2015.

→ Segurado Especial: art. 12, VII, da Lei 8.212/91 , art. 9°, VII, do Decreto 3.048/99 e art.
195, § 8°, da CF/1988. Exerce atividade em regime de economia familiar

→ Trabalhador avulso: art. 9, VI, do Decreto 3.048/99, art. 12, VI, da Lei 8.212/91 e

→ Contribuinte individual: art. 12, V, da Lei 8.212/91 e art. 9º, inciso V, do Decreto
3.048/99
Francisca Ferreira da Silva - 03716129771
EMPREGADO

→ Exerce atividade urbana ou rural, em caráter não eventual sob sua subordinação e
mediante remuneração, inclusive como diretor empregado

→ Lembre: Diretor pode ser empregado ou estatutário

→ Aprendiz – Não se confunde com o estagiário. Idade entre 14 e 24 anos.

→ Trabalhador temporário

→ Trabalhador portuário quando possui contrato de trabalho regular

→ Servidor desde que não esteja amparado pelo RPPS

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EMPREGADO
→ O contratado no exterior para trabalhar no Brasil em empresa constituída e funcionando
no território nacional, segundo as leis brasileiras, ainda que com salário estipulado em
moeda estrangeira, salvo se amparado pela Previdência Social do país de origem,
observado o disposto nos acordos internacionais porventura existentes;

→ O empregado de organismo oficial internacional ou estrangeiro em funcionamento no


Brasil, salvo quando coberto por RPPS;

→ O contratado por titular de serventia da justiça, sob o regime da legislação trabalhista, e


qualquer pessoa que, habitualmente, presta-lhe serviços remunerados sob sua
dependência, sem relação de emprego com o Estado, a partir de 1º de janeiro de1967;
Ex.: Trabalhadores do cartório

→ O bolsista e o estagiário que prestam serviços a empresa, em desacordo com a Lei nº


11.788, de 25 de setembro de2008;
Francisca Ferreira da Silva - 03716129771
EMPREGADO
→ Cargo em comissão não amparado pelo RPPS
→ O servidor contratado pela União, Estado, Distrito Federal ou Município, bem como pelas
respectivas Autarquias e Fundações, por tempo determinado
→ O servidor da União, Estado, Distrito Federal ou Município, incluídas suas Autarquias e
Fundações, ocupante de emprego público;

→ Brasileiro que preste serviço no exterior para à União e que por proibição local não possa ser
filiado do sistema previdenciário do país em domicílio.

→ O brasileiro ou o estrangeiro domiciliado e contratado no Brasil para trabalhar como


empregado no exterior, em sucursal ou agência de empresa constituída sob as leis brasileiras e
que tenha sede e administração no País, ou em empresa domiciliada no exterior com maioria do
capital votante pertencente à empresa constituída sob as leis brasileiras, que tenha sede e
administração no País e cujo controle efetivo esteja em caráter permanente sob a titularidade direta
ou indireta de pessoas físicas domiciliadas e residentes no País ou de entidade de direito público
interno;
EXPATRIAÇÃO
Francisca Ferreira da Silva - 03716129771
EMPREGADO DOMÉSTICO

→ É segurado na categoria de empregado doméstico, conforme o inciso II do caput do art. 9º do RPS,


aquele que presta serviço de natureza contínua, mediante remuneração, a pessoa ou família, no
âmbito residencial desta, em atividades sem fins lucrativos, a partir da competência abril de 1973, em
decorrência da vigência do Decreto nº 71.885, de 9 de março de 1973, que regulamentou a Lei nº
5.859, de 11 de dezembro de 1972.

→ Reflexão: O médico, por exemplo, pode ser doméstico?

→ Reflexão: Trabalha na casa da pessoa que faz bolos para fora ajudando na produção dos bolos

→ Reflexão: Diarista é empregada doméstica?

Francisca Ferreira da Silva - 03716129771


TRABALHADOR AVULSO

→ É segurado na categoria de trabalhador avulso portuário ou não


portuário, conforme o inciso VI do caput e § 7º, ambos do art. 9º do
RPS, sindicalizado ou não, que preste serviço de natureza urbana
ou rural a diversas empresas, sem vínculo empregatício, com a
intermediação obrigatória do órgão de gestão de mão de obra, nos
termos da Lei nº 9.719, de 27 de novembro de 1998, e da Lei
nº12.815, de 5 de junho de 2013, ou do Sindicato da categoria,
respectivamente

Francisca Ferreira da Silva - 03716129771


Trabalhador Rural

Trabalhador
Rural

Contribuinte
Segurado Empregado Trabalhador
Individual
Especial Rural Avulso Rural
Rural

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Segurado especial - Contribuição
Art. 195, § 8º , da CF/1988. O produtor, o parceiro, o meeiro e o
arrendatário rurais e o pescador artesanal, bem como os respectivos
cônjuges, que exerçam suas atividades em regime de economia familiar,
sem empregados permanentes, contribuirão para a seguridade social
mediante a aplicação de uma alíquota sobre o resultado da
comercialização da produção e farão jus aos benefícios nos termos da
lei. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)

► Perceba que ao invés de seguirem a regra geral de contribuição sobre a


remuneração, eles irão contribuir sobre a venda da produção.

► Esses segurados não precisam comprovar o recolhimento de contribuições,


precisam comprovar apenas o exercício de atividade rural.

► OBS.: Segurado especial não pode ter outra fonte de renda fixa. Ex.: Ser
segurado especial e ter um mercado, não pode!
Francisca Ferreira da Silva - 03716129771
E se o segurado especial comercializar sua produção?

Art. 25, da Lei 8.212/91. A contribuição do empregador rural pessoa física, em substituição à
contribuição de que tratam os incisos I e II do art. 22, e a do segurado especial, referidos,
respectivamente, na alínea a do inciso V e no inciso VII do art. 12 desta Lei, destinada à Seguridade
Social, é de: (Redação dada pela Lei nº 10.256, de 2001)
I - 1,2% (um inteiro e dois décimos por cento) da receita bruta proveniente da comercialização
da sua produção; (Redação dada pela Lei nº 13.606, de 2018) (Produção de efeito)
II - 0,1% da receita bruta proveniente da comercialização da sua produção para
financiamento das prestações por acidente do trabalho. (Redação dada pela Lei nº 9.528, de
10.12.97). (Vide decisão-STF Petição nº 8.140 - DF)

§ 1º O segurado especial de que trata este artigo, além da contribuição obrigatória referida
no caput, poderá contribuir, facultativamente, na forma do art. 21 desta Lei. (Redação
dada pela Lei nº 8.540, de 22.12.92)

Francisca Ferreira da Silva - 03716129771


Quem é o segurado especial?
► Art. 11, VII, da Lei 8.213/91. como segurado
especial: a pessoa física residente no imóvel rural ou
em aglomerado urbano ou rural próximo a ele que,
individualmente ou em regime de economia familiar,
ainda que com o auxílio eventual de terceiros, na
condição de:
Pessoa Física
Pode trabalhar sozinho ou em regime de
Não é obrigatório morar na área rural economia familiar
(Vide art. 110 da IN 128/2022) – pode
por exemplo morar no município
vizinho em que ele consiga locomover
com facilidade

Francisca Ferreira da Silva - 03716129771


Mas o que é regime de economia familiar?
► Art. 11, VII, p.1°, da Lei 8.213/91. Entende-se
como regime de economia familiar a atividade em
que o trabalho dos membros da família é
indispensável à própria subsistência e ao
desenvolvimento socioeconômico do núcleo
familiar e é exercido em condições de mútua
dependência e colaboração, sem a utilização de
empregados permanentes. (Redação dada pela Lei nº
11.718, de 2008)

Francisca Ferreira da Silva - 03716129771


E quem integra o grupo familiar?
► Art. 109, p.1°, I, da IN 128/2022. I - integram o grupo
familiar, também podendo ser enquadrados como segurado
especial, o cônjuge ou companheiro, inclusive homoafetivos,
e o filho solteiro maior de 16 (dezesseis) anos de idade ou a
este equiparado, desde que comprovem a participação ativa
nas atividades rurais do grupo familiar;

Quando o filho casa, ele sai do grupo familiar dos pais, mesmo que more sob
o mesmo teto !!!!!! Logo, vai precisar de documentos em nome próprio!!!!
Francisca Ferreira da Silva - 03716129771
E quem integra o grupo familiar?
► Art. 109, p.1°, IV, da IN 128/2022. IV - não integram o
grupo familiar do segurado especial os filhos casados,
separados, divorciados, viúvos e ainda aqueles que estão ou
estiveram em união estável, inclusive os homoafetivos, os
irmãos, os genros e as noras, os sogros, os tios, os sobrinhos,
os primos, os netos e os afins; e

Mesmo que more sob o mesmo teto !!!!!! Logo, vai precisar de documentos
em nome próprio!!!!
Francisca Ferreira da Silva - 03716129771
Quem é o segurado especial?
► Art. 11, VII, da Lei 8.213/91. como segurado
especial: a pessoa física residente no imóvel rural ou
em aglomerado urbano ou rural próximo a ele que,
individualmente ou em regime de economia familiar,
ainda que com o auxílio eventual de terceiros, na
condição de:
Pessoa Física Ex.1: vizinhos que combinam de cada um trabalhar uma
Não é obrigatório morar semana em uma propriedade – MÚTUA COLABORAÇÃO
na área rural (Vide art. Pode trabalhar
(art. 109, p.2°, da IN 128/2022)
110 da IN 128/2022) – sozinho ou em
pode por exemplo morar regime de
Ex.2: Art. 11, p.7, da Lei 8.213/91 – 120 pessoas por dia
no município vizinho em economia familiar
ano civil
que ele consiga locomover
com facilidade
Francisca Ferreira da Silva - 03716129771
Segurado especial – Empregados temporários

Art. 195, § 8º , da CF/1988 - Sem empregados permanentes – não impede a


contratação de temporários

O permissão legal para que o segurado especial contratasse funcionários veio com a
Lei 11.718/2008 (de 20/06/2008) – Antes dessa lei, o segurado especial não podia
contar com o auxílio de empregados.

120 pessoas/dia no ano civil

Francisca Ferreira da Silva - 03716129771


Quem é o segurado especial?
► Art. 110, da IN 128/2022. Para efeitos do enquadramento como segurado especial,
considera-se produtor rural o proprietário, condômino, usufrutuário, posseiro/possuidor,
assentado, parceiro, meeiro, comodatário, arrendatário rural, quilombola, seringueiro,
extrativista vegetal ou foreiro, que reside em imóvel rural, ou em aglomerado urbano ou
rural próximo, e desenvolve atividade agrícola, pastoril ou hortifrutigranjeira,
individualmente ou em regime de economia familiar, considerando que:

I - condômino é aquele que explora imóvel rural, com delimitação de área ou não, sendo a
propriedade um bem comum, pertencente a várias pessoas;

II - usufrutuário é aquele que, não sendo proprietário de imóvel rural, tem direito à posse,
ao uso, à administração ou à percepção dos frutos, podendo usufruir o bem em pessoa ou
mediante contrato de arrendamento, comodato, parceria ou meação;

III - posseiro/possuidor é aquele que exerce, sobre o imóvel rural, algum dos poderes
inerentes à propriedade, utilizando e usufruindo da terra como se proprietário fosse;
Francisca Ferreira da Silva - 03716129771
Quem é o segurado especial?

IV - assentado é aquele que, como beneficiário das ações de reforma agrária, desenvolve
atividades agrícolas, pastoris ou hortifrutigranjeiras nas áreas de assentamento;

V - parceiro é aquele que tem acordo de parceria com o proprietário da terra ou detentor da
posse e desenvolve atividade agrícola, pastoril ou hortifrutigranjeira, partilhando lucros ou
prejuízos;

VI - meeiro é aquele que tem acordo com o proprietário da terra ou detentor da posse e, da
mesma forma, exerce atividade agrícola, pastoril ou hortifrutigranjeira, partilhando
rendimentos ou custos;

VII - comodatário é aquele que, por meio de acordo, explora a terra pertencente a outra
pessoa, por empréstimo gratuito, por tempo determinado ou não, para desenvolver
atividade agrícola, pastoril ou hortifrutigranjeira;
Francisca Ferreira da Silva - 03716129771
Quem é o segurado especial?

VIII - arrendatário é aquele que utiliza a terra para desenvolver atividade agrícola, pastoril ou
hortifrutigranjeira, mediante pagamento de aluguel, em espécie ou in natura, ao proprietário
do imóvel rural;

IX - quilombola é o afrodescendente remanescente dos quilombos que integra grupos


étnicos compostos de descendentes de escravos;

X - seringueiro ou extrativista vegetal é aquele que explora atividade de coleta e extração de


recursos naturais renováveis, de modo sustentável, e faz dessas atividades o principal meio
de vida; e

XI - foreiro é aquele que adquire direitos sobre um terreno através de um contrato, mas não
é o dono do local.

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Quem é o segurado especial?

► Art. 11, VII, da Lei 8.213/91. a) produtor, seja proprietário, usufrutuário,


possuidor, assentado, parceiro ou meeiro outorgados, comodatário ou arrendatário
rurais, que explore atividade: (Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008)

1. agropecuária em área de até 4 (quatro) módulos fiscais; (Incluído pela


Lei nº 11.718, de 2008)

Francisca Ferreira da Silva - 03716129771


Segurado especial – Tamanho da propriedade rural
A Lei 11.718/2008 (de 20/06/2008) – passou a indicar a limitação de 4 módulos
fiscais – Alterou a redação do art. 12, VII, da Lei 8.212/91.

Mas o que é módulo fiscal???? “Módulo fiscal é uma unidade de medida


expressa em hectares, fixada para cada município, que indica o tamanho
mínimo de uma propriedade rural capaz de garantir o sustento de uma família
que exerce atividade rural naquele município.” (Kertzman, Ivan. Curso prático de direito previdenciário. Editora
JusPodivm)

Essa classificação ocorre na forma da Lei 8629/1993 que considera pequena


propriedade aquele de até 4 módulos fiscais.

E se passar dessa medida? Será considerado como contribuinte individual.


E se não produzir na terra toda? O INSS tem entendido que possuir terra
superior a 4 módulos fiscais já descaracteriza a condição de segurado especial. A
jurisprudência tem entendido de forma contrária.
Francisca Ferreira da Silva - 03716129771
Quem é o segurado especial?
► Art. 11, VII, da Lei 8.213/91. a) produtor, seja proprietário, usufrutuário, possuidor, assentado,
parceiro ou meeiro outorgados, comodatário ou arrendatário rurais, que explore
atividade: (Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008)

1. agropecuária em área de até 4 (quatro) módulos fiscais; (Incluído pela Lei nº 11.718, de
2008)

2. de seringueiro ou extrativista vegetal que exerça suas atividades nos termos do inciso XII do
caput do art. 2º da Lei nº 9.985, de 18 de julho de 2000, e faça dessas atividades o principal meio de
vida; (Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008)

b) pescador artesanal ou a este assemelhado que faça da pesca profissão habitual ou principal
meio de vida; e (Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008)

c) cônjuge ou companheiro, bem como filho maior de 16 (dezesseis) anos de idade ou a este
equiparado, do segurado de que tratam as alíneas a e b deste inciso, que, comprovadamente,
trabalhem com o grupo familiar respectivo.

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Pescador artesanal e o tamanho da embarcação
Segundo o art. 9, p.4°, do Decreto 3048/99, Considera-se pescador artesanal aquele que,
individualmente ou em regime de economia familiar, faz da pesca sua profissão habitual ou
meio principal de vida, desde que:

I - não utilize embarcação; ou (Redação dada pelo Decreto nº 8.424, de 2015)

II - utilize embarcação de pequeno porte, nos termos da Lei nº 11.959, de 29 de junho de


2009. (Redação dada pelo Decreto nº 8.424, de 2015)

Art. 10, p. 1°, I da Lei 11959/2009. § 1o As embarcações que operam na pesca comercial se
classificam em:
I – de pequeno porte: quando possui arqueação bruta - AB igual ou menor que 20 (vinte);

OBS.: § 14-A. Considera-se assemelhado ao pescador artesanal aquele que realiza atividade de
apoio à pesca artesanal, exercendo trabalhos de confecção e de reparos de artes e petrechos
de pesca e de reparos em embarcações de pequeno porte ou atuando no processamento do
produto da pesca artesanal. (Incluído dada pelo Decreto nº 8.499, de 2015)
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Descaracterização da condição de segurado especial:
Empregado permanente

Empregados em mais de 120 pessoa/dia no ano

Terra com tamanho superior a 4 módulos fiscais

Recebimento de benefício em valor superior a um salário


mínimo
Não é segurado especial o membro de grupo familiar que possuir outra fonte de rendimento,
exceto se decorrente de:
benefício de pensão por morte, auxílio-acidente ou auxílio-reclusão, cujo valor não supere o
do menor benefício de prestação continuada da Previdência Social;
OBS.: Se receber até um salário não tem problema, se receber
mais de um salário descaracteriza a condição de segurado
especial
Francisca Ferreira da Silva - 03716129771
Descaracterização da condição de segurado especial:
Vínculo de trabalho superior a 120dias/ano
§ 9o Não é segurado especial o membro de grupo familiar que possuir outra
fonte de rendimento, exceto se decorrente de: (Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008)
III - exercício de atividade remunerada em período não superior a 120 (cento e
vinte) dias, corridos ou intercalados, no ano civil, observado o disposto no § 13
do art. 12 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991; (Redação dada pela Lei nº 12.873, de 2013)

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Exploração de atividade turística

Exploração da atividade turística da


propriedade rural, inclusive com hospedagem
é permitida, desde que não ultrapasse 120 dias
ao ano.

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CONTRIBUINTE INDIVIDUAL
→ Todos os outros que exercem atividade laboral.

Exemplos:
→ o ministro de confissão religiosa e o membro de instituto de vida consagrada, de
congregação ou de ordem religiosa
(os valores diretos ou indiretos para subsistência, desde que independam da
natureza e quantidade do trabalho, não é remuneração. Ex.: imóvel, alimentação)

→ o síndico ou o administrador eleito, com percepção de remuneração ou que esteja


isento da taxa de condomínio, a partir de6 de março de 1997 (antes facultativo)

→ o árbitro de jogos desportivos e seus auxiliares que atuem em conformidade com a Lei
nº 9.615, de 24 de março de 1998,a partir de 25 de março de 1998

→ a pessoa física contratada para prestação de serviço em campanhas eleitorais por partido
político ou por candidato a cargo eletivo, diretamente ou por meio de comitê financeiro, em
razão do disposto no art. 100 da Lei nº 9.504, de 30 de setembro de 1997
Francisca Ferreira da Silva - 03716129771
SEGURADOS DO RGPS

Participante
do RPPS
Facultativo

Art. 201, § 5º, da CF/1988. É vedada a filiação ao


regime geral de previdência social, na qualidade de
segurado facultativo, de pessoa participante de regime
próprio de previdência.
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Filiação e Inscrição
Art. 17, da Lei 8.213/91. O Regulamento disciplinará a forma de inscrição do segurado e dos dependentes.

Art. 18, do Decreto 3.048/99. Considera-se inscrição de segurado para os efeitos da previdência social o ato
pelo qual o segurado é cadastrado no RGPS, por meio da comprovação dos dados pessoais, da seguinte
forma: (Redação dada pelo Decreto nº 10.410, de 2020).

I - empregado - pelo empregador, por meio da formalização do contrato de trabalho e, a partir da obrigatoriedade
do uso do Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas - eSocial,
instituído pelo Decreto nº 8.373, de 11 de dezembro de 2014, ou do sistema que venha a substituí-lo, por meio do
registro contratual eletrônico realizado nesse Sistema; (Redação dada pelo Decreto nº 10.410, de 2020).

II - trabalhador avulso - pelo cadastramento e pelo registro no órgão gestor de mão de obra, no caso de
trabalhador portuário, ou no sindicato, no caso de trabalhador não portuário, e a partir da obrigatoriedade do uso
do eSocial, ou do sistema que venha a substituí-lo, por meio do cadastramento e do registro eletrônico realizado
nesse Sistema; (Redação dada pelo Decreto nº 10.410, de 2020)

III - empregado doméstico - pelo empregador, por meio do registro contratual eletrônico realizado no
eSocial; (Redação dada pelo Decreto nº 10.410, de 2020)

(... Vide o restante do artigo para os demais segurados)


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Filiação e Inscrição

Já a filiação decorre automaticamente do exercício do trabalho remunerado

Art. 20, do Decreto 3.048/99. Filiação é o vínculo que se estabelece entre pessoas
que contribuem para a previdência social e esta, do qual decorrem direitos e
obrigações.

§ 1o A filiação à previdência social decorre automaticamente do exercício de


atividade remunerada para os segurados obrigatórios (...)

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Filiação e Inscrição

Filiação Inscrição

• Início da relação
jurídica entre o • Ato formal
segurado e a • Mero Cadastro
Previdência Social

Para os segurados obrigatórios, a filiação ocorre com o exercício da atividade remunerada.


Para o segurado facultativo, a filiação se concretiza com o recolhimento da primeira
contribuição
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Filiação e Inscrição

E a Inscrição após a morte do


segurado?

Entendimento do STJ ..... Situação do


(Resp 1.328.298-PR, de 28/09/2012 e Resp 1.346.852-PR, de contribuinte individual
21/05/2013) e daqueles que tem
seu recolhimento
Art. 17, p.7°, da Lei 8.213/91 presumido.
(p. inserido pela MP 871/19 convertida na Lei 13.846/2019)

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Idade Mínima – RGPS - ADMINISTRATIVO

1) até 28/02/67 = 14 anos;

2) de 01/03/67 a 14/10/88 = 12 anos

3) de 05/10/88 a 15/12/98 = 14 anos, sendo permitida, a partir de 12


anos, a filiação de menor aprendiz

4) a partir de 16/12/98 = 16 anos, sendo permitida, a partir de 14 anos, a


filiação de menor aprendiz

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RESPONSABILIDADE DE RECOLHIMENTO
Art. 30 da Lei 8.212/91. A arrecadação e o recolhimento das
contribuições ou de outras importâncias devidas à Seguridade Social
obedecem às seguintes normas:
I - a empresa é obrigada a:

a) arrecadar as contribuições dos segurados empregados e


trabalhadores avulsos a seu serviço, descontando-as da respectiva
remuneração;
(...)
V - o empregador doméstico é obrigado a arrecadar e a recolher a
contribuição do segurado empregado a seu serviço, assim como a
parcela a seu cargo, até o dia 7 do mês seguinte ao da competência;
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RESPONSABILIDADE DE RECOLHIMENTO

Art. 30 da Lei 8.212/91.


II - os segurados contribuinte individual e facultativo
estão obrigados a recolher sua contribuição por
iniciativa própria, até o dia quinze do mês seguinte ao
da competência;

Sempre será
assim?

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RESPONSABILIDADE DE RECOLHIMENTO DAS CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS

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RESPONSABILIDADE DE RECOLHIMENTO DAS CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS

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RESPONSABILIDADE DE RECOLHIMENTO

► Medida Provisória 83/22 convertida na Lei 10.666/2003 (efeitos a


partir de 01/04/2003).

Art. 4o Fica a empresa obrigada a arrecadar a


contribuição do segurado contribuinte individual a seu
serviço, descontando-a da respectiva remuneração, e a
recolher o valor arrecadado juntamente com a
contribuição a seu cargo até o dia dois do mês seguinte
ao da competência.

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CONTRIBUINTE INDIVIDUAL

Enunciado 2 do CRPS

Não se indefere benefício sob fundamento de falta de recolhimento de


contribuição previdenciária quando a responsabilidade tributária não
competir ao segurado.

I - Considera-se presumido o recolhimento das contribuições do segurado


empregado, inclusive o doméstico, do trabalhador avulso e, a partir da
competência abril de 2003, do contribuinte individual prestador de
serviço.

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Recolhimento dos segurados
► Base de incidência: Salário de contribuição (respeitado o mínimo e o máximo)

► No RGPS não incide contribuição sobre a aposentadoria e pensão

► Segurado Especial: Contribui com base em percentual incidente sobre a venda da


produção rural.

► Empregado, trabalhador avulso e empregado doméstico:

* Alíquota progressiva (quanto maior o SC, maior o percentual)

* Cumulativa (percentuais diferenciados por faixa de remuneração) – Antes da


reforma, aplicamos de forma não cumulativa

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Recolhimento dos segurados

Empregado: Empregador retém e repassa até o dia 20 do mês seguinte à


prestação do serviço.

Doméstico: Empregador retém e repassa até o dia 07 do mês seguinte à


prestação do serviço (art. 35 da LC 150/2015 – antes o prazo era dia 15). MP
1.110/2022 – até o vigésimo dia do mês seguinte ao da competência.

Trabalhador avulso: A contribuição é retida pelo órgão gestor de mão-de-obra


ou pela empresa que remunera o trabalho (caso não seja portuário). Mesmo
prazo do segurado empregado.

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Recolhimento dos segurados
PORTARIA INTERMINISTERIAL MTP/ME Nº 12, DE 17 DE JANEIRO DE 2022

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Recolhimento dos segurados – E se o segurado tiver mais de um emprego?

Nesse caso, deve-se somar as


contribuições. Não devendo o desconto
ultrapassar o teto previdenciário.

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Recolhimento dos segurados – IN 971/2009 - RFB
Art. 64. O segurado empregado, inclusive o doméstico, que possuir mais de 1 (um) vínculo, deverá comunicar a
todos os seus empregadores, mensalmente, a remuneração recebida até o limite máximo do salário-de-
contribuição, envolvendo todos os vínculos, a fim de que o empregador possa apurar corretamente o salário-de-
contribuição sobre o qual deverá incidir a contribuição social previdenciária do segurado, bem como a alíquota a
ser aplicada.
§ 1º Para o cumprimento do disposto neste artigo, o segurado deverá apresentar os comprovantes de pagamento
das remunerações como segurado empregado, inclusive o doméstico, relativos à competência anterior à da
prestação de serviços, ou declaração, sob as penas da lei, de que é segurado empregado, inclusive o doméstico,
consignando o valor sobre o qual é descontada a contribuição naquela atividade ou que a remuneração recebida
atingiu o limite máximo do salário-de-contribuição, identificando o nome empresarial da empresa ou empresas,
com o número do CNPJ, ou o empregador doméstico que efetuou ou efetuará o desconto sobre o valor por ele
declarado.
§ 2º Quando o segurado empregado receber mensalmente remuneração igual ou superior ao limite máximo do
salário-de-contribuição, a declaração prevista no § 1º poderá abranger várias competências dentro do exercício,
devendo ser renovada, após o período indicado na referida declaração ou ao término do exercício em curso, ou
ser cancelada, caso haja rescisão do contrato de trabalho, o que ocorrer primeiro.
§ 3º O segurado deverá manter sob sua guarda cópia da declaração referida no § 1º, juntamente com os
comprovantes de pagamento, para fins de apresentação ao INSS ou à fiscalização da RFB, quando solicitado.
§ 4º Aplica-se, no que couber, as disposições deste artigo ao trabalhador avulso que, concomitantemente, exercer
atividade de segurado empregado. Francisca Ferreira da Silva - 03716129771
Recolhimento dos segurados – Facultativo e Contribuinte individual
► Segurado Facultativo:
Alíquota de 20% sobre o salário de contribuição que declarar. Escolhe o quanto quer
contribuir

► Contribuinte Individual:

Em regra é o responsável tributário por seu recolhimento. Em regra, seu recolhimento é


de 20% sobre o valor da remuneração auferida até o dia 15 do mês subsequente
prorrogando-se o prazo para o próximo dia útil se não houver expediente bancário
nesse dia.

Quando prestar serviço para PJ, será responsabilidade da empresa reter seu
recolhimento. Nesse caso, seu recolhimento terá um desconto de 45%, ou seja, o
recolhimento será de 11% sobre o valor auferido. O desconto não é aplicado quando o CI
laborar para entidade beneficente de assistência social isenta de contribuição patronal.
Quando prestar serviço para PJ, a PJ tem até o dia 20 do mês seguinte para fazer o
recolhimento. Francisca Ferreira da Silva - 03716129771
O Recolhimento em planos simplificados.....

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PLANOS SIMPLIFICADOS – CONTRIBUINTE INDIVIDUAL E FACULTATIVO
Art. 21 da Lei 8.212/91. A alíquota de contribuição dos segurados contribuinte individual e
facultativo será de vinte por cento sobre o respectivo salário-de-contribuição.
§ 2o No caso de opção pela exclusão do direito ao benefício de aposentadoria por tempo
de contribuição, a alíquota de contribuição incidente sobre o limite mínimo mensal do salário de
contribuição será de: (Redação dada pela Lei nº 12.470, de 2011)

I - 11% (onze por cento), no caso do segurado contribuinte individual, ressalvado o disposto
no inciso II, que trabalhe por conta própria, sem relação de trabalho com empresa ou equiparado
e do segurado facultativo, observado o disposto na alínea b do inciso II deste
parágrafo; (Incluído pela Lei nº 12.470, de 2011)

II - 5% (cinco por cento): (Incluído pela Lei nº 12.470, de 2011)


a) no caso do microempreendedor individual, de que trata o art. 18-A da Lei Complementar
no 123, de 14 de dezembro de 2006; e (Incluído pela Lei nº 12.470, de 2011) (Produção
de efeito)

b) do segurado facultativo sem renda própria que se dedique exclusivamente ao trabalho


doméstico no âmbito de sua residência, desde que pertencente a família de baixa
renda. (Incluído pela Lei nº 12.470, de 2011)
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PLANOS SIMPLIFICADOS – CONTRIBUINTE INDIVIDUAL E FACULTATIVO

Contribuinte
Facultativo
Individual

20% 20%

11% 5% 11% 5%

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PLANOS SIMPLIFICADOS – CONTRIBUINTE INDIVIDUAL E FACULTATIVO

Art. 21 da Lei 8.212/91.

§ 3o O segurado que tenha contribuído na forma do § 2o deste artigo e


pretenda contar o tempo de contribuição correspondente para fins de
obtenção da aposentadoria por tempo de contribuição ou da contagem
recíproca do tempo de contribuição a que se refere o art. 94 da Lei no 8.213, de
24 de julho de 1991, deverá complementar a contribuição mensal mediante
recolhimento, sobre o valor correspondente ao limite mínimo mensal do salário-
de-contribuição em vigor na competência a ser complementada, da diferença
entre o percentual pago e o de 20% (vinte por cento), acrescido dos juros
moratórios de que trata o § 3o do art. 5o da Lei no 9.430, de 27 de dezembro de
1996. (Redação dada pela Lei nº 12.470, de 2011) (Produção de
efeito)

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Dependentes

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DEPENDENTES – EC 103/19

Art. 23, § 4° da EC 103/19:


§ 4º O tempo de duração da pensão por morte e das
cotas individuais por dependente até a perda dessa
qualidade, o rol de dependentes e sua qualificação e as
condições necessárias para enquadramento serão
aqueles estabelecidos na Lei nº 8.213, de 24 de julho de
1991.

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DEPENDENTES
► Em regra, os dependentes de primeira classe têm a dependência econômica
presumida. Mas temos exceções. São dependentes de primeira classe que
precisam comprovar a dependência econômica (ex.: enteado, menor
tutelado, menor sob guarda e guarda de fato, ex-cônjuge ou ex-
companheiro).

► As classes seguem uma regra de prioridade na concessão do benefício.


Os dependentes de classe superior, excluem os dependentes de classe
inferior. Se tiver dependente de primeira classe, os de segunda e terceira ficam
excluídos. E os dependentes de segunda classe excluem os dependentes de
terceira classe.

Ex.: Se tiver cônjuge, os pais não tem direito a concessão do benefício (mesmo
que o cônjuge que recebe a pensão venha a falecer, o auxílio não será
direcionada para os pais).
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DEPENDENTES

► Existindo mais de um dependente de uma mesma classe, o


benefício é rateado em partes iguais.

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DEPENDENTES

Prova de
Prova de existência dependência
de união estável econômica
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CARÊNCIA X TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO
ANTES DA EC 103/19

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CARÊNCIA X TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO (Antes da EC 103/19)

Tempo de • É o tempo de efetiva contribuição


Contribuição previdenciária.

• É medida pelo número de


Carência contribuições mensais

Carência: Arts. 24 a 27, Lei 8.213/91 e Art. 26 a 30, Decreto 3.048/99

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CARÊNCIA X TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO (Antes da EC 103/19)

Início das
Atividades:
30/11/2018

Tempo de 4 dias de tempo de contribuição


Contribuição?

2 contribuições mensais de
Carência? carência
Fim das
Atividades:
03/12/2018

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CARÊNCIA (Antes da EC 103/19)

“Embora se trate de contribuição mensal, não é necessário que


o trabalho – e a contribuição correspondente – seja relativa ao
mês inteiro. Basta, por exemplo, um dia de trabalho em
determinado mês para que a contribuição a ele relativa tenha
efeito para fins de carência. A contribuição previdenciária
proporcional a um dia, nesse caso, valerá como contribuição
mensal, para fins de carência.”

Savaris. Compêndio de Direito Previdenciário. Editora Alteridade.

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Carência X Tempo de Contribuição – Antes

Ex. Segurado com Remuneração de R$ 6.000,00 mensal que foi contratado em 16/07/2019 e laborou até 10/08/2019

Início das
Atividades:
16/07/2019

25 dias de tempo de contribuição


Tempo de
Contribuição?

2 contribuições mensais de
Carência? carência
Fim das
Atividades:
10/08/2019

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Decreto 10.410/2020

Art. 19-C do Decreto 3.048/99 (incluído pelo Decreto


10.410/2020).

§ 2º. As competências em que o salário de contribuição


mensal tenha sido igual ou superior ao limite mínimo serão
computadas integralmente como tempo de contribuição,
independentemente da quantidade de dias trabalhados.

Tempo de contribuição passa a ser “contado” da mesma


forma que a carência.....
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Portaria 450/2020 do INSS

Art. 30 da Portaria 450/2020 do INSS.


Para os períodos posteriores à EC nº 103, de 2019, as
competências em que o salário de contribuição mensal
tenha sido igual ou superior ao limite mínimo serão
computadas integralmente como tempo de contribuição,
independentemente do número de dias trabalhados, ou
seja, os períodos serão computados por mês, independente
do início ou fim da atividade ocorrido dentro da
competência.
Francisca Ferreira da Silva - 03716129771
Carência X Tempo de Contribuição – Atualmente

Ex. Segurado com Remuneração de R$ 6.000,00 mensal que foi contratado em 16/07/2020 e laborou até 10/08/2020

E o art. 201, p.14


Início das
Atividades: da CF/1988???
16/07/2020

60 dias de tempo de contribuição


Tempo de
Contribuição?

2 contribuições mensais de
Carência? carência
Fim das
Atividades:
10/08/2020 Julho – 15 dias – R$ 3.000,00
Agosto – 10 dias – R$ 2.000,00
Francisca Ferreira da Silva - 03716129771
Prof. PRISCILA MACHADO

Introdução do Direito Previdenciário


Planejamento Previdenciário
Priscila Machado

@profpriscilamachado

https://t.me/profpriscilamachado
https://www.youtube.com/c/priscila
machadoprevidenciarionapratica
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