Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 13
Sumário
CAP. V: DAS TRANSFERÊNCIAS VOLUNTÁRIAS (ART. 25) ........................................................................ 5
CAP. VI: DA DESTINAÇÃO DE RECURSOS PÚBLICOS PARA O SETOR PRIVADO (ARTS. 26 A 28) ................ 10
2 de 80| www.direcaoconcursos.com.br
Suzana Cristina Barbosa Fernandes - 32703965893
Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 13
Você também pode controlar o tempo que passa no celular e/ou na rede social. Você pode se surpreender
com o tanto de tempo que você “perde” com isso. Tempo que poderia ser utilizado de forma melhor. Não
necessariamente estudando. Você pode usar esse tempo para passar mais tempo com a família, fazer
exercícios, namorar... todas são atividades que potencializam os seus estudos! 😉
No que você está pensando? Que não vai passar ou que vai passar? Que não vai conseguir ou que vai
conseguir?
Cuidado com o que você pensa! Pensamentos conduzem a resultados!
3 de 80| www.direcaoconcursos.com.br
Suzana Cristina Barbosa Fernandes - 32703965893
Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 13
@profsergiomachado
ProfSergioMachado (https://www.facebook.com/profsergiomachado)
ProfSergioMachado (https://www.instagram.com/profsergiomachado)
@prof.marcelguimaraes
Prof.MarcelGuimaraes (https://www.instagram.com/prof.marcelguimaraes)
www.marcelguimaraes.com.br
4 de 80| www.direcaoconcursos.com.br
Suzana Cristina Barbosa Fernandes - 32703965893
Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 13
“É uma transferência que algum ente fez porque quis, professor. Fez de forma voluntária!”
Bingo! Exatamente! 😃 Aqui não tem segredo: o ente faz uma transferência porque ele quis fazer e não
porque foi obrigado por alguma determinação constitucional ou legal. Isso é uma transferência voluntária.
Quando você se dispõe a fazer um trabalho voluntário, você trabalha porque quer, porque tem vontade, e o faz de forma
espontânea (não forçada). Ninguém lhe obrigou a estar ali. Você que escolheu estar ali.
Quando um ente da Federação se dispõe a fazer uma transferência voluntária, é a mesma coisa! Ninguém obrigou ele a
transferir aqueles recursos. Ele o fez porque quis.
Art. 25. Para efeito desta Lei Complementar, entende-se por transferência voluntária a entrega de
recursos correntes ou de capital a outro ente da Federação, a título de cooperação, auxílio ou
assistência financeira, que não decorra de determinação constitucional, legal ou os destinados ao
Sistema Único de Saúde.
Perceba como as transferências voluntárias foram conceituadas por exclusão, ou seja, em vez de dizer o
que são transferências voluntárias, a LRF diz o que não são transferências voluntárias. 😉
E transferências voluntárias são transferências que não decorrem de determinação constitucional, legal
ou os destinados ao Sistema Único de Saúde. Em outras palavras, transferências voluntárias não são:
Preste atenção!
Transferências voluntárias são transferências que não decorrem de determinação constitucional,
legal ou os destinados ao Sistema Único de Saúde.
5 de 80| www.direcaoconcursos.com.br
Suzana Cristina Barbosa Fernandes - 32703965893
Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 13
Mais um detalhe: para quem pode ser feita uma transferência voluntária? 🤔
Para particulares, entidades privadas, não! Transferências voluntárias são somente para outro ente da
Federação!
Preste atenção!
Transferências voluntárias são somente para outro ente da Federação
Entrega de recursos
(correntes ou de A outro ente da Federação
capital)
Beleza! 😄
Mas você acha que é fácil assim fazer uma transferência voluntária? É só acordar num belo dia, decidir
que quer entregar dinheiro para outra pessoa e pronto? 🧐
Se o ente quiser transferir recursos de forma voluntária, ele (transferidor) e o recebedor (beneficiário)
precisam cumprir algumas exigências. ☝
Afinal, como você se sentiria se você confiasse a administração do seu suado dinheiro a alguém que, sem o mínimo de zelo
e cuidado, constantemente entregasse os seus recursos para alguém que está inadimplente, que não presta contas e que
não cumpre requisitos mínimos estabelecidos pela lei?
Art. 25, § 1o São exigências para a realização de transferência voluntária, além das estabelecidas na lei
de diretrizes orçamentárias:
II - (VETADO)
6 de 80| www.direcaoconcursos.com.br
Suzana Cristina Barbosa Fernandes - 32703965893
Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 13
Essas são as exigências feitas do transferidor (aquele que está transferindo os recursos).
Repare que a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) também estabelece algumas exigências. 😉
Resumindo: é vedado fazer transferência voluntária ou conceder empréstimo para pagar salários, para
pagar despesas com pessoal ativo, inativo ou pensionista! 😤
Pronto! O transferidor só precisa cumprir essas duas condições: ter dotação orçamentária específica para
a transferência e não fazer a transferência para pagamento de despesas com pessoal ativo, inativo e
pensionista.
Continuando no mesmo parágrafo da lei, agora vamos encontrar as exigências feitas do beneficiário:
a) que se acha em dia quanto ao pagamento de tributos, empréstimos e financiamentos devidos ao ente
transferidor, bem como quanto à prestação de contas de recursos anteriormente dele recebidos;
c) observância dos limites das dívidas consolidada e mobiliária, de operações de crédito, inclusive por
antecipação de receita, de inscrição em Restos a Pagar e de despesa total com pessoal;
Portanto, veja que o ente transferidor não pode sair entregando recursos de forma voluntária para
qualquer um. O beneficiário dessas transferências voluntárias precisa “andar na linha” se quiser estar apto a
receber tais recursos! 😏
7 de 80| www.direcaoconcursos.com.br
Suzana Cristina Barbosa Fernandes - 32703965893
Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 13
Isso significa que a utilização dos recursos transferidos se encontra vinculada ao objeto pactuado, sendo
vedada a utilização de recursos transferidos com finalidade diversa da pactuada.
Por exemplo: se a transferência voluntária foi para a construção de um novo hospital, então esses recursos só podem ser
para a construção do novo hospital.
Art. 25, § 3º Para fins da aplicação das sanções de suspensão de transferências voluntárias constantes
desta Lei Complementar, excetuam-se aquelas relativas a ações de educação, saúde e assistência
social.
Lembre-se: se o ente não respeitas algumas regras da LRF, o bicho vai pegar! Mas o bicho é um
cachorrinho fofinho! 🐶 😂
É como se a LRF dissesse: “Ente, você não pode receber transferências voluntárias! Mas se forem relativas a
ações de educação, saúde e assistência social, você pode continuar recebendo”. ☺
Ora! Justamente os maiores gastos do ente! Ele quer receber transferências voluntárias para mais o que?
Essa sanção aí não faz nem cosquinhas! 😂
8 de 80| www.direcaoconcursos.com.br
Suzana Cristina Barbosa Fernandes - 32703965893
Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 13
Só preste atenção no seguinte: as exceções para recebimento de transferências voluntárias (mesmo que
o ente esteja proibido de recebê-las no momento) são as transferências relativas a ações de educação, saúde e
assistência social.
Essas últimas são as exceções à contratação de pessoal para reposição decorrente de aposentadoria ou
falecimento, caso o ente tenha ultrapassado o limite prudencial (95%) da despesa total com pessoal (LRF, art.
22, IV).
São exigências para a realização de transferência voluntária, além das estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias, a
comprovação, por parte do beneficiário, de previsão orçamentária de contrapartida.
Comentários:
Exatamente! Essa é uma das exigências feitas do beneficiário da transferência voluntária, prevista na LRF:
Art. 25, § 1o São exigências para a realização de transferência voluntária, além das estabelecidas na lei de diretrizes
orçamentárias: (...)
Gabarito: Certo
A suspensão das transferências voluntárias entre entes da Federação é uma das sanções mais comuns pelo
descumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal. As ações na área de segurança pública constituem uma das poucas
exceções à aplicação dessas sanções.
Comentários:
Opa! A segurança pública é uma das exceções para contratação de pessoal quando despesa total com pessoal exceder o
limite prudencial (95%).
As exceções para recebimento de transferências voluntárias (mesmo que o ente esteja proibido de recebê-las no
momento) são as transferências relativas a ações de educação, saúde e assistência social.
Gabarito: Errado
9 de 80| www.direcaoconcursos.com.br
Suzana Cristina Barbosa Fernandes - 32703965893
Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 13
Art. 26. A destinação de recursos para, direta ou indiretamente, cobrir necessidades de pessoas físicas
ou déficits de pessoas jurídicas deverá ser autorizada por lei específica, atender às condições
estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias e estar prevista no orçamento ou em seus créditos
adicionais.
Repare que a destinação de recursos é para cobrir necessidades de pessoas físicas ou déficits de pessoas
jurídicas. Ou seja: recursos podem ser destinados para pessoas físicas ou pessoas jurídicas. Tanto faz! 😄
Vejamos:
“E o que se entende por ‘destinação de recursos públicos para o setor privado’? É só a transferência de recursos
mesmo ou se houver um empréstimo ele também será considerado destinação de recursos públicos para o setor
privado’?” 🧐
Então não adianta tentar “mascarar” essa destinação de recursos públicos para o setor privado. Seja por
meio de empréstimos, financiamentos, subvenções: quer destinar recursos para cobrir necessidades de pessoas
físicas ou déficits de pessoas jurídicas? Vai ter que atender as exigências da LRF! 😤
10 de 80| www.direcaoconcursos.com.br
Suzana Cristina Barbosa Fernandes - 32703965893
Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 13
Atender às condições da
Requisitos
LDO
Previsão na LOA ou
Cobrir necessidades de PF créditos adicionais
ou déficits de PJ
Instituições financeiras
Administração
indireta, exceto:
BACEN
Continuando:
Art. 27. Na concessão de crédito por ente da Federação a pessoa física, ou jurídica que não esteja sob seu
controle direto ou indireto, os encargos financeiros, comissões e despesas congêneres não serão
inferiores aos definidos em lei ou ao custo de captação.
Quer que: “se for conceder crédito, não o faça perdendo dinheiro”. Ninguém empresta dinheiro para
sair perdendo, certo? 😉 Nem mesmo a Administração Pública. Essa é a lição desse dispositivo.
Por exemplo: imagine que um ente capte recursos ao custo de 5% a.a., mas ao emprestar dinheiro (conceder crédito), ele
o faz por 3% a.a. Assim o ente estaria tomando um prejuízo, não é? 🤨 Você compraria uma mercadoria por R$ 5,00 e
depois a venderia por R$ 3,00? Acho que não... 😅
Agora, é possível fazer empréstimo ou financiamento em desacordo com essa regra! Mas tem que haver
autorização em lei específica. ☝
Preste atenção!
Desde que haja autorização em lei específica, é possível que um ente faça empréstimo ou financiamento a
pessoa física, ou jurídica que não esteja sob seu controle direto ou indireto, com encargos financeiros,
comissões e despesas congêneres inferiores aos definidos em lei ou ao custo de captação.
11 de 80| www.direcaoconcursos.com.br
Suzana Cristina Barbosa Fernandes - 32703965893
Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 13
Vamos em frente:
Art. 28. Salvo mediante lei específica, não poderão ser utilizados recursos públicos, inclusive de operações
de crédito, para socorrer instituições do Sistema Financeiro Nacional, ainda que mediante a concessão
de empréstimos de recuperação ou financiamentos para mudança de controle acionário.
§ 2o O disposto no caput não proíbe o Banco Central do Brasil de conceder às instituições financeiras
operações de redesconto e de empréstimos de prazo inferior a trezentos e sessenta dias.
Lembra quando alguns bancos receberam socorros bilionários dos governos após a crise global de 2007-
2008? 🧐
Pois é... isso não pode ocorrer no Brasil! Recursos públicos não podem ser utilizados para isso! 😤 Mesmo
que esse socorro seja feito mediante a concessão de empréstimos de recuperação ou financiamentos para
mudança de controle acionário.
A não ser que haja uma lei específica autorizando isso! Aí sim os recursos públicos poderão ser utilizados
para socorrer instituições do Sistema Financeiro Nacional. 😄
Mas isso não impede que o Banco Central do Brasil às instituições financeiras operações de redesconto
e de empréstimos de prazo inferior a 365 dias.
“E por que existe essa regra, professor? Por que, a princípio, os recursos públicos não poderão ser utilizados
para socorrer essas instituições financeiras?”
Primeiro porque dinheiro público, a princípio, não deve ser utilizado para ajudar um particular em
especial. Ele deve ser utilizado em benefício de todos (e não de alguns). No entanto, se for do interesse público
que essa instituição seja socorrida (se isso for melhor para a sociedade), então os recursos públicos poderão ser
utilizados para isso.
Segundo porque existem fundos e outros mecanismos já constituídos pelas instituições do Sistema
Financeiro Nacional específicos para a prevenção de insolvência (prevenir que o banco “quebre”, venha à
falência).
12 de 80| www.direcaoconcursos.com.br
Suzana Cristina Barbosa Fernandes - 32703965893
Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 13
A destinação de recursos ao setor privado para a cobertura de necessidades de pessoas físicas ou déficits de pessoas
jurídicas deverá ser autorizada por lei específica e atender às condições estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias.
Comentários:
Art. 26. A destinação de recursos para, direta ou indiretamente, cobrir necessidades de pessoas físicas ou déficits de pessoas
jurídicas deverá ser autorizada por lei específica, atender às condições estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias e
estar prevista no orçamento ou em seus créditos adicionais.
Gabarito: Certo
As condições previstas na Lei Complementar 101/2000 para a transferência de recursos ao setor privado aplica-se a toda a
Administração indireta, inclusive fundações públicas, empresas estatais, e instituições financeiras oficiais.
Comentários:
Aí não! 😁 As condições aplicam-se a toda a administração indireta, inclusive fundações públicas e empresas estatais,
exceto as instituições financeiras e o Banco Central do Brasil.
Gabarito: Errado
Salvo mediante lei específica, não podem ser utilizados recursos públicos, inclusive de operações de crédito, para socorrer
instituições do Sistema Financeiro Nacional, ainda que mediante concessão de empréstimos de recuperação ou
financiamentos para mudança de controle acionário.
Comentários:
Exatamente como está escrito no artigo 28 da LRF. Não mudou uma letra! 😄
Gabarito: Certo
13 de 80| www.direcaoconcursos.com.br
Suzana Cristina Barbosa Fernandes - 32703965893
Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 13
Se hoje você pode entrar no portal da transparência da União, do seu Estado e do seu Município para
consultar o orçamento, as contas públicas, relatórios, e até mesmo dar aquela espiada na remuneração de
algum servidor, você pode agradecer à LRF por isso. 😉 Porque foi ela que ampliou a obrigatoriedade de
transparência nos atos públicos, ou seja, ela obrigou que os entes da Federação publicassem alguns
documentos, os quais a LRF chama de instrumentos de transparência da gestão fiscal.
Ah! Excelente pergunta. Para respondê-la (e para acertar questões de prova) você precisa conhecer o
artigo 48 da LRF:
Art. 48. São instrumentos de transparência da gestão fiscal, aos quais será dada ampla divulgação,
inclusive em meios eletrônicos de acesso público: os planos, orçamentos e leis de diretrizes
orçamentárias; as prestações de contas e o respectivo parecer prévio; o Relatório Resumido da
Execução Orçamentária e o Relatório de Gestão Fiscal; e as versões simplificadas desses documentos.
14 de 80| www.direcaoconcursos.com.br
Suzana Cristina Barbosa Fernandes - 32703965893
Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 13
Repare que a LRF exige que a esses instrumentos seja dada ampla divulgação, inclusive em meios
eletrônicos de acesso público. Claro! Ainda mais hoje em dia, com toda essa tecnologia. Você chamaria de
ampla divulgação algo que não está na internet? 😅
E tem mais: a Lei ainda exige que a divulgação desses documentos seja feita em linguagem simples e
objetiva, porque de que adianta divulgar documentos se o cidadão comum não consegue entender? Divulgar
um documento que o cidadão precisa fazer uma graduação para entender? Divulgar um documento que só 10%
da sociedade consegue entender? Que transparência pública é essa? 🧐 Para mim não tem nada de público aí!
😤
Enfim, continuando, o artigo 48 nos apresenta outras formas pelas quais a transparência pública será
assegurada:
Pois é. É nas famosas audiências públicas que população (ou determinados grupos) decide onde e como
os recursos públicos devem ser investidos. A população participa diretamente da elaboração e discussão do
orçamento público (PPA, LDO e LOA), definindo as prioridades de investimento do governo. Afinal, quem
melhor para saber das necessidades da sociedade do que a própria sociedade? 😉
Hoje em dia já temos a tecnologia que nos permite acompanhar em tempo real as informações sobre a
execução orçamentária e financeira. Portanto, se a União, Estado ou Município empenhou alguma despesa,
realizou uma licitação, arrecadou alguma receita, isso deve estar lá no seu portal da transparência. Se não
estiver, denuncie ao Tribunal de Contas competente! 😄
III – adoção de sistema integrado de administração financeira e controle, que atenda a padrão mínimo
de qualidade estabelecido pelo Poder Executivo da União e ao disposto no art. 48-A.
Beleza! Aí veio a Lei Complementar 156 de 2016 e adicionou mais parágrafos ao artigo 48 (vou fazer os
comentários necessários):
15 de 80| www.direcaoconcursos.com.br
Suzana Cristina Barbosa Fernandes - 32703965893
Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 13
constituição do registro eletrônico centralizado e atualizado das dívidas públicas interna e externa,
de que trata o § 4o do art. 32.
É o Ministério da Fazenda que verificará o cumprimento dos limites e condições relativos à realização de
operações de crédito de cada ente da Federação (art. 32). Por isso que os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios encaminharão essas informações a esse Ministério.
Art. 51, § 2o O descumprimento dos prazos previstos neste artigo impedirá, até que a situação seja
regularizada, que o ente da Federação receba transferências voluntárias e contrate operações de
crédito, exceto as destinadas ao refinanciamento do principal atualizado da dívida mobiliária.
Você vai perceber que a LRF muitas vezes se remete a esse dispositivo. Em geral, toda vez que o ente
descumprir algum prazo, ele ficará sujeito a essas sanções. Por isso, para memorizar, você pode utilizar o
seguinte mnemônico:
OT
“Já sei! OT é de ‘otário’, né professor? ‘Perdeu o prazo, otário!’”
Na verdade, OT significa:
§ 5o Nos casos de envio conforme disposto no § 2o, para todos os efeitos, a União, os Estados, o Distrito
Federal e os Municípios cumprem o dever de ampla divulgação a que se refere o caput.
§ 6o Todos os Poderes e órgãos referidos no art. 20, incluídos autarquias, fundações públicas, empresas
estatais dependentes e fundos, do ente da Federação devem utilizar sistemas únicos de execução
orçamentária e financeira, mantidos e gerenciados pelo Poder Executivo, resguardada a autonomia.
⚠ Atenção: é um sistema único de execução orçamentária! E ele é mantido e gerenciado pelo Poder
Executivo. Não é “cada órgão utiliza o seu sistema específico e depois a gente junta tudo”. O sistema é único!
😉
Beleza! 😄
16 de 80| www.direcaoconcursos.com.br
Suzana Cristina Barbosa Fernandes - 32703965893
Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 13
Agora, se você lembra bem, eu falei que “se a União, Estado ou Município empenhou alguma despesa,
realizou uma licitação, arrecadou alguma receita, isso deve estar lá no seu portal da transparência.” Isso porque
a transparência também será assegurada mediante a liberação ao pleno conhecimento e acompanhamento
da sociedade, em tempo real, de informações pormenorizadas sobre a execução orçamentária e financeira,
em meios eletrônicos de acesso público (LRF, art. 48, II, que acabamos de ver). E é aqui que entra o artigo 48-
A: ele define como será a liberação dessas informações, olha só:
Art. 48-A. Para os fins a que se refere o inciso II do parágrafo único do art. 48, os entes da Federação
disponibilizarão a qualquer pessoa física ou jurídica o acesso a informações referentes a:
I – quanto à despesa: todos os atos praticados pelas unidades gestoras no decorrer da execução da
despesa, no momento de sua realização, com a disponibilização mínima dos dados referentes ao número
do correspondente processo, ao bem fornecido ou ao serviço prestado, à pessoa física ou jurídica
beneficiária do pagamento e, quando for o caso, ao procedimento licitatório realizado;
II – quanto à receita: o lançamento e o recebimento de toda a receita das unidades gestoras, inclusive
referente a recursos extraordinários.
Note que a disponibilização de informações é para qualquer pessoa, seja ela física ou jurídica! ☝
Agora, imagine que você fez uma compra num site, mas não recebeu o número do seu pedido. O produto
está demorando muito para chegar então você entra em contato com a empresa e diz: “olha, comprei o produto
X aí no seu site e ele está demorando”. A primeira pergunta que vão lhe fazer é: “qual é o número do pedido?”
Milhares de pessoas também fizeram a mesma compra. Como a empresa vai identificar a sua se você não tem
o número do pedido? 🤔
Da mesma forma, como o cidadão vai controlar a Administração Pública (controle social 😏) se ele não
tem o mínimo de informações sobre a despesa? É por isso que os entes da Federação devem disponibilizar o
mínimo de dados referentes:
E tem mais: não basta divulgar só quando terminar o mês ou o bimestre. É para divulgar no momento da
realização da despesa (lembrando que na execução orçamentária, a realização da despesa se dá no empenho).
Portanto, o ente empenhou uma despesa? Tem que colocar logo no portal da transparência! 😤
Quanto às informações acerca da receita, preste atenção: até mesmo as informações referentes a
recursos extraordinários devem ser divulgadas.
“Professor, isso tudo parece muito lindo no papel. E eu entendo que até seja tranquilo para a União, Estados
e alguns Municípios mais ricos divulgarem tudo isso. Mas eu tenho dificuldade em acreditar que um município lá do
cafundó do Judas, aquele ‘interiorzão’ mesmo, faça a mesma coisa. Eles também têm que divulgar tudo?” 🤔
17 de 80| www.direcaoconcursos.com.br
Suzana Cristina Barbosa Fernandes - 32703965893
Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 13
Sim! Esse é o milagre da internet! 😂 Com um computador e uma conexão à internet, você pode divulgar
essas informações onde quer que você esteja. 😃
Mas o legislador sabe que não é tão fácil assim fazer isso nos municípios pequenos. Às vezes a internet
não chega lá e a divulgação dessas informações implicaria em mudanças na rotina de trabalho, contratação de
servidores, etc.
Por isso que a Lei Complementar 131 de 2009 deu um prazo para os entes da Federação se adaptarem a
essas regras. Os prazos variam de acordo com o número de habitantes do ente. Observe:
Art. 73-B. Ficam estabelecidos os seguintes prazos para o cumprimento das determinações dispostas nos
incisos II e III do parágrafo único do art. 48 e do art. 48-A:
I – 1 (um) ano para a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios com mais de 100.000 (cem
mil) habitantes;
II – 2 (dois) anos para os Municípios que tenham entre 50.000 (cinquenta mil) e 100.000 (cem mil)
habitantes;
III – 4 (quatro) anos para os Municípios que tenham até 50.000 (cinquenta mil) habitantes.
Parágrafo único. Os prazos estabelecidos neste artigo serão contados a partir da data de publicação da lei
complementar que introduziu os dispositivos referidos no caput deste artigo.
Art. 73-C. O não atendimento, até o encerramento dos prazos previstos no art. 73-B, das determinações
contidas nos incisos II e III do parágrafo único do art. 48 e no art. 48-A sujeita o ente à sanção prevista no
inciso I do § 3o do art. 23.
Vamos tomar como exemplo os Municípios que tenham até 50.000 habitantes. Eles tiveram 4 (quatro)
anos (até 2013) para se adaptarem e cumprir as seguintes determinações do artigo 48 e 48-A:
Se não o ente não atendeu esses prazos, o bicho vai pegar: ele ficará proibido de receber transferências
voluntárias! Lembrando sempre que esse bicho é um cachorrinho fofinho 😅: o ente ainda pode receber
transferências voluntárias relativas a ações de educação, saúde e assistência social (assistência social! Não
“segurança”). 😄
Mas tem um detalhe aqui, que não está na LRF, mas sim na Lei 12.527/11:
Art. 8º, § 4º - Os Municípios com população de até 10.000 (dez mil) habitantes ficam dispensados da
divulgação obrigatória na internet a que se refere o § 2º, mantida a obrigatoriedade de divulgação, em
tempo real, de informações relativas à execução orçamentária e financeira, nos critérios e prazos previstos
no art. 73-B da Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000.
18 de 80| www.direcaoconcursos.com.br
Suzana Cristina Barbosa Fernandes - 32703965893
Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 13
Isso mesmo! Aqueles municípios (lá no cafundó do Judas 😅) que tenham menos de 10.000 habitantes
estão dispensados da divulgação obrigatória na internet. Realmente, ainda hoje às vezes a rede nem chega
nesses lugares (e essa lei é de 2011, naquela época o a amplitude da rede de internet era ainda menor). Por isso
o legislador os dispensou dessa obrigação. Mas eles não estão completamente liberados 😏: eles ainda têm
que divulgar, em tempo real, de informações relativas à execução orçamentária e financeira. ☝
De acordo com a Lei n° 101/2000, Lei de Responsabilidade Fiscal − LRF, a transparência será assegurada por meio da
liberação, em tempo real, de informações pormenorizadas sobre a execução orçamentária e financeira em meios
eletrônicos de acesso público.
Comentários:
Gabarito: Certo
O parecer prévio emitido pelo Tribunal de Contas da União sobre as contas prestadas anualmente pelo presidente da
República está dispensado de divulgação nos meios eletrônicos de acesso público.
Comentários:
Art. 48. São instrumentos de transparência da gestão fiscal, aos quais será dada ampla divulgação, inclusive em meios
eletrônicos de acesso público: os planos, orçamentos e leis de diretrizes orçamentárias; as prestações de contas e o respectivo
parecer prévio; o Relatório Resumido da Execução Orçamentária e o Relatório de Gestão Fiscal; e as versões simplificadas
desses documentos.
Gabarito: Errado
São dispensados de divulgação obrigatória na internet, mas mantidas a obrigatoriedade de divulgação, em tempo real, de
informações relativas à execução orçamentária e financeira, nos critérios e prazos previstos no Art. 73-B da Lei de
Responsabilidade Fiscal, os municípios com população de até:
A) 10.000 habitantes;
B) 20.000 habitantes;
C) 25.000 habitantes;
D) 30.000 habitantes;
E) 50.000 habitantes.
Comentários:
19 de 80| www.direcaoconcursos.com.br
Suzana Cristina Barbosa Fernandes - 32703965893
Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 13
Art. 8º, § 4º - Os Municípios com população de até 10.000 (dez mil) habitantes ficam dispensados da divulgação obrigatória
na internet a que se refere o § 2º, mantida a obrigatoriedade de divulgação, em tempo real, de informações relativas à
execução orçamentária e financeira, nos critérios e prazos previstos no art. 73-B da Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de
2000.
Gabarito: A
Devido ao fato de existirem vários instrumentos de transparência, a exemplo do PPA, da LDO e da LOA, que garantem
aos entes federativos o acesso irrestrito aos dados da gestão financeira, orçamentária e fiscal, não há a necessidade de se
promover a participação popular como ferramenta de transparência.
Comentários:
PPA, LDO e LOA realmente instrumentos de transparência da gestão fiscal, e há sim a necessidade de se promover a
participação popular como ferramenta de transparência, olha só:
I – incentivo à participação popular e realização de audiências públicas, durante os processos de elaboração e discussão dos
planos, lei de diretrizes orçamentárias e orçamentos;
Gabarito: Errado
De acordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal, são instrumentos de transparência da gestão fiscal: os planos,
orçamentos e leis de diretrizes orçamentárias; as prestações de contas e o respectivo parecer prévio; o Relatório Resumido
da Execução Orçamentária e o Relatório de Gestão Fiscal; e as versões simplificadas desses documentos.
Comentários:
Art. 48. São instrumentos de transparência da gestão fiscal, aos quais será dada ampla divulgação, inclusive em meios
eletrônicos de acesso público: os planos, orçamentos e leis de diretrizes orçamentárias; as prestações de contas e o
respectivo parecer prévio; o Relatório Resumido da Execução Orçamentária e o Relatório de Gestão Fiscal; e as versões
simplificadas desses documentos.
Gabarito: Certo
20 de 80| www.direcaoconcursos.com.br
Suzana Cristina Barbosa Fernandes - 32703965893
Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 13
Art. 31, § 3º As contas dos Municípios ficarão, durante sessenta dias, anualmente, à disposição de
qualquer contribuinte, para exame e apreciação, o qual poderá questionar-lhes a legitimidade, nos termos
da lei.
A LRF olhou pra isso e disse: “60 dias? Isso não é transparência! Transparência é quando o cidadão tem o
direito de consultar as contas do gestor municipal a qualquer momento! Afinal, o cidadão está pagando seus
tributos e confiando o seu dinheiro àquele gestor. Nada mais justo do que poder consultar as suas contas quando
bem entender”.
Por isso a LRF estendeu essa obrigação constitucional. Agora, as contas do Chefe do Poder Executivo
(federal, estadual e municipal) ficarão disponíveis durante todo o exercício! Olha só:
Art. 49. As contas apresentadas pelo Chefe do Poder Executivo ficarão disponíveis, durante todo o
exercício, no respectivo Poder Legislativo e no órgão técnico responsável pela sua elaboração, para
consulta e apreciação pelos cidadãos e instituições da sociedade.
Parágrafo único. A prestação de contas da União conterá demonstrativos do Tesouro Nacional e das
agências financeiras oficiais de fomento, incluído o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e
Social, especificando os empréstimos e financiamentos concedidos com recursos oriundos dos orçamentos
fiscal e da seguridade social e, no caso das agências financeiras, avaliação circunstanciada do impacto
fiscal de suas atividades no exercício.
“Professor, mas uma norma infraconstitucional pode fazer isso: ampliar uma obrigação constitucional? Não
há uma contradição aí? A Constituição fala em 60 dias e a norma infraconstitucional (a LRF) fala ‘durante todo o
exercício’?” 🤔
Claro que a LRF pode fazer isso! Ela não poderia era diminuir o número de dias que as contas ficariam
disponíveis, porque então estaria confiscando um direito garantido pela própria Constituição.
21 de 80| www.direcaoconcursos.com.br
Suzana Cristina Barbosa Fernandes - 32703965893
Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 13
As contas apresentadas pelo Chefe do Poder Executivo ficarão disponíveis, durante todo o exercício, no respectivo Poder
Legislativo e no órgão técnico responsável pela sua elaboração, para consulta e apreciação pelos cidadãos e instituições
da sociedade. Segundo a lei de responsabilidade fiscal, esse texto é a interpretação quanto ao princípio da
a) Transparência.
b) Accountability.
c) Legalidade.
d) Anualidade.
e) Totalidade.
Comentários:
Como afirma o próprio MCASP 8ª edição: o princípio da transparência aplica-se também ao orçamento público, pelas
disposições contidas nos arts. 48, 48-A e 49 da LRF. Quer ver o artigo 49 da LRF?
Art. 49. As contas apresentadas pelo Chefe do Poder Executivo ficarão disponíveis, durante todo o exercício, no respectivo
Poder Legislativo e no órgão técnico responsável pela sua elaboração, para consulta e apreciação pelos cidadãos e
instituições da sociedade.
Gabarito: A
As contas apresentadas pelo chefe do Poder Executivo ficam disponíveis, durante todo o exercício, no respectivo Poder
Legislativo e no órgão técnico responsável pela sua elaboração.
Comentários:
Exatamente! 😃. Agora, as contas do Chefe do Poder Executivo ficarão disponíveis durante todo o exercício (e não mais
somente durante 60 dias, como está escrito na CF/88, art. 31, § 3º). Olha só como isso está na LRF:
Art. 49. As contas apresentadas pelo Chefe do Poder Executivo ficarão disponíveis, durante todo o exercício, no respectivo
Poder Legislativo e no órgão técnico responsável pela sua elaboração, para consulta e apreciação pelos cidadãos e
instituições da sociedade.
Gabarito: Certo
22 de 80| www.direcaoconcursos.com.br
Suzana Cristina Barbosa Fernandes - 32703965893
Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 13
Art. 56. As contas prestadas pelos Chefes do Poder Executivo incluirão, além das suas próprias, as dos
Presidentes dos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário e do Chefe do Ministério Público, referidos no
art. 20, as quais receberão parecer prévio, separadamente, do respectivo Tribunal de Contas.
O caput do artigo 56 é um dos dispositivos que está suspenso pela ADIn 2.238-5 (marquei em vermelho a
parte problemática), porque, do jeito que está redigido, ele retira a competência das Cortes de Contas para
julgar as contas dos chefes dos respectivos Poderes, o que está em desacordo com as regras estabelecidas no
art. 71, I e II, da CF/88:
Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de
Contas da União, ao qual compete:
I - apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da República, mediante parecer prévio que
deverá ser elaborado em sessenta dias a contar de seu recebimento;
II - julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da
administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo Poder
Público federal, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que
resulte prejuízo ao erário público;
O Tribunal de Contas emite parecer prévio somente para as contas do chefe do Poder Executivo, que
serão posteriormente julgadas pelo Poder Legislativo (conforme art. 49, IX, da CF/88 e dispositivos simétricos
das constituições estaduais e leis orgânicas). Em outras palavras, o parecer prévio é exclusivo para o chefe do
Poder Executivo. 😊
Todas as outras contas (como as dos Presidentes dos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário e do
Chefe do Ministério Público, citadas no caput do artigo 56) serão efetivamente julgadas pela Corte de Contas.
😄
23 de 80| www.direcaoconcursos.com.br
Suzana Cristina Barbosa Fernandes - 32703965893
Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 13
É por esse mesmo motivo que todo o artigo 57 está suspenso (marquei em vermelho a parte
problemática):
Art. 57. Os Tribunais de Contas emitirão parecer prévio conclusivo sobre as contas no prazo de sessenta
dias do recebimento, se outro não estiver estabelecido nas constituições estaduais ou nas leis orgânicas
municipais.
§ 1o No caso de Municípios que não sejam capitais e que tenham menos de duzentos mil habitantes o prazo
será de cento e oitenta dias.
§ 2o Os Tribunais de Contas não entrarão em recesso enquanto existirem contas de Poder, ou órgão
referido no art. 20, pendentes de parecer prévio.
“a referência a ‘contas de Poder’, no § 2º do art. 57, evidencia a abrangência, no termo "contas" constante
do caput do artigo, daqueles cálculos decorrentes da atividade financeira dos administradores e demais
responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos, que somente poderão ser objeto de julgamento pelo
Tribunal de Contas competente (inciso II do art. 71 da Constituição).”
Preste atenção!
Todo o artigo 57 está suspenso, porque os Tribunais de Contas emitirão parecer prévio somente
sobre as contas do chefe do Poder Executivo.
“E as contas dos Tribunais de Contas, professor? Quem vai apreciá-las? O próprio Tribunal de Contas?” 🤔
Boa pergunta! Elas serão apreciadas por meio de um parecer da Comissão Mista de Planos, Orçamento
e Fiscalização (CMO) – ou equivalente das Casas Legislativas estaduais e municipais. Veja só o § 2º do artigo
56:
§ 2o O parecer sobre as contas dos Tribunais de Contas será proferido no prazo previsto no art. 57 pela
comissão mista permanente referida no § 1o do art. 166 da Constituição ou equivalente das Casas
Legislativas estaduais e municipais.
“Entendi. E as contas do Poder Judiciário, professor? Porque é tanto tribunal ali que a pessoa se perde...” 😅
É verdade! 😁
Mas é o seguinte:
I - da União, pelos Presidentes do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores, consolidando
as dos respectivos tribunais;
II - dos Estados, pelos Presidentes dos Tribunais de Justiça, consolidando as dos demais tribunais.
24 de 80| www.direcaoconcursos.com.br
Suzana Cristina Barbosa Fernandes - 32703965893
Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 13
E, se às contas e aos pareceres são dadas ampla divulgação, aos resultados da apreciação dessas contas
não poderia ser diferente:
§ 3o Será dada ampla divulgação dos resultados da apreciação das contas, julgadas ou tomadas.
Seria parecido com aqueles trabalhos de escola: “cada um faz a sua parte. Depois a gente tudo e vai dar certo!” Vai... vai
dar muito certo. 😒 Um coloca ponto. Outro coloca vírgula. Um vê vestido azul e preto. Outro vê vestido branco e dourado.
Um escuta Laurel. Outro escuta Yanny. (Não entendeu essa? Coloca “Laurel Yanny” no Google! 😅).
Enfim, o resultado é uma junção de partes que não se comunicam com as demais, cheias de contradições e feitas com
parâmetros totalmente diferentes. Ou seja: o famoso trabalho Frankenstein! 😅 Não dá para confiar num trabalho desses.
Não seria bem melhor se todos os coleguinhas já combinassem como iriam fazer o trabalho, antes de começá-lo? 🤔
Então, não seria bem melhor se todos os entes da Federação obedecessem às mesmas regras de
escrituração? Assim a consolidação das contas ficaria bem mais fácil, rápida e confiável. 😏
Art. 50. Além de obedecer às demais normas de contabilidade pública, a escrituração das contas públicas
observará as seguintes:
I - a disponibilidade de caixa constará de registro próprio, de modo que os recursos vinculados a órgão,
fundo ou despesa obrigatória fiquem identificados e escriturados de forma individualizada;
Esquematizando:
A propósito, segundo o MCASP 8ª edição: regime de competência “é o regime contábil segundo o qual
transações e outros eventos são reconhecidos quando ocorrem (não necessariamente quando caixa e
25 de 80| www.direcaoconcursos.com.br
Suzana Cristina Barbosa Fernandes - 32703965893
Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 13
equivalentes de caixa são recebidos ou pagos). Portanto, as transações e os eventos são registrados
contabilmente e reconhecidos nas demonstrações contábeis dos períodos a que se referem. “
Já o regime de caixa é o regime contábil segundo o qual transações e outros eventos são reconhecidos
quando do recebimento ou pagamento de caixa ou equivalentes de caixa.
VI - a demonstração das variações patrimoniais dará destaque à origem e ao destino dos recursos
provenientes da alienação de ativos.
§ 2o A edição de normas gerais para consolidação das contas públicas caberá ao órgão central de
contabilidade da União, enquanto não implantado o conselho de que trata o art. 67.
Beleza! 😄
26 de 80| www.direcaoconcursos.com.br
Suzana Cristina Barbosa Fernandes - 32703965893
Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 13
Só que além de combinar as regras do trabalho, os coleguinhas também têm que combinar a data que
cada um irá entregar a sua parte, para dar tempo de consolidar tudo e entregar o trabalho bonitinho! 😄
Pois bem. Os entes também têm prazo para entregar as suas contas para que alguém possa fazer a
consolidação delas. 🧐
Art. 51. O Poder Executivo da União promoverá, até o dia trinta de junho, a consolidação, nacional e por
esfera de governo, das contas dos entes da Federação relativas ao exercício anterior, e a sua divulgação,
inclusive por meio eletrônico de acesso público.
§ 1o Os Estados e os Municípios encaminharão suas contas ao Poder Executivo da União nos seguintes
prazos:
I - Municípios, com cópia para o Poder Executivo do respectivo Estado, até trinta de abril;
II - Estados, até trinta e um de maio.
Municípios
(com cópia para o Poder
Executivo do respectivo
Estado)
Estados União
“Por que os municípios têm que entregar antes, professor? Depois os Estados e depois a União?”
Ora! O Brasil tem mais de 5.500 municípios! Você acha que é fácil assim consolidar as contas de todos
eles? Isso requer tempo! Por isso que eles têm que entregar logo. Em seguida são os Estados: são 26 mais o
Distrito Federal. E por último, a União, que é uma só.
Ah! Essa eu já falei! Descumpriu prazo para encaminhar suas contas ao Poder Executivo da União? 🧐
OT
O ente da Federação fica impedido de receber transferências voluntárias e contratar operações de
crédito, mas ainda poderá contratar operações de crédito destinadas ao refinanciamento do principal
atualizado da dívida mobiliária (LRF, art. 51, § 2º).
Vamos ver a literalidade da lei, só para gravar:
Art. 51, § 2o O descumprimento dos prazos previstos neste artigo impedirá, até que a situação seja
regularizada, que o ente da Federação receba transferências voluntárias e contrate operações de
crédito, exceto as destinadas ao refinanciamento do principal atualizado da dívida mobiliária.
27 de 80| www.direcaoconcursos.com.br
Suzana Cristina Barbosa Fernandes - 32703965893
Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 13
Quando envolverem demonstrações conjuntas, as operações intergovernamentais devem ser excluídas para que não
sejam computadas em duplicidade.
Comentários:
Gabarito: Errado
O resultado dos fluxos financeiros deve ser apurado pelo regime de caixa.
Comentários:
Art. 50. Além de obedecer às demais normas de contabilidade pública, a escrituração das contas públicas observará as
seguintes:
II - a despesa e a assunção de compromisso serão registradas segundo o regime de competência, apurando-se, em caráter
complementar, o resultado dos fluxos financeiros pelo regime de caixa;
Gabarito: Certo
Para fins de disponibilidade de caixa, os recursos vinculados a uma despesa obrigatória devem ser identificados e
escriturados de forma individualizada.
Comentários:
Art. 50. Além de obedecer às demais normas de contabilidade pública, a escrituração das contas públicas observará as
seguintes:
I - a disponibilidade de caixa constará de registro próprio, de modo que os recursos vinculados a órgão, fundo ou despesa
obrigatória fiquem identificados e escriturados de forma individualizada;
Gabarito: Certo
28 de 80| www.direcaoconcursos.com.br
Suzana Cristina Barbosa Fernandes - 32703965893
Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 13
O Poder Legislativo!
Mas ele não atua sozinho! Ele terá a ajuda dos Tribunais de Contas, verdadeiros guardiões dos recursos
públicos.
E tem ainda outra “pessoa” que fiscaliza a gestão fiscal também: o sistema de controle interno de cada
Poder!
Pois bem. Essa galera aí vai fiscalizar o cumprimento das normas previstas na LRF, sendo que algumas
regras são mais importantes do que as outras, não é mesmo? Por isso, eles darão ênfase a essas regras.
Veja só:
Art. 59. O Poder Legislativo, diretamente ou com o auxílio dos Tribunais de Contas, e o sistema de
controle interno de cada Poder e do Ministério Público, fiscalizarão o cumprimento das normas desta
Lei Complementar, com ênfase no que se refere a:
III - medidas adotadas para o retorno da despesa total com pessoal ao respectivo limite, nos termos dos
arts. 22 e 23;
IV - providências tomadas, conforme o disposto no art. 31, para recondução dos montantes das dívidas
consolidada e mobiliária aos respectivos limites;
V - destinação de recursos obtidos com a alienação de ativos, tendo em vista as restrições constitucionais
e as desta Lei Complementar;
Pronto! 😃
Agora, os Tribunais de Contas possuem uma tarefa especial dentro dessa fiscalização: são eles que irão
alertar os Poderes ou órgãos de que algum risco ao equilíbrio das contas públicas está acontecendo. Observe:
29 de 80| www.direcaoconcursos.com.br
Suzana Cristina Barbosa Fernandes - 32703965893
Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 13
II - que o montante da despesa total com pessoal ultrapassou 90% (noventa por cento) do limite;
III - que os montantes das dívidas consolidada e mobiliária, das operações de crédito e da concessão de
garantia se encontram acima de 90% (noventa por cento) dos respectivos limites;
Esse é o famoso limite de alerta (90%)! Repare que isso será feito para:
Preste atenção!
No limite de alerta não há sanções! É só um alerta!
IV - que os gastos com inativos e pensionistas se encontram acima do limite definido em lei;
possibilidade de ocorrência de
limitação de empenho
30 de 80| www.direcaoconcursos.com.br
Suzana Cristina Barbosa Fernandes - 32703965893
Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 13
§ 2o Compete ainda aos Tribunais de Contas verificar os cálculos dos limites da despesa total com
pessoal de cada Poder e órgão referido no art. 20.
§ 3o O Tribunal de Contas da União acompanhará o cumprimento do disposto nos §§ 2o, 3o e 4o do art. 39.
Quer dizer: o Tribunal de Contas da União (TCU) acompanhará o cumprimento disto aqui:
Art. 39 (...)
§ 2º O Banco Central do Brasil só poderá comprar diretamente títulos emitidos pela União para refinanciar
a dívida mobiliária federal que estiver vencendo na sua carteira.
§ 3º A operação mencionada no § 2o deverá ser realizada à taxa média e condições alcançadas no dia,
em leilão público.
§ 4º É vedado ao Tesouro Nacional adquirir títulos da dívida pública federal existentes na carteira do
Banco Central do Brasil, ainda que com cláusula de reversão, salvo para reduzir a dívida mobiliária.
Os Tribunais de Contas, nos termos da Lei Complementar nº 101/2000, fiscalizarão a gestão fiscal, com ênfase, no que se
refere, entre outros,
a) os limites e condições para abertura de créditos especiais destinados as despesas de caráter emergenciais e as inscrições
em restos a pagar.
c) o atingimento das metas estabelecidas na Lei de Diretrizes Orçamentárias − LDO e as providências tomadas, para
recondução dos montantes das dívidas consolidada e mobiliária aos respectivos limites.
e) o atingimento das metas de arrecadação estabelecidas na Lei Orçamentária Anual − LOA e as medidas adotadas para o
retorno da despesa total com pessoal ao respectivo limite.
Comentários:
a) Errada. Essa não é uma das ênfases. Na verdade, a ênfase é no que se refere a limites e condições para realização de
operações de crédito e inscrição em Restos a Pagar (LRF, art. 59, II).
b) Errada. Na verdade, a ênfase é no cumprimento do limite de gastos totais dos legislativos municipais, quando houver
(LRF, art. 59, VI).
c) Correta. Agora sim. É isso que está lá no artigo 59, incisos I e III.
d) Errada. A aplicação de recursos vinculados não é uma das ênfases da fiscalização da gestão fiscal. 😄
Gabarito: C
31 de 80| www.direcaoconcursos.com.br
Suzana Cristina Barbosa Fernandes - 32703965893
Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 13
RREO e RGF
Essa é a parte mais importante da aula! ☝
As questões adoram fazer confusão entre o Relatório Resumido da Execução Orçamentária (RREO) e o Relatório de
Gestão Fiscal (RGF).
Para facilitar a memorização e o entendimento, sugiro você pensar no nome de cada relatório, assim você consegue ter
uma noção do que está em cada um (assim você pode até responder questões de prova com base no “bom senso”).
Também resolva muitas questões e guarde com carinho o quadro comparativo que vou apresentar no final dessa seção.
“E o que é exatamente essa ‘execução orçamentária’ que você tanto fala, professor?” 🤔
Pois bem. O RREO permite que a sociedade, por meio dos diversos órgãos de controle, conheça,
acompanhe e analise o desempenho da execução orçamentária. É elaborado a cada bimestre (período mais
curto) justamente para permitir esse acompanhamento.
Art. 165, § 3º O Poder Executivo publicará, até trinta dias após o encerramento de cada bimestre, relatório
resumido da execução orçamentária.
Já o Relatório de Gestão Fiscal (RGF), que é novidade da LRF, trata da gestão fiscal. Busca responder às
seguintes perguntas: “como está a situação fiscal? O ente está agindo com responsabilidade fiscal?” 🤔.
O RGF está mais relacionado com o acompanhamento das atividades financeiras do Estado, por isso
nele constam informações necessárias à verificação da conformidade com os limites relativos às despesas com
pessoal, às dívidas consolidada e mobiliária, à concessão de garantias, e às operações de crédito. Será
elaborado a cada quadrimestre (prazo mais longo).
A primeira grande pegadinha é quanto aos prazos! Por isso, preste atenção (é assim que você vai
memorizar e nunca mais errar questões sobre isso):
Só ressalto o seguinte: Municípios com população inferior a 50.000 (cinquenta mil) habitantes podem
optar por divulgar semestralmente:
32 de 80| www.direcaoconcursos.com.br
Suzana Cristina Barbosa Fernandes - 32703965893
Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 13
Art. 63. É facultado aos Municípios com população inferior a cinquenta mil habitantes optar por:
II - divulgar semestralmente:
Aproveitando que estamos aqui, também é facultado a esses municípios optar por:
ao final do semestre! 😃
Isso significa que, em vez de realizar essas verificações ao final de um quadrimestre (três vezes por ano),
esses municípios podem realizá-las ao final de um semestre (duas vezes por ano).
Beleza! 😄
Então eu vou fazer o seguinte: vou lhe apresentar os artigos referentes a esses dois instrumentos de
transparência da gestão fiscal, fazendo os devidos comentários. Assim você fica com um material completo e
com a íntegra dos dispositivos (leia tudo! Não negligencie a literalidade da lei). 😉
Mas eu já adianto que você vai visualizar a diferença entre os dois bem melhor no quadro comparativo e
nos mnemônicos que vou apresentar depois! 😅
Partiu? 😄
a) receitas por fonte, informando as realizadas e a realizar, bem como a previsão atualizada;
b) despesas por grupo de natureza, discriminando a dotação para o exercício, a despesa liquidada
e o saldo;
33 de 80| www.direcaoconcursos.com.br
Suzana Cristina Barbosa Fernandes - 32703965893
Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 13
por categoria
RREO econômica
receitas
por fonte
Demonstrativos
da execução por categoria
econômica
por função e
subfunção
§ 2o O descumprimento do prazo previsto neste artigo sujeita o ente às sanções previstas no § 2o do art.
51.
Descumpriu o prazo para publicação do RREO (30 dias após o encerramento do bimestre)? Então:
OT
O ente da Federação fica impedido de receber transferências voluntárias e contratar operações de
crédito, exceto as destinadas ao refinanciamento do principal atualizado da dívida mobiliária (LRF, art. 51,
§ 2º).
Agora nós veremos os demonstrativos que acompanharão o RREO.
Detalhe é que somente o RREO possui demonstrativos que acompanham o relatório. O RGF não!
Portanto, se você ver uma questão falando em “acompanha o relatório (...)” saiba que estamos no RREO. 😉
Lembre-se que esses demonstrativos do RREO podem ser divulgados semestralmente, caso o
Município com população inferior a 50.000 (cinquenta mil) habitantes opte por fazer isso. ☺
34 de 80| www.direcaoconcursos.com.br
Suzana Cristina Barbosa Fernandes - 32703965893
Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 13
I - apuração da receita corrente líquida, na forma definida no inciso IV do art. 2o, sua evolução, assim
como a previsão de seu desempenho até o final do exercício;
V - Restos a Pagar, detalhando, por Poder e órgão referido no art. 20, os valores inscritos, os pagamentos
realizados e o montante a pagar.
Agora, o exercício financeiro possui 6 bimestres, não é mesmo? Sendo que o último bimestre coincide
com o encerramento do próprio exercício financeiro. Por isso que o relatório do último bimestre é especial: ele
terá mais informações, mais demonstrativos. 😄
Vamos conferir:
I - do atendimento do disposto no inciso III do art. 167 da Constituição, conforme o § 3o do art. 32;
Essa é a regra de ouro: as Operações de Crédito (OC) devem ser menores ou iguais às Despesas de
Capital (DK).
II - das projeções atuariais dos regimes de previdência social, geral e próprio dos servidores públicos;
III - da variação patrimonial, evidenciando a alienação de ativos e a aplicação dos recursos dela
decorrentes.
Beleza! 😄
Você sabe que nem sempre as coisas acontecem do jeito que nós planejamos, não é? 🧐
Então...
Se a execução orçamentária não ocorreu do jeito que foi planejado, é bom que a Administração Pública
explique o porquê, dê justificativas. Olha só:
I - da limitação de empenho;
35 de 80| www.direcaoconcursos.com.br
Suzana Cristina Barbosa Fernandes - 32703965893
Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 13
Art. 54. Ao final de cada quadrimestre será emitido pelos titulares dos Poderes e órgãos referidos no art.
20 Relatório de Gestão Fiscal, assinado pelo:
II - Presidente e demais membros da Mesa Diretora ou órgão decisório equivalente, conforme regimentos
internos dos órgãos do Poder Legislativo;
Parágrafo único. O relatório também será assinado pelas autoridades responsáveis pela administração
financeira e pelo controle interno, bem como por outras definidas por ato próprio de cada Poder ou órgão
referido no art. 20.
Se você voltar ao caput do artigo 52, verá que lá tem escrito assim: o RREO “abrangerá todos os Poderes
e o Ministério Público”. Isso significa que existe um relatório só por cada ente da Federação. Um relatório para
a União, um relatório para o Estado, um relatório para o DF e um relatório para o Município. Ele vai ser assinado
pelo Chefe do Poder Executivo em conjunto com o profissional de contabilidade responsável pela elaboração
do relatório.
Já o RGF é elaborado em cada um dos Poderes e órgãos (que estão lá no artigo 20 da LRF), inclusive pelo
Ministério Público. Por isso, temos um relatório por cada Poder, em cada ente da federação. Por exemplo: um
relatório do Poder Executivo federal, um relatório do Poder Legislativo federal, um relatório do Poder Judiciário
federal, etc.
36 de 80| www.direcaoconcursos.com.br
Suzana Cristina Barbosa Fernandes - 32703965893
Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 13
I - comparativo com os limites de que trata esta Lei Complementar, dos seguintes montantes:
c) concessão de garantias;
Só que o RGF não somente faz o comparativo: ele também indica as medidas corretivas (adotadas ou a
adotar) caso ultrapassado qualquer um desses limites. Quer ver?
II - indicação das medidas corretivas adotadas ou a adotar, se ultrapassado qualquer dos limites;
Agora vejamos alguns demonstrativos do RGF do último quadrimestre (que é especial também, porque
coincide com o encerramento do exercício financeiro)...
“Espera aí, professor! Você disse que só o RREO tinha demonstrativos. Agora está falando de demonstrativos
do RGF?” 🤨
Opa! Veja bem: eu disse que somente o RREO possui demonstrativos que acompanham o relatório.
Esses demonstrativos aqui no último RGF do exercício não acompanham o RGF. Eles são o RGF. Entendeu? 😉
1) liquidadas;
2) empenhadas e não liquidadas, inscritas por atenderem a uma das condições do inciso II
do art. 41;
4) não inscritas por falta de disponibilidade de caixa e cujos empenhos foram cancelados;
37 de 80| www.direcaoconcursos.com.br
Suzana Cristina Barbosa Fernandes - 32703965893
Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 13
Continuando...
§ 1o O relatório dos titulares dos órgãos mencionados nos incisos II, III e IV do art. 54 conterá apenas as
informações relativas à alínea a do inciso I, e os documentos referidos nos incisos II e III.
Traduzindo: o RGF dos Poderes Judiciário, Legislativo e respectivos órgãos, assim como do Ministério
Público, conterá apenas:
Repare como os comparativos que serão elaborados somente pelo Poder Executivo têm tudo a ver com
dívida e endividamento. 🤔
§ 2o O relatório será publicado até trinta dias após o encerramento do período a que corresponder, com
amplo acesso ao público, inclusive por meio eletrônico.
Aqui é igual ao RREO: o prazo para publicação é de 30 dias após o encerramento do período a que
corresponder. Só que o período aqui é quadrimestral (ou semestral, caso o Município com população inferior
a 50.000 (cinquenta mil) habitantes opte por fazer isso. ☺
§ 3o O descumprimento do prazo a que se refere o § 2o sujeita o ente à sanção prevista no § 2o do art. 51.
OT
Vamos ver esse dispositivo na íntegra:
Art. 51, § 2o O descumprimento dos prazos previstos neste artigo impedirá, até que a situação seja
regularizada, que o ente da Federação receba transferências voluntárias e contrate operações de
crédito, exceto as destinadas ao refinanciamento do principal atualizado da dívida mobiliária.
E para finalizar:
38 de 80| www.direcaoconcursos.com.br
Suzana Cristina Barbosa Fernandes - 32703965893
Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 13
§ 4o Os relatórios referidos nos arts. 52 e 54 deverão ser elaborados de forma padronizada, segundo
modelos que poderão ser atualizados pelo conselho de que trata o art. 67.
Ufa! Pronto!
Agora, se você quiser dar uma bisbilhotada no portal da transparência e ver alguns RREO e RGF, fique a
vontade! Eu separei aqui para você o:
“Professor, me desculpe, mas que por** é essa? Como é que eu vou memorizar tudo isso?” 😳
Essa foi a minha reação também quando eu descobri que tinha que saber tudo isso. 😅
RREO x RGF
Mas fique tranquilo(a). Aqui estão os mnemônicos sensacionais:
RREO RGF
Bal. Orç, especificando, por CE:
àRec. Por FTE (realizadas e a realizar + à1 para todos àvários: cada
Só EXECUTIVO
prev atual) Poderes/MP Poder/Órgão
à Desp por GND (dot do exerc, liquidadas
e saldo)
àBIMESTRAL àQUADRIMESTRAL
àPublic: 30 após àPublic: 30 após
àSanção:O*T* àSanção:O*T*
Demonstrativo da Execução: Comparativo com os limites:
à Receita por CE e FTE (prev inicial e àAss: Chefe Exec. àAss: Chefe Poder/Org
a) PEssoal (inativos e pensionistas)
atual, realiz bimestre e exerc , e a
b) Dívidas consolidada e mobiliária
realizar)
c) OC, (+) ARO
àDesp por CE e GND (dot inic e p/ o
d) (concessão de) Garantias
exerc, emp e liq no exerc e no bim) BODE PÉ DOG
àDesp por FUN/SUBF
Obs: Ref Dív Mob à Destacada nas Rec
de OC e nas Desp com Amort
+ +
Acomp. Demonstrativos relativos a Se ultrapassado qualquer dos limites
àRCL (evolução + prev fim de exerc)
àR & D Previd Medidas Corretivas
àRN e RP 4RJ
àRP (p/ Pod/Órg do 20, insc, pago e a
pagar)
à(Desp com) Juros
Últ. BIM Últ. QUAD àARO: liquidação até 10/12 + proibição
em último ano de mandato
àRegra de Ouro à(inscrição em) RP, das despesas:
à(Projeções Atuariais dos...) Regimes de Previd (Liquidadas; Emp e ñ liq; Emp e ñ liq,
àVar Pat (evidenc alien de ativos e aplic dos $) 2RV ARD inscritas até o lim da disp caixa; não
inscritas por falta de disp caixa)
Qdo for o caso, serão apresent JUSTIFICATIVAS: à Disponibilidades de caixa em 31/12
à Limitação empenho
à Frust. Receita
39 de 80| www.direcaoconcursos.com.br
Suzana Cristina Barbosa Fernandes - 32703965893
Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 13
40 de 80| www.direcaoconcursos.com.br
Suzana Cristina Barbosa Fernandes - 32703965893
Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 13
O relatório de gestão fiscal, de periodicidade quadrimestral, deverá conter a avaliação do cumprimento do limite para a
dívida consolidada e indicará as medidas a serem adotadas caso o limite seja descumprido.
Comentários:
De acordo com o artigo 55, que trata do Relatório de Gestão Fiscal (RGF):
I - comparativo com os limites de que trata esta Lei Complementar, dos seguintes montantes:
II - indicação das medidas corretivas adotadas ou a adotar, se ultrapassado qualquer dos limites;
“Dívidas consolidada e mobiliária” são representadas pela letra “D” no mnemônico: “o PÉ do DOG ARDe”
Gabarito: Certo
De acordo com a Lei Complementar no 101/2000, o Relatório Resumido da Execução Orçamentária deve ser emitido ao
final de cada quadrimestre e publicado até 60 dias após o encerramento do período a que corresponder.
Comentários:
Tudo errado aqui! O Relatório Resumido da Execução Orçamentária (RREO) deve ser emitido ao final de cada bimestre (e
não quadrimestre – período do RGF), e deve ser publicado até 30 ( e não 60) dias após o encerramento do bimestre.
Gabarito: Errado
De acordo com a Lei Complementar nº 101/2000, o Balanço Orçamentário deve especificar, por categoria econômica, as
receitas por fonte e as despesas por grupo de natureza, sendo que tal demonstrativo compõe o Relatório Resumido da
Execução Orçamentária que deve ser publicado até trinta dias após o encerramento de cada bimestre.
Comentários:
Correto! No Balanço Orçamentário (BO), as receitas são especificadas por fonte e as despesas por grupo de natureza (LRF,
art. 52, I, “a” e “b”). Além disso, esse demonstrativo realmente compões o RREO, o qual deve ser publicado 30 dias após o
encerramento de cada bimestre (LRF, art. 52).
Gabarito: Certo
41 de 80| www.direcaoconcursos.com.br
Suzana Cristina Barbosa Fernandes - 32703965893
Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 13
A) I e II.
B) I e III.
C) III e IV.
D) I, II e IV.
E) II, III e IV.
Comentários:
Vamos analisar os itens:
I. Correto. Essas são mesmo exigências para realização de transferência voluntária, quer ver?
Art. 25, § 1o São exigências para a realização de transferência voluntária, além das estabelecidas na lei
de diretrizes orçamentárias: (...)
II. Errado. Você vê algo do tipo “em nenhuma hipótese” e já fica assim: 😳 Não é? 😂
Em regra, não poderão ser utilizados recursos públicos, inclusive de operações de crédito, para socorrer
instituições do Sistema Financeiro Nacional, ainda que mediante a concessão de empréstimos de
recuperação ou financiamentos para mudança de controle acionário. A não ser que haja uma lei específica
42 de 80| www.direcaoconcursos.com.br
Suzana Cristina Barbosa Fernandes - 32703965893
Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 13
autorizando isso! Aí sim os recursos públicos poderão ser utilizados para socorrer instituições do Sistema
Financeiro Nacional. 😄
Só que essa regra não se aplica a todo mundo! 😏 E é aqui que está a pegadinha da questão!
Atender às condições
Requisitos
da LDO
Previsão na LOA ou
Cobrir necessidades de créditos adicionais
PF ou déficits de PJ
Instituições financeiras
Administração
indireta, exceto:
BACEN
Gabarito: B
43 de 80| www.direcaoconcursos.com.br
Suzana Cristina Barbosa Fernandes - 32703965893
Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 13
Você tinha que ter prestado atenção aqui! Assim são as questões dessa banca.
Vamos ler o dispositivo da LRF:
Art. 25. Para efeito desta Lei Complementar, entende-se por transferência voluntária a entrega de
recursos correntes ou de capital a outro ente da Federação, a título de cooperação, auxílio ou
assistência financeira, que não decorra de determinação constitucional, legal ou os destinados ao
Sistema Único de Saúde.
Preste atenção: para quem pode ser feita uma transferência voluntária?
Aí a questão vem dizer que essa entrega de recursos pode ser feita a um ente público ou privado. Privado
não!
Preste atenção!
Transferências voluntárias são somente para outro ente da Federação
Gabarito: Errado
Comentários:
Vejamos! 🧐
44 de 80| www.direcaoconcursos.com.br
Suzana Cristina Barbosa Fernandes - 32703965893
Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 13
a) Errada. Suficientes? São nada! É preciso muito mais do que isso! 😄 Vamos relembrá-las com a nossa
tabelinha:
c) Correta. Sim! Esse cadastro existe mesmo! É o Serviço Auxiliar de Informações para Transferências
Voluntárias, ou CAUC.
“CAUC, professor? Que sigla é essa? Não tem nada a ver com o nome!”
CAUC significava Cadastro Único de Convênios, antigo sistema que já não é mais utilizado. O que hoje é
conhecido por CAUC é o Serviço Auxiliar de Informações para Transferências Voluntárias.
Pois bem, O CAUC consolida informações de diversos órgãos, como Receita Federal, Caixa Econômica
Federal, etc., simplificando a verificação das exigências estabelecidas pela LRF, LDO e demais legislações
aplicáveis para realização de transferências voluntárias.
Por isso, a questão está mesmo certa. O CAUC (esse cadastro nacional) possibilita a consulta de dados
sobre restrições relativas aos beneficiários dessas transferências. 😉
d) Errada. As transferências voluntárias não podem ser utilizadas para finalidade diversa da pactuada. A
utilização dos recursos transferidos se encontra vinculada ao objeto pactuado, sendo vedada a utilização de
recursos transferidos com finalidade diversa da pactuada (LRF, Art. 25, § 2º).
45 de 80| www.direcaoconcursos.com.br
Suzana Cristina Barbosa Fernandes - 32703965893
Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 13
e) Errada. Impositivos? O próprio nome já diz que a transferência é voluntária! Faz se quiser! Além disso,
a própria LRF, em seu artigo 25, define a transferência voluntária como a entrega de recursos correntes ou de
capital a outro ente da Federação, a título de cooperação, auxílio ou assistência financeira.
Gabarito: C
A prevenção de insolvência das instituições que integram o Sistema Financeiro Nacional realiza-se por meio da
alocação de recursos públicos destinados à concessão de operações de crédito.
Comentários:
Opa! Não é assim que é feita a prevenção de insolvência das instituições que integram o Sistema
Financeiro Nacional. Veja como é na LRF:
Art. 28, § 1o A prevenção de insolvência e outros riscos ficará a cargo de fundos, e outros mecanismos,
constituídos pelas instituições do Sistema Financeiro Nacional, na forma da lei.
Gabarito: C
Para que o estado-membro receba da União transferências voluntárias destinadas ao pagamento de despesas
com pessoal inativo, é condição inarredável a prévia autorização por lei específica autorizativa no âmbito
federal, aprovada por maioria absoluta.
Comentários:
Negativo! As transferências voluntárias com finalidade de custear pagamento de pessoal ativo e inativo
de outros entes são constitucionalmente vedadas. Por isso, não importa se houver prévia autorização por lei
específica autorizativa no âmbito federal, aprovada por maioria absoluta. A própria CF/88 veda isso, olha só:
Gabarito: Errado
Ainda que haja autorização por lei específica e conformidade com a lei de diretrizes orçamentárias, não é
permitido ao município usar recursos previstos em créditos suplementares para cobrir déficits de pessoas
jurídicas.
Comentários:
Vejamos a regra:
46 de 80| www.direcaoconcursos.com.br
Suzana Cristina Barbosa Fernandes - 32703965893
Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 13
Art. 26. A destinação de recursos para, direta ou indiretamente, cobrir necessidades de pessoas físicas
ou déficits de pessoas jurídicas deverá ser autorizada por lei específica, atender às condições
estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias e estar prevista no orçamento ou em seus créditos
adicionais.
Por exemplo: você fez uma assinatura mensal de Netflix. Isso significa que você autorizou a destinação dos seus recursos
para a Netflix durante 1 mês. Se a Netflix quiser prorrogar a sua assinatura, ele precisa da sua autorização.
Daqui, olha:
47 de 80| www.direcaoconcursos.com.br
Suzana Cristina Barbosa Fernandes - 32703965893
Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 13
Art. 26. A destinação de recursos para, direta ou indiretamente, cobrir necessidades de pessoas físicas
ou déficits de pessoas jurídicas deverá ser autorizada por lei específica, atender às condições
estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias e estar prevista no orçamento ou em seus créditos
adicionais.
Gabarito: Certo
Agora, é até possível fazer empréstimo ou financiamento em desacordo com essa regra, ou seja, é
possível que o encargo financeiro da concessão de empréstimo seja inferior ao custo de captação, mas para
isso deve haver autorização em lei específica. ☝
De jeito nenhum!
A questão perguntou se o encargo financeiro correspondente a essa operação poderia ser superior ao
custo de captação. E pode mesmo! Essa é a regra geral.
Vamos ver como isso está escrito na LRF? Você precisa se familiarizar com a literalidade da lei! 😄
Art. 27. Na concessão de crédito por ente da Federação a pessoa física, ou jurídica que não esteja sob seu
controle direto ou indireto, os encargos financeiros, comissões e despesas congêneres não serão
inferiores aos definidos em lei ou ao custo de captação.
Gabarito: Certo
48 de 80| www.direcaoconcursos.com.br
Suzana Cristina Barbosa Fernandes - 32703965893
Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 13
Enfim, foi por isso que, na parte teórica, indiquei qual lei inseriu cada regra.
Das alternativas, a única que foi inserida pela LC 131/09 foi a alternativa B, observe:
Gabarito: B
10. CESPE – CGM de João Pessoa - PB - Auditor Municipal de Controle Interno – 2018
O relatório resumido de execução orçamentária deve conter demonstrativo específico dedicado aos restos a
pagar, evidenciando-se os valores inscritos, os pagamentos realizados e o montante a pagar.
Comentários:
E aí? É o Relatório Resumido de Execução Orçamentária (RREO) contém mesmo demonstrativo
específico dedicado aos restos a pagar? Ou será que é o Relatório de Gestão Fiscal (RGF)?
Vejamos a LRF:
Art. 53. Acompanharão o Relatório Resumido demonstrativos relativos a:
V - Restos a Pagar, detalhando, por Poder e órgão referido no art. 20, os valores inscritos, os
pagamentos realizados e o montante a pagar.
49 de 80| www.direcaoconcursos.com.br
Suzana Cristina Barbosa Fernandes - 32703965893
Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 13
SIM! 😄
50 de 80| www.direcaoconcursos.com.br
Suzana Cristina Barbosa Fernandes - 32703965893
Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 13
SIM! 😄
I - comparativo com os limites de que trata esta Lei Complementar, dos seguintes montantes:
E o RGF também deve indicar as medidas a serem adotadas caso o limite seja descumprido?
SIM também! 😃
II - indicação das medidas corretivas adotadas ou a adotar, se ultrapassado qualquer dos limites;
Art. 48-A. Para os fins a que se refere o inciso II do parágrafo único do art. 48, os entes da Federação
disponibilizarão a qualquer pessoa física ou jurídica o acesso a informações referentes a:
51 de 80| www.direcaoconcursos.com.br
Suzana Cristina Barbosa Fernandes - 32703965893
Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 13
b) Errada. Os municípios com menos de 50.000 habitantes tiveram 4 (quatro) anos (até 2013) para se
adaptarem e cumprir as seguintes determinações do artigo 48 e 48-A:
Art. 23, § 3º Não alcançada a redução no prazo estabelecido, e enquanto perdurar o excesso, o ente não
poderá:
c) Errada. Aplicam-se os Municípios também! Quer ver a ementa dessa lei complementar?
Acrescenta dispositivos à Lei Complementar 101, de 4 de maio de 2000, que estabelece normas de finanças
públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal e dá outras providências, a fim de determinar a
disponibilização, em tempo real, de informações pormenorizadas sobre a execução orçamentária e
financeira da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
e) Correta. Qualquer CASP (Cidadão, Associação, Sindicato e Partido político) é parte legítima para
denunciar descumprimentos aos tribunais de contas. Confirme aqui:
Art. 73-A. Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato é parte legítima para denunciar ao
respectivo Tribunal de Contas e ao órgão competente do Ministério Público o descumprimento das
prescrições estabelecidas nesta Lei Complementar.
Gabarito: E
52 de 80| www.direcaoconcursos.com.br
Suzana Cristina Barbosa Fernandes - 32703965893
Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 13
Comentários:
A resposta está no artigo 48 da LRF:
Art. 48, § 6o Todos os Poderes e órgãos referidos no art. 20, incluídos autarquias, fundações públicas,
empresas estatais dependentes e fundos, do ente da Federação devem utilizar sistemas únicos de
execução orçamentária e financeira, mantidos e gerenciados pelo Poder Executivo, resguardada a
autonomia.
É um sistema único de execução orçamentária! E ele é mantido e gerenciado pelo Poder Executivo. Não
é “cada órgão utiliza o seu sistema específico e depois a gente junta tudo”. O sistema é único! 😉
Gabarito: Errado
A LRF incentiva a realização de audiências públicas com o objetivo de fomentar a participação popular na
elaboração do orçamento anual, mas, em razão dos aspectos técnicos envolvidos, no desenvolvimento da lei
de diretrizes orçamentárias, essa participação não é incentivada.
Comentários:
Que mentira! 😤
Gabarito: Errado
Facultativo? 🤨
Que nada!
É obrigatório! Os entes precisam enviar suas contas ao Poder Executivo da União:
Art. 51. O Poder Executivo da União promoverá, até o dia trinta de junho, a consolidação, nacional e por
esfera de governo, das contas dos entes da Federação relativas ao exercício anterior, e a sua divulgação,
inclusive por meio eletrônico de acesso público.
53 de 80| www.direcaoconcursos.com.br
Suzana Cristina Barbosa Fernandes - 32703965893
Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 13
§ 1o Os Estados e os Municípios encaminharão suas contas ao Poder Executivo da União nos seguintes
prazos:
I - Municípios, com cópia para o Poder Executivo do respectivo Estado, até trinta de abril;
Gabarito: Errado
A) As contas do Poder Judiciário serão apresentadas, no âmbito da União, pelos presidentes dos tribunais de
justiça.
B) O orçamento público é instrumento de transparência da gestão fiscal.
C) A despesa pública e o resultado dos fluxos financeiros devem obedecer ao regime de competência.
D) O balanço orçamentário deve conter as receitas por grupo de natureza e as despesas, por fonte.
E) O relatório de gestão fiscal deve conter o total da despesa com pessoal, excluídos os pensionistas.
Comentários:
a) Errada. As contas do Poder Judiciário serão apresentadas, no âmbito da União, pelos Presidentes do
Supremo Tribunal Federal (STF) e dos Tribunais Superiores. No âmbito dos Estados é que serão apresentadas
pelos presidentes dos Tribunais de Justiça (LRF, art. 56, § 1º).
b) Correta. Sim! O orçamento público é mesmo um dos instrumentos de transparência da gestão fiscal.
Confira aqui comigo:
Art. 48. São instrumentos de transparência da gestão fiscal, aos quais será dada ampla divulgação,
inclusive em meios eletrônicos de acesso público: os planos, orçamentos e leis de diretrizes orçamentárias;
as prestações de contas e o respectivo parecer prévio; o Relatório Resumido da Execução Orçamentária e o
Relatório de Gestão Fiscal; e as versões simplificadas desses documentos.
Art. 50. Além de obedecer às demais normas de contabilidade pública, a escrituração das contas públicas
observará as seguintes:
54 de 80| www.direcaoconcursos.com.br
Suzana Cristina Barbosa Fernandes - 32703965893
Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 13
É como eu costumo dizer: quando você ver a palavra “financeiro”, pense logo em dinheiro vivo (cash 💵
💵 💵). Esse dinheiro é registrado pelo regime de caixa!
a) receitas por fonte, informando as realizadas e a realizar, bem como a previsão atualizada;
b) despesas por grupo de natureza, discriminando a dotação para o exercício, a despesa liquidada
e o saldo;
e) Errada. Excluídos os pensionistas? Nem pensar. Eles também compõem a despesa total com pessoal!
E observe o que a LRF fala sobre o RGF:
I - comparativo com os limites de que trata esta Lei Complementar, dos seguintes montantes:
Gabarito: B
Eu não falei que adoram perguntar quais são os instrumentos de transparência da gestão fiscal? 😏
Preste atenção:
Art. 48. São instrumentos de transparência da gestão fiscal, aos quais será dada ampla divulgação,
inclusive em meios eletrônicos de acesso público: os planos, orçamentos e leis de diretrizes
orçamentárias; as prestações de contas e o respectivo parecer prévio; o Relatório Resumido da Execução
Orçamentária e o Relatório de Gestão Fiscal; e as versões simplificadas desses documentos.
55 de 80| www.direcaoconcursos.com.br
Suzana Cristina Barbosa Fernandes - 32703965893
Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 13
Gabarito: Certo
Os demonstrativos da receita corrente líquida e dos resultados nominal e primário devem constar do relatório
de gestão fiscal.
Comentários:
Ah! Como as questões adoram fazer confusão entre RREO e RGF.
Já captou onde eu quero chegar, não é?
Os demonstrativos da receita corrente líquida e dos resultados nominal e primário devem constar do
RREO (e não do RGF).
Confira aqui:
I - apuração da receita corrente líquida, na forma definida no inciso IV do art. 2o, sua evolução, assim
como a previsão de seu desempenho até o final do exercício;
56 de 80| www.direcaoconcursos.com.br
Suzana Cristina Barbosa Fernandes - 32703965893
Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 13
Comentários:
É isso mesmo! As receitas e as despesas previdenciárias são chave para o equilíbrio fiscal (em especial,
para o equilíbrio atuarial), por isso que elas devem ser apresentadas em demonstrativos financeiros específicos.
Olha como isso está na LRF:
Art. 50. Além de obedecer às demais normas de contabilidade pública, a escrituração das contas públicas
observará as seguintes:
Gabarito: Certo
Os entes da Federação devem disponibilizar a qualquer pessoa física ou jurídica os dados resumidos da despesa
pública realizada, dispensado o fornecimento de informações sobre o número dos processos que originaram as
despesas, ao bem fornecido ou ao serviço prestado.
Comentários:
Você acha mesmo que o fornecimento de informações sobre o número dos processos que originaram as
despesas, ao bem fornecido ou ao serviço prestado deve ser dispensado? 🤔
Imagine que você fez uma compra num site, mas não recebeu o número do seu pedido. O produto está
demorando muito para chegar então você entra em contato com a empresa e diz: “olha, comprei o produto X
aí no seu site e ele está demorando”. A primeira coisa que vão lhe perguntar é: “qual é o número do pedido?”
Milhares de pessoas também fizeram a mesma compra. Como a empresa vai identificar a sua se você não tem
o número? 🤔
E como você vai identificar uma despesa se o ente da Federação somente disponibiliza dados resumidos
da despesa?
Não dá... 🤔
Gabarito: Errado
57 de 80| www.direcaoconcursos.com.br
Suzana Cristina Barbosa Fernandes - 32703965893
Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 13
Para viabilizar a transparência da gestão fiscal, a LRF estabelece que os entes da Federação disponibilizem o
acesso a informações referentes a todos os pagamentos realizados às pessoas jurídicas fornecedoras de bens e
serviços, excluídos os valores destinados à remuneração de pessoas físicas, para que a privacidade delas não
seja violada.
Comentários:
Opa! Nada disso! Os entes devem disponibilizar acesso às informações referentes a todos os pagamentos
realizados à pessoa física ou jurídica beneficiária.
Não tem essa de proteger a privacidade das pessoas físicas fornecedoras de bens e serviços para a
Administração Pública. O cidadão precisa saber para onde (e para quem) os recursos públicos estão indo!
Vamos ver onde isso está escrito na LRF?
Art. 48-A. Para os fins a que se refere o inciso II do parágrafo único do art. 48, os entes da Federação
disponibilizarão a qualquer pessoa física ou jurídica o acesso a informações referentes a:
I – quanto à despesa: todos os atos praticados pelas unidades gestoras no decorrer da execução da despesa,
no momento de sua realização, com a disponibilização mínima dos dados referentes ao número do
correspondente processo, ao bem fornecido ou ao serviço prestado, à pessoa física ou jurídica beneficiária
do pagamento e, quando for o caso, ao procedimento licitatório realizado;
Gabarito: Errado
58 de 80| www.direcaoconcursos.com.br
Suzana Cristina Barbosa Fernandes - 32703965893
Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 13
Art. 51. O Poder Executivo da União promoverá, até o dia trinta de junho, a consolidação, nacional e por
esfera de governo, das contas dos entes da Federação relativas ao exercício anterior, e a sua divulgação,
inclusive por meio eletrônico de acesso público.
§ 1o Os Estados e os Municípios encaminharão suas contas ao Poder Executivo da União nos seguintes
prazos:
I - Municípios, com cópia para o Poder Executivo do respectivo Estado, até trinta de abril;
Voltamos para aquele dispositivo que a LRF gosta de referenciar (art. 51, § 2º):
§ 2o O descumprimento dos prazos previstos neste artigo impedirá, até que a situação seja regularizada,
que o ente da Federação receba transferências voluntárias e contrate operações de crédito, exceto as
destinadas ao refinanciamento do principal atualizado da dívida mobiliária.
OT
OT significa:
Gabarito: Certo
59 de 80| www.direcaoconcursos.com.br
Suzana Cristina Barbosa Fernandes - 32703965893
Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 13
C) As contas prestadas pelo chefe do Poder Executivo serão objeto de parecer prévio do respectivo tribunal de
contas no prazo de sessenta dias do recebimento, se outro lapso não estiver previsto no regimento interno
desse tribunal.
D) O fato de o município não atender o prazo para a publicação do relatório de gestão fiscal lhe gera a mesma
espécie de sanção prevista na LRF para a conduta de não encaminhar tempestivamente suas contas ao Poder
Executivo da União.
E) O relatório de gestão fiscal, que deverá ser publicado em até trinta dias após o encerramento do período a
que corresponder, com amplo acesso ao público, inclusive por meio eletrônico, engloba o relatório resumido
de execução orçamentária.
Comentários:
O RGF dos Poderes Judiciário, Legislativo e respectivos órgãos, assim como do Ministério Público,
conterá apenas:
Isso significa que os seguintes comparativos serão elaborados somente pelo Poder Executivo:
A questão perguntou sobre o comparativo da dívida consolidada e mobiliária com os limites previstos na
LRF. Esse estará somente no Poder Executivo. Logo, o RGF do Poder Legislativo não conterá esse comparativo.
b) Errada. Opa! O limite de alerta é em 90%! Em 95% já estamos no limite prudencial!
Art. 59, § 1º Os Tribunais de Contas alertarão os Poderes ou órgãos referidos no art. 20 quando
constatarem:
II - que o montante da despesa total com pessoal ultrapassou 90% (noventa por cento) do limite;
c) Errada. Isso não é verdade. Primeiro porque não é isso que diz o artigo 57 da LRF:
Art. 57. Os Tribunais de Contas emitirão parecer prévio conclusivo sobre as contas no prazo de sessenta
dias do recebimento, se outro não estiver estabelecido nas constituições estaduais ou nas leis orgânicas
municipais.
60 de 80| www.direcaoconcursos.com.br
Suzana Cristina Barbosa Fernandes - 32703965893
Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 13
Repare que o dispositivo fala que o prazo será de 60 dias do recebimento, se outro não estiver
estabelecido nas constituições estaduais ou nas leis orgânicas municipais (e não no regimento interno do
Tribunal de Contas).
Além disso, esse artigo 57 ainda está está com a eficácia suspensa pela ADIn 2.238-5. Portanto,
alternativa errada mesmo.
d) Correta. É isso mesmo! Descumpriu esses prazos? A LRF vai lhe direcionar para aquele mesmo
dispositivo: art. 51, § 2º. Quer ver?
Primeiro o dispositivo que fala sobre o descumprimento do prazo para a publicação do relatório de gestão
fiscal:
Art. 55, § 3o O descumprimento do prazo a que se refere o § 2o sujeita o ente à sanção prevista no § 2o do
art. 51.
Agora o dispositivo que fala sobre o descumprimento do prazo para encaminhar tempestivamente suas
contas ao Poder Executivo da União:
Art. 51. O Poder Executivo da União promoverá, até o dia trinta de junho, a consolidação, nacional e por
esfera de governo, das contas dos entes da Federação relativas ao exercício anterior, e a sua divulgação,
inclusive por meio eletrônico de acesso público.
§ 2o O descumprimento dos prazos previstos neste artigo impedirá, até que a situação seja regularizada,
que o ente da Federação receba transferências voluntárias e contrate operações de crédito, exceto as
destinadas ao refinanciamento do principal atualizado da dívida mobiliária.
OT
OT significa:
e) Errada. RGF engloba o RREO? Negativo! RGF é uma coisa. RREO é outra coisa! 😅 O restante da
questão está todo correto!
Gabarito: D
61 de 80| www.direcaoconcursos.com.br
Suzana Cristina Barbosa Fernandes - 32703965893
Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 13
Primeira parte: “Os limites da LRF estabelecidos para despesas com pessoal, concessão de garantias e
contratação de operações de crédito são definidos em percentuais da receita corrente líquida”.
Correto! Todos limites da LRF (exceto os Restos a Pagar) têm como parâmetro a RCL, ou seja, os limites
para despesas com pessoal, concessão de garantias e contratação de operações de crédito são definidos em
percentuais da receita corrente líquida (% RCL).
Segunda parte: “e devem ser divulgados no relatório de gestão fiscal.”
“Eita, professor! Agora lascou. Tem que saber se isso está no RGF ou no RREO, não é?”
Exatamente! Mas eu já lhe falei é no RGF que constam informações necessárias à verificação da
conformidade com os limites relativos às despesas com pessoal, às dívidas consolidada e mobiliária, à
concessão de garantias, e às operações de crédito. O RREO possui informações mais relacionadas à execução
orçamentária (arrecadação de receitas e empenho de despesas).
Portanto, já que as duas partes estão corretas, a questão está correta também! 😃
Gabarito: Certo
O governador de um estado brasileiro que não tenha submetido suas contas ao Poder Executivo da União no
prazo estabelecido será impedido, até que a situação seja regularizada, de receber transferências voluntárias e
contratar operações de crédito, inclusas aquelas destinadas ao refinanciamento do principal da dívida.
Comentários:
Realmente, se o governador não submeter suas contas ao Poder Executivo da União no prazo
estabelecido será impedido, até que a situação seja regularizada, de receber transferências voluntárias e
contratar operações de crédito.
Mas ele ainda poderá contratar operações de crédito destinadas ao refinanciamento do principal
atualizado da dívida mobiliária (LRF, art. 51, § 2º).
Vamos ver a literalidade da lei, só para gravar:
Art. 51, § 2o O descumprimento dos prazos previstos neste artigo impedirá, até que a situação seja
regularizada, que o ente da Federação receba transferências voluntárias e contrate operações de
crédito, exceto as destinadas ao refinanciamento do principal atualizado da dívida mobiliária.
Gabarito: Errado
62 de 80| www.direcaoconcursos.com.br
Suzana Cristina Barbosa Fernandes - 32703965893
Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 13
Comentários:
É isso mesmo! 😃
Municípios com população inferior a 50.000 (cinquenta mil) habitantes podem optar por divulgar
semestralmente:
Art. 63. É facultado aos Municípios com população inferior a cinquenta mil habitantes optar por:
II - divulgar semestralmente:
Repare que quando a questão falou em “a divulgação do relatório e demonstrativos fiscais”, ela estava se
referindo ao RGF, e não ao RREO, pois a questão não mencionou nada sobre esse último.
Ademais, a divulgação deve mesmo ser realizada 30 (trinta) dias após o encerramento do período a que
corresponder, seja quadrimestral ou semestral (LRF, art. 55, § 2º).
Gabarito: Certo
A seção da Lei de Responsabilidade Fiscal que trata da transparência da gestão fiscal foi significativamente
expandida depois da aprovação da Lei Complementar n.º 131/2009. No que se refere a esse assunto, assinale a
opção correta.
A) Os empréstimos do BNDES e as respectivas avaliações circunstanciadas devem integrar a prestação de
contas da União.
B) As informações pormenorizadas sobre a execução financeira devem constar dos meios eletrônicos de acesso
público no prazo máximo de dez dias úteis.
C) A participação popular deve restringir-se às fases de discussão, aprovação e controle dos planos e
orçamentos.
D) A adoção de um sistema integrado de administração financeira e controle é obrigatória para todos os
municípios.
E) No caso do governo federal, a disponibilização das contas do chefe do Poder Executivo a todos os cidadãos
é desnecessária.
Comentários:
Vamos às alternativas:
63 de 80| www.direcaoconcursos.com.br
Suzana Cristina Barbosa Fernandes - 32703965893
Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 13
a) Errada. E que questão traiçoeira. Uma rasteira no candidato. Vejamos o que diz a LRF:
Art. 49, Parágrafo único. A prestação de contas da União conterá demonstrativos do Tesouro Nacional
e das agências financeiras oficiais de fomento, incluído o Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social, especificando os empréstimos e financiamentos concedidos com recursos oriundos
dos orçamentos fiscal e da seguridade social e, no caso das agências financeiras, avaliação
circunstanciada do impacto fiscal de suas atividades no exercício.
Participa! 😏
III – adoção de sistema integrado de administração financeira e controle, que atenda a padrão mínimo
de qualidade estabelecido pelo Poder Executivo da União e ao disposto no art. 48-A.
e) Errada. Que é isso? Agora o Presidente da República não precisa mais prestar contas aos cidadãos? Que
loucura! A disponibilização das contas do chefe do Poder Executivo a todos os cidadãos é necessária
(obrigatória), conforme manda a LRF:
64 de 80| www.direcaoconcursos.com.br
Suzana Cristina Barbosa Fernandes - 32703965893
Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 13
Art. 49. As contas apresentadas pelo Chefe do Poder Executivo ficarão disponíveis, durante todo o
exercício, no respectivo Poder Legislativo e no órgão técnico responsável pela sua elaboração, para
consulta e apreciação pelos cidadãos e instituições da sociedade.
Gabarito: D
Comentários:
É um dispositivo que não costuma cair em prova, mas nessa aqui caiu! 😬
Gabarito: Certo
Os entes da Federação devem liberar à sociedade, em tempo real, o acesso a informações pormenorizadas
sobre o lançamento e o recebimento de toda a receita das unidades gestoras, inclusive aquelas referentes a
recursos extraordinários.
Comentários:
A transparência também será assegurada mediante a liberação ao pleno conhecimento e
acompanhamento da sociedade, em tempo real, de informações pormenorizadas sobre a execução
orçamentária e financeira, em meios eletrônicos de acesso público (LRF, art. 48, II). E é aqui que entra o artigo
48-A:
Art. 48-A. Para os fins a que se refere o inciso II do parágrafo único do art. 48, os entes da Federação
disponibilizarão a qualquer pessoa física ou jurídica o acesso a informações referentes a:
II – quanto à receita: o lançamento e o recebimento de toda a receita das unidades gestoras, inclusive
referente a recursos extraordinários.
Gabarito: Certo
65 de 80| www.direcaoconcursos.com.br
Suzana Cristina Barbosa Fernandes - 32703965893
Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 13
Folha de respostas
66 de 80| www.direcaoconcursos.com.br
Suzana Cristina Barbosa Fernandes - 32703965893
Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 13
A) I e II.
B) I e III.
C) III e IV.
D) I, II e IV.
E) II, III e IV.
A) As exigências estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias são suficientes para a realização de tais
transferências.
B) Essas transferências podem destinar-se ao pagamento de pessoal inativo do beneficiário.
C) Um cadastro nacional possibilita a consulta de dados sobre restrições relativas aos beneficiários dessas
transferências.
D) As referidas transferências podem ser utilizadas para finalidade diversa da pactuada, caso haja fundado
interesse público.
67 de 80| www.direcaoconcursos.com.br
Suzana Cristina Barbosa Fernandes - 32703965893
Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 13
Para que o estado-membro receba da União transferências voluntárias destinadas ao pagamento de despesas
com pessoal inativo, é condição inarredável a prévia autorização por lei específica autorizativa no âmbito
federal, aprovada por maioria absoluta.
Se determinado órgão público for autorizado por lei específica a destinar recursos à cobertura de déficits de
pessoas jurídicas por meio de operações de crédito e, posteriormente, for verificada a necessidade de
prorrogação dos empréstimos concedidos, tal prorrogação somente poderá ocorrer se estiver prevista em lei
específica.
A Lei Complementar n.º 101/2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal — LRF) compreende diversos dispositivos
que são considerados instrumentos de transparência. Com o advento da Lei Complementar n.º 131/2009 (Lei
da Transparência), outros dispositivos de gestão fiscal foram incluídos na LRF como instrumentos de
transparência, entre eles
a) a divulgação extensiva de relatórios de prestação de contas e respectivo parecer prévio por meio de produtos
impressos e eletrônicos de acesso público.
b) o incentivo à participação popular e a realização de audiências públicas durante o processo de elaboração e
discussão de planos, de lei de diretrizes orçamentárias e de orçamentos.
c) a publicação de relatório resumido da execução orçamentária em período imediatamente posterior ao ano
fiscal em questão.
d) a divulgação extensiva de planos, orçamentos e leis de diretrizes orçamentárias por meio de produtos
impressos e eletrônicos de acesso público.
e) a publicação de relatório de gestão fiscal em período imediatamente posterior ao ano fiscal em questão.
68 de 80| www.direcaoconcursos.com.br
Suzana Cristina Barbosa Fernandes - 32703965893
Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 13
10. CESPE – CGM de João Pessoa - PB - Auditor Municipal de Controle Interno – 2018
O relatório resumido de execução orçamentária deve conter demonstrativo específico dedicado aos restos a
pagar, evidenciando-se os valores inscritos, os pagamentos realizados e o montante a pagar.
E) estabelecem que partidos políticos são partes legítimas para denunciar descumprimentos aos tribunais de
contas.
A LRF incentiva a realização de audiências públicas com o objetivo de fomentar a participação popular na
elaboração do orçamento anual, mas, em razão dos aspectos técnicos envolvidos, no desenvolvimento da lei
de diretrizes orçamentárias, essa participação não é incentivada.
69 de 80| www.direcaoconcursos.com.br
Suzana Cristina Barbosa Fernandes - 32703965893
Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 13
D) O balanço orçamentário deve conter as receitas por grupo de natureza e as despesas, por fonte.
E) O relatório de gestão fiscal deve conter o total da despesa com pessoal, excluídos os pensionistas.
De acordo com a Constituição Federal de 1988 (CF), cabe ao Poder Executivo estabelecer o plano plurianual, as
diretrizes orçamentárias e os orçamentos anuais, bem como publicar um relatório resumido da execução
orçamentária após o encerramento de cada bimestre no prazo de até
A) quarenta e cinco dias.
B) sessenta dias.
C) noventa dias.
D) trinta e cinco dias.
E) trinta dias.
70 de 80| www.direcaoconcursos.com.br
Suzana Cristina Barbosa Fernandes - 32703965893
Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 13
Assinale a opção correta a respeito de transparência, controle e fiscalização de acordo com a LRF.
A) O relatório de gestão fiscal do Poder Legislativo deve conter um comparativo da dívida consolidada e
mobiliária com os limites previstos na LRF.
B) Sempre que verificar que as despesas de pessoal de Poder Executivo estadual atingiram o limite prudencial
— 95% do limite máximo das despesas com pessoal —, o TCE deverá emitir alerta sobre esse fato, na forma da
LRF.
C) As contas prestadas pelo chefe do Poder Executivo serão objeto de parecer prévio do respectivo tribunal de
contas no prazo de sessenta dias do recebimento, se outro lapso não estiver previsto no regimento interno
desse tribunal.
D) O fato de o município não atender o prazo para a publicação do relatório de gestão fiscal lhe gera a mesma
espécie de sanção prevista na LRF para a conduta de não encaminhar tempestivamente suas contas ao Poder
Executivo da União.
E) O relatório de gestão fiscal, que deverá ser publicado em até trinta dias após o encerramento do período a
que corresponder, com amplo acesso ao público, inclusive por meio eletrônico, engloba o relatório resumido
de execução orçamentária.
71 de 80| www.direcaoconcursos.com.br
Suzana Cristina Barbosa Fernandes - 32703965893
Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 13
A seção da Lei de Responsabilidade Fiscal que trata da transparência da gestão fiscal foi significativamente
expandida depois da aprovação da Lei Complementar n.º 131/2009. No que se refere a esse assunto, assinale a
opção correta.
A) Os empréstimos do BNDES e as respectivas avaliações circunstanciadas devem integrar a prestação de
contas da União.
B) As informações pormenorizadas sobre a execução financeira devem constar dos meios eletrônicos de acesso
público no prazo máximo de dez dias úteis.
C) A participação popular deve restringir-se às fases de discussão, aprovação e controle dos planos e
orçamentos.
D) A adoção de um sistema integrado de administração financeira e controle é obrigatória para todos os
municípios.
E) No caso do governo federal, a disponibilização das contas do chefe do Poder Executivo a todos os cidadãos
é desnecessária.
72 de 80| www.direcaoconcursos.com.br
Suzana Cristina Barbosa Fernandes - 32703965893
Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 13
Gabarito - CESPE
1. B 10. Certo 21. E
2. Errado 11. Certo 22. Errado
12. E 23. Certo
3. C
13. Errado 24. D
4. C
14. Errado 25. Certo
5. Errado 15. Errado 26. Errado
6. Errado 16. B 27. Certo
7. Certo 17. Certo 28. D
18. Errado 29. Certo
8. Certo
19. Certo 30. Certo
9. B 20. Errado
73 de 80| www.direcaoconcursos.com.br
Suzana Cristina Barbosa Fernandes - 32703965893
Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 13
Resumo direcionado
1. Cap. V: das transferências voluntárias (art. 25)
Entrega de recursos
(correntes ou de A outro ente da Federação
capital)
Art. 25, § 3º Para fins da aplicação das sanções de suspensão de transferências voluntárias constantes
desta Lei Complementar, excetuam-se aquelas relativas a ações de educação, saúde e assistência
social.
74 de 80| www.direcaoconcursos.com.br
Suzana Cristina Barbosa Fernandes - 32703965893
Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 13
2. Cap. VI: da destinação de recursos públicos para o setor privado (arts. 26 a 28)
A destinação de recursos para cobrir necessidades de pessoas físicas ou déficits de pessoas jurídicas
deverá:
Atender às condições da
Requisitos
LDO
Previsão na LOA ou
Cobrir necessidades de PF créditos adicionais
ou déficits de PJ
Instituições financeiras
Administração
indireta, exceto:
BACEN
Art. 27. Na concessão de crédito por ente da Federação a pessoa física, ou jurídica que não esteja sob seu
controle direto ou indireto, os encargos financeiros, comissões e despesas congêneres não serão
inferiores aos definidos em lei ou ao custo de captação.
Desde que haja autorização em lei específica, é possível que um ente faça empréstimo ou financiamento a
pessoa física, ou jurídica que não esteja sob seu controle direto ou indireto, com encargos financeiros,
comissões e despesas congêneres inferiores aos definidos em lei ou ao custo de captação.
Art. 28. Salvo mediante lei específica, não poderão ser utilizados recursos públicos, inclusive de operações
de crédito, para socorrer instituições do Sistema Financeiro Nacional, ainda que mediante a concessão
de empréstimos de recuperação ou financiamentos para mudança de controle acionário.
§ 2o O disposto no caput não proíbe o Banco Central do Brasil de conceder às instituições financeiras
operações de redesconto e de empréstimos de prazo inferior a trezentos e sessenta dias.
75 de 80| www.direcaoconcursos.com.br
Suzana Cristina Barbosa Fernandes - 32703965893
Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 13
III – adoção de sistema integrado de administração financeira e controle, que atenda a padrão mínimo
de qualidade estabelecido pelo Poder Executivo da União e ao disposto no art. 48-A.
As informações e dados contábeis deverão ser divulgados em meio eletrônico de amplo acesso público.
E os Estados, o Distrito Federal e os Municípios encaminharão ao Ministério da Fazenda as informações
necessárias para a constituição do registro eletrônico centralizado e atualizado das dívidas públicas interna e
externa (LRF, art. 48, §§ 2º e 3º).
Não obedeceu a essas regras? Olha só o que vai acontecer:
Art. 51, § 2o O descumprimento dos prazos previstos neste artigo impedirá, até que a situação seja
regularizada, que o ente da Federação receba transferências voluntárias e contrate operações de
crédito, exceto as destinadas ao refinanciamento do principal atualizado da dívida mobiliária.
OT
• O: contratação de Operações de crédito;
• T: recebimento de Transferências voluntárias.
76 de 80| www.direcaoconcursos.com.br
Suzana Cristina Barbosa Fernandes - 32703965893
Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 13
Art. 48-A. Para os fins a que se refere o inciso II do parágrafo único do art. 48, os entes da Federação
disponibilizarão a qualquer pessoa física ou jurídica o acesso a informações referentes a:
I – quanto à despesa: todos os atos praticados pelas unidades gestoras no decorrer da execução da
despesa, no momento de sua realização, com a disponibilização mínima dos dados referentes ao número
do correspondente processo, ao bem fornecido ou ao serviço prestado, à pessoa física ou jurídica
beneficiária do pagamento e, quando for o caso, ao procedimento licitatório realizado;
II – quanto à receita: o lançamento e o recebimento de toda a receita das unidades gestoras, inclusive
referente a recursos extraordinários.
Art. 49. As contas apresentadas pelo Chefe do Poder Executivo ficarão disponíveis, durante todo o
exercício, no respectivo Poder Legislativo e no órgão técnico responsável pela sua elaboração, para
consulta e apreciação pelos cidadãos e instituições da sociedade.
Art. 50. Além de obedecer às demais normas de contabilidade pública, a escrituração das contas públicas
observará as seguintes:
I - a disponibilidade de caixa constará de registro próprio, de modo que os recursos vinculados a órgão,
fundo ou despesa obrigatória fiquem identificados e escriturados de forma individualizada;
77 de 80| www.direcaoconcursos.com.br
Suzana Cristina Barbosa Fernandes - 32703965893
Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 13
Municípios
(com cópia para o Poder
Executivo do respectivo
Estado)
Estados União
OT
Art. 51, § 2o O descumprimento dos prazos previstos neste artigo impedirá, até que a situação seja
regularizada, que o ente da Federação receba transferências voluntárias e contrate operações de
crédito, exceto as destinadas ao refinanciamento do principal atualizado da dívida mobiliária.
possibilidade de ocorrência de
limitação de empenho
7. RREO e RGF:
Quadro comparativo:
78 de 80| www.direcaoconcursos.com.br
Suzana Cristina Barbosa Fernandes - 32703965893
Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 13
79 de 80| www.direcaoconcursos.com.br
Suzana Cristina Barbosa Fernandes - 32703965893
Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
TCU e TC-DF
RREO x RGF Aula 13
RREO RGF
Bal. Orç, especificando, por CE:
àRec. Por FTE (realizadas e a realizar + à1 para todos àvários: cada
Só EXECUTIVO
prev atual) Poderes/MP Poder/Órgão
à Desp por GND (dot do exerc, liquidadas
e saldo)
àBIMESTRAL àQUADRIMESTRAL
àPublic: 30 após àPublic: 30 após
àSanção:O*T* àSanção:O*T*
Demonstrativo da Execução: Comparativo com os limites:
à Receita por CE e FTE (prev inicial e àAss: Chefe Exec. àAss: Chefe Poder/Org
a) PEssoal (inativos e pensionistas)
atual, realiz bimestre e exerc , e a
b) Dívidas consolidada e mobiliária
realizar)
c) OC, (+) ARO
àDesp por CE e GND (dot inic e p/ o
d) (concessão de) Garantias
exerc, emp e liq no exerc e no bim) BODE PÉ DOG
àDesp por FUN/SUBF
Obs: Ref Dív Mob à Destacada nas Rec
de OC e nas Desp com Amort
+ +
Acomp. Demonstrativos relativos a Se ultrapassado qualquer dos limites
àRCL (evolução + prev fim de exerc)
àR & D Previd Medidas Corretivas
àRN e RP 4RJ
àRP (p/ Pod/Órg do 20, insc, pago e a
pagar)
à(Desp com) Juros
Últ. BIM Últ. QUAD àARO: liquidação até 10/12 + proibição
em último ano de mandato
àRegra de Ouro à(inscrição em) RP, das despesas:
à(Projeções Atuariais dos...) Regimes de Previd (Liquidadas; Emp e ñ liq; Emp e ñ liq,
àVar Pat (evidenc alien de ativos e aplic dos $) 2RV ARD inscritas até o lim da disp caixa; não
inscritas por falta de disp caixa)
Qdo for o caso, serão apresent JUSTIFICATIVAS: à Disponibilidades de caixa em 31/12
à Limitação empenho
à Frust. Receita
80 de 80| www.direcaoconcursos.com.br
Suzana Cristina Barbosa Fernandes - 32703965893