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Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof.

Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 13

Aula 13 – LRF Parte 3: transferências


voluntárias. Destinação de recursos
públicos para o setor privado. Prestação de
Contas e Transparência na gestão fiscal.
RREO e RGF
AFO p/ TCU e TC-DF

Prof. Sérgio Machado


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Sumário
CAP. V: DAS TRANSFERÊNCIAS VOLUNTÁRIAS (ART. 25) ........................................................................ 5

CAP. VI: DA DESTINAÇÃO DE RECURSOS PÚBLICOS PARA O SETOR PRIVADO (ARTS. 26 A 28) ................ 10

CAPÍTULO IX: DA TRANSPARÊNCIA, CONTROLE E FISCALIZAÇÃO (ARTS. 48 A 59) .................................. 14

TRANSPARÊNCIA DA GESTÃO FISCAL ........................................................................................................................ 14


Contas do Chefe do Poder Executivo ............................................................................................................... 21
DAS PRESTAÇÕES DE CONTAS ............................................................................................................................... 23
DA ESCRITURAÇÃO E CONSOLIDAÇÃO DAS CONTAS .................................................................................................. 25
DA FISCALIZAÇÃO DA GESTÃO FISCAL ..................................................................................................................... 29
RREO E RGF ...................................................................................................................................................... 32

QUESTÕES COMENTADAS - CESPE........................................................................................................ 42

LISTA DE QUESTÕES - CESPE ................................................................................................................67

GABARITO - CESPE ................................................................................................................................ 73

RESUMO DIRECIONADO ........................................................................................................................ 74

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Dica de um concursado para um concurseiro


Utilize as redes sociais de forma inteligente!
Siga pessoas e perfis que lhe acrescentam algo. Que lhe entregam valor! No Instagram e no YouTube,
você pode ativar notificações dos seus perfis favoritos, por exemplo.

Você também pode controlar o tempo que passa no celular e/ou na rede social. Você pode se surpreender
com o tanto de tempo que você “perde” com isso. Tempo que poderia ser utilizado de forma melhor. Não
necessariamente estudando. Você pode usar esse tempo para passar mais tempo com a família, fazer
exercícios, namorar... todas são atividades que potencializam os seus estudos! 😉

Utilize as redes sociais de forma inteligente!

Mentalidade dos campeões 🏆

Pensamentos conduzem a sentimentos. Sentimentos conduzem a ações. Ações conduzem a resultados.

No que você está pensando? Que não vai passar ou que vai passar? Que não vai conseguir ou que vai
conseguir?
Cuidado com o que você pensa! Pensamentos conduzem a resultados!

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Cap. V: das transferências voluntárias (art. 25)


Já conversamos um pouco sobre transferências voluntárias. Conversamos sobre como o ente da
Federação fica proibido de recebê-las caso não institua, preveja e efetivamente arrecade todos os impostos de
sua competência, ou caso não alcance a redução de despesa total com pessoal dentro do prazo estabelecido.

E agora chegou a hora de estuda-las um pouco mais a fundo.

Então eu pergunto: o que é uma transferência voluntária? 🤔

“É uma transferência que algum ente fez porque quis, professor. Fez de forma voluntária!”

Bingo! Exatamente! 😃 Aqui não tem segredo: o ente faz uma transferência porque ele quis fazer e não
porque foi obrigado por alguma determinação constitucional ou legal. Isso é uma transferência voluntária.

Quando você se dispõe a fazer um trabalho voluntário, você trabalha porque quer, porque tem vontade, e o faz de forma
espontânea (não forçada). Ninguém lhe obrigou a estar ali. Você que escolheu estar ali.

Quando um ente da Federação se dispõe a fazer uma transferência voluntária, é a mesma coisa! Ninguém obrigou ele a
transferir aqueles recursos. Ele o fez porque quis.

Então vejamos como a LRF trata desse tema:

Art. 25. Para efeito desta Lei Complementar, entende-se por transferência voluntária a entrega de
recursos correntes ou de capital a outro ente da Federação, a título de cooperação, auxílio ou
assistência financeira, que não decorra de determinação constitucional, legal ou os destinados ao
Sistema Único de Saúde.

Perceba como as transferências voluntárias foram conceituadas por exclusão, ou seja, em vez de dizer o
que são transferências voluntárias, a LRF diz o que não são transferências voluntárias. 😉

E transferências voluntárias são transferências que não decorrem de determinação constitucional, legal
ou os destinados ao Sistema Único de Saúde. Em outras palavras, transferências voluntárias não são:

• Transferências constitucionais: aquelas estabelecidas pela CF/88 (a exemplo do Fundo de


Participação dos Estados – FPE, Fundo de Participação dos Municípios – FPM, etc.)
• Transferências legais: aquelas estabelecidas por lei específica que não dependem de convênios
para transferência (a exemplo das transferências automáticas na área de educação e das
transferências fundo a fundo na área de saúde).
Portanto, se um ente está entregando recursos (correntes ou de capital, tanto faz) a outro ente da
Federação (não a um particular) e essa transferência não é decorrente de determinação constitucional, legal
ou esses recursos não são destinados ao SUS, então aquele ente só está entregando esse dinheiro porque quer!
Ele está voluntariamente transferindo os recursos, a título de cooperação, auxílio ou assistência financeira.
Essas são as transferências voluntárias. Entendeu? 😉

Preste atenção!
Transferências voluntárias são transferências que não decorrem de determinação constitucional,
legal ou os destinados ao Sistema Único de Saúde.

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Mais um detalhe: para quem pode ser feita uma transferência voluntária? 🤔

Para outro ente da Federação! 😄

Para particulares, entidades privadas, não! Transferências voluntárias são somente para outro ente da
Federação!

Preste atenção!
Transferências voluntárias são somente para outro ente da Federação

Entrega de recursos
(correntes ou de A outro ente da Federação
capital)

Transferências Voluntárias Determinação constitucional

Não pode ser


Determinação legal
decorrente de

Sistema Único de Saúde


(SUS)

Beleza! 😄

Mas você acha que é fácil assim fazer uma transferência voluntária? É só acordar num belo dia, decidir
que quer entregar dinheiro para outra pessoa e pronto? 🧐

Não é bem assim... ☺

Se o ente quiser transferir recursos de forma voluntária, ele (transferidor) e o recebedor (beneficiário)
precisam cumprir algumas exigências. ☝

Afinal, como você se sentiria se você confiasse a administração do seu suado dinheiro a alguém que, sem o mínimo de zelo
e cuidado, constantemente entregasse os seus recursos para alguém que está inadimplente, que não presta contas e que
não cumpre requisitos mínimos estabelecidos pela lei?

Certamente você ficaria com raiva! 😡 🤬

Então vejamos quais são as exigências:

Art. 25, § 1o São exigências para a realização de transferência voluntária, além das estabelecidas na lei
de diretrizes orçamentárias:

I - existência de dotação específica;

II - (VETADO)

III - observância do disposto no inciso X do art. 167 da Constituição;

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Essas são as exigências feitas do transferidor (aquele que está transferindo os recursos).

Repare que a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) também estabelece algumas exigências. 😉

“Professor, e que exigência é essa aí do inciso III?”


Ah! É a seguinte (CF/88):

Art. 167. São vedados: (...)

X - a transferência voluntária de recursos e a concessão de empréstimos, inclusive por antecipação de


receita, pelos Governos Federal e Estaduais e suas instituições financeiras, para pagamento de despesas
com pessoal ativo, inativo e pensionista, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

Resumindo: é vedado fazer transferência voluntária ou conceder empréstimo para pagar salários, para
pagar despesas com pessoal ativo, inativo ou pensionista! 😤

Pronto! O transferidor só precisa cumprir essas duas condições: ter dotação orçamentária específica para
a transferência e não fazer a transferência para pagamento de despesas com pessoal ativo, inativo e
pensionista.
Continuando no mesmo parágrafo da lei, agora vamos encontrar as exigências feitas do beneficiário:

IV - comprovação, por parte do beneficiário, de:

a) que se acha em dia quanto ao pagamento de tributos, empréstimos e financiamentos devidos ao ente
transferidor, bem como quanto à prestação de contas de recursos anteriormente dele recebidos;

b) cumprimento dos limites constitucionais relativos à educação e à saúde;

c) observância dos limites das dívidas consolidada e mobiliária, de operações de crédito, inclusive por
antecipação de receita, de inscrição em Restos a Pagar e de despesa total com pessoal;

d) previsão orçamentária de contrapartida.

Portanto, veja que o ente transferidor não pode sair entregando recursos de forma voluntária para
qualquer um. O beneficiário dessas transferências voluntárias precisa “andar na linha” se quiser estar apto a
receber tais recursos! 😏

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Exigências para realização de transferências voluntárias


Transferidor Beneficiário
Estar em dia com o pagamento de tributos,
Dotação orçamentária específica empréstimos e financiamentos devidos ao ente
transferidor
Não fazer a transferência para pagamento de
Estar em dia com a prestação de contas de recursos
despesas com pessoal ativo, inativo e
anteriormente recebidos
pensionista
Estar cumprindo os limites constitucionais relativos à
educação e à saúde
Estar cumprindo os limites:
• das dívidas consolidada e mobiliária;
• de operações de crédito, inclusive ARO
• de inscrição em Restos a Pagar; e
• de despesa total com pessoal
Ter previsão orçamentária de contrapartida
Ah! Tem mais uma regra sobre as transferências voluntárias:

Art. 25, § 2º É vedada a utilização de recursos transferidos em finalidade diversa da pactuada.

Isso significa que a utilização dos recursos transferidos se encontra vinculada ao objeto pactuado, sendo
vedada a utilização de recursos transferidos com finalidade diversa da pactuada.

Por exemplo: se a transferência voluntária foi para a construção de um novo hospital, então esses recursos só podem ser
para a construção do novo hospital.

“E como as transferências voluntárias são feitas, professor?”


Na União, por exemplo, são feitas por meio de convênios, contratos de repasse e termos de parceria.
Para finalizar, vou lhe lembrar da enorme colher de chá que a LRF dá aos entes da Federação que estão
proibidos de receber transferências voluntárias:

Art. 25, § 3º Para fins da aplicação das sanções de suspensão de transferências voluntárias constantes
desta Lei Complementar, excetuam-se aquelas relativas a ações de educação, saúde e assistência
social.

Lembre-se: se o ente não respeitas algumas regras da LRF, o bicho vai pegar! Mas o bicho é um
cachorrinho fofinho! 🐶 😂

É como se a LRF dissesse: “Ente, você não pode receber transferências voluntárias! Mas se forem relativas a
ações de educação, saúde e assistência social, você pode continuar recebendo”. ☺

Ora! Justamente os maiores gastos do ente! Ele quer receber transferências voluntárias para mais o que?
Essa sanção aí não faz nem cosquinhas! 😂

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Só preste atenção no seguinte: as exceções para recebimento de transferências voluntárias (mesmo que
o ente esteja proibido de recebê-las no momento) são as transferências relativas a ações de educação, saúde e
assistência social.

Eu disse: educação, saúde e assistência social. ✅

Eu não disse: educação, saúde e segurança. ❌

Essas últimas são as exceções à contratação de pessoal para reposição decorrente de aposentadoria ou
falecimento, caso o ente tenha ultrapassado o limite prudencial (95%) da despesa total com pessoal (LRF, art.
22, IV).

Exceções para contratação de pessoal quando


Exceções para recebimento de transferências
despesa total com pessoal exceder o limite
voluntárias
prudencial (95%)
Educação Educação
Saúde Saúde
Segurança 🔫 Assistência social 💚

Questões para fixar


VUNESP – Câmara Municipal de Olímpia – Procurador Jurídico – 2018

São exigências para a realização de transferência voluntária, além das estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias, a
comprovação, por parte do beneficiário, de previsão orçamentária de contrapartida.

Comentários:

Exatamente! Essa é uma das exigências feitas do beneficiário da transferência voluntária, prevista na LRF:

Art. 25, § 1o São exigências para a realização de transferência voluntária, além das estabelecidas na lei de diretrizes
orçamentárias: (...)

IV - comprovação, por parte do beneficiário, de: (...)

d) previsão orçamentária de contrapartida.

Gabarito: Certo

CESPE – Polícia Federal – Perito Criminal Federal – 2004

A suspensão das transferências voluntárias entre entes da Federação é uma das sanções mais comuns pelo
descumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal. As ações na área de segurança pública constituem uma das poucas
exceções à aplicação dessas sanções.

Comentários:

Opa! A segurança pública é uma das exceções para contratação de pessoal quando despesa total com pessoal exceder o
limite prudencial (95%).

As exceções para recebimento de transferências voluntárias (mesmo que o ente esteja proibido de recebê-las no
momento) são as transferências relativas a ações de educação, saúde e assistência social.

Gabarito: Errado

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Cap. VI: da destinação de recursos públicos para o


setor privado (arts. 26 a 28)
Do mesmo jeito que há exigências para transferências, também há exigências para a destinação de
recursos públicos para o setor privado.

Vejamos o que a LRF diz sobre o assunto:

Art. 26. A destinação de recursos para, direta ou indiretamente, cobrir necessidades de pessoas físicas
ou déficits de pessoas jurídicas deverá ser autorizada por lei específica, atender às condições
estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias e estar prevista no orçamento ou em seus créditos
adicionais.

Repare que a destinação de recursos é para cobrir necessidades de pessoas físicas ou déficits de pessoas
jurídicas. Ou seja: recursos podem ser destinados para pessoas físicas ou pessoas jurídicas. Tanto faz! 😄

Além disso, a destinação deverá:

• ser autorizada por lei específica;


• atender às condições estabelecidas na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO); e
• estar prevista no orçamento ou em seus créditos adicionais.

“Certo, mas essa regra se aplica a quem, professor?” 🤔

Vejamos:

§ 1o O disposto no caput aplica-se a toda a administração indireta, inclusive fundações públicas e


empresas estatais, exceto, no exercício de suas atribuições precípuas, as instituições financeiras e o
Banco Central do Brasil.

“E o que se entende por ‘destinação de recursos públicos para o setor privado’? É só a transferência de recursos
mesmo ou se houver um empréstimo ele também será considerado destinação de recursos públicos para o setor
privado’?” 🧐

Vamos ler o próximo parágrafo do artigo:

§ 2o Compreende-se incluída a concessão de empréstimos, financiamentos e refinanciamentos,


inclusive as respectivas prorrogações e a composição de dívidas, a concessão de subvenções e a
participação em constituição ou aumento de capital.

Então não adianta tentar “mascarar” essa destinação de recursos públicos para o setor privado. Seja por
meio de empréstimos, financiamentos, subvenções: quer destinar recursos para cobrir necessidades de pessoas
físicas ou déficits de pessoas jurídicas? Vai ter que atender as exigências da LRF! 😤

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Autorizada por lei


específica

Atender às condições da
Requisitos
LDO

Previsão na LOA ou
Cobrir necessidades de PF créditos adicionais
ou déficits de PJ

Instituições financeiras
Administração
indireta, exceto:
BACEN

Continuando:

Art. 27. Na concessão de crédito por ente da Federação a pessoa física, ou jurídica que não esteja sob seu
controle direto ou indireto, os encargos financeiros, comissões e despesas congêneres não serão
inferiores aos definidos em lei ou ao custo de captação.

Parágrafo único. Dependem de autorização em lei específica as prorrogações e composições de dívidas


decorrentes de operações de crédito, bem como a concessão de empréstimos ou financiamentos em
desacordo com o caput, sendo o subsídio correspondente consignado na lei orçamentária.

“O que isso quer dizer, professor?” 🤔

Quer que: “se for conceder crédito, não o faça perdendo dinheiro”. Ninguém empresta dinheiro para
sair perdendo, certo? 😉 Nem mesmo a Administração Pública. Essa é a lição desse dispositivo.

Por exemplo: imagine que um ente capte recursos ao custo de 5% a.a., mas ao emprestar dinheiro (conceder crédito), ele
o faz por 3% a.a. Assim o ente estaria tomando um prejuízo, não é? 🤨 Você compraria uma mercadoria por R$ 5,00 e
depois a venderia por R$ 3,00? Acho que não... 😅

Agora, é possível fazer empréstimo ou financiamento em desacordo com essa regra! Mas tem que haver
autorização em lei específica. ☝

Preste atenção!
Desde que haja autorização em lei específica, é possível que um ente faça empréstimo ou financiamento a
pessoa física, ou jurídica que não esteja sob seu controle direto ou indireto, com encargos financeiros,
comissões e despesas congêneres inferiores aos definidos em lei ou ao custo de captação.

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Vamos em frente:

Art. 28. Salvo mediante lei específica, não poderão ser utilizados recursos públicos, inclusive de operações
de crédito, para socorrer instituições do Sistema Financeiro Nacional, ainda que mediante a concessão
de empréstimos de recuperação ou financiamentos para mudança de controle acionário.

§ 1o A prevenção de insolvência e outros riscos ficará a cargo de fundos, e outros mecanismos,


constituídos pelas instituições do Sistema Financeiro Nacional, na forma da lei.

§ 2o O disposto no caput não proíbe o Banco Central do Brasil de conceder às instituições financeiras
operações de redesconto e de empréstimos de prazo inferior a trezentos e sessenta dias.

Lembra quando alguns bancos receberam socorros bilionários dos governos após a crise global de 2007-
2008? 🧐

Pois é... isso não pode ocorrer no Brasil! Recursos públicos não podem ser utilizados para isso! 😤 Mesmo
que esse socorro seja feito mediante a concessão de empréstimos de recuperação ou financiamentos para
mudança de controle acionário.
A não ser que haja uma lei específica autorizando isso! Aí sim os recursos públicos poderão ser utilizados
para socorrer instituições do Sistema Financeiro Nacional. 😄

Mas isso não impede que o Banco Central do Brasil às instituições financeiras operações de redesconto
e de empréstimos de prazo inferior a 365 dias.
“E por que existe essa regra, professor? Por que, a princípio, os recursos públicos não poderão ser utilizados
para socorrer essas instituições financeiras?”
Primeiro porque dinheiro público, a princípio, não deve ser utilizado para ajudar um particular em
especial. Ele deve ser utilizado em benefício de todos (e não de alguns). No entanto, se for do interesse público
que essa instituição seja socorrida (se isso for melhor para a sociedade), então os recursos públicos poderão ser
utilizados para isso.
Segundo porque existem fundos e outros mecanismos já constituídos pelas instituições do Sistema
Financeiro Nacional específicos para a prevenção de insolvência (prevenir que o banco “quebre”, venha à
falência).

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Questões para fixar


VUNESP – Câmara Municipal de Campo Limpo – Procurador Jurídico – 2018

A destinação de recursos ao setor privado para a cobertura de necessidades de pessoas físicas ou déficits de pessoas
jurídicas deverá ser autorizada por lei específica e atender às condições estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias.

Comentários:

Exatamente como está escrito no artigo 26 da LRF:

Art. 26. A destinação de recursos para, direta ou indiretamente, cobrir necessidades de pessoas físicas ou déficits de pessoas
jurídicas deverá ser autorizada por lei específica, atender às condições estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias e
estar prevista no orçamento ou em seus créditos adicionais.

Gabarito: Certo

VUNESP – Câmara Municipal de Campo Limpo – Procurador Jurídico – 2018 – adaptada

As condições previstas na Lei Complementar 101/2000 para a transferência de recursos ao setor privado aplica-se a toda a
Administração indireta, inclusive fundações públicas, empresas estatais, e instituições financeiras oficiais.

Comentários:

Aí não! 😁 As condições aplicam-se a toda a administração indireta, inclusive fundações públicas e empresas estatais,
exceto as instituições financeiras e o Banco Central do Brasil.

Gabarito: Errado

CESPE – SEFAZ-ES – Consultor Executivo – 2010

Salvo mediante lei específica, não podem ser utilizados recursos públicos, inclusive de operações de crédito, para socorrer
instituições do Sistema Financeiro Nacional, ainda que mediante concessão de empréstimos de recuperação ou
financiamentos para mudança de controle acionário.

Comentários:

Exatamente como está escrito no artigo 28 da LRF. Não mudou uma letra! 😄

Gabarito: Certo

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Capítulo IX: Da Transparência, Controle e


Fiscalização (arts. 48 a 59)
Transparência da gestão fiscal
A Lei de Responsabilidade Fiscal foi um marco para transparência pública! 😊

Se hoje você pode entrar no portal da transparência da União, do seu Estado e do seu Município para
consultar o orçamento, as contas públicas, relatórios, e até mesmo dar aquela espiada na remuneração de
algum servidor, você pode agradecer à LRF por isso. 😉 Porque foi ela que ampliou a obrigatoriedade de
transparência nos atos públicos, ou seja, ela obrigou que os entes da Federação publicassem alguns
documentos, os quais a LRF chama de instrumentos de transparência da gestão fiscal.

O que? Você nunca bisbilhotou o portal da transparência?! 😳

Você não sabe o que está perdendo... 😅

Clica aqui para ver o da União (ele é bem completo): http://www.portaltransparencia.gov.br/


“Beleza, professor. Entendi. Mas o que foi que a LRF fez para assegurar essa transparência? E que
instrumentos de transparência da gestão fiscal são esses?” 🤔

Ah! Excelente pergunta. Para respondê-la (e para acertar questões de prova) você precisa conhecer o
artigo 48 da LRF:

Art. 48. São instrumentos de transparência da gestão fiscal, aos quais será dada ampla divulgação,
inclusive em meios eletrônicos de acesso público: os planos, orçamentos e leis de diretrizes
orçamentárias; as prestações de contas e o respectivo parecer prévio; o Relatório Resumido da
Execução Orçamentária e o Relatório de Gestão Fiscal; e as versões simplificadas desses documentos.

Planos, diretrizes orçamentárias e orçamentos


- PPA, LDO e LOA (arts. 3º a 7º)

Prestações de contas anuais e respectivo


parecer prévio (arts. 56 a 58)
Instrumentos de
transparência da
gestão fiscal
RREO e RGF (arts. 52 a 54)

Versões simplificadas do RREO e RGF

⚠ Atenção: as questões gostam de questionar quais são os instrumentos de transparência da gestão


fiscal. Portanto, você deve memorizar essa listinha! 😉

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Repare que a LRF exige que a esses instrumentos seja dada ampla divulgação, inclusive em meios
eletrônicos de acesso público. Claro! Ainda mais hoje em dia, com toda essa tecnologia. Você chamaria de
ampla divulgação algo que não está na internet? 😅

E tem mais: a Lei ainda exige que a divulgação desses documentos seja feita em linguagem simples e
objetiva, porque de que adianta divulgar documentos se o cidadão comum não consegue entender? Divulgar
um documento que o cidadão precisa fazer uma graduação para entender? Divulgar um documento que só 10%
da sociedade consegue entender? Que transparência pública é essa? 🧐 Para mim não tem nada de público aí!
😤

Enfim, continuando, o artigo 48 nos apresenta outras formas pelas quais a transparência pública será
assegurada:

Art. 48, § 1o A transparência será assegurada também mediante:

I – incentivo à participação popular e realização de audiências públicas, durante os processos de


elaboração e discussão dos planos, lei de diretrizes orçamentárias e orçamentos; (Incluído pela Lei
Complementar nº 131, de 2009).

Lembra do orçamento participativo? 😏

Pois é. É nas famosas audiências públicas que população (ou determinados grupos) decide onde e como
os recursos públicos devem ser investidos. A população participa diretamente da elaboração e discussão do
orçamento público (PPA, LDO e LOA), definindo as prioridades de investimento do governo. Afinal, quem
melhor para saber das necessidades da sociedade do que a própria sociedade? 😉

II - liberação ao pleno conhecimento e acompanhamento da sociedade, em tempo real, de informações


pormenorizadas sobre a execução orçamentária e financeira, em meios eletrônicos de acesso público; e

Hoje em dia já temos a tecnologia que nos permite acompanhar em tempo real as informações sobre a
execução orçamentária e financeira. Portanto, se a União, Estado ou Município empenhou alguma despesa,
realizou uma licitação, arrecadou alguma receita, isso deve estar lá no seu portal da transparência. Se não
estiver, denuncie ao Tribunal de Contas competente! 😄

III – adoção de sistema integrado de administração financeira e controle, que atenda a padrão mínimo
de qualidade estabelecido pelo Poder Executivo da União e ao disposto no art. 48-A.

Beleza! Aí veio a Lei Complementar 156 de 2016 e adicionou mais parágrafos ao artigo 48 (vou fazer os
comentários necessários):

§ 2º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios disponibilizarão suas informações e dados


contábeis, orçamentários e fiscais conforme periodicidade, formato e sistema estabelecidos pelo órgão
central de contabilidade da União, os quais deverão ser divulgados em meio eletrônico de amplo acesso
público.

§ 3o Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios encaminharão ao Ministério da Fazenda, nos termos e


na periodicidade a serem definidos em instrução específica deste órgão, as informações necessárias para a

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constituição do registro eletrônico centralizado e atualizado das dívidas públicas interna e externa,
de que trata o § 4o do art. 32.

É o Ministério da Fazenda que verificará o cumprimento dos limites e condições relativos à realização de
operações de crédito de cada ente da Federação (art. 32). Por isso que os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios encaminharão essas informações a esse Ministério.

§ 4o A inobservância do disposto nos §§ 2o e 3o ensejará as penalidades previstas no § 2o do art. 51.

Não obedeceu a essas regras? Olha só o que vai acontecer:

Art. 51, § 2o O descumprimento dos prazos previstos neste artigo impedirá, até que a situação seja
regularizada, que o ente da Federação receba transferências voluntárias e contrate operações de
crédito, exceto as destinadas ao refinanciamento do principal atualizado da dívida mobiliária.

Você vai perceber que a LRF muitas vezes se remete a esse dispositivo. Em geral, toda vez que o ente
descumprir algum prazo, ele ficará sujeito a essas sanções. Por isso, para memorizar, você pode utilizar o
seguinte mnemônico:

OT
“Já sei! OT é de ‘otário’, né professor? ‘Perdeu o prazo, otário!’”

Não! Mas poderia ser! 😂

Na verdade, OT significa:

• O: contratação de Operações de crédito;


• T: recebimento de Transferências voluntárias.
Mas repare que, mesmo impedido, o ente ainda pode realizar operações de crédito destinadas ao
refinanciamento do principal atualizado da dívida mobiliária.
Continuando nos parágrafos do artigo 48:

§ 5o Nos casos de envio conforme disposto no § 2o, para todos os efeitos, a União, os Estados, o Distrito
Federal e os Municípios cumprem o dever de ampla divulgação a que se refere o caput.

Se enviou nos conformes, então cumpriu o dever de ampla divulgação.

§ 6o Todos os Poderes e órgãos referidos no art. 20, incluídos autarquias, fundações públicas, empresas
estatais dependentes e fundos, do ente da Federação devem utilizar sistemas únicos de execução
orçamentária e financeira, mantidos e gerenciados pelo Poder Executivo, resguardada a autonomia.

⚠ Atenção: é um sistema único de execução orçamentária! E ele é mantido e gerenciado pelo Poder
Executivo. Não é “cada órgão utiliza o seu sistema específico e depois a gente junta tudo”. O sistema é único!
😉

Beleza! 😄

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Agora, se você lembra bem, eu falei que “se a União, Estado ou Município empenhou alguma despesa,
realizou uma licitação, arrecadou alguma receita, isso deve estar lá no seu portal da transparência.” Isso porque
a transparência também será assegurada mediante a liberação ao pleno conhecimento e acompanhamento
da sociedade, em tempo real, de informações pormenorizadas sobre a execução orçamentária e financeira,
em meios eletrônicos de acesso público (LRF, art. 48, II, que acabamos de ver). E é aqui que entra o artigo 48-
A: ele define como será a liberação dessas informações, olha só:

Art. 48-A. Para os fins a que se refere o inciso II do parágrafo único do art. 48, os entes da Federação
disponibilizarão a qualquer pessoa física ou jurídica o acesso a informações referentes a:

I – quanto à despesa: todos os atos praticados pelas unidades gestoras no decorrer da execução da
despesa, no momento de sua realização, com a disponibilização mínima dos dados referentes ao número
do correspondente processo, ao bem fornecido ou ao serviço prestado, à pessoa física ou jurídica
beneficiária do pagamento e, quando for o caso, ao procedimento licitatório realizado;

II – quanto à receita: o lançamento e o recebimento de toda a receita das unidades gestoras, inclusive
referente a recursos extraordinários.

Note que a disponibilização de informações é para qualquer pessoa, seja ela física ou jurídica! ☝

Agora, imagine que você fez uma compra num site, mas não recebeu o número do seu pedido. O produto
está demorando muito para chegar então você entra em contato com a empresa e diz: “olha, comprei o produto
X aí no seu site e ele está demorando”. A primeira pergunta que vão lhe fazer é: “qual é o número do pedido?”
Milhares de pessoas também fizeram a mesma compra. Como a empresa vai identificar a sua se você não tem
o número do pedido? 🤔

Da mesma forma, como o cidadão vai controlar a Administração Pública (controle social 😏) se ele não
tem o mínimo de informações sobre a despesa? É por isso que os entes da Federação devem disponibilizar o
mínimo de dados referentes:

• ao número do correspondente processo;


• ao bem fornecido ou ao serviço prestado;
• à pessoa física ou jurídica beneficiária do pagamento; e
• quando for o caso, ao procedimento licitatório realizado (porque algumas despesas não
precisam ser licitadas).

E tem mais: não basta divulgar só quando terminar o mês ou o bimestre. É para divulgar no momento da
realização da despesa (lembrando que na execução orçamentária, a realização da despesa se dá no empenho).
Portanto, o ente empenhou uma despesa? Tem que colocar logo no portal da transparência! 😤

Quanto às informações acerca da receita, preste atenção: até mesmo as informações referentes a
recursos extraordinários devem ser divulgadas.

“Professor, isso tudo parece muito lindo no papel. E eu entendo que até seja tranquilo para a União, Estados
e alguns Municípios mais ricos divulgarem tudo isso. Mas eu tenho dificuldade em acreditar que um município lá do
cafundó do Judas, aquele ‘interiorzão’ mesmo, faça a mesma coisa. Eles também têm que divulgar tudo?” 🤔

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Sim! Esse é o milagre da internet! 😂 Com um computador e uma conexão à internet, você pode divulgar
essas informações onde quer que você esteja. 😃

Mas o legislador sabe que não é tão fácil assim fazer isso nos municípios pequenos. Às vezes a internet
não chega lá e a divulgação dessas informações implicaria em mudanças na rotina de trabalho, contratação de
servidores, etc.

Por isso que a Lei Complementar 131 de 2009 deu um prazo para os entes da Federação se adaptarem a
essas regras. Os prazos variam de acordo com o número de habitantes do ente. Observe:

Art. 73-B. Ficam estabelecidos os seguintes prazos para o cumprimento das determinações dispostas nos
incisos II e III do parágrafo único do art. 48 e do art. 48-A:

I – 1 (um) ano para a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios com mais de 100.000 (cem
mil) habitantes;

II – 2 (dois) anos para os Municípios que tenham entre 50.000 (cinquenta mil) e 100.000 (cem mil)
habitantes;

III – 4 (quatro) anos para os Municípios que tenham até 50.000 (cinquenta mil) habitantes.

Parágrafo único. Os prazos estabelecidos neste artigo serão contados a partir da data de publicação da lei
complementar que introduziu os dispositivos referidos no caput deste artigo.

Art. 73-C. O não atendimento, até o encerramento dos prazos previstos no art. 73-B, das determinações
contidas nos incisos II e III do parágrafo único do art. 48 e no art. 48-A sujeita o ente à sanção prevista no
inciso I do § 3o do art. 23.
Vamos tomar como exemplo os Municípios que tenham até 50.000 habitantes. Eles tiveram 4 (quatro)
anos (até 2013) para se adaptarem e cumprir as seguintes determinações do artigo 48 e 48-A:

• liberação ao pleno conhecimento e acompanhamento da sociedade, em tempo real, de


informações pormenorizadas sobre a execução orçamentária e financeira, em meios
eletrônicos de acesso público;
• adoção de sistema integrado de administração financeira e controle, que atenda a padrão
mínimo de qualidade estabelecido pelo Poder Executivo da União e ao disposto no art. 48-A;
• disponibilização a qualquer pessoa física ou jurídica o acesso a informações referentes a despesa
e receita.

Se não o ente não atendeu esses prazos, o bicho vai pegar: ele ficará proibido de receber transferências
voluntárias! Lembrando sempre que esse bicho é um cachorrinho fofinho 😅: o ente ainda pode receber
transferências voluntárias relativas a ações de educação, saúde e assistência social (assistência social! Não
“segurança”). 😄

Mas tem um detalhe aqui, que não está na LRF, mas sim na Lei 12.527/11:

Art. 8º, § 4º - Os Municípios com população de até 10.000 (dez mil) habitantes ficam dispensados da
divulgação obrigatória na internet a que se refere o § 2º, mantida a obrigatoriedade de divulgação, em
tempo real, de informações relativas à execução orçamentária e financeira, nos critérios e prazos previstos
no art. 73-B da Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000.

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Isso mesmo! Aqueles municípios (lá no cafundó do Judas 😅) que tenham menos de 10.000 habitantes
estão dispensados da divulgação obrigatória na internet. Realmente, ainda hoje às vezes a rede nem chega
nesses lugares (e essa lei é de 2011, naquela época o a amplitude da rede de internet era ainda menor). Por isso
o legislador os dispensou dessa obrigação. Mas eles não estão completamente liberados 😏: eles ainda têm
que divulgar, em tempo real, de informações relativas à execução orçamentária e financeira. ☝

Questões para fixar


FCC - DPE-AM - Analista em Gestão Especializado de Defensoria - Ciências Contábeis – 2018

De acordo com a Lei n° 101/2000, Lei de Responsabilidade Fiscal − LRF, a transparência será assegurada por meio da
liberação, em tempo real, de informações pormenorizadas sobre a execução orçamentária e financeira em meios
eletrônicos de acesso público.

Comentários:

Isso mesmo! De acordo com o artigo 48, § 1º, II, da LRF:

Art. 48, § 1º A transparência será assegurada também mediante:

II - liberação ao pleno conhecimento e acompanhamento da sociedade, em tempo real, de informações pormenorizadas


sobre a execução orçamentária e financeira, em meios eletrônicos de acesso público;

Gabarito: Certo

CESPE - STJ - Analista Judiciário – Administrativa – 2018

O parecer prévio emitido pelo Tribunal de Contas da União sobre as contas prestadas anualmente pelo presidente da
República está dispensado de divulgação nos meios eletrônicos de acesso público.

Comentários:

Dispensado? Não! Olha só:

Art. 48. São instrumentos de transparência da gestão fiscal, aos quais será dada ampla divulgação, inclusive em meios
eletrônicos de acesso público: os planos, orçamentos e leis de diretrizes orçamentárias; as prestações de contas e o respectivo
parecer prévio; o Relatório Resumido da Execução Orçamentária e o Relatório de Gestão Fiscal; e as versões simplificadas
desses documentos.

Gabarito: Errado

FGV - Câmara de Salvador - BA - Analista Legislativo Municipal - Área Financeira – 2018

São dispensados de divulgação obrigatória na internet, mas mantidas a obrigatoriedade de divulgação, em tempo real, de
informações relativas à execução orçamentária e financeira, nos critérios e prazos previstos no Art. 73-B da Lei de
Responsabilidade Fiscal, os municípios com população de até:

A) 10.000 habitantes;

B) 20.000 habitantes;

C) 25.000 habitantes;

D) 30.000 habitantes;

E) 50.000 habitantes.

Comentários:

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A resposta está na Lei 12.527/11:

Art. 8º, § 4º - Os Municípios com população de até 10.000 (dez mil) habitantes ficam dispensados da divulgação obrigatória
na internet a que se refere o § 2º, mantida a obrigatoriedade de divulgação, em tempo real, de informações relativas à
execução orçamentária e financeira, nos critérios e prazos previstos no art. 73-B da Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de
2000.

Gabarito: A

CESPE - TCE-PR - Analista de Controle - Administração– Analista – 2016

Devido ao fato de existirem vários instrumentos de transparência, a exemplo do PPA, da LDO e da LOA, que garantem
aos entes federativos o acesso irrestrito aos dados da gestão financeira, orçamentária e fiscal, não há a necessidade de se
promover a participação popular como ferramenta de transparência.

Comentários:

PPA, LDO e LOA realmente instrumentos de transparência da gestão fiscal, e há sim a necessidade de se promover a
participação popular como ferramenta de transparência, olha só:

Art. 48, § 1o A transparência será assegurada também mediante:

I – incentivo à participação popular e realização de audiências públicas, durante os processos de elaboração e discussão dos
planos, lei de diretrizes orçamentárias e orçamentos;

Gabarito: Errado

FCC - TRF - 1ª REGIÃO - Analista Judiciário – Contadoria – 2011

De acordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal, são instrumentos de transparência da gestão fiscal: os planos,
orçamentos e leis de diretrizes orçamentárias; as prestações de contas e o respectivo parecer prévio; o Relatório Resumido
da Execução Orçamentária e o Relatório de Gestão Fiscal; e as versões simplificadas desses documentos.

Comentários:

Exatamente como está no artigo 48 da LRF, quer ver?

Art. 48. São instrumentos de transparência da gestão fiscal, aos quais será dada ampla divulgação, inclusive em meios
eletrônicos de acesso público: os planos, orçamentos e leis de diretrizes orçamentárias; as prestações de contas e o
respectivo parecer prévio; o Relatório Resumido da Execução Orçamentária e o Relatório de Gestão Fiscal; e as versões
simplificadas desses documentos.

Gabarito: Certo

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Contas do Chefe do Poder Executivo


Observe o seguinte dispositivo constitucional:

Art. 31, § 3º As contas dos Municípios ficarão, durante sessenta dias, anualmente, à disposição de
qualquer contribuinte, para exame e apreciação, o qual poderá questionar-lhes a legitimidade, nos termos
da lei.

A LRF olhou pra isso e disse: “60 dias? Isso não é transparência! Transparência é quando o cidadão tem o
direito de consultar as contas do gestor municipal a qualquer momento! Afinal, o cidadão está pagando seus
tributos e confiando o seu dinheiro àquele gestor. Nada mais justo do que poder consultar as suas contas quando
bem entender”.
Por isso a LRF estendeu essa obrigação constitucional. Agora, as contas do Chefe do Poder Executivo
(federal, estadual e municipal) ficarão disponíveis durante todo o exercício! Olha só:

Art. 49. As contas apresentadas pelo Chefe do Poder Executivo ficarão disponíveis, durante todo o
exercício, no respectivo Poder Legislativo e no órgão técnico responsável pela sua elaboração, para
consulta e apreciação pelos cidadãos e instituições da sociedade.

Parágrafo único. A prestação de contas da União conterá demonstrativos do Tesouro Nacional e das
agências financeiras oficiais de fomento, incluído o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e
Social, especificando os empréstimos e financiamentos concedidos com recursos oriundos dos orçamentos
fiscal e da seguridade social e, no caso das agências financeiras, avaliação circunstanciada do impacto
fiscal de suas atividades no exercício.

Quem pode consultar? Só os cidadãos? 🧐

Não! Instituições da sociedade também podem! 😉

“Professor, mas uma norma infraconstitucional pode fazer isso: ampliar uma obrigação constitucional? Não
há uma contradição aí? A Constituição fala em 60 dias e a norma infraconstitucional (a LRF) fala ‘durante todo o
exercício’?” 🤔

Claro que a LRF pode fazer isso! Ela não poderia era diminuir o número de dias que as contas ficariam
disponíveis, porque então estaria confiscando um direito garantido pela própria Constituição.

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Questões para fixar


VUNESP – TJ-SP – Contador Judiciário – 2019

As contas apresentadas pelo Chefe do Poder Executivo ficarão disponíveis, durante todo o exercício, no respectivo Poder
Legislativo e no órgão técnico responsável pela sua elaboração, para consulta e apreciação pelos cidadãos e instituições
da sociedade. Segundo a lei de responsabilidade fiscal, esse texto é a interpretação quanto ao princípio da

a) Transparência.

b) Accountability.

c) Legalidade.

d) Anualidade.

e) Totalidade.

Comentários:

Como afirma o próprio MCASP 8ª edição: o princípio da transparência aplica-se também ao orçamento público, pelas
disposições contidas nos arts. 48, 48-A e 49 da LRF. Quer ver o artigo 49 da LRF?

Art. 49. As contas apresentadas pelo Chefe do Poder Executivo ficarão disponíveis, durante todo o exercício, no respectivo
Poder Legislativo e no órgão técnico responsável pela sua elaboração, para consulta e apreciação pelos cidadãos e
instituições da sociedade.

Gabarito: A

CESPE – MS - Técnico de Contabilidade – 2010

As contas apresentadas pelo chefe do Poder Executivo ficam disponíveis, durante todo o exercício, no respectivo Poder
Legislativo e no órgão técnico responsável pela sua elaboração.

Comentários:

Exatamente! 😃. Agora, as contas do Chefe do Poder Executivo ficarão disponíveis durante todo o exercício (e não mais
somente durante 60 dias, como está escrito na CF/88, art. 31, § 3º). Olha só como isso está na LRF:

Art. 49. As contas apresentadas pelo Chefe do Poder Executivo ficarão disponíveis, durante todo o exercício, no respectivo
Poder Legislativo e no órgão técnico responsável pela sua elaboração, para consulta e apreciação pelos cidadãos e
instituições da sociedade.

Gabarito: Certo

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Das Prestações de Contas


A LRF também traz alguns dispositivos sobre as prestações de contas, sendo que boa parte deles está
suspensa pela ADIn 2.238-5. Então vejamos:

Art. 56. As contas prestadas pelos Chefes do Poder Executivo incluirão, além das suas próprias, as dos
Presidentes dos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário e do Chefe do Ministério Público, referidos no
art. 20, as quais receberão parecer prévio, separadamente, do respectivo Tribunal de Contas.

O caput do artigo 56 é um dos dispositivos que está suspenso pela ADIn 2.238-5 (marquei em vermelho a
parte problemática), porque, do jeito que está redigido, ele retira a competência das Cortes de Contas para
julgar as contas dos chefes dos respectivos Poderes, o que está em desacordo com as regras estabelecidas no
art. 71, I e II, da CF/88:

Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de
Contas da União, ao qual compete:

I - apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da República, mediante parecer prévio que
deverá ser elaborado em sessenta dias a contar de seu recebimento;

II - julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da
administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo Poder
Público federal, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que
resulte prejuízo ao erário público;

A lição aqui é a seguinte:

O Tribunal de Contas emite parecer prévio somente para as contas do chefe do Poder Executivo, que
serão posteriormente julgadas pelo Poder Legislativo (conforme art. 49, IX, da CF/88 e dispositivos simétricos
das constituições estaduais e leis orgânicas). Em outras palavras, o parecer prévio é exclusivo para o chefe do
Poder Executivo. 😊

Todas as outras contas (como as dos Presidentes dos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário e do
Chefe do Ministério Público, citadas no caput do artigo 56) serão efetivamente julgadas pela Corte de Contas.
😄

Parecer Chefe do Poder


prévio Executivo
Tribunais de
Contas
O resto (administradores e
Julga demais responsáveis)

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É por esse mesmo motivo que todo o artigo 57 está suspenso (marquei em vermelho a parte
problemática):

Art. 57. Os Tribunais de Contas emitirão parecer prévio conclusivo sobre as contas no prazo de sessenta
dias do recebimento, se outro não estiver estabelecido nas constituições estaduais ou nas leis orgânicas
municipais.

§ 1o No caso de Municípios que não sejam capitais e que tenham menos de duzentos mil habitantes o prazo
será de cento e oitenta dias.

§ 2o Os Tribunais de Contas não entrarão em recesso enquanto existirem contas de Poder, ou órgão
referido no art. 20, pendentes de parecer prévio.

Vamos agora ver o trecho do julgado que o suspendeu:

“a referência a ‘contas de Poder’, no § 2º do art. 57, evidencia a abrangência, no termo "contas" constante
do caput do artigo, daqueles cálculos decorrentes da atividade financeira dos administradores e demais
responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos, que somente poderão ser objeto de julgamento pelo
Tribunal de Contas competente (inciso II do art. 71 da Constituição).”

Preste atenção!
Todo o artigo 57 está suspenso, porque os Tribunais de Contas emitirão parecer prévio somente
sobre as contas do chefe do Poder Executivo.

“E as contas dos Tribunais de Contas, professor? Quem vai apreciá-las? O próprio Tribunal de Contas?” 🤔

Boa pergunta! Elas serão apreciadas por meio de um parecer da Comissão Mista de Planos, Orçamento
e Fiscalização (CMO) – ou equivalente das Casas Legislativas estaduais e municipais. Veja só o § 2º do artigo
56:

§ 2o O parecer sobre as contas dos Tribunais de Contas será proferido no prazo previsto no art. 57 pela
comissão mista permanente referida no § 1o do art. 166 da Constituição ou equivalente das Casas
Legislativas estaduais e municipais.

“Entendi. E as contas do Poder Judiciário, professor? Porque é tanto tribunal ali que a pessoa se perde...” 😅

É verdade! 😁

Mas é o seguinte:

§ 1o As contas do Poder Judiciário serão apresentadas no âmbito:

I - da União, pelos Presidentes do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores, consolidando
as dos respectivos tribunais;

II - dos Estados, pelos Presidentes dos Tribunais de Justiça, consolidando as dos demais tribunais.

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E, se às contas e aos pareceres são dadas ampla divulgação, aos resultados da apreciação dessas contas
não poderia ser diferente:

§ 3o Será dada ampla divulgação dos resultados da apreciação das contas, julgadas ou tomadas.

E para finalizar essa parte, dê uma lida no artigo 58 da LRF:

Art. 58. A prestação de contas evidenciará o desempenho da arrecadação em relação à previsão,


destacando as providências adotadas no âmbito da fiscalização das receitas e combate à sonegação, as
ações de recuperação de créditos nas instâncias administrativa e judicial, bem como as demais medidas
para incremento das receitas tributárias e de contribuições.

Da Escrituração e Consolidação das Contas


Já imaginou a bagunça que seria se cada ente da Federação escriturasse suas contas do jeito que bem
entender? 🤨 Imagina o trabalhão que iria ser juntar tudo isso, extrair informações de tudo isso... 😫 E mais:
imagina a qualidade dessa consolidação...

Seria parecido com aqueles trabalhos de escola: “cada um faz a sua parte. Depois a gente tudo e vai dar certo!” Vai... vai
dar muito certo. 😒 Um coloca ponto. Outro coloca vírgula. Um vê vestido azul e preto. Outro vê vestido branco e dourado.
Um escuta Laurel. Outro escuta Yanny. (Não entendeu essa? Coloca “Laurel Yanny” no Google! 😅).

Enfim, o resultado é uma junção de partes que não se comunicam com as demais, cheias de contradições e feitas com
parâmetros totalmente diferentes. Ou seja: o famoso trabalho Frankenstein! 😅 Não dá para confiar num trabalho desses.

Não seria bem melhor se todos os coleguinhas já combinassem como iriam fazer o trabalho, antes de começá-lo? 🤔

Então, não seria bem melhor se todos os entes da Federação obedecessem às mesmas regras de
escrituração? Assim a consolidação das contas ficaria bem mais fácil, rápida e confiável. 😏

É por isso que a LRF dispõe que:

Art. 50. Além de obedecer às demais normas de contabilidade pública, a escrituração das contas públicas
observará as seguintes:

I - a disponibilidade de caixa constará de registro próprio, de modo que os recursos vinculados a órgão,
fundo ou despesa obrigatória fiquem identificados e escriturados de forma individualizada;

Esquematizando:

• Disponibilidade de caixa: registro próprio;


• Recursos vinculados: escriturados de forma individualizada (para destacá-los).

II - a despesa e a assunção de compromisso serão registradas segundo o regime de competência,


apurando-se, em caráter complementar, o resultado dos fluxos financeiros pelo regime de caixa;

A propósito, segundo o MCASP 8ª edição: regime de competência “é o regime contábil segundo o qual
transações e outros eventos são reconhecidos quando ocorrem (não necessariamente quando caixa e

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equivalentes de caixa são recebidos ou pagos). Portanto, as transações e os eventos são registrados
contabilmente e reconhecidos nas demonstrações contábeis dos períodos a que se referem. “
Já o regime de caixa é o regime contábil segundo o qual transações e outros eventos são reconhecidos
quando do recebimento ou pagamento de caixa ou equivalentes de caixa.

Despesa • Regime de competência

Fluxos • Regime de caixa


financeiros

Dica do professor Sérgio


Quando você ver a palavra “financeiro”, pense logo em dinheiro em espécie (cash 💵 💵 💵).

E dinheiro em espécie é registrado pelo regime de caixa! 😉

III - as demonstrações contábeis compreenderão, isolada e conjuntamente, as transações e operações de


cada órgão, fundo ou entidade da administração direta, autárquica e fundacional, inclusive empresa
estatal dependente;

IV - as receitas e despesas previdenciárias serão apresentadas em demonstrativos financeiros e


orçamentários específicos;

V - as operações de crédito, as inscrições em Restos a Pagar e as demais formas de financiamento ou


assunção de compromissos junto a terceiros, deverão ser escrituradas de modo a evidenciar o montante
e a variação da dívida pública no período, detalhando, pelo menos, a natureza e o tipo de credor;

VI - a demonstração das variações patrimoniais dará destaque à origem e ao destino dos recursos
provenientes da alienação de ativos.

§ 1o No caso das demonstrações conjuntas, excluir-se-ão as operações intragovernamentais.

⚠ Atenção para a pegadinha: excluir-se-ão as operações INTRAgovernamentias (e não as operações


INTERgovernamentais). Intra = dentro. Inter = entre.

§ 2o A edição de normas gerais para consolidação das contas públicas caberá ao órgão central de
contabilidade da União, enquanto não implantado o conselho de que trata o art. 67.

Detalhe: o órgão central de contabilidade da União é a Secretaria do Tesouro Nacional (STN).

§ 3o A Administração Pública manterá sistema de custos que permita a avaliação e o acompanhamento


da gestão orçamentária, financeira e patrimonial.

Beleza! 😄

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Só que além de combinar as regras do trabalho, os coleguinhas também têm que combinar a data que
cada um irá entregar a sua parte, para dar tempo de consolidar tudo e entregar o trabalho bonitinho! 😄

Pois bem. Os entes também têm prazo para entregar as suas contas para que alguém possa fazer a
consolidação delas. 🧐

“Que prazo é esse, professor? Quem vai fazer essa consolidação?” 😳

Calma! Tudo isso está na LRF:

Art. 51. O Poder Executivo da União promoverá, até o dia trinta de junho, a consolidação, nacional e por
esfera de governo, das contas dos entes da Federação relativas ao exercício anterior, e a sua divulgação,
inclusive por meio eletrônico de acesso público.
§ 1o Os Estados e os Municípios encaminharão suas contas ao Poder Executivo da União nos seguintes
prazos:
I - Municípios, com cópia para o Poder Executivo do respectivo Estado, até trinta de abril;
II - Estados, até trinta e um de maio.

Consolidação nacional das contas

Municípios
(com cópia para o Poder
Executivo do respectivo
Estado)
Estados União

Até 30/abril Até 31/maio Até 30/junho

“Por que os municípios têm que entregar antes, professor? Depois os Estados e depois a União?”
Ora! O Brasil tem mais de 5.500 municípios! Você acha que é fácil assim consolidar as contas de todos
eles? Isso requer tempo! Por isso que eles têm que entregar logo. Em seguida são os Estados: são 26 mais o
Distrito Federal. E por último, a União, que é uma só.

“E o que acontece se um ente não entregar suas contas no prazo?” 🤔

Ah! Essa eu já falei! Descumpriu prazo para encaminhar suas contas ao Poder Executivo da União? 🧐

OT
O ente da Federação fica impedido de receber transferências voluntárias e contratar operações de
crédito, mas ainda poderá contratar operações de crédito destinadas ao refinanciamento do principal
atualizado da dívida mobiliária (LRF, art. 51, § 2º).
Vamos ver a literalidade da lei, só para gravar:

Art. 51, § 2o O descumprimento dos prazos previstos neste artigo impedirá, até que a situação seja
regularizada, que o ente da Federação receba transferências voluntárias e contrate operações de
crédito, exceto as destinadas ao refinanciamento do principal atualizado da dívida mobiliária.

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Questões para fixar


CESPE – TCE-RN - Auditor – 2015

Quando envolverem demonstrações conjuntas, as operações intergovernamentais devem ser excluídas para que não
sejam computadas em duplicidade.

Comentários:

Eu avisei sobre essa pegadinha! Olha só:

§ 1o No caso das demonstrações conjuntas, excluir-se-ão as operações INTRAgovernamentais.

Intra! E não inter! 😏

Gabarito: Errado

CESPE – TCE-RN - Inspetor - Tecnologia da Informação – 2015

O resultado dos fluxos financeiros deve ser apurado pelo regime de caixa.

Comentários:

Questão curta e grossa. Então também vou ser: 😂

Art. 50. Além de obedecer às demais normas de contabilidade pública, a escrituração das contas públicas observará as
seguintes:

II - a despesa e a assunção de compromisso serão registradas segundo o regime de competência, apurando-se, em caráter
complementar, o resultado dos fluxos financeiros pelo regime de caixa;

Gabarito: Certo

CESPE – TCE-RN - Inspetor - Tecnologia da Informação – 2015

Para fins de disponibilidade de caixa, os recursos vinculados a uma despesa obrigatória devem ser identificados e
escriturados de forma individualizada.

Comentários:

É isso mesmo. De acordo com a LRF:

Art. 50. Além de obedecer às demais normas de contabilidade pública, a escrituração das contas públicas observará as
seguintes:

I - a disponibilidade de caixa constará de registro próprio, de modo que os recursos vinculados a órgão, fundo ou despesa
obrigatória fiquem identificados e escriturados de forma individualizada;

Gabarito: Certo

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Da Fiscalização da Gestão Fiscal


Ok! Mas prestar contas não é suficiente! É preciso que alguém fiscalize a gestão, mais especificamente a
gestão fiscal (para conferir se a Administração está gerindo o patrimônio público com responsabilidade fiscal
😏).

“E quem vai fazer isso, professor?” 🤔

O Poder Legislativo!

“Mas por que o Poder Legislativo, professor?” 🤨

Porque ele representa o povo! 😃

Mas ele não atua sozinho! Ele terá a ajuda dos Tribunais de Contas, verdadeiros guardiões dos recursos
públicos.
E tem ainda outra “pessoa” que fiscaliza a gestão fiscal também: o sistema de controle interno de cada
Poder!
Pois bem. Essa galera aí vai fiscalizar o cumprimento das normas previstas na LRF, sendo que algumas
regras são mais importantes do que as outras, não é mesmo? Por isso, eles darão ênfase a essas regras.
Veja só:

Art. 59. O Poder Legislativo, diretamente ou com o auxílio dos Tribunais de Contas, e o sistema de
controle interno de cada Poder e do Ministério Público, fiscalizarão o cumprimento das normas desta
Lei Complementar, com ênfase no que se refere a:

I - atingimento das metas estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias;

II - limites e condições para realização de operações de crédito e inscrição em Restos a Pagar;

III - medidas adotadas para o retorno da despesa total com pessoal ao respectivo limite, nos termos dos
arts. 22 e 23;

IV - providências tomadas, conforme o disposto no art. 31, para recondução dos montantes das dívidas
consolidada e mobiliária aos respectivos limites;

V - destinação de recursos obtidos com a alienação de ativos, tendo em vista as restrições constitucionais
e as desta Lei Complementar;

VI - cumprimento do limite de gastos totais dos legislativos municipais, quando houver.

Pronto! 😃

Agora, os Tribunais de Contas possuem uma tarefa especial dentro dessa fiscalização: são eles que irão
alertar os Poderes ou órgãos de que algum risco ao equilíbrio das contas públicas está acontecendo. Observe:

§ 1o Os Tribunais de Contas alertarão os Poderes ou órgãos referidos no art. 20 quando constatarem:

I - a possibilidade de ocorrência das situações previstas no inciso II do art. 4o e no art. 9o;

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Essa é a possibilidade de ocorrência de limitação de empenho! 😉 “Cuidado gestor! Sua arrecadação


poderá não comportar o cumprimento das metas de resultado. É possível que você tenha que fazer limitação
de empenho, hein?!”. Esse é o alerta! 😉

II - que o montante da despesa total com pessoal ultrapassou 90% (noventa por cento) do limite;

III - que os montantes das dívidas consolidada e mobiliária, das operações de crédito e da concessão de
garantia se encontram acima de 90% (noventa por cento) dos respectivos limites;

Esse é o famoso limite de alerta (90%)! Repare que isso será feito para:

• a despesa total com pessoal;


• os montantes das dívidas consolidada e mobiliária, das operações de crédito e da concessão de
garantia.
E aqui eu ressalto que não há sanções! É só um alerta! É como se o Tribunal de Contas estivesse dando
um aviso (um alerta 😏) ao Poder ou órgão: “olha, você está chegando perto do seu limite máximo, hein?! Já
está em 90%. Estou alertando...”.

Preste atenção!
No limite de alerta não há sanções! É só um alerta!

IV - que os gastos com inativos e pensionistas se encontram acima do limite definido em lei;

V - fatos que comprometam os custos ou os resultados dos programas ou indícios de irregularidades na


gestão orçamentária.

possibilidade de ocorrência de
limitação de empenho

Despesa total com


pessoal

limite ultrapassou 90%

Os Tribunais de Contas Montantes das dívidas


alertarão quando consolidada e mobiliária

Gastos com inativos e


pensionistas acima do limite

fatos que comprometam os


custos ou os resultados dos
programas ou indícios de
irregularidades

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Mas os Tribunais de Contas ainda fazem mais:

§ 2o Compete ainda aos Tribunais de Contas verificar os cálculos dos limites da despesa total com
pessoal de cada Poder e órgão referido no art. 20.

§ 3o O Tribunal de Contas da União acompanhará o cumprimento do disposto nos §§ 2o, 3o e 4o do art. 39.

Quer dizer: o Tribunal de Contas da União (TCU) acompanhará o cumprimento disto aqui:
Art. 39 (...)
§ 2º O Banco Central do Brasil só poderá comprar diretamente títulos emitidos pela União para refinanciar
a dívida mobiliária federal que estiver vencendo na sua carteira.
§ 3º A operação mencionada no § 2o deverá ser realizada à taxa média e condições alcançadas no dia,
em leilão público.
§ 4º É vedado ao Tesouro Nacional adquirir títulos da dívida pública federal existentes na carteira do
Banco Central do Brasil, ainda que com cláusula de reversão, salvo para reduzir a dívida mobiliária.

Questões para fixar


FCC – TCE-GO – Analista de Controle Externo – 2014

Os Tribunais de Contas, nos termos da Lei Complementar nº 101/2000, fiscalizarão a gestão fiscal, com ênfase, no que se
refere, entre outros,

a) os limites e condições para abertura de créditos especiais destinados as despesas de caráter emergenciais e as inscrições
em restos a pagar.

b) o cumprimento da programação financeira e o cronograma de execução mensal de desembolso.

c) o atingimento das metas estabelecidas na Lei de Diretrizes Orçamentárias − LDO e as providências tomadas, para
recondução dos montantes das dívidas consolidada e mobiliária aos respectivos limites.

d) a aplicação de recursos vinculados e a destinação de recursos obtidos com a alienação de ativos.

e) o atingimento das metas de arrecadação estabelecidas na Lei Orçamentária Anual − LOA e as medidas adotadas para o
retorno da despesa total com pessoal ao respectivo limite.

Comentários:

A resposta está no § 1º do artigo 59 da LRF. Vejamos as alternativas:

a) Errada. Essa não é uma das ênfases. Na verdade, a ênfase é no que se refere a limites e condições para realização de
operações de crédito e inscrição em Restos a Pagar (LRF, art. 59, II).

b) Errada. Na verdade, a ênfase é no cumprimento do limite de gastos totais dos legislativos municipais, quando houver
(LRF, art. 59, VI).

c) Correta. Agora sim. É isso que está lá no artigo 59, incisos I e III.

d) Errada. A aplicação de recursos vinculados não é uma das ênfases da fiscalização da gestão fiscal. 😄

e) Errada. As metas de arrecadação não estão na LOA! 😉

Gabarito: C

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RREO e RGF
Essa é a parte mais importante da aula! ☝

As questões adoram fazer confusão entre o Relatório Resumido da Execução Orçamentária (RREO) e o Relatório de
Gestão Fiscal (RGF).

Para facilitar a memorização e o entendimento, sugiro você pensar no nome de cada relatório, assim você consegue ter
uma noção do que está em cada um (assim você pode até responder questões de prova com base no “bom senso”).

Também resolva muitas questões e guarde com carinho o quadro comparativo que vou apresentar no final dessa seção.

O Relatório Resumido da Execução Orçamentária (RREO) trata da execução orçamentária.

“E o que é exatamente essa ‘execução orçamentária’ que você tanto fala, professor?” 🤔

É arrecadar receitas e empenhar despesas! 😄

Pois bem. O RREO permite que a sociedade, por meio dos diversos órgãos de controle, conheça,
acompanhe e analise o desempenho da execução orçamentária. É elaborado a cada bimestre (período mais
curto) justamente para permitir esse acompanhamento.

O RREO já estava previsto na CF/88, olha só:

Art. 165, § 3º O Poder Executivo publicará, até trinta dias após o encerramento de cada bimestre, relatório
resumido da execução orçamentária.

Já o Relatório de Gestão Fiscal (RGF), que é novidade da LRF, trata da gestão fiscal. Busca responder às
seguintes perguntas: “como está a situação fiscal? O ente está agindo com responsabilidade fiscal?” 🤔.

O RGF está mais relacionado com o acompanhamento das atividades financeiras do Estado, por isso
nele constam informações necessárias à verificação da conformidade com os limites relativos às despesas com
pessoal, às dívidas consolidada e mobiliária, à concessão de garantias, e às operações de crédito. Será
elaborado a cada quadrimestre (prazo mais longo).
A primeira grande pegadinha é quanto aos prazos! Por isso, preste atenção (é assim que você vai
memorizar e nunca mais errar questões sobre isso):

• RREO tem 2 R’s no nome. 2 = bi. Portanto, RREO é bimestral.


• RGF é o Relatório de Gestão Fisqual. “Fis o que?” Fisqual, de quadrimestre. RGF é quadrimestral.

RREO •2 R's (bimestral)

RGF •RG Fisqual (quadrimestre)

Só ressalto o seguinte: Municípios com população inferior a 50.000 (cinquenta mil) habitantes podem
optar por divulgar semestralmente:

• O Relatório de Gestão Fiscal (RGF);


• Os demonstrativos do RREO (⚠ não é o RREO todo. São só os demonstrativos que
acompanham o RREO, que estão no artigo 53 da LRF).

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Quer ver essa regra na LRF?

Art. 63. É facultado aos Municípios com população inferior a cinquenta mil habitantes optar por:

II - divulgar semestralmente:

b) o Relatório de Gestão Fiscal;

c) os demonstrativos de que trata o art. 53; (demonstrativos do RREO)

Aproveitando que estamos aqui, também é facultado a esses municípios optar por:

• Verificar os limites de despesa total com pessoal,


• Verificar os limites da dívida consolidada,

ao final do semestre! 😃

Isso significa que, em vez de realizar essas verificações ao final de um quadrimestre (três vezes por ano),
esses municípios podem realizá-las ao final de um semestre (duas vezes por ano).

Beleza! 😄

Então eu vou fazer o seguinte: vou lhe apresentar os artigos referentes a esses dois instrumentos de
transparência da gestão fiscal, fazendo os devidos comentários. Assim você fica com um material completo e
com a íntegra dos dispositivos (leia tudo! Não negligencie a literalidade da lei). 😉

Mas eu já adianto que você vai visualizar a diferença entre os dois bem melhor no quadro comparativo e
nos mnemônicos que vou apresentar depois! 😅

Partiu? 😄

Aqui estão os artigos referentes ao RREO:


Art. 52. O relatório a que se refere o § 3º do art. 165 da Constituição abrangerá todos os Poderes e o
Ministério Público, será publicado até trinta dias após o encerramento de cada bimestre e composto de:
I - balanço orçamentário, que especificará, por categoria econômica, as:

a) receitas por fonte, informando as realizadas e a realizar, bem como a previsão atualizada;

b) despesas por grupo de natureza, discriminando a dotação para o exercício, a despesa liquidada
e o saldo;

II - demonstrativos da execução das:

a) receitas, por categoria econômica e fonte, especificando a previsão inicial, a previsão


atualizada para o exercício, a receita realizada no bimestre, a realizada no exercício e a previsão a
realizar;
b) despesas, por categoria econômica e grupo de natureza da despesa, discriminando dotação
inicial, dotação para o exercício, despesas empenhada e liquidada, no bimestre e no exercício;

c) despesas, por função e subfunção.

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receitas por fonte


Balanço por categoria
Orçamentário econômica
despesas por GND

por categoria
RREO econômica
receitas
por fonte
Demonstrativos
da execução por categoria
econômica

despesas por GND

por função e
subfunção

§ 1o Os valores referentes ao refinanciamento da dívida mobiliária constarão destacadamente nas


receitas de operações de crédito e nas despesas com amortização da dívida.

§ 2o O descumprimento do prazo previsto neste artigo sujeita o ente às sanções previstas no § 2o do art.
51.

Falei que a LRF remete muito a esse dispositivo, não falei? 😏

Descumpriu o prazo para publicação do RREO (30 dias após o encerramento do bimestre)? Então:

OT
O ente da Federação fica impedido de receber transferências voluntárias e contratar operações de
crédito, exceto as destinadas ao refinanciamento do principal atualizado da dívida mobiliária (LRF, art. 51,
§ 2º).
Agora nós veremos os demonstrativos que acompanharão o RREO.
Detalhe é que somente o RREO possui demonstrativos que acompanham o relatório. O RGF não!
Portanto, se você ver uma questão falando em “acompanha o relatório (...)” saiba que estamos no RREO. 😉

Lembre-se que esses demonstrativos do RREO podem ser divulgados semestralmente, caso o
Município com população inferior a 50.000 (cinquenta mil) habitantes opte por fazer isso. ☺

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Art. 53. Acompanharão o Relatório Resumido demonstrativos relativos a:

I - apuração da receita corrente líquida, na forma definida no inciso IV do art. 2o, sua evolução, assim
como a previsão de seu desempenho até o final do exercício;

II - receitas e despesas previdenciárias a que se refere o inciso IV do art. 50;

III - resultados nominal e primário;

IV - despesas com juros, na forma do inciso II do art. 4o;

V - Restos a Pagar, detalhando, por Poder e órgão referido no art. 20, os valores inscritos, os pagamentos
realizados e o montante a pagar.

Tudo muito relacionado à execução orçamentária, não acha? 😏

Agora, o exercício financeiro possui 6 bimestres, não é mesmo? Sendo que o último bimestre coincide
com o encerramento do próprio exercício financeiro. Por isso que o relatório do último bimestre é especial: ele
terá mais informações, mais demonstrativos. 😄

Vamos conferir:

§ 1o O relatório referente ao último bimestre do exercício será acompanhado também de demonstrativos:

I - do atendimento do disposto no inciso III do art. 167 da Constituição, conforme o § 3o do art. 32;

Essa é a regra de ouro: as Operações de Crédito (OC) devem ser menores ou iguais às Despesas de
Capital (DK).

II - das projeções atuariais dos regimes de previdência social, geral e próprio dos servidores públicos;

III - da variação patrimonial, evidenciando a alienação de ativos e a aplicação dos recursos dela
decorrentes.

Beleza! 😄

Você sabe que nem sempre as coisas acontecem do jeito que nós planejamos, não é? 🧐

Então...
Se a execução orçamentária não ocorreu do jeito que foi planejado, é bom que a Administração Pública
explique o porquê, dê justificativas. Olha só:

§ 2o Quando for o caso, serão apresentadas justificativas:

I - da limitação de empenho;

II - da frustração de receitas, especificando as medidas de combate à sonegação e à evasão fiscal,


adotadas e a adotar, e as ações de fiscalização e cobrança.

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Pronto! Esse foi o RREO. 😄

Agora vamos para o RGF:

Art. 54. Ao final de cada quadrimestre será emitido pelos titulares dos Poderes e órgãos referidos no art.
20 Relatório de Gestão Fiscal, assinado pelo:

I - Chefe do Poder Executivo;

II - Presidente e demais membros da Mesa Diretora ou órgão decisório equivalente, conforme regimentos
internos dos órgãos do Poder Legislativo;

III - Presidente de Tribunal e demais membros de Conselho de Administração ou órgão decisório


equivalente, conforme regimentos internos dos órgãos do Poder Judiciário;

IV - Chefe do Ministério Público, da União e dos Estados.

Parágrafo único. O relatório também será assinado pelas autoridades responsáveis pela administração
financeira e pelo controle interno, bem como por outras definidas por ato próprio de cada Poder ou órgão
referido no art. 20.

Aqui é possível notar uma diferença interessante entre o RREO e o RGF. 🤔

Se você voltar ao caput do artigo 52, verá que lá tem escrito assim: o RREO “abrangerá todos os Poderes
e o Ministério Público”. Isso significa que existe um relatório só por cada ente da Federação. Um relatório para
a União, um relatório para o Estado, um relatório para o DF e um relatório para o Município. Ele vai ser assinado
pelo Chefe do Poder Executivo em conjunto com o profissional de contabilidade responsável pela elaboração
do relatório.
Já o RGF é elaborado em cada um dos Poderes e órgãos (que estão lá no artigo 20 da LRF), inclusive pelo
Ministério Público. Por isso, temos um relatório por cada Poder, em cada ente da federação. Por exemplo: um
relatório do Poder Executivo federal, um relatório do Poder Legislativo federal, um relatório do Poder Judiciário
federal, etc.

• Um por cada ente (que


RREO abrange todos os Poderes)

RGF • Um por cada Poder

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Agora vejamos o que está no RGF:

Art. 55. O relatório conterá:

I - comparativo com os limites de que trata esta Lei Complementar, dos seguintes montantes:

a) despesa total com pessoal, distinguindo a com inativos e pensionistas;

b) dívidas consolidada e mobiliária;

c) concessão de garantias;

d) operações de crédito, inclusive por antecipação de receita;

e) despesas de que trata o inciso II do art. 4o;

O inciso II do art. 4º foi vetado! 🚫 Não se preocupe com ele! 😉

Só que o RGF não somente faz o comparativo: ele também indica as medidas corretivas (adotadas ou a
adotar) caso ultrapassado qualquer um desses limites. Quer ver?

II - indicação das medidas corretivas adotadas ou a adotar, se ultrapassado qualquer dos limites;

Agora vejamos alguns demonstrativos do RGF do último quadrimestre (que é especial também, porque
coincide com o encerramento do exercício financeiro)...

“Espera aí, professor! Você disse que só o RREO tinha demonstrativos. Agora está falando de demonstrativos
do RGF?” 🤨

Opa! Veja bem: eu disse que somente o RREO possui demonstrativos que acompanham o relatório.
Esses demonstrativos aqui no último RGF do exercício não acompanham o RGF. Eles são o RGF. Entendeu? 😉

III - demonstrativos, no último quadrimestre:

a) do montante das disponibilidades de caixa em trinta e um de dezembro;

b) da inscrição em Restos a Pagar, das despesas:

1) liquidadas;

2) empenhadas e não liquidadas, inscritas por atenderem a uma das condições do inciso II
do art. 41;

3) empenhadas e não liquidadas, inscritas até o limite do saldo da disponibilidade de caixa;

4) não inscritas por falta de disponibilidade de caixa e cujos empenhos foram cancelados;

c) do cumprimento do disposto no inciso II e na alínea b do inciso IV do art. 38.

“Cumprimento de que, professor?” 🤔

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Cumprimento de regras das operações de crédito por ARO. 😉

Continuando...

§ 1o O relatório dos titulares dos órgãos mencionados nos incisos II, III e IV do art. 54 conterá apenas as
informações relativas à alínea a do inciso I, e os documentos referidos nos incisos II e III.

Traduzindo: o RGF dos Poderes Judiciário, Legislativo e respectivos órgãos, assim como do Ministério
Público, conterá apenas:

• comparativo relativo à despesa total com pessoal (inciso I, alínea “a”);


• medidas corretivas adotadas ou a adotar, se ultrapassado qualquer dos limites (inciso II);
• os demonstrativos que deverão constar no RGF do último quadrimestre (inciso III).
Isso significa que os seguintes comparativos serão elaborados somente pelo Poder Executivo:

• dívidas consolidada e mobiliária;


• concessão de garantias;
• operações de crédito, inclusive por antecipação de receita.

Repare como os comparativos que serão elaborados somente pelo Poder Executivo têm tudo a ver com
dívida e endividamento. 🤔

Dica do professor Sérgio


Se forem comparativos relacionados a dívida e endividamento estarão somente no Poder
Executivo!

§ 2o O relatório será publicado até trinta dias após o encerramento do período a que corresponder, com
amplo acesso ao público, inclusive por meio eletrônico.

Aqui é igual ao RREO: o prazo para publicação é de 30 dias após o encerramento do período a que
corresponder. Só que o período aqui é quadrimestral (ou semestral, caso o Município com população inferior
a 50.000 (cinquenta mil) habitantes opte por fazer isso. ☺

§ 3o O descumprimento do prazo a que se refere o § 2o sujeita o ente à sanção prevista no § 2o do art. 51.

De novo: descumpriu o prazo?

OT
Vamos ver esse dispositivo na íntegra:

Art. 51, § 2o O descumprimento dos prazos previstos neste artigo impedirá, até que a situação seja
regularizada, que o ente da Federação receba transferências voluntárias e contrate operações de
crédito, exceto as destinadas ao refinanciamento do principal atualizado da dívida mobiliária.

E para finalizar:

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§ 4o Os relatórios referidos nos arts. 52 e 54 deverão ser elaborados de forma padronizada, segundo
modelos que poderão ser atualizados pelo conselho de que trata o art. 67.

Ufa! Pronto!
Agora, se você quiser dar uma bisbilhotada no portal da transparência e ver alguns RREO e RGF, fique a
vontade! Eu separei aqui para você o:

• RREO da União do 1º bimestre de 2019: https://cdn.tesouro.gov.br/sistemas-


internos/apex/producao/sistemas/thot/arquivos/publicacoes/29909_951237/RREOabr2019.pdf
• RGF do Poder Executivo Federal do 1º quadrimestre de 2019:
https://cdn.tesouro.gov.br/sistemas-
internos/apex/producao/sistemas/thot/arquivos/publicacoes/29908_928893/RGF1Q2019.pdf

“Professor, me desculpe, mas que por** é essa? Como é que eu vou memorizar tudo isso?” 😳

Essa foi a minha reação também quando eu descobri que tinha que saber tudo isso. 😅

RREO x RGF
Mas fique tranquilo(a). Aqui estão os mnemônicos sensacionais:

“o BODE foi 4x ao RJ e 2x a Rio Verde” “o PÉ do DOG ARDe”

RREO RGF
Bal. Orç, especificando, por CE:
àRec. Por FTE (realizadas e a realizar + à1 para todos àvários: cada
Só EXECUTIVO
prev atual) Poderes/MP Poder/Órgão
à Desp por GND (dot do exerc, liquidadas
e saldo)
àBIMESTRAL àQUADRIMESTRAL
àPublic: 30 após àPublic: 30 após
àSanção:O*T* àSanção:O*T*
Demonstrativo da Execução: Comparativo com os limites:
à Receita por CE e FTE (prev inicial e àAss: Chefe Exec. àAss: Chefe Poder/Org
a) PEssoal (inativos e pensionistas)
atual, realiz bimestre e exerc , e a
b) Dívidas consolidada e mobiliária
realizar)
c) OC, (+) ARO
àDesp por CE e GND (dot inic e p/ o
d) (concessão de) Garantias
exerc, emp e liq no exerc e no bim) BODE PÉ DOG
àDesp por FUN/SUBF
Obs: Ref Dív Mob à Destacada nas Rec
de OC e nas Desp com Amort
+ +
Acomp. Demonstrativos relativos a Se ultrapassado qualquer dos limites
àRCL (evolução + prev fim de exerc)
àR & D Previd Medidas Corretivas
àRN e RP 4RJ
àRP (p/ Pod/Órg do 20, insc, pago e a
pagar)
à(Desp com) Juros
Últ. BIM Últ. QUAD àARO: liquidação até 10/12 + proibição
em último ano de mandato
àRegra de Ouro à(inscrição em) RP, das despesas:
à(Projeções Atuariais dos...) Regimes de Previd (Liquidadas; Emp e ñ liq; Emp e ñ liq,
àVar Pat (evidenc alien de ativos e aplic dos $) 2RV ARD inscritas até o lim da disp caixa; não
inscritas por falta de disp caixa)
Qdo for o caso, serão apresent JUSTIFICATIVAS: à Disponibilidades de caixa em 31/12
à Limitação empenho
à Frust. Receita

Prof. Marcel Guimarães 48


• RREO: o BODE
Fonte: esquema elaboradofoi
pelo4 vezes
Prof. CouriR J e 2 vezes ao Rio Verde 🏞
Daniel ao

• RGF: o PÉ do DOG ARDe 🐾

E na próxima página você encontra o quadro comparativo que eu prometi: 😄

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RREO (arts. 52 e 53) RGF (arts. 54 e 55)


Abrange todos os poderes e órgãos (1 Elaborado em cada um dos Poderes e órgãos, inclusive pelo
relatório por cada ente) MP (1 relatório por cada Poder, em cada ente)
Bimestral (2 R’s) Quadrimestral (fisqual)
Elaborado por: Poder Executivo Elaborado por: Titulares de Poderes e órgãos
Chefe do Poder
Executivo Chefe do Poder Executivo
Profissional de
contabilidade Presidente e demais membros da
responsável Mesa Diretora (Poder Legislativo)
Presidente de Tribunal (e demais
Assinado por: Assinado por: membros de Conselho de
Administração)
Chefe do Ministério Público
Autoridades responsáveis pela
administração financeira e controle
interno
O que está no RREO? O que está no RGF?
1. Balanço orçamentário (especificará por Despesa total com pessoal - todos os
categoria econômica): Poderes e MPU
dívida consolidada e mobiliária - só
a) Receitas por fonte
1. Comparativo com Poder Executivo
os limites: Concessão de garantias - só Poder
b) Despesas por grupo de natureza
Executivo
Operações de crédito (inclusive ARO) -
2. Demonstrativos da execução das:
só Poder Executivo
por categoria econômica 2. Indicação das medidas corretivas
a) Receitas a) Disponibilidades de caixa em
por fonte
31/dezembro
por categoria econômica b) Inscrição em RP:
b) Despesas
por grupo de natureza 1) Liquidadas
por função Último 2) Empenhadas e não liquidadas
c) Despesas quadrimestre: 3) Empenhadas e não liquidadas,
por subfunção
inscritas até o limite do caixa
Receita Corrente Líquida 4) Não inscritas por falta de caixa
(RCL) (empenhos cancelados)
Receitas e despesas c) Cumprimento de regras de
Acompanharão o previdenciárias operações de crédito por ARO
RREO: Resultados nominal e
primário
Despesas com juros
Restos a pagar
Regra de ouro
Projeções atuariais (RGPS e
Último bimestre: RPPS)
Variação patrimonial
(alienação de ativos)
Limitação de empenho
Justificativas:
Frustração de receitas

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Questões para fixar


CESPE - CGM de João Pessoa - PB - Auditor Municipal de Controle Interno – Geral – 2018

O relatório de gestão fiscal, de periodicidade quadrimestral, deverá conter a avaliação do cumprimento do limite para a
dívida consolidada e indicará as medidas a serem adotadas caso o limite seja descumprido.

Comentários:

De acordo com o artigo 55, que trata do Relatório de Gestão Fiscal (RGF):

Art. 55. O relatório conterá:

I - comparativo com os limites de que trata esta Lei Complementar, dos seguintes montantes:

b) dívidas consolidada e mobiliária;

II - indicação das medidas corretivas adotadas ou a adotar, se ultrapassado qualquer dos limites;

“Dívidas consolidada e mobiliária” são representadas pela letra “D” no mnemônico: “o PÉ do DOG ARDe”

Gabarito: Certo

FCC – SEAD-AP – Analista de Planejamento e Orçamento – 2018

De acordo com a Lei Complementar no 101/2000, o Relatório Resumido da Execução Orçamentária deve ser emitido ao
final de cada quadrimestre e publicado até 60 dias após o encerramento do período a que corresponder.

Comentários:

Tudo errado aqui! O Relatório Resumido da Execução Orçamentária (RREO) deve ser emitido ao final de cada bimestre (e
não quadrimestre – período do RGF), e deve ser publicado até 30 ( e não 60) dias após o encerramento do bimestre.

Gabarito: Errado

CESPE - ALESE – Analista Legislativo – 2018

De acordo com a Lei Complementar nº 101/2000, o Balanço Orçamentário deve especificar, por categoria econômica, as
receitas por fonte e as despesas por grupo de natureza, sendo que tal demonstrativo compõe o Relatório Resumido da
Execução Orçamentária que deve ser publicado até trinta dias após o encerramento de cada bimestre.

Comentários:

Correto! No Balanço Orçamentário (BO), as receitas são especificadas por fonte e as despesas por grupo de natureza (LRF,
art. 52, I, “a” e “b”). Além disso, esse demonstrativo realmente compões o RREO, o qual deve ser publicado 30 dias após o
encerramento de cada bimestre (LRF, art. 52).

Gabarito: Certo

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Questões comentadas - CESPE


1. CESPE – PGM - João Pessoa - PB - Procurador do Município – 2018

À luz da LRF, julgue os próximos itens.


I São exigências para a realização de transferência voluntária, entre outras, a observância dos limites das dívidas
consolidada e mobiliária e de operações de crédito e a previsão orçamentária de contrapartida pelo recebedor.
II Em nenhuma hipótese poderão ser utilizados recursos públicos, nem mesmo de operações de crédito, para
socorrer instituições do Sistema Financeiro Nacional, ainda que mediante a concessão de empréstimos de
recuperação ou financiamentos para mudança de controle acionário.
III Equipara-se a operação de crédito a assunção, o reconhecimento ou a confissão de dívidas pelo ente da
Federação.
IV A destinação de recursos para, direta ou indiretamente, cobrir necessidades de pessoas físicas ou déficits de
pessoas jurídicas, por instituições financeiras estatais, deverá ser autorizada por lei específica, atender às
condições estabelecidas na LDO e estar prevista no orçamento ou em seus créditos adicionais.
Estão certos apenas os itens

A) I e II.
B) I e III.
C) III e IV.
D) I, II e IV.
E) II, III e IV.
Comentários:
Vamos analisar os itens:
I. Correto. Essas são mesmo exigências para realização de transferência voluntária, quer ver?
Art. 25, § 1o São exigências para a realização de transferência voluntária, além das estabelecidas na lei
de diretrizes orçamentárias: (...)

IV - comprovação, por parte do beneficiário, de: (...)


c) observância dos limites das dívidas consolidada e mobiliária, de operações de crédito, inclusive por
antecipação de receita, de inscrição em Restos a Pagar e de despesa total com pessoal;
d) previsão orçamentária de contrapartida.

II. Errado. Você vê algo do tipo “em nenhuma hipótese” e já fica assim: 😳 Não é? 😂

Em regra, não poderão ser utilizados recursos públicos, inclusive de operações de crédito, para socorrer
instituições do Sistema Financeiro Nacional, ainda que mediante a concessão de empréstimos de
recuperação ou financiamentos para mudança de controle acionário. A não ser que haja uma lei específica

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autorizando isso! Aí sim os recursos públicos poderão ser utilizados para socorrer instituições do Sistema
Financeiro Nacional. 😄

Portanto, existe uma hipótese: quando houver uma lei específica! 😄

III. Correto. Do jeitinho que está lá no § 1º do artigo 29 da LRF:


Art. 29, § 1o Equipara-se a operação de crédito a assunção, o reconhecimento ou a confissão de dívidas
pelo ente da Federação, sem prejuízo do cumprimento das exigências dos arts. 15 e 16.
IV. Errado. Excelente questão! Vamos ler o que está na LRF:
Art. 26. A destinação de recursos para, direta ou indiretamente, cobrir necessidades de pessoas físicas
ou déficits de pessoas jurídicas deverá ser autorizada por lei específica, atender às condições
estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias e estar prevista no orçamento ou em seus créditos
adicionais.

“Professor, então o item está correto! Todas as exigências estão aí!” 🤨

É verdade. A destinação deverá:

• ser autorizada por lei específica;


• atender às condições estabelecidas na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO); e
• estar prevista no orçamento ou em seus créditos adicionais.

Só que essa regra não se aplica a todo mundo! 😏 E é aqui que está a pegadinha da questão!

Vejamos o § 1º desse mesmo artigo:


§ 1o O disposto no caput aplica-se a toda a administração indireta, inclusive fundações públicas e
empresas estatais, exceto, no exercício de suas atribuições precípuas, as instituições financeiras e o
Banco Central do Brasil.
Veja que essa regra não se aplica a instituições financeiras. E é justamente isso que está escrito na
questão! 😄 Por isso que o item ficou errado!

Vamos relembrar nosso esqueminha:

Autorizada por lei


específica

Atender às condições
Requisitos
da LDO

Previsão na LOA ou
Cobrir necessidades de créditos adicionais
PF ou déficits de PJ

Instituições financeiras
Administração
indireta, exceto:
BACEN

Gabarito: B

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2. CESPE – CGM de João Pessoa - PB - Técnico Municipal de Controle Interno – 2018


Nos termos da LRF, transferência voluntária é a entrega de recursos a título de cooperação, auxílio ou
assistência financeira a ente público ou privado, para a execução de atividade de interesse público.
Comentários:

Ah, Cespe! Como você é... 😅

Você tinha que ter prestado atenção aqui! Assim são as questões dessa banca.
Vamos ler o dispositivo da LRF:

Art. 25. Para efeito desta Lei Complementar, entende-se por transferência voluntária a entrega de
recursos correntes ou de capital a outro ente da Federação, a título de cooperação, auxílio ou
assistência financeira, que não decorra de determinação constitucional, legal ou os destinados ao
Sistema Único de Saúde.

“Ok, professor. E cadê o erro da questão?”

Preste atenção: para quem pode ser feita uma transferência voluntária?

Para outro ente da Federação! 😄

Aí a questão vem dizer que essa entrega de recursos pode ser feita a um ente público ou privado. Privado
não!

Preste atenção!
Transferências voluntárias são somente para outro ente da Federação

Gabarito: Errado

3. CESPE – PGE-SE - Procurador do Estado – 2017

Com relação às transferências voluntárias, assinale a opção correta.


A) As exigências estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias são suficientes para a realização de tais
transferências.
B) Essas transferências podem destinar-se ao pagamento de pessoal inativo do beneficiário.
C) Um cadastro nacional possibilita a consulta de dados sobre restrições relativas aos beneficiários dessas
transferências.
D) As referidas transferências podem ser utilizadas para finalidade diversa da pactuada, caso haja fundado
interesse público.
E) Trata-se de repasses impositivos por força de dispositivo constitucional.

Comentários:

Vejamos! 🧐

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a) Errada. Suficientes? São nada! É preciso muito mais do que isso! 😄 Vamos relembrá-las com a nossa
tabelinha:

Exigências para realização de transferências voluntárias


Transferidor Beneficiário
Estar em dia com o pagamento de tributos,
Dotação orçamentária específica empréstimos e financiamentos devidos ao ente
transferidor
Não fazer a transferência para pagamento de
Estar em dia com a prestação de contas de recursos
despesas com pessoal ativo, inativo e
anteriormente recebidos
pensionista
Estar cumprindo os limites constitucionais relativos à
educação e à saúde
Estar cumprindo os limites:
• das dívidas consolidada e mobiliária;
• de operações de crédito, inclusive ARO
• de inscrição em Restos a Pagar; e
• de despesa total com pessoal
Ter previsão orçamentária de contrapartida
b) Errada. Podem nada! Essa regra está lá na CF/88:

Art. 167. São vedados: (...)

X - a transferência voluntária de recursos e a concessão de empréstimos, inclusive por antecipação de


receita, pelos Governos Federal e Estaduais e suas instituições financeiras, para pagamento de despesas
com pessoal ativo, inativo e pensionista, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

c) Correta. Sim! Esse cadastro existe mesmo! É o Serviço Auxiliar de Informações para Transferências
Voluntárias, ou CAUC.
“CAUC, professor? Que sigla é essa? Não tem nada a ver com o nome!”
CAUC significava Cadastro Único de Convênios, antigo sistema que já não é mais utilizado. O que hoje é
conhecido por CAUC é o Serviço Auxiliar de Informações para Transferências Voluntárias.
Pois bem, O CAUC consolida informações de diversos órgãos, como Receita Federal, Caixa Econômica
Federal, etc., simplificando a verificação das exigências estabelecidas pela LRF, LDO e demais legislações
aplicáveis para realização de transferências voluntárias.
Por isso, a questão está mesmo certa. O CAUC (esse cadastro nacional) possibilita a consulta de dados
sobre restrições relativas aos beneficiários dessas transferências. 😉

d) Errada. As transferências voluntárias não podem ser utilizadas para finalidade diversa da pactuada. A
utilização dos recursos transferidos se encontra vinculada ao objeto pactuado, sendo vedada a utilização de
recursos transferidos com finalidade diversa da pactuada (LRF, Art. 25, § 2º).

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e) Errada. Impositivos? O próprio nome já diz que a transferência é voluntária! Faz se quiser! Além disso,
a própria LRF, em seu artigo 25, define a transferência voluntária como a entrega de recursos correntes ou de
capital a outro ente da Federação, a título de cooperação, auxílio ou assistência financeira.
Gabarito: C

4. CESPE – Prefeitura de Belo Horizonte - MG - Procurador Municipal – 2017

A prevenção de insolvência das instituições que integram o Sistema Financeiro Nacional realiza-se por meio da
alocação de recursos públicos destinados à concessão de operações de crédito.
Comentários:

Opa! Não é assim que é feita a prevenção de insolvência das instituições que integram o Sistema
Financeiro Nacional. Veja como é na LRF:

Art. 28, § 1o A prevenção de insolvência e outros riscos ficará a cargo de fundos, e outros mecanismos,
constituídos pelas instituições do Sistema Financeiro Nacional, na forma da lei.

Gabarito: C

5. CESPE – TCE-SC - Auditor Fiscal de Controle Externo - Direito – 2016

Para que o estado-membro receba da União transferências voluntárias destinadas ao pagamento de despesas
com pessoal inativo, é condição inarredável a prévia autorização por lei específica autorizativa no âmbito
federal, aprovada por maioria absoluta.
Comentários:
Negativo! As transferências voluntárias com finalidade de custear pagamento de pessoal ativo e inativo
de outros entes são constitucionalmente vedadas. Por isso, não importa se houver prévia autorização por lei
específica autorizativa no âmbito federal, aprovada por maioria absoluta. A própria CF/88 veda isso, olha só:

Art. 167. São vedados: (...)

X - a transferência voluntária de recursos e a concessão de empréstimos, inclusive por antecipação de


receita, pelos Governos Federal e Estaduais e suas instituições financeiras, para pagamento de despesas
com pessoal ativo, inativo e pensionista, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

Gabarito: Errado

6. CESPE – TCE-SC - Auditor Fiscal de Controle Externo - Direito – 2016

Ainda que haja autorização por lei específica e conformidade com a lei de diretrizes orçamentárias, não é
permitido ao município usar recursos previstos em créditos suplementares para cobrir déficits de pessoas
jurídicas.

Comentários:
Vejamos a regra:

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Art. 26. A destinação de recursos para, direta ou indiretamente, cobrir necessidades de pessoas físicas
ou déficits de pessoas jurídicas deverá ser autorizada por lei específica, atender às condições
estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias e estar prevista no orçamento ou em seus créditos
adicionais.

Portanto, a destinação deverá:

• ser autorizada por lei específica;


• atender às condições estabelecidas na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO); e
• estar prevista no orçamento ou em seus créditos adicionais.
Você percebeu o que eu marquei aí? Isso significa que a destinação de recursos não necessariamente
precisa estar na LOA originalmente publicada. Ela pode estar prevista nos créditos adicionais. E créditos
suplementares são um tipo de créditos adicionais.
Portanto, se o município já tem autorização por lei específica e está atendendo às condições estabelecidas
na lei de diretrizes orçamentárias, é perfeitamente possível usar recursos previstos em créditos suplementares
para cobrir déficits de pessoas jurídicas.
A questão falou que isso não é permitido, por isso que ela está errada.
Gabarito: Errado

7. CESPE – TCE-RN - Auditor – 2015


Se determinado órgão público for autorizado por lei específica a destinar recursos à cobertura de déficits de
pessoas jurídicas por meio de operações de crédito e, posteriormente, for verificada a necessidade de
prorrogação dos empréstimos concedidos, tal prorrogação somente poderá ocorrer se estiver prevista em lei
específica.
Comentários:
Vou lhe fazer algumas perguntas.
A cobertura de déficits de pessoas jurídicas precisa estar autorizada em lei específica?
Resposta: SIM!
E essa cobertura de déficits pode ser feita por meio de operações de crédito?

Resposta: SIM também!


Agora a última: e se essa operação de crédito precisar ser prorrogada, tal prorrogação precisa estar
autorizada por lei específica?
Resposta: SIM! A primeira autorização foi para aquele determinado período. Se quiser estender o período,
que consiga outra autorização.

Por exemplo: você fez uma assinatura mensal de Netflix. Isso significa que você autorizou a destinação dos seus recursos
para a Netflix durante 1 mês. Se a Netflix quiser prorrogar a sua assinatura, ele precisa da sua autorização.

“E de onde você tirou tudo isso, professor?” 🤔

Daqui, olha:

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Art. 26. A destinação de recursos para, direta ou indiretamente, cobrir necessidades de pessoas físicas
ou déficits de pessoas jurídicas deverá ser autorizada por lei específica, atender às condições
estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias e estar prevista no orçamento ou em seus créditos
adicionais.

§ 2o Compreende-se incluída a concessão de empréstimos, financiamentos e refinanciamentos, inclusive


as respectivas prorrogações e a composição de dívidas, a concessão de subvenções e a participação em
constituição ou aumento de capital.

Gabarito: Certo

8. CESPE – TCU - Auditor Federal de Controle Externo - Auditoria Governamental – 2015


Se determinado ente da Federação pretender conceder empréstimo a pessoa jurídica que não esteja sob seu
controle direto, o encargo financeiro correspondente a essa operação poderá ser superior ao custo de captação.
Comentários:
O encargo financeiro dessa operação não só poderá ser superior ao custo de captação: ele deve ser
superior ao custo de captação!
“Se for conceder crédito, não o faça perdendo dinheiro”. Ninguém empresta dinheiro para sair
perdendo, certo? 😉 Nem mesmo a Administração Pública.

Agora, é até possível fazer empréstimo ou financiamento em desacordo com essa regra, ou seja, é
possível que o encargo financeiro da concessão de empréstimo seja inferior ao custo de captação, mas para
isso deve haver autorização em lei específica. ☝

“Mas, professor, isso não torna a questão errada?” 🤨

De jeito nenhum!
A questão perguntou se o encargo financeiro correspondente a essa operação poderia ser superior ao
custo de captação. E pode mesmo! Essa é a regra geral.

Vamos ver como isso está escrito na LRF? Você precisa se familiarizar com a literalidade da lei! 😄

Art. 27. Na concessão de crédito por ente da Federação a pessoa física, ou jurídica que não esteja sob seu
controle direto ou indireto, os encargos financeiros, comissões e despesas congêneres não serão
inferiores aos definidos em lei ou ao custo de captação.

Parágrafo único. Dependem de autorização em lei específica as prorrogações e composições de dívidas


decorrentes de operações de crédito, bem como a concessão de empréstimos ou financiamentos em
desacordo com o caput, sendo o subsídio correspondente consignado na lei orçamentária.

Gabarito: Certo

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9. CESPE – CGM de João Pessoa - PB - Auditor Municipal de Controle Interno – 2018


A Lei Complementar n.º 101/2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal — LRF) compreende diversos dispositivos
que são considerados instrumentos de transparência. Com o advento da Lei Complementar n.º 131/2009 (Lei
da Transparência), outros dispositivos de gestão fiscal foram incluídos na LRF como instrumentos de
transparência, entre eles
a) a divulgação extensiva de relatórios de prestação de contas e respectivo parecer prévio por meio de produtos
impressos e eletrônicos de acesso público.

b) o incentivo à participação popular e a realização de audiências públicas durante o processo de elaboração e


discussão de planos, de lei de diretrizes orçamentárias e de orçamentos.

c) a publicação de relatório resumido da execução orçamentária em período imediatamente posterior ao ano


fiscal em questão.
d) a divulgação extensiva de planos, orçamentos e leis de diretrizes orçamentárias por meio de produtos
impressos e eletrônicos de acesso público.
e) a publicação de relatório de gestão fiscal em período imediatamente posterior ao ano fiscal em questão.
Comentários:
A banca resolveu apelar um pouco: perguntou a regra que tinha sido inserido pela LC 131/09. Não bastava
saber a regra, mas também a Lei Complementar que inseriu a regra... 😒

Enfim, foi por isso que, na parte teórica, indiquei qual lei inseriu cada regra.
Das alternativas, a única que foi inserida pela LC 131/09 foi a alternativa B, observe:

Art. 48, § 1o A transparência será assegurada também mediante:

I – incentivo à participação popular e realização de audiências públicas, durante os processos de


elaboração e discussão dos planos, lei de diretrizes orçamentárias e orçamentos; (Incluído pela Lei
Complementar nº 131, de 2009).

Gabarito: B

10. CESPE – CGM de João Pessoa - PB - Auditor Municipal de Controle Interno – 2018
O relatório resumido de execução orçamentária deve conter demonstrativo específico dedicado aos restos a
pagar, evidenciando-se os valores inscritos, os pagamentos realizados e o montante a pagar.
Comentários:
E aí? É o Relatório Resumido de Execução Orçamentária (RREO) contém mesmo demonstrativo
específico dedicado aos restos a pagar? Ou será que é o Relatório de Gestão Fiscal (RGF)?
Vejamos a LRF:
Art. 53. Acompanharão o Relatório Resumido demonstrativos relativos a:
V - Restos a Pagar, detalhando, por Poder e órgão referido no art. 20, os valores inscritos, os
pagamentos realizados e o montante a pagar.

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É o RREO! Portanto, a questão está correta!

Receita Corrente Líquida (RCL)


Receitas e despesas previdenciárias
Acompanharão o RREO: Resultados nominal e primário
Despesas com juros
Restos a pagar
Mas vale lembrar que o RGF também contém informações sobre restos a pagar. Na verdade, somente o
RGF do último quadrimestre é que contém essas informações. Confira aqui:
Art. 55. O relatório conterá:
III - demonstrativos, no último quadrimestre:
b) da inscrição em Restos a Pagar, das despesas:
1) liquidadas;
2) empenhadas e não liquidadas, inscritas por atenderem a uma das condições do inciso II
do art. 41;
3) empenhadas e não liquidadas, inscritas até o limite do saldo da disponibilidade de caixa;
4) não inscritas por falta de disponibilidade de caixa e cujos empenhos foram cancelados;

a) Disponibilidades de caixa em 31/dezembro


b) Inscrição em RP:
1) Liquidadas
Último quadrimestre: 2) Empenhadas e não liquidadas
3) Empenhadas e não liquidadas, inscritas até o limite do caixa
4) Não inscritas por falta de caixa (empenhos cancelados)
c) Cumprimento de regras de operações de crédito por ARO
Gabarito: Certo

11.CESPE – CGM de João Pessoa - PB - Auditor Municipal de Controle Interno – 2018


O relatório de gestão fiscal, de periodicidade quadrimestral, deverá conter a avaliação do cumprimento do
limite para a dívida consolidada e indicará as medidas a serem adotadas caso o limite seja descumprido.
Comentários:
O Relatório de Gestão Fiscal (RGF) tem periodicidade quadrimestral?

SIM! 😄

RREO •2 R's (bimestral)

RGF •RG Fisqual (quadrimestre)

O RGF deve conter avaliação do cumprimento do limite para a dívida consolidada?

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SIM! 😄

Art. 55. O relatório conterá:

I - comparativo com os limites de que trata esta Lei Complementar, dos seguintes montantes:

b) dívidas consolidada e mobiliária;

E o RGF também deve indicar as medidas a serem adotadas caso o limite seja descumprido?

SIM também! 😃

Art. 55. O relatório conterá:

II - indicação das medidas corretivas adotadas ou a adotar, se ultrapassado qualquer dos limites;

Então está tudo certo na questão!


Gabarito: Certo

12. CESPE – TCE-PB - Auditor de Contas Públicas – 2018

Os dispositivos da Lei Complementar n.º 131/2009


A) determinam que os entes da federação devem disponibilizar acesso a informações sobre receitas e despesas,
desde que tais informações sejam solicitadas por pessoas físicas.
B) prescrevem que, para municípios com menos de cinquenta mil habitantes, o prazo para apresentar
informações sobre relatórios de gestão fiscal é de até um ano.
C) aplicam-se exclusivamente à execução orçamentária e financeira da união e dos estados brasileiros.
D) preveem a participação popular durante a elaboração de planos, mas restringe esse acesso a decisões
orçamentárias.
E) estabelecem que partidos políticos são partes legítimas para denunciar descumprimentos aos tribunais de
contas.
Comentários:
Atenção: a questão é sobre a LC 131/2009, que alterou a LRF. Agora vamos analisar as alternativas:
a) Errada. Só pessoa física pode solicitar essas informações? Que nada! Essas informações serão
disponibilizadas a qualquer pessoa, seja ela física ou jurídica. Olha só:

Art. 48-A. Para os fins a que se refere o inciso II do parágrafo único do art. 48, os entes da Federação
disponibilizarão a qualquer pessoa física ou jurídica o acesso a informações referentes a:

I – quanto à despesa: (...)

II – quanto à receita: (...)

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b) Errada. Os municípios com menos de 50.000 habitantes tiveram 4 (quatro) anos (até 2013) para se
adaptarem e cumprir as seguintes determinações do artigo 48 e 48-A:

• liberação ao pleno conhecimento e acompanhamento da sociedade, em tempo real, de


informações pormenorizadas sobre a execução orçamentária e financeira, em meios eletrônicos
de acesso público;
• adoção de sistema integrado de administração financeira e controle, que atenda a padrão mínimo
de qualidade estabelecido pelo Poder Executivo da União e ao disposto no art. 48-A;
• disponibilização a qualquer pessoa física ou jurídica o acesso a informações referentes a despesa
e receita.
E se esse prazo não foi atendido? Aí, de acordo com o artigo 73-C da LRF, o ente ficou sujeito à sanção
prevista inciso I do § 3o do art. 23, ou seja, ficou proibido de receber transferências voluntárias.

Art. 23, § 3º Não alcançada a redução no prazo estabelecido, e enquanto perdurar o excesso, o ente não
poderá:

I - receber transferências voluntárias;

c) Errada. Aplicam-se os Municípios também! Quer ver a ementa dessa lei complementar?

Acrescenta dispositivos à Lei Complementar 101, de 4 de maio de 2000, que estabelece normas de finanças
públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal e dá outras providências, a fim de determinar a
disponibilização, em tempo real, de informações pormenorizadas sobre a execução orçamentária e
financeira da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

d) Errada. A participação popular é incentivada não só na elaboração, mas também na discussão do


orçamento. Quer ver?

Art 48, § 1º A transparência será assegurada também mediante:

I – incentivo à participação popular e realização de audiências públicas, durante os processos de elaboração


e discussão dos planos, lei de diretrizes orçamentárias e orçamentos;

e) Correta. Qualquer CASP (Cidadão, Associação, Sindicato e Partido político) é parte legítima para
denunciar descumprimentos aos tribunais de contas. Confirme aqui:

Art. 73-A. Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato é parte legítima para denunciar ao
respectivo Tribunal de Contas e ao órgão competente do Ministério Público o descumprimento das
prescrições estabelecidas nesta Lei Complementar.

Gabarito: E

13.CESPE – TRE-TO - Analista Judiciário - Área Administrativa – 2017


O sistema de execução orçamentária e financeira, em função da autonomia dos poderes, deve ser específico
para cada esfera de poder bem como mantido e gerenciado pelo nível hierárquico mais alto dentro de cada
poder.

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Comentários:
A resposta está no artigo 48 da LRF:

Art. 48, § 6o Todos os Poderes e órgãos referidos no art. 20, incluídos autarquias, fundações públicas,
empresas estatais dependentes e fundos, do ente da Federação devem utilizar sistemas únicos de
execução orçamentária e financeira, mantidos e gerenciados pelo Poder Executivo, resguardada a
autonomia.

É um sistema único de execução orçamentária! E ele é mantido e gerenciado pelo Poder Executivo. Não
é “cada órgão utiliza o seu sistema específico e depois a gente junta tudo”. O sistema é único! 😉

Gabarito: Errado

14. CESPE – TRF - 1ª REGIÃO - Analista Judiciário - Área Administrativa – 2017

A LRF incentiva a realização de audiências públicas com o objetivo de fomentar a participação popular na
elaboração do orçamento anual, mas, em razão dos aspectos técnicos envolvidos, no desenvolvimento da lei
de diretrizes orçamentárias, essa participação não é incentivada.

Comentários:

Que mentira! 😤

A participação popular também é incentivada no desenvolvimento da Lei de Diretrizes Orçamentárias


(LDO), olha aqui:

Art. 48, § 1º A transparência será assegurada também mediante:

I – incentivo à participação popular e realização de audiências públicas, durante os processos de elaboração


e discussão dos planos, lei de diretrizes orçamentárias e orçamentos;

Gabarito: Errado

15.CESPE – TCE-PE - Auditor de Controle Externo – 2017


Em respeito ao princípio constitucional da autonomia federativa, é facultativo que o titular do Poder Executivo
de cada ente federativo envie à União as informações relativas às respectivas dívidas públicas interna e externa.
Comentários:

Facultativo? 🤨

Que nada!
É obrigatório! Os entes precisam enviar suas contas ao Poder Executivo da União:

Art. 51. O Poder Executivo da União promoverá, até o dia trinta de junho, a consolidação, nacional e por
esfera de governo, das contas dos entes da Federação relativas ao exercício anterior, e a sua divulgação,
inclusive por meio eletrônico de acesso público.

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§ 1o Os Estados e os Municípios encaminharão suas contas ao Poder Executivo da União nos seguintes
prazos:

I - Municípios, com cópia para o Poder Executivo do respectivo Estado, até trinta de abril;

II - Estados, até trinta e um de maio.

Gabarito: Errado

16. CESPE – TRE-PE - Analista Judiciário - Área Administrativa – 2017


Acerca de transparência, controle e fiscalização das contas públicas, conforme estabelece a Lei Complementar
n.º 101/2000 — Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) —, assinale a opção correta.

A) As contas do Poder Judiciário serão apresentadas, no âmbito da União, pelos presidentes dos tribunais de
justiça.
B) O orçamento público é instrumento de transparência da gestão fiscal.
C) A despesa pública e o resultado dos fluxos financeiros devem obedecer ao regime de competência.
D) O balanço orçamentário deve conter as receitas por grupo de natureza e as despesas, por fonte.
E) O relatório de gestão fiscal deve conter o total da despesa com pessoal, excluídos os pensionistas.
Comentários:

Vamos ver as nossas alternativas? 😄

a) Errada. As contas do Poder Judiciário serão apresentadas, no âmbito da União, pelos Presidentes do
Supremo Tribunal Federal (STF) e dos Tribunais Superiores. No âmbito dos Estados é que serão apresentadas
pelos presidentes dos Tribunais de Justiça (LRF, art. 56, § 1º).
b) Correta. Sim! O orçamento público é mesmo um dos instrumentos de transparência da gestão fiscal.
Confira aqui comigo:

Art. 48. São instrumentos de transparência da gestão fiscal, aos quais será dada ampla divulgação,
inclusive em meios eletrônicos de acesso público: os planos, orçamentos e leis de diretrizes orçamentárias;
as prestações de contas e o respectivo parecer prévio; o Relatório Resumido da Execução Orçamentária e o
Relatório de Gestão Fiscal; e as versões simplificadas desses documentos.

c) Errada. Na verdade, a regra é a seguinte:

Art. 50. Além de obedecer às demais normas de contabilidade pública, a escrituração das contas públicas
observará as seguintes:

II - a despesa e a assunção de compromisso serão registradas segundo o regime de competência,


apurando-se, em caráter complementar, o resultado dos fluxos financeiros pelo regime de caixa;

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Despesa • Regime de competência

Fluxos • Regime de caixa


financeiros

É como eu costumo dizer: quando você ver a palavra “financeiro”, pense logo em dinheiro vivo (cash 💵
💵 💵). Esse dinheiro é registrado pelo regime de caixa!

d) Errada. A banca fez aquela velha “trocada de bolas”! 😅 Olha só:

I - balanço orçamentário, que especificará, por categoria econômica, as:

a) receitas por fonte, informando as realizadas e a realizar, bem como a previsão atualizada;

b) despesas por grupo de natureza, discriminando a dotação para o exercício, a despesa liquidada
e o saldo;

e) Errada. Excluídos os pensionistas? Nem pensar. Eles também compõem a despesa total com pessoal!
E observe o que a LRF fala sobre o RGF:

Art. 55. O relatório conterá:

I - comparativo com os limites de que trata esta Lei Complementar, dos seguintes montantes:

a) despesa total com pessoal, distinguindo a com inativos e pensionistas;

Gabarito: B

17.CESPE – PGE-AM - Procurador do Estado – 2016


A LDO, tal como o parecer prévio do tribunal de contas estadual sobre as contas do governador, são
instrumentos de transparência da gestão fiscal.
Comentários:

Eu não falei que adoram perguntar quais são os instrumentos de transparência da gestão fiscal? 😏

Preste atenção:

Art. 48. São instrumentos de transparência da gestão fiscal, aos quais será dada ampla divulgação,
inclusive em meios eletrônicos de acesso público: os planos, orçamentos e leis de diretrizes
orçamentárias; as prestações de contas e o respectivo parecer prévio; o Relatório Resumido da Execução
Orçamentária e o Relatório de Gestão Fiscal; e as versões simplificadas desses documentos.

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Planos, diretrizes orçamentárias e orçamentos


- PPA, LDO e LOA (arts. 3º a 7º)

Prestações de contas anuais e respectivo


parecer prévio (arts. 56 a 58)
Instrumentos de
transparência da
gestão fiscal
RREO e RGF (arts. 52 a 54)

Versões simplificadas do RREO e RGF

Gabarito: Certo

18. CESPE – TCE-PA - Auditor de Controle Externo – 2016

Os demonstrativos da receita corrente líquida e dos resultados nominal e primário devem constar do relatório
de gestão fiscal.
Comentários:
Ah! Como as questões adoram fazer confusão entre RREO e RGF.
Já captou onde eu quero chegar, não é?
Os demonstrativos da receita corrente líquida e dos resultados nominal e primário devem constar do
RREO (e não do RGF).

Confira aqui:

Art. 53. Acompanharão o Relatório Resumido demonstrativos relativos a:

I - apuração da receita corrente líquida, na forma definida no inciso IV do art. 2o, sua evolução, assim
como a previsão de seu desempenho até o final do exercício;

III - resultados nominal e primário;

Receita Corrente Líquida (RCL)


Receitas e despesas previdenciárias
Acompanharão o RREO: Resultados nominal e primário
Despesas com juros
Restos a pagar
Gabarito: Errado

19. CESPE – TCE-PA - Auditor de Controle Externo – 2016


Diferentemente de outros elementos que compõem as demonstrações contábeis, as receitas e as despesas
previdenciárias devem ser apresentadas em demonstrativos financeiros específicos.

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Comentários:
É isso mesmo! As receitas e as despesas previdenciárias são chave para o equilíbrio fiscal (em especial,
para o equilíbrio atuarial), por isso que elas devem ser apresentadas em demonstrativos financeiros específicos.
Olha como isso está na LRF:

Art. 50. Além de obedecer às demais normas de contabilidade pública, a escrituração das contas públicas
observará as seguintes:

IV - as receitas e despesas previdenciárias serão apresentadas em demonstrativos financeiros e


orçamentários específicos;

Gabarito: Certo

20. CESPE – TCE-SC - Auditor Fiscal de Controle Externo – 2016

Os entes da Federação devem disponibilizar a qualquer pessoa física ou jurídica os dados resumidos da despesa
pública realizada, dispensado o fornecimento de informações sobre o número dos processos que originaram as
despesas, ao bem fornecido ou ao serviço prestado.
Comentários:
Você acha mesmo que o fornecimento de informações sobre o número dos processos que originaram as
despesas, ao bem fornecido ou ao serviço prestado deve ser dispensado? 🤔

Imagine que você fez uma compra num site, mas não recebeu o número do seu pedido. O produto está
demorando muito para chegar então você entra em contato com a empresa e diz: “olha, comprei o produto X
aí no seu site e ele está demorando”. A primeira coisa que vão lhe perguntar é: “qual é o número do pedido?”
Milhares de pessoas também fizeram a mesma compra. Como a empresa vai identificar a sua se você não tem
o número? 🤔

E como você vai identificar uma despesa se o ente da Federação somente disponibiliza dados resumidos
da despesa?

Não dá... 🤔

Por isso que:


Art. 48-A. Para os fins a que se refere o inciso II do parágrafo único do art. 48, os entes da Federação
disponibilizarão a qualquer pessoa física ou jurídica o acesso a informações referentes a:
I – quanto à despesa: todos os atos praticados pelas unidades gestoras no decorrer da execução da
despesa, no momento de sua realização, com a disponibilização mínima dos dados referentes ao
número do correspondente processo, ao bem fornecido ou ao serviço prestado, à pessoa física ou
jurídica beneficiária do pagamento e, quando for o caso, ao procedimento licitatório realizado;
Portanto, corrigindo a questão: os entes da Federação devem disponibilizar a qualquer pessoa física ou
jurídica os dados resumidos da despesa pública realizada, sendo obrigatório o fornecimento de informações
sobre o número dos processos que originaram as despesas, ao bem fornecido ou ao serviço prestado.

Gabarito: Errado

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21. CESPE – TRT - 8ª Região (PA e AP) - Técnico Judiciário – 2016


De acordo com a Constituição Federal de 1988 (CF), cabe ao Poder Executivo estabelecer o plano plurianual, as
diretrizes orçamentárias e os orçamentos anuais, bem como publicar um relatório resumido da execução
orçamentária após o encerramento de cada bimestre no prazo de até
A) quarenta e cinco dias.
B) sessenta dias.
C) noventa dias.

D) trinta e cinco dias.


E) trinta dias.
Comentários:
30 dias! Os entes têm até 30 dias (após o encerramento de cada bimestre) para publicar o RREO.
Art. 52. O relatório a que se refere o § 3º do art. 165 da Constituição abrangerá todos os Poderes e o
Ministério Público, será publicado até trinta dias após o encerramento de cada bimestre e composto de:
(...)
Ressalto que o prazo é o mesmo para o RGF: os entes também têm até 30 dias após o encerramento de
cada quadrimestre para publicar esse relatório.
Gabarito: E

22. CESPE – TRT - 8ª Região (PA e AP) - Analista Judiciário – 2016

Para viabilizar a transparência da gestão fiscal, a LRF estabelece que os entes da Federação disponibilizem o
acesso a informações referentes a todos os pagamentos realizados às pessoas jurídicas fornecedoras de bens e
serviços, excluídos os valores destinados à remuneração de pessoas físicas, para que a privacidade delas não
seja violada.
Comentários:

Opa! Nada disso! Os entes devem disponibilizar acesso às informações referentes a todos os pagamentos
realizados à pessoa física ou jurídica beneficiária.

Não tem essa de proteger a privacidade das pessoas físicas fornecedoras de bens e serviços para a
Administração Pública. O cidadão precisa saber para onde (e para quem) os recursos públicos estão indo!
Vamos ver onde isso está escrito na LRF?

Art. 48-A. Para os fins a que se refere o inciso II do parágrafo único do art. 48, os entes da Federação
disponibilizarão a qualquer pessoa física ou jurídica o acesso a informações referentes a:
I – quanto à despesa: todos os atos praticados pelas unidades gestoras no decorrer da execução da despesa,
no momento de sua realização, com a disponibilização mínima dos dados referentes ao número do
correspondente processo, ao bem fornecido ou ao serviço prestado, à pessoa física ou jurídica beneficiária
do pagamento e, quando for o caso, ao procedimento licitatório realizado;
Gabarito: Errado

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23.CESPE – TRT - 8ª Região (PA e AP) - Analista Judiciário – 2016


Uma das formas de controle estabelecida pela LRF é a obrigatoriedade, aos estados e municípios, de envio de
suas contas ao executivo federal, em data limite, sob pena de não receberem os valores oriundos de
transferências voluntárias.
Comentários:
É isso mesmo! Vamos ler a LRF:

Art. 51. O Poder Executivo da União promoverá, até o dia trinta de junho, a consolidação, nacional e por
esfera de governo, das contas dos entes da Federação relativas ao exercício anterior, e a sua divulgação,
inclusive por meio eletrônico de acesso público.

§ 1o Os Estados e os Municípios encaminharão suas contas ao Poder Executivo da União nos seguintes
prazos:

I - Municípios, com cópia para o Poder Executivo do respectivo Estado, até trinta de abril;

II - Estados, até trinta e um de maio.

E o que acontece se um ente não entregar suas contas no prazo? 🤔

Voltamos para aquele dispositivo que a LRF gosta de referenciar (art. 51, § 2º):

§ 2o O descumprimento dos prazos previstos neste artigo impedirá, até que a situação seja regularizada,
que o ente da Federação receba transferências voluntárias e contrate operações de crédito, exceto as
destinadas ao refinanciamento do principal atualizado da dívida mobiliária.

OT
OT significa:

• O: contratação de Operações de crédito;


• T: recebimento de Transferências voluntárias.

Gabarito: Certo

24. CESPE – TCE-PR - Auditor – 2016


Assinale a opção correta a respeito de transparência, controle e fiscalização de acordo com a LRF.
A) O relatório de gestão fiscal do Poder Legislativo deve conter um comparativo da dívida consolidada e
mobiliária com os limites previstos na LRF.
B) Sempre que verificar que as despesas de pessoal de Poder Executivo estadual atingiram o limite prudencial
— 95% do limite máximo das despesas com pessoal —, o TCE deverá emitir alerta sobre esse fato, na forma da
LRF.

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C) As contas prestadas pelo chefe do Poder Executivo serão objeto de parecer prévio do respectivo tribunal de
contas no prazo de sessenta dias do recebimento, se outro lapso não estiver previsto no regimento interno
desse tribunal.
D) O fato de o município não atender o prazo para a publicação do relatório de gestão fiscal lhe gera a mesma
espécie de sanção prevista na LRF para a conduta de não encaminhar tempestivamente suas contas ao Poder
Executivo da União.
E) O relatório de gestão fiscal, que deverá ser publicado em até trinta dias após o encerramento do período a
que corresponder, com amplo acesso ao público, inclusive por meio eletrônico, engloba o relatório resumido
de execução orçamentária.
Comentários:

Questão interessante! Vamos para as alternativas! 😄

a) Errada. Questão pesada! Tinha que conhecer bem o RGF! 😬

O RGF dos Poderes Judiciário, Legislativo e respectivos órgãos, assim como do Ministério Público,
conterá apenas:

• comparativo relativo à despesa total com pessoal (inciso I, alínea “a”);


• medidas corretivas adotadas ou a adotar, se ultrapassado qualquer dos limites (inciso II);
• os demonstrativos que deverão constar no RGF do último quadrimestre (inciso III).

Isso significa que os seguintes comparativos serão elaborados somente pelo Poder Executivo:

• dívidas consolidada e mobiliária;


• concessão de garantias;
• operações de crédito, inclusive por antecipação de receita.

Lembra da minha dica?

Se for os comparativos relacionados a dívida e endividamento estarão somente no Poder


Executivo!

A questão perguntou sobre o comparativo da dívida consolidada e mobiliária com os limites previstos na
LRF. Esse estará somente no Poder Executivo. Logo, o RGF do Poder Legislativo não conterá esse comparativo.
b) Errada. Opa! O limite de alerta é em 90%! Em 95% já estamos no limite prudencial!

Art. 59, § 1º Os Tribunais de Contas alertarão os Poderes ou órgãos referidos no art. 20 quando
constatarem:

II - que o montante da despesa total com pessoal ultrapassou 90% (noventa por cento) do limite;

c) Errada. Isso não é verdade. Primeiro porque não é isso que diz o artigo 57 da LRF:

Art. 57. Os Tribunais de Contas emitirão parecer prévio conclusivo sobre as contas no prazo de sessenta
dias do recebimento, se outro não estiver estabelecido nas constituições estaduais ou nas leis orgânicas
municipais.

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Repare que o dispositivo fala que o prazo será de 60 dias do recebimento, se outro não estiver
estabelecido nas constituições estaduais ou nas leis orgânicas municipais (e não no regimento interno do
Tribunal de Contas).
Além disso, esse artigo 57 ainda está está com a eficácia suspensa pela ADIn 2.238-5. Portanto,
alternativa errada mesmo.
d) Correta. É isso mesmo! Descumpriu esses prazos? A LRF vai lhe direcionar para aquele mesmo
dispositivo: art. 51, § 2º. Quer ver?

Primeiro o dispositivo que fala sobre o descumprimento do prazo para a publicação do relatório de gestão
fiscal:

Art. 55, § 3o O descumprimento do prazo a que se refere o § 2o sujeita o ente à sanção prevista no § 2o do
art. 51.

Agora o dispositivo que fala sobre o descumprimento do prazo para encaminhar tempestivamente suas
contas ao Poder Executivo da União:

Art. 51. O Poder Executivo da União promoverá, até o dia trinta de junho, a consolidação, nacional e por
esfera de governo, das contas dos entes da Federação relativas ao exercício anterior, e a sua divulgação,
inclusive por meio eletrônico de acesso público.

§ 2o O descumprimento dos prazos previstos neste artigo impedirá, até que a situação seja regularizada,
que o ente da Federação receba transferências voluntárias e contrate operações de crédito, exceto as
destinadas ao refinanciamento do principal atualizado da dívida mobiliária.

E o mnemônico que você pode usar para isso é:

OT
OT significa:

• O: contratação de Operações de crédito;


• T: recebimento de Transferências voluntárias.

e) Errada. RGF engloba o RREO? Negativo! RGF é uma coisa. RREO é outra coisa! 😅 O restante da
questão está todo correto!
Gabarito: D

25.CESPE – TCU - Auditor Federal de Controle Externo – 2015


Os limites da LRF estabelecidos para despesas com pessoal, concessão de garantias e contratação de
operações de crédito são definidos em percentuais da receita corrente líquida e devem ser divulgados no
relatório de gestão fiscal.
Comentários:
Vamos por partes!

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Primeira parte: “Os limites da LRF estabelecidos para despesas com pessoal, concessão de garantias e
contratação de operações de crédito são definidos em percentuais da receita corrente líquida”.
Correto! Todos limites da LRF (exceto os Restos a Pagar) têm como parâmetro a RCL, ou seja, os limites
para despesas com pessoal, concessão de garantias e contratação de operações de crédito são definidos em
percentuais da receita corrente líquida (% RCL).
Segunda parte: “e devem ser divulgados no relatório de gestão fiscal.”
“Eita, professor! Agora lascou. Tem que saber se isso está no RGF ou no RREO, não é?”

Exatamente! Mas eu já lhe falei é no RGF que constam informações necessárias à verificação da
conformidade com os limites relativos às despesas com pessoal, às dívidas consolidada e mobiliária, à
concessão de garantias, e às operações de crédito. O RREO possui informações mais relacionadas à execução
orçamentária (arrecadação de receitas e empenho de despesas).

Portanto, já que as duas partes estão corretas, a questão está correta também! 😃

Gabarito: Certo

26. CESPE – TCU - Auditor Federal de Controle Externo – 2015

O governador de um estado brasileiro que não tenha submetido suas contas ao Poder Executivo da União no
prazo estabelecido será impedido, até que a situação seja regularizada, de receber transferências voluntárias e
contratar operações de crédito, inclusas aquelas destinadas ao refinanciamento do principal da dívida.
Comentários:

Uh! Quase certa! Questão derrapou só no final. 😬

Realmente, se o governador não submeter suas contas ao Poder Executivo da União no prazo
estabelecido será impedido, até que a situação seja regularizada, de receber transferências voluntárias e
contratar operações de crédito.
Mas ele ainda poderá contratar operações de crédito destinadas ao refinanciamento do principal
atualizado da dívida mobiliária (LRF, art. 51, § 2º).
Vamos ver a literalidade da lei, só para gravar:

Art. 51, § 2o O descumprimento dos prazos previstos neste artigo impedirá, até que a situação seja
regularizada, que o ente da Federação receba transferências voluntárias e contrate operações de
crédito, exceto as destinadas ao refinanciamento do principal atualizado da dívida mobiliária.

Ou seja: a questão só trocou a palavra “exceto” por “inclusas”! 😊

Gabarito: Errado

27.CESPE – MPU - Analista do MPU - Finanças e Controle – 2015


É facultado aos municípios com população inferior a cinquenta mil habitantes optar por divulgar,
semestralmente, o relatório de gestão fiscal. A divulgação do relatório e demonstrativos fiscais deverá ser
realizada em até trinta dias após o encerramento do semestre.

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Comentários:

É isso mesmo! 😃

Municípios com população inferior a 50.000 (cinquenta mil) habitantes podem optar por divulgar
semestralmente:

• O Relatório de Gestão Fiscal (RGF);


• Os demonstrativos do RREO (⚠ não é o RREO todo. São os demonstrativos que acompanham
o RREO, que estão no artigo 53 da LRF).
Quer ver essa regra na LRF?

Art. 63. É facultado aos Municípios com população inferior a cinquenta mil habitantes optar por:

II - divulgar semestralmente:

b) o Relatório de Gestão Fiscal;

c) os demonstrativos de que trata o art. 53; (RREO)

Repare que quando a questão falou em “a divulgação do relatório e demonstrativos fiscais”, ela estava se
referindo ao RGF, e não ao RREO, pois a questão não mencionou nada sobre esse último.
Ademais, a divulgação deve mesmo ser realizada 30 (trinta) dias após o encerramento do período a que
corresponder, seja quadrimestral ou semestral (LRF, art. 55, § 2º).
Gabarito: Certo

28. CESPE – TJ-CE - Analista Judiciário - Área Administrativa – 2014

A seção da Lei de Responsabilidade Fiscal que trata da transparência da gestão fiscal foi significativamente
expandida depois da aprovação da Lei Complementar n.º 131/2009. No que se refere a esse assunto, assinale a
opção correta.
A) Os empréstimos do BNDES e as respectivas avaliações circunstanciadas devem integrar a prestação de
contas da União.
B) As informações pormenorizadas sobre a execução financeira devem constar dos meios eletrônicos de acesso
público no prazo máximo de dez dias úteis.
C) A participação popular deve restringir-se às fases de discussão, aprovação e controle dos planos e
orçamentos.
D) A adoção de um sistema integrado de administração financeira e controle é obrigatória para todos os
municípios.

E) No caso do governo federal, a disponibilização das contas do chefe do Poder Executivo a todos os cidadãos
é desnecessária.

Comentários:
Vamos às alternativas:

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a) Errada. E que questão traiçoeira. Uma rasteira no candidato. Vejamos o que diz a LRF:

Art. 49, Parágrafo único. A prestação de contas da União conterá demonstrativos do Tesouro Nacional
e das agências financeiras oficiais de fomento, incluído o Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social, especificando os empréstimos e financiamentos concedidos com recursos oriundos
dos orçamentos fiscal e da seguridade social e, no caso das agências financeiras, avaliação
circunstanciada do impacto fiscal de suas atividades no exercício.

“Não entendi, professor. Qual é o erro da questão?”

A questão falou em “empréstimos do BNDES e as respectivas avaliações circunstanciadas”, ou seja,


avaliações circunstanciadas dos empréstimos.
Só que o dispositivo legal fala em avaliações circunstanciadas do impacto fiscal das atividades no
exercício.
b) Errada. 10 dias úteis? Que demora é essa? É em tempo real! Confira aqui comigo em tempo real
também: 😅

Art. 48, § 1o A transparência será assegurada também mediante:

II - liberação ao pleno conhecimento e acompanhamento da sociedade, em tempo real, de informações


pormenorizadas sobre a execução orçamentária e financeira, em meios eletrônicos de acesso público; e

c) Errada. E na elaboração, será que a população não participa? 🤔

Claro que participa! 😏

E na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), a população num participa também?

Participa! 😏

Então a alternativa está mesmo errada!


Vamos conferir na LRF:

Art. 48, § 1o A transparência será assegurada também mediante:

I – incentivo à participação popular e realização de audiências públicas, durante os processos de


elaboração e discussão dos planos, lei de diretrizes orçamentárias e orçamentos;

d) Correta. É isso aí! Do jeito que está lá na LRF:

Art. 48, § 1o A transparência será assegurada também mediante:

III – adoção de sistema integrado de administração financeira e controle, que atenda a padrão mínimo
de qualidade estabelecido pelo Poder Executivo da União e ao disposto no art. 48-A.

e) Errada. Que é isso? Agora o Presidente da República não precisa mais prestar contas aos cidadãos? Que
loucura! A disponibilização das contas do chefe do Poder Executivo a todos os cidadãos é necessária
(obrigatória), conforme manda a LRF:

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Art. 49. As contas apresentadas pelo Chefe do Poder Executivo ficarão disponíveis, durante todo o
exercício, no respectivo Poder Legislativo e no órgão técnico responsável pela sua elaboração, para
consulta e apreciação pelos cidadãos e instituições da sociedade.

Gabarito: D

29. CESPE – CPRM - Analista em Geociências - Economia – 2013

A prestação de contas da União deve conter demonstrativos do Banco Nacional de Desenvolvimento


Econômico e Social, como agência financeira oficial de fomento, com a avaliação do impacto fiscal de suas
atividades no exercício.

Comentários:

É um dispositivo que não costuma cair em prova, mas nessa aqui caiu! 😬

E a questão está correta, observe:


Art. 49, Parágrafo único. A prestação de contas da União conterá demonstrativos do Tesouro Nacional
e das agências financeiras oficiais de fomento, incluído o Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social, especificando os empréstimos e financiamentos concedidos com recursos oriundos
dos orçamentos fiscal e da seguridade social e, no caso das agências financeiras, avaliação
circunstanciada do impacto fiscal de suas atividades no exercício.
Ressalto que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) é uma agência
financeira oficial de fomento. 😉

Gabarito: Certo

30. CESPE – TCE-RO - Agente Administrativo – 2013

Os entes da Federação devem liberar à sociedade, em tempo real, o acesso a informações pormenorizadas
sobre o lançamento e o recebimento de toda a receita das unidades gestoras, inclusive aquelas referentes a
recursos extraordinários.
Comentários:
A transparência também será assegurada mediante a liberação ao pleno conhecimento e
acompanhamento da sociedade, em tempo real, de informações pormenorizadas sobre a execução
orçamentária e financeira, em meios eletrônicos de acesso público (LRF, art. 48, II). E é aqui que entra o artigo
48-A:
Art. 48-A. Para os fins a que se refere o inciso II do parágrafo único do art. 48, os entes da Federação
disponibilizarão a qualquer pessoa física ou jurídica o acesso a informações referentes a:
II – quanto à receita: o lançamento e o recebimento de toda a receita das unidades gestoras, inclusive
referente a recursos extraordinários.

Gabarito: Certo

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Folha de respostas

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Lista de questões - CESPE


1. CESPE – PGM - João Pessoa - PB - Procurador do Município – 2018

À luz da LRF, julgue os próximos itens.


I São exigências para a realização de transferência voluntária, entre outras, a observância dos limites das dívidas
consolidada e mobiliária e de operações de crédito e a previsão orçamentária de contrapartida pelo recebedor.
II Em nenhuma hipótese poderão ser utilizados recursos públicos, nem mesmo de operações de crédito, para
socorrer instituições do Sistema Financeiro Nacional, ainda que mediante a concessão de empréstimos de
recuperação ou financiamentos para mudança de controle acionário.
III Equipara-se a operação de crédito a assunção, o reconhecimento ou a confissão de dívidas pelo ente da
Federação.
IV A destinação de recursos para, direta ou indiretamente, cobrir necessidades de pessoas físicas ou déficits de
pessoas jurídicas, por instituições financeiras estatais, deverá ser autorizada por lei específica, atender às
condições estabelecidas na LDO e estar prevista no orçamento ou em seus créditos adicionais.
Estão certos apenas os itens

A) I e II.
B) I e III.
C) III e IV.
D) I, II e IV.
E) II, III e IV.

2. CESPE – CGM de João Pessoa - PB - Técnico Municipal de Controle Interno – 2018


Nos termos da LRF, transferência voluntária é a entrega de recursos a título de cooperação, auxílio ou
assistência financeira a ente público ou privado, para a execução de atividade de interesse público.

3. CESPE – PGE-SE - Procurador do Estado – 2017


Com relação às transferências voluntárias, assinale a opção correta.

A) As exigências estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias são suficientes para a realização de tais
transferências.
B) Essas transferências podem destinar-se ao pagamento de pessoal inativo do beneficiário.
C) Um cadastro nacional possibilita a consulta de dados sobre restrições relativas aos beneficiários dessas
transferências.
D) As referidas transferências podem ser utilizadas para finalidade diversa da pactuada, caso haja fundado
interesse público.

E) Trata-se de repasses impositivos por força de dispositivo constitucional.

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4. CESPE – Prefeitura de Belo Horizonte - MG - Procurador Municipal – 2017


A prevenção de insolvência das instituições que integram o Sistema Financeiro Nacional realiza-se por meio da
alocação de recursos públicos destinados à concessão de operações de crédito.

5. CESPE – TCE-SC - Auditor Fiscal de Controle Externo - Direito – 2016

Para que o estado-membro receba da União transferências voluntárias destinadas ao pagamento de despesas
com pessoal inativo, é condição inarredável a prévia autorização por lei específica autorizativa no âmbito
federal, aprovada por maioria absoluta.

6. CESPE – TCE-SC - Auditor Fiscal de Controle Externo - Direito – 2016


Ainda que haja autorização por lei específica e conformidade com a lei de diretrizes orçamentárias, não é
permitido ao município usar recursos previstos em créditos suplementares para cobrir déficits de pessoas
jurídicas.

7. CESPE – TCE-RN - Auditor – 2015

Se determinado órgão público for autorizado por lei específica a destinar recursos à cobertura de déficits de
pessoas jurídicas por meio de operações de crédito e, posteriormente, for verificada a necessidade de
prorrogação dos empréstimos concedidos, tal prorrogação somente poderá ocorrer se estiver prevista em lei
específica.

8. CESPE – TCU - Auditor Federal de Controle Externo - Auditoria Governamental – 2015


Se determinado ente da Federação pretender conceder empréstimo a pessoa jurídica que não esteja sob seu
controle direto, o encargo financeiro correspondente a essa operação poderá ser superior ao custo de captação.

9. CESPE – CGM de João Pessoa - PB - Auditor Municipal de Controle Interno – 2018

A Lei Complementar n.º 101/2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal — LRF) compreende diversos dispositivos
que são considerados instrumentos de transparência. Com o advento da Lei Complementar n.º 131/2009 (Lei
da Transparência), outros dispositivos de gestão fiscal foram incluídos na LRF como instrumentos de
transparência, entre eles
a) a divulgação extensiva de relatórios de prestação de contas e respectivo parecer prévio por meio de produtos
impressos e eletrônicos de acesso público.
b) o incentivo à participação popular e a realização de audiências públicas durante o processo de elaboração e
discussão de planos, de lei de diretrizes orçamentárias e de orçamentos.
c) a publicação de relatório resumido da execução orçamentária em período imediatamente posterior ao ano
fiscal em questão.

d) a divulgação extensiva de planos, orçamentos e leis de diretrizes orçamentárias por meio de produtos
impressos e eletrônicos de acesso público.

e) a publicação de relatório de gestão fiscal em período imediatamente posterior ao ano fiscal em questão.

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10. CESPE – CGM de João Pessoa - PB - Auditor Municipal de Controle Interno – 2018
O relatório resumido de execução orçamentária deve conter demonstrativo específico dedicado aos restos a
pagar, evidenciando-se os valores inscritos, os pagamentos realizados e o montante a pagar.

11.CESPE – CGM de João Pessoa - PB - Auditor Municipal de Controle Interno – 2018


O relatório de gestão fiscal, de periodicidade quadrimestral, deverá conter a avaliação do cumprimento do
limite para a dívida consolidada e indicará as medidas a serem adotadas caso o limite seja descumprido.

12. CESPE – TCE-PB - Auditor de Contas Públicas – 2018

Os dispositivos da Lei Complementar n.º 131/2009


A) determinam que os entes da federação devem disponibilizar acesso a informações sobre receitas e despesas,
desde que tais informações sejam solicitadas por pessoas físicas.
B) prescrevem que, para municípios com menos de cinquenta mil habitantes, o prazo para apresentar
informações sobre relatórios de gestão fiscal é de até um ano.

C) aplicam-se exclusivamente à execução orçamentária e financeira da união e dos estados brasileiros.


D) preveem a participação popular durante a elaboração de planos, mas restringe esse acesso a decisões
orçamentárias.

E) estabelecem que partidos políticos são partes legítimas para denunciar descumprimentos aos tribunais de
contas.

13.CESPE – TRE-TO - Analista Judiciário - Área Administrativa – 2017


O sistema de execução orçamentária e financeira, em função da autonomia dos poderes, deve ser específico
para cada esfera de poder bem como mantido e gerenciado pelo nível hierárquico mais alto dentro de cada
poder.

14. CESPE – TRF - 1ª REGIÃO - Analista Judiciário - Área Administrativa – 2016

A LRF incentiva a realização de audiências públicas com o objetivo de fomentar a participação popular na
elaboração do orçamento anual, mas, em razão dos aspectos técnicos envolvidos, no desenvolvimento da lei
de diretrizes orçamentárias, essa participação não é incentivada.

15.CESPE – TCE-PE - Auditor de Controle Externo – 2018


Em respeito ao princípio constitucional da autonomia federativa, é facultativo que o titular do Poder Executivo
de cada ente federativo envie à União as informações relativas às respectivas dívidas públicas interna e externa.

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16. CESPE – TRE-PE - Analista Judiciário - Área Administrativa – 2018


Acerca de transparência, controle e fiscalização das contas públicas, conforme estabelece a Lei Complementar
n.º 101/2000 — Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) —, assinale a opção correta.
A) As contas do Poder Judiciário serão apresentadas, no âmbito da União, pelos presidentes dos tribunais de
justiça.
B) O orçamento público é instrumento de transparência da gestão fiscal.
C) A despesa pública e o resultado dos fluxos financeiros devem obedecer ao regime de competência.

D) O balanço orçamentário deve conter as receitas por grupo de natureza e as despesas, por fonte.
E) O relatório de gestão fiscal deve conter o total da despesa com pessoal, excluídos os pensionistas.

17.CESPE – PGE-AM - Procurador do Estado – 2018


A LDO, tal como o parecer prévio do tribunal de contas estadual sobre as contas do governador, são
instrumentos de transparência da gestão fiscal.

18. CESPE – TCE-PA - Auditor de Controle Externo – 2016


Os demonstrativos da receita corrente líquida e dos resultados nominal e primário devem constar do relatório
de gestão fiscal.

19. CESPE – TCE-PA - Auditor de Controle Externo – 2016

Diferentemente de outros elementos que compõem as demonstrações contábeis, as receitas e as despesas


previdenciárias devem ser apresentadas em demonstrativos financeiros específicos.

20. CESPE – TCE-SC - Auditor Fiscal de Controle Externo – 2018


Os entes da Federação devem disponibilizar a qualquer pessoa física ou jurídica os dados resumidos da despesa
pública realizada, dispensado o fornecimento de informações sobre o número dos processos que originaram as
despesas, ao bem fornecido ou ao serviço prestado.

21. CESPE – TRT - 8ª Região (PA e AP) - Técnico Judiciário – 2018

De acordo com a Constituição Federal de 1988 (CF), cabe ao Poder Executivo estabelecer o plano plurianual, as
diretrizes orçamentárias e os orçamentos anuais, bem como publicar um relatório resumido da execução
orçamentária após o encerramento de cada bimestre no prazo de até
A) quarenta e cinco dias.
B) sessenta dias.
C) noventa dias.
D) trinta e cinco dias.

E) trinta dias.

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22. CESPE – TRT - 8ª Região (PA e AP) - Analista Judiciário – 2018


Para viabilizar a transparência da gestão fiscal, a LRF estabelece que os entes da Federação disponibilizem o
acesso a informações referentes a todos os pagamentos realizados às pessoas jurídicas fornecedoras de bens e
serviços, excluídos os valores destinados à remuneração de pessoas físicas, para que a privacidade delas não
seja violada.

23.CESPE – TRT - 8ª Região (PA e AP) - Analista Judiciário – 2016


Uma das formas de controle estabelecida pela LRF é a obrigatoriedade, aos estados e municípios, de envio de
suas contas ao executivo federal, em data limite, sob pena de não receberem os valores oriundos de
transferências voluntárias.

24. CESPE – TCE-PR - Auditor – 2016

Assinale a opção correta a respeito de transparência, controle e fiscalização de acordo com a LRF.
A) O relatório de gestão fiscal do Poder Legislativo deve conter um comparativo da dívida consolidada e
mobiliária com os limites previstos na LRF.
B) Sempre que verificar que as despesas de pessoal de Poder Executivo estadual atingiram o limite prudencial
— 95% do limite máximo das despesas com pessoal —, o TCE deverá emitir alerta sobre esse fato, na forma da
LRF.
C) As contas prestadas pelo chefe do Poder Executivo serão objeto de parecer prévio do respectivo tribunal de
contas no prazo de sessenta dias do recebimento, se outro lapso não estiver previsto no regimento interno
desse tribunal.

D) O fato de o município não atender o prazo para a publicação do relatório de gestão fiscal lhe gera a mesma
espécie de sanção prevista na LRF para a conduta de não encaminhar tempestivamente suas contas ao Poder
Executivo da União.

E) O relatório de gestão fiscal, que deverá ser publicado em até trinta dias após o encerramento do período a
que corresponder, com amplo acesso ao público, inclusive por meio eletrônico, engloba o relatório resumido
de execução orçamentária.

25.CESPE – TCU - Auditor Federal de Controle Externo – 2016


Os limites da LRF estabelecidos para despesas com pessoal, concessão de garantias e contratação de
operações de crédito são definidos em percentuais da receita corrente líquida e devem ser divulgados no
relatório de gestão fiscal.

26. CESPE – TCU - Auditor Federal de Controle Externo – 2016


O governador de um estado brasileiro que não tenha submetido suas contas ao Poder Executivo da União no
prazo estabelecido será impedido, até que a situação seja regularizada, de receber transferências voluntárias e
contratar operações de crédito, inclusas aquelas destinadas ao refinanciamento do principal da dívida.

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27.CESPE – MPU - Analista do MPU - Finanças e Controle – 2018


É facultado aos municípios com população inferior a cinquenta mil habitantes optar por divulgar,
semestralmente, o relatório de gestão fiscal. A divulgação do relatório e demonstrativos fiscais deverá ser
realizada em até trinta dias após o encerramento do semestre.

28. CESPE – TJ-CE - Analista Judiciário - Área Administrativa – 2018

A seção da Lei de Responsabilidade Fiscal que trata da transparência da gestão fiscal foi significativamente
expandida depois da aprovação da Lei Complementar n.º 131/2009. No que se refere a esse assunto, assinale a
opção correta.
A) Os empréstimos do BNDES e as respectivas avaliações circunstanciadas devem integrar a prestação de
contas da União.
B) As informações pormenorizadas sobre a execução financeira devem constar dos meios eletrônicos de acesso
público no prazo máximo de dez dias úteis.

C) A participação popular deve restringir-se às fases de discussão, aprovação e controle dos planos e
orçamentos.
D) A adoção de um sistema integrado de administração financeira e controle é obrigatória para todos os
municípios.
E) No caso do governo federal, a disponibilização das contas do chefe do Poder Executivo a todos os cidadãos
é desnecessária.

29. CESPE – CPRM - Analista em Geociências - Economia – 2016

A prestação de contas da União deve conter demonstrativos do Banco Nacional de Desenvolvimento


Econômico e Social, como agência financeira oficial de fomento, com a avaliação do impacto fiscal de suas
atividades no exercício.

30. CESPE – TCE-RO - Agente Administrativo – 2016


Os entes da Federação devem liberar à sociedade, em tempo real, o acesso a informações pormenorizadas
sobre o lançamento e o recebimento de toda a receita das unidades gestoras, inclusive aquelas referentes a
recursos extraordinários.

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Gabarito - CESPE
1. B 10. Certo 21. E
2. Errado 11. Certo 22. Errado
12. E 23. Certo
3. C
13. Errado 24. D
4. C
14. Errado 25. Certo
5. Errado 15. Errado 26. Errado
6. Errado 16. B 27. Certo
7. Certo 17. Certo 28. D
18. Errado 29. Certo
8. Certo
19. Certo 30. Certo
9. B 20. Errado

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Resumo direcionado
1. Cap. V: das transferências voluntárias (art. 25)

Entrega de recursos
(correntes ou de A outro ente da Federação
capital)

Transferências Voluntárias Determinação constitucional

Não pode ser


Determinação legal
decorrente de

Sistema Único de Saúde


(SUS)

Exigências para realização de transferências voluntárias


Transferidor Beneficiário
Estar em dia com o pagamento de tributos,
Dotação orçamentária específica empréstimos e financiamentos devidos ao ente
transferidor
Não fazer a transferência para pagamento de
Estar em dia com a prestação de contas de recursos
despesas com pessoal ativo, inativo e
anteriormente recebidos
pensionista
Estar cumprindo os limites constitucionais relativos à
educação e à saúde
Estar cumprindo os limites:
• das dívidas consolidada e mobiliária;
• de operações de crédito, inclusive ARO
• de inscrição em Restos a Pagar; e
• de despesa total com pessoal
Ter previsão orçamentária de contrapartida

Art. 25, § 3º Para fins da aplicação das sanções de suspensão de transferências voluntárias constantes
desta Lei Complementar, excetuam-se aquelas relativas a ações de educação, saúde e assistência
social.

Exceções para contratação de pessoal quando


Exceções para recebimento de transferências
despesa total com pessoal exceder o limite
voluntárias
prudencial (95%)
Educação Educação
Saúde Saúde
Segurança 🔫 Assistência social 💚

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2. Cap. VI: da destinação de recursos públicos para o setor privado (arts. 26 a 28)
A destinação de recursos para cobrir necessidades de pessoas físicas ou déficits de pessoas jurídicas
deverá:

• ser autorizada por lei específica;


• atender às condições estabelecidas na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO); e
• estar prevista no orçamento ou em seus créditos adicionais.

Autorizada por lei


específica

Atender às condições da
Requisitos
LDO

Previsão na LOA ou
Cobrir necessidades de PF créditos adicionais
ou déficits de PJ

Instituições financeiras
Administração
indireta, exceto:
BACEN

Art. 27. Na concessão de crédito por ente da Federação a pessoa física, ou jurídica que não esteja sob seu
controle direto ou indireto, os encargos financeiros, comissões e despesas congêneres não serão
inferiores aos definidos em lei ou ao custo de captação.

Desde que haja autorização em lei específica, é possível que um ente faça empréstimo ou financiamento a
pessoa física, ou jurídica que não esteja sob seu controle direto ou indireto, com encargos financeiros,
comissões e despesas congêneres inferiores aos definidos em lei ou ao custo de captação.

Art. 28. Salvo mediante lei específica, não poderão ser utilizados recursos públicos, inclusive de operações
de crédito, para socorrer instituições do Sistema Financeiro Nacional, ainda que mediante a concessão
de empréstimos de recuperação ou financiamentos para mudança de controle acionário.

§ 1o A prevenção de insolvência e outros riscos ficará a cargo de fundos, e outros mecanismos,


constituídos pelas instituições do Sistema Financeiro Nacional, na forma da lei.

§ 2o O disposto no caput não proíbe o Banco Central do Brasil de conceder às instituições financeiras
operações de redesconto e de empréstimos de prazo inferior a trezentos e sessenta dias.

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3. Capítulo IX: Da Transparência, Controle e Fiscalização (arts. 48 a 59)


3.1. Transparência da gestão fiscal

Planos, diretrizes orçamentárias e orçamentos


- PPA, LDO e LOA (arts. 3º a 7º)

Prestações de contas anuais e respectivo


parecer prévio (arts. 56 a 58)
Instrumentos de
transparência da
gestão fiscal
RREO e RGF (arts. 52 a 54)

Versões simplificadas do RREO e RGF

Art. 48, § 1o A transparência será assegurada também mediante:

I – incentivo à participação popular e realização de audiências públicas, durante os processos de


elaboração e discussão dos planos, lei de diretrizes orçamentárias e orçamentos; (Incluído pela Lei
Complementar nº 131, de 2009).

II - liberação ao pleno conhecimento e acompanhamento da sociedade, em tempo real, de informações


pormenorizadas sobre a execução orçamentária e financeira, em meios eletrônicos de acesso público; e

III – adoção de sistema integrado de administração financeira e controle, que atenda a padrão mínimo
de qualidade estabelecido pelo Poder Executivo da União e ao disposto no art. 48-A.

As informações e dados contábeis deverão ser divulgados em meio eletrônico de amplo acesso público.
E os Estados, o Distrito Federal e os Municípios encaminharão ao Ministério da Fazenda as informações
necessárias para a constituição do registro eletrônico centralizado e atualizado das dívidas públicas interna e
externa (LRF, art. 48, §§ 2º e 3º).
Não obedeceu a essas regras? Olha só o que vai acontecer:

Art. 51, § 2o O descumprimento dos prazos previstos neste artigo impedirá, até que a situação seja
regularizada, que o ente da Federação receba transferências voluntárias e contrate operações de
crédito, exceto as destinadas ao refinanciamento do principal atualizado da dívida mobiliária.

OT
• O: contratação de Operações de crédito;
• T: recebimento de Transferências voluntárias.

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Art. 48-A. Para os fins a que se refere o inciso II do parágrafo único do art. 48, os entes da Federação
disponibilizarão a qualquer pessoa física ou jurídica o acesso a informações referentes a:

I – quanto à despesa: todos os atos praticados pelas unidades gestoras no decorrer da execução da
despesa, no momento de sua realização, com a disponibilização mínima dos dados referentes ao número
do correspondente processo, ao bem fornecido ou ao serviço prestado, à pessoa física ou jurídica
beneficiária do pagamento e, quando for o caso, ao procedimento licitatório realizado;

II – quanto à receita: o lançamento e o recebimento de toda a receita das unidades gestoras, inclusive
referente a recursos extraordinários.

3.1.1. Contas do Chefe do Poder Executivo


A LRF estendeu a obrigação constitucional. Agora, as contas do Chefe do Poder Executivo (federal,
estadual e municipal) ficarão disponíveis durante todo o exercício!

Art. 49. As contas apresentadas pelo Chefe do Poder Executivo ficarão disponíveis, durante todo o
exercício, no respectivo Poder Legislativo e no órgão técnico responsável pela sua elaboração, para
consulta e apreciação pelos cidadãos e instituições da sociedade.

4. Das Prestações de Contas


O Tribunal de Contas emite parecer prévio somente para as contas do chefe do Poder Executivo, que
serão posteriormente julgadas pelo Poder Legislativo. Todas as outras contas serão efetivamente julgadas
pela Corte de Contas.

Parecer Chefe do Poder


prévio Executivo
Tribunais de
Contas
O resto (administradores e
Julga demais responsáveis)

“Como serão apreciadas as contas dos Tribunais de Contas?” 🤔

Por meio de um parecer da Comissão Mista de Planos, Orçamento e Fiscalização (CMO) – ou


equivalente das Casas Legislativas estaduais e municipais.

5. Da Escrituração e Consolidação das Contas

Art. 50. Além de obedecer às demais normas de contabilidade pública, a escrituração das contas públicas
observará as seguintes:

I - a disponibilidade de caixa constará de registro próprio, de modo que os recursos vinculados a órgão,
fundo ou despesa obrigatória fiquem identificados e escriturados de forma individualizada;

II - a despesa e a assunção de compromisso serão registradas segundo o regime de competência,


apurando-se, em caráter complementar, o resultado dos fluxos financeiros pelo regime de caixa;

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Despesa • Regime de competência

Fluxos • Regime de caixa


financeiros

Consolidação nacional das contas

Municípios
(com cópia para o Poder
Executivo do respectivo
Estado)
Estados União

Até 30/abril Até 31/maio Até 30/junho

Descumpriu prazo para encaminhar suas contas ao Poder Executivo da União? 🧐

OT

Art. 51, § 2o O descumprimento dos prazos previstos neste artigo impedirá, até que a situação seja
regularizada, que o ente da Federação receba transferências voluntárias e contrate operações de
crédito, exceto as destinadas ao refinanciamento do principal atualizado da dívida mobiliária.

6. Da Fiscalização da Gestão Fiscal

possibilidade de ocorrência de
limitação de empenho

Despesa total com


pessoal

limite ultrapassou 90%

Os Tribunais de Contas Montantes das dívidas


alertarão quando consolidada e mobiliária

Gastos com inativos e


pensionistas acima do limite

fatos que comprometam os


custos ou os resultados dos
programas ou indícios de
irregularidades

7. RREO e RGF:
Quadro comparativo:

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RREO (arts. 52 e 53) RGF (arts. 54 e 55)


Abrange todos os poderes e órgãos (1 Elaborado em cada um dos Poderes e órgãos, inclusive pelo
relatório por cada ente) MP (1 relatório por cada Poder, em cada ente)
Bimestral (2 R’s) Quadrimestral (fisqual)
Elaborado por: Poder Executivo Elaborado por: Titulares de Poderes e órgãos
Chefe do Poder
Executivo Chefe do Poder Executivo
Profissional de
contabilidade Presidente e demais membros da
responsável Mesa Diretora (Poder Legislativo)
Presidente de Tribunal (e demais
Assinado por: Assinado por: membros de Conselho de
Administração)
Chefe do Ministério Público
Autoridades responsáveis pela
administração financeira e controle
interno
O que está no RREO? O que está no RGF?
1. Balanço orçamentário (especificará por Despesa total com pessoal - todos os
categoria econômica): Poderes e MPU
dívida consolidada e mobiliária - só
a) Receitas por fonte
1. Comparativo com Poder Executivo
os limites: Concessão de garantias - só Poder
b) Despesas por grupo de natureza
Executivo
Operações de crédito (inclusive ARO) -
2. Demonstrativos da execução das:
só Poder Executivo
por categoria econômica 2. Indicação das medidas corretivas
a) Receitas a) Disponibilidades de caixa em
por fonte
31/dezembro
por categoria econômica b) Inscrição em RP:
b) Despesas
por grupo de natureza 1) Liquidadas
por função Último 2) Empenhadas e não liquidadas
c) Despesas quadrimestre: 3) Empenhadas e não liquidadas,
por subfunção
inscritas até o limite do caixa
Receita Corrente Líquida 4) Não inscritas por falta de caixa
(RCL) (empenhos cancelados)
Receitas e despesas c) Cumprimento de regras de
Acompanharão o previdenciárias operações de crédito por ARO
RREO: Resultados nominal e
primário
Despesas com juros
Restos a pagar
Regra de ouro
Projeções atuariais (RGPS e
Último bimestre: RPPS)
Variação patrimonial
(alienação de ativos)
Limitação de empenho
Justificativas:
Frustração de receitas

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Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
TCU e TC-DF
RREO x RGF Aula 13

“o BODE foi 4x ao RJ e 2x a Rio Verde” “o PÉ do DOG ARDe”

RREO RGF
Bal. Orç, especificando, por CE:
àRec. Por FTE (realizadas e a realizar + à1 para todos àvários: cada
Só EXECUTIVO
prev atual) Poderes/MP Poder/Órgão
à Desp por GND (dot do exerc, liquidadas
e saldo)
àBIMESTRAL àQUADRIMESTRAL
àPublic: 30 após àPublic: 30 após
àSanção:O*T* àSanção:O*T*
Demonstrativo da Execução: Comparativo com os limites:
à Receita por CE e FTE (prev inicial e àAss: Chefe Exec. àAss: Chefe Poder/Org
a) PEssoal (inativos e pensionistas)
atual, realiz bimestre e exerc , e a
b) Dívidas consolidada e mobiliária
realizar)
c) OC, (+) ARO
àDesp por CE e GND (dot inic e p/ o
d) (concessão de) Garantias
exerc, emp e liq no exerc e no bim) BODE PÉ DOG
àDesp por FUN/SUBF
Obs: Ref Dív Mob à Destacada nas Rec
de OC e nas Desp com Amort
+ +
Acomp. Demonstrativos relativos a Se ultrapassado qualquer dos limites
àRCL (evolução + prev fim de exerc)
àR & D Previd Medidas Corretivas
àRN e RP 4RJ
àRP (p/ Pod/Órg do 20, insc, pago e a
pagar)
à(Desp com) Juros
Últ. BIM Últ. QUAD àARO: liquidação até 10/12 + proibição
em último ano de mandato
àRegra de Ouro à(inscrição em) RP, das despesas:
à(Projeções Atuariais dos...) Regimes de Previd (Liquidadas; Emp e ñ liq; Emp e ñ liq,
àVar Pat (evidenc alien de ativos e aplic dos $) 2RV ARD inscritas até o lim da disp caixa; não
inscritas por falta de disp caixa)
Qdo for o caso, serão apresent JUSTIFICATIVAS: à Disponibilidades de caixa em 31/12
à Limitação empenho
à Frust. Receita

Prof. Marcel Guimarães 48


Fonte: esquema elaborado pelo Prof. Daniel Couri

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