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Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof.

Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 5

Aula 5 – Ciclo orçamentário 1


AFO p/ TCU e TC-DF
Prof. Sérgio Machado
Prof. Marcel Guimarães
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Sumário
INTRODUÇÃO AO CICLO ORÇAMENTÁRIO .............................................................................................. 6

ELABORAÇÃO DA PROPOSTA ORÇAMENTÁRIA ..................................................................................... 13

ELABORAÇÃO DA PROPOSTA ORÇAMENTÁRIA ........................................................................................................... 15


PROPOSTAS ORÇAMENTÁRIAS DOS DEMAIS PODERES ................................................................................................ 20
NÃO ENCAMINHAMENTO DAS PROPOSTAS E PROPOSTAS FORA DOS LIMITES ESTABELECIDOS NA LDO ............................... 21
LEI ORÇAMENTÁRIA NÃO ENCAMINHADA E NÃO APROVADA NO PRAZO .......................................................................... 23
ETAPAS DO PROCESSO DE ELABORAÇÃO DO PROJETO DE LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL ..................................................... 26

DISCUSSÃO, VOTAÇÃO E APROVAÇÃO DO PROJETO DE LEI ORÇAMENTÁRIA ........................................ 31

EMENDAS IMPOSITIVAS – EMENDA CONSTITUCIONAL 86/2015 E EMENDA CONSTITUCIONAL 100/2019 ............................ 47

QUESTÕES COMENTADAS - CESPE....................................................................................................... 48

LISTA DE QUESTÕES - CESPE ................................................................................................................ 71

GABARITO - CESPE ................................................................................................................................76

RESUMO DIRECIONADO........................................................................................................................ 77

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Dica de um concursado para um concurseiro


Você está fazendo exercícios físicos? Está se alimentando bem? Está dormindo bem? 🤔

“Eu não, professor. Se eu for pra academia, eu perco umas 2 ou 3 horas. E essa vida de estudos é muito
estressante! Eu tenho que comer o meu chocolatezinho para aguentar o rojão. Quando eu finalmente tenho um
tempinho, à noite, eu vou assistir meus seriados, ficar um pouquinho no celular. Acabo dormindo um pouco mais
tarde do que eu queria e deveria, mas tudo bem: no final de semana eu durmo mais.” 😌

E aí? Se identificou? 😂

Meu querido aluno, minha querida aluna, sua vida não é só estudo para concursos! O estudo para
concursos é um projeto de vida. Um projeto que demanda muito foco, tempo e esforço, mas não todo o seu
foco, tempo e esforço. Um projeto que, como todos os outros, tem começo, meio e fim.
Veja, sua vida é composta de várias áreas: saúde, trabalho, relacionamentos, família...
A vida é como aquele equilíbrio de pratos, que ficam girando na ponta de uma lança. Os pratos só ficam
lá enquanto eles estiverem rodando. Parou de rodar, eles caem e pode quebrar. E você é o equilibrista. Se você
rodar demais um prato só e esquecer dos demais, adivinha... eles vão cair!
E hoje quero chamar a sua atenção para a sua saúde (física, mental e psicológica). Tenho certeza de que
depois que você for aprovado, você vai querer ter muita saúde e energia (até para aproveitar tudo que a vida
agora tem a lhe oferecer, não é verdade?).
Fazer exercícios, comer bem e descansar bem também vai melhorar (e muito) o seu rendimento nos
estudos. Pode parecer perda de tempo, mas não é! Você vai liberar toda essa tensão, a ansiedade, vai se sentir
muito melhor, muito mais empolgado com a vida e com os estudos. Investimento em sua saúde também é
investimento em sua aprovação.

“Professor, mas eu não tenho tempo mesmo!” 😕

Existem inúmeros aplicativos de treinos de poucos minutos que podem ser feitos em casa. O tempo que
você leva para comer um biscoito é o mesmo tempo que você leva para comer uma fruta. E o tempo que você
passa no celular pode ser substituído por tempo que você passa dormindo, consolidando o que você aprendeu
durante o dia e preparando a sua mente para o dia seguinte. Tudo é questão de prioridade.
Sua saúde não pode esperar. Não a prejudique por conta desse projeto, mesmo que ele seja
importantíssimo, até porque dedicar-se à sua saúde vai é lhe ajudar a ser aprovado mais rápido.

Cuide de você! Cuide da sua saúde! 💪😃

Mentalidade dos campeões 🏆

Como você faz qualquer coisa é como você faz todas as coisas.

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Hoje nós aprofundaremos nossos estudos sobre o ciclo orçamentário (ou processo orçamentário). Não
é o assunto mais frequente em provas, mas ele aparece de vez em quando. Além disso, entender a lógica do
processo orçamentário facilitará o aprendizado de outros assuntos. 😄

As questões costumam ser literais ou então apresentam uma situação hipotética. Portanto, preste
atenção aos dispositivos legais e constitucionais e busque compreender de verdade o processo
orçamentário. Assim, você deve se dar muito bem na prova! 😉

Por motivos didáticos, decidimos dividir esse assunto em duas aulas. Na primeira aula, estudaremos as
etapas de elaboração e de discussão, votação e aprovação do orçamento. Na segunda aula, veremos a execução
orçamentária e o controle e avaliação da execução orçamentária. Assim:

• Ciclo orçamentário parte 1:


o Elaboração da proposta orçamentária;
o Discussão, votação e aprovação da lei orçamentária.
• Ciclo orçamentário parte 2:
o Execução orçamentária;
o Controle e avaliação da execução orçamentária.

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Introdução ao ciclo orçamentário


Vamos começar pelo começo! 😅

O que é ciclo orçamentário (ou processo orçamentário)? 🤔

Muito bem! O ciclo orçamentário corresponde ao período de tempo em que se processam as atividades
típicas do orçamento público, desde sua concepção até sua apreciação final. É um rito legalmente
estabelecido, com etapas que se repetem periodicamente e que envolvem elaboração, discussão, votação,
controle e avaliação do orçamento.

“Como é, professores? Dá para explicar melhor aí?” 😅

É o seguinte: você já sabe que a Administração Pública utiliza o orçamento público como ferramenta de
gestão e para realização de despesas. Também já sabe que existe uma integração entre os instrumentos de
planejamento (PPA, LDO e LOA). Mas agora nós lhe perguntamos: como é que tudo isso acontece? Como o
orçamento é elaborado, aprovado e executado? Qual é a ordem, a sequência das atividades? Quais são os
prazos? Como deve acontecer? Quem faz o que? Durante quanto tempo?

Tudo isso faz parte do processo orçamentário! 😉

Então, beleza!
O nosso ciclo orçamentário é composto por 4 etapas (ou fases):
1. Elaboração da proposta orçamentária;
2. Discussão, votação e aprovação do projeto de lei orçamentária;
3. Execução orçamentária;
4. Controle e avaliação da execução orçamentária.

Elaboração

Discussão,
Controle e
votação,
avaliação
aprovação

Execução

“Professores, eu acho que já vi isso em algum lugar!” 🧐

É! Você lembra do orçamento misto? 😏 Nesse tipo de orçamento, a proposta orçamentária será
elaborada pelo Poder Executivo e levada ao Poder Legislativo, onde o povo (por meio de seus representantes)
irá discutir, votar e aprovar não mais a proposta, mas o projeto de lei orçamentária que ali está tramitando.
Depois de aprovado, esse projeto de lei vira lei (de verdade 😄), que será executada pelo Poder Executivo. Por

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ter essa incumbência, o Poder Executivo deverá prestar contas justamente para quem lhe deu poderes: o povo
(o Poder Legislativo).
Resumindo e simplificando: o Poder Executivo elabora e executa, enquanto o Poder Legislativo vota e
controla. 😄

•Legislativo •Executivo

Controle
e Elaboração
avaliação

Discussão,
Execução votação,
aprovação

•Executivo •Legislativo

Permita-nos um exemplo para facilitar:


Todos os meses, Joãozinho recebe mesada. Portanto, o seu pai, entusiasta de orçamentos, desenvolveu um processo
orçamentário. Funciona assim: Joãozinho é o responsável por elaborar a proposta de orçamento, afinal é ele quem sabe o
que quer e o que precisa. Seu pai (o dono dos recursos), então, analisa a proposta, certificando-se de que seu filho não está
gastando dinheiro com besteiras ou com algo proibido (esse Joãozinho é danado! 😅). Depois de aprovado, Joãozinho
recebe os recursos mensalmente, executa orçamento aprovado e presta contas ao seu pai. Ao longo e após a execução
orçamentária, o seu pai (que não é bobo) irá examinar essas contas e controlar essa execução, afinal foi ele quem deu
recursos e poderes a seu filho.

“Ah! Certo, entendi, professores. Mas por que esse nome? Ciclo?” 🤔
Porque essas etapas que se repetem periodicamente, nunca acaba e nem tem data fixa para acabar
ou começar. Por isso, o ciclo orçamentário é um processo contínuo, dinâmico e flexível! Ele se renova a cada
ano. Um novo ciclo pode começar quando o ciclo anterior ainda nem terminou. Veja esse esquema e você
entenderá melhor:

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Veja como o ciclo orçamentário de 2011 está acontecendo (execução orçamentária 2011), ao mesmo
tempo em que o ciclo orçamentário de 2012 se inicia (Executivo elabora e Legislativo discute, vota e aprova
projeto de lei orçamentária para o exercício financeiro de 2012). Em 2012, ainda estamos controlando e
avaliando a execução orçamentária de 2011, ao mesmo tempo em que estamos executando o orçamento de
2012 e já elaborando, discutindo e aprovando o projeto de lei orçamentária para o exercício de 2013.

E por aí vai... Assim a roda gira e gira. Nunca parando de girar. Esse é o nosso ciclo orçamentário. 😄

Agora vem uma informação importantíssima: ciclo orçamentário não se confunde com exercício
financeiro. Ou seja: ciclo orçamentário é uma coisa. Exercício financeiro é outra coisa! 😁

Observe o disposto na Lei 4.320/64:

Art. 34. O exercício financeiro coincidirá com o ano civil.

Isso significa que o exercício financeiro começa em 1º de janeiro e termina em 31 de dezembro de cada
ano. Por exemplo:

• O exercício financeiro de 2016 iniciou-se em 01/01/2016 e terminou em 31/12/2016;


• O exercício financeiro de 2017 iniciou-se em 01/01/2017 e terminou em 31/12/2017;
• O exercício financeiro de 2018 iniciou-se em 01/01/2018 e terminou em 31/12/2018.

Mas o ciclo orçamentário é diferente. Ele ultrapassa o exercício financeiro. Você acabou de ver, por
exemplo, o ciclo orçamentário financeiro de 2011 adentrando o exercício financeiro de 2012. Se não for
avaliado até o final do exercício financeiro de 2012, ele adentrará o exercício financeiro de 2013 também. E por
aí vai. Um ciclo orçamentário só termina com o controle e avalição da execução orçamentária (julgamento
das contas prestadas) e isso pode demorar anos!

Para você ter uma noção, as contas do ex-presidente Fernando Collor (1990-1992) ainda não foram julgadas pelo
Congresso Nacional, portanto esse ciclo orçamentário ainda não acabou! 😳

As questões vão tentar lhe enganar, dizendo que o ciclo orçamentário se confunde com o exercício
financeiro ou que está restrito ao exercício financeiro... isso é mentira! 😤

Preste atenção!
O ciclo orçamentário não se confunde com exercício financeiro

Ciclo • 4 etapas: elaboração, aprovação, execução e


orçamentário controle.

Exercício • Coincidirá com o ano civil


financeiro

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Beleza! Agora, antes de estudarmos cada uma das etapas, temos que destacar o seguinte: existe um autor
que criou o que ele chama de ciclo orçamentário ampliado1.

O ciclo orçamentário ampliado desdobra-se em 8 fases, quais sejam:


1. formulação do planejamento plurianual, pelo Executivo;
2. apreciação e adequação do plano, pelo Legislativo;
3. proposição de metas e prioridades para a administração e da política de alocação de recursos pelo
Executivo;
4. apreciação e adequação da LDO, pelo Legislativo;
5. elaboração da proposta de orçamento, pelo Executivo;
6. apreciação, adequação e autorização legislativa;
7. execução dos orçamentos aprovados;
8. avaliação da execução e julgamento das contas.
Segundo o autor, tais fases são insuscetíveis de aglutinação, dado que cada uma possui ritmo próprio,
finalidade distinta e periodicidade definida. O plano plurianual, por exemplo, não pode ser aglutinado à fase de
elaboração do orçamento, porquanto constitui instrumento superordenador daquela, como evidenciado pelo
cenário institucional articulado pela Constituição de 1988.

“Professores, são 8 fases! 8! Como é que eu vou gravar isso?” 😓


Repare bem: não há dificuldade alguma em gravar esse ciclo. A única diferença é que o autor quebrou as
etapas de elaboração e aprovação para cada um dos instrumentos de planejamento (PPA, LDO e LOA), porque,
segundo o autor, tais fases são insuscetíveis de aglutinação. Veja:

Preste atenção!
O ciclo orçamentário inicia-se com a formulação do planejamento plurianual pelo Poder Executivo
e encerra-se com a avaliação da execução e do julgamento das contas.

1
SANCHES, Osvaldo Maldonado: O ciclo orçamentário: uma reavaliação à luz da Constituição de 1988: Revista de
Administração Pública, Rio de Janeiro: FGV, v. 27, n.4, pp. 54-76, out./dez. 1993.

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Então ficamos assim: 😃

1. Elaboração do PPA;
2. Aprovação do PPA;
3. Elaboração da LDO;
4. Aprovação da LDO;
5. Elaboração da LOA;
6. Aprovação da LOA;
7. Execução;
8. Controle e avaliação.

Questões para fixar


IDECAN – AGU – Administrador – 2019

A respeito do Ciclo Orçamentário, assinale a alternativa correta.

A) O Ciclo Orçamentário obedece à sequência das seguintes etapas: elaboração; estudo e aprovação; execução; e
avaliação.

B) A etapa do planejamento é de competência do Poder Legislativo.

C) A etapa do estudo e aprovação constitui a concretização anual dos objetivos e metas determinados para o setor público.

D) A etapa de execução refere-se à organização, aos critérios e trabalhos destinados a julgar o nível dos objetivos fixados
no Orçamento.

E) A etapa da avaliação é a parte inicial, com a elaboração do orçamento em conformidade com a Lei de Diretrizes
Orçamentárias.

Comentários:

Vejamos as alternativas:

a) Correta. A sequência é esse mesmo! Repare que a banca chamou a segunda etapa de “estudo e aprovação”, em vez de
utilizar a tradicional nomenclatura (“Discussão, votação e aprovação do projeto de lei orçamentária”). Mas não há
problema nenhum aí!

b) Errada. A etapa do planejamento é de competência do Poder Executivo.

c) Errada. A etapa de execução constitui a concretização anual dos objetivos e metas determinados para o setor público

d) Errada. A etapa do estudo e aprovação refere-se à organização, aos critérios e trabalhos destinados a julgar o nível dos
objetivos fixados no Orçamento.

e) Errada. A etapa da elaboração é a parte inicial, com a elaboração do orçamento em conformidade com a Lei de
Diretrizes Orçamentárias

Gabarito: A

AOCP– ITEP-RN – Perito criminal – 2018

O processo Orçamentário é contínuo, dinâmico e flexível. Esse período de tempo em que se lavram as atividades
características do orçamento público de elaboração, aprovação, execução e controle é chamado de

A) ciclo orçamentário.

B) programação orçamentária.

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C) metas orçamentárias.

D) cronograma orçamentário.

E) aglutinação orçamentária.

Comentários:

Viu aí? O processo (ou ciclo) orçamentário é contínuo, dinâmico e flexível. É um período de tempo. Suas etapas são
(nessa ordem): elaboração, aprovação, execução e controle.

Gabarito: A

CESPE – MPE-PI – Técnico Ministerial – 2018

Medição, execução e avaliação são fases do ciclo orçamentário.

Comentários:

Medição? 🤨 Essa fase não existe. Além do mais, nós temos quatro (e não três) fases: elaboração, aprovação, execução e
controle.

Gabarito: Errado

CESPE – DPU – Contador – 2016

O ciclo orçamentário pode ser definido como um rito legalmente estabelecido, com etapas que se repetem
periodicamente e que envolvem elaboração, discussão, votação, controle e avaliação do orçamento.

Comentários:

É isso mesmo! Isso que é ciclo orçamentário. Repare que a questão “esqueceu” de citar a fase de execução orçamentária,
mas isso não a torna incorreta. 😉

Gabarito: Certo

CESPE – DEPEN – Agente Penitenciário Federal – 2015

As fases do ciclo orçamentário podem ser aglutinadas de acordo com suas finalidades e periodicidades.

Comentários:

A questão trata do ciclo orçamentário ampliado, de 8 fases.

E a resposta é: negativo! As fases do ciclo orçamentário não podem ser aglutinadas de acordo com suas finalidades e
periodicidades, porque, segundo o autor Osvaldo Maldonado Sanches, tais fases são insuscetíveis de aglutinação, dado
que cada uma possui ritmo próprio, finalidade distinta e periodicidade definida.

Gabarito: Errado

FCC – SEFAZ-PI - Analista do Tesouro Estadual – 2015

O orçamento é uma das principais peças de planejamento de políticas públicas. A sequência das etapas para a elaboração
e execução do orçamento é denominada:

A) ciclo orçamentário.

B) desenvolvimento orçamentário.

C) orçamento programa.

D) técnica orçamentária.

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E) contabilidade orçamentária.

Comentários:

O ciclo orçamentário corresponde ao período de tempo em que se processam as atividades típicas do orçamento público,
desde sua concepção até sua apreciação final. É um rito legalmente estabelecido, com etapas que se repetem
periodicamente e que envolvem elaboração, discussão, votação, controle e avaliação do orçamento. Portanto, a sequência
das etapas para a elaboração e execução do orçamento é denominada ciclo orçamentário.

Gabarito: A

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Elaboração da proposta orçamentária


Muito bem! Então vamos aprofundar nossos conhecimentos sobre a primeira etapa do ciclo
orçamentário. 😄

A primeira informação importante você já sabe: quem elabora a proposta orçamentária é o Poder
Executivo. Isso significa que a iniciativa é o Poder Executivo, observe (CF/88):

Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:

I - o plano plurianual;

II - as diretrizes orçamentárias;

III - os orçamentos anuais.

Algumas questões vão dizer que a iniciativa é do Poder Legislativo! Não caia nessa! “A essa altura do
campeonato”, você já deve ter gravado que:

A iniciativa das leis orçamentárias é do Poder Executivo

“Beleza, professores. Mas quem, exatamente, tem a iniciativa? Quem irá apresentar essa proposta
orçamentária?” 🤔

Ora! O chefe do Poder Executivo! 😏 É ele que representa esse Poder. Quer ver? Vamos pegar o exemplo
da CF/88:

Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República:

XXIII - enviar ao Congresso Nacional o plano plurianual, o projeto de lei de diretrizes orçamentárias e
as propostas de orçamento previstos nesta Constituição;

“Ah, professores, mas eu aprendi lá em Direito Constitucional que competência privativa é delegável e
competência exclusiva é indelegável. Então quer dizer que essa competência aí é delegável?” 🤔

Hum! Vamos ver o parágrafo único desse mesmo artigo:

Art. 84, Parágrafo único. O Presidente da República poderá delegar as atribuições mencionadas nos
incisos VI, XII e XXV, primeira parte, aos Ministros de Estado, ao Procurador-Geral da República ou ao
Advogado-Geral da União, que observarão os limites traçados nas respectivas delegações.

Então veja só: o Presidente da República poderá delegar somente as atribuições mencionadas nos
incisos VI, XII e XXV (primeira parte deste). Isso significa que qualquer atribuição que esteja em qualquer
outro inciso é indelegável. 🧐

Ok. E qual é o inciso que fala do envio das propostas orçamentárias ao Congresso Nacional?

Inciso XXIII.

Portanto, essa é uma atribuição indelegável. 😏

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Resumindo: aqui não existe essa história de que competência privativa é delegável e competência
exclusiva é indelegável. O próprio dispositivo constitucional a atribuição de enviar ao Congresso Nacional o
plano plurianual, o projeto de lei de diretrizes orçamentárias e as propostas de orçamento é indelegável.
Portanto, a iniciativa das leis orçamentárias é do Poder Executivo, mais especificamente do chefe do
Poder Executivo!
Mas não é só isso: normalmente a apresentação de um projeto de lei ao Poder Legislativo é facultada ao
titular da iniciativa, ou seja, o titular da iniciativa apresenta o projeto de lei se ele quiser!

Por exemplo: na CF/88, art. 61, § 1º, II, a, vemos que a iniciativa de lei para aumento da remuneração dos servidores
públicos da Administração direta é privativa do Presidente da República. Porém ele não é obrigado a apresentar essa lei.
Você não vê o Presidente da República apresentando essa lei todos os anos. É tanto que os servidores federais, às vezes,
ficam uns 5 anos sem aumento da remuneração. É por isso que você vê-los fazendo greve.

Por outro lado, você vê o Presidente da República apresentando projeto de lei orçamentária todos os
anos, porque a CF/88 exige que isso seja feito até determinada data. Isso quer dizer que o Presidente da
República é obrigado a apresentar os projetos de leis orçamentárias (PPA, LDO e LOA) até o prazo
estabelecido. Por isso, dizemos que essa iniciativa é vinculada.

Preste atenção!
A iniciativa das leis orçamentárias, além de exclusiva do chefe do Poder Executivo, é vinculada

Beleza, vencido esse ponto da iniciativa, vamos ver como se dá a elaboração da proposta do Poder Executivo
e dos demais Poderes. ☺

O Poder Executivo é quem vai cuidar da elaboração da proposta orçamentária de todos os Poderes.
“Esperem aí, professores. Não seria melhor se o Poder Legislativo e o Poder Judiciário elaborassem as suas
próprias propostas orçamentárias?” 🤔
Na verdade, é isso mesmo que acontece! O Poder Legislativo, o Poder Judiciário e demais entidades
dotadas de autonomia (como o Ministério Público e a Defensoria Pública), apesar de sua autonomia e apesar
da separação dos Poderes, não encaminham a sua proposta orçamentária diretamente para o Poder
Legislativo, pois a iniciativa das leis orçamentárias sempre pertence ao Poder Executivo.
Portanto, eles elaboram a sua proposta e a enviam para o Poder Executivo, que fará a consolidação,
realizará ajustes necessários e, finalmente, encaminhará o projeto de lei para o Poder Legislativo.

Órgãos e entidades Poder Poder


(com autonomia) Executivo Legislativo

Consolida as
Elaboram a sua
propostas e realiza
proposta orçamentária
ajustes

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Elaboração da proposta orçamentária


Beleza! Chegou a hora de entender como funciona a elaboração da proposta orçamentária. Primeiro, dê
uma olhadinha no esquema abaixo. Em seguida, vamos explica-lo. Recomendamos que após a explicação, você
retorne para o esquema novamente. 😄

Funciona assim: cada Unidade Orçamentária (UO) irá elaborar a proposta orçamentária no seu âmbito
de atuação, integrando e articulando o trabalho das suas Unidades Administrativas (UA), tendo em vista a
consistência da programação de sua unidade.

“O que são Unidades Orçamentárias, professores?” 🧐

A Lei 4.320/64 responde para você:

Art. 14. Constitui unidade orçamentária o agrupamento de serviços subordinados ao mesmo órgão ou
repartição a que serão consignadas dotações próprias.

Parágrafo único. Em casos excepcionais, serão consignadas dotações a unidades administrativas


subordinadas ao mesmo órgão.

Portanto, é importante gravar que: a UO é quem recebe a dotação orçamentária. Ao consultar a LOA,
você encontrará o nome da UO junto com o crédito orçamentário e a respectiva dotação.

Muito bem. As UO’s irão elaborar a proposta parcial (no nosso exemplo, temos as UO’s A, B e C) e
encaminharão para cima, isto é, para o órgão setorial (no nosso exemplo, o Ministério X). O órgão setorial
desempenha o papel de articulador no âmbito da sua estrutura, coordenando o processo decisório no nível
subsetorial. Basicamente, ele realizará a consolidação e formalização da proposta e das alterações
orçamentárias do órgão. Ao final, teremos o que chamamos de propostas setoriais.
Esse processo irá se repetir em todos os Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) e nos órgãos
independentes (Ministério Público, Defensorias Públicas e Tribunais de Contas).

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Observação: os Tribunais de Contas não são órgãos do Poder Legislativo. Porém, para fins orçamentários, os Tribunais
de Contas são vinculados ao Poder Legislativo. Portanto, as suas propostas orçamentárias são encaminhadas junto com
a do Poder Legislativo.

Com essas propostas setoriais em mãos, está tudo pronto para encaminhamento ao Poder Executivo.
Detalhe é que existe um prazo para isso (estabelecido pela Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO): 15
de agosto. Portanto, as propostas orçamentárias setoriais devem ser encaminhadas ao Executivo até o dia 15
de agosto. Mas o Poder Executivo, por ser aquele que tem mais intimidade com administração financeira e
orçamentária 😏, vai dar uma “ajudinha” aos demais Poderes. Veja só o que nos diz LRF:

Art. 12, § 3º O Poder Executivo de cada ente colocará à disposição dos demais Poderes e do Ministério
Público, no mínimo trinta dias antes do prazo final para encaminhamento de suas propostas
orçamentárias, os estudos e as estimativas das receitas para o exercício subsequente, inclusive da
corrente líquida, e as respectivas memórias de cálculo.

Muito bem!

No Poder Executivo, o órgão responsável por fazer essa consolidação é a Secretaria de Orçamento
Federal (SOF) e o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG), que hoje faz parte do Ministério
da Economia.
A SOF fará a consolidação, realizará ajustes necessários e submeterá a proposta orçamentária
consolidada ao Presidente da República, afinal é dele a iniciativa das leis orçamentária (é ele, e não a SOF,
quem pode e quem tem que enviar as propostas orçamentárias ao Poder Legislativo).
O Presidente da República, então, enviará a proposta orçamentária por mensagem presidencial. Agora
não estamos mais diante de uma proposta orçamentária, mas sim de um projeto de lei orçamentária.

Mensagem Presidencial é o instrumento de comunicação oficial entre o Presidente da República e o Congresso Nacional.
Não é uma mensagem de WhatsApp, ok? 😂

“Ah, professores, eu lembro que há um prazo para encaminhamento dos projetos de leis orçamentárias...” 🤔

Exatamente! Primeiro, você deve lembrar que a CF/88 exigiu que esse tema fosse regulado por lei
complementar (CF/88, art. 165, § 9º):

§ 9º Cabe à lei complementar:

I - dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a organização do plano


plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e da lei orçamentária anual;

Só que essa lei complementar ainda não existe! 😱 E a LRF não é essa lei! ☝

O legislador constituinte, já prevendo a omissão (“preguiça” 😂) do legislador complementar, estipulou


regras para os prazos do PPA, LDO e LOA no Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT).
Vejamos:

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Art. 35, § 2º Até a entrada em vigor da lei complementar a que se refere o art. 165, § 9º, I e II, serão
obedecidas as seguintes normas:

I - o projeto do plano plurianual, para vigência até o final do primeiro exercício financeiro do mandato
presidencial subsequente, será encaminhado até quatro meses antes do encerramento do primeiro
exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento da sessão legislativa;

II - o projeto de lei de diretrizes orçamentárias será encaminhado até oito meses e meio antes do
encerramento do exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento do primeiro
período da sessão legislativa;

III - o projeto de lei orçamentária da União será encaminhado até quatro meses antes do encerramento
do exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento da sessão legislativa.
O detalhe é que esses prazos (de encaminhamento e devolução para sanção) não são obrigatórios para
os demais entes da Federação! Isso significa que prevalecerão os prazos estabelecidos nas Constituições
Estaduais e Leis Orgânicas Municipais e do Distrito Federal. Por outro lado, a vigência das leis orçamentárias é
de observância obrigatória, ou seja, em todo o Brasil, o PPA terá vigência de 4 anos, a LDO terá vigência de 1
ano e meio, e a LOA terá vigência de 1 ano.
Resumindo:

4 meses antes do
Para o Executivo
encerramento do exercício
encaminhar ao Legislativo
financeiro
PPA* e LOA
Para o Legislativo devolver encerramento da sessão
ao Executivo para sanção legislativa

Prazos
8 ½ meses antes do
Para o Executivo
encerramento do exercício
encaminhar ao Legislativo
financeiro
LDO
encerramento do primeiro
Para o Legislativo devolver
período da sessão
ao Executivo para sanção
legislativa

*PPA é elaborado a cada 4 anos


Para memorizar os prazos, pense assim: os prazos da LOA são os mesmos do PPA. Com a diferença de
que o PPA tem 4 (quatro) anos de vigência, portanto, é elaborado a cada 4 (quatro) anos, enquanto a LOA tem
1 (um) ano de vigência e é elaborada todos os anos.
Ressalte-se também que o mandato do chefe do Executivo (Presidente, Governador ou Prefeito) também
é de 4 (quatro) anos, mas a vigência do PPA não coincidirá com o mandato do chefe do Executivo.
Isso porque a vigência do PPA iniciar-se-á somente no segundo ano do mandato do chefe do Executivo
e terminará no final do primeiro exercício financeiro do mandato subsequente. Ou seja: o chefe do Poder
Executivo já vai “pegar o bonde andando”. Só na próxima “estação” (segundo ano de mandato) é que ele
poderá direcionar o bonde. 😁

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Veja o esquema:

2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022

Mandato Dilma
01/01/2011 - 31/12/2014
Mandato Dilma-Temer
01/01/2015 - 31/12/2018
Mandato Bolsonaro
01/01/2019 -
31/12/2022

PPA 2012-2015
01/01/2012 - 31/12/2015
PPA 2016-2019
01/01/2016 - 31/12/2019

Viu como a vigência do PPA não coincide com a vigência do mandato do chefe do Poder Executivo? 😏
Se coincidisse, as barras laranjas ficariam exatamente embaixo das barras azuis.
Já a LDO tem prazos diferentes. Ela deve ser elaborada antes da LOA, justamente porque ela irá orientar
a elaboração desta. Para gravar os prazos da LDO, faça assim:

Escreva a sigla LDO no ar ou num papel. Isso mesmo. Escreva a sigla LDO no ar, com seu dedo, na sua frente ou num papel
com uma caneta. LDO termina com a letra O. Passe um traço (–) e divida essa letra O no meio. Ficou parecendo um 8 não
foi? Parece um 8, mas é a letra O partida no meio. Viu? 8 meses e meio! 😃

“Que viagem, professores!”

É, a gente sabe! Mas agora você gravou, não foi? 😂

Você ainda tem que saber que se os parlamentares não aprovarem o PLDO, eles não terão recesso!
Não vão ter “férias”! 😅 Arriscaríamos dizer que esse é o único instrumento que eles não querem que atrase!
Ninguém quer perder esse recesso! 😂

Observe a literalidade da CF/88. Ela fala em não interrupção da sessão legislativa:

Art. 57, § 2º A sessão legislativa não será interrompida sem a aprovação do projeto de lei de diretrizes
orçamentárias.

Então ficamos assim:

PLDO devolvido
PLDO para sanção até 17
encaminhado de julho
até 15 de abril (encerramento do
(8 meses e 1º período
meio) legislativo)

PLOA e projeto PLOA e projeto


de PPA* de PPA*
encaminhados devolvidos para
até 31 de agosto sanção até 22
de dezembro

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E aqui vai uma tabelinha resumindo essas informações:


Etapas PPA LDO LOA
31/ago
Encaminhamento 15/abr 31/ago
(do 1º ano do mandato presidencial)
17/jul
Aprovação 22/dez (se não for aprovada até essa 22/dez
data, sessão leg. não será
interrompida)
4 anos 1 ano
18 meses
Vigência (de 1º/jan do 2º ano do mandato (1º/jan a
(da aprovação até o dia 31/dez
presidencial até 31/dez do 1º ano do 31/dez)
do ano seguinte)
mandato seguinte)
Agora que você já sabe como e quando é elaborada a proposta orçamentária, só falta conhecer o seu
conteúdo e forma. Então, a pergunta agora é: o que compõe, o que consta na proposta orçamentária?
A resposta está na Lei 4.320/64, quer ver?
Art. 22. A proposta orçamentária que o Poder Executivo encaminhará ao Poder Legislativo nos prazos
estabelecidos nas Constituições e nas Leis Orgânicas dos Municípios, compor-se-á:

I - Mensagem, que conterá: exposição circunstanciada da situação econômico-financeira, documentada


com demonstração da dívida fundada e flutuante, saldos de créditos especiais, restos a pagar e outros
compromissos financeiros exigíveis; exposição e justificação da política econômica-financeira do Governo;
justificação da receita e despesa, particularmente no tocante ao orçamento de capital;

II - Projeto de Lei de Orçamento;

III - Tabelas explicativas, das quais, além das estimativas de receita e despesa, constarão, em colunas
distintas e para fins de comparação:

a) A receita arrecadada nos três últimos exercícios anteriores àquele em que se elaborou a proposta;

b) A receita prevista para o exercício em que se elabora a proposta;

c) A receita prevista para o exercício a que se refere a proposta;

d) A despesa realizada no exercício imediatamente anterior;

e) A despesa fixada para o exercício em que se elabora a proposta; e

f) A despesa prevista para o exercício a que se refere a proposta.

IV - Especificação dos programas especiais de trabalho custeados por dotações globais, em termos de
metas visadas, decompostas em estimativa do custo das obras a realizar e dos serviços a prestar,
acompanhadas de justificação econômica, financeira, social e administrativa.

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Parágrafo único. Constará da proposta orçamentária, para cada unidade administrativa, descrição
sucinta de suas principais finalidades, com indicação da respectiva legislação.

Atenção especial para esse parágrafo único, ok? 😅

E a Lei 4.320/64 ainda fala mais um pouquinho sobre a elaboração da proposta orçamentária (esses
dispositivos não costumam aparecer em prova, mas “o seguro morreu de velho”, não é? 😅):

Art. 23. As receitas e despesas de capital serão objeto de um Quadro de Recursos e de Aplicação de
Capital, aprovado por decreto do Poder Executivo, abrangendo, no mínimo um triênio.
Parágrafo único. O Quadro de Recursos e de Aplicação de Capital será anualmente reajustado
acrescentando-se lhe as previsões de mais um ano, de modo a assegurar a projeção contínua dos períodos.
Art. 24. O Quadro de Recursos e de Aplicação de Capital abrangerá:

I - as despesas e, como couber, também as receitas previstas em planos especiais aprovados em lei e
destinados a atender a regiões ou a setores da administração ou da economia;
II - as despesas à conta de fundos especiais e, como couber, as receitas que os constituam;

III - em anexos, as despesas de capital das entidades referidas no Título X desta lei, com indicação das
respectivas receitas, para as quais forem previstas transferências de capital.
Art. 25. Os programas constantes do Quadro de Recursos e de Aplicação de Capital sempre que possível
serão correlacionados a metas objetivas em termos de realização de obras e de prestação de serviços.
Parágrafo único. Consideram-se metas os resultados que se pretendem obter com a realização de cada
programa.
Art. 26. A proposta orçamentária conterá o programa anual atualizado dos investimentos, inversões
financeiras e transferências previstos no Quadro de Recursos e de Aplicação de Capital.

Propostas orçamentárias dos demais Poderes


“Certo, professores. Mas quem é que envia a proposta orçamentária do Poder Judiciário, por exemplo? Como
se dá a elaboração da proposta orçamentária nos demais Poderes?” 🧐

Excelente pergunta. Nesse ponto, é muito interessante observar a literalidade da CF/88.


No Poder Judiciário é assim:

Art. 99. Ao Poder Judiciário é assegurada autonomia administrativa e financeira.

§ 1º Os tribunais elaborarão suas propostas orçamentárias dentro dos limites estipulados


conjuntamente com os demais Poderes na lei de diretrizes orçamentárias.

§ 2º O encaminhamento da proposta, ouvidos os outros tribunais interessados, compete:

I - no âmbito da União, aos Presidentes do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores, com a
aprovação dos respectivos tribunais;

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II - no âmbito dos Estados e no do Distrito Federal e Territórios, aos Presidentes dos Tribunais de Justiça,
com a aprovação dos respectivos tribunais.

No Ministério Público é assim:

Art. 127, § 3º O Ministério Público elaborará sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos
na lei de diretrizes orçamentárias.

E nas Defensorias Públicas é assim:

Art. 134, § 2º Às Defensorias Públicas Estaduais são asseguradas autonomia funcional e administrativa e
a iniciativa de sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes
orçamentárias e subordinação ao disposto no art. 99, § 2º.

Lembre-se que os Tribunais de Contas não são órgãos do Poder Legislativo. Porém, para fins orçamentários, os
Tribunais de Contas são vinculados ao Poder Legislativo. Portanto, as suas propostas orçamentárias são encaminhadas
junto com a do Poder Legislativo.

Percebeu algo em comum dentre todas?


Todas elas serão elaboradas dentro dos limites estabelecidos na Lei de Diretrizes Orçamentárias
(LDO).

Não encaminhamento das propostas e propostas fora dos limites estabelecidos


na LDO
Acabamos de ver que o Poder Executivo tem um prazo para encaminhar os projetos de leis orçamentárias.
Por isso, os órgãos e entidades também têm prazo para enviarem suas propostas ao Poder Executivo, dando
tempo hábil a este para fazer a tal consolidação e eventuais ajustes.

“Tá. E que prazo é esse, professores?” 🤔

É aquele prazo estabelecido lá na LDO: 15 de agosto 😁

“Ok, mas e se não tiver LDO aprovada e publicada, professores? Como é que eu vou ter uma LOA sem uma
LDO?” 🧐

Bom, apesar da LDO orientar a elaboração da LOA (CF/88, art. 165, § 2º) e da comunicação entre esses
dois instrumentos ser fundamental para uma boa execução orçamentária, é possível que a LOA seja elaborada
antes da LDO. Portanto, grave: o envio, pelo Poder Executivo, da proposta orçamentária anual ao Poder
Legislativo independe da aprovação e publicação da LDO. Em outras palavras: a elaboração da LOA não está
condicionada à aprovação da LDO.

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Preste atenção!
A elaboração da LOA não está condicionada à aprovação da LDO.

“Beleza, mas e se esses órgãos não enviarem as respectivas propostas dentro do prazo estabelecido lá
na LDO, professores? O que acontece?” 🤔

Excelente pergunta! É isso que cai em prova! ☝

A resposta é: se os órgãos não encaminharem as respectivas propostas orçamentárias dentro do prazo


estabelecido na lei de diretrizes orçamentárias, o Poder Executivo considerará, para fins de consolidação da
proposta orçamentária anual, os valores aprovados na lei orçamentária vigente, ajustados de acordo com os
limites estipulados na LDO.

Preste atenção!
Se os órgãos não encaminharem as respectivas propostas orçamentárias dentro do prazo, o Poder Executivo considerará
os valores aprovados na lei orçamentária vigente.

Você quer ver (para crer)? 😂

Então veja o que a CF/88 diz sobre o não encaminhamento das propostas do Poder Judiciário e do
Ministério Público, respectivamente:

Art. 99, § 3º Se os órgãos referidos no § 2º não encaminharem as respectivas propostas orçamentárias


dentro do prazo estabelecido na lei de diretrizes orçamentárias, o Poder Executivo considerará, para fins
de consolidação da proposta orçamentária anual, os valores aprovados na lei orçamentária vigente,
ajustados de acordo com os limites estipulados na forma do § 1º deste artigo.

Art. 127, § 4º Se o Ministério Público não encaminhar a respectiva proposta orçamentária dentro do prazo
estabelecido na lei de diretrizes orçamentárias, o Poder Executivo considerará, para fins de consolidação
da proposta orçamentária anual, os valores aprovados na lei orçamentária vigente, ajustados de
acordo com os limites estipulados na forma do § 3º.

“Mas esperem aí, professores. Esses Poderes e os órgãos independentes também têm que enviar a proposta
dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias, não é? Mas e se eles a enviarem fora dos
limites?” 🤔

Mais uma excelente pergunta! 😃 E ela também é tranquila de responder!

Se a proposta enviada estiver fora dos limites estabelecidos pela Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO),
o Poder Executivo, responsável pela consolidação (como você já sabe), irá fazer ajustes! É por isso que esses
dispositivos (CF/88, art. 99, § 3º e art. 127, § 4º) afirmam que “o Poder Executivo considerará, para fins de
consolidação da proposta orçamentária anual, os valores aprovados na lei orçamentária vigente, ajustados de
acordo com os limites estipulados”. 😉

Por exemplo: o Poder Judiciário encaminha sua proposta, dizendo que suas despesas com pessoal serão de R$
1.000.000,00. A SOF recebe essa proposta, dá uma confira da LDO e vê que o limite seria de R$ 900.000,00. Opa! Vai rolar
o ajuste aí! 😄

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Veja que aqui nós temos dois casos diferentes:

• Caso 1: demais Poderes e órgãos independentes não encaminharam suas propostas para o Poder
Executivo dentro do prazo;
• Caso 2: propostas em desacordo com os limites estabelecidos na LDO.

Lei orçamentária não encaminhada e não aprovada no prazo


“Beleza, professores! Mas e se esses órgãos tiverem enviado as respectivas propostas dentro do prazo e
dentro dos limites, só que agora o Poder Executivo é quem não encaminhou a proposta consolidada ao Poder
Legislativo dentro do prazo fixado? O que acontece?” 🤔

Só pergunta boa, hein? 😏 A resposta está na nossa boa e velha Lei 4.320/64:

Art. 32. Se não receber a proposta orçamentária no prazo fixado nas Constituições ou nas Leis Orgânicas
dos Municípios, o Poder Legislativo considerará como proposta a Lei de Orçamento vigente.

Portanto, se o Poder Legislativo não receber a proposta dentro do prazo, ele não ficará de braços
cruzados. O vacilo foi do Poder Executivo, ora! O país não pode esperar. Será considerada como proposta a
LOA vigente e seguimos em frente! 😄

Essa situação não é muito comum, pois trata-se de crime de responsabilidade, que pode implicar até
impeachment. 😬

Beleza!
Agora vejamos outro caso, mais comum:
Digamos que o Executivo consolidou, fez ajustes, encaminhou o projeto de Lei Orçamentária Anual
(PLOA) para o Legislativo dentro do prazo... fez tudo certinho. Só que o Legislativo está demorando muito! 😕
O exercício financeiro já está acabando e o Legislativo ainda não devolveu o PLOA para sanção do chefe do
Executivo (ou então até devolveu, mas o chefe do Executivo não terá tempo de sancioná-lo até o final do
exercício).

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O novo exercício financeiro já começou e ainda não temos LOA aprovada e vigente! A Administração
Pública só pode realizar despesas se elas estiverem autorizadas na LOA (ou nas leis de créditos adicionais). Mas
não há LOA vigente!

E agora? 😳 A Administração Pública vai ficar paralisada, sem realizar nenhuma despesa? 😱

É claro que não! Os hospitais públicos têm que funcionar desde o dia 1º de janeiro. O policiamento tem
que estar na rua desde o dia 1º de janeiro. Ou seja: algumas despesas não podem esperar!

“Mas como a Administração faz isso se não há LOA aprovada, professores?” 🧐

É o seguinte: todo ano, a LDO determina que se o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) não for
sancionado pelo Presidente da República até 31 de dezembro, a programação dele constante poderá ser
executada para o atendimento de determinadas despesas (citadas lá na própria LDO). Quer dizer, em vez de
executar a lei aprovada, executar-se-á o projeto de lei ainda em tramitação.
Algumas dessas despesas podem ser executadas integralmente, isto é, podem ser executadas
𝟏
normalmente. Mas outras despesas (de caráter inadiável) poderão ser executadas até o limite de 𝟏𝟐 (um doze
avos) do valor previsto para cada órgão no PLOA, multiplicado pelo número de meses decorridos até a data
de publicação da respectiva Lei (da LOA).

Um exemplo agora cai bem, não é? 😄

Por exemplo: digamos que já estamos em março e nada da LOA ser aprovada. Finalmente ela é aprovada e publicada em
abril.

Quantos meses se passaram até a data da publicação da LOA? 3 meses!

Beleza. Agora digamos também que o órgão B tinha orçamento anual previsto de R$ 120.000,00 e precisava executar
despesas correntes de caráter inadiável.

Então, fazemos o seguinte:


#$%&' )'*+,-.& )$'$ & ó'0ã& 2 5$ 347.777
= = R$ 10.000
34 34

Quantidade de meses decorridos até a data de publicação da LOA x R$ 10.000 = 3 x R$ 10.000 = R$ 30.000.

Pronto! Chegamos ao nosso valor limite! O órgão B pode executar tais despesas correntes de caráter inadiável até o limite
de R$ 30.000.

Veja que aqui nós também temos dois casos diferentes (vamos chamá-los de caso 3 e caso 4 para
diferenciar dos outros):

• Caso 3: chefe do Executivo não encaminhou o projeto de lei orçamentária ao Poder Legislativo
dentro do prazo;
• Caso 4: projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) não foi sancionada até 31 de dezembro.

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Resumindo
Caso 1: demais Poderes e
órgãos independentes não
• o Poder Executivo considerará os valores aprovados
encaminharam suas propostas
na lei orçamentária vigente
para o Poder Executivo dentro
do prazo

Caso 2: propostas em desacordo


• o Poder Executivo procederá aos ajustes
com os limites estabelecidos na
necessários para fins de consolidação
LDO

Caso 3: chefe do Executivo não


encaminhou o projeto de lei • o Poder Legislativo considerará como proposta a Lei de
orçamentária ao Poder Orçamento vigente. Crime de responsabilidade
Legislativo dentro do prazo

Caso 4:projeto de Lei • a programação do PLOA poderá ser executada (algumas


Orçamentária Anual (PLOA) despesas poderão ser executadas integralmente e outras
não foi sancionada até 31 de até o limite de 1/12 do valor previsto para cada órgão no
dezembro. PLOA.

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Etapas do processo de elaboração do projeto de Lei Orçamentária Anual


Ninguém elabora um projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) da noite pro dia. Não é tão fácil assim.
😅 O processo de elaboração do PLOA envolve diversas etapas, realizadas por diversos órgãos.

As etapas do processo de elaboração, os responsáveis e os produtos gerados estão relacionados na tabela


a seguir, porém queremos que você direcione a sua atenção para as etapas do processo. O que você tem que
saber aqui, basicamente, é a ordem (sequência) dessas etapas. Portanto, o foco é na primeira coluna, ok? 😉
Mas olhe as demais colunas também...
Etapas Responsáveis Produto
Definição da estratégia do processo de
elaboração
Etapas, produtos e agentes responsáveis no
processo
Papel dos agentes
1. Planejamento do Processo Metodologia de projeção de receitas e
SOF
de Elaboração despesas
Fluxo do processo
Instruções para detalhamento da proposta
setorial
Publicação de Portaria unificada de prazos do
processo
Diretrizes para a elaboração do PLOA: LDO
Parâmetros Macroeconômicos
Metas fiscais e Riscos fiscais
SOF; Órgãos Setoriais; ME;
Objetivos das políticas monetária, creditícia e
2. Definição de Macrodiretrizes Casa Civil/ Presidência da
cambial
República
Demonstrativo da estimativa da margem de
expansão das despesas obrigatórias de
caráter continuado
3. Revisão da Estrutura SOF e SEST; Órgãos
Estrutura programática do orçamento
Programática Setoriais; UOs
Elaboração de estudos e projeções fiscais
para 2019 – cenário PLDO
Definição e validação dos pré-limites
SOF; ME; Órgãos Setoriais;
4. Elaboração de Pré-proposta Divulgação dos referenciais monetários
UOs
prévios
Exercício de elaboração de versão de pré-
proposta pela SOF

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Captação no SIOP da proposta Qualitativa


Captação da pré-proposta por órgão, análise
e discussão com órgãos setoriais
SOF; Órgãos Setoriais; ME; Estimativa das receitas e das despesas que
5. Avaliação da NFGC para a
Casa Civil/ Presidência da compõem a NFGC, para a proposta
Proposta Orçamentária
República orçamentária
6. Estudo, Definição e
SOF; ME; Casa Civil/ Referencial monetário para apresentação da
Divulgação de Limites para a
Presidência da República proposta orçamentária dos órgãos setoriais
Proposta Setorial

7. Captação da Proposta Proposta orçamentária dos órgãos setoriais,


UOs; Órgãos Setoriais
Setorial detalhada no SIOP

8. Análise e Ajuste da Proposta orçamentária analisada, ajustada e


SOF
Proposta Setorial definida

9. Fechamento, Proposta orçamentária aprovada pelo MP e


Compatibilização e SOF; ME; Casa Civil/ pela Presidência da República, fonteada,
Consolidação da Proposta Presidência da República consolidada e compatibilizada em
Orçamentária consonância com a CF, o PPA, a LDO e a LRF

10. Elaboração e Formalização


SOF e SEST; Órgãos Mensagem presidencial, texto e anexos do
da Mensagem Presidencial e
Setoriais; Casa Civil/ PLOA, elaborados e entregues ao Congresso
do Projeto de Lei
Presidência da República Nacional
Orçamentária
SOF e SEST; Área
11. Elaboração e Formalização Informações complementares ao PLOA,
Econômica; Órgãos
das Informações elaboradas e entregues ao Congresso
Setoriais; Casa Civil/
Complementares ao PLOA Nacional
Presidência da República
Fonte: Manual Técnico de Orçamento (MTO) 2020.
E agora, eu, professor Sérgio, vou ensinar a vocês o que eu fazia para memorizar a ordem das etapas.
Vou passar o bizú! O passo a passo! Preste atenção: 👇

1. Primeiro você planeja: você não começa nada sem antes planejar; 🧐
2. Depois você olha para o cenário macro e define macrodiretrizes;
3. Faça uma revisão da estrutura, porque se a estrutura for falha, o produto final será falho e todo o
trabalho terá sido em vão; 😕
4. Elabore uma pré-proposta;
5. Veja se você já terá dinheiro suficiente ou se irá precisar se endividar, ou seja, avalie a
Necessidade de Financiamento do Governo Central (NFCG); 💸
6. Estabeleça limites para os outros;
7. Receba, capte a proposta dos outros; ✊
8. Analise e ajuste a proposta dos outros;
9. Agora junte tudo e faça a consolidação da proposta orçamentária;
10. Elabore a Mensagem Presidencial que acompanha o PLOA. Ela só acompanha o PLOA, então
será elaborada depois dele;
11. Elabore informações complementares (elas não são tão importantes, são “só” complementares,
por isso ficam por último). 😅

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Atenção para as três primeiras (1, 2 e 3) e para as duas últimas (10 e 11). Essas são as que mais aparecem
nas questões de prova! 😬

Questões para fixar


CESPE – MPE-PI – Técnico Ministerial – 2018

O projeto de lei orçamentária anual independe de sanção ou veto do chefe do Poder Executivo, sendo diretamente
promulgado pelas mesas do Congresso Nacional.

Comentários:

Nada disso! O projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) depende de sanção ou veto do chefe do Poder Executivo, assim
como qualquer outra lei. 😄

Gabarito: Errado

CESPE – MPE-PI – Técnico Ministerial – 2018

Cabe ao Poder Judiciário do estado, amparado na autonomia administrativa e financeira garantida pelas Constituições
Federal e Estadual, elaborar a proposta orçamentária do MP/PI, dentro dos limites estipulados na LDO, e encaminhá-la
para deliberação e aprovação pela Assembleia Legislativa.

Comentários:

Negativo! Ministério Público possui elabora sua própria proposta orçamentária, dentro dos limites estipulados na LDO, e
a encaminha, nesse caso da questão, para o órgão estadual de planejamento (a Secretaria de Planejamento do Estado,
por exemplo), que pertence ao Poder Executivo.

Depois de consolidado pela Secretaria, o projeto é encaminhado pelo Chefe do Poder Executivo (Governador) ao Poder
Legislativo (Assembleia Legislativa) para deliberação e aprovação pela Assembleia Legislativa.

Gabarito: Errado

CESPE – TCE-PE – Analista de gestão – 2017

A elaboração do projeto de lei orçamentária é condicionada à aprovação do plano plurianual do exercício de referência.

Comentários:

Apesar do PPA (e da LDO) serem referências para e elaboração da LOA, a sua elaboração não está condicionada à
aprovação de nenhum desses dois instrumentos (PPA e LDO).

Gabarito: Errado

CESPE – MPOG – Administrador – 2015

Durante o processo de elaboração orçamentária, a revisão da estrutura programática do orçamento depende da definição
prévia das macrodiretrizes.

Comentários:

Exatamente! Viu como o foco é na ordem das etapas? 😃

Preste atenção: 👇

1. Primeiro você planeja: você não começa nada sem antes planejar; 🧐
2. Depois você olha para o cenário macro e define macrodiretrizes;

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3. Faça uma revisão da estrutura, porque se a estrutura for falha, o produto final será falho e todo o trabalho terá sido
em vão; 😕
Portanto, a revisão da estrutura programática do orçamento realmente depende da definição prévia das macrodiretrizes.

Gabarito: Certo

CESPE – TCE-ES – Ciências contábeis – 2012

Se a lei orçamentária anual não for aprovada até o final do exercício anterior ao da sua vigência, o Poder Executivo estará
autorizado a executar as dotações constantes da proposta apresentada ao Poder Legislativo, até o limite de um doze avos
por mês.

Comentários:

Não, não. 😤

A autorização para a execução parcial não é para todas as dotações constantes da proposta apresentada ao Poder
Legislativo. É somente para algumas dotações.

Todo ano, a LDO determina que se o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) não for sancionado pelo Presidente da
República até 31 de dezembro, a programação dele constante poderá ser executada para o atendimento de determinadas
despesas.

Algumas dessas despesas podem ser executadas integralmente, isto é, podem ser executadas normalmente. Mas outras
despesas (de caráter inadiável) poderão ser executadas até o limite de 1/12 (um doze avos) do valor previsto para cada
órgão no PLOA, multiplicado pelo número de meses decorridos até a data de publicação da respectiva Lei (da LOA).

Gabarito: Errado

CESPE – TRT-17ª – Analista judiciário - Contabilidade – 2013

Se o projeto de lei orçamentária anual não for sancionado até 31 de dezembro, será possível adotar a prática, autorizada
em cada lei de diretrizes orçamentárias, de execução contínua de algumas despesas constantes da proposta, o que, no
caso de despesas correntes consideradas inadiáveis, não poderá exceder, a cada mês, um duodécimo do valor previsto de
cada ação.

Comentários:

Ah! Agora sim! Quer ver como a LDO diz mesmo isso? Dá uma olhadinha na LDO da União para o exercício de 2019:

Art. 60. Se o Projeto de Lei Orçamentária de 2019 não for sancionado pelo Presidente da República até 31 de dezembro de
2018, a programação dele constante poderá ser executada para o atendimento de: (...)

V - outras despesas correntes de caráter inadiável, até o limite de um doze avos do valor previsto para cada órgão no
Projeto de Lei Orçamentária de 2019, multiplicado pelo número de meses decorridos até a data de publicação da respectiva
Lei;

Gabarito: Certo

CESPE –TJ-RR – Contador – 2012

De acordo com a Constituição Federal de 1988, o projeto de lei do Plano Plurianual (PPA) da União será encaminhado ao
Congresso Nacional até quatro meses antes do encerramento do exercício de sua elaboração, prazo que também deve ser
observado pelos estados para a remessa de seus PPAs às respectivas assembleias legislativas.

Comentários:

Opa! Os prazos (de encaminhamento e devolução para sanção) estabelecidos lá no artigo 35, § 2º, do ADCT, não são
obrigatórios para os demais entes da Federação!

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Portanto, o projeto de lei do Plano Plurianual (PPA) da União será sim encaminhado ao Congresso Nacional até quatro
meses antes do encerramento do exercício de sua elaboração, mas esse prazo não precisa ser observado pelos estados
para a remessa de seus PPAs às respectivas assembleias legislativas. E foi por isso que a questão ficou errada!

Gabarito: Errado

CESPE – MPU – Analista – 2010

O projeto de lei orçamentária deve ser encaminhado, pelo Congresso Nacional, para sanção presidencial, até o dia 31 de
agosto do ano anterior à sua aplicação.

Comentários:

A questão misturou todas as bolas! 😂

O projeto de Lei Orçamentária Anual deve ser encaminhado pelo chefe do Poder Executivo (iniciativa exclusiva e
vinculada, lembra? 😏) ao Poder Legislativo até quatro meses antes do encerramento do exercício financeiro (31 de
agosto). O Poder Legislativo é que irá devolver o PLOA para sanção presidencial até o encerramento da sessão legislativa
(22 de dezembro).

Gabarito: Errado

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Discussão, votação e aprovação do projeto de lei


orçamentária
Observação: neste tópico, vamos enfatizar o modelo federal, pois os modelos estaduais e municipais são muito
semelhantes a ele (não muda praticamente nada) e, mesmo que se trate de um concurso estadual ou municipal, a prova
pode muito bem perguntar sobre a regra federal.

Muito bem! Então nosso PLOA foi elaborado e enviado ao Poder Legislativo. E agora? 🤔

Agora começa a segunda fase do ciclo orçamentário. Trata-se da discussão, votação e aprovação do
projeto de lei orçamentária. Detalhe: agora que saiu das mãos do Poder Executivo, não chamamos mais de
“proposta”, mas sim de “projeto de lei”, afinal ele está tramitando no Poder Legislativo.
A primeira coisa que você tem que saber aqui é a seguinte (CF/88):

Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento anual
e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na forma do
regimento comum.

Primeiro ponto de atenção: a LOA, a LDO e o PPA (propriamente ditos) não tramitam no Legislativo. O
que tramita no Legislativo é o projeto de LOA, projeto de LDO e projeto de PPA.

Por exemplo: o Legislativo não faz uma emenda à LOA. Ele faz uma emenda ao projeto de LOA, pois a LOA já é a lei pronta,
publicada, em vigor, que já passou pelo Legislativo.

Segundo ponto de atenção: no âmbito federal, esses projetos serão apreciados pelas duas Casas do
Congresso Nacional. Não é só pela Câmara dos Deputados e nem só pelo Senado Federal. É pelas duas! 🧐

E será na forma do regimento comum, ok? 🤓

Além disso, será uma sessão conjunta (e não unicameral). Isso significa que deputados e senadores estão
reunidos, juntos, votando simultaneamente na mesma sessão, porém os votos são computados
separadamente. Resumindo: na sessão conjunta, eles estão juntos, mas não se misturam! 😄

Observação: no âmbito estadual e municipal, não teremos isso, pois temos apenas uma Casa Legislativa: Assembleia
Legislativa e Câmara Municipal, respectivamente.

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Beleza! 😄

Então agora vamos entender melhor o processo legislativo orçamentário. O que acontece quando o
projeto de lei orçamentária chega ao Legislativo? 🤔

Pois bem. O chefe do Executivo envia o projeto de LOA por Mensagem Presidencial (não é mensagem de
WhatsApp 😅) ao Legislativo. Chegando lá, o projeto será encaminhado para a Comissão Mista de Planos,
Orçamento e Fiscalização (você pode carinhosamente chama-la de CMO. É assim que ela é conhecida). Ela é
uma das protagonistas nessa etapa do ciclo orçamentário, por isso precisamos ver alguns detalhes sobre ela.
😄

Primeiro: a CMO é uma comissão permanente! Não é uma comissão temporária (seja especial, externa
ou parlamentar de inquérito – as famosas CPI’s). Isso quer dizer que a CMO integra a estrutura institucional da
Casa.

Preste atenção!
A CMO é uma comissão permanente

“Beleza, professores. Mas quem faz parte dessa comissão?” 🤔

Ah! Você está nos perguntando sobre a composição da CMO. Vamos lá! 😎

A CMO é composta por 30 deputados federais e 10 senadores, ou seja, total de 40 membros. Só que ela
tem também 40 suplentes, sendo 30 deputados suplentes e 10 senadores suplentes. Portanto, temos 40
titulares + 40 suplentes (não é 40 membros, sendo 20 titulares e 20 suplentes, ok? 😉).

Titulares Suplentes
Deputados 30 30
Senadores 10 10
Total 40 40
Você percebeu que a CMO é composta por integrantes das duas casas do Congresso Nacional, não é? É
por isso que ela é chamada de comissão mista. As comissões mistas são integradas por deputados e
senadores e constituídas para tratar de matéria pertinente à competência do Congresso Nacional.
No âmbito estadual (Assembleia Legislativa) e municipal (Câmara dos Vereadores), como só temos uma
casa, essa comissão não será chamada de mista.

“Tá certo, professores. Já sei o que ela é e como ela é composta. Mas o que essa CMO efetivamente faz?” 🧐

Boa pergunta! 😄

Bom, a CMO é tão especial, que ela é a única comissão do Congresso Nacional cujas atribuições estão
definidas na Constituição Federal. Isso mesmo! Temos que consultar a CF/88 para ver o que a CMO
efetivamente faz, senão vejamos:

Art. 166, § 1º Caberá a uma Comissão mista permanente de Senadores e Deputados:

I - examinar e emitir parecer sobre os projetos referidos neste artigo e sobre as contas apresentadas
anualmente pelo Presidente da República;

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Lembrando que, após o exame e emissão do parecer da CMO, o Congresso Nacional irá julgar as contas
do Presidente da República (de acordo com a CF/88, art. 49, IX), momento em que o ciclo orçamentário se
encerrará.
Continuando:
Art. 166, § 1º Caberá a uma Comissão mista permanente de Senadores e Deputados:
II - examinar e emitir parecer sobre os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos
nesta Constituição e exercer o acompanhamento e a fiscalização orçamentária, sem prejuízo da atuação
das demais comissões do Congresso Nacional e de suas Casas, criadas de acordo com o art. 58.

Resumindo
projetos de PPA, LDO, LOA e
Créd. Adic.

Examinar e emitir contas do PR


parecer sobre

planos e programas
CMO nacionais, regionais e
setoriais

acompanhamento e
exercer
fiscalização orçamentária

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“Beleza, professores. Agora deixa eu perguntar: podem ocorrer mudanças no PLOA enquanto ele tramita no
Legislativo?” 🤔

Sim! É claro que podem ocorrer mudanças no PLOA enquanto ele tramita no Legislativo, afinal trata-se
ainda de um projeto de lei que está sendo discutido pelos representantes do povo. Essas mudanças ocorrem
em virtude de:

• Emendas, provocadas por parlamentares (Poder Legislativo);


• Mensagem, provocadas pelo Presidente da República.

“O Presidente da República (Governador ou Prefeito) pode alterar projeto de lei orçamentária que já está
tramitando no Legislativo, professores? Como assim? Isso é possível?” 🤨

Sim! É possível! Mas tem uma condição muito importante (por “importante” nós queremos dizer:
despenca em prova!): o Presidente poderá enviar mensagem ao Legislativo, propondo modificação nos
projetos de leis orçamentárias enquanto não tiver sido iniciada, na Comissão mista (CMO), a votação da parte
cuja alteração é proposta.

Preste atenção!
O Presidente poderá enviar mensagem ao Legislativo, propondo modificação nos projetos de leis
orçamentárias enquanto não tiver sido iniciada, na Comissão mista (CMO), a votação da parte cuja
alteração é proposta

“Como é, professores?” 😣

É o seguinte:

Digamos que o PLOA tem 6 partes. As partes 1, 2 e 3 já tiveram sua votação iniciada na Comissão mista. O Presidente não
pode mais mandar mensagem propondo alteração nessas partes. Iniciou a votação na Comissão mista? Já era! Presidente
não pode mais alterar!

Agora, o Presidente pode enviar mensagem alterando as partes 4, 5, e 6? Aí sim! 😃 Porque a votação na Comissão mista
não se iniciou ainda.

Portanto:

• Se a votação da parte que o chefe do Executivo quiser alterar já tiver sido iniciada na Comissão
mista: o chefe do Executivo não pode mais mandar mensagem propondo modificação;
• Se a votação da parte que o chefe do Executivo quiser alterar ainda não tenha sido iniciada na
Comissão mista: o chefe do Executivo ainda pode mandar mensagem propondo modificação.

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“Por que isso, professores?” 🧐

Imagine que você vai entregar um trabalho para o seu professor, o qual vai avaliar e lhe dar uma nota. Depois de horas de
dedicação, você finalmente envia o e-mail. Você estava tão cansado que nem fez uma revisão final do trabalho. No dia
seguinte, você resolve dar aquela olhadinha despretensiosa e percebe que cometeu um erro grave! Você rapidamente o
corrige e envia outro e-mail para o professor, pedindo que ele desconsidere a versão anterior e considere essa atual. Seu
professor prontamente responde: “ok. Eu ainda não comecei a corrigir o seu trabalho, então não tem problema”. Você
descansa tranquilo novamente.

Três dias depois, seu colega lhe questiona sobre um ponto do trabalho e você percebe, de novo, que cometeu um erro.
Você corrige o mais rápido que pode e envia outro e-mail para o professor, mas dessa vez ele lhe responde assim: “me
desculpe, eu já estou quase terminando de corrigir o seu trabalho e eu tenho um prazo para entregar sua nota. Se você
ficar me pedindo para considerar uma nova versão, quando eu já tiver começado a corrigir o seu trabalho, além de eu ter
trabalho dobrado, eu nunca vou conseguir entregar suas notas a tempo!”

Entendeu o que a gente quer dizer? 😏

Essa regra existe para evitar que o chefe do Executivo fique alterando o projeto de lei sempre que desejar.
Se a votação já tiver sido iniciada e o chefe do Executivo pudesse propor uma alteração, a Comissão teria que
analisar aquele novo projeto e praticamente descartar todo o trabalho que foi feito antes. Pense num
desperdício de tempo e recursos públicos!
Além disso, o orçamento tem prazos! Se a alteração pudesse ser feita a qualquer momento, ia ser difícil
conseguir aprovar tudo no prazo: já pensou se faltasse um dia para o prazo acabar e o chefe do Executivo
enviasse uma alteração que demandasse outra análise, discussão e votação? 🥴

Beleza! Então, por ser tão importante, vamos lhe mostrar essa regra exatamente como ela está na CF/88:

Art. 166, § 5º - O Presidente da República poderá enviar mensagem ao Congresso Nacional para
propor modificação nos projetos a que se refere este artigo enquanto não iniciada a votação, na
Comissão mista, da parte cuja alteração é proposta.

⚠ Atenção aos seguintes pontos:

• A modificação é feita nos projetos de leis orçamentárias (PLOA, PLDO, projeto de PPA e projeto
de créditos adicionais). Não é feita na proposta orçamentária e nem nas próprias LOA, LDO, PPA
e leis de créditos adicionais. Essas leis já passaram pelo Legislativo, ué! 😅
• A modificação pode ser feita enquanto não iniciada a votação, e não enquanto não finalizada a
votação ou enquanto não iniciada a discussão.
• A modificação pode ser feita enquanto não iniciada a votação na Comissão mista, e não no
Plenário.
• A modificação pode ser feita enquanto não iniciada a votação somente da parte cuja alteração
é proposta.

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Resumindo
O Presidente da República poderá enviar mensagem ao Congresso Nacional para propor modificação nos projetos
(não é na proposta e nem nas leis) a que se refere este artigo enquanto não iniciada (e não finalizada) a votação(e
não a discussão), na Comissão mista (não é no Plenário), da parte cuja alteração é proposta (somente da parte
que está sendo alterada).

Beleza! 😄

O outro jeito de alterar os projetos de leis orçamentárias é por meio de emendas.


As emendas serão apresentadas por parlamentares (qualquer parlamentar, não só aquele que faz parte
da CMO) na Comissão mista, a qual irá emitir um parecer sobre elas. As emendas, então, serão apreciadas
pelo Plenário das duas Casas do Congresso Nacional. É isso que nos diz a CF/88, veja só:

Art. 166, § 2º As emendas serão apresentadas na Comissão mista, que sobre elas emitirá parecer, e
apreciadas, na forma regimental, pelo Plenário das duas Casas do Congresso Nacional.

Então, preste atenção! As emendas são:

• Apresentadas na Comissão mista (que sobre elas emitirá parecer); e


• Apreciadas pelo Plenário.

São verbos diferentes, ok? 😉

“Beleza, professores. Entendi. Mas essas emendas versarão sobre o que? Qualquer coisa pode ser emendada?
E qualquer emenda pode ser aprovada?” 🤨

Que bom que você perguntou! As respostas para as suas perguntas não só caem em prova: elas desabam,
e com força! 😳 Essa aqui talvez seja a parte mais importante deste tópico ou desta aula! Então se ajeite na
cadeira e vamos lá!
É o seguinte: nem toda emenda será aprovada! Existem condições para que elas sejam aprovadas!

“Condições, professores? Que condições são essas?” 🧐

Sim! Temos condições para aprovação de emendas ao PLOA e ao PLDO.


Primeiro veremos os requisitos de emendas ao PLOA. Elas estão no artigo 166, § 3º da CF/88
(destaque-o na sua Constituição Federal). Vamos transcrevê-lo e, em seguida, destrinchá-lo, ok? 😏

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§ 3º As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem somente podem
ser aprovadas caso:

I - sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias;

II - indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de despesa,


excluídas as que incidam sobre:

a) dotações para pessoal e seus encargos;

b) serviço da dívida;

c) transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e Distrito Federal; ou

III - sejam relacionadas:

a) com a correção de erros ou omissões; ou

b) com os dispositivos do texto do projeto de lei.

Primeiro ponto de atenção: as emendas são feitas ao projeto de lei orçamentária anual, e não à lei
orçamentária anual. Ninguém emenda a própria LOA! A LOA já é uma lei pronta, publicada e em vigor. Para
alterá-la, precisamos é de outra lei (princípio da legalidade) e não de uma emenda.

A pegadinha aqui é essa: a questão vai dizer que a emenda é feita à lei orçamentária anual. Isso está
errado! Não caia nessa! Emendas são feitas ao projeto de lei orçamentária anual. 😤

Preste atenção!
Emendas são feitas ao projeto de lei orçamentária anual, e não à própria lei orçamentária anual

Segundo ponto importante: essas condições são para a aprovação de emendas, e não para a
apresentação de emendas.

“Como assim, professores?” 🤨

É o seguinte: qualquer (absolutamente qualquer) emenda poderá ser apresentada. Atenção: nós
dissemos “apresentada”.

“Professores, quer dizer que um parlamentar pode apresentar uma emenda nada a ver? Toda errada? Que
desrespeite todos os requisitos desse dispositivo constitucional?”

Apresentar? Sim! Ele pode apresentar o que ele(a) quiser! 😅

Agora, se vai ser aprovada... aí são “outros 500”! 😏

Então, qualquer (absolutamente qualquer) emenda poderá ser apresentada, mas nem toda emenda
será aprovada. As emendas somente podem ser aprovadas caso respeitem os requisitos mencionados nesse
dispositivo constitucional.

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Superados esses pontos, vejamos quais são as três condições para que as emendas sejam aprovadas
(aprovadas! 😄).

Condição 1:

§ 3º As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem somente podem
ser aprovadas caso:

I - sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias;

O Plano Plurianual (PPA) e a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) antecedem e orientam a elaboração
da Lei Orçamentária Anual (LOA). Lembra disso?

PPA

LDO

LOA

Por isso, as emendas ao projeto de LOA somente poderão ser aprovadas se tiverem compatibilidade
com o PPA e com a LDO.
“Sério, professores? Se as emendas ao PLOA não forem compatíveis com o PPA e com a LDO, elas não
poderão ser aprovadas? Ou seja: as emendas ao PLOA sempre terão que ser compatíveis com o PPA e com a LDO?”
🧐

SIM! SEMPRE! 🤓

As emendas ao PLOA sempre terão que ser compatíveis com o PPA e com a LDO. Essa regra é sempre
válida, para qualquer tipo de emenda, ok? 😉

Detalhe: a CF/88 jamais afirmou que PPA, LDO e LOA devem ser compatíveis entre si. Essa falha só foi corrigida na Lei de
Responsabilidade Fiscal (LRF), em seu art. 5º. Veja que a CF/88 somente falou das emendas ao PLOA.

“Beleza, essa foi tranquila. Qual é a próxima condição, professores?” 😄

Ah! Se empolgou agora, né? 😂

Condição 2:
Se a emenda demandar recursos públicos, ou seja, se, para realizar a emenda, o parlamentar precise de
dinheiro, ela deve obedecer à seguinte regra:

§ 3º As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem somente podem
ser aprovadas caso:

II - indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de despesa,


excluídas as que incidam sobre:

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a) dotações para pessoal e seus encargos;

b) serviço da dívida;

c) transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e Distrito Federal; ou

Detalhe: a alínea “c” do dispositivo constitucional acima será sempre adaptada à realidade do ente. Por exemplo: no
âmbito estadual, teremos “transferências tributárias constitucionais para Municípios”. E só. Estado não faz transferência
para outros Estados.

Ok! Isso significa que se a emenda envolver dinheiro, ela somente será admitida se o parlamentar indicar
de onde ele irá tirar os recursos necessários para realiza-la. E somente será admitido tirar dinheiro da
anulação de uma outra despesa.

“Como assim, professores?” 🤔

É o seguinte: se quiser colocar uma nova despesa no PLOA, então anule uma outra!

Por exemplo: o parlamentar João deseja fazer uma emenda ao PLOA. Tem uma obra lá que ele não está gostando de jeito
nenhum! 😤 O que João quer mesmo é a aquisição de novos veículos para o Poder Legislativo.

Certo, João. Você pode fazer uma emenda propondo a aquisição de novos veículos. Mas de onde você vai tirar esse dinheiro?

Ele responde: “simples. Anulamos a despesa com aquela obra e usamos esses créditos orçamentários para a aquisição dos
veículos. Assim a nova despesa não aumenta. Só estamos trocando uma pela outra”.

Ele pode fazer isso? 🤔

Pode sim! Se quiser incluir uma despesa no PLOA, vai ter que anular outra.
Mas agora é que vem o detalhe importante: nem todas as despesas poderão ser anuladas! Algumas
despesas jamais poderão ser anuladas!

“Quais, professores?” 🧐

Essas daqui:

• dotações para pessoal e seus encargos;


• serviço da dívida (amortização, juros, encargos, etc.);
• transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e Distrito Federal.
Então, veja só: imagine que você é um parlamentar e deseja fazer uma emenda para realizar uma obra.
Para isso, você tem que anular alguma outra despesa. 🤔

• Você pode anular despesas com passagens aéreas? SIM! 😄


• Você pode anular despesas com educação, aquisição de livros? SIM! 😄
Agora:

• Você pode anular despesas com pessoal? NÃO! Jamais! 😤


• Pode anular despesas com juros da dívida? NÃO! Jamais! 😤
• E pode anular despesas com transferências tributárias constitucionais (as famosas TRANS TRI
CO)? Também NÃO! 😤

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O que nós estamos dizendo para você é que a única fonte de recursos para realização de emendas ao
PLOA é a anulação de despesas. Perceba: é diferente do que vimos lá nos créditos adicionais. Os créditos
adicionais irão alterar a LOA, já feita. E lá nós temos 6 fontes para abertura de créditos adicionais. Aqui nas
emendas, temos uma fonte só! Portanto, não confunda as fontes para abertura de créditos adicionais com a
fonte para emendas ao PLOA.
A banca vai fazer pegadinhas aqui, dizendo que um parlamentar quer fazer uma emenda ao PLOA e
indicará como fonte o superávit financeiro apurado no balanço patrimonial do exercício anterior. Essa
emenda não será aprovada, pois a indicação de recursos tem que ser proveniente de anulação de despesas
(exceto despesas com pessoal, serviços da dívida e TRANS TRI CO).

Fontes para abertura de créditos adicionais


Fonte para emenda ao PLOA
(SF É RARO)

Superávit Financeiro

Excesso de Arrecadação

Reserva de contingência
Anulação de despesas
Anulação de dotação

Recursos sem despesas correspondentes

Operações de crédito

Preste atenção!
Se a emenda envolver dinheiro, ela somente será admitida se o parlamentar indicar os recursos necessários.
A indicação dos recursos necessários só é admita se for proveniente da anulação de uma outra despesa. Essa
é a única fonte de recursos para emendas ao PLOA.
Mas nem todas as despesas poderão ser anuladas. Quais são elas? Pessoal, serviços da dívida e TRANS TRI
CO.

Resumindo
Pessoal
Emendas Mas não
indiquem os
somente Anulação de poderão ser Serviços da
recursos
aprovadas despesas anuladas dívida
necessários
caso despesas com
TRANS TRI CO

“Tem mais uma condição, não é, professores?” 🤓

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Tem sim! 😁

Condição 3:

§ 3º As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem somente podem
ser aprovadas caso:

III - sejam relacionadas:

a) com a correção de erros ou omissões; ou

b) com os dispositivos do texto do projeto de lei.

Portanto, as emendas podem ser aprovadas se estiverem relacionadas com:


• A correção de erros ou omissões: ocorreu um erro e é preciso emendar o PLOA para corrigi-lo.

Por exemplo: a estimativa de receita foi calculada errada. A emenda que corrija esse erro poderá ser aprovada.

• Dispositivos do texto do projeto de lei: aqui a emenda irá modificar somente o texto do PLOA.

Por exemplo: o texto original fala em “estimativa da receita”. A emenda propõe alteração para “previsão da receita”. Ok.
Só mudou o texto. Essa emenda poderá ser aprovada.

Então é o seguinte: as emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem
somente podem ser aprovadas caso sejam compatíveis com o PPA e a LDO. Essa regra sempre terá que ser
obedecida. Além disso:

• se a emenda demandar recursos públicos, ela terá que indicar os recursos necessários, sendo
admitidos apenas os provenientes de anulação de despesa (só não pode anular despesas com
pessoal, serviços da dívida e TRANS TRI CO).
• senão, elas serão emendas para corrigir erros e omissões ou somente relacionadas a dispositivos
do texto do projeto de lei.
Beleza!
Essas foram as condições para emendas ao PLOA, mas nós temos condições também para emendas ao
projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO). Na verdade, temos uma condição só! Veja (CF/88):

Art. 166, § 4º - As emendas ao projeto de lei de diretrizes orçamentárias não poderão ser aprovadas
quando incompatíveis com o plano plurianual.

Portanto, a única condição para que as emendas ao PLDO sejam aprovadas é que elas sejam compatíveis
com o PPA. Só isso! 😌

“E o que significa ser compatível com o PPA, professores?” 🤓

É estar de acordo com as diretrizes, objetivos e metas (DOM) estabelecidas no PPA! 😃 Pronto!

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Preste atenção!
Única condição para as emendas ao PLDO serem aprovadas: serem compatíveis com o PPA

Pronto! Agora nós estamos prontos para ver outra regra constitucional interessante. Lá vai:

Art. 63. Não será admitido aumento da despesa prevista:

I - nos projetos de iniciativa exclusiva do Presidente da República, ressalvado o disposto no art. 166, §
3º e § 4º.

Que dispositivos ressalvados são esses? 🤔

Justamente os que falam sobre emendas ao PLOA e ao PLDO! 😃

Portanto, o que esse dispositivo quer dizer é que se a iniciativa de lei for exclusiva do Presidente da
República, não será admitido o aumento da despesa prevista. Agora, se estivermos falando de PLOA e PLDO,
o aumento da despesa prevista poderá ser admitido! 😄

Por exemplo: o Presidente enviou uma lei ao Poder Legislativo e o impacto orçamentário dela será de R$ 1.000.000,00. O
Poder Legislativo não poderá aumentar essa despesa prevista! Não poderá aumentar de R$ 1.000.000,00 para R$
2.000.000,00, por exemplo.

Agora, se essa lei que o Presidente enviou foi o PLOA ou o PLDO, aí sim o Poder Legislativo poderá aumentar a despesa
prevista. 😄

“Mas, professores, uma das condições para aprovação de emendas ao PLOA não é que elas deverão indicar
os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de despesa? Quando eu faço uma anulação
de despesa eu estou simplesmente substituindo uma despesa pela outra, sem aumentar o valor global do
orçamento. Agora vocês estão me dizendo que é possível aumentar a despesa prevista? Como assim?” 🤕

É. É isso mesmo!
Seguinte: regra geral, não é possível aumentar a despesa fixada na LOA, nem mesmo por emenda
parlamentar. Por isso que essas emendas precisam anular uma despesa, substituindo-a por outra. No entanto,
se essa emenda for enquadrada como correção de erros e omissões, aí sim será possível aumentar a despesa.

Por exemplo: a estimativa da receita era de R$ 1.000.000,00, mas houve um erro no cálculo. Na verdade, era pra ser R$
1.500.000,00. Ou seja: houve uma reestimativa da receita. Agora será possível aumentar a despesa em mais R$
500.000,00.

Portanto, as emendas parlamentares não podem acarretar aumento na despesa total do orçamento, a
menos que sejam identificados erros ou omissões nas receitas, devidamente comprovados.

Preste atenção!
As emendas parlamentares não podem acarretar aumento na despesa total do orçamento, a
menos que sejam identificados erros ou omissões nas receitas, devidamente comprovados.

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Beleza. E falando em reestimativa de receitas, olha só essa regra que a LRF trouxe:

Art. 12, § 1o Reestimativa de receita por parte do Poder Legislativo só será admitida se comprovado erro
ou omissão de ordem técnica ou legal.

Então:

Por exemplo: o PLOA chegou ao Poder Legislativo e um parlamentar (ou uma comissão) acredita que a receita deva ser
reestimada. É possível reestimar a receita? Sim! Desde que seja comprovado que houve um erro ou omissão de ordem
técnica ou legal.

“Mas o que é um erro ou omissão de ordem técnica ou legal, professores?”

É, basicamente, um erro de cálculo, de estimativa. 😄

E a Resolução 01/2006 - CN também prevê a utilização de recursos de reestimativa de receitas para


emendas parlamentares, por meio da Reserva de Recursos. Quer ver?

Art. 56. A Reserva de Recursos será composta dos eventuais recursos provenientes da reestimativa das
receitas, da Reserva de Contingência e outros definidos no Parecer Preliminar, deduzidos os recursos
para atendimento de emendas individuais, de despesas obrigatórias e de outras despesas definidas naquele
Parecer.

Portanto:

Reserva de Recursos = recursos provenientes da reestimativa de receitas + Reserva de Contingência


+ outros definidos em parecer preliminar.

Ah! E tem uma outra regra que é muito interessante você conhecer. Ela está lá na Lei 4.320/64. Vamos
ver?
Art. 33. Não se admitirão emendas ao projeto de Lei de Orçamento que visem a:

a) alterar a dotação solicitada para despesa de custeio, salvo quando provada, nesse ponto a inexatidão
da proposta;

b) conceder dotação para o início de obra cujo projeto não esteja aprovado pelos órgãos competentes;

c) conceder dotação para instalação ou funcionamento de serviço que não esteja anteriormente
criado;

d) conceder dotação superior aos quantitativos previamente fixados em resolução do Poder


Legislativo para concessão de auxílios e subvenções.

Então, se a emenda for para:

• alterar despesas de custeio (salvo quando a proposta estiver comprovadamente errada);


• o início de obra cujo projeto ainda não foi aprovado;
• instalação (ou funcionamento) de serviço que ainda não foi criado; e
• conceder dotação superior à anteriormente fixada para auxílios e subvenções,

ela não será admitida!

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Resumindo
se Mas não Pessoal
Recurso só
demandar poderão
poderão ser
recursos ser Serviços da
provenientes
Condições públicos, anuladas dívida
de anulação
para indique os despesas
compatíveis de despesas TRANS TRI CO
aprovação recuros com
com PPA e
de
LDO
emendas se estiver
ao PLOA relacionada Poderá haver reestimativa de
a erros ou receita e aumento da despesa
omissões

Questões para fixar


Quadrix – CRM-PR – Contador – 2018

A mensagem presidencial é o instrumento oficial de apresentação da proposta de lei orçamentária anual.

Comentários:

Sim! A Mensagem Presidencial é o instrumento de comunicação oficial entre o Presidente da República e o Congresso
Nacional. A proposta de lei orçamentária anual (LOA) é enviada ao Poder Legislativo por meio de Mensagem.

Gabarito: Certo

CESPE – TCE-MG – Analista de Controle Externo – Administração – 2018

O chefe do Poder Executivo poderá enviar mensagem ao Poder Legislativo para propor modificação nos projetos de lei
orçamentária enquanto não iniciada a discussão da parte para a qual se propõe alteração.

Comentários:

Certa, né? 😅

NÃO! ERRADA! 😳

O chefe do Poder Executivo poderá enviar mensagem ao Poder Legislativo para propor modificação nos projetos de lei
orçamentária enquanto não iniciada a votação (e não a discussão) da parte para a qual se propõe alteração. Olha só a
literalidade da CF/88:

Art. 166, § 5º - O Presidente da República poderá enviar mensagem ao Congresso Nacional para propor modificação nos
projetos a que se refere este artigo enquanto não iniciada a votação, na Comissão mista, da parte cuja alteração é proposta.

Está vendo o nível de atenção que você deve dar a esse dispositivo constitucional? Nós avisamos! 😄

Gabarito: Errado

FCC – TRF- 3ª – Analista judiciário – 2016

Quanto ao processo de elaboração, discussão, votação e aprovação da proposta orçamentária, a Constituição Federal
estabelece que em qualquer momento o Presidente da República pode enviar mensagem ao Congresso Nacional para
propor modificações no projeto da lei orçamentária anual.

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Comentários:

Em qualquer momento? 🤔

É claro que não! É só enquanto não iniciada a votação, na Comissão mista, da parte que ele deseja alterar.

Essa regra existe para evitar que o chefe do Executivo fique alterando o projeto de lei sempre que desejar. Se a votação já
tiver sido iniciada e o chefe do Executivo pudesse propor uma alteração, a Comissão teria que analisar aquele novo projeto
e praticamente descartar todo o trabalho que foi feito antes. Pense num desperdício de tempo e recursos públicos! Além
disso, o orçamento tem prazos! Se a alteração pudesse ser feita a qualquer momento, ia ser difícil conseguir aprovar tudo
no prazo.

Gabarito: Errado

FCC – TRF- 3ª – Analista judiciário – 2016

Quanto ao processo de elaboração, discussão, votação e aprovação da proposta orçamentária, a Constituição Federal
estabelece que no caso de emendas ao projeto da lei do orçamento anual, somente são admitidas as indicações de recursos
advindos de anulação de despesa.

Comentários:

Exatamente! Se quiser fazer uma emenda ao PLOA tem que indicar de onde os recursos necessários para realiza-la serão
tirados. E somente será admitido tirar dinheiro da anulação de uma outra despesa. Lembrando que nem todas as despesas
poderão ser anuladas! Algumas despesas jamais poderão ser anuladas.

Isso tudo está lá na CF/88:

Art. 166, § 3º As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem somente podem ser
aprovadas caso:
II - indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de despesa, excluídas as que incidam
sobre:
a) dotações para pessoal e seus encargos;
b) serviço da dívida;
c) transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e Distrito Federal; ou
Gabarito: Certo

FCC – TRF- 3ª – Analista judiciário – 2016

Quanto ao processo de elaboração, discussão, votação e aprovação da proposta orçamentária, a Constituição Federal
estabelece que o projeto de lei relativo ao orçamento anual será apreciado pela Câmara dos Deputados, cabendo ao
Senado apenas o acompanhamento do atendimento aos limites constitucionais.

Comentários:

Negativo! Não é assim. Veja como é na CF/88:

Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos
adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na forma do regimento comum.

Portanto, no âmbito federal, esses projetos serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional. Não é só pela
Câmara dos Deputados, cabendo ao Senado apenas o acompanhamento do atendimento aos limites constitucionais. É
pelas duas Casas! 🧐

E será na forma do regimento comum, ok? 🤓

Gabarito: Errado

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CESPE – TCU – Auditor Federal de Controle Externo – 2015

Ainda que não esteja compatível com o plano plurianual, a emenda ao projeto de lei orçamentária que pretender consignar
recursos para transferência a empresa estatal com o objetivo de financiar a construção de uma usina hidrelétrica poderá
ser apresentada na Comissão Mista de Orçamento por qualquer parlamentar.

Comentários:

O que foi que a gente disse? 😏

As condições são para a aprovação de emendas, e não para a apresentação de emendas.

Qualquer (absolutamente qualquer) emenda poderá ser apresentada, “ainda que não esteja compatível com o plano
plurianual”, exatamente como disse a questão.

Mas nem toda emenda será aprovada. As emendas somente podem ser aprovadas caso respeitem os requisitos
mencionados na CF/88 (art. 166, § 3º e 4º).

Gabarito: Certo

CESPE – SERPRO – Analista – 2010

O presidente da República pode enviar mensagem ao Congresso Nacional propondo modificação no projeto de lei
orçamentária, aumentando os recursos alocados no orçamento de investimentos a serem executados pelo SERPRO,
desde que não tenha sido iniciada a votação, na comissão mista, da parte cuja alteração é proposta.

Comentários:

É isso mesmo! 😃 Olha só (CF/88):

Art. 166, § 5º - O Presidente da República poderá enviar mensagem ao Congresso Nacional para propor modificação nos
projetos a que se refere este artigo enquanto não iniciada a votação, na Comissão mista, da parte cuja alteração é
proposta.

Gabarito: Certo

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Emendas Impositivas – Emenda Constitucional 86/2015 e Emenda


Constitucional 100/2019
Observação: se você já estudou o tópico “orçamento autorizativo vs. Orçamento impositivo” em aula anterior, isso aqui
não será novidade para você. 😄 Veremos mais sobre esse importante assunto em momento oportuno!

Já que estamos falando tanto sobre discussão, votação e aprovação dos projetos de leis orçamentárias e
sobre emendas, achei interessante lhe recordar sobre dois tipos especiais de emendas: as emendas individuais
e as emendas de bancada. 😃

“Por que, professor?” 🤔

Porque elas são as nossas famosas emendas impositivas! Elas representam o pedacinho de orçamento
impositivo que temos em nosso orçamento autorizativo.
Temos os seguintes tipos de emendas ao orçamento:

• individual (de autoria de cada senador ou deputado);


• Coletivas:
o de bancada (e autoria das bancadas estaduais ou regionais);
o de comissão (presentadas pelas comissões técnicas da Câmara e do Senado); e
• de relatoria.

As emendas individuais ganharam grande destaque (na mídia e nas provas 😅) depois da EC 86/2015,
pois elas representavam o único pedacinho de orçamento impositivo que tínhamos em nosso orçamento
autorizativo. As emendas individuais impositivas eram a única gota de orçamento impositivo no meio desse
oceano de orçamento autorizativo. 🌊

Mas agora essa gota tem companhia: a EC 100/2019 trouxe o orçamento impositivo para as emendas de
bancada! 😃

Mas veja bem: as emendas coletivas podem ser emendas de bancada ou emendas de comissão.

Portanto,

Dentre as emendas coletivas, somente as emendas de bancada é que são impositivas! As emendas
de comissão não o são!

Resumindo

Individuais EC 86/2015

De bancada EC 100/2019
Emendas
Coletivas
parlamentares
De comissão

de Relatoria

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Questões comentadas - CESPE


1. CESPE – TCE-MG – Analista de Controle Externo – 2018

Em relação ao ciclo orçamentário e ao processo orçamentário, julgue os itens subsequentes.


I O chefe do Poder Executivo poderá enviar mensagem ao Poder Legislativo para propor modificação nos
projetos de lei orçamentária enquanto não iniciada a discussão da parte para a qual se propõe alteração.

II A iniciativa dos projetos de lei do plano plurianual, das diretrizes orçamentárias e do orçamento anual cabe
ao chefe do Poder Executivo em cada um dos poderes.

III É possível utilizar o superávit financeiro do exercício anterior como fonte de recursos para emenda ao
orçamento anual.

IV Metade das emendas individuais dos parlamentares a projeto de lei orçamentária deve ser destinada a
ações e serviços públicos de saúde.
Estão certos apenas os itens

A) I e II.
B) I e III.

C) II e IV.
D) I, III e IV.
E) II, III e IV.
Comentários:
Vamos começar logo dizendo que essa questão foi anulada, por conta do item II, que, segundo a banca,
não possibilitou uma interpretação objetiva por parte do candidato. E é verdade! A questão merecia ser anulada
mesmo! 🧐

Vejamos agora cada um dos itens:

I. Errado. Ah! Como a banca foi sorrateira aqui! 😅 O aluno que leu rápido deve ter caído direitinho na
armadilha. A resposta para esse item está na CF/88:

Art. 166, § 5º - O Presidente da República poderá enviar mensagem ao Congresso Nacional para propor
modificação nos projetos a que se refere este artigo enquanto não iniciada a votação, na Comissão
mista, da parte cuja alteração é proposta.

Percebeu a marcação? 😏

Portanto, o chefe do Poder Executivo poderá enviar mensagem ao Poder Legislativo para propor
modificação nos projetos de lei orçamentária enquanto não iniciada a votação (e não a discussão) da parte

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para a qual se propõe alteração. Primeiro ocorre a discussão, depois é que há a votação. A regra é que o chefe
do Executivo pode enviar até o início da votação!
II. Gabarito preliminar da banca: certo. Posteriormente a questão foi anulada por vício neste item. E, em
nossa opinião, a banca agiu corretamente, afinal você já conheceu o chefe do Poder Executivo em cada um dos
poderes? 😅 Nós nunca conhecemos! Só conhecemos chefe do Poder Executivo, que pertence ao Poder
Executivo.
De qualquer forma, acreditamos que a questão queria mesmo era testar se você sabia que a iniciativa das
leis orçamentárias (PPA, LDO e LOA) é do Poder Executivo, mais especificamente do chefe do Poder
Executivo, independentemente da proposta orçamentária ser de outros poderes. Estes não encaminham a
sua proposta orçamentária diretamente para o Poder Legislativo. Eles elaboram a sua proposta e a enviam
para o Poder Executivo, que fará a consolidação, realizará ajustes necessários e, finalmente, encaminhará o
projeto de lei para o Poder Legislativo.
É isso que está na CF/88, confirme aqui:

Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:


I - o plano plurianual;
II - as diretrizes orçamentárias;
III - os orçamentos anuais.
Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República:
XXIII - enviar ao Congresso Nacional o plano plurianual, o projeto de lei de diretrizes orçamentárias e
as propostas de orçamento previstos nesta Constituição;
III. Errado. Olha só a pegadinha que nós alertamos! As questões vão tentar confundir as fontes para
abertura de créditos adicionais e a fonte para emendas ao PLOA. O Superávit Financeiro do exercício
anterior não é fonte de recursos para emenda ao projeto de lei orçamentária anual: ele é fonte para abertura
de créditos adicionais! A única fonte de recursos para emenda ao PLOA é a anulação de despesas.

Fontes para abertura de créditos adicionais


Fonte para emenda ao PLOA
(SF É RARO)
Superávit Financeiro
Excesso de Arrecadação
Reserva de contingência
Anulação de despesas
Anulação de dotação
Recursos sem despesas correspondentes
Operações de crédito

IV. Certo. Finalmente um item certo! E ele trata das Emendas Individuais Impositivas, tema que surgiu
com a Emenda Constitucional 86/2015. Vejamos o que diz a CF/88:
Art. 166, § 9º As emendas individuais ao projeto de lei orçamentária serão aprovadas no limite de 1,2%
(um inteiro e dois décimos por cento) da receita corrente líquida prevista no projeto encaminhado pelo
Poder Executivo, sendo que a metade deste percentual será destinada a ações e serviços públicos de
saúde.

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Portanto, a questão está correta: metade deste percentual (ou seja, 0,6%) será destinada a ações e
serviços públicos de saúde (atenção: só saúde! 🏥 Educação, segurança, seguridade social não!).
Gabarito: Anulada

2. CESPE – CGM de João Pessoa – Procurador do Município – 2018

No âmbito federal, emendas a projeto de lei orçamentária anual (LOA) somente poderão ser apresentadas ao
plenário das duas Casas do Congresso Nacional, que as apreciarão na forma do regimento comum.
Comentários:

Viu como mesmo em um concurso de âmbito municipal a regra federal pode ser cobrada? 😄

A questão está errada, porque as emendas serão apresentadas na Comissão mista (a nossa querida
CMO), e não no plenário. Funciona assim: primeiro as emendas serão apresentadas na Comissão mista, a
qual irá emitir um parecer sobre elas. Em seguida, as emendas serão apreciadas pelo Plenário das duas Casas
do Congresso Nacional. É isso que nos diz a CF/88, veja só:
Art. 166, § 2º As emendas serão apresentadas na Comissão mista, que sobre elas emitirá parecer, e
apreciadas, na forma regimental, pelo Plenário das duas Casas do Congresso Nacional.
Gabarito: Errado

3. CESPE – CGM de João Pessoa – Procurador do Município – 2018


Emendas a projeto de lei orçamentária anual (LOA) devem indicar os recursos necessários, sendo admitida
como fonte a anulação de despesa para pessoal e seus encargos.
Comentários:
Sim: as emendas a projeto de lei orçamentária anual (LOA) devem indicar os recursos necessários.

Mas a anulação de despesa para pessoal e seus encargos é admitida como fonte? 🤔

Responda conosco em voz alta: NÃÃÃO! 😤 E é por isso que a questão está errada.

Porque a CF/88 diz o seguinte:


§ 3º As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem somente podem
ser aprovadas caso:
II - indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de despesa,
excluídas as que incidam sobre:
a) dotações para pessoal e seus encargos;
b) serviço da dívida;
c) transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e Distrito Federal; ou
Portanto, se a emenda envolver dinheiro, ela somente será admitida se o parlamentar indicar os recursos
necessários. A indicação dos recursos necessários só é admita se for proveniente da anulação de uma outra
despesa. Essa é a única fonte de recursos para emendas ao PLOA. Mas nem todas as despesas poderão ser
anuladas. Quais são elas? Pessoal, serviços da dívida e TRANS TRI CO.

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Pessoal
Emendas Mas não
indiquem os
somente Anulação de poderão ser Serviços da
recursos
aprovadas despesas anuladas dívida
necessários
caso despesas com
TRANS TRI CO

Gabarito: Errado

4. CESPE – MPE-PI – Técnico Ministerial – 2018


Julgue o item seguinte, relativo ao orçamento público.

O projeto de lei orçamentária anual independe de sanção ou veto do chefe do Poder Executivo, sendo
diretamente promulgado pelas mesas do Congresso Nacional.

Comentários:
Independe de sanção ou veto?
Negativo! Conforme o princípio da legalidade, a Lei Orçamentária Anual é uma lei!

“Ah, professores! Não me diga!” 😒

Pois é! 😅 E, como toda lei, ela (a LOA) também depende de sanção ou veto do chefe do Poder Executivo.
Aí vem que a questão nos dizer que ela independe de sanção ou veto? Sai pra lá! 😂

Percebemos isso também no próprio ADCT, que estabelece os prazos para encaminhamento e devolução
para sanção das leis orçamentárias. Vejamos a regra para o PLOA:

Art. 35, § 2º Até a entrada em vigor da lei complementar a que se refere o art. 165, § 9º, I e II, serão
obedecidas as seguintes normas:

III - o projeto de lei orçamentária da União será encaminhado até quatro meses antes do encerramento do
exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento da sessão legislativa.

Gabarito: Errado

5. CESPE – Polícia Federal - Perito Criminal Federal – 2018

Julgue o item que se segue, relativo à administração financeira e orçamentária brasileira.

O ciclo orçamentário inicia-se com a definição das macrodiretrizes e encerra-se com a mensagem presidencial
comunicando a aprovação do orçamento anual.
Comentários:

Preste atenção:

O Cespe ADORA perguntar sobre as etapas do processo de elaboração do PLOA!

Especialmente em concursos federais! 👀

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Ou seja: o Cespe ADORA aquela tabela do MTO!


E, como dissemos, atenção para as três primeiras (1, 2 e 3) e para as duas últimas (10 e 11) etapas. Essas
são as que mais aparecem nas questões de prova! 😬 E foi justamente o que aconteceu aqui! Veja só a tabela
(resumida):
Etapas Responsáveis Produto
1. Planejamento do Processo de
SOF
Elaboração
LDO Parâmetros Macroeconômicos
Metas fiscais (AMF) e Riscos fiscais
(ARF)
SOF; Órgãos Setoriais; ME;
Objetivos das políticas monetária,
2. Definição de Macrodiretrizes Casa Civil/ Presidência da
creditícia e cambial
República
Demonstrativo da estimativa da margem
de expansão das despesas obrigatórias
de caráter continuado (DOCC)
3. Revisão da Estrutura SOF e SEST; Órgãos Setoriais;
Estrutura programática do orçamento
Programática UOs

(...) (...) (...)

10. Elaboração e Formalização da SOF e SEST; Órgãos Setoriais; Mensagem presidencial, texto e anexos
Mensagem Presidencial e do Casa Civil/ Presidência da do PLOA, elaborados e entregues ao
Projeto de Lei Orçamentária República Congresso Nacional

11. Elaboração e Formalização das SOF e SEST; Área Econômica;


Informações Complementares ao Órgãos Setoriais; Casa Civil/
PLOA Presidência da República

Veja, portanto, que o ciclo orçamentário não se inicia com a definição das macrodiretrizes e nem se
encerra com a mensagem presidencial comunicando a aprovação do orçamento anual.
Na verdade, é a fase de elaboração da proposta orçamentária que se inicia com o Planejamento do
Processo de Elaboração e se encerra com a Elaboração e Formalização das Informações Complementares ao
PLOA.

“O ciclo orçamentário inicia-se com a formulação do planejamento plurianual pelo Poder Executivo e
encerra-se com a avaliação da execução e do julgamento das contas”. Por sinal, foi a própria banca que disse
isso, no concurso do DEPEN, em 2015. 😉

Gabarito: Errado

6. CESPE – IPHAN - Analista I - Área 5 – 2018

Acerca das noções elementares de orçamento público, julgue o item a seguir.


A revisão da estrutura programática somente pode ocorrer depois da definição das macrodiretrizes de governo.
Comentários:

O que foi que a gente disse? 😏

O Cespe ADORA aquela tabela do MTO com as etapas do processo de elaboração do PLOA!

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E a cobrança é quase sempre a respeito da ordem (sequência) dessas etapas. Portanto, o foco é na
primeira coluna da tabela, ok? 😉

Veja só as três primeiras etapas:


Etapas Responsáveis Produto
1. Planejamento do
SOF
Processo de Elaboração
LDO Parâmetros Macroeconômicos
Metas fiscais (AMF) e Riscos fiscais (ARF)
Objetivos das políticas monetária, creditícia e
2. Definição de SOF; Órgãos Setoriais; ME; Casa
cambial
Macrodiretrizes Civil/ Presidência da República
Demonstrativo da estimativa da margem de
expansão das despesas obrigatórias de caráter
continuado (DOCC)
3. Revisão da Estrutura SOF e SEST; Órgãos Setoriais;
Estrutura programática do orçamento
Programática UOs

Para memorizar, pense assim:

1. Primeiro você planeja: você não começa nada sem antes planejar; 🧐

2. Depois você olha para o cenário macro e define macrodiretrizes;


3. Faça uma revisão da estrutura, porque se a estrutura for falha, o produto final será falho e todo o
trabalho terá sido em vão; 😕

Portanto, a questão está correta. A revisão da estrutura programática somente pode ocorrer depois da
definição das macrodiretrizes de governo.

Gabarito: Certo

7. CESPE – IFF - Administrador – 2018


No processo de elaboração da proposta orçamentária, a primeira etapa a ser cumprida consiste em
A) definição de macrodiretrizes.

B) revisão da estrutura programática.


C) elaboração de pré-proposta.

D) planejamento do processo de elaboração.


E) estimativa das necessidades de financiamento.
Comentários:
Você já se convenceu de que...

... o Cespe ADORA aquela tabela do MTO com as etapas do processo de elaboração do PLOA?

Acho que sim! 😅

Então vejamos:

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Etapas Responsáveis Produto


1. Planejamento do
SOF
Processo de Elaboração
LDO Parâmetros Macroeconômicos
Metas fiscais (AMF) e Riscos fiscais (ARF)
SOF; Órgãos Setoriais; ME; Objetivos das políticas monetária, creditícia e
2. Definição de
Casa Civil/ Presidência da cambial
Macrodiretrizes
República Demonstrativo da estimativa da margem de
expansão das despesas obrigatórias de caráter
continuado (DOCC)
3. Revisão da Estrutura SOF e SEST; Órgãos Setoriais;
Estrutura programática do orçamento
Programática UOs
4. Elaboração de Pré- SOF; ME; Órgãos Setoriais;
proposta UOs
SOF; Órgãos Setoriais; ME;
5. Avaliação da NFGC para a Estimativa das receitas e das despesas que
Casa Civil/ Presidência da
Proposta Orçamentária compõem a NFGC, para a proposta orçamentária
República
A primeira etapa é o planejamento do processo de elaboração! Primeiro você planeja: não comece nada
sem antes planejar! 🧐

Gabarito: D

8. CESPE – STJ - Técnico Judiciário – 2018

A respeito das técnicas, dos princípios e do ciclo orçamentários, julgue o item a seguir.
O ciclo orçamentário tem início com a preparação da proposta orçamentária e termina com o encerramento do
exercício financeiro.
Comentários:
Nada disso! O próprio Cespe já disse que:

O ciclo orçamentário inicia-se com a formulação do planejamento plurianual pelo Poder Executivo
e encerra-se com a avaliação da execução e do julgamento das contas.
Além disso,

O ciclo orçamentário não se confunde com exercício financeiro

Portanto, está tudo errado aí na questão! 😂

Gabarito: Errado

9. CESPE – STJ - Analista Judiciário – 2018

Acerca dos fundamentos de administração financeira e orçamentária, julgue o item a seguir.


A proposta orçamentária do Poder Legislativo deve ser apresentada ao Congresso Nacional pelo Poder
Executivo.
Comentários:

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Sim! 😃 A iniciativa é sempre do Poder Executivo. O Poder Legislativo, por exemplo, elabora a sua
proposta e a envia para o Poder Executivo, que fará a consolidação, realizará ajustes necessários e,
finalmente, encaminhará o projeto de lei de volta para o Poder Legislativo.
“Mas, professores, que coisa mais sem lógica. A proposta é do Poder Legislativo e ele tem que mandar para o
Poder Executivo para depois voltar pro Legislativo? Se vai voltar para lá, por que não fica logo lá?”
Porque a iniciativa é sempre do Poder Executivo! CF/88 é quem diz isso, olha só:
Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:

I - o plano plurianual;
II - as diretrizes orçamentárias;
III - os orçamentos anuais.

E o Poder Executivo é o responsável pela fase de elaboração da proposta orçamentária, o que significa
que é ele que organiza, consolida, faz ajustes e encaminha o projeto de leis orçamentárias para o Poder
Legislativo. Se cada Poder enviasse a sua proposta diretamente para o Poder Legislativo, imagina a bagunça
que ia ser. O Poder Legislativo é quem precisaria consolidar tudo e fazer os ajustes. 🧐

Gabarito: Certo

10. CESPE – STJ - Analista Judiciário – 2018

Acerca dos fundamentos de administração financeira e orçamentária, julgue o item a seguir.


O ciclo orçamentário começa a partir da mensagem presidencial que encaminha o projeto de lei orçamentária
ao Congresso Nacional.

Comentários:

O que?! Ciclo orçamentário começando a partir da mensagem presidencial? 🤨 E toda a elaboração das
propostas orçamentárias setoriais, a consolidação da proposta feita pelo Poder Executivo, todo o
planejamento... isso não faz parte do ciclo orçamentário?

É claro que faz! 😄

O ciclo orçamentário começa bem antes da mensagem presidencial que encaminha o projeto de lei
orçamentária ao Congresso Nacional. O ciclo orçamentário inicia-se com a formulação do planejamento
plurianual! 😄

Gabarito: Errado

11.CESPE – ABIN - Oficial Técnico de Inteligência – 2018


A respeito do ciclo orçamentário e das normas legais de orçamento, julgue o item seguinte.
A proposta orçamentária dos órgãos setoriais somente poderá ser elaborada depois que forem estimadas as
necessidades de financiamento do governo central.
Comentários:

De novo a tabela do MTO com as etapas do processo de elaboração do PLOA... 😅

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Só que agora o Cespe resolveu apelar um pouco e cobrou as etapas fora daquelas que julgamos as mais
importantes (1, 2, 3, 10 e 11). Veja só:
Etapas Responsáveis Produto
Estimativa das receitas e das despesas
5. Avaliação da NFGC para a SOF; Órgãos Setoriais; ME; Casa
que compõem a NFGC, para a proposta
Proposta Orçamentária Civil/ Presidência da República
orçamentária
6. Estudo, Definição e Divulgação
SOF; ME; Casa Civil/ Presidência
de Limites para a Proposta
da República
Setorial
Proposta orçamentária dos órgãos
7. Captação da Proposta Setorial UOs; Órgãos Setoriais
setoriais, detalhada no SIOP
8. Análise e Ajuste da Proposta Proposta orçamentária analisada, ajustada
SOF
Setorial e definida
Portanto, só depois de estimadas as Necessidades de Financiamento do Governo Central (NFGC) é que
poderá ser elaborada proposta orçamentária dos órgãos setoriais.
Gabarito: Certo

12. CESPE – CGM de João Pessoa – Técnico Municipal de Controle Interno – 2018

A respeito do orçamento público, julgue o item seguinte.


O ciclo orçamentário inicia-se com a elaboração do projeto de lei orçamentária e se encerra com a publicação
da lei do orçamento pelo Poder Executivo, após sua aprovação pelo Poder Legislativo.

Comentários:
Será? Vamos ver como é o nosso ciclo orçamentário ampliado (proposto pelo autor Osvaldo Maldonado
Sanches)?
1. formulação do planejamento plurianual, pelo Executivo;
2. apreciação e adequação do plano, pelo Legislativo;
3. proposição de metas e prioridades para a administração e da política de alocação de recursos pelo
Executivo;
4. apreciação e adequação da LDO, pelo Legislativo;
5. elaboração da proposta de orçamento, pelo Executivo;
6. apreciação, adequação e autorização legislativa;
7. execução dos orçamentos aprovados;
8. avaliação da execução e julgamento das contas.
Portanto:

O ciclo orçamentário inicia-se com a formulação do planejamento plurianual pelo Poder Executivo
e encerra-se com a avaliação da execução e do julgamento das contas.
Gabarito: Errado

13.CESPE – TCE-PE - Analista de Gestão – 2017


A respeito do ciclo, do processo e dos princípios do orçamento público, julgue o item subsequente.

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As metas e os riscos fiscais são gerados na etapa de planejamento do processo de elaboração do orçamento
anual.

Comentários:
Aqui o Cespe pegou pesado mesmo! Ele cobrou aquela tabelinha que ele adora, mas cobrou algo da
terceira coluna (produto gerados). 😔

Olha só o produto gerado pela 2ª etapa (definição de macrodiretrizes):


Etapas Responsáveis Produto
1. Planejamento do
SOF
Processo de Elaboração
LDO Parâmetros Macroeconômicos
Metas fiscais (AMF) e Riscos fiscais (ARF)
Objetivos das políticas monetária, creditícia e
2. Definição de SOF; Órgãos Setoriais; ME; Casa
cambial
Macrodiretrizes Civil/ Presidência da República
Demonstrativo da estimativa da margem de
expansão das despesas obrigatórias de caráter
continuado (DOCC)
Portanto, as metas e os riscos fiscais não são gerados na etapa de planejamento do processo de
elaboração do orçamento anual. São gerados na etapa de definição de macrodiretrizes.

Gabarito: Errado

14. CESPE – TCE-PE - Analista de Gestão – 2017

A respeito do ciclo, do processo e dos princípios do orçamento público, julgue o item subsequente.
Constituído por diversas etapas, desde a proposta orçamentária até a aprovação da lei orçamentária, o ciclo
orçamentário é, ao longo de todo exercício, um processo intermitente no que diz respeito a análises e decisões.
Comentários:
Você sabe o que é um processo intermitente? É um processo em que ocorrem interrupções, que cessa e
recomeça por intervalos. Um processo descontínuo!

E aí? O que você nos diz? O ciclo orçamentário é um processo intermitente? 🧐

Claro que não! O ciclo orçamentário é um processo contínuo, dinâmico e flexível!


Gabarito: Errado

15.CESPE – TCE-PE - Auditor de Controle Externo – 2017


Acerca dos instrumentos de planejamento e orçamento, julgue o item a seguir.

Para que determinada emenda ao projeto de lei orçamentária seja aprovada, é suficiente que ela tenha sido
apresentada na Comissão Mista de Orçamentos e não anule despesas de pessoal e encargos sociais, do serviço
da dívida ou de transferências constitucionais.
Comentários:

Será que é suficiente mesmo? 🤔

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A questão nos deu duas condições para que uma emenda ao PLOA seja aprovada:

• Que ela tenha sido apresentada na Comissão Mista de Orçamentos (CMO);


• E que ela não anule despesas de pessoal e encargos sociais, do serviço da dívida ou de
transferências constitucionais.

Então vejamos o que diz a nossa CF/88:

Art. 166, § 3º As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem somente
podem ser aprovadas caso:

I - sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias;

II - indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de despesa,


excluídas as que incidam sobre:

a) dotações para pessoal e seus encargos;

b) serviço da dívida;

c) transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e Distrito Federal; ou

III - sejam relacionadas:

a) com a correção de erros ou omissões; ou

b) com os dispositivos do texto do projeto de lei.

Portanto, veja que são três condições para que uma emenda seja aprovada, ou seja, as duas que a questão
trouxe não são suficientes! Faltou dizer que:

• as emendas devem ser compatíveis com o PPA e a LDO; e


• as emendas devem indicar os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de
anulação de despesa.

Gabarito: Errado

16. CESPE – TRE-BA - Analista Judiciário – 2017

O ciclo orçamentário é o período de tempo em que se processam as atividades típicas do orçamento público.
Em sua concepção ampliada — adotada pela Constituição Federal de 1988 —, tal ciclo desdobra-se em oito
fases. Uma dessas fases corresponde à elaboração da proposta de orçamento pelo Poder Executivo e a sua
submissão ao Poder Legislativo. Essa fase ocorre
A) juntamente com a proposição de metas e prioridades para a administração pelo Poder Executivo.
B) logo após a aprovação pelo Poder Legislativo da política de alocação de recursos proposta pelo Poder
Executivo.
C) logo após a apreciação e a adequação da lei de diretrizes orçamentárias pelo Poder Legislativo.

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D) imediatamente antes da execução do orçamento pelo Poder Executivo.


E) imediatamente após a apreciação e a aprovação do plano plurianual pelo Poder Legislativo.
Comentários:

Lá vem o Cespe de novo dizer que o ciclo ampliado está na Constituição Federal de 1988... 😒 Nós ainda
estamos procurando, mas beleza. Vejamos a questão.
Eis o ciclo orçamentário ampliado (composto por 8 fases):
1. formulação do planejamento plurianual, pelo Executivo;
2. apreciação e adequação do plano, pelo Legislativo;
3. proposição de metas e prioridades para a administração e da política de alocação de recursos pelo
Executivo;
4. apreciação e adequação da LDO, pelo Legislativo;
5. elaboração da proposta de orçamento, pelo Executivo;
6. apreciação, adequação e autorização legislativa;
7. execução dos orçamentos aprovados;
8. avaliação da execução e julgamento das contas.
A questão pergunta sobre a fase de elaboração da proposta de orçamento pelo Executivo, ou seja, nossa
5ª fase. Então vejamos as alternativas:
a) Errada. A proposição de metas e prioridades para a administração pelo Poder Executivo (“elaboração
da LDO”) é a 3ª fase, portanto ela não ocorre juntamente com a elaboração da proposta de orçamento (5ª fase).
b) Errada. Essa fase não está aí. A elaboração da proposta de orçamento vem logo após a apreciação e
adequação da LDO.
c) Correta. Depois da apreciação e adequação da LDO, pelo Legislativo (4ª fase) vem a elaboração da
proposta de orçamento (5ª fase).
d) Errada. Primeiro o orçamento é elaborado, depois é executado. A execução dos orçamentos aprovados
é a 7ª fase.
e) Errada. Imediatamente após a apreciação e a aprovação do plano plurianual pelo Poder Legislativo (2ª
fase) vem a proposição de metas e prioridades para a administração pelo Poder Executivo (“elaboração da
LDO”).

Gabarito: C

17.CESPE – SEDF - Professor – 2017


Acerca do orçamento público, julgue o item seguinte.

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O ciclo orçamentário é um processo contínuo, dinâmico e flexível, em que são avaliados os aspectos físicos e
financeiros dos programas do setor público.

Comentários:
O ciclo orçamentário é o período de tempo em que se lavram as atividades características do orçamento
público de elaboração, aprovação, execução e controle/avaliação. Essas etapas que se repetem
periodicamente, nunca acaba e nem tem data fixa para acabar ou começar. Por isso, o ciclo orçamentário é
um processo contínuo, dinâmico e flexível!

Na etapa de controle e avaliação da execução orçamentária (4ª etapa) a programação de dispêndios do


setor público (o que ele vai fazer, como ele vai gastar) é avaliada. Por isso, a questão está mesmo correta!

Gabarito: Certo

18. CESPE – TCE-PR - Analista de Controle – 2016


As leis que instituem o ciclo orçamentário são de proposição exclusiva do Poder Legislativo.
Comentários:

Essa foi só para você gravar:

A iniciativa das leis orçamentárias é sempre do Poder Executivo (e não do Poder Legislativo)

Só para você confirmar (CF/88):

Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:

I - o plano plurianual;

II - as diretrizes orçamentárias;

III - os orçamentos anuais.

Gabarito: Errado

19. CESPE – TCE-PA - Auditor de Controle Externo – 2016

A respeito do orçamento público, instrumento de gestão de maior relevância da administração pública, julgue
o item a seguir.
O ciclo orçamentário é constituído de uma sequência de quatro fases, ou etapas, que devem ser cumpridas
como parte do processo orçamentário: elaboração, aprovação, execução e acompanhamento.
Comentários:

Mais uma questão maldosa do Cespe! 😫

Vamos ver quais são as quatro fases do ciclo orçamentário?


1. Elaboração da proposta orçamentária;
2. Discussão, votação e aprovação do projeto de lei orçamentária;
3. Execução orçamentária;

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4. Controle e avaliação da execução orçamentária.


Veja que a última fase se chama “controle e avaliação”, e não “acompanhamento”.

“Mas, professores, acompanhamento não é a mesma coisa que controle e avaliação? Não são sinônimos?”
🤨

Mais ou menos. 😕

Ao estudar Direito Administrativo, você aprende que o controle pode ser prévio, concomitante ou
posterior. A palavra “acompanhamento” dá ideia de controle concomitante (pense em: acompanhamento
em tempo real), ao passo que a fase de controle e avaliação da execução orçamentária abrangeria todos os
três momentos de controle, mas principalmente o controle posterior.
Gabarito: Errado

20. CESPE – TCE-PA - Auditor de Controle Externo – 2016

A respeito do orçamento público, instrumento de gestão de maior relevância da administração pública, julgue
o item a seguir.
O processo orçamentário envolve a fase de elaboração das leis orçamentárias e a fase de execução
orçamentária.
Comentários:

Sim! 😃 Essas (elaboração das leis orçamentárias e a fase de execução orçamentária) são duas das quatro
fases do nosso processo (ou ciclo) orçamentário. Quer ver? 😄

• Elaboração da proposta orçamentária;


• Discussão, votação e aprovação do projeto de lei orçamentária;
• Execução orçamentária;
• Controle e avaliação da execução orçamentária.
Gabarito: Certo

21. CESPE – TCE-SC - Auditor de Controle Externo – 2016

Acerca de finanças públicas e orçamento público, julgue o item a seguir.


A revisão da estrutura programática do projeto da lei orçamentária anual deve ser feita após a definição e a
divulgação dos limites das propostas setoriais.
Comentários:
Mais uma questão da tabelinha que o Cespe adora! A tabela do MTO com as etapas do processo de
elaboração do PLOA. Então vamos lá:

Etapas Responsáveis Produto


1. Planejamento do Processo de
SOF
Elaboração

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LDO Parâmetros Macroeconômicos


Metas fiscais (AMF) e Riscos fiscais (ARF)
SOF; Órgãos Setoriais; ME; Objetivos das políticas monetária, creditícia e
2. Definição de Macrodiretrizes Casa Civil/ Presidência da cambial
República Demonstrativo da estimativa da margem de
expansão das despesas obrigatórias de caráter
continuado (DOCC)
3. Revisão da Estrutura SOF e SEST; Órgãos
Estrutura programática do orçamento
Programática Setoriais; UOs
SOF; ME; Órgãos Setoriais;
4. Elaboração de Pré-proposta
UOs
SOF; Órgãos Setoriais; ME; Estimativa das receitas e das despesas que
5. Avaliação da NFGC para a
Casa Civil/ Presidência da compõem a NFGC, para a proposta
Proposta Orçamentária
República orçamentária
6. Estudo, Definição e
SOF; ME; Casa Civil/
Divulgação de Limites para a
Presidência da República
Proposta Setorial
Veja que a etapa de revisão da estrutura programática vem antes da definição e a divulgação dos limites
das propostas setoriais, ao contrário do que afirma a questão.
Gabarito: Errado

22. CESPE – TRT 8 - Técnico Judiciário – 2016


Conforme a CF, os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento anual
e aos créditos adicionais deverão ser apreciados, na forma do regimento comum, pelo(a):
A) Câmara Federal e pela Presidência da República.
B) Senado Federal e pela Procuradoria-Geral da República.
C) Câmara Federal e pelo Senado Federal.
D) Câmara Federal e pelo Tribunal de Contas da União.

E) Tribunal de Contas da União e pelo Senado Federal.


Comentários:

Opa! O examinador exigiu que você conhecesse o seguinte dispositivo constitucional:

Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento anual
e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na forma do
regimento comum.

Atenção: no âmbito federal, esses projetos serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional.
Não é só pela Câmara dos Deputados e nem só pelo Senado Federal. É pelas duas! 🧐 E será na forma do
regimento comum, ok? 🤓

Só com isso nós já encontramos nosso gabarito na alternativa C. Esses projetos de lei serão apreciados
pela Câmara Federal e pelo Senado Federal. 😉

Gabarito: C

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23.CESPE – Telebras - Contador – 2015


A respeito do ciclo orçamentário e todas as fases que o compõem, julgue o item que se segue.

O exercício financeiro coincide com o ano civil, ao passo que o ciclo orçamentário tem duração variável em
função das várias fases de elaboração da proposta orçamentária, que incluem a apreciação, a aprovação, o
controle e a avaliação do orçamento.
Comentários:
Vejamos novamente o texto da questão: “o exercício financeiro coincide com o ano civil, ao passo que o
ciclo orçamentário tem duração variável (...)”. A questão está certa até aqui! 😅

Agora é que vem o problema: “em função das várias fases de elaboração da proposta orçamentária, que
incluem a apreciação, a aprovação, o controle e a avaliação do orçamento”.
Primeiro: o ciclo orçamentário tem duração variável não tem duração variável só por causa da fase de
elaboração. A fase de controle e avaliação também pode demorar bastante e ela não possui prazo limite.
Lembra das contas do ex-presidente Fernando Collor (1990-1992)? Pois é, esse ciclo orçamentário ainda não
acabou! 😳).

Segundo: a fase elaboração não inclui as fases de apreciação, a aprovação, o controle e a avaliação. São
fases distintas!
Gabarito: Errado

24. CESPE – DEPEN - Agente Penitenciário Federal – 2015


Com relação ao disposto na CF acerca de ciclo orçamentário e orçamento público, julgue o item subsecutivo.

Compete ao Poder Legislativo propor, no ciclo orçamentário, as metas e as prioridades para a administração
pública.

Comentários:
Compete ao Poder Executivo propor, no ciclo orçamentário, as metas e as prioridades para a
administração pública. O Poder Executivo é quem é responsável pela elaboração da proposta orçamentária,
incluindo as leis do PPA, LDO e LOA.

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•Legislativo •Executivo

Controle e
Elaboração
avaliação

Discussão,
Execução votação,
aprovação

•Executivo •Legislativo

Quando a questão falou em metas e as prioridades (MP) para a administração pública, ela se referiu à Lei
de Diretrizes Orçamentárias (LDO), cuja elaboração é de responsabilidade do Poder Executivo.

Gabarito: Errado

25.CESPE – ANTAQ - Técnico Administrativo – 2014


Acerca do processo orçamentário e da receita e despesa públicas, julgue o item seguinte.
O projeto de lei do plano plurianual da União deve ser encaminhado até quatro meses antes do encerramento
do primeiro exercício financeiro de cada mandato do chefe do executivo e devolvido, para sanção, até o
encerramento da sessão legislativa. Esse prazo não é obrigatório para os demais entes da Federação.

Comentários:
É isso mesmo! Senão vejamos (ADCT):

Art. 35, § 2º Até a entrada em vigor da lei complementar a que se refere o art. 165, § 9º, I e II, serão
obedecidas as seguintes normas:

I - o projeto do plano plurianual, para vigência até o final do primeiro exercício financeiro do mandato
presidencial subsequente, será encaminhado até quatro meses antes do encerramento do primeiro
exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento da sessão legislativa;

O detalhe é que esses prazos (de encaminhamento e devolução para sanção) não são obrigatórios para
os demais entes da Federação! Isso significa que prevalecerão os prazos estabelecidos nas Constituições
Estaduais e Leis Orgânicas Municipais e do Distrito Federal. Por outro lado, a vigência das leis orçamentárias é
de observância obrigatória, ou seja, em todo o Brasil, o PPA terá vigência de 4 anos, a LDO terá vigência de 1
ano e meio, e a LOA terá vigência de 1 ano.
Gabarito: Certo

26. CESPE – MDIC - Agente Administrativo – 2014

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No que se refere ao ciclo orçamentário, julgue o item a seguir.


A duração do ciclo orçamentário é superior a um exercício financeiro, ou seja, o ciclo orçamentário não coincide
com o ano civil.
Comentários:

Alertamos sobre isso! 😄

Observe o disposto na Lei 4.320/64:

Art. 34. O exercício financeiro coincidirá com o ano civil.

Isso significa que o exercício financeiro começa em 1º de janeiro e termina em 31 de dezembro de cada
ano. Mas o ciclo orçamentário é diferente. Ele ultrapassa o exercício financeiro. Um ciclo orçamentário só
termina com o controle e avalição da execução orçamentária (julgamento das contas prestadas) e isso pode
demorar anos!
Portanto:

O ciclo orçamentário não se confunde com exercício financeiro

Gabarito: Certo

27.CESPE – STF - Analista Judiciário – 2013


A respeito do ciclo orçamentário, que é uma premissa utilizada pela SOF para nortear o desenvolvimento do
seu processo de trabalho de elaboração da proposta orçamentária em cada exercício, e das técnicas
orçamentárias disponíveis para elaboração do orçamento público, julgue os itens subsecutivos.

Nos termos da CF, o ciclo orçamentário desdobra-se em oito fases, cada uma com ritmo próprio, finalidade
distinta e periodicidade definida.
Comentários:

Olha só o Cespe utilizando o trabalho do nosso querido Osvaldo Maldonado Sanches! 😄 Esse autor criou
o que ele chama de ciclo orçamentário ampliado, o qual se desdobra em 8 fases:
1. formulação do planejamento plurianual, pelo Executivo;
2. apreciação e adequação do plano, pelo Legislativo;
3. proposição de metas e prioridades para a administração e da política de alocação de recursos pelo
Executivo;
4. apreciação e adequação da LDO, pelo Legislativo;
5. elaboração da proposta de orçamento, pelo Executivo;
6. apreciação, adequação e autorização legislativa;
7. execução dos orçamentos aprovados;
8. avaliação da execução e julgamento das contas.
Segundo o autor, tais fases são insuscetíveis de aglutinação, dado que cada uma possui ritmo próprio,
finalidade distinta e periodicidade definida.

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E aí, foi igual ou não ao que foi citado na questão? 😅

Portanto, a questão está correta. Ela só tem um “probleminha” que nos deixa coçando a cabeça 😑. Ela
afirma que o ciclo orçamentário se desdobra em oito fases, “nos termos da CF”. Nós nunca encontramos
dispositivo algum da CF/88 que afirma isso. Você já encontrou? 🤔 Se sim, nos diga! Mas aparentemente o
Cespe já encontrou! 😂 Ressalte-se que isso não invalida a questão. 😉

Gabarito: Certo

28. CESPE – IBAMA - Analista Administrativo – 2013

No Brasil, o orçamento público assumiu características peculiares, principalmente após a promulgação da CF.
Com base nessas informações, julgue o item que se segue.
O projeto de Lei Orçamentária Anual (LOA) deve ser aprovado em sessões ordinárias ou extraordinárias
separadas, primeiramente no plenário da Câmara dos Deputados, em seguida no plenário do Senado Federal.
Comentários:

O que? Que viagem foi essa aí do examinador? 😂

A verdade é que (CF/88):

Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento anual
e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na forma do
regimento comum.

Gabarito: Errado

29. CESPE – CNJ - Analista Judiciário – 2013

Considerando que João seja responsável pela elaboração da proposta orçamentária de um tribunal federal, que
irá compor o projeto de lei orçamentária anual (LOA) para 2014, julgue os itens que se seguem à luz do disposto
na CF, na Lei n.º 4.320/1964 e na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).
Elaborada a proposta orçamentária de todos os órgãos, entidades e poderes federais, o projeto de lei
orçamentária deve ser encaminhado ao Congresso Nacional, que poderá fazer alterações na proposta, inclusive
para reduzir as despesas com investimentos dos tribunais.
Comentários:
“Eita, professores! O Poder Legislativo pode reduzir as despesas com investimentos dos tribunais? Cadê a
separação dos Poderes?” 🤨

Ah! O Poder Legislativo são os representantes do povo! E você deve sempre lembrar que (CF/88):

Art. 1º, Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos
ou diretamente, nos termos desta Constituição.

A separação dos Poderes não se aplica aqui. Estamos na fase de discussão, votação e aprovação do
projeto de lei orçamentária e os parlamentares possuem sim a prerrogativa de emendá-lo.

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E também não há regra que disponha o contrário (afirmando que o Poder Legislativo não pode diminuir
as despesas de outros Poderes). O que existe é a seguinte regra, estabelecida pela Lei 4.320/64:

Art. 33. Não se admitirão emendas ao projeto de Lei de Orçamento que visem a:

a) alterar a dotação solicitada para despesa de custeio, salvo quando provada, nesse ponto a inexatidão
da proposta;

b) conceder dotação para o início de obra cujo projeto não esteja aprovado pelos órgãos competentes;

c) conceder dotação para instalação ou funcionamento de serviço que não esteja anteriormente
criado;

d) conceder dotação superior aos quantitativos previamente fixados em resolução do Poder


Legislativo para concessão de auxílios e subvenções.

Veja que não há vedação alguma à realização de alterações na proposta para reduzir as despesas com
investimentos dos tribunais. Se estivéssemos falando de despesas de custeio, aí sim teríamos um problema,
pois essa emenda não seria admitida (salvo quando provada, nesse ponto a inexatidão da proposta).
Gabarito: Certo

30. CESPE – TCE-ES – Auditor – 2012

No que se refere à atuação do Estado nas finanças públicas e ao orçamento público, julgue o item que se segue.
A proposta de alteração de procedimento de elaboração, discussão, aprovação e execução do orçamento
público no Brasil deve ser apresentada por meio de projeto de lei complementar.
Comentários:
Muita atenção aqui! A questão não está falando na forma em que o projeto de lei do orçamento público
deve tomar. Ela está falando do procedimento de elaboração, discussão, aprovação e execução do orçamento
público.

Como é possível alterar esse procedimento?


Por meio de uma lei complementar!

“Por que, professores?” 🤔

Porque a CF/88 exigiu que esse tema fosse regulado por lei complementar (CF/88, art. 165, § 9º):
§ 9º Cabe à lei complementar:
I - dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a organização do plano
plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e da lei orçamentária anual;
Gabarito: Certo

31.CESPE – TRE-RJ – Analista Judiciário – 2012

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No Brasil, o processo de elaboração, aprovação, execução e controle do orçamento público obedece a regras
específicas definidas na CF e na legislação infraconstitucional. Com base nessas normas, julgue o item seguinte.

A apresentação da lei orçamentária anual no caso da União é de iniciativa privativa do presidente da República,
mas esse poder é vinculado aos prazos determinados pela legislação e o não cumprimento desses prazos
constitui crime de responsabilidade.
Comentários:
Sim!
A iniciativa de lei é privativa do Presidente da República (aqui não existe essa história de que
competência privativa é delegável e competência exclusiva é indelegável). Veja só (CF/88):

Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República:

XXIII - enviar ao Congresso Nacional o plano plurianual, o projeto de lei de diretrizes orçamentárias e
as propostas de orçamento previstos nesta Constituição;

E essa iniciativa também é vinculada, pois o Presidente da República é obrigado a apresentar os projetos
de leis orçamentárias (PPA, LDO e LOA) até o prazo estabelecido.
“E se o Presidente não enviar a proposta dentro do prazo? O que acontece?”
Duas coisas!

Primeiro: o Poder Legislativo considerará como proposta a Lei de Orçamento vigente, conforme a Lei
4.320/64):
Art. 32. Se não receber a proposta orçamentária no prazo fixado nas Constituições ou nas Leis Orgânicas
dos Municípios, o Poder Legislativo considerará como proposta a Lei de Orçamento vigente.
Segundo: o Presidente da República incorre em crime de responsabilidade (é por isso que, na prática, ele
não perde esse prazo “nem a pau”! 😂)

Esse é o nosso caso 3, que vimos em nossa aula. Relembre:

• Caso 3: chefe do Executivo não encaminhou o projeto de lei orçamentária ao Poder Legislativo
dentro do prazo;
• Caso 4: projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) não foi sancionada até 31 de dezembro.

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Portanto, a questão está toda correta!


Gabarito: Certo

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Questões CESPE

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Lista de Questões - CESPE


1. CESPE – TCE-MG – Analista de Controle Externo – 2018
Em relação ao ciclo orçamentário e ao processo orçamentário, julgue os itens subsequentes.
I O chefe do Poder Executivo poderá enviar mensagem ao Poder Legislativo para propor modificação nos
projetos de lei orçamentária enquanto não iniciada a discussão da parte para a qual se propõe alteração.
II A iniciativa dos projetos de lei do plano plurianual, das diretrizes orçamentárias e do orçamento anual cabe
ao chefe do Poder Executivo em cada um dos poderes.
III É possível utilizar o superávit financeiro do exercício anterior como fonte de recursos para emenda ao
orçamento anual.
IV Metade das emendas individuais dos parlamentares a projeto de lei orçamentária deve ser destinada a
ações e serviços públicos de saúde.
Estão certos apenas os itens
A) I e II.
B) I e III.
C) II e IV.
D) I, III e IV.

E) II, III e IV

2. CESPE – CGM de João Pessoa – Procurador do Município – 2018

No âmbito federal, emendas a projeto de lei orçamentária anual (LOA) somente poderão ser apresentadas ao
plenário das duas Casas do Congresso Nacional, que as apreciarão na forma do regimento comum.

3. CESPE – CGM de João Pessoa – Procurador do Município – 2018


Emendas a projeto de lei orçamentária anual (LOA) devem indicar os recursos necessários, sendo admitida
como fonte a anulação de despesa para pessoal e seus encargos.

4. CESPE – MPE-PI – Técnico Ministerial – 2018

Julgue o item seguinte, relativo ao orçamento público.


O projeto de lei orçamentária anual independe de sanção ou veto do chefe do Poder Executivo, sendo
diretamente promulgado pelas mesas do Congresso Nacional

5. CESPE – Polícia Federal - Perito Criminal Federal – 2018


Julgue o item que se segue, relativo à administração financeira e orçamentária brasileira.

O ciclo orçamentário inicia-se com a definição das macrodiretrizes e encerra-se com a mensagem presidencial
comunicando a aprovação do orçamento anual.

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6. CESPE – IPHAN - Analista I - Área 5 – 2018

Acerca das noções elementares de orçamento público, julgue o item a seguir.

A revisão da estrutura programática somente pode ocorrer depois da definição das macrodiretrizes de governo.

7. CESPE – IFF - Administrador – 2018

No processo de elaboração da proposta orçamentária, a primeira etapa a ser cumprida consiste em


A) definição de macrodiretrizes.
B) revisão da estrutura programática.

C) elaboração de pré-proposta.
D) planejamento do processo de elaboração.
E) estimativa das necessidades de financiamento.

8. CESPE – STJ - Técnico Judiciário – 2018

A respeito das técnicas, dos princípios e do ciclo orçamentários, julgue o item a seguir.
O ciclo orçamentário tem início com a preparação da proposta orçamentária e termina com o encerramento do
exercício financeiro.

9. CESPE – STJ - Analista Judiciário – 2018

Acerca dos fundamentos de administração financeira e orçamentária, julgue o item a seguir.


A proposta orçamentária do Poder Legislativo deve ser apresentada ao Congresso Nacional pelo Poder
Executivo.

10. CESPE – STJ - Analista Judiciário – 2018


Acerca dos fundamentos de administração financeira e orçamentária, julgue o item a seguir.

O ciclo orçamentário começa a partir da mensagem presidencial que encaminha o projeto de lei orçamentária
ao Congresso Nacional.

11.CESPE – ABIN - Oficial Técnico de Inteligência – 2018


A respeito do ciclo orçamentário e das normas legais de orçamento, julgue o item seguinte.
A proposta orçamentária dos órgãos setoriais somente poderá ser elaborada depois que forem estimadas as
necessidades de financiamento do governo central.

12. CESPE – CGM de João Pessoa – Técnico Municipal de Controle Interno – 2018
A respeito do orçamento público, julgue o item seguinte.

O ciclo orçamentário inicia-se com a elaboração do projeto de lei orçamentária e se encerra com a publicação
da lei do orçamento pelo Poder Executivo, após sua aprovação pelo Poder Legislativo.

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13.CESPE – TCE-PE - Analista de Gestão – 2017


A respeito do ciclo, do processo e dos princípios do orçamento público, julgue o item subsequente.

As metas e os riscos fiscais são gerados na etapa de planejamento do processo de elaboração do orçamento
anual.

14. CESPE – TCE-PE - Analista de Gestão – 2017

A respeito do ciclo, do processo e dos princípios do orçamento público, julgue o item subsequente.
Constituído por diversas etapas, desde a proposta orçamentária até a aprovação da lei orçamentária, o ciclo
orçamentário é, ao longo de todo exercício, um processo intermitente no que diz respeito a análises e decisões

15.CESPE – TCE-PE - Auditor de Controle Externo – 2017


Acerca dos instrumentos de planejamento e orçamento, julgue o item a seguir.

Para que determinada emenda ao projeto de lei orçamentária seja aprovada, é suficiente que ela tenha sido
apresentada na Comissão Mista de Orçamentos e não anule despesas de pessoal e encargos sociais, do serviço
da dívida ou de transferências constitucionais.

16. CESPE – TRE-BA - Analista Judiciário – 2017


O ciclo orçamentário é o período de tempo em que se processam as atividades típicas do orçamento público.
Em sua concepção ampliada — adotada pela Constituição Federal de 1988 —, tal ciclo desdobra-se em oito
fases. Uma dessas fases corresponde à elaboração da proposta de orçamento pelo Poder Executivo e a sua
submissão ao Poder Legislativo. Essa fase ocorre
A) juntamente com a proposição de metas e prioridades para a administração pelo Poder Executivo.
B) logo após a aprovação pelo Poder Legislativo da política de alocação de recursos proposta pelo Poder
Executivo.
C) logo após a apreciação e a adequação da lei de diretrizes orçamentárias pelo Poder Legislativo.
D) imediatamente antes da execução do orçamento pelo Poder Executivo.
E) imediatamente após a apreciação e a aprovação do plano plurianual pelo Poder Legislativo.

17.CESPE – SEDF - Professor – 2017


Acerca do orçamento público, julgue o item seguinte.
O ciclo orçamentário é um processo contínuo, dinâmico e flexível, em que são avaliados os aspectos físicos e
financeiros dos programas do setor público.

18. CESPE – TCE-PR - Analista de Controle – 2016

As leis que instituem o ciclo orçamentário são de proposição exclusiva do Poder Legislativo.

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19. CESPE – TCE-PA - Auditor de Controle Externo – 2016

A respeito do orçamento público, instrumento de gestão de maior relevância da administração pública, julgue
o item a seguir.
O ciclo orçamentário é constituído de uma sequência de quatro fases, ou etapas, que devem ser cumpridas
como parte do processo orçamentário: elaboração, aprovação, execução e acompanhamento.

20. CESPE – TCE-PA - Auditor de Controle Externo – 2016

A respeito do orçamento público, instrumento de gestão de maior relevância da administração pública, julgue
o item a seguir.
O processo orçamentário envolve a fase de elaboração das leis orçamentárias e a fase de execução
orçamentária.

21. CESPE – TCE-SC - Auditor de Controle Externo – 2016


Acerca de finanças públicas e orçamento público, julgue o item a seguir.

A revisão da estrutura programática do projeto da lei orçamentária anual deve ser feita após a definição e a
divulgação dos limites das propostas setoriais.

22. CESPE – TRT 8 - Técnico Judiciário – 2016

Conforme a CF, os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento anual
e aos créditos adicionais deverão ser apreciados, na forma do regimento comum, pelo(a):

A) Câmara Federal e pela Presidência da República.


B) Senado Federal e pela Procuradoria-Geral da República.
C) Câmara Federal e pelo Senado Federal.

D) Câmara Federal e pelo Tribunal de Contas da União.


E) Tribunal de Contas da União e pelo Senado Federal.

23. CESPE – Telebras - Contador – 2015

A respeito do ciclo orçamentário e todas as fases que o compõem, julgue o item que se segue.
O exercício financeiro coincide com o ano civil, ao passo que o ciclo orçamentário tem duração variável em
função das várias fases de elaboração da proposta orçamentária, que incluem a apreciação, a aprovação, o
controle e a avaliação do orçamento.

24. CESPE – DEPEN - Agente Penitenciário Federal – 2015

Com relação ao disposto na CF acerca de ciclo orçamentário e orçamento público, julgue o item subsecutivo.
Compete ao Poder Legislativo propor, no ciclo orçamentário, as metas e as prioridades para a administração
pública.

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25. CESPE – ANTAQ - Técnico Administrativo – 2014


Acerca do processo orçamentário e da receita e despesa públicas, julgue o item seguinte. O projeto de lei do
plano plurianual da União deve ser encaminhado até quatro meses antes do encerramento do primeiro
exercício financeiro de cada mandato do chefe do executivo e devolvido, para sanção, até o encerramento da
sessão legislativa. Esse prazo não é obrigatório para os demais entes da Federação.

26. CESPE – MDIC - Agente Administrativo – 2014


No que se refere ao ciclo orçamentário, julgue o item a seguir. A duração do ciclo orçamentário é superior a um
exercício financeiro, ou seja, o ciclo orçamentário não coincide com o ano civil.

27. CESPE – STF - Analista Judiciário – 2013


A respeito do ciclo orçamentário, que é uma premissa utilizada pela SOF para nortear o desenvolvimento do
seu processo de trabalho de elaboração da proposta orçamentária em cada exercício, e das técnicas
orçamentárias disponíveis para elaboração do orçamento público, julgue os itens subsecutivos.
Nos termos da CF, o ciclo orçamentário desdobra-se em oito fases, cada uma com ritmo próprio, finalidade
distinta e periodicidade definida.

28. CESPE – IBAMA - Analista Administrativo – 2013


No Brasil, o orçamento público assumiu características peculiares, principalmente após a promulgação da CF.
Com base nessas informações, julgue o item que se segue. O projeto de Lei Orçamentária Anual (LOA) deve
ser aprovado em sessões ordinárias ou extraordinárias separadas, primeiramente no plenário da Câmara dos
Deputados, em seguida no plenário do Senado Federal.

29. CESPE – CNJ - Analista Judiciário – 2013


Considerando que João seja responsável pela elaboração da proposta orçamentária de um tribunal federal, que
irá compor o projeto de lei orçamentária anual (LOA) para 2014, julgue os itens que se seguem à luz do disposto
na CF, na Lei n.º 4.320/1964 e na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).
Elaborada a proposta orçamentária de todos os órgãos, entidades e poderes federais, o projeto de lei
orçamentária deve ser encaminhado ao Congresso Nacional, que poderá fazer alterações na proposta, inclusive
para reduzir as despesas com investimentos dos tribunais.

30. CESPE – TCE-ES – Auditor – 2012


No que se refere à atuação do Estado nas finanças públicas e ao orçamento público, julgue o item que se segue.
A proposta de alteração de procedimento de elaboração, discussão, aprovação e execução do orçamento
público no Brasil deve ser apresentada por meio de projeto de lei complementar.

31.CESPE – TRE-RJ – Analista Judiciário – 2012


No Brasil, o processo de elaboração, aprovação, execução e controle do orçamento público obedece a regras
específicas definidas na CF e na legislação infraconstitucional. Com base nessas normas, julgue o item seguinte.
A apresentação da lei orçamentária anual no caso da União é de iniciativa privativa do presidente da República,
mas esse poder é vinculado aos prazos determinados pela legislação e o não cumprimento desses prazos
constitui crime de responsabilidade.

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Gabarito - CESPE
1. Anulada 12. Errado 23. Errado
2. Errado 13. Errado 24. Errado
3. Errado 14. Errado 25. Certo
4. Errado 15. Errado 26. Certo
5. Errado 16. C 27. Certo
6. Certo 17. Certo 28. Errado
7. D 18. Errado 29. Certo
8. Errado 19. Errado 30. Certo
9. Certo 20. Certo 31. Certo
10. Errado 21. Errado
11. Certo 22. C

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Resumo direcionado
O ciclo orçamentário é um processo contínuo, dinâmico e flexível. O nosso ciclo orçamentário é
composto por 4 etapas (ou fases):
1. Elaboração da proposta orçamentária;
2. Discussão, votação e aprovação do projeto de lei orçamentária;
3. Execução orçamentária;
4. Controle e avaliação da execução orçamentária.

•Legislativo •Executivo

Controle e
Elaboração
avaliação

Discussão,
Execução votação,
aprovação

•Executivo •Legislativo

Ciclo orçamentário não se confunde com exercício financeiro:

• 4 etapas: elaboração, aprovação, execução e


Ciclo orçamentário controle.

Exercício financeiro • Coincidirá com o ano civil

ELABORAÇÃO DA PROPOSTA ORÇAMENTÁRIA


Quem elabora a proposta orçamentária é o Poder Executivo. A iniciativa das leis orçamentárias é sempre
do Poder Executivo, mais especificamente do chefe do Poder Executivo.

A iniciativa das leis orçamentárias, além de exclusiva do chefe do Poder Executivo, é vinculada (pois este
é obrigado a apresentar os projetos de leis orçamentárias (PPA, LDO e LOA) até o prazo estabelecido).
O Poder Executivo é quem vai cuidar da elaboração da proposta orçamentária de todos os Poderes. O
Poder Legislativo, o Poder Judiciário e demais entidades dotadas de autonomia não encaminham a sua
proposta orçamentária diretamente para o Poder Legislativo.

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Órgãos e entidades Poder Poder


(com autonomia) Executivo Legislativo

Consolida as
Elaboram a sua
propostas e realiza
proposta orçamentária
ajustes

Elaboração da proposta orçamentária

4 meses antes do
Para o Executivo
encerramento do exercício
encaminhar ao Legislativo
financeiro
PPA* e LOA
Para o Legislativo devolver encerramento da sessão
ao Executivo para sanção legislativa

Prazos
8 ½ meses antes do
Para o Executivo
encerramento do exercício
encaminhar ao Legislativo
financeiro
LDO
encerramento do primeiro
Para o Legislativo devolver
período da sessão
ao Executivo para sanção
legislativa

*PPA é elaborado a cada 4 anos

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Propostas orçamentárias dos demais Poderes


CF/88:
Art. 99. Ao Poder Judiciário é assegurada autonomia administrativa e financeira.
§ 1º Os tribunais elaborarão suas propostas orçamentárias dentro dos limites estipulados
conjuntamente com os demais Poderes na lei de diretrizes orçamentárias.
§ 2º O encaminhamento da proposta, ouvidos os outros tribunais interessados, compete:
I - no âmbito da União, aos Presidentes do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores, com a
aprovação dos respectivos tribunais;
II - no âmbito dos Estados e no do Distrito Federal e Territórios, aos Presidentes dos Tribunais de Justiça,
com a aprovação dos respectivos tribunais.
Art. 127, § 3º O Ministério Público elaborará sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos
na lei de diretrizes orçamentárias.
Art. 134, § 2º Às Defensorias Públicas Estaduais são asseguradas autonomia funcional e administrativa e
a iniciativa de sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes
orçamentárias e subordinação ao disposto no art. 99, § 2º.

Não encaminhamento das propostas e propostas fora dos limites estabelecidos na LDO

A elaboração da LOA não está condicionada à aprovação da LDO.

Caso 1: demais Poderes e


órgãos independentes não
• o Poder Executivo considerará os valores
encaminharam suas propostas
aprovados na lei orçamentária vigente
para o Poder Executivo dentro
do prazo

Caso 2: propostas em desacordo


• o Poder Executivo procederá aos ajustes
com os limites estabelecidos na
necessários para fins de consolidação
LDO

Caso 3: chefe do Executivo não


encaminhou o projeto de lei • o Poder Legislativo considerará como proposta a Lei de
orçamentária ao Poder Orçamento vigente. Crime de responsabilidade
Legislativo dentro do prazo

Caso 4:projeto de Lei • a programação do PLOA poderá ser executada (algumas


Orçamentária Anual (PLOA) não despesas poderão ser executadas integralmente e outras
foi sancionada até 31 de até o limite de 1/12 do valor previsto para cada órgão no
dezembro. PLOA.

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Etapas do processo de elaboração do projeto de Lei Orçamentária Anual


O foco é na ordem (sequência) das etapas (primeira coluna). Segue abaixo a tabela resumida:
Etapas Responsáveis Produto
1. Planejamento do Processo de
SOF
Elaboração
LDO Parâmetros Macroeconômicos
Metas fiscais (AMF) e Riscos fiscais (ARF)
SOF; Órgãos Setoriais; ME; Objetivos das políticas monetária, creditícia e
2. Definição de Macrodiretrizes Casa Civil/ Presidência da cambial
República Demonstrativo da estimativa da margem de
expansão das despesas obrigatórias de caráter
continuado (DOCC)
3. Revisão da Estrutura SOF e SEST; Órgãos
Estrutura programática do orçamento
Programática Setoriais; UOs
SOF; ME; Órgãos Setoriais;
4. Elaboração de Pré-proposta
UOs
SOF; Órgãos Setoriais; ME; Estimativa das receitas e das despesas que
5. Avaliação da NFGC para a
Casa Civil/ Presidência da compõem a NFGC, para a proposta
Proposta Orçamentária
República orçamentária
6. Estudo, Definição e
SOF; ME; Casa Civil/
Divulgação de Limites para a
Presidência da República
Proposta Setorial
Proposta orçamentária dos órgãos setoriais,
7. Captação da Proposta Setorial UOs; Órgãos Setoriais
detalhada no SIOP
8. Análise e Ajuste da Proposta Proposta orçamentária analisada, ajustada e
SOF
Setorial definida
9. Fechamento, Proposta orçamentária aprovada pelo MP e
Compatibilização e SOF; ME; Casa Civil/ pela Presidência da República, fonteada,
Consolidação da Proposta Presidência da República consolidada e compatibilizada em consonância
Orçamentária com a CF, o PPA, a LDO e a LRF
10. Elaboração e Formalização SOF e SEST; Órgãos Mensagem presidencial, texto e anexos do
da Mensagem Presidencial e do Setoriais; Casa Civil/ PLOA, elaborados e entregues ao Congresso
Projeto de Lei Orçamentária Presidência da República Nacional
SOF e SEST; Área
11. Elaboração e Formalização
Econômica; Órgãos
das Informações
Setoriais; Casa Civil/
Complementares ao PLOA Presidência da República

1. Primeiro você planeja: você não começa nada sem antes planejar; 🧐
2. Depois você olha para o cenário macro e define macrodiretrizes;
3. Faça uma revisão da estrutura, porque se a estrutura for falha, o produto final será falho e todo o
trabalho terá sido em vão; 😕
4. Elabore uma pré-proposta;
5. Veja se você já terá dinheiro suficiente ou se irá precisar se endividar, ou seja, avalie a
Necessidade de Financiamento do Governo Central (NFCG); 💸
6. Estabeleça limites para os outros;
7. Receba, capte a proposta dos outros; ✊
8. Analise e ajuste a proposta dos outros;
9. Agora junte tudo e faça a consolidação da proposta orçamentária;
10. Elabore a Mensagem Presidencial que acompanha o PLOA. Ela só acompanha o PLOA, então
será elaborada depois dele;
11. Elabore informações complementares (elas não são tão importantes, são “só” complementares,
por isso ficam por último). 😅

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DISCUSSÃO, VOTAÇÃO E APROVAÇÃO DO PROJETO DE LEI ORÇAMENTÁRIA


Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento anual
e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na forma do
regimento comum.

A CMO é uma das protagonistas nessa etapa do ciclo orçamentário. é uma comissão permanente
composta por 30 deputados federais e 10 senadores, sendo 30 deputados suplentes e 10 senadores suplentes.
Portanto, temos 40 titulares + 40 suplentes.

projetos de PPA, LDO, LOA e


Créd. Adic.

Examinar e emitir
contas do PR
parecer sobre

planos e programas
CMO nacionais, regionais e
setoriais

acompanhamento e
exercer fiscalização orçamentária

Mudanças nos projetos de leis orçamentária podem ocorrer em virtude de:

• Emendas, provocadas por parlamentares (Poder Legislativo);


• Mensagem, provocadas pelo Presidente da República.

Mensagem presidencial: instrumento de comunicação oficial entre o Presidente da República e o


Congresso Nacional.

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O Presidente da República poderá enviar mensagem ao Congresso Nacional para propor modificação nos
projetos (não é na proposta e nem nas leis) a que se refere este artigo enquanto não iniciada (e não finalizada)
a votação, na Comissão mista (não é no Plenário), da parte cuja alteração é proposta (somente da parte que
está sendo alterada).
Emendas parlamentares:

Art. 166, § 2º As emendas serão apresentadas na Comissão mista, que sobre elas emitirá parecer, e
apreciadas, na forma regimental, pelo Plenário das duas Casas do Congresso Nacional.

Art. 166, § 3º As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem somente
podem ser aprovadas caso:

I - sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias;

II - indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de despesa,


excluídas as que incidam sobre:

a) dotações para pessoal e seus encargos;

b) serviço da dívida;

c) transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e Distrito Federal; ou

III - sejam relacionadas:

a) com a correção de erros ou omissões; ou

b) com os dispositivos do texto do projeto de lei.

As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem somente podem ser
aprovadas caso sejam compatíveis com o PPA e a LDO. Essa regra sempre terá que ser obedecida. Além
disso:

• se a emenda demandar recursos públicos, ela terá que indicar os recursos necessários, sendo
admitidos apenas os provenientes de anulação de despesa (só não pode anular despesas com
pessoal, serviços da dívida e TRANS TRI CO).
• senão, elas serão emendas para corrigir erros e omissões ou somente relacionadas a dispositivos
do texto do projeto de lei.

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Art. 63. Não será admitido aumento da despesa prevista:

I - nos projetos de iniciativa exclusiva do Presidente da República, ressalvado o disposto no art. 166, §
3º e § 4º. (os dispositivos ressalvados versam sobre emendas ao PLOA e ao PLDO)

As emendas parlamentares não podem acarretar aumento na despesa total do orçamento, a menos que
sejam identificados erros ou omissões nas receitas, devidamente comprovados.

se Mas não Pessoal


Recurso só
demandar poderão
poderão ser
recursos ser Serviços da
provenientes
Condições públicos, anuladas dívida
de anulação
para indique os despesas
compatíveis de despesas TRANS TRI CO
aprovação recuros com
com PPA e
de
LDO
emendas se estiver
ao PLOA relacionada Poderá haver reestimativa de
a erros ou receita e aumento da despesa
omissões

Única condição para que as emendas ao PLDO sejam aprovadas: compatibilidade com o PPA.

Art. 166, § 4º - As emendas ao projeto de lei de diretrizes orçamentárias não poderão ser aprovadas
quando incompatíveis com o plano plurianual.

Emendas Impositivas – Emenda Constitucional 86/2015 e Emenda Constitucional 100/2019

Individuais EC 86/2015

De bancada EC 100/2019
Emendas
parlamentares Coletivas
De comissão

de Relatoria

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Eu quero

ouvir você!
E você? Quer aulas melhores? 😃

Então me diz:

O que você achou da aula?


Só com a sua ajuda é que eu vou conseguir melhorar! 😄

Se você gostou: ótimo! Agora, se não gostou, pode “tacar o pau”! 😂 Não fique com vergonha! Seja
honesto(a) mesmo! Eu não vou ficar com raiva. Eu vou é lhe agradecer! E muito! 😃 F

Me diz aí: o que eu poderia fazer melhor no futuro? O que pode melhorar na minha aula? O que você
gostou e o que você não gostou na aula? O que você achou do ritmo da aula? O que eu fiz errado e o que eu fiz
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Muito obrigado! F

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