Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 5
Sumário
INTRODUÇÃO AO CICLO ORÇAMENTÁRIO .............................................................................................. 6
RESUMO DIRECIONADO........................................................................................................................ 77
2 de 84| www.direcaoconcursos.com.br
Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 5
“Eu não, professor. Se eu for pra academia, eu perco umas 2 ou 3 horas. E essa vida de estudos é muito
estressante! Eu tenho que comer o meu chocolatezinho para aguentar o rojão. Quando eu finalmente tenho um
tempinho, à noite, eu vou assistir meus seriados, ficar um pouquinho no celular. Acabo dormindo um pouco mais
tarde do que eu queria e deveria, mas tudo bem: no final de semana eu durmo mais.” 😌
E aí? Se identificou? 😂
Meu querido aluno, minha querida aluna, sua vida não é só estudo para concursos! O estudo para
concursos é um projeto de vida. Um projeto que demanda muito foco, tempo e esforço, mas não todo o seu
foco, tempo e esforço. Um projeto que, como todos os outros, tem começo, meio e fim.
Veja, sua vida é composta de várias áreas: saúde, trabalho, relacionamentos, família...
A vida é como aquele equilíbrio de pratos, que ficam girando na ponta de uma lança. Os pratos só ficam
lá enquanto eles estiverem rodando. Parou de rodar, eles caem e pode quebrar. E você é o equilibrista. Se você
rodar demais um prato só e esquecer dos demais, adivinha... eles vão cair!
E hoje quero chamar a sua atenção para a sua saúde (física, mental e psicológica). Tenho certeza de que
depois que você for aprovado, você vai querer ter muita saúde e energia (até para aproveitar tudo que a vida
agora tem a lhe oferecer, não é verdade?).
Fazer exercícios, comer bem e descansar bem também vai melhorar (e muito) o seu rendimento nos
estudos. Pode parecer perda de tempo, mas não é! Você vai liberar toda essa tensão, a ansiedade, vai se sentir
muito melhor, muito mais empolgado com a vida e com os estudos. Investimento em sua saúde também é
investimento em sua aprovação.
Existem inúmeros aplicativos de treinos de poucos minutos que podem ser feitos em casa. O tempo que
você leva para comer um biscoito é o mesmo tempo que você leva para comer uma fruta. E o tempo que você
passa no celular pode ser substituído por tempo que você passa dormindo, consolidando o que você aprendeu
durante o dia e preparando a sua mente para o dia seguinte. Tudo é questão de prioridade.
Sua saúde não pode esperar. Não a prejudique por conta desse projeto, mesmo que ele seja
importantíssimo, até porque dedicar-se à sua saúde vai é lhe ajudar a ser aprovado mais rápido.
Como você faz qualquer coisa é como você faz todas as coisas.
3 de 84| www.direcaoconcursos.com.br
Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 5
@profsergiomachado
ProfSergioMachado (https://www.facebook.com/profsergiomachado)
ProfSergioMachado (https://www.instagram.com/profsergiomachado)
@prof.marcelguimaraes
Prof.MarcelGuimaraes (https://www.instagram.com/prof.marcelguimaraes)
www.marcelguimaraes.com.br
4 de 84| www.direcaoconcursos.com.br
Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 5
Hoje nós aprofundaremos nossos estudos sobre o ciclo orçamentário (ou processo orçamentário). Não
é o assunto mais frequente em provas, mas ele aparece de vez em quando. Além disso, entender a lógica do
processo orçamentário facilitará o aprendizado de outros assuntos. 😄
As questões costumam ser literais ou então apresentam uma situação hipotética. Portanto, preste
atenção aos dispositivos legais e constitucionais e busque compreender de verdade o processo
orçamentário. Assim, você deve se dar muito bem na prova! 😉
Por motivos didáticos, decidimos dividir esse assunto em duas aulas. Na primeira aula, estudaremos as
etapas de elaboração e de discussão, votação e aprovação do orçamento. Na segunda aula, veremos a execução
orçamentária e o controle e avaliação da execução orçamentária. Assim:
5 de 84| www.direcaoconcursos.com.br
Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 5
Muito bem! O ciclo orçamentário corresponde ao período de tempo em que se processam as atividades
típicas do orçamento público, desde sua concepção até sua apreciação final. É um rito legalmente
estabelecido, com etapas que se repetem periodicamente e que envolvem elaboração, discussão, votação,
controle e avaliação do orçamento.
É o seguinte: você já sabe que a Administração Pública utiliza o orçamento público como ferramenta de
gestão e para realização de despesas. Também já sabe que existe uma integração entre os instrumentos de
planejamento (PPA, LDO e LOA). Mas agora nós lhe perguntamos: como é que tudo isso acontece? Como o
orçamento é elaborado, aprovado e executado? Qual é a ordem, a sequência das atividades? Quais são os
prazos? Como deve acontecer? Quem faz o que? Durante quanto tempo?
Então, beleza!
O nosso ciclo orçamentário é composto por 4 etapas (ou fases):
1. Elaboração da proposta orçamentária;
2. Discussão, votação e aprovação do projeto de lei orçamentária;
3. Execução orçamentária;
4. Controle e avaliação da execução orçamentária.
Elaboração
Discussão,
Controle e
votação,
avaliação
aprovação
Execução
É! Você lembra do orçamento misto? 😏 Nesse tipo de orçamento, a proposta orçamentária será
elaborada pelo Poder Executivo e levada ao Poder Legislativo, onde o povo (por meio de seus representantes)
irá discutir, votar e aprovar não mais a proposta, mas o projeto de lei orçamentária que ali está tramitando.
Depois de aprovado, esse projeto de lei vira lei (de verdade 😄), que será executada pelo Poder Executivo. Por
6 de 84| www.direcaoconcursos.com.br
Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 5
ter essa incumbência, o Poder Executivo deverá prestar contas justamente para quem lhe deu poderes: o povo
(o Poder Legislativo).
Resumindo e simplificando: o Poder Executivo elabora e executa, enquanto o Poder Legislativo vota e
controla. 😄
•Legislativo •Executivo
Controle
e Elaboração
avaliação
Discussão,
Execução votação,
aprovação
•Executivo •Legislativo
“Ah! Certo, entendi, professores. Mas por que esse nome? Ciclo?” 🤔
Porque essas etapas que se repetem periodicamente, nunca acaba e nem tem data fixa para acabar
ou começar. Por isso, o ciclo orçamentário é um processo contínuo, dinâmico e flexível! Ele se renova a cada
ano. Um novo ciclo pode começar quando o ciclo anterior ainda nem terminou. Veja esse esquema e você
entenderá melhor:
7 de 84| www.direcaoconcursos.com.br
Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 5
Veja como o ciclo orçamentário de 2011 está acontecendo (execução orçamentária 2011), ao mesmo
tempo em que o ciclo orçamentário de 2012 se inicia (Executivo elabora e Legislativo discute, vota e aprova
projeto de lei orçamentária para o exercício financeiro de 2012). Em 2012, ainda estamos controlando e
avaliando a execução orçamentária de 2011, ao mesmo tempo em que estamos executando o orçamento de
2012 e já elaborando, discutindo e aprovando o projeto de lei orçamentária para o exercício de 2013.
E por aí vai... Assim a roda gira e gira. Nunca parando de girar. Esse é o nosso ciclo orçamentário. 😄
Agora vem uma informação importantíssima: ciclo orçamentário não se confunde com exercício
financeiro. Ou seja: ciclo orçamentário é uma coisa. Exercício financeiro é outra coisa! 😁
Isso significa que o exercício financeiro começa em 1º de janeiro e termina em 31 de dezembro de cada
ano. Por exemplo:
Mas o ciclo orçamentário é diferente. Ele ultrapassa o exercício financeiro. Você acabou de ver, por
exemplo, o ciclo orçamentário financeiro de 2011 adentrando o exercício financeiro de 2012. Se não for
avaliado até o final do exercício financeiro de 2012, ele adentrará o exercício financeiro de 2013 também. E por
aí vai. Um ciclo orçamentário só termina com o controle e avalição da execução orçamentária (julgamento
das contas prestadas) e isso pode demorar anos!
Para você ter uma noção, as contas do ex-presidente Fernando Collor (1990-1992) ainda não foram julgadas pelo
Congresso Nacional, portanto esse ciclo orçamentário ainda não acabou! 😳
As questões vão tentar lhe enganar, dizendo que o ciclo orçamentário se confunde com o exercício
financeiro ou que está restrito ao exercício financeiro... isso é mentira! 😤
Preste atenção!
O ciclo orçamentário não se confunde com exercício financeiro
8 de 84| www.direcaoconcursos.com.br
Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 5
Beleza! Agora, antes de estudarmos cada uma das etapas, temos que destacar o seguinte: existe um autor
que criou o que ele chama de ciclo orçamentário ampliado1.
Preste atenção!
O ciclo orçamentário inicia-se com a formulação do planejamento plurianual pelo Poder Executivo
e encerra-se com a avaliação da execução e do julgamento das contas.
1
SANCHES, Osvaldo Maldonado: O ciclo orçamentário: uma reavaliação à luz da Constituição de 1988: Revista de
Administração Pública, Rio de Janeiro: FGV, v. 27, n.4, pp. 54-76, out./dez. 1993.
9 de 84| www.direcaoconcursos.com.br
Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 5
1. Elaboração do PPA;
2. Aprovação do PPA;
3. Elaboração da LDO;
4. Aprovação da LDO;
5. Elaboração da LOA;
6. Aprovação da LOA;
7. Execução;
8. Controle e avaliação.
A) O Ciclo Orçamentário obedece à sequência das seguintes etapas: elaboração; estudo e aprovação; execução; e
avaliação.
C) A etapa do estudo e aprovação constitui a concretização anual dos objetivos e metas determinados para o setor público.
D) A etapa de execução refere-se à organização, aos critérios e trabalhos destinados a julgar o nível dos objetivos fixados
no Orçamento.
E) A etapa da avaliação é a parte inicial, com a elaboração do orçamento em conformidade com a Lei de Diretrizes
Orçamentárias.
Comentários:
Vejamos as alternativas:
a) Correta. A sequência é esse mesmo! Repare que a banca chamou a segunda etapa de “estudo e aprovação”, em vez de
utilizar a tradicional nomenclatura (“Discussão, votação e aprovação do projeto de lei orçamentária”). Mas não há
problema nenhum aí!
c) Errada. A etapa de execução constitui a concretização anual dos objetivos e metas determinados para o setor público
d) Errada. A etapa do estudo e aprovação refere-se à organização, aos critérios e trabalhos destinados a julgar o nível dos
objetivos fixados no Orçamento.
e) Errada. A etapa da elaboração é a parte inicial, com a elaboração do orçamento em conformidade com a Lei de
Diretrizes Orçamentárias
Gabarito: A
O processo Orçamentário é contínuo, dinâmico e flexível. Esse período de tempo em que se lavram as atividades
características do orçamento público de elaboração, aprovação, execução e controle é chamado de
A) ciclo orçamentário.
B) programação orçamentária.
10 de 84| www.direcaoconcursos.com.br
Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 5
C) metas orçamentárias.
D) cronograma orçamentário.
E) aglutinação orçamentária.
Comentários:
Viu aí? O processo (ou ciclo) orçamentário é contínuo, dinâmico e flexível. É um período de tempo. Suas etapas são
(nessa ordem): elaboração, aprovação, execução e controle.
Gabarito: A
Comentários:
Medição? 🤨 Essa fase não existe. Além do mais, nós temos quatro (e não três) fases: elaboração, aprovação, execução e
controle.
Gabarito: Errado
O ciclo orçamentário pode ser definido como um rito legalmente estabelecido, com etapas que se repetem
periodicamente e que envolvem elaboração, discussão, votação, controle e avaliação do orçamento.
Comentários:
É isso mesmo! Isso que é ciclo orçamentário. Repare que a questão “esqueceu” de citar a fase de execução orçamentária,
mas isso não a torna incorreta. 😉
Gabarito: Certo
As fases do ciclo orçamentário podem ser aglutinadas de acordo com suas finalidades e periodicidades.
Comentários:
E a resposta é: negativo! As fases do ciclo orçamentário não podem ser aglutinadas de acordo com suas finalidades e
periodicidades, porque, segundo o autor Osvaldo Maldonado Sanches, tais fases são insuscetíveis de aglutinação, dado
que cada uma possui ritmo próprio, finalidade distinta e periodicidade definida.
Gabarito: Errado
O orçamento é uma das principais peças de planejamento de políticas públicas. A sequência das etapas para a elaboração
e execução do orçamento é denominada:
A) ciclo orçamentário.
B) desenvolvimento orçamentário.
C) orçamento programa.
D) técnica orçamentária.
11 de 84| www.direcaoconcursos.com.br
Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 5
E) contabilidade orçamentária.
Comentários:
O ciclo orçamentário corresponde ao período de tempo em que se processam as atividades típicas do orçamento público,
desde sua concepção até sua apreciação final. É um rito legalmente estabelecido, com etapas que se repetem
periodicamente e que envolvem elaboração, discussão, votação, controle e avaliação do orçamento. Portanto, a sequência
das etapas para a elaboração e execução do orçamento é denominada ciclo orçamentário.
Gabarito: A
12 de 84| www.direcaoconcursos.com.br
Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 5
A primeira informação importante você já sabe: quem elabora a proposta orçamentária é o Poder
Executivo. Isso significa que a iniciativa é o Poder Executivo, observe (CF/88):
I - o plano plurianual;
II - as diretrizes orçamentárias;
Algumas questões vão dizer que a iniciativa é do Poder Legislativo! Não caia nessa! “A essa altura do
campeonato”, você já deve ter gravado que:
“Beleza, professores. Mas quem, exatamente, tem a iniciativa? Quem irá apresentar essa proposta
orçamentária?” 🤔
Ora! O chefe do Poder Executivo! 😏 É ele que representa esse Poder. Quer ver? Vamos pegar o exemplo
da CF/88:
XXIII - enviar ao Congresso Nacional o plano plurianual, o projeto de lei de diretrizes orçamentárias e
as propostas de orçamento previstos nesta Constituição;
“Ah, professores, mas eu aprendi lá em Direito Constitucional que competência privativa é delegável e
competência exclusiva é indelegável. Então quer dizer que essa competência aí é delegável?” 🤔
Art. 84, Parágrafo único. O Presidente da República poderá delegar as atribuições mencionadas nos
incisos VI, XII e XXV, primeira parte, aos Ministros de Estado, ao Procurador-Geral da República ou ao
Advogado-Geral da União, que observarão os limites traçados nas respectivas delegações.
Então veja só: o Presidente da República poderá delegar somente as atribuições mencionadas nos
incisos VI, XII e XXV (primeira parte deste). Isso significa que qualquer atribuição que esteja em qualquer
outro inciso é indelegável. 🧐
Ok. E qual é o inciso que fala do envio das propostas orçamentárias ao Congresso Nacional?
Inciso XXIII.
13 de 84| www.direcaoconcursos.com.br
Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 5
Resumindo: aqui não existe essa história de que competência privativa é delegável e competência
exclusiva é indelegável. O próprio dispositivo constitucional a atribuição de enviar ao Congresso Nacional o
plano plurianual, o projeto de lei de diretrizes orçamentárias e as propostas de orçamento é indelegável.
Portanto, a iniciativa das leis orçamentárias é do Poder Executivo, mais especificamente do chefe do
Poder Executivo!
Mas não é só isso: normalmente a apresentação de um projeto de lei ao Poder Legislativo é facultada ao
titular da iniciativa, ou seja, o titular da iniciativa apresenta o projeto de lei se ele quiser!
Por exemplo: na CF/88, art. 61, § 1º, II, a, vemos que a iniciativa de lei para aumento da remuneração dos servidores
públicos da Administração direta é privativa do Presidente da República. Porém ele não é obrigado a apresentar essa lei.
Você não vê o Presidente da República apresentando essa lei todos os anos. É tanto que os servidores federais, às vezes,
ficam uns 5 anos sem aumento da remuneração. É por isso que você vê-los fazendo greve.
Por outro lado, você vê o Presidente da República apresentando projeto de lei orçamentária todos os
anos, porque a CF/88 exige que isso seja feito até determinada data. Isso quer dizer que o Presidente da
República é obrigado a apresentar os projetos de leis orçamentárias (PPA, LDO e LOA) até o prazo
estabelecido. Por isso, dizemos que essa iniciativa é vinculada.
Preste atenção!
A iniciativa das leis orçamentárias, além de exclusiva do chefe do Poder Executivo, é vinculada
Beleza, vencido esse ponto da iniciativa, vamos ver como se dá a elaboração da proposta do Poder Executivo
e dos demais Poderes. ☺
O Poder Executivo é quem vai cuidar da elaboração da proposta orçamentária de todos os Poderes.
“Esperem aí, professores. Não seria melhor se o Poder Legislativo e o Poder Judiciário elaborassem as suas
próprias propostas orçamentárias?” 🤔
Na verdade, é isso mesmo que acontece! O Poder Legislativo, o Poder Judiciário e demais entidades
dotadas de autonomia (como o Ministério Público e a Defensoria Pública), apesar de sua autonomia e apesar
da separação dos Poderes, não encaminham a sua proposta orçamentária diretamente para o Poder
Legislativo, pois a iniciativa das leis orçamentárias sempre pertence ao Poder Executivo.
Portanto, eles elaboram a sua proposta e a enviam para o Poder Executivo, que fará a consolidação,
realizará ajustes necessários e, finalmente, encaminhará o projeto de lei para o Poder Legislativo.
Consolida as
Elaboram a sua
propostas e realiza
proposta orçamentária
ajustes
14 de 84| www.direcaoconcursos.com.br
Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 5
Funciona assim: cada Unidade Orçamentária (UO) irá elaborar a proposta orçamentária no seu âmbito
de atuação, integrando e articulando o trabalho das suas Unidades Administrativas (UA), tendo em vista a
consistência da programação de sua unidade.
Art. 14. Constitui unidade orçamentária o agrupamento de serviços subordinados ao mesmo órgão ou
repartição a que serão consignadas dotações próprias.
Portanto, é importante gravar que: a UO é quem recebe a dotação orçamentária. Ao consultar a LOA,
você encontrará o nome da UO junto com o crédito orçamentário e a respectiva dotação.
Muito bem. As UO’s irão elaborar a proposta parcial (no nosso exemplo, temos as UO’s A, B e C) e
encaminharão para cima, isto é, para o órgão setorial (no nosso exemplo, o Ministério X). O órgão setorial
desempenha o papel de articulador no âmbito da sua estrutura, coordenando o processo decisório no nível
subsetorial. Basicamente, ele realizará a consolidação e formalização da proposta e das alterações
orçamentárias do órgão. Ao final, teremos o que chamamos de propostas setoriais.
Esse processo irá se repetir em todos os Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) e nos órgãos
independentes (Ministério Público, Defensorias Públicas e Tribunais de Contas).
15 de 84| www.direcaoconcursos.com.br
Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 5
Observação: os Tribunais de Contas não são órgãos do Poder Legislativo. Porém, para fins orçamentários, os Tribunais
de Contas são vinculados ao Poder Legislativo. Portanto, as suas propostas orçamentárias são encaminhadas junto com
a do Poder Legislativo.
Com essas propostas setoriais em mãos, está tudo pronto para encaminhamento ao Poder Executivo.
Detalhe é que existe um prazo para isso (estabelecido pela Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO): 15
de agosto. Portanto, as propostas orçamentárias setoriais devem ser encaminhadas ao Executivo até o dia 15
de agosto. Mas o Poder Executivo, por ser aquele que tem mais intimidade com administração financeira e
orçamentária 😏, vai dar uma “ajudinha” aos demais Poderes. Veja só o que nos diz LRF:
Art. 12, § 3º O Poder Executivo de cada ente colocará à disposição dos demais Poderes e do Ministério
Público, no mínimo trinta dias antes do prazo final para encaminhamento de suas propostas
orçamentárias, os estudos e as estimativas das receitas para o exercício subsequente, inclusive da
corrente líquida, e as respectivas memórias de cálculo.
Muito bem!
No Poder Executivo, o órgão responsável por fazer essa consolidação é a Secretaria de Orçamento
Federal (SOF) e o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG), que hoje faz parte do Ministério
da Economia.
A SOF fará a consolidação, realizará ajustes necessários e submeterá a proposta orçamentária
consolidada ao Presidente da República, afinal é dele a iniciativa das leis orçamentária (é ele, e não a SOF,
quem pode e quem tem que enviar as propostas orçamentárias ao Poder Legislativo).
O Presidente da República, então, enviará a proposta orçamentária por mensagem presidencial. Agora
não estamos mais diante de uma proposta orçamentária, mas sim de um projeto de lei orçamentária.
Mensagem Presidencial é o instrumento de comunicação oficial entre o Presidente da República e o Congresso Nacional.
Não é uma mensagem de WhatsApp, ok? 😂
“Ah, professores, eu lembro que há um prazo para encaminhamento dos projetos de leis orçamentárias...” 🤔
Exatamente! Primeiro, você deve lembrar que a CF/88 exigiu que esse tema fosse regulado por lei
complementar (CF/88, art. 165, § 9º):
Só que essa lei complementar ainda não existe! 😱 E a LRF não é essa lei! ☝
16 de 84| www.direcaoconcursos.com.br
Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 5
Art. 35, § 2º Até a entrada em vigor da lei complementar a que se refere o art. 165, § 9º, I e II, serão
obedecidas as seguintes normas:
I - o projeto do plano plurianual, para vigência até o final do primeiro exercício financeiro do mandato
presidencial subsequente, será encaminhado até quatro meses antes do encerramento do primeiro
exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento da sessão legislativa;
II - o projeto de lei de diretrizes orçamentárias será encaminhado até oito meses e meio antes do
encerramento do exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento do primeiro
período da sessão legislativa;
III - o projeto de lei orçamentária da União será encaminhado até quatro meses antes do encerramento
do exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento da sessão legislativa.
O detalhe é que esses prazos (de encaminhamento e devolução para sanção) não são obrigatórios para
os demais entes da Federação! Isso significa que prevalecerão os prazos estabelecidos nas Constituições
Estaduais e Leis Orgânicas Municipais e do Distrito Federal. Por outro lado, a vigência das leis orçamentárias é
de observância obrigatória, ou seja, em todo o Brasil, o PPA terá vigência de 4 anos, a LDO terá vigência de 1
ano e meio, e a LOA terá vigência de 1 ano.
Resumindo:
4 meses antes do
Para o Executivo
encerramento do exercício
encaminhar ao Legislativo
financeiro
PPA* e LOA
Para o Legislativo devolver encerramento da sessão
ao Executivo para sanção legislativa
Prazos
8 ½ meses antes do
Para o Executivo
encerramento do exercício
encaminhar ao Legislativo
financeiro
LDO
encerramento do primeiro
Para o Legislativo devolver
período da sessão
ao Executivo para sanção
legislativa
17 de 84| www.direcaoconcursos.com.br
Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 5
Veja o esquema:
2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022
Mandato Dilma
01/01/2011 - 31/12/2014
Mandato Dilma-Temer
01/01/2015 - 31/12/2018
Mandato Bolsonaro
01/01/2019 -
31/12/2022
PPA 2012-2015
01/01/2012 - 31/12/2015
PPA 2016-2019
01/01/2016 - 31/12/2019
Viu como a vigência do PPA não coincide com a vigência do mandato do chefe do Poder Executivo? 😏
Se coincidisse, as barras laranjas ficariam exatamente embaixo das barras azuis.
Já a LDO tem prazos diferentes. Ela deve ser elaborada antes da LOA, justamente porque ela irá orientar
a elaboração desta. Para gravar os prazos da LDO, faça assim:
Escreva a sigla LDO no ar ou num papel. Isso mesmo. Escreva a sigla LDO no ar, com seu dedo, na sua frente ou num papel
com uma caneta. LDO termina com a letra O. Passe um traço (–) e divida essa letra O no meio. Ficou parecendo um 8 não
foi? Parece um 8, mas é a letra O partida no meio. Viu? 8 meses e meio! 😃
Você ainda tem que saber que se os parlamentares não aprovarem o PLDO, eles não terão recesso!
Não vão ter “férias”! 😅 Arriscaríamos dizer que esse é o único instrumento que eles não querem que atrase!
Ninguém quer perder esse recesso! 😂
Art. 57, § 2º A sessão legislativa não será interrompida sem a aprovação do projeto de lei de diretrizes
orçamentárias.
PLDO devolvido
PLDO para sanção até 17
encaminhado de julho
até 15 de abril (encerramento do
(8 meses e 1º período
meio) legislativo)
18 de 84| www.direcaoconcursos.com.br
Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 5
III - Tabelas explicativas, das quais, além das estimativas de receita e despesa, constarão, em colunas
distintas e para fins de comparação:
a) A receita arrecadada nos três últimos exercícios anteriores àquele em que se elaborou a proposta;
IV - Especificação dos programas especiais de trabalho custeados por dotações globais, em termos de
metas visadas, decompostas em estimativa do custo das obras a realizar e dos serviços a prestar,
acompanhadas de justificação econômica, financeira, social e administrativa.
19 de 84| www.direcaoconcursos.com.br
Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 5
Parágrafo único. Constará da proposta orçamentária, para cada unidade administrativa, descrição
sucinta de suas principais finalidades, com indicação da respectiva legislação.
E a Lei 4.320/64 ainda fala mais um pouquinho sobre a elaboração da proposta orçamentária (esses
dispositivos não costumam aparecer em prova, mas “o seguro morreu de velho”, não é? 😅):
Art. 23. As receitas e despesas de capital serão objeto de um Quadro de Recursos e de Aplicação de
Capital, aprovado por decreto do Poder Executivo, abrangendo, no mínimo um triênio.
Parágrafo único. O Quadro de Recursos e de Aplicação de Capital será anualmente reajustado
acrescentando-se lhe as previsões de mais um ano, de modo a assegurar a projeção contínua dos períodos.
Art. 24. O Quadro de Recursos e de Aplicação de Capital abrangerá:
I - as despesas e, como couber, também as receitas previstas em planos especiais aprovados em lei e
destinados a atender a regiões ou a setores da administração ou da economia;
II - as despesas à conta de fundos especiais e, como couber, as receitas que os constituam;
III - em anexos, as despesas de capital das entidades referidas no Título X desta lei, com indicação das
respectivas receitas, para as quais forem previstas transferências de capital.
Art. 25. Os programas constantes do Quadro de Recursos e de Aplicação de Capital sempre que possível
serão correlacionados a metas objetivas em termos de realização de obras e de prestação de serviços.
Parágrafo único. Consideram-se metas os resultados que se pretendem obter com a realização de cada
programa.
Art. 26. A proposta orçamentária conterá o programa anual atualizado dos investimentos, inversões
financeiras e transferências previstos no Quadro de Recursos e de Aplicação de Capital.
I - no âmbito da União, aos Presidentes do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores, com a
aprovação dos respectivos tribunais;
20 de 84| www.direcaoconcursos.com.br
Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 5
II - no âmbito dos Estados e no do Distrito Federal e Territórios, aos Presidentes dos Tribunais de Justiça,
com a aprovação dos respectivos tribunais.
Art. 127, § 3º O Ministério Público elaborará sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos
na lei de diretrizes orçamentárias.
Art. 134, § 2º Às Defensorias Públicas Estaduais são asseguradas autonomia funcional e administrativa e
a iniciativa de sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes
orçamentárias e subordinação ao disposto no art. 99, § 2º.
Lembre-se que os Tribunais de Contas não são órgãos do Poder Legislativo. Porém, para fins orçamentários, os
Tribunais de Contas são vinculados ao Poder Legislativo. Portanto, as suas propostas orçamentárias são encaminhadas
junto com a do Poder Legislativo.
“Ok, mas e se não tiver LDO aprovada e publicada, professores? Como é que eu vou ter uma LOA sem uma
LDO?” 🧐
Bom, apesar da LDO orientar a elaboração da LOA (CF/88, art. 165, § 2º) e da comunicação entre esses
dois instrumentos ser fundamental para uma boa execução orçamentária, é possível que a LOA seja elaborada
antes da LDO. Portanto, grave: o envio, pelo Poder Executivo, da proposta orçamentária anual ao Poder
Legislativo independe da aprovação e publicação da LDO. Em outras palavras: a elaboração da LOA não está
condicionada à aprovação da LDO.
21 de 84| www.direcaoconcursos.com.br
Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 5
Preste atenção!
A elaboração da LOA não está condicionada à aprovação da LDO.
“Beleza, mas e se esses órgãos não enviarem as respectivas propostas dentro do prazo estabelecido lá
na LDO, professores? O que acontece?” 🤔
Preste atenção!
Se os órgãos não encaminharem as respectivas propostas orçamentárias dentro do prazo, o Poder Executivo considerará
os valores aprovados na lei orçamentária vigente.
Então veja o que a CF/88 diz sobre o não encaminhamento das propostas do Poder Judiciário e do
Ministério Público, respectivamente:
Art. 127, § 4º Se o Ministério Público não encaminhar a respectiva proposta orçamentária dentro do prazo
estabelecido na lei de diretrizes orçamentárias, o Poder Executivo considerará, para fins de consolidação
da proposta orçamentária anual, os valores aprovados na lei orçamentária vigente, ajustados de
acordo com os limites estipulados na forma do § 3º.
“Mas esperem aí, professores. Esses Poderes e os órgãos independentes também têm que enviar a proposta
dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias, não é? Mas e se eles a enviarem fora dos
limites?” 🤔
Se a proposta enviada estiver fora dos limites estabelecidos pela Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO),
o Poder Executivo, responsável pela consolidação (como você já sabe), irá fazer ajustes! É por isso que esses
dispositivos (CF/88, art. 99, § 3º e art. 127, § 4º) afirmam que “o Poder Executivo considerará, para fins de
consolidação da proposta orçamentária anual, os valores aprovados na lei orçamentária vigente, ajustados de
acordo com os limites estipulados”. 😉
Por exemplo: o Poder Judiciário encaminha sua proposta, dizendo que suas despesas com pessoal serão de R$
1.000.000,00. A SOF recebe essa proposta, dá uma confira da LDO e vê que o limite seria de R$ 900.000,00. Opa! Vai rolar
o ajuste aí! 😄
22 de 84| www.direcaoconcursos.com.br
Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 5
• Caso 1: demais Poderes e órgãos independentes não encaminharam suas propostas para o Poder
Executivo dentro do prazo;
• Caso 2: propostas em desacordo com os limites estabelecidos na LDO.
Só pergunta boa, hein? 😏 A resposta está na nossa boa e velha Lei 4.320/64:
Art. 32. Se não receber a proposta orçamentária no prazo fixado nas Constituições ou nas Leis Orgânicas
dos Municípios, o Poder Legislativo considerará como proposta a Lei de Orçamento vigente.
Portanto, se o Poder Legislativo não receber a proposta dentro do prazo, ele não ficará de braços
cruzados. O vacilo foi do Poder Executivo, ora! O país não pode esperar. Será considerada como proposta a
LOA vigente e seguimos em frente! 😄
Essa situação não é muito comum, pois trata-se de crime de responsabilidade, que pode implicar até
impeachment. 😬
Beleza!
Agora vejamos outro caso, mais comum:
Digamos que o Executivo consolidou, fez ajustes, encaminhou o projeto de Lei Orçamentária Anual
(PLOA) para o Legislativo dentro do prazo... fez tudo certinho. Só que o Legislativo está demorando muito! 😕
O exercício financeiro já está acabando e o Legislativo ainda não devolveu o PLOA para sanção do chefe do
Executivo (ou então até devolveu, mas o chefe do Executivo não terá tempo de sancioná-lo até o final do
exercício).
23 de 84| www.direcaoconcursos.com.br
Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 5
O novo exercício financeiro já começou e ainda não temos LOA aprovada e vigente! A Administração
Pública só pode realizar despesas se elas estiverem autorizadas na LOA (ou nas leis de créditos adicionais). Mas
não há LOA vigente!
E agora? 😳 A Administração Pública vai ficar paralisada, sem realizar nenhuma despesa? 😱
É claro que não! Os hospitais públicos têm que funcionar desde o dia 1º de janeiro. O policiamento tem
que estar na rua desde o dia 1º de janeiro. Ou seja: algumas despesas não podem esperar!
É o seguinte: todo ano, a LDO determina que se o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) não for
sancionado pelo Presidente da República até 31 de dezembro, a programação dele constante poderá ser
executada para o atendimento de determinadas despesas (citadas lá na própria LDO). Quer dizer, em vez de
executar a lei aprovada, executar-se-á o projeto de lei ainda em tramitação.
Algumas dessas despesas podem ser executadas integralmente, isto é, podem ser executadas
𝟏
normalmente. Mas outras despesas (de caráter inadiável) poderão ser executadas até o limite de 𝟏𝟐 (um doze
avos) do valor previsto para cada órgão no PLOA, multiplicado pelo número de meses decorridos até a data
de publicação da respectiva Lei (da LOA).
Por exemplo: digamos que já estamos em março e nada da LOA ser aprovada. Finalmente ela é aprovada e publicada em
abril.
Beleza. Agora digamos também que o órgão B tinha orçamento anual previsto de R$ 120.000,00 e precisava executar
despesas correntes de caráter inadiável.
Quantidade de meses decorridos até a data de publicação da LOA x R$ 10.000 = 3 x R$ 10.000 = R$ 30.000.
Pronto! Chegamos ao nosso valor limite! O órgão B pode executar tais despesas correntes de caráter inadiável até o limite
de R$ 30.000.
Veja que aqui nós também temos dois casos diferentes (vamos chamá-los de caso 3 e caso 4 para
diferenciar dos outros):
• Caso 3: chefe do Executivo não encaminhou o projeto de lei orçamentária ao Poder Legislativo
dentro do prazo;
• Caso 4: projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) não foi sancionada até 31 de dezembro.
24 de 84| www.direcaoconcursos.com.br
Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 5
Resumindo
Caso 1: demais Poderes e
órgãos independentes não
• o Poder Executivo considerará os valores aprovados
encaminharam suas propostas
na lei orçamentária vigente
para o Poder Executivo dentro
do prazo
25 de 84| www.direcaoconcursos.com.br
Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 5
26 de 84| www.direcaoconcursos.com.br
Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 5
1. Primeiro você planeja: você não começa nada sem antes planejar; 🧐
2. Depois você olha para o cenário macro e define macrodiretrizes;
3. Faça uma revisão da estrutura, porque se a estrutura for falha, o produto final será falho e todo o
trabalho terá sido em vão; 😕
4. Elabore uma pré-proposta;
5. Veja se você já terá dinheiro suficiente ou se irá precisar se endividar, ou seja, avalie a
Necessidade de Financiamento do Governo Central (NFCG); 💸
6. Estabeleça limites para os outros;
7. Receba, capte a proposta dos outros; ✊
8. Analise e ajuste a proposta dos outros;
9. Agora junte tudo e faça a consolidação da proposta orçamentária;
10. Elabore a Mensagem Presidencial que acompanha o PLOA. Ela só acompanha o PLOA, então
será elaborada depois dele;
11. Elabore informações complementares (elas não são tão importantes, são “só” complementares,
por isso ficam por último). 😅
27 de 84| www.direcaoconcursos.com.br
Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 5
Atenção para as três primeiras (1, 2 e 3) e para as duas últimas (10 e 11). Essas são as que mais aparecem
nas questões de prova! 😬
O projeto de lei orçamentária anual independe de sanção ou veto do chefe do Poder Executivo, sendo diretamente
promulgado pelas mesas do Congresso Nacional.
Comentários:
Nada disso! O projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) depende de sanção ou veto do chefe do Poder Executivo, assim
como qualquer outra lei. 😄
Gabarito: Errado
Cabe ao Poder Judiciário do estado, amparado na autonomia administrativa e financeira garantida pelas Constituições
Federal e Estadual, elaborar a proposta orçamentária do MP/PI, dentro dos limites estipulados na LDO, e encaminhá-la
para deliberação e aprovação pela Assembleia Legislativa.
Comentários:
Negativo! Ministério Público possui elabora sua própria proposta orçamentária, dentro dos limites estipulados na LDO, e
a encaminha, nesse caso da questão, para o órgão estadual de planejamento (a Secretaria de Planejamento do Estado,
por exemplo), que pertence ao Poder Executivo.
Depois de consolidado pela Secretaria, o projeto é encaminhado pelo Chefe do Poder Executivo (Governador) ao Poder
Legislativo (Assembleia Legislativa) para deliberação e aprovação pela Assembleia Legislativa.
Gabarito: Errado
A elaboração do projeto de lei orçamentária é condicionada à aprovação do plano plurianual do exercício de referência.
Comentários:
Apesar do PPA (e da LDO) serem referências para e elaboração da LOA, a sua elaboração não está condicionada à
aprovação de nenhum desses dois instrumentos (PPA e LDO).
Gabarito: Errado
Durante o processo de elaboração orçamentária, a revisão da estrutura programática do orçamento depende da definição
prévia das macrodiretrizes.
Comentários:
Preste atenção: 👇
1. Primeiro você planeja: você não começa nada sem antes planejar; 🧐
2. Depois você olha para o cenário macro e define macrodiretrizes;
28 de 84| www.direcaoconcursos.com.br
Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 5
3. Faça uma revisão da estrutura, porque se a estrutura for falha, o produto final será falho e todo o trabalho terá sido
em vão; 😕
Portanto, a revisão da estrutura programática do orçamento realmente depende da definição prévia das macrodiretrizes.
Gabarito: Certo
Se a lei orçamentária anual não for aprovada até o final do exercício anterior ao da sua vigência, o Poder Executivo estará
autorizado a executar as dotações constantes da proposta apresentada ao Poder Legislativo, até o limite de um doze avos
por mês.
Comentários:
Não, não. 😤
A autorização para a execução parcial não é para todas as dotações constantes da proposta apresentada ao Poder
Legislativo. É somente para algumas dotações.
Todo ano, a LDO determina que se o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) não for sancionado pelo Presidente da
República até 31 de dezembro, a programação dele constante poderá ser executada para o atendimento de determinadas
despesas.
Algumas dessas despesas podem ser executadas integralmente, isto é, podem ser executadas normalmente. Mas outras
despesas (de caráter inadiável) poderão ser executadas até o limite de 1/12 (um doze avos) do valor previsto para cada
órgão no PLOA, multiplicado pelo número de meses decorridos até a data de publicação da respectiva Lei (da LOA).
Gabarito: Errado
Se o projeto de lei orçamentária anual não for sancionado até 31 de dezembro, será possível adotar a prática, autorizada
em cada lei de diretrizes orçamentárias, de execução contínua de algumas despesas constantes da proposta, o que, no
caso de despesas correntes consideradas inadiáveis, não poderá exceder, a cada mês, um duodécimo do valor previsto de
cada ação.
Comentários:
Ah! Agora sim! Quer ver como a LDO diz mesmo isso? Dá uma olhadinha na LDO da União para o exercício de 2019:
Art. 60. Se o Projeto de Lei Orçamentária de 2019 não for sancionado pelo Presidente da República até 31 de dezembro de
2018, a programação dele constante poderá ser executada para o atendimento de: (...)
V - outras despesas correntes de caráter inadiável, até o limite de um doze avos do valor previsto para cada órgão no
Projeto de Lei Orçamentária de 2019, multiplicado pelo número de meses decorridos até a data de publicação da respectiva
Lei;
Gabarito: Certo
De acordo com a Constituição Federal de 1988, o projeto de lei do Plano Plurianual (PPA) da União será encaminhado ao
Congresso Nacional até quatro meses antes do encerramento do exercício de sua elaboração, prazo que também deve ser
observado pelos estados para a remessa de seus PPAs às respectivas assembleias legislativas.
Comentários:
Opa! Os prazos (de encaminhamento e devolução para sanção) estabelecidos lá no artigo 35, § 2º, do ADCT, não são
obrigatórios para os demais entes da Federação!
29 de 84| www.direcaoconcursos.com.br
Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 5
Portanto, o projeto de lei do Plano Plurianual (PPA) da União será sim encaminhado ao Congresso Nacional até quatro
meses antes do encerramento do exercício de sua elaboração, mas esse prazo não precisa ser observado pelos estados
para a remessa de seus PPAs às respectivas assembleias legislativas. E foi por isso que a questão ficou errada!
Gabarito: Errado
O projeto de lei orçamentária deve ser encaminhado, pelo Congresso Nacional, para sanção presidencial, até o dia 31 de
agosto do ano anterior à sua aplicação.
Comentários:
O projeto de Lei Orçamentária Anual deve ser encaminhado pelo chefe do Poder Executivo (iniciativa exclusiva e
vinculada, lembra? 😏) ao Poder Legislativo até quatro meses antes do encerramento do exercício financeiro (31 de
agosto). O Poder Legislativo é que irá devolver o PLOA para sanção presidencial até o encerramento da sessão legislativa
(22 de dezembro).
Gabarito: Errado
30 de 84| www.direcaoconcursos.com.br
Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 5
Muito bem! Então nosso PLOA foi elaborado e enviado ao Poder Legislativo. E agora? 🤔
Agora começa a segunda fase do ciclo orçamentário. Trata-se da discussão, votação e aprovação do
projeto de lei orçamentária. Detalhe: agora que saiu das mãos do Poder Executivo, não chamamos mais de
“proposta”, mas sim de “projeto de lei”, afinal ele está tramitando no Poder Legislativo.
A primeira coisa que você tem que saber aqui é a seguinte (CF/88):
Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento anual
e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na forma do
regimento comum.
Primeiro ponto de atenção: a LOA, a LDO e o PPA (propriamente ditos) não tramitam no Legislativo. O
que tramita no Legislativo é o projeto de LOA, projeto de LDO e projeto de PPA.
Por exemplo: o Legislativo não faz uma emenda à LOA. Ele faz uma emenda ao projeto de LOA, pois a LOA já é a lei pronta,
publicada, em vigor, que já passou pelo Legislativo.
Segundo ponto de atenção: no âmbito federal, esses projetos serão apreciados pelas duas Casas do
Congresso Nacional. Não é só pela Câmara dos Deputados e nem só pelo Senado Federal. É pelas duas! 🧐
Além disso, será uma sessão conjunta (e não unicameral). Isso significa que deputados e senadores estão
reunidos, juntos, votando simultaneamente na mesma sessão, porém os votos são computados
separadamente. Resumindo: na sessão conjunta, eles estão juntos, mas não se misturam! 😄
Observação: no âmbito estadual e municipal, não teremos isso, pois temos apenas uma Casa Legislativa: Assembleia
Legislativa e Câmara Municipal, respectivamente.
31 de 84| www.direcaoconcursos.com.br
Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 5
Beleza! 😄
Então agora vamos entender melhor o processo legislativo orçamentário. O que acontece quando o
projeto de lei orçamentária chega ao Legislativo? 🤔
Pois bem. O chefe do Executivo envia o projeto de LOA por Mensagem Presidencial (não é mensagem de
WhatsApp 😅) ao Legislativo. Chegando lá, o projeto será encaminhado para a Comissão Mista de Planos,
Orçamento e Fiscalização (você pode carinhosamente chama-la de CMO. É assim que ela é conhecida). Ela é
uma das protagonistas nessa etapa do ciclo orçamentário, por isso precisamos ver alguns detalhes sobre ela.
😄
Primeiro: a CMO é uma comissão permanente! Não é uma comissão temporária (seja especial, externa
ou parlamentar de inquérito – as famosas CPI’s). Isso quer dizer que a CMO integra a estrutura institucional da
Casa.
Preste atenção!
A CMO é uma comissão permanente
Ah! Você está nos perguntando sobre a composição da CMO. Vamos lá! 😎
A CMO é composta por 30 deputados federais e 10 senadores, ou seja, total de 40 membros. Só que ela
tem também 40 suplentes, sendo 30 deputados suplentes e 10 senadores suplentes. Portanto, temos 40
titulares + 40 suplentes (não é 40 membros, sendo 20 titulares e 20 suplentes, ok? 😉).
Titulares Suplentes
Deputados 30 30
Senadores 10 10
Total 40 40
Você percebeu que a CMO é composta por integrantes das duas casas do Congresso Nacional, não é? É
por isso que ela é chamada de comissão mista. As comissões mistas são integradas por deputados e
senadores e constituídas para tratar de matéria pertinente à competência do Congresso Nacional.
No âmbito estadual (Assembleia Legislativa) e municipal (Câmara dos Vereadores), como só temos uma
casa, essa comissão não será chamada de mista.
“Tá certo, professores. Já sei o que ela é e como ela é composta. Mas o que essa CMO efetivamente faz?” 🧐
Boa pergunta! 😄
Bom, a CMO é tão especial, que ela é a única comissão do Congresso Nacional cujas atribuições estão
definidas na Constituição Federal. Isso mesmo! Temos que consultar a CF/88 para ver o que a CMO
efetivamente faz, senão vejamos:
I - examinar e emitir parecer sobre os projetos referidos neste artigo e sobre as contas apresentadas
anualmente pelo Presidente da República;
32 de 84| www.direcaoconcursos.com.br
Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 5
Lembrando que, após o exame e emissão do parecer da CMO, o Congresso Nacional irá julgar as contas
do Presidente da República (de acordo com a CF/88, art. 49, IX), momento em que o ciclo orçamentário se
encerrará.
Continuando:
Art. 166, § 1º Caberá a uma Comissão mista permanente de Senadores e Deputados:
II - examinar e emitir parecer sobre os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos
nesta Constituição e exercer o acompanhamento e a fiscalização orçamentária, sem prejuízo da atuação
das demais comissões do Congresso Nacional e de suas Casas, criadas de acordo com o art. 58.
Resumindo
projetos de PPA, LDO, LOA e
Créd. Adic.
planos e programas
CMO nacionais, regionais e
setoriais
acompanhamento e
exercer
fiscalização orçamentária
33 de 84| www.direcaoconcursos.com.br
Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 5
“Beleza, professores. Agora deixa eu perguntar: podem ocorrer mudanças no PLOA enquanto ele tramita no
Legislativo?” 🤔
Sim! É claro que podem ocorrer mudanças no PLOA enquanto ele tramita no Legislativo, afinal trata-se
ainda de um projeto de lei que está sendo discutido pelos representantes do povo. Essas mudanças ocorrem
em virtude de:
“O Presidente da República (Governador ou Prefeito) pode alterar projeto de lei orçamentária que já está
tramitando no Legislativo, professores? Como assim? Isso é possível?” 🤨
Sim! É possível! Mas tem uma condição muito importante (por “importante” nós queremos dizer:
despenca em prova!): o Presidente poderá enviar mensagem ao Legislativo, propondo modificação nos
projetos de leis orçamentárias enquanto não tiver sido iniciada, na Comissão mista (CMO), a votação da parte
cuja alteração é proposta.
Preste atenção!
O Presidente poderá enviar mensagem ao Legislativo, propondo modificação nos projetos de leis
orçamentárias enquanto não tiver sido iniciada, na Comissão mista (CMO), a votação da parte cuja
alteração é proposta
“Como é, professores?” 😣
É o seguinte:
Digamos que o PLOA tem 6 partes. As partes 1, 2 e 3 já tiveram sua votação iniciada na Comissão mista. O Presidente não
pode mais mandar mensagem propondo alteração nessas partes. Iniciou a votação na Comissão mista? Já era! Presidente
não pode mais alterar!
Agora, o Presidente pode enviar mensagem alterando as partes 4, 5, e 6? Aí sim! 😃 Porque a votação na Comissão mista
não se iniciou ainda.
Portanto:
• Se a votação da parte que o chefe do Executivo quiser alterar já tiver sido iniciada na Comissão
mista: o chefe do Executivo não pode mais mandar mensagem propondo modificação;
• Se a votação da parte que o chefe do Executivo quiser alterar ainda não tenha sido iniciada na
Comissão mista: o chefe do Executivo ainda pode mandar mensagem propondo modificação.
34 de 84| www.direcaoconcursos.com.br
Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 5
Imagine que você vai entregar um trabalho para o seu professor, o qual vai avaliar e lhe dar uma nota. Depois de horas de
dedicação, você finalmente envia o e-mail. Você estava tão cansado que nem fez uma revisão final do trabalho. No dia
seguinte, você resolve dar aquela olhadinha despretensiosa e percebe que cometeu um erro grave! Você rapidamente o
corrige e envia outro e-mail para o professor, pedindo que ele desconsidere a versão anterior e considere essa atual. Seu
professor prontamente responde: “ok. Eu ainda não comecei a corrigir o seu trabalho, então não tem problema”. Você
descansa tranquilo novamente.
Três dias depois, seu colega lhe questiona sobre um ponto do trabalho e você percebe, de novo, que cometeu um erro.
Você corrige o mais rápido que pode e envia outro e-mail para o professor, mas dessa vez ele lhe responde assim: “me
desculpe, eu já estou quase terminando de corrigir o seu trabalho e eu tenho um prazo para entregar sua nota. Se você
ficar me pedindo para considerar uma nova versão, quando eu já tiver começado a corrigir o seu trabalho, além de eu ter
trabalho dobrado, eu nunca vou conseguir entregar suas notas a tempo!”
Essa regra existe para evitar que o chefe do Executivo fique alterando o projeto de lei sempre que desejar.
Se a votação já tiver sido iniciada e o chefe do Executivo pudesse propor uma alteração, a Comissão teria que
analisar aquele novo projeto e praticamente descartar todo o trabalho que foi feito antes. Pense num
desperdício de tempo e recursos públicos!
Além disso, o orçamento tem prazos! Se a alteração pudesse ser feita a qualquer momento, ia ser difícil
conseguir aprovar tudo no prazo: já pensou se faltasse um dia para o prazo acabar e o chefe do Executivo
enviasse uma alteração que demandasse outra análise, discussão e votação? 🥴
Beleza! Então, por ser tão importante, vamos lhe mostrar essa regra exatamente como ela está na CF/88:
Art. 166, § 5º - O Presidente da República poderá enviar mensagem ao Congresso Nacional para
propor modificação nos projetos a que se refere este artigo enquanto não iniciada a votação, na
Comissão mista, da parte cuja alteração é proposta.
• A modificação é feita nos projetos de leis orçamentárias (PLOA, PLDO, projeto de PPA e projeto
de créditos adicionais). Não é feita na proposta orçamentária e nem nas próprias LOA, LDO, PPA
e leis de créditos adicionais. Essas leis já passaram pelo Legislativo, ué! 😅
• A modificação pode ser feita enquanto não iniciada a votação, e não enquanto não finalizada a
votação ou enquanto não iniciada a discussão.
• A modificação pode ser feita enquanto não iniciada a votação na Comissão mista, e não no
Plenário.
• A modificação pode ser feita enquanto não iniciada a votação somente da parte cuja alteração
é proposta.
35 de 84| www.direcaoconcursos.com.br
Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 5
Resumindo
O Presidente da República poderá enviar mensagem ao Congresso Nacional para propor modificação nos projetos
(não é na proposta e nem nas leis) a que se refere este artigo enquanto não iniciada (e não finalizada) a votação(e
não a discussão), na Comissão mista (não é no Plenário), da parte cuja alteração é proposta (somente da parte
que está sendo alterada).
Beleza! 😄
Art. 166, § 2º As emendas serão apresentadas na Comissão mista, que sobre elas emitirá parecer, e
apreciadas, na forma regimental, pelo Plenário das duas Casas do Congresso Nacional.
“Beleza, professores. Entendi. Mas essas emendas versarão sobre o que? Qualquer coisa pode ser emendada?
E qualquer emenda pode ser aprovada?” 🤨
Que bom que você perguntou! As respostas para as suas perguntas não só caem em prova: elas desabam,
e com força! 😳 Essa aqui talvez seja a parte mais importante deste tópico ou desta aula! Então se ajeite na
cadeira e vamos lá!
É o seguinte: nem toda emenda será aprovada! Existem condições para que elas sejam aprovadas!
36 de 84| www.direcaoconcursos.com.br
Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 5
§ 3º As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem somente podem
ser aprovadas caso:
b) serviço da dívida;
Primeiro ponto de atenção: as emendas são feitas ao projeto de lei orçamentária anual, e não à lei
orçamentária anual. Ninguém emenda a própria LOA! A LOA já é uma lei pronta, publicada e em vigor. Para
alterá-la, precisamos é de outra lei (princípio da legalidade) e não de uma emenda.
A pegadinha aqui é essa: a questão vai dizer que a emenda é feita à lei orçamentária anual. Isso está
errado! Não caia nessa! Emendas são feitas ao projeto de lei orçamentária anual. 😤
Preste atenção!
Emendas são feitas ao projeto de lei orçamentária anual, e não à própria lei orçamentária anual
Segundo ponto importante: essas condições são para a aprovação de emendas, e não para a
apresentação de emendas.
É o seguinte: qualquer (absolutamente qualquer) emenda poderá ser apresentada. Atenção: nós
dissemos “apresentada”.
“Professores, quer dizer que um parlamentar pode apresentar uma emenda nada a ver? Toda errada? Que
desrespeite todos os requisitos desse dispositivo constitucional?”
Então, qualquer (absolutamente qualquer) emenda poderá ser apresentada, mas nem toda emenda
será aprovada. As emendas somente podem ser aprovadas caso respeitem os requisitos mencionados nesse
dispositivo constitucional.
37 de 84| www.direcaoconcursos.com.br
Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 5
Superados esses pontos, vejamos quais são as três condições para que as emendas sejam aprovadas
(aprovadas! 😄).
Condição 1:
§ 3º As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem somente podem
ser aprovadas caso:
O Plano Plurianual (PPA) e a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) antecedem e orientam a elaboração
da Lei Orçamentária Anual (LOA). Lembra disso?
PPA
LDO
LOA
Por isso, as emendas ao projeto de LOA somente poderão ser aprovadas se tiverem compatibilidade
com o PPA e com a LDO.
“Sério, professores? Se as emendas ao PLOA não forem compatíveis com o PPA e com a LDO, elas não
poderão ser aprovadas? Ou seja: as emendas ao PLOA sempre terão que ser compatíveis com o PPA e com a LDO?”
🧐
SIM! SEMPRE! 🤓
As emendas ao PLOA sempre terão que ser compatíveis com o PPA e com a LDO. Essa regra é sempre
válida, para qualquer tipo de emenda, ok? 😉
Detalhe: a CF/88 jamais afirmou que PPA, LDO e LOA devem ser compatíveis entre si. Essa falha só foi corrigida na Lei de
Responsabilidade Fiscal (LRF), em seu art. 5º. Veja que a CF/88 somente falou das emendas ao PLOA.
Condição 2:
Se a emenda demandar recursos públicos, ou seja, se, para realizar a emenda, o parlamentar precise de
dinheiro, ela deve obedecer à seguinte regra:
§ 3º As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem somente podem
ser aprovadas caso:
38 de 84| www.direcaoconcursos.com.br
Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 5
b) serviço da dívida;
Detalhe: a alínea “c” do dispositivo constitucional acima será sempre adaptada à realidade do ente. Por exemplo: no
âmbito estadual, teremos “transferências tributárias constitucionais para Municípios”. E só. Estado não faz transferência
para outros Estados.
Ok! Isso significa que se a emenda envolver dinheiro, ela somente será admitida se o parlamentar indicar
de onde ele irá tirar os recursos necessários para realiza-la. E somente será admitido tirar dinheiro da
anulação de uma outra despesa.
É o seguinte: se quiser colocar uma nova despesa no PLOA, então anule uma outra!
Por exemplo: o parlamentar João deseja fazer uma emenda ao PLOA. Tem uma obra lá que ele não está gostando de jeito
nenhum! 😤 O que João quer mesmo é a aquisição de novos veículos para o Poder Legislativo.
Certo, João. Você pode fazer uma emenda propondo a aquisição de novos veículos. Mas de onde você vai tirar esse dinheiro?
Ele responde: “simples. Anulamos a despesa com aquela obra e usamos esses créditos orçamentários para a aquisição dos
veículos. Assim a nova despesa não aumenta. Só estamos trocando uma pela outra”.
Pode sim! Se quiser incluir uma despesa no PLOA, vai ter que anular outra.
Mas agora é que vem o detalhe importante: nem todas as despesas poderão ser anuladas! Algumas
despesas jamais poderão ser anuladas!
“Quais, professores?” 🧐
Essas daqui:
39 de 84| www.direcaoconcursos.com.br
Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 5
O que nós estamos dizendo para você é que a única fonte de recursos para realização de emendas ao
PLOA é a anulação de despesas. Perceba: é diferente do que vimos lá nos créditos adicionais. Os créditos
adicionais irão alterar a LOA, já feita. E lá nós temos 6 fontes para abertura de créditos adicionais. Aqui nas
emendas, temos uma fonte só! Portanto, não confunda as fontes para abertura de créditos adicionais com a
fonte para emendas ao PLOA.
A banca vai fazer pegadinhas aqui, dizendo que um parlamentar quer fazer uma emenda ao PLOA e
indicará como fonte o superávit financeiro apurado no balanço patrimonial do exercício anterior. Essa
emenda não será aprovada, pois a indicação de recursos tem que ser proveniente de anulação de despesas
(exceto despesas com pessoal, serviços da dívida e TRANS TRI CO).
Superávit Financeiro
Excesso de Arrecadação
Reserva de contingência
Anulação de despesas
Anulação de dotação
Operações de crédito
Preste atenção!
Se a emenda envolver dinheiro, ela somente será admitida se o parlamentar indicar os recursos necessários.
A indicação dos recursos necessários só é admita se for proveniente da anulação de uma outra despesa. Essa
é a única fonte de recursos para emendas ao PLOA.
Mas nem todas as despesas poderão ser anuladas. Quais são elas? Pessoal, serviços da dívida e TRANS TRI
CO.
Resumindo
Pessoal
Emendas Mas não
indiquem os
somente Anulação de poderão ser Serviços da
recursos
aprovadas despesas anuladas dívida
necessários
caso despesas com
TRANS TRI CO
40 de 84| www.direcaoconcursos.com.br
Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 5
Tem sim! 😁
Condição 3:
§ 3º As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem somente podem
ser aprovadas caso:
Por exemplo: a estimativa de receita foi calculada errada. A emenda que corrija esse erro poderá ser aprovada.
• Dispositivos do texto do projeto de lei: aqui a emenda irá modificar somente o texto do PLOA.
Por exemplo: o texto original fala em “estimativa da receita”. A emenda propõe alteração para “previsão da receita”. Ok.
Só mudou o texto. Essa emenda poderá ser aprovada.
Então é o seguinte: as emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem
somente podem ser aprovadas caso sejam compatíveis com o PPA e a LDO. Essa regra sempre terá que ser
obedecida. Além disso:
• se a emenda demandar recursos públicos, ela terá que indicar os recursos necessários, sendo
admitidos apenas os provenientes de anulação de despesa (só não pode anular despesas com
pessoal, serviços da dívida e TRANS TRI CO).
• senão, elas serão emendas para corrigir erros e omissões ou somente relacionadas a dispositivos
do texto do projeto de lei.
Beleza!
Essas foram as condições para emendas ao PLOA, mas nós temos condições também para emendas ao
projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO). Na verdade, temos uma condição só! Veja (CF/88):
Art. 166, § 4º - As emendas ao projeto de lei de diretrizes orçamentárias não poderão ser aprovadas
quando incompatíveis com o plano plurianual.
Portanto, a única condição para que as emendas ao PLDO sejam aprovadas é que elas sejam compatíveis
com o PPA. Só isso! 😌
É estar de acordo com as diretrizes, objetivos e metas (DOM) estabelecidas no PPA! 😃 Pronto!
41 de 84| www.direcaoconcursos.com.br
Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 5
Preste atenção!
Única condição para as emendas ao PLDO serem aprovadas: serem compatíveis com o PPA
Pronto! Agora nós estamos prontos para ver outra regra constitucional interessante. Lá vai:
I - nos projetos de iniciativa exclusiva do Presidente da República, ressalvado o disposto no art. 166, §
3º e § 4º.
Portanto, o que esse dispositivo quer dizer é que se a iniciativa de lei for exclusiva do Presidente da
República, não será admitido o aumento da despesa prevista. Agora, se estivermos falando de PLOA e PLDO,
o aumento da despesa prevista poderá ser admitido! 😄
Por exemplo: o Presidente enviou uma lei ao Poder Legislativo e o impacto orçamentário dela será de R$ 1.000.000,00. O
Poder Legislativo não poderá aumentar essa despesa prevista! Não poderá aumentar de R$ 1.000.000,00 para R$
2.000.000,00, por exemplo.
Agora, se essa lei que o Presidente enviou foi o PLOA ou o PLDO, aí sim o Poder Legislativo poderá aumentar a despesa
prevista. 😄
“Mas, professores, uma das condições para aprovação de emendas ao PLOA não é que elas deverão indicar
os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de despesa? Quando eu faço uma anulação
de despesa eu estou simplesmente substituindo uma despesa pela outra, sem aumentar o valor global do
orçamento. Agora vocês estão me dizendo que é possível aumentar a despesa prevista? Como assim?” 🤕
É. É isso mesmo!
Seguinte: regra geral, não é possível aumentar a despesa fixada na LOA, nem mesmo por emenda
parlamentar. Por isso que essas emendas precisam anular uma despesa, substituindo-a por outra. No entanto,
se essa emenda for enquadrada como correção de erros e omissões, aí sim será possível aumentar a despesa.
Por exemplo: a estimativa da receita era de R$ 1.000.000,00, mas houve um erro no cálculo. Na verdade, era pra ser R$
1.500.000,00. Ou seja: houve uma reestimativa da receita. Agora será possível aumentar a despesa em mais R$
500.000,00.
Portanto, as emendas parlamentares não podem acarretar aumento na despesa total do orçamento, a
menos que sejam identificados erros ou omissões nas receitas, devidamente comprovados.
Preste atenção!
As emendas parlamentares não podem acarretar aumento na despesa total do orçamento, a
menos que sejam identificados erros ou omissões nas receitas, devidamente comprovados.
42 de 84| www.direcaoconcursos.com.br
Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 5
Beleza. E falando em reestimativa de receitas, olha só essa regra que a LRF trouxe:
Art. 12, § 1o Reestimativa de receita por parte do Poder Legislativo só será admitida se comprovado erro
ou omissão de ordem técnica ou legal.
Então:
Por exemplo: o PLOA chegou ao Poder Legislativo e um parlamentar (ou uma comissão) acredita que a receita deva ser
reestimada. É possível reestimar a receita? Sim! Desde que seja comprovado que houve um erro ou omissão de ordem
técnica ou legal.
Art. 56. A Reserva de Recursos será composta dos eventuais recursos provenientes da reestimativa das
receitas, da Reserva de Contingência e outros definidos no Parecer Preliminar, deduzidos os recursos
para atendimento de emendas individuais, de despesas obrigatórias e de outras despesas definidas naquele
Parecer.
Portanto:
Ah! E tem uma outra regra que é muito interessante você conhecer. Ela está lá na Lei 4.320/64. Vamos
ver?
Art. 33. Não se admitirão emendas ao projeto de Lei de Orçamento que visem a:
a) alterar a dotação solicitada para despesa de custeio, salvo quando provada, nesse ponto a inexatidão
da proposta;
b) conceder dotação para o início de obra cujo projeto não esteja aprovado pelos órgãos competentes;
c) conceder dotação para instalação ou funcionamento de serviço que não esteja anteriormente
criado;
43 de 84| www.direcaoconcursos.com.br
Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 5
Resumindo
se Mas não Pessoal
Recurso só
demandar poderão
poderão ser
recursos ser Serviços da
provenientes
Condições públicos, anuladas dívida
de anulação
para indique os despesas
compatíveis de despesas TRANS TRI CO
aprovação recuros com
com PPA e
de
LDO
emendas se estiver
ao PLOA relacionada Poderá haver reestimativa de
a erros ou receita e aumento da despesa
omissões
Comentários:
Sim! A Mensagem Presidencial é o instrumento de comunicação oficial entre o Presidente da República e o Congresso
Nacional. A proposta de lei orçamentária anual (LOA) é enviada ao Poder Legislativo por meio de Mensagem.
Gabarito: Certo
O chefe do Poder Executivo poderá enviar mensagem ao Poder Legislativo para propor modificação nos projetos de lei
orçamentária enquanto não iniciada a discussão da parte para a qual se propõe alteração.
Comentários:
Certa, né? 😅
NÃO! ERRADA! 😳
O chefe do Poder Executivo poderá enviar mensagem ao Poder Legislativo para propor modificação nos projetos de lei
orçamentária enquanto não iniciada a votação (e não a discussão) da parte para a qual se propõe alteração. Olha só a
literalidade da CF/88:
Art. 166, § 5º - O Presidente da República poderá enviar mensagem ao Congresso Nacional para propor modificação nos
projetos a que se refere este artigo enquanto não iniciada a votação, na Comissão mista, da parte cuja alteração é proposta.
Está vendo o nível de atenção que você deve dar a esse dispositivo constitucional? Nós avisamos! 😄
Gabarito: Errado
Quanto ao processo de elaboração, discussão, votação e aprovação da proposta orçamentária, a Constituição Federal
estabelece que em qualquer momento o Presidente da República pode enviar mensagem ao Congresso Nacional para
propor modificações no projeto da lei orçamentária anual.
44 de 84| www.direcaoconcursos.com.br
Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 5
Comentários:
Em qualquer momento? 🤔
É claro que não! É só enquanto não iniciada a votação, na Comissão mista, da parte que ele deseja alterar.
Essa regra existe para evitar que o chefe do Executivo fique alterando o projeto de lei sempre que desejar. Se a votação já
tiver sido iniciada e o chefe do Executivo pudesse propor uma alteração, a Comissão teria que analisar aquele novo projeto
e praticamente descartar todo o trabalho que foi feito antes. Pense num desperdício de tempo e recursos públicos! Além
disso, o orçamento tem prazos! Se a alteração pudesse ser feita a qualquer momento, ia ser difícil conseguir aprovar tudo
no prazo.
Gabarito: Errado
Quanto ao processo de elaboração, discussão, votação e aprovação da proposta orçamentária, a Constituição Federal
estabelece que no caso de emendas ao projeto da lei do orçamento anual, somente são admitidas as indicações de recursos
advindos de anulação de despesa.
Comentários:
Exatamente! Se quiser fazer uma emenda ao PLOA tem que indicar de onde os recursos necessários para realiza-la serão
tirados. E somente será admitido tirar dinheiro da anulação de uma outra despesa. Lembrando que nem todas as despesas
poderão ser anuladas! Algumas despesas jamais poderão ser anuladas.
Art. 166, § 3º As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem somente podem ser
aprovadas caso:
II - indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de despesa, excluídas as que incidam
sobre:
a) dotações para pessoal e seus encargos;
b) serviço da dívida;
c) transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e Distrito Federal; ou
Gabarito: Certo
Quanto ao processo de elaboração, discussão, votação e aprovação da proposta orçamentária, a Constituição Federal
estabelece que o projeto de lei relativo ao orçamento anual será apreciado pela Câmara dos Deputados, cabendo ao
Senado apenas o acompanhamento do atendimento aos limites constitucionais.
Comentários:
Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos
adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na forma do regimento comum.
Portanto, no âmbito federal, esses projetos serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional. Não é só pela
Câmara dos Deputados, cabendo ao Senado apenas o acompanhamento do atendimento aos limites constitucionais. É
pelas duas Casas! 🧐
Gabarito: Errado
45 de 84| www.direcaoconcursos.com.br
Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 5
Ainda que não esteja compatível com o plano plurianual, a emenda ao projeto de lei orçamentária que pretender consignar
recursos para transferência a empresa estatal com o objetivo de financiar a construção de uma usina hidrelétrica poderá
ser apresentada na Comissão Mista de Orçamento por qualquer parlamentar.
Comentários:
Qualquer (absolutamente qualquer) emenda poderá ser apresentada, “ainda que não esteja compatível com o plano
plurianual”, exatamente como disse a questão.
Mas nem toda emenda será aprovada. As emendas somente podem ser aprovadas caso respeitem os requisitos
mencionados na CF/88 (art. 166, § 3º e 4º).
Gabarito: Certo
O presidente da República pode enviar mensagem ao Congresso Nacional propondo modificação no projeto de lei
orçamentária, aumentando os recursos alocados no orçamento de investimentos a serem executados pelo SERPRO,
desde que não tenha sido iniciada a votação, na comissão mista, da parte cuja alteração é proposta.
Comentários:
Art. 166, § 5º - O Presidente da República poderá enviar mensagem ao Congresso Nacional para propor modificação nos
projetos a que se refere este artigo enquanto não iniciada a votação, na Comissão mista, da parte cuja alteração é
proposta.
Gabarito: Certo
46 de 84| www.direcaoconcursos.com.br
Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 5
Já que estamos falando tanto sobre discussão, votação e aprovação dos projetos de leis orçamentárias e
sobre emendas, achei interessante lhe recordar sobre dois tipos especiais de emendas: as emendas individuais
e as emendas de bancada. 😃
Porque elas são as nossas famosas emendas impositivas! Elas representam o pedacinho de orçamento
impositivo que temos em nosso orçamento autorizativo.
Temos os seguintes tipos de emendas ao orçamento:
As emendas individuais ganharam grande destaque (na mídia e nas provas 😅) depois da EC 86/2015,
pois elas representavam o único pedacinho de orçamento impositivo que tínhamos em nosso orçamento
autorizativo. As emendas individuais impositivas eram a única gota de orçamento impositivo no meio desse
oceano de orçamento autorizativo. 🌊
Mas agora essa gota tem companhia: a EC 100/2019 trouxe o orçamento impositivo para as emendas de
bancada! 😃
Mas veja bem: as emendas coletivas podem ser emendas de bancada ou emendas de comissão.
Portanto,
Dentre as emendas coletivas, somente as emendas de bancada é que são impositivas! As emendas
de comissão não o são!
Resumindo
Individuais EC 86/2015
De bancada EC 100/2019
Emendas
Coletivas
parlamentares
De comissão
de Relatoria
47 de 84| www.direcaoconcursos.com.br
Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 5
II A iniciativa dos projetos de lei do plano plurianual, das diretrizes orçamentárias e do orçamento anual cabe
ao chefe do Poder Executivo em cada um dos poderes.
III É possível utilizar o superávit financeiro do exercício anterior como fonte de recursos para emenda ao
orçamento anual.
IV Metade das emendas individuais dos parlamentares a projeto de lei orçamentária deve ser destinada a
ações e serviços públicos de saúde.
Estão certos apenas os itens
A) I e II.
B) I e III.
C) II e IV.
D) I, III e IV.
E) II, III e IV.
Comentários:
Vamos começar logo dizendo que essa questão foi anulada, por conta do item II, que, segundo a banca,
não possibilitou uma interpretação objetiva por parte do candidato. E é verdade! A questão merecia ser anulada
mesmo! 🧐
I. Errado. Ah! Como a banca foi sorrateira aqui! 😅 O aluno que leu rápido deve ter caído direitinho na
armadilha. A resposta para esse item está na CF/88:
Art. 166, § 5º - O Presidente da República poderá enviar mensagem ao Congresso Nacional para propor
modificação nos projetos a que se refere este artigo enquanto não iniciada a votação, na Comissão
mista, da parte cuja alteração é proposta.
Percebeu a marcação? 😏
Portanto, o chefe do Poder Executivo poderá enviar mensagem ao Poder Legislativo para propor
modificação nos projetos de lei orçamentária enquanto não iniciada a votação (e não a discussão) da parte
48 de 84| www.direcaoconcursos.com.br
Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 5
para a qual se propõe alteração. Primeiro ocorre a discussão, depois é que há a votação. A regra é que o chefe
do Executivo pode enviar até o início da votação!
II. Gabarito preliminar da banca: certo. Posteriormente a questão foi anulada por vício neste item. E, em
nossa opinião, a banca agiu corretamente, afinal você já conheceu o chefe do Poder Executivo em cada um dos
poderes? 😅 Nós nunca conhecemos! Só conhecemos chefe do Poder Executivo, que pertence ao Poder
Executivo.
De qualquer forma, acreditamos que a questão queria mesmo era testar se você sabia que a iniciativa das
leis orçamentárias (PPA, LDO e LOA) é do Poder Executivo, mais especificamente do chefe do Poder
Executivo, independentemente da proposta orçamentária ser de outros poderes. Estes não encaminham a
sua proposta orçamentária diretamente para o Poder Legislativo. Eles elaboram a sua proposta e a enviam
para o Poder Executivo, que fará a consolidação, realizará ajustes necessários e, finalmente, encaminhará o
projeto de lei para o Poder Legislativo.
É isso que está na CF/88, confirme aqui:
IV. Certo. Finalmente um item certo! E ele trata das Emendas Individuais Impositivas, tema que surgiu
com a Emenda Constitucional 86/2015. Vejamos o que diz a CF/88:
Art. 166, § 9º As emendas individuais ao projeto de lei orçamentária serão aprovadas no limite de 1,2%
(um inteiro e dois décimos por cento) da receita corrente líquida prevista no projeto encaminhado pelo
Poder Executivo, sendo que a metade deste percentual será destinada a ações e serviços públicos de
saúde.
49 de 84| www.direcaoconcursos.com.br
Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 5
Portanto, a questão está correta: metade deste percentual (ou seja, 0,6%) será destinada a ações e
serviços públicos de saúde (atenção: só saúde! 🏥 Educação, segurança, seguridade social não!).
Gabarito: Anulada
No âmbito federal, emendas a projeto de lei orçamentária anual (LOA) somente poderão ser apresentadas ao
plenário das duas Casas do Congresso Nacional, que as apreciarão na forma do regimento comum.
Comentários:
Viu como mesmo em um concurso de âmbito municipal a regra federal pode ser cobrada? 😄
A questão está errada, porque as emendas serão apresentadas na Comissão mista (a nossa querida
CMO), e não no plenário. Funciona assim: primeiro as emendas serão apresentadas na Comissão mista, a
qual irá emitir um parecer sobre elas. Em seguida, as emendas serão apreciadas pelo Plenário das duas Casas
do Congresso Nacional. É isso que nos diz a CF/88, veja só:
Art. 166, § 2º As emendas serão apresentadas na Comissão mista, que sobre elas emitirá parecer, e
apreciadas, na forma regimental, pelo Plenário das duas Casas do Congresso Nacional.
Gabarito: Errado
Mas a anulação de despesa para pessoal e seus encargos é admitida como fonte? 🤔
Responda conosco em voz alta: NÃÃÃO! 😤 E é por isso que a questão está errada.
50 de 84| www.direcaoconcursos.com.br
Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 5
Pessoal
Emendas Mas não
indiquem os
somente Anulação de poderão ser Serviços da
recursos
aprovadas despesas anuladas dívida
necessários
caso despesas com
TRANS TRI CO
Gabarito: Errado
O projeto de lei orçamentária anual independe de sanção ou veto do chefe do Poder Executivo, sendo
diretamente promulgado pelas mesas do Congresso Nacional.
Comentários:
Independe de sanção ou veto?
Negativo! Conforme o princípio da legalidade, a Lei Orçamentária Anual é uma lei!
Pois é! 😅 E, como toda lei, ela (a LOA) também depende de sanção ou veto do chefe do Poder Executivo.
Aí vem que a questão nos dizer que ela independe de sanção ou veto? Sai pra lá! 😂
Percebemos isso também no próprio ADCT, que estabelece os prazos para encaminhamento e devolução
para sanção das leis orçamentárias. Vejamos a regra para o PLOA:
Art. 35, § 2º Até a entrada em vigor da lei complementar a que se refere o art. 165, § 9º, I e II, serão
obedecidas as seguintes normas:
III - o projeto de lei orçamentária da União será encaminhado até quatro meses antes do encerramento do
exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento da sessão legislativa.
Gabarito: Errado
O ciclo orçamentário inicia-se com a definição das macrodiretrizes e encerra-se com a mensagem presidencial
comunicando a aprovação do orçamento anual.
Comentários:
Preste atenção:
51 de 84| www.direcaoconcursos.com.br
Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 5
10. Elaboração e Formalização da SOF e SEST; Órgãos Setoriais; Mensagem presidencial, texto e anexos
Mensagem Presidencial e do Casa Civil/ Presidência da do PLOA, elaborados e entregues ao
Projeto de Lei Orçamentária República Congresso Nacional
Veja, portanto, que o ciclo orçamentário não se inicia com a definição das macrodiretrizes e nem se
encerra com a mensagem presidencial comunicando a aprovação do orçamento anual.
Na verdade, é a fase de elaboração da proposta orçamentária que se inicia com o Planejamento do
Processo de Elaboração e se encerra com a Elaboração e Formalização das Informações Complementares ao
PLOA.
“O ciclo orçamentário inicia-se com a formulação do planejamento plurianual pelo Poder Executivo e
encerra-se com a avaliação da execução e do julgamento das contas”. Por sinal, foi a própria banca que disse
isso, no concurso do DEPEN, em 2015. 😉
Gabarito: Errado
O Cespe ADORA aquela tabela do MTO com as etapas do processo de elaboração do PLOA!
52 de 84| www.direcaoconcursos.com.br
Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 5
E a cobrança é quase sempre a respeito da ordem (sequência) dessas etapas. Portanto, o foco é na
primeira coluna da tabela, ok? 😉
1. Primeiro você planeja: você não começa nada sem antes planejar; 🧐
Portanto, a questão está correta. A revisão da estrutura programática somente pode ocorrer depois da
definição das macrodiretrizes de governo.
Gabarito: Certo
... o Cespe ADORA aquela tabela do MTO com as etapas do processo de elaboração do PLOA?
Então vejamos:
53 de 84| www.direcaoconcursos.com.br
Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 5
Gabarito: D
A respeito das técnicas, dos princípios e do ciclo orçamentários, julgue o item a seguir.
O ciclo orçamentário tem início com a preparação da proposta orçamentária e termina com o encerramento do
exercício financeiro.
Comentários:
Nada disso! O próprio Cespe já disse que:
O ciclo orçamentário inicia-se com a formulação do planejamento plurianual pelo Poder Executivo
e encerra-se com a avaliação da execução e do julgamento das contas.
Além disso,
Gabarito: Errado
54 de 84| www.direcaoconcursos.com.br
Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 5
Sim! 😃 A iniciativa é sempre do Poder Executivo. O Poder Legislativo, por exemplo, elabora a sua
proposta e a envia para o Poder Executivo, que fará a consolidação, realizará ajustes necessários e,
finalmente, encaminhará o projeto de lei de volta para o Poder Legislativo.
“Mas, professores, que coisa mais sem lógica. A proposta é do Poder Legislativo e ele tem que mandar para o
Poder Executivo para depois voltar pro Legislativo? Se vai voltar para lá, por que não fica logo lá?”
Porque a iniciativa é sempre do Poder Executivo! CF/88 é quem diz isso, olha só:
Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:
I - o plano plurianual;
II - as diretrizes orçamentárias;
III - os orçamentos anuais.
E o Poder Executivo é o responsável pela fase de elaboração da proposta orçamentária, o que significa
que é ele que organiza, consolida, faz ajustes e encaminha o projeto de leis orçamentárias para o Poder
Legislativo. Se cada Poder enviasse a sua proposta diretamente para o Poder Legislativo, imagina a bagunça
que ia ser. O Poder Legislativo é quem precisaria consolidar tudo e fazer os ajustes. 🧐
Gabarito: Certo
Comentários:
O que?! Ciclo orçamentário começando a partir da mensagem presidencial? 🤨 E toda a elaboração das
propostas orçamentárias setoriais, a consolidação da proposta feita pelo Poder Executivo, todo o
planejamento... isso não faz parte do ciclo orçamentário?
O ciclo orçamentário começa bem antes da mensagem presidencial que encaminha o projeto de lei
orçamentária ao Congresso Nacional. O ciclo orçamentário inicia-se com a formulação do planejamento
plurianual! 😄
Gabarito: Errado
55 de 84| www.direcaoconcursos.com.br
Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 5
Só que agora o Cespe resolveu apelar um pouco e cobrou as etapas fora daquelas que julgamos as mais
importantes (1, 2, 3, 10 e 11). Veja só:
Etapas Responsáveis Produto
Estimativa das receitas e das despesas
5. Avaliação da NFGC para a SOF; Órgãos Setoriais; ME; Casa
que compõem a NFGC, para a proposta
Proposta Orçamentária Civil/ Presidência da República
orçamentária
6. Estudo, Definição e Divulgação
SOF; ME; Casa Civil/ Presidência
de Limites para a Proposta
da República
Setorial
Proposta orçamentária dos órgãos
7. Captação da Proposta Setorial UOs; Órgãos Setoriais
setoriais, detalhada no SIOP
8. Análise e Ajuste da Proposta Proposta orçamentária analisada, ajustada
SOF
Setorial e definida
Portanto, só depois de estimadas as Necessidades de Financiamento do Governo Central (NFGC) é que
poderá ser elaborada proposta orçamentária dos órgãos setoriais.
Gabarito: Certo
12. CESPE – CGM de João Pessoa – Técnico Municipal de Controle Interno – 2018
Comentários:
Será? Vamos ver como é o nosso ciclo orçamentário ampliado (proposto pelo autor Osvaldo Maldonado
Sanches)?
1. formulação do planejamento plurianual, pelo Executivo;
2. apreciação e adequação do plano, pelo Legislativo;
3. proposição de metas e prioridades para a administração e da política de alocação de recursos pelo
Executivo;
4. apreciação e adequação da LDO, pelo Legislativo;
5. elaboração da proposta de orçamento, pelo Executivo;
6. apreciação, adequação e autorização legislativa;
7. execução dos orçamentos aprovados;
8. avaliação da execução e julgamento das contas.
Portanto:
O ciclo orçamentário inicia-se com a formulação do planejamento plurianual pelo Poder Executivo
e encerra-se com a avaliação da execução e do julgamento das contas.
Gabarito: Errado
56 de 84| www.direcaoconcursos.com.br
Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 5
As metas e os riscos fiscais são gerados na etapa de planejamento do processo de elaboração do orçamento
anual.
Comentários:
Aqui o Cespe pegou pesado mesmo! Ele cobrou aquela tabelinha que ele adora, mas cobrou algo da
terceira coluna (produto gerados). 😔
Gabarito: Errado
A respeito do ciclo, do processo e dos princípios do orçamento público, julgue o item subsequente.
Constituído por diversas etapas, desde a proposta orçamentária até a aprovação da lei orçamentária, o ciclo
orçamentário é, ao longo de todo exercício, um processo intermitente no que diz respeito a análises e decisões.
Comentários:
Você sabe o que é um processo intermitente? É um processo em que ocorrem interrupções, que cessa e
recomeça por intervalos. Um processo descontínuo!
Para que determinada emenda ao projeto de lei orçamentária seja aprovada, é suficiente que ela tenha sido
apresentada na Comissão Mista de Orçamentos e não anule despesas de pessoal e encargos sociais, do serviço
da dívida ou de transferências constitucionais.
Comentários:
57 de 84| www.direcaoconcursos.com.br
Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 5
A questão nos deu duas condições para que uma emenda ao PLOA seja aprovada:
Art. 166, § 3º As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem somente
podem ser aprovadas caso:
b) serviço da dívida;
Portanto, veja que são três condições para que uma emenda seja aprovada, ou seja, as duas que a questão
trouxe não são suficientes! Faltou dizer que:
Gabarito: Errado
O ciclo orçamentário é o período de tempo em que se processam as atividades típicas do orçamento público.
Em sua concepção ampliada — adotada pela Constituição Federal de 1988 —, tal ciclo desdobra-se em oito
fases. Uma dessas fases corresponde à elaboração da proposta de orçamento pelo Poder Executivo e a sua
submissão ao Poder Legislativo. Essa fase ocorre
A) juntamente com a proposição de metas e prioridades para a administração pelo Poder Executivo.
B) logo após a aprovação pelo Poder Legislativo da política de alocação de recursos proposta pelo Poder
Executivo.
C) logo após a apreciação e a adequação da lei de diretrizes orçamentárias pelo Poder Legislativo.
58 de 84| www.direcaoconcursos.com.br
Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 5
Lá vem o Cespe de novo dizer que o ciclo ampliado está na Constituição Federal de 1988... 😒 Nós ainda
estamos procurando, mas beleza. Vejamos a questão.
Eis o ciclo orçamentário ampliado (composto por 8 fases):
1. formulação do planejamento plurianual, pelo Executivo;
2. apreciação e adequação do plano, pelo Legislativo;
3. proposição de metas e prioridades para a administração e da política de alocação de recursos pelo
Executivo;
4. apreciação e adequação da LDO, pelo Legislativo;
5. elaboração da proposta de orçamento, pelo Executivo;
6. apreciação, adequação e autorização legislativa;
7. execução dos orçamentos aprovados;
8. avaliação da execução e julgamento das contas.
A questão pergunta sobre a fase de elaboração da proposta de orçamento pelo Executivo, ou seja, nossa
5ª fase. Então vejamos as alternativas:
a) Errada. A proposição de metas e prioridades para a administração pelo Poder Executivo (“elaboração
da LDO”) é a 3ª fase, portanto ela não ocorre juntamente com a elaboração da proposta de orçamento (5ª fase).
b) Errada. Essa fase não está aí. A elaboração da proposta de orçamento vem logo após a apreciação e
adequação da LDO.
c) Correta. Depois da apreciação e adequação da LDO, pelo Legislativo (4ª fase) vem a elaboração da
proposta de orçamento (5ª fase).
d) Errada. Primeiro o orçamento é elaborado, depois é executado. A execução dos orçamentos aprovados
é a 7ª fase.
e) Errada. Imediatamente após a apreciação e a aprovação do plano plurianual pelo Poder Legislativo (2ª
fase) vem a proposição de metas e prioridades para a administração pelo Poder Executivo (“elaboração da
LDO”).
Gabarito: C
59 de 84| www.direcaoconcursos.com.br
Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 5
O ciclo orçamentário é um processo contínuo, dinâmico e flexível, em que são avaliados os aspectos físicos e
financeiros dos programas do setor público.
Comentários:
O ciclo orçamentário é o período de tempo em que se lavram as atividades características do orçamento
público de elaboração, aprovação, execução e controle/avaliação. Essas etapas que se repetem
periodicamente, nunca acaba e nem tem data fixa para acabar ou começar. Por isso, o ciclo orçamentário é
um processo contínuo, dinâmico e flexível!
Gabarito: Certo
A iniciativa das leis orçamentárias é sempre do Poder Executivo (e não do Poder Legislativo)
I - o plano plurianual;
II - as diretrizes orçamentárias;
Gabarito: Errado
A respeito do orçamento público, instrumento de gestão de maior relevância da administração pública, julgue
o item a seguir.
O ciclo orçamentário é constituído de uma sequência de quatro fases, ou etapas, que devem ser cumpridas
como parte do processo orçamentário: elaboração, aprovação, execução e acompanhamento.
Comentários:
60 de 84| www.direcaoconcursos.com.br
Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 5
“Mas, professores, acompanhamento não é a mesma coisa que controle e avaliação? Não são sinônimos?”
🤨
Mais ou menos. 😕
Ao estudar Direito Administrativo, você aprende que o controle pode ser prévio, concomitante ou
posterior. A palavra “acompanhamento” dá ideia de controle concomitante (pense em: acompanhamento
em tempo real), ao passo que a fase de controle e avaliação da execução orçamentária abrangeria todos os
três momentos de controle, mas principalmente o controle posterior.
Gabarito: Errado
A respeito do orçamento público, instrumento de gestão de maior relevância da administração pública, julgue
o item a seguir.
O processo orçamentário envolve a fase de elaboração das leis orçamentárias e a fase de execução
orçamentária.
Comentários:
Sim! 😃 Essas (elaboração das leis orçamentárias e a fase de execução orçamentária) são duas das quatro
fases do nosso processo (ou ciclo) orçamentário. Quer ver? 😄
61 de 84| www.direcaoconcursos.com.br
Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 5
Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento anual
e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na forma do
regimento comum.
Atenção: no âmbito federal, esses projetos serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional.
Não é só pela Câmara dos Deputados e nem só pelo Senado Federal. É pelas duas! 🧐 E será na forma do
regimento comum, ok? 🤓
Só com isso nós já encontramos nosso gabarito na alternativa C. Esses projetos de lei serão apreciados
pela Câmara Federal e pelo Senado Federal. 😉
Gabarito: C
62 de 84| www.direcaoconcursos.com.br
Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 5
O exercício financeiro coincide com o ano civil, ao passo que o ciclo orçamentário tem duração variável em
função das várias fases de elaboração da proposta orçamentária, que incluem a apreciação, a aprovação, o
controle e a avaliação do orçamento.
Comentários:
Vejamos novamente o texto da questão: “o exercício financeiro coincide com o ano civil, ao passo que o
ciclo orçamentário tem duração variável (...)”. A questão está certa até aqui! 😅
Agora é que vem o problema: “em função das várias fases de elaboração da proposta orçamentária, que
incluem a apreciação, a aprovação, o controle e a avaliação do orçamento”.
Primeiro: o ciclo orçamentário tem duração variável não tem duração variável só por causa da fase de
elaboração. A fase de controle e avaliação também pode demorar bastante e ela não possui prazo limite.
Lembra das contas do ex-presidente Fernando Collor (1990-1992)? Pois é, esse ciclo orçamentário ainda não
acabou! 😳).
Segundo: a fase elaboração não inclui as fases de apreciação, a aprovação, o controle e a avaliação. São
fases distintas!
Gabarito: Errado
Compete ao Poder Legislativo propor, no ciclo orçamentário, as metas e as prioridades para a administração
pública.
Comentários:
Compete ao Poder Executivo propor, no ciclo orçamentário, as metas e as prioridades para a
administração pública. O Poder Executivo é quem é responsável pela elaboração da proposta orçamentária,
incluindo as leis do PPA, LDO e LOA.
63 de 84| www.direcaoconcursos.com.br
Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 5
•Legislativo •Executivo
Controle e
Elaboração
avaliação
Discussão,
Execução votação,
aprovação
•Executivo •Legislativo
Quando a questão falou em metas e as prioridades (MP) para a administração pública, ela se referiu à Lei
de Diretrizes Orçamentárias (LDO), cuja elaboração é de responsabilidade do Poder Executivo.
Gabarito: Errado
Comentários:
É isso mesmo! Senão vejamos (ADCT):
Art. 35, § 2º Até a entrada em vigor da lei complementar a que se refere o art. 165, § 9º, I e II, serão
obedecidas as seguintes normas:
I - o projeto do plano plurianual, para vigência até o final do primeiro exercício financeiro do mandato
presidencial subsequente, será encaminhado até quatro meses antes do encerramento do primeiro
exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento da sessão legislativa;
O detalhe é que esses prazos (de encaminhamento e devolução para sanção) não são obrigatórios para
os demais entes da Federação! Isso significa que prevalecerão os prazos estabelecidos nas Constituições
Estaduais e Leis Orgânicas Municipais e do Distrito Federal. Por outro lado, a vigência das leis orçamentárias é
de observância obrigatória, ou seja, em todo o Brasil, o PPA terá vigência de 4 anos, a LDO terá vigência de 1
ano e meio, e a LOA terá vigência de 1 ano.
Gabarito: Certo
64 de 84| www.direcaoconcursos.com.br
Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 5
Isso significa que o exercício financeiro começa em 1º de janeiro e termina em 31 de dezembro de cada
ano. Mas o ciclo orçamentário é diferente. Ele ultrapassa o exercício financeiro. Um ciclo orçamentário só
termina com o controle e avalição da execução orçamentária (julgamento das contas prestadas) e isso pode
demorar anos!
Portanto:
Gabarito: Certo
Nos termos da CF, o ciclo orçamentário desdobra-se em oito fases, cada uma com ritmo próprio, finalidade
distinta e periodicidade definida.
Comentários:
Olha só o Cespe utilizando o trabalho do nosso querido Osvaldo Maldonado Sanches! 😄 Esse autor criou
o que ele chama de ciclo orçamentário ampliado, o qual se desdobra em 8 fases:
1. formulação do planejamento plurianual, pelo Executivo;
2. apreciação e adequação do plano, pelo Legislativo;
3. proposição de metas e prioridades para a administração e da política de alocação de recursos pelo
Executivo;
4. apreciação e adequação da LDO, pelo Legislativo;
5. elaboração da proposta de orçamento, pelo Executivo;
6. apreciação, adequação e autorização legislativa;
7. execução dos orçamentos aprovados;
8. avaliação da execução e julgamento das contas.
Segundo o autor, tais fases são insuscetíveis de aglutinação, dado que cada uma possui ritmo próprio,
finalidade distinta e periodicidade definida.
65 de 84| www.direcaoconcursos.com.br
Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 5
Portanto, a questão está correta. Ela só tem um “probleminha” que nos deixa coçando a cabeça 😑. Ela
afirma que o ciclo orçamentário se desdobra em oito fases, “nos termos da CF”. Nós nunca encontramos
dispositivo algum da CF/88 que afirma isso. Você já encontrou? 🤔 Se sim, nos diga! Mas aparentemente o
Cespe já encontrou! 😂 Ressalte-se que isso não invalida a questão. 😉
Gabarito: Certo
No Brasil, o orçamento público assumiu características peculiares, principalmente após a promulgação da CF.
Com base nessas informações, julgue o item que se segue.
O projeto de Lei Orçamentária Anual (LOA) deve ser aprovado em sessões ordinárias ou extraordinárias
separadas, primeiramente no plenário da Câmara dos Deputados, em seguida no plenário do Senado Federal.
Comentários:
Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento anual
e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na forma do
regimento comum.
Gabarito: Errado
Considerando que João seja responsável pela elaboração da proposta orçamentária de um tribunal federal, que
irá compor o projeto de lei orçamentária anual (LOA) para 2014, julgue os itens que se seguem à luz do disposto
na CF, na Lei n.º 4.320/1964 e na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).
Elaborada a proposta orçamentária de todos os órgãos, entidades e poderes federais, o projeto de lei
orçamentária deve ser encaminhado ao Congresso Nacional, que poderá fazer alterações na proposta, inclusive
para reduzir as despesas com investimentos dos tribunais.
Comentários:
“Eita, professores! O Poder Legislativo pode reduzir as despesas com investimentos dos tribunais? Cadê a
separação dos Poderes?” 🤨
Ah! O Poder Legislativo são os representantes do povo! E você deve sempre lembrar que (CF/88):
Art. 1º, Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos
ou diretamente, nos termos desta Constituição.
A separação dos Poderes não se aplica aqui. Estamos na fase de discussão, votação e aprovação do
projeto de lei orçamentária e os parlamentares possuem sim a prerrogativa de emendá-lo.
66 de 84| www.direcaoconcursos.com.br
Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 5
E também não há regra que disponha o contrário (afirmando que o Poder Legislativo não pode diminuir
as despesas de outros Poderes). O que existe é a seguinte regra, estabelecida pela Lei 4.320/64:
Art. 33. Não se admitirão emendas ao projeto de Lei de Orçamento que visem a:
a) alterar a dotação solicitada para despesa de custeio, salvo quando provada, nesse ponto a inexatidão
da proposta;
b) conceder dotação para o início de obra cujo projeto não esteja aprovado pelos órgãos competentes;
c) conceder dotação para instalação ou funcionamento de serviço que não esteja anteriormente
criado;
Veja que não há vedação alguma à realização de alterações na proposta para reduzir as despesas com
investimentos dos tribunais. Se estivéssemos falando de despesas de custeio, aí sim teríamos um problema,
pois essa emenda não seria admitida (salvo quando provada, nesse ponto a inexatidão da proposta).
Gabarito: Certo
No que se refere à atuação do Estado nas finanças públicas e ao orçamento público, julgue o item que se segue.
A proposta de alteração de procedimento de elaboração, discussão, aprovação e execução do orçamento
público no Brasil deve ser apresentada por meio de projeto de lei complementar.
Comentários:
Muita atenção aqui! A questão não está falando na forma em que o projeto de lei do orçamento público
deve tomar. Ela está falando do procedimento de elaboração, discussão, aprovação e execução do orçamento
público.
Porque a CF/88 exigiu que esse tema fosse regulado por lei complementar (CF/88, art. 165, § 9º):
§ 9º Cabe à lei complementar:
I - dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a organização do plano
plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e da lei orçamentária anual;
Gabarito: Certo
67 de 84| www.direcaoconcursos.com.br
Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 5
No Brasil, o processo de elaboração, aprovação, execução e controle do orçamento público obedece a regras
específicas definidas na CF e na legislação infraconstitucional. Com base nessas normas, julgue o item seguinte.
A apresentação da lei orçamentária anual no caso da União é de iniciativa privativa do presidente da República,
mas esse poder é vinculado aos prazos determinados pela legislação e o não cumprimento desses prazos
constitui crime de responsabilidade.
Comentários:
Sim!
A iniciativa de lei é privativa do Presidente da República (aqui não existe essa história de que
competência privativa é delegável e competência exclusiva é indelegável). Veja só (CF/88):
XXIII - enviar ao Congresso Nacional o plano plurianual, o projeto de lei de diretrizes orçamentárias e
as propostas de orçamento previstos nesta Constituição;
E essa iniciativa também é vinculada, pois o Presidente da República é obrigado a apresentar os projetos
de leis orçamentárias (PPA, LDO e LOA) até o prazo estabelecido.
“E se o Presidente não enviar a proposta dentro do prazo? O que acontece?”
Duas coisas!
Primeiro: o Poder Legislativo considerará como proposta a Lei de Orçamento vigente, conforme a Lei
4.320/64):
Art. 32. Se não receber a proposta orçamentária no prazo fixado nas Constituições ou nas Leis Orgânicas
dos Municípios, o Poder Legislativo considerará como proposta a Lei de Orçamento vigente.
Segundo: o Presidente da República incorre em crime de responsabilidade (é por isso que, na prática, ele
não perde esse prazo “nem a pau”! 😂)
• Caso 3: chefe do Executivo não encaminhou o projeto de lei orçamentária ao Poder Legislativo
dentro do prazo;
• Caso 4: projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) não foi sancionada até 31 de dezembro.
68 de 84| www.direcaoconcursos.com.br
Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 5
69 de 84| www.direcaoconcursos.com.br
Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 5
Questões CESPE
70 de 84| www.direcaoconcursos.com.br
Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 5
E) II, III e IV
No âmbito federal, emendas a projeto de lei orçamentária anual (LOA) somente poderão ser apresentadas ao
plenário das duas Casas do Congresso Nacional, que as apreciarão na forma do regimento comum.
O ciclo orçamentário inicia-se com a definição das macrodiretrizes e encerra-se com a mensagem presidencial
comunicando a aprovação do orçamento anual.
71 de 84| www.direcaoconcursos.com.br
Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 5
A revisão da estrutura programática somente pode ocorrer depois da definição das macrodiretrizes de governo.
C) elaboração de pré-proposta.
D) planejamento do processo de elaboração.
E) estimativa das necessidades de financiamento.
A respeito das técnicas, dos princípios e do ciclo orçamentários, julgue o item a seguir.
O ciclo orçamentário tem início com a preparação da proposta orçamentária e termina com o encerramento do
exercício financeiro.
O ciclo orçamentário começa a partir da mensagem presidencial que encaminha o projeto de lei orçamentária
ao Congresso Nacional.
12. CESPE – CGM de João Pessoa – Técnico Municipal de Controle Interno – 2018
A respeito do orçamento público, julgue o item seguinte.
O ciclo orçamentário inicia-se com a elaboração do projeto de lei orçamentária e se encerra com a publicação
da lei do orçamento pelo Poder Executivo, após sua aprovação pelo Poder Legislativo.
72 de 84| www.direcaoconcursos.com.br
Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 5
As metas e os riscos fiscais são gerados na etapa de planejamento do processo de elaboração do orçamento
anual.
A respeito do ciclo, do processo e dos princípios do orçamento público, julgue o item subsequente.
Constituído por diversas etapas, desde a proposta orçamentária até a aprovação da lei orçamentária, o ciclo
orçamentário é, ao longo de todo exercício, um processo intermitente no que diz respeito a análises e decisões
Para que determinada emenda ao projeto de lei orçamentária seja aprovada, é suficiente que ela tenha sido
apresentada na Comissão Mista de Orçamentos e não anule despesas de pessoal e encargos sociais, do serviço
da dívida ou de transferências constitucionais.
As leis que instituem o ciclo orçamentário são de proposição exclusiva do Poder Legislativo.
73 de 84| www.direcaoconcursos.com.br
Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 5
A respeito do orçamento público, instrumento de gestão de maior relevância da administração pública, julgue
o item a seguir.
O ciclo orçamentário é constituído de uma sequência de quatro fases, ou etapas, que devem ser cumpridas
como parte do processo orçamentário: elaboração, aprovação, execução e acompanhamento.
A respeito do orçamento público, instrumento de gestão de maior relevância da administração pública, julgue
o item a seguir.
O processo orçamentário envolve a fase de elaboração das leis orçamentárias e a fase de execução
orçamentária.
A revisão da estrutura programática do projeto da lei orçamentária anual deve ser feita após a definição e a
divulgação dos limites das propostas setoriais.
Conforme a CF, os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento anual
e aos créditos adicionais deverão ser apreciados, na forma do regimento comum, pelo(a):
A respeito do ciclo orçamentário e todas as fases que o compõem, julgue o item que se segue.
O exercício financeiro coincide com o ano civil, ao passo que o ciclo orçamentário tem duração variável em
função das várias fases de elaboração da proposta orçamentária, que incluem a apreciação, a aprovação, o
controle e a avaliação do orçamento.
Com relação ao disposto na CF acerca de ciclo orçamentário e orçamento público, julgue o item subsecutivo.
Compete ao Poder Legislativo propor, no ciclo orçamentário, as metas e as prioridades para a administração
pública.
74 de 84| www.direcaoconcursos.com.br
Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 5
75 de 84| www.direcaoconcursos.com.br
Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 5
Gabarito - CESPE
1. Anulada 12. Errado 23. Errado
2. Errado 13. Errado 24. Errado
3. Errado 14. Errado 25. Certo
4. Errado 15. Errado 26. Certo
5. Errado 16. C 27. Certo
6. Certo 17. Certo 28. Errado
7. D 18. Errado 29. Certo
8. Errado 19. Errado 30. Certo
9. Certo 20. Certo 31. Certo
10. Errado 21. Errado
11. Certo 22. C
76 de 84| www.direcaoconcursos.com.br
Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 5
Resumo direcionado
O ciclo orçamentário é um processo contínuo, dinâmico e flexível. O nosso ciclo orçamentário é
composto por 4 etapas (ou fases):
1. Elaboração da proposta orçamentária;
2. Discussão, votação e aprovação do projeto de lei orçamentária;
3. Execução orçamentária;
4. Controle e avaliação da execução orçamentária.
•Legislativo •Executivo
Controle e
Elaboração
avaliação
Discussão,
Execução votação,
aprovação
•Executivo •Legislativo
A iniciativa das leis orçamentárias, além de exclusiva do chefe do Poder Executivo, é vinculada (pois este
é obrigado a apresentar os projetos de leis orçamentárias (PPA, LDO e LOA) até o prazo estabelecido).
O Poder Executivo é quem vai cuidar da elaboração da proposta orçamentária de todos os Poderes. O
Poder Legislativo, o Poder Judiciário e demais entidades dotadas de autonomia não encaminham a sua
proposta orçamentária diretamente para o Poder Legislativo.
77 de 84| www.direcaoconcursos.com.br
Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 5
Consolida as
Elaboram a sua
propostas e realiza
proposta orçamentária
ajustes
4 meses antes do
Para o Executivo
encerramento do exercício
encaminhar ao Legislativo
financeiro
PPA* e LOA
Para o Legislativo devolver encerramento da sessão
ao Executivo para sanção legislativa
Prazos
8 ½ meses antes do
Para o Executivo
encerramento do exercício
encaminhar ao Legislativo
financeiro
LDO
encerramento do primeiro
Para o Legislativo devolver
período da sessão
ao Executivo para sanção
legislativa
78 de 84| www.direcaoconcursos.com.br
Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 5
Não encaminhamento das propostas e propostas fora dos limites estabelecidos na LDO
79 de 84| www.direcaoconcursos.com.br
Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 5
1. Primeiro você planeja: você não começa nada sem antes planejar; 🧐
2. Depois você olha para o cenário macro e define macrodiretrizes;
3. Faça uma revisão da estrutura, porque se a estrutura for falha, o produto final será falho e todo o
trabalho terá sido em vão; 😕
4. Elabore uma pré-proposta;
5. Veja se você já terá dinheiro suficiente ou se irá precisar se endividar, ou seja, avalie a
Necessidade de Financiamento do Governo Central (NFCG); 💸
6. Estabeleça limites para os outros;
7. Receba, capte a proposta dos outros; ✊
8. Analise e ajuste a proposta dos outros;
9. Agora junte tudo e faça a consolidação da proposta orçamentária;
10. Elabore a Mensagem Presidencial que acompanha o PLOA. Ela só acompanha o PLOA, então
será elaborada depois dele;
11. Elabore informações complementares (elas não são tão importantes, são “só” complementares,
por isso ficam por último). 😅
80 de 84| www.direcaoconcursos.com.br
Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 5
A CMO é uma das protagonistas nessa etapa do ciclo orçamentário. é uma comissão permanente
composta por 30 deputados federais e 10 senadores, sendo 30 deputados suplentes e 10 senadores suplentes.
Portanto, temos 40 titulares + 40 suplentes.
Examinar e emitir
contas do PR
parecer sobre
planos e programas
CMO nacionais, regionais e
setoriais
acompanhamento e
exercer fiscalização orçamentária
81 de 84| www.direcaoconcursos.com.br
Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 5
O Presidente da República poderá enviar mensagem ao Congresso Nacional para propor modificação nos
projetos (não é na proposta e nem nas leis) a que se refere este artigo enquanto não iniciada (e não finalizada)
a votação, na Comissão mista (não é no Plenário), da parte cuja alteração é proposta (somente da parte que
está sendo alterada).
Emendas parlamentares:
Art. 166, § 2º As emendas serão apresentadas na Comissão mista, que sobre elas emitirá parecer, e
apreciadas, na forma regimental, pelo Plenário das duas Casas do Congresso Nacional.
Art. 166, § 3º As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem somente
podem ser aprovadas caso:
b) serviço da dívida;
As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem somente podem ser
aprovadas caso sejam compatíveis com o PPA e a LDO. Essa regra sempre terá que ser obedecida. Além
disso:
• se a emenda demandar recursos públicos, ela terá que indicar os recursos necessários, sendo
admitidos apenas os provenientes de anulação de despesa (só não pode anular despesas com
pessoal, serviços da dívida e TRANS TRI CO).
• senão, elas serão emendas para corrigir erros e omissões ou somente relacionadas a dispositivos
do texto do projeto de lei.
82 de 84| www.direcaoconcursos.com.br
Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 5
I - nos projetos de iniciativa exclusiva do Presidente da República, ressalvado o disposto no art. 166, §
3º e § 4º. (os dispositivos ressalvados versam sobre emendas ao PLOA e ao PLDO)
As emendas parlamentares não podem acarretar aumento na despesa total do orçamento, a menos que
sejam identificados erros ou omissões nas receitas, devidamente comprovados.
Única condição para que as emendas ao PLDO sejam aprovadas: compatibilidade com o PPA.
Art. 166, § 4º - As emendas ao projeto de lei de diretrizes orçamentárias não poderão ser aprovadas
quando incompatíveis com o plano plurianual.
Individuais EC 86/2015
De bancada EC 100/2019
Emendas
parlamentares Coletivas
De comissão
de Relatoria
83 de 84| www.direcaoconcursos.com.br
Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 5
Eu quero
ouvir você!
E você? Quer aulas melhores? 😃
Então me diz:
Se você gostou: ótimo! Agora, se não gostou, pode “tacar o pau”! 😂 Não fique com vergonha! Seja
honesto(a) mesmo! Eu não vou ficar com raiva. Eu vou é lhe agradecer! E muito! 😃 F
Me diz aí: o que eu poderia fazer melhor no futuro? O que pode melhorar na minha aula? O que você
gostou e o que você não gostou na aula? O que você achou do ritmo da aula? O que eu fiz errado e o que eu fiz
certo?
Você pode:
Muito obrigado! F
84 de 84| www.direcaoconcursos.com.br