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Departamento de Desenvolvimento Profissional

EFD-Reinf - Módulo II
Escrituração Fiscal Digital de Retenções e Outras Informações Fiscais
Samanta Pinheiro da Silva
samanta@consultoriainovar.com.br

Rio de Janeiro - RJ
Setembro - 2022

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ÍNDICE:

RETENÇÕES FEDERAIS – REVISÃO DE PROCEDIMENTOS

I - RETENÇÃO DO IMPOSTO DE RENDA:

1.1 – Retenção do Imposto de Renda – Pessoa Física


1.1.1 – Rendimentos do Trabalho Assalariado
1.1.2 – Rendimentos de Aluguel
1.1.3 – Rendimentos Isentos
1.1.4 – Deduções Admitidas
1.1.5 – Prazo de Recolhimento
1.1.6 –Dispensa de Retenção
1.2 – Retenção do Imposto de Renda – Pessoa Jurídica
1.2.1 – Fato Gerador
1.2.2 – Serviços sujeitos à retenção do Imposto de Renda

II – RETENÇÕES DAS CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS:

2.1– Atos Normativos


2.2– Fato Gerador /Base de Cálculo
2.3– Serviços sujeitos às retenções das Contribuições Sociais
2.4– Casos em que não se aplica à retenções das Contribuições Sociais
2.5– Pessoa Jurídica Amparada por Medida Judicial/Isenta
2.6– Dispensa de Retenção
2.7– Empresas Optantes pelo Simples
2.8– Retenções por Órgãos da Adm.Púb. Federal
2.8.1– Atos Normativos
2.8.2 – Fato Gerador
2.8.3 – Base de Cálculo/Alíquotas/ Código do DARF
2.8.4 – Hipóteses em que não haverá a retenção
2.8.5 – Pessoa Jurídica Amparada por Medida Judicial/Isenta

EFD-REINF – ESCRITURAÇÃO FISCAL DIGITAL DE RETENÇÕES


1 - Aspectos legais
2 - Cronograma de Vigência
3 - Contribuintes Obrigados EFD-Reinf
4 - Eventos e Periodicidade de Envio
5 - Situação Sem Movimento
6 - Descrição Simplificada do Modelo Operacional
7 - Acesso á EFD-Reinf – Certificado Digital ou Código de Acesso
8 - Transmissão dos Arquivos
9 - Identificadores Declarantes
10 - Alteração, Retificação e Exclusão Evento
11 - Penalidades Pelo Descumprimento à Legislação
-Apresentação das Tabelas

-Análise dos Eventos Fiscais


12 - Expectativas com a vigência da versão 2.1.1
13 - Apresentação dos eventos e tabelas da EFD-Reinf
1. RETENÇÃO DO IMPOSTO DE RENDA

A retenção do Imposto de Renda incide sobre:

 Rendimentos do Trabalho
 Serviços Prestados por Pessoas Jurídicas
 Outros Rendimentos
 Rendimentos de Residentes ou Domiciliados no Exterior
 Rendimentos de Capital

1.1 Retenção do Imposto de Renda – PF

O fato gerador ocorre:

1) Pagamentos ou créditos do rendimento, o que ocorrer primeiro nos casos de :

 Lucros e dividendos distribuídos por pessoas jurídicas tributadas com base no Lucro Real, que
tenham sido apurados até 31.12.98 ou nos anos de 94 e 95.

 Juros remuneratórios do capital próprio

 Multas e Vantagens por rescisão do contrato

2) Pagamentos do rendimento (regime de caixa), nos demais casos.

Os rendimentos estão sujeitos à incidência do imposto na fonte, mediante aplicação de alíquotas


progressivas, de acordo com as tabelas em Reais, constantes no site da RFB.

O imposto será retido por ocasião de cada pagamento e se, no mês, houver mais de um pagamento, a
qualquer título, pela mesma fonte pagadora, aplicar-se-á a alíquota correspondente à soma dos
rendimentos pagos à pessoa física, compensando-se o imposto anteriormente retido no próprio mês.

1.1.1 Rendimentos do Trabalho Assalariado - 0561

O fato gerador ocorre nas seguintes situações:

- Pagamento de salário, inclusive adiantamento de salário a qualquer título, indenização sujeita à


tributação, ordenado, vencimento, soldo, pro labore, remuneração indireta, retirada, vantagem, subsídio,
comissão, corretagem, benefício (remuneração mensal ou prestação única) da previdência social,
remuneração de conselheiro fiscal e de administração, diretor e administrador de pessoa jurídica, titular
de empresa individual, gratificação e participação dos dirigentes no lucro e demais remunerações
decorrentes de vínculo empregatício, recebidos por pessoa física residente no Brasil.
1.1.2 Rendimentos de Aluguel - 3208

Estão sujeitos à incidência do imposto na fonte os rendimentos decorrentes de aluguéis ou royalties pagos
por pessoas jurídicas a pessoas físicas.

Não integrarão a base de cálculo para incidência do imposto, no caso de aluguéis de imóveis (Lei nº
7.739, de 1989, art. 14):

I - o valor dos impostos, taxas e emolumentos incidentes sobre o bem que produzir o rendimento;
II - o aluguel pago pela locação do imóvel sublocado;
III - as despesas para cobrança ou recebimento do rendimento;
IV - as despesas de condomínio.

1.1.3 Rendimentos de Beneficiários não Identificados - 2063

Com base nos artigos 679, 730 e 731 do RIR/2018 a legislação vigente do Imposto de Renda dispõe
que integram a remuneração mensal dos beneficiários:

I – a contraprestação de arrendamento mercantil ou o aluguel ou, quando for o caso, os respectivos


encargos de depreciação:

a) de veículo utilizado no transporte de administradores, diretores, gerentes e seus assessores ou de


terceiros em relação à pessoa jurídica;
b) de imóvel cedido para uso de qualquer pessoa dentre as referidas na alínea precedente;

II – as despesas com benefícios e vantagens concedidos pela empresa a administradores, diretores,


gerentes e seus assessores, pagas diretamente ou através da contratação de terceiros, tais como:

a) a aquisição de alimentos ou quaisquer outros bens para utilização pelo beneficiário fora do
estabelecimento da empresa;
b) os pagamentos relativos a clubes e assemelhados;
c) o salário e respectivos encargos sociais de empregados postos à disposição ou cedidos, pela
empresa, a administradores, diretores, gerentes e seus assessores ou de terceiros;
d) a conservação, o custeio e a manutenção dos bens referidos no inciso I.

O conceito de remuneração indireta somente alcança os benefícios e vantagens concedidos a


administradores, diretores, gerentes e seus assessores ou a terceiros em relação à pessoa jurídica.
( beneficiários da remuneração indireta) Portanto, o tratamento não se aplica quando o beneficiário
for empregado não integrante dessas categorias funcionais.

A pessoa jurídica que pagar ou creditar a remuneração indireta, assim como o beneficiário desta,
deverão observar o tratamento tributário a seguir.
- BENEFICIÁRIOS IDENTIFICADOS E INDIVIDUALIZADOS
A pessoa jurídica identificará os beneficiários das vantagens concedidas (remuneração indireta) e
adicionará tais valores aos respectivos salários (remuneração direta).
Os valores acrescidos ficarão, portanto, sujeitos à incidência do Imposto de Renda na fonte, com base
na Tabela Progressiva vigente no mês do pagamento. O valor do imposto antecipado poderá ser
compensado com o Imposto de Renda devido apurado na Declaração de Ajuste Anual.

BENEFICIÁRIOS NÃO IDENTIFICADOS

A falta de identificação do beneficiário e a não incorporação das despesas e vantagens à sua


remuneração direta, implicará a tributação exclusiva na fonte dos respectivos valores, à alíquota de
35%, sendo que:
a) o rendimento será considerado líquido, cabendo o reajustamento do respectivo rendimento bruto
sobre o qual recairá o imposto, da forma examinada no Informativo 47/2002;
b) considera-se vencido o imposto no dia do pagamento da referida importância.

A responsabilidade pela retenção e o recolhimento do IR/Fonte é da fonte pagadora do benefício ou


vantagem.

O IR/Fonte incidente sobre a remuneração indireta deverá ser recolhido:

Beneficiário Identificado
Prazo: até o terceiro dia útil da semana subseqüente àquela em que ocorrer o fato gerador.

Código de DARF: 0561

Beneficiário não Identificado


Prazo: no dia da ocorrência do fato gerador.
Código de DARF: 2063

1.1.4 Rendimentos Isentos

Podem ser considerados rendimentos isentos:

 Valores recebidos a título de pensão ou aposentadoria quando o beneficiário for portador de


doença grave com base em laudo;

 Valores pagos a titular ou a sócio de microempresa (SIMPLES), salvo os que corresponderem a


pro labore, aluguéis ou serviços prestados;

 Pagamentos efetuados por pessoas jurídicas a título de incentivo à adesão a programas de


demissão voluntária (PDV).
1.1.5 Deduções

Despesas que podem ser dedutíveis da base de cálculo do imposto de renda tais como:

 Pagamento de despesas com instrução do contribuinte e seus dependentes;

 Pensões Alimentícias - Importâncias pagas em dinheiro a título de pensão alimentícia, quando


em cumprimento de decisão ou acordo homologado judicialmente;

 Previdência Privada - As contribuições para as entidades de previdência privada domiciliadas no


país e as contribuições para o Fundo de Aposentadoria Individual (FAPI), cujo ônus tenha sido
do contribuinte, destinadas a custear benefícios complementares assemelhados ao da Previdência
Social.

1.1.6 Prazo de Recolhimento

Compete á fonte pagadora. No caso de PJ, o recolhimento e a informação devem ser feitos no nome e
CNPJ do estabelecimento matriz.

Com base no artigo 70 da Lei n° 11.196/2005, o prazo de recolhimento será:

a) na data de ocorrência do fato gerador :

1.Rendimentos atribuídos a residentes ou domiciliados no exterior;


2. Pagamentos a beneficiários não identificados;

b) até o 3º dia útil subseqüente ao decêndio de ocorrência do fato gerador, no caso de:

1. juros sobre capital próprio, inclusive os atribuídos aos residentes e domiciliados no exterior;

2. prêmios, inclusive os distribuídos sob a forma de bens e serviços, obtidos em concursos e sorteios de
qualquer espécie;

3. multa ou qualquer vantagem, de que trata o art.70 da Lei nº 9430/1996 .

c) até o último dia útil do segundo decêndio do mês subsequente ao mês de ocorrência dos fatos
geradores, nos demais casos ( alteração pela LCP 150/2015)

1.1.7 Dispensa de Retenção

Conforme os artigos 68 da Lei 9430/1996 e artigo 785 do RIR/2018 fica dispensada a retenção de
imposto de renda, de valor igual ou inferior a R$ 10,00 (dez reais), incidente na fonte sobre rendimentos
que devam integrar a base de cálculo do imposto devido na declaração de ajuste anual.
1.2 RETENÇÃO DO IMPOSTO DE RENDA – PESSOA JURÍDICA

1.2.1 Fato Gerador

Ocorre o Fato Gerador do Imposto de Renda quando:

 Pagamento do rendimento, no caso de multas ou vantagens por rescisão de contrato.

 Pagamentos ou créditos do rendimento, o que ocorrer primeiro nas demais hipóteses.

Portanto, para fins de incidência do IR/Fonte sobre os serviços prestados por pessoa jurídica a outra
pessoa jurídica, se a fonte pagadora registrar o valor dos serviços como despesa em sua escrituração
contábil, em contrapartida à conta do Passivo, representativa do direito de crédito da beneficiária, estará
caracterizado o fato gerador do imposto.

Dessa forma, cabe ressaltar que a data de emissão da nota fiscal de serviços não tem relevância para
efeito de retenção do Imposto de Renda na fonte.

1.2.2. Serviços sujeitos à retenção do Imposto de Renda

Examinaremos nos tópicos a seguir, os procedimentos a serem observados para fins de retenção do
Imposto de Renda na fonte incidente sobre as importâncias pagas ou creditadas por pessoas jurídicas a
outras pessoas jurídicas, civis ou mercantis, pela prestação de serviços de:

- Serviços de Natureza profissional – Artigo 714 - RIR/2018

Estão sujeitas à incidência do Imposto de Renda na fonte, à alíquota de 1,5%, as importâncias pagas ou
creditadas por pessoas jurídicas a outras pessoas jurídicas, civis ou mercantis (sociedades simples ou
empresárias, conforme o Código Civil), pela prestação de serviços caracterizadamente de natureza
profissional.

Os serviços caracterizados como de natureza profissional sujeitos à retenção do Imposto de Renda na


fonte são os seguintes:

– administração de bens ou negócios em geral, exceto consórcios ou fundos mútuos para aquisição de
bens;
– advocacia;
– análise clínica laboratorial;
– análises técnicas;
– arquitetura;
– assessoria e consultoria técnica, exceto o serviço de assistência técnica prestado a terceiros e
concernente a ramo de indústria ou comércio explorado pelo prestador do serviço;
– assistência social;
– auditoria;
– avaliação e perícia;
– biologia e biomedicina;
– cálculo em geral;
– consultoria;
– contabilidade;
– desenho técnico;
– economia;
– elaboração de projetos;
– engenharia, exceto construção de estradas, pontes, prédios e obras assemelhadas;
– ensino e treinamento;
– estatística;
– fisioterapia;
– fonoaudiologia;
– geologia;
– leilão;
– medicina, exceto a prestada por ambulatório, banco de sangue, casa de saúde, casa de recuperação ou
repouso sob orientação médica, hospital e pronto-socorro;
– nutricionismo e dietética;
– odontologia;
– organização de feiras de amostras, congressos, seminários, simpósios e congêneres;
– pesquisas em geral;
– planejamento;
– programação;
– prótese;
– psicologia e psicanálise;
– química;
– radiologia e radioterapia;
– relações públicas;
–serviço de despachante;
– terapêutica ocupacional;
– tradução ou interpretação comercial;
– urbanismo; e
– veterinária.

- Serviços de limpeza, conservação, segurança, vigilância e locação de mão-de-obra – Artigo 716 -


RIR/2018

Sujeitam-se à retenção do Imposto de Renda na fonte, à alíquota de 1%, os rendimentos pagos ou


creditados em decorrência da prestação dos serviços de:
a) limpeza e/ou conservação de bens IMÓVEIS, exceto reformas e obras assemelhadas;
b) segurança;
c) vigilância;
d) locação de mão de obra de empregados da locadora colocados a serviço da pessoa jurídica locatária
em local por esta determinado.

- Serviços de mediação de negócios , propaganda e publicidade - Artigo 718 – RIR/2018

Os rendimentos auferidos a título de comissão ou corretagem sujeitam-se ao Imposto de Renda na fonte,


à alíquota de 1,5%. O referido imposto é considerado antecipação do devido em cada período de
apuração.

A responsabilidade pela retenção e recolhimento do IR/Fonte cabe à pessoa jurídica que pagar ou creditar
o rendimento, inclusive no caso de comissões devidas pelos meios de hospedagem, às agências de
turismo, pelo encaminhamento de hóspedes ou pela prestação de qualquer outro serviço vinculado à
atividade e as devidas a agências de empregos pelas empresas que contratam pessoal por seu intermédio.

A fonte pagadora somente fica desobrigada da retenção e recolhimento do imposto quando se tratar das
comissões examinadas no subitem a seguir:
Recolhimento pela empresa beneficiária

A responsabilidade pelo recolhimento do Imposto de Renda cabe à pessoa jurídica que receber de
outras pessoas jurídicas importâncias a título de comissões ou corretagens decorrentes de:

a) colocação ou negociação de títulos de renda fixa;


b) operações realizadas em Bolsas de Valores, de Mercadorias, de Futuros e assemelhadas;
c) distribuição de emissão de valores mobiliários emitidos, quando a pessoa jurídica atuar como
agente da companhia emissora;
d) operações de câmbio;
e) vendas de passagens, excursões ou viagens;
f) administração de cartões de crédito;
g) prestação de serviços de distribuição de refeições pelo sistema de refeição-convênio;
h) prestação de serviços de administração de convênios.
A beneficiária deve registrar, no documento comprobatório, o valor do imposto que assume a
responsabilidade de recolher.

Repasse de Comissões
Em caso de repasse de parte da comissão relativa à determinada operação, o recolhimento é efetuado
pelo valor líquido recebido.
O valor líquido a ser considerado, nesta hipótese, é a diferença entre o valor das comissões recebidas e
o das repassadas a outras pessoas jurídicas, em cada período de apuração.

Distribuição de Refeições
Em se tratando de prestação de serviços de distribuição de refeições pelo sistema de refeição-convênio,
a alíquota do IR/Fonte incidirá somente sobre a corretagem ou comissão cobrada pelas pessoas
jurídicas prestadoras desses serviços, desde que o valor correspondente esteja expresso de forma
destacada e detalhada na nota fiscal de serviços.
Se não houver o destaque do valor da corretagem ou comissão, o imposto deverá ser calculado sobre o
total da nota fiscal.

Propaganda e Publicidade
As importâncias pagas ou creditadas por pessoas jurídicas a outras pessoas jurídicas pela prestação de
serviços de propaganda e publicidade sujeitam-se à incidência do Imposto de Renda na fonte, à
alíquota de 1,5%.

Responsabilidade pelo recolhimento do imposto


O Imposto de Renda deve ser recolhido pela agência de propaganda, por ordem e conta do anunciante.
Neste caso não há retenção pela fonte pagadora. O anunciante e a agência de propaganda são
solidariamente responsáveis pelo pagamento do imposto.

Base de cálculo e fato gerador


O IR/Fonte incide sobre a importância cobrada pela prestação dos serviços, devendo a fonte pagadora
reter o imposto por ocasião do pagamento ou crédito dessa importância.

Considera-se ocorrido o fato gerador do imposto sobre a renda na fonte, no caso de importâncias
creditadas, na data do lançamento contábil efetuado por pessoa jurídica, nominal ao fornecedor do
serviço, a débito de despesas em contrapartida com o crédito de conta do passivo, à vista da nota fiscal
ou fatura emitida pela contratada e aceita pela contratante.

Dessa forma, cabe ressaltar que a data de emissão da nota fiscal de serviços não tem relevância para
efeito de retenção do Imposto de Renda na fonte.
- Cooperativa de Trabalho – Artigo 719 - RIR/2018

- Assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção e riscos e administração de contas a


pagar e a receber – Artigo 723 - RIR/2018

2. RETENÇÕES DAS CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS

2.1. Atos Normativos

 Lei nº 10.833/03, modificada pela Lei nº 10.925/04- Imputa o Instituto da Retenção das
Contribuições Sociais.

 IN nº 381/03, revogada pela IN nº SRF nº 459/04 – Normatiza as retenções efetuadas por Pessoas
Jurídicas de direito privado.

 IN nº 306/03, revogada pela IN SRF nº 480/04, revogada pela IN nº 1.234/2012 - Normatiza as


retenções efetuadas por órgãos, autarquias e fundações da administração pública federal.

 Lei nº 13.137/2015 - Reduz o limite para dispensa da retenção na fonte das contribuições
sociais sobre prestação de serviços.

2.2 Fato Gerador/ Base de Cálculo

O artigo 30 da Lei n° 10.833/03 dispõe sobre o fato gerador das contribuições sociais, sendo este o efetivo
pagamento dos serviços, inclusive os pagamentos antecipados, por conta de aquisições de bens ou
prestação de serviços para entrega futura.

A base de cálculo será o valor bruto do serviço prestado. Não será admitida qualquer dedução dessa base
se não por previsão legal.

A alíquota a ser aplicada é a de 4,65% (quatro inteiros e sessenta e cinco centésimos por cento), que
corresponde a seguinte soma:

1% - CSLL;
3% - COFINS, e
0,65% – Contribuição para o PIS.

2.3 Serviços sujeitos às retenções das Contribuições Sociais

Com base no artigo 30 da Lei n° 10.833/03, a pessoa jurídica de direito privado que efetuar pagamentos
a outra pessoa jurídica de direito privado deverá efetuar a retenção na fonte do PIS, da COFINS e da
CSLL, pela prestação de serviços de:

 Limpeza, conservação; manutenção;


 Segurança, vigilância; transporte de valores;
 Locação de mão-de-obra;
 Assessoria creditícia;
 Mercadológica;
 Gestão de crédito;
 Seleção e riscos;
 Administração de contas a pagar e a receber.
 Serviços Profissionais.

2.4 Serviços que não se aplicam as retenções das Contribuições Sociais

Podemos relacionar serviços ou atividades citados a seguir que NÃO sofrem as retenções das
contribuições, pois não foram listados pela Instrução Normativa SRF n° 459/2004:

 Comissões recebidas;

 Transporte de valores por empresa estrangeiras;

 Serviços prestados por pessoas jurídicas optantes pelo SIMPLES Nacional;

 Serviços prestados por pessoas residente ou domiciliada no exterior;

 Serviços prestados por pessoas físicas;

 Serviços de propaganda e publicidade;

 Serviços prestados por hospitais e prontos-socorros;

 Dentre outros.

2.5 Pessoa Jurídica Amparada por Medida Judicial/Isenta de Determinada Contribuição

O artigo 31 da Lei n° 10.833/03 prevê também, nos casos em que a Pessoa Jurídica for isenta de alguma
contribuição (PIS, COFINS e CSLL) ou amparada por medida judicial, a retenção será efetuada com a
aplicação da alíquota correspondente à contribuição que não seja isenta.

A fonte pagadora deverá calcular em separado a contribuição cujo prestador do serviços estiver sujeito,
aplicar a alíquota correspondente e utilizar DARF distinto para cada contribuição, a saber:

 5987 – CSLL (alíquota de 1%);

 5960 – COFINS (alíquota de 3%);

 5979 – PIS/Pasep (alíquota de 0,65%)

A empresa prestadora do serviço beneficiada por isenção ou alíquota zero das contribuições (PIS,
COFINS e CSLL) devem informar esta condição na NF, inclusive o enquadramento legal sob pena de
sujeição à retenção das contribuições sob o total da NF.

2.6 Recolhimento e Dispensa de Retenção – Pagamentos de valor igual ou inferiores a R$


10,00

Conforme artigo 35 da Lei 10.833/03, os valores retidos no mês deverão ser recolhidos ao Tesouro
Nacional pelo órgão público que efetuar a retenção ou, de forma centralizada, pelo estabelecimento
matriz da pessoa jurídica, até o último dia útil do segundo decêndio do mês subsequente àquele mês em
que tiver ocorrido o pagamento à pessoa jurídica fornecedora dos bens ou prestadora do serviço.
O Artigo 24° da Lei n° 13.137/2015, dispensa a retenção das contribuições sociais para pagamentos de
valor igual ou inferior a R$ 10,00.

2.7 Optantes pelo Simples

De acordo com o artigo 2°, § 3° da Instrução Normativa SRF n° 459/04, a Pessoa Jurídica optante pelo
SIMPLES (não incidência da retenção na fonte das contribuições) deverá apresentar à Pessoa Jurídica
tomadora dos serviços declaração, na forma do Anexo I da IN SRF n° 791/2007 (em anexo), em duas
vias devidamente assinadas pelo seu representante legal.

A fonte pagadora arquivará a 1a. via da declaração, que ficará a disposição da Secretaria da Receita
Federal (SRF), e a 2a.via será devolvida ao interessado como recibo.

Também estão dispensadas de efetuar a retenção na posição de tomadora do serviço de acordo com o
artigo 30, § 2 e 33 da Lei n° 10.833/03.

3. RETENÇÃO DO IR/PIS/COFINS/CSLL – ÓRGÃOS DA ADMINISTRAÇÃO


DIRETA E INDIRETA

3.1 Atos Normativos

Desde 1º de janeiro de 1997, os órgãos da administração federal direta e indireta, as autarquias e as


fundações federais efetuam a retenção na fonte do Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica - IRPJ, da
Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - CSLL, da Contribuição para o Financiamento da Seguridade
Social - COFINS e da Contribuição para o PIS/PASEP sobre os pagamentos a pessoas jurídicas, pelo
fornecimento de bens ou prestação de serviços em geral, inclusive obras.

Pelo artigo 34 da Lei n° 10.833/03, a obrigatoriedade da retenção foi estendida, a partir de 1º de fevereiro
de 2004, às seguintes entidades, nos pagamentos que efetuarem a pessoas jurídicas:

a) empresas públicas;

b) sociedades de economia mista; e

c) demais entidades em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com
direito a voto, e que dela recebam recursos do Tesouro Nacional e estejam obrigadas a registrar sua
execução orçamentária e financeira na modalidade total no Sistema Integrado de Administração
Financeira do Governo Federal (Siafi).

A Instrução Normativa SRF nº 1234/2012, consolida as normas sobre a retenção de tributos e


contribuições nos pagamentos efetuados a pessoas jurídicas por órgãos da administração federal direta,
pelas autarquias, pelas fundações federais, pelas empresas públicas, pelas sociedades de economia mista
e pelas demais entidades em que a União, direta ou indiretamente detenha a maioria do capital social
sujeito a voto, e que recebam recursos do Tesouro Nacional e estejam obrigadas a registrar sua execução
orçamentária e financeira no Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (Siafi).

3.2 Fato Gerador

O artigo 1º da IN SRF nº 1234/2012, prevê a retenção, na fonte, o IRPJ, bem assim a CSLL, a Cofins e
o PIS/Pasep sobre os pagamentos que efetuarem a pessoas jurídicas, pelo fornecimento de bens ou
prestação de serviços em geral, inclusive obras, observados os procedimentos previstos nesta Instrução
Normativa.
A lista dos serviços alcançados encontram-se nos Anexos da referida IN.

Para os fins de aplicações dos percentuais de retenção, considera-se:

a) serviços prestados com emprego de materiais, os serviços contratados com previsão de fornecimento
de material, cujo fornecimento de material esteja segregado da prestação de serviço no contrato, e desde
que discriminados separadamente no documento fiscal de prestação de serviços;

b) construção por empreitada com emprego de materiais, a contratação por empreitada de construção
civil, na modalidade total, fornecendo o empreiteiro todos os materiais indispensáveis à sua execução,
sendo tais materiais incorporados à obra.

3.3 Base de cálculo/Alíquotas/Código do DARF - Tabela de Retenção

O artigo 2º da IN SRF nº 1234/2012, a retenção será efetuada aplicando-se, sobre o valor a ser pago, o
percentual constante da coluna 06 da Tabela de Retenção, que corresponde à soma:

a) da alíquota do imposto de renda, determinada mediante a aplicação de 15% (quinze por cento) sobre
a base de cálculo estabelecida no art. 15 da Lei nº 9.249/95, conforme a natureza do bem fornecido ou
do serviço prestado;

b) da alíquota da CSLL de 1% (um por cento) sobre o montante a ser pago; e

c) da alíquota de 3% (três por cento) para a COFINS e de 0,65% (sessenta e cinco centésimos por cento)
da Contribuição para o PIS/Pasep.

Os códigos do DARF serão de acordo com cada tipo de situação relacionada na tabela de retenção.

3.4 Hipóteses em que não haverá Retenção

A IN SRF nº 1234/2012, define as hipóteses em que não haverá a retenção do IR e das contribuições
sociais relacionadas a seguir:

- Imunidades, isenções e não incidências

Não serão retidos os valores correspondentes ao imposto de renda e às contribuições aqui tratadas, nos
pagamentos efetuados a:

a) templos de qualquer culto;

b) partidos políticos;

c) instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, a que se refere o art. 12 da Lei nº
9.532/97;

d) instituições de caráter filantrópico, recreativo, cultural, científico e às associações civis, a que se refere
o art. 15 da Lei nº 9.532/97;

e) sindicatos, federações e confederações de empregados;

f) serviços sociais autônomos, criados ou autorizados por lei;

g) conselhos de fiscalização de profissões regulamentadas (OAB, CREA, CRM, CFC, etc..);


h) fundações de direito privado e as fundações públicas instituídas ou mantidas pelo Poder Público;

i) condomínios edilícios;

j) a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e às Organizações Estaduais de Cooperativas


previstas no art. 105 e seu § 1º da Lei nº 5.764/71;

k) pessoas jurídicas optantes pelo Simples, somente em relação as receitas próprias;

l) pessoas jurídicas exclusivamente distribuidoras de jornais e revistas;

m) a Itaipu binacional;

n) empresas estrangeiras de transporte; e

o) órgãos da administração direta, autarquias e fundações do Governo Federal, Estadual ou Municipal,


observado, no que se refere às autarquias e fundações, os termos dos §§ 3º e 4º do art. 150 da Constituição
Federal.

3.5 Pessoa jurídica amparada por medida judicial/Isenta de Determinada Contribuição

No caso de pagamento efetuado a pessoa jurídica amparada pela suspensão da exigibilidade do crédito
tributário nas hipóteses a que se referem os incisos II, IV e V do art. 151 do Código Tributário Nacional
- CTN ou por sentença judicial transitada em julgado, determinando a suspensão do pagamento do IRPJ
ou de qualquer das contribuições sujeitas à retenção, o órgão ou a entidade que efetuar o pagamento
deverá calcular, individualmente, os valores do IRPJ e das contribuições considerados devidos, aplicando
as alíquotas correspondentes, e efetuar o recolhimento em DARF distintos para cada um deles,
utilizando-se os seguintes códigos:

a) 6243 - no caso de Cofins;

b) 6228 - no caso de CSLL;

c) 6256 - no caso de IRPJ;

d) 6230 - no caso de PIS/Pasep.

O beneficiário do rendimento deverá apresentar à fonte pagadora, a cada pagamento, a comprovação de


que a não retenção continua amparada por medida judicial.

No caso de PJ amparada por isenção por isenção parcial, será adotado o mesmo procedimento previsto
para pessoas jurídicas amparadas por medida judicial.

Os procedimentos fiscais abordados encontram-se na Instrução Normativa 1.234/2012.

3.6. Recolhimento

Os órgãos da administração pública federal direta, autarquias e fundações federais estão obrigadas a
retenção na fonte do Imposto sobre a Renda - IR, da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - CSLL,
da Contribuição para o PIS/PASEP e da Contribuição para a COFINS sobre os pagamentos que
efetuarem às pessoas jurídicas, pelo fornecimento de bens ou prestação de serviços em geral.
Os valores retidos deverão ser recolhidos ao Tesouro Nacional, mediante DARF até o 3º (terceiro) dia
útil da semana subsequente àquela em que tiver ocorrido o pagamento. Fundamento Legal: art. 7º, I da
Instrução Normativa RFB nº 1.234/2012.
EFD–REINF ESCRITURAÇÃO FISCAL DIGITAL DE RETENÇÕES E
OUTRAS INFORMAÇÕES FISCAIS

1 - ASPECTOS LEGAIS

A Escrituração Fiscal Digital de Retenções e Outras Informações Fiscais (EFD-Reinf), instituída pela
Instrução Normativa RFB nº1701, de 14/03/2017 posteriormente alterada pela Instrução
Normativa RFB nº2.043, de 12/08/2021 , módulo integrante do SPED-Sistema Público de Escrituração
Digital, que reúne diversas informações para apuração das contribuições sociais previdenciárias e das
contribuições devidas a outras entidades e fundos (terceiros).

É um complemento ao Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e


Trabalhistas (eSocial). As informações constantes nessa nova escrituração substituem as informações
contidas em outras obrigações acessórias, como a GFIP e a DIRF e o módulo da EFD-Contribuições
que apura a Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta (CPRB).

Com a vigência do leiaute versão 2.1.1 serão incluídos na obrigatoriedade eventos fiscais da série
R-4000 da EFD-Reinf.
Obs: Vide NOTA ORIENTATIVA 18 eSOCIAL, de 2019 em relação aos prazos do e SOCIAL enquanto
não substituição da GFIP como forma de recolhimento do FGTS.

CRONOGRAMA DE IMPLEMENTAÇÃO
(Art. 5º da IN RFB nº 2.043, de 12/08/2021)

I - Sujeitos passivos, pessoas físicas ou jurídicas, que se encontravam ativos em janeiro de 2018 devem
se enquadrar nos grupos de obrigados à EFD-Reinf, observando a data de início da obrigatoriedade,
conforme quadro abaixo:
Grupo Detalhamento Data de início da
de obrigados obrigatoriedade
à EFDReinf
Compreende as entidades integrantes do
“Grupo 2 - Entidades Empresariais”, do A partir das 8 (oito) horas
anexo V da Instrução Normativa RFB nº 1.863, de 1º de maio de 2018, em
de 27 de dezembro de 2018, com faturamento no relação aos fatos geradores
1º grupo ano de 2016 acima de R$ 78.000.000,00 (setenta ocorridos a partir dessa data.
e oito milhões de reais;

Compreende as demais entidades integrantes do


“Grupo 2 - Entidades Empresariais” do Anexo V
da Instrução Normativa RFB nº 1.863,
de 27 de dezembro de 2018 , exceto para:
a) as optantes pelo Regime Especial Unificado de A partir das 8 (oito) horas de 10
Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos de janeiro de 2019, referentes
2º grupo pelas Microempresas e Empresas de Pequeno aos fatos ocorridos a partir de 1º
Porte (Simples Nacional), instituído pelo art. 12 de janeiro de 2019.
da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro
de 2006, desde que a condição de optante conste
do Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ)
em 1º de julho de 2018; e
b) as que fizeram a opção pelo Simples Nacional
no momento de sua constituição, se posterior à
data informada na alínea "a";
- pessoas jurídicas, que compreende as entidades A partir das 8 (oito) horas de 10
3º grupo obrigadas à EFD-Reinf não pertencentes ao 1º, 2º de maio de 2021, em relação
e 4º grupos a que se referem, respectivamente, os aos fatos geradores ocorridos a
incisos I, II e V; partir de 1º de maio de 2021.

- pessoas físicas, que compreende os Em relação aos fatos ocorridos a


empregadores e contribuintes pessoas físicas, partir de 1º de julho de 2021;
exceto os empregadores domésticos;
Compreende os entes públicos, integrantes do
“Grupo 1 - Administração Pública” e as
organizações internacionais e instituições, A partir das 8 (oito) horas de 22
4º grupo integrantes do “Grupo 5 - Organizações de agosto de 2022, em relação
Internacionais e Outras Instituições aos fatos geradores ocorridos a
Extraterritoriais”, ambos do Anexo V da partir de 1º de agosto de 2022.
Instrução Normativa RFB nº 1.863,
de 27 de dezembro de 2018.
II - Sujeitos passivos constituídos a partir de 02 de julho de 2018:

Novos sujeitos passivos Data de início da obrigatoriedade à EFD-Reinf


Tributados pelo Lucro
Real ou Presumido, Data da constituição da empresa
exceto ME e EPP
ME, EPP, MEI, entidades Mesma data do 3º grupo de obrigados (a partir das 8 (oito) horas de 10 de
sem fins lucrativos, maio de 2021, ou a data de constituição da empresa ou entidade,
segurado especial, Produtor prevalecendo a que for maior.
rural pessoa física - PRPF,
pessoa física equiparada a
empresa,
Entes públicos, Mesma data do 4º grupo de obrigados (a partir das 8 (oito) horas de 22 de
organizações internacionais agosto de 2022, em relação aos fatos geradores ocorridos a partir de 1º de
e instituições agosto de 2022.
extraterritoriais

III - Sujeitos passivos que alteraram o seu regime de tributação a partir de 2 de julho de 2018, devem
permanecer nos grupos do regime de tributação que adotava em 1º de julho de 2018:

Regime de tributação Regime de tributação a partir Grupo de obrigados


até 01/07/2018 de 02/07/2018 à EFD-Reinf após a alteração do regime
Lucro Real ou Simples Nacional 1º ou 2º grupo
presumido (integrante
do 1º ou 2º grupo)
Simples Nacional Lucro real ou presumido 3º grupo
(integrante 3º grupo)

O faturamento para o grupo 1 compreende o total da receita bruta, auferida no ano-calendário de 2016 e declarada
na Escrituração Contábil Fiscal (ECF), relativa ao ano calendário de 2016.

O faturamento compreende o total da receita bruta, auferida no ano-calendário de 2016 e


declarada na Escrituração Contábil Fiscal (ECF), relativa ao ano calendário de 2016.

2 – SUJEITOS PASSIVOS OBRIGADOS A EFD-Reinf

Ficam obrigados a adotar a EFD-Reinf os seguintes sujeitos passivos, ainda que imunes ou isentos:

I - empresas que prestam e contratam serviços realizados mediante cessão de mão de obra, nos termos
do art. 31 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991; (Redação dada pelo(a) Instrução Normativa RFB nº
1996, de 03 de dezembro de 2020)
II - pessoas jurídicas a que se referem os arts. 30 e 34 da Lei nº 10.833, de 29 de dezembro de 2003, e o
art. 64 da Lei nº 9.430, de 27 de dezembro de 1996, responsáveis pela retenção da Contribuição para os
Programas de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Contribuição para o
PIS/Pasep), da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e da Contribuição
Social sobre o Lucro Líquido (CSLL); (Redação dada pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1996, de 03
de dezembro de 2020)
III - pessoas jurídicas optantes pelo recolhimento da Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta
(CPRB);
IV - produtor rural pessoa jurídica e agroindústria quando sujeitos a contribuição previdenciária
substitutiva sobre a receita bruta proveniente da comercialização da produção rural nos termos do art. 25
da Lei nº 8.870, de 15 de abril de 1994, na redação dada pela Lei nº 10.256, de 9 de julho de 2001 e do
art. 22A da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, inserido pela Lei nº 10.256, de 9 de julho de 2001,
respectivamente;
IV-A - adquirente de produto rural, nos termos do art. 30 da Lei nº 8.212, de 1991, e do art. 11 da Lei nº
11.718, de 20 de junho de 2008; (Incluído(a) pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1996, de 03 de
dezembro de 2020)
V - associações desportivas que mantenham equipe de futebol profissional que tenham recebido valores
a título de patrocínio, licenciamento de uso de marcas e símbolos, publicidade, propaganda e transmissão
de espetáculos desportivos;
VI - empresa ou entidade patrocinadora que tenha destinado recursos a associação desportiva que
mantenha equipe de futebol profissional a título de patrocínio, licenciamento de uso de marcas e
símbolos, publicidade, propaganda e transmissão de espetáculos desportivos;
VII - entidades promotoras de eventos desportivos realizados em território nacional, em qualquer
modalidade desportiva, dos quais participe ao menos 1 (uma) associação desportiva que mantenha equipe
de futebol profissional; e
VIII - pessoas jurídicas e físicas que pagaram ou creditaram rendimentos sobre os quais haja retenção do
Imposto sobre a Renda Retido na Fonte (IRRF), por si ou como representantes de terceiros.

3 - EVENTOS DO EFD-Reinf – CLASSIFICAÇÃO E PERIODICIDADE DE ENVIO

 Eventos de Tabela
R-1000 – Informações do Contribuinte
R-1070 – Tabela de Processos Administrativos/Judiciais,
Serão enviados no início da utilização da EFD-Reinf e pode ser alterada no decorrer do tempo,
desde que não ultrapasse o dia quinze do mês subsequente aos fatos geradores a que se refere.

 Evento não periódico


R-3010 – Receita de Espetáculo Desportivo.
Prazo de envio até 2 dias úteis após a sua realização.

 Eventos periódicos
R-2010 e R-2020- Serviços tomados/prestados mediante cessão de mão de obra ou empreitada;
R-2030 e R-2040 - Recursos recebidos ou repassados para associação desportiva que mantenha equipe
de futebol profissional;
R-2050 - Comercialização da produção e à apuração da contribuição previdenciária substitutiva pelas
agroindústrias e demais produtores rurais pessoa jurídica;
R-2060 - Empresas que se sujeitam à Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta - CPRB
conforme Lei 12.546/2011.
Prazo de envio até o dia 15 do mês subsequente ao qual se refira a escrituração.

R-2098 – Reabertura de Eventos Periódicos


Envio a qualquer tempo, desde que já tenha sido enviado o R-2099.

R-2099 – Fechamento dos Eventos Periódicos


Prazo de envio até o dia 15 do mês subsequente ao qual se refira a escrituração.

R-5001 – Informações de Bases e Tributos por Evento


R-5011 - Informações de Bases e Tributos Consolidadas p/PA

R-9000 – Exclusão de Eventos


Envio sempre que necessária a exclusão de algum evento enviado indevidamente.
 Eventos periódicos ( Fiscais )

R-4010 – Retenção Efetuada na fonte de Pessoa Física


R-4020 – Retenção Efetuada na fonte de Pessoa Jurídica
R-4030 – Retenção Sofrida na fonte por Pessoa Jurídica
R-4040 – Pagamentos a beneficiários não identificados
R-4080 – Retenção no Recebimento
Prazo de envio até o dia 15 do mês subsequente ao qual se refira a escrituração.
(*) Ver versão 2.1.1

R-4099 – Fechamento/Reabertura dos Eventos Periódicos Série R-4000


Prazo de envio até o dia 15 do mês subsequente ao qual se refira a escrituração.
(*)Ver versão 2.1.1

R-9000 – Exclusão de Eventos


Envio sempre que necessária a exclusão de algum evento enviado indevidamente.

R-9005 – Informações de bases e tributos por evento - Retenções na fonte


R-9015 – Informações consolidadas de bases e tributos - Retenções na fonte
(*) Ver versão 2.1.1

Anexo I dos Leiautes da EFD-Reinf – Tabelas - Versão 1.5.1


Tabela 06 – Classificação de Serviços Prestados mediante cessão de mão de obra/Empreitada ........
Tabela 07 – Países................................................................................................................................
Tabela 08 - Classificação Tributária ...................................................................................................
Tabela 09 – Código de Atividades, Produtos e Serviços Sujeitos à CPRB .........................................
Tabela 10 - Eventos da EFD-Reinf ....................................................................................................

Anexo I dos Leiautes da EFD-Reinf – Tabelas a serem incluídas - Versão 2.1.1


Tabela 01 – Natureza dos Rendimentos
Tabela 02 - Forma de tributação para rendimentos de beneficiários no exterior
Tabela 03 - Informações sobre os beneficiários de rendimentos no exterior

4 - DISPENSA DE APRESENTAÇÃO

A partir da vigência da nova IN RFB nº 2043 de 2021 ficam dispensados da apresentação da EFD-Reinf
os sujeitos passivos com ausência de fatos a serem informados no período de apuração, sejam do
primeiro, segundo ou terceiro grupo e qualquer regime de tributação, seja do Simples Nacional, lucro
presumido ou lucro real.

Não há mais necessidade de informar a EFD-Reinf e, consequentemente, o “Sem Movimento”.

A dispensa de apresentação, no entanto, é apenas para o EFD-Reinf. Para o eSocial e a DCTFWeb


continua necessário informar o “Sem Movimento”.
5- EMPRESA “BAIXADA”

As empresas baixadas poderão prestar informações na EFD-Reinf até o mês/ano da baixa, inclusive.

Por exemplo: se a baixa da empresa ocorreu em 10/outubro/XX, ela poderá informar os eventos
periódicos referentes até o mês de outubro/XX. A partir de novembro/XX, como já se encontra baixada,
nada poderá informar. As empresas baixadas, caso não tenham movimento no mês da baixa ou
anteriormente, devem informar essa situação da forma convencional.

Sendo assim, no caso das empresas baixadas, se a situação “sem movimento” tiver sido informada
corretamente, não é necessário prestar qualquer outra informação na EFDReinf. Por outro lado, caso haja
informação a ser prestada no mês da baixa, basta preparar o(s) evento(s) necessário(s) e transmiti-lo(s).

6- DESCRIÇÃO SIMPLIFICADA DO MODELO OPERACIONAL DA EFD-REINF

O sujeito passivo gera um arquivo eletrônico contendo as informações previstas nos leiautes, assina-o
digitalmente, transformando-o em um documento eletrônico nos termos da legislação, objetivando
garantir a integridade dos dados e a autoria do emissor.

Este arquivo eletrônico deve ser gerado pelo sistema do próprio contribuinte e, após assinado
digitalmente, transmitido via webservice por meio de arquivo no formato XML, em lote de eventos, o
qual será validado e armazenado em ambiente nacional.

A EFD-Reinf disponibiliza, para os sujeitos passivos a “EFD-Reinf Web”, que pode ser acessada pelo
e-CAC, cujos formulários após preenchidos e salvos, já operam a geração e transmissão do evento. O
acesso pode ser realizado utilizando-se de certificado digital ou, para os dispensados de ter esse
certificado, um código de acesso.

A EFD-Reinf não funciona por meio de um Programa offline Gerador de Declaração (PGD) ou Validador
e Assinador (PVA), ou seja, não possui um aplicativo para download no ambiente do contribuinte que
importe o arquivo e faça as validações antes de transmitir.

7 - ACESSO À EFD-Reinf

 Certificação Digital

O certificado digital utilizado no sistema EFD-Reinf deverá ser emitido por Autoridade
Certificadora credenciada pela Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira – ICP-Brasil.

-Série “A” - que reúne os certificados de assinatura digital utilizados na confirmação de


identidade na Web, em e-mails, em redes privadas virtuais (VPN) e em documentos eletrônicos
com verificação da integridade de suas informações.
-Série “S” - que reúne os certificados de sigilo que são utilizados na codificação de
documentos, de bases de dados, de mensagens e de outras informações eletrônicas sigilosas.
O certificado digital deverá ser do tipo “A1” ou “A3”:

- Tipo “A1” ficam armazenados no próprio computador a partir do qual é utilizado.


- Tipo “A3” são armazenados em dispositivo portátil inviolável do tipo smart card ou token, que
possuem um chip com capacidade de realizar a assinatura digital. Este tipo de dispositivo é
bastante seguro, pois toda operação é realizada pelo chip existente no dispositivo, sem qualquer
acesso externo à chave privada do certificado digital.

Os certificados digitais serão exigidos em dois momentos distintos:

a) Transmissão: antes de ser iniciada a transmissão de solicitações ao sistema EFD-Reinf, o


certificado digital do solicitante é utilizado para garantir a segurança do tráfego das informações
na internet. Para que um certificado seja aceito na função de transmissor de solicitações este
deverá ser do tipo e-CNPJ (e-PJ).

b) Assinatura de documentos: os eventos poderão ser gerados por qualquer estabelecimento da


empresa ou seu procurador, mas o certificado digital assinante destes deverá pertencer a matriz
ou ao representante legal desta ou ao procurador/substabelecido, outorgado por meio de
procuração eletrônica e não-eletrônica.

Os eventos que compõem a EFD-Reinf devem ser transmitidos mediante autenticação e


assinatura digital utilizando-se certificado digital válido no âmbito da Infraestrutura de Chaves
Públicas Brasileira (ICP-Brasil), salvo para as micro e pequenas empresas (ME e EPP) optantes
pelo Simples Nacional, com até 1 empregado, que podem transmitir seus eventos via código de
acesso.

 Código de Acesso para a EFD–Reinf

(ATO DECLARATÓRIO EXECUTIVO COFIS Nº 42, DE 13 DE MAIO DE 2021

As micro e pequenas empresas (ME e EPP) optantes pelo Simples Nacional, com até 1 empregado,
podem transmitir seus eventos utilizando-se de código de acesso diretamente no portal “EFD-Reinf
Web” disponível no e-CAC.

Os sujeitos passivos não obrigados à utilização do certificado digital, como o microempreendedor


individual – MEI, poderão gerar um código de acesso no portal da EFD-Reinf, que permitirá a
utilização de diversos serviços no portal “EFD-Reinf Web” no e-CAC, dentre eles, a geração dos
arquivos eletrônicos que se transformarão em documentos eletrônicos nos termos previstos em lei.

-Não é possível transmitir eventos por web service com código de acesso.

 Procuração
A procuração eletrônica vale para o ambiente de produção restrita e para o ambiente de produção.
Para utilização, por procuração, da EFD-Reinf é necessária a procuração no perfil “EFD-Reinf-
Geral".
Existem duas formas de outorgar procuração no perfil em questão, quais sejam, individualmente –
assinalando a opção “EFD-Reinf-Geral” ou em bloco, assinalando a opção “Todos” os serviços, na
qual já estará incluída a opção “EFD-Reinf-Geral”.
8 - TRANSMISSÃO DOS ARQUIVOS

 Sequência lógica

O contribuinte, ao transmitir suas informações à EFD-Reinf, deve observar a sequência lógica de envio
dos eventos, conforme a figura abaixo, pois as informações constantes dos eventos “R-1000 –
Informações do Contribuinte” e “R-1070 – Tabelas de Processos Administrativos/Judiciais” (quando for
o caso), são necessárias ao processamento das informações dos eventos periódicos e do evento não
periódico “R-3010 – Receitas de Espetáculo Desportivo”.

 Comprovante de entrega

Cada evento transmitido e validado pela EFD-Reinf provocará o retorno de um recibo de entrega, no
evento R-5001, que atesta o registro oficial do evento e precisa ser informado no caso de solicitação de
cópia, retificação ou exclusão do evento. Caso um evento transmitido não seja validado, o sistema não
retornará um recibo de entrega, mas sim, uma mensagem de erro, comunicando a necessidade de revisão
e retransmissão do evento.

Para o evento “R-2099 – Fechamento dos eventos periódicos”, em que há duas validações, o sujeito
passivo receberá o protocolo de envio, que é uma informação transitória e que deverá consultar o R-
5011 para se certificar que o processamento ocorreu com sucesso.

9 - IDENTIFICADORES

 Contribuinte

A partir da data de entrada em vigor da EFD-Reinf o contribuinte pessoa jurídica é identificado


apenas pelo CNPJ - Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica e o contribuinte pessoa física, apenas pelo
CPF - Cadastro de Pessoas Físicas.

O identificador chave para as empresas em geral será o CNPJ-Raiz/Base de oito posições. Se for
informada natureza jurídica de administração pública federal, o identificador chave considerado será
o CNPJ completo com 14 posições.

Para as obras de construção civil, que possuam responsáveis pessoas físicas ou jurídicas, a matrícula
CEI passa a ser substituída pelo CNO – Cadastro Nacional de Obras que, obrigatoriamente, é
vinculado a um CNPJ ou a um CPF.

10 - ALTERAÇÃO, RETIFICAÇÃO E EXCLUSÃO DOS EVENTOS

O procedimento de alteração das informações transmitidas à EFD-Reinf ocorre somente nos eventos
“R-1000 – Informações do Contribuinte” e “R-1070 – Tabela de Processos Administrativos/Judiciais”,
uma vez que essas opções, bem como a de exclusão, constam no próprio leiaute desses eventos, atrelados
à respectiva vigência ou período de validade.
 Alteração de Informações

Os eventos tabelas - “R-1000 – Informações do Contribuinte” e “R-1070 – Tabela de Processos


Administrativos/Judiciais” -, possuem um atributo de vigência ou “Período de validade das informações”
representado nos campos “iniValid” e “fimValid”, com um grupo específico para as informações de
alteração.

 Retificações

Com relação aos eventos periódicos, enquanto o movimento estiver "aberto", o envio de um segundo
evento, do mesmo tipo, para o mesmo período de apuração, poderá ser efetuado encaminhando um novo
evento com o indicativo de retificação. Por não existir a necessidade de fechamento de movimento (R-
2099) para o evento de receita de espetáculo desportivo (R-3010), as retificações neste evento podem
ocorrer a qualquer momento.

 Exclusões

Para exclusão de qualquer evento transmitido indevidamente, faz-se necessário o envio do evento “R-
9000- Exclusão de Eventos”, identificando o evento a ser excluído pelo preenchimento dos campos
“tipo do evento” (“tpEvento”) e “número do recibo do evento” (“nrRecEvt”), que é o número do recibo
do arquivo enviado a ser excluído.

Os eventos periódicos - R-2010 a R-2060 -, após encerrados, ou seja, após o envio do evento “R-2099
– Fechamento dos Eventos Periódicos”, somente podem ser excluídos quando transmitido previamente
o evento de reabertura “R-2098 - Reabertura dos Eventos Periódicos” para o mesmo período de apuração.

11 - PENALIDADES PELO DESCUMPRIMENTO À LEGISLAÇÃO (ART.7º, IN RFB


2043 DE 2021)

O sujeito passivo que deixar de apresentar a EFD-Reinf no prazo fixado, ou que a apresentar com
incorreções ou omissões, será intimado a apresentar a declaração original, no caso de não apresentação,
ou a prestar esclarecimentos, nos demais casos, no prazo estipulado pela RFB, e ficará sujeito às
seguintes multas:

Entrega Fora do Prazo, Incorreções ou Omissões:

a) de 2% ao mês calendário ou fração, incidentes sobre o montante dos tributos informados na EFD-
Reinf, ainda que integralmente pagos, no caso de falta de entrega da declaração ou de entrega após o
prazo, limitada a 20% ; e
b) de R$ 20,00, para cada grupo de 10 informações incorretas ou omitidas.

A multa mínima a ser aplicada será de:

a) R$ 500,00 - se o sujeito passivo deixar de apresentar a declaração no prazo fixado ou apresentá-la


com incorreções ou omissões.

As multas serão reduzidas:

a) em 50%, quando a declaração for apresentada após o prazo, mas antes de qualquer procedimento de
ofício; ou
b) em 25%, se houver a apresentação da declaração após o prazo, mas até o prazo estabelecido na
intimação.

Redução das Multas - Tratamento Diferenciado:

a) redução de 90% para o microempresário individual (MEI) a que se refere o art. 18-A da Lei
Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, e

b) redução de 50% (cinquenta por cento) para a microempresa (ME) e para a empresa de pequeno porte
(EPP) enquadradas no Simples Nacional.

 Não se aplica as referidas reduções em caso de fraude, resistência ou embaraço à


fiscalização ou falta de pagamento da multa no prazo de 30 (trinta) dias após a notificação.

Órgãos Públicos:

Aos órgãos públicos da administração direta dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, as multas
serão lançadas em nome do respectivo ente da Federação a que pertencem.

No caso de autarquia ou fundação pública federal, estadual, distrital ou municipal, em nome desta serão
lançadas as multas apresentadas na legislação.

Ato Declaratório Executivo Codar nº 1, de 30 de julho de 2020


(Publicado(a) no DOU de 31/07/2020, seção 1, página 30)

Art. 1º Fica instituído o código de receita 5804 - Multa por Omissão/Incorreção/Falta/Atraso na Entrega
da Escrituração Fiscal Digital de Retenções e Outras Informações Fiscais (EFD-Reinf), que deverá ser
informado em Documento de Arrecadação de Receitas Federais (Darf) para efetuar o recolhimento de
que trata o art. 2º-A da Instrução Normativa RFB nº 1.701, de 14 de março de 2017.

12 - EXPECTATIVAS COM A VIGÊNCIA DA VERSÃO 2.1

Essa minuta foi oficializada pelo Ato Declaratório Executivo COFIS nº 93 de 2021, apresentando a nova
versão 2.1 com vigência a partir de janeiro de 2023, salientando que o leiaute 1.5.1 será válido até
dezembro deste ano.

Os eventos que serão inclusos no ambiente de produção serão:

 R-4010 – Neste registro serão informados os pagamentos e créditos que os contribuintes


efetuarem sobre as contratações de serviço sem vínculo empregatício (pessoa física) e demais
situações passíveis de retenção do IRRF. Teremos um evento para cada registro do beneficiário.
Já em relação às informações vinculadas ao IR sobre o trabalho serão entregues pelo eSocial.

Nota: as retenções de imposto de renda decorrentes do rendimento de trabalho devem ser


enviadas pelo eSocial. No entanto, para situações específicas em que não seja possível fazer o
envio pelo eSocial, a EFD-Reinf deve ser a escrituração utilizada para essa apuração. Maiores
detalhes a respeito serão informados por meio dos manuais de orientação do eSocial e da EFD-
Reinf.
 R-4020 – Pagamento/créditos e beneficiário pessoa jurídica: Nesse registro da EFD Reinf
novamente teremos um evento para cada registro de beneficiário sendo declarado os
pagamentos/créditos a pessoas jurídicas.

 R-4040 –Evento pelo qual se realiza as informações pertinentes a pagamentos/créditos a


beneficiários não identificados com existência de despesas e de vantagens e a sua não
incorporação ao salário dos beneficiários que implicarão a tributação exclusiva na fonte dos
valores, à alíquota de 35%.

 R-4080 – Retenção no Recebimento: Conhecida como auto retenção, essa operação ocorre por
exemplo com agências de publicidade, operadoras de cartões, agência de viagens, são atividades
que estão previstas na legislação e que os próprios contribuintes ( prestadores de serviços)
efetuam a sua própria retenção, e nestes casos será transmitido pelos beneficiários dos
rendimentos e não pelos contratantes.

Eventos de Controle:

 R-4099 – Fechamento/Reabertura dos eventos periódicos série R-4000: Será transmitido após
todos os registros dos eventos periódicos serem encerrados, ou utilizado para reabrir um período
de algum registro.

 R-9005 – Bases e tributos, retenções na fonte e R-9015 – Consolidação das retenções na fonte:
Esse registro da EFD Reinf é considerado os totalizadores, não sendo entregues pelos
contribuintes, mas sim pela Receita Federal com o retorno das bases para os contribuintes.

13 - APRESENTAÇÃO DOS EVENTOS E TABELAS DA EFD-Reinf

(Análise dos itens mais relevantes que compõem os leiautes dos eventos e suas respectivas tabelas)

 R-1000 - INFORMAÇÕES DO CONTRIBUINTE

Evento pelo qual são fornecidas pelo sujeito passivo, suas informações de identificação e de
enquadramentos para fins tributários necessários ao preenchimento e validação dos demais eventos
da EFD-Reinf, inclusive para apuração de retenções e das contribuições sociais previdenciárias
devidas. Este é o primeiro evento que deve ser transmitido pelo sujeito passivo.
 R-1050 – TABELA DE ENTIDADES LIGADAS

Evento pelo qual se realiza a inclusão, alteração e exclusão de ENTIDADES LIGADAS ao
declarante, tais como Fundos de investimento e SCP.
 R-1070 - TABELA DE PROCESSOS ADMINISTRATIVOS/JUDICIAIS

Evento pelo qual se realiza a inclusão, alteração e exclusão de processos judiciais e administrativos
que influenciam no cumprimento das obrigações previdenciárias. As informações consolidadas
nesta tabela são utilizadas para validação de outros eventos da EFD-Reinf e influenciam no cálculo
dos tributos devidos.
 R- 4010 – PAGAMENTOS/CRÉDITOS A BENEFICIÁRIO PESSOA FÍSICA

Neste registro serão informados os pagamentos e créditos que os contribuintes efetuarem sobre as contratações
de serviço sem vínculo empregatício (pessoa física) e demais situações passíveis de retenção do IRRF.
Teremos um evento para cada registro do beneficiário. Já em relação às informações vinculadas ao IR sobre
o trabalho serão entregues pelo eSocial.

Nota: as retenções de imposto de renda decorrentes do rendimento de trabalho devem ser enviadas pelo
eSocial. No entanto, para situações específicas em que não seja possível fazer o envio pelo eSocial, a EFD-
Reinf deve ser a escrituração utilizada para essa apuração. Maiores detalhes a respeito serão informados por
meio dos manuais de orientação do eSocial e da EFD-Reinf.
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 R- 4020 – PAGAMENTOS/CRÉDITOS A BENEFICIÁRIO PESSOA
JURÍDICA

Nesse registro da EFD Reinf teremos um evento para cada registro de beneficiário sendo declarado os
pagamentos/créditos a pessoas jurídicas.
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 R-4040–PAGAMENTOS/CRÉDITOS A BENEFICIÁRIOS
NÃO IDENTIFICADOS

Evento pelo qual se realiza as informações pertinentes a pagamentos/créditos a beneficiários não


identificados com existência de despesas e de vantagens e a sua não incorporação ao salário dos
beneficiários que implicarão a tributação exclusiva na fonte dos valores, à alíquota de 35%.
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 R-4080 – RETENÇÃO NO RECEBIMENTO

Evento pelo qual se realiza as informações pertinentes a AUTO-RETENÇÃO nas situações previstas
pelo RIR/2018 tais como para as situações de rendimentos pagos a agências de propaganda,
administração de cartão de débito/crédito, administração de sistema refeição- convênio dentre outras.
Este evento deve ser informado pela prestadora de serviço.
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 R-4099 – FECHAMENTO/REABERTURA DOS EVENTOS DA SÉRIE


R-4000

Evento pelo qual se reabre o movimento de um período já encerrado, possibilitando o envio de


retificações, de exclusões ou de novos eventos periódicos e também que se informa o encerramento
da transmissão dos eventos periódicos na EFD-Reinf em determinado período de apuração,
momento no qual, todas as informações prestadas relativas aos eventos periódicos da série R- 4000
são consolidadas.
 Retorno do evento totalizador R-9015 – processamento do R- 4099 com sucesso.

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 R-9000 - EXCLUSÃO DE EVENTOS

Evento utilizado para tornar sem efeito um evento periódico enviado anteriormente. Deve ser utilizado para
excluir eventos enviados indevidamente.
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Relação de todos os eventos:

Tabela 10 - Eventos da EFD-Reinf


Código Descrição
R-1000 Informações do contribuinte
R-1050 Tabela de entidades ligadas
R-1070 Tabela de processos administrativos/judiciais
R-2010 Retenção de contribuição previdenciária - serviços tomados
R-2020 Retenção de contribuição previdenciária - serviços prestados
R-2030 Recursos recebidos por associação desportiva
R-2040 Recursos repassados para associação desportiva
R-2050 Comercialização de produção rural
R-2055 Aquisição de produção rural
R-2060 Contribuição previdenciária sobre a receita bruta - CPRB
R-2098 Reabertura dos eventos da série R-2000
R-2099 Fechamento dos eventos da série R-2000
R-3010 Receita de espetáculos desportivos
R-4010 Pagamentos/créditos a beneficiário pessoa física
R-4020 Pagamentos/créditos a beneficiário pessoa jurídica
R-4040 Pagamentos/créditos a beneficiários não identificados
R-4080 Retenção no recebimento
R-4099 Fechamento/reabertura dos eventos da série R-4000
R-9000 Exclusão de eventos
R-9001 Bases e tributos - contribuição previdenciária
R-9005 Bases e tributos - retenções na fonte
R-9011 Consolidação de bases e tributos - contribuição previdenciária
R-9015 Consolidação das retenções na fonte
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Bibliografia:
.Brasil, RFB, Instrução Normativa nº 2.043,de 12 de agosto de 2021 – Dispõe sobre a EFD-Reinf..
.Brasil, RFB, Instrução Normativa nº 2.055, de 6 de dezembro de 2021 – Regulamenta Restituição, Compensação,
Reembolso e Ressarcimento;
.Brasil, Lei Complementar 123, de 14 de dezembro de 2006 - Institui o Estatuto da ME e EPP.
.Brasil, RFB, Ato Declaratório CODAR nº 1, de 30 de julho de 2020-Estabelece código DARF para pagamento demultas.
.Brasil, RFB, ADE COFIS nº 84, de 23 de dezembro de 2020 – Dispõe sobre versão 1.5.1 dos leiautes da EFDReinf.
.Brasil, MTP/ME nº 12, de 17 de janeiro de 2022 – Dentre outras informações, divulga valor multas previdenciárias.
,Brasil, RFB, Instrução Normativa nº 2.066, de 24 de fevereiro de 2022 – Acesso ao e-CAC.
.Brasil, RFB, Portal SPED/EFD-Reinf - Leiautes da EFD-Reinf versão 1.5.1 e 2.1.1 – Anexo I -Tabelas , os Eventos e Manual
Orientação do Usuário.

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