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EFD-Reinf - Módulo II
Escrituração Fiscal Digital de Retenções e Outras Informações Fiscais
Samanta Pinheiro da Silva
samanta@consultoriainovar.com.br
Rio de Janeiro - RJ
Setembro - 2022
________________________________________________________________________________
Rua 1º de Março, 33 – Centro – Rio de Janeiro/RJ – Cep: 20.010-000
Telefone: (21) 2216-9544 e 2216-9545 cursos@crcrj.org.br – www.crc.org.br
ÍNDICE:
Rendimentos do Trabalho
Serviços Prestados por Pessoas Jurídicas
Outros Rendimentos
Rendimentos de Residentes ou Domiciliados no Exterior
Rendimentos de Capital
Lucros e dividendos distribuídos por pessoas jurídicas tributadas com base no Lucro Real, que
tenham sido apurados até 31.12.98 ou nos anos de 94 e 95.
O imposto será retido por ocasião de cada pagamento e se, no mês, houver mais de um pagamento, a
qualquer título, pela mesma fonte pagadora, aplicar-se-á a alíquota correspondente à soma dos
rendimentos pagos à pessoa física, compensando-se o imposto anteriormente retido no próprio mês.
Estão sujeitos à incidência do imposto na fonte os rendimentos decorrentes de aluguéis ou royalties pagos
por pessoas jurídicas a pessoas físicas.
Não integrarão a base de cálculo para incidência do imposto, no caso de aluguéis de imóveis (Lei nº
7.739, de 1989, art. 14):
I - o valor dos impostos, taxas e emolumentos incidentes sobre o bem que produzir o rendimento;
II - o aluguel pago pela locação do imóvel sublocado;
III - as despesas para cobrança ou recebimento do rendimento;
IV - as despesas de condomínio.
Com base nos artigos 679, 730 e 731 do RIR/2018 a legislação vigente do Imposto de Renda dispõe
que integram a remuneração mensal dos beneficiários:
a) a aquisição de alimentos ou quaisquer outros bens para utilização pelo beneficiário fora do
estabelecimento da empresa;
b) os pagamentos relativos a clubes e assemelhados;
c) o salário e respectivos encargos sociais de empregados postos à disposição ou cedidos, pela
empresa, a administradores, diretores, gerentes e seus assessores ou de terceiros;
d) a conservação, o custeio e a manutenção dos bens referidos no inciso I.
A pessoa jurídica que pagar ou creditar a remuneração indireta, assim como o beneficiário desta,
deverão observar o tratamento tributário a seguir.
- BENEFICIÁRIOS IDENTIFICADOS E INDIVIDUALIZADOS
A pessoa jurídica identificará os beneficiários das vantagens concedidas (remuneração indireta) e
adicionará tais valores aos respectivos salários (remuneração direta).
Os valores acrescidos ficarão, portanto, sujeitos à incidência do Imposto de Renda na fonte, com base
na Tabela Progressiva vigente no mês do pagamento. O valor do imposto antecipado poderá ser
compensado com o Imposto de Renda devido apurado na Declaração de Ajuste Anual.
Beneficiário Identificado
Prazo: até o terceiro dia útil da semana subseqüente àquela em que ocorrer o fato gerador.
Despesas que podem ser dedutíveis da base de cálculo do imposto de renda tais como:
Compete á fonte pagadora. No caso de PJ, o recolhimento e a informação devem ser feitos no nome e
CNPJ do estabelecimento matriz.
b) até o 3º dia útil subseqüente ao decêndio de ocorrência do fato gerador, no caso de:
1. juros sobre capital próprio, inclusive os atribuídos aos residentes e domiciliados no exterior;
2. prêmios, inclusive os distribuídos sob a forma de bens e serviços, obtidos em concursos e sorteios de
qualquer espécie;
c) até o último dia útil do segundo decêndio do mês subsequente ao mês de ocorrência dos fatos
geradores, nos demais casos ( alteração pela LCP 150/2015)
Conforme os artigos 68 da Lei 9430/1996 e artigo 785 do RIR/2018 fica dispensada a retenção de
imposto de renda, de valor igual ou inferior a R$ 10,00 (dez reais), incidente na fonte sobre rendimentos
que devam integrar a base de cálculo do imposto devido na declaração de ajuste anual.
1.2 RETENÇÃO DO IMPOSTO DE RENDA – PESSOA JURÍDICA
Portanto, para fins de incidência do IR/Fonte sobre os serviços prestados por pessoa jurídica a outra
pessoa jurídica, se a fonte pagadora registrar o valor dos serviços como despesa em sua escrituração
contábil, em contrapartida à conta do Passivo, representativa do direito de crédito da beneficiária, estará
caracterizado o fato gerador do imposto.
Dessa forma, cabe ressaltar que a data de emissão da nota fiscal de serviços não tem relevância para
efeito de retenção do Imposto de Renda na fonte.
Examinaremos nos tópicos a seguir, os procedimentos a serem observados para fins de retenção do
Imposto de Renda na fonte incidente sobre as importâncias pagas ou creditadas por pessoas jurídicas a
outras pessoas jurídicas, civis ou mercantis, pela prestação de serviços de:
Estão sujeitas à incidência do Imposto de Renda na fonte, à alíquota de 1,5%, as importâncias pagas ou
creditadas por pessoas jurídicas a outras pessoas jurídicas, civis ou mercantis (sociedades simples ou
empresárias, conforme o Código Civil), pela prestação de serviços caracterizadamente de natureza
profissional.
– administração de bens ou negócios em geral, exceto consórcios ou fundos mútuos para aquisição de
bens;
– advocacia;
– análise clínica laboratorial;
– análises técnicas;
– arquitetura;
– assessoria e consultoria técnica, exceto o serviço de assistência técnica prestado a terceiros e
concernente a ramo de indústria ou comércio explorado pelo prestador do serviço;
– assistência social;
– auditoria;
– avaliação e perícia;
– biologia e biomedicina;
– cálculo em geral;
– consultoria;
– contabilidade;
– desenho técnico;
– economia;
– elaboração de projetos;
– engenharia, exceto construção de estradas, pontes, prédios e obras assemelhadas;
– ensino e treinamento;
– estatística;
– fisioterapia;
– fonoaudiologia;
– geologia;
– leilão;
– medicina, exceto a prestada por ambulatório, banco de sangue, casa de saúde, casa de recuperação ou
repouso sob orientação médica, hospital e pronto-socorro;
– nutricionismo e dietética;
– odontologia;
– organização de feiras de amostras, congressos, seminários, simpósios e congêneres;
– pesquisas em geral;
– planejamento;
– programação;
– prótese;
– psicologia e psicanálise;
– química;
– radiologia e radioterapia;
– relações públicas;
–serviço de despachante;
– terapêutica ocupacional;
– tradução ou interpretação comercial;
– urbanismo; e
– veterinária.
A responsabilidade pela retenção e recolhimento do IR/Fonte cabe à pessoa jurídica que pagar ou creditar
o rendimento, inclusive no caso de comissões devidas pelos meios de hospedagem, às agências de
turismo, pelo encaminhamento de hóspedes ou pela prestação de qualquer outro serviço vinculado à
atividade e as devidas a agências de empregos pelas empresas que contratam pessoal por seu intermédio.
A fonte pagadora somente fica desobrigada da retenção e recolhimento do imposto quando se tratar das
comissões examinadas no subitem a seguir:
Recolhimento pela empresa beneficiária
A responsabilidade pelo recolhimento do Imposto de Renda cabe à pessoa jurídica que receber de
outras pessoas jurídicas importâncias a título de comissões ou corretagens decorrentes de:
Repasse de Comissões
Em caso de repasse de parte da comissão relativa à determinada operação, o recolhimento é efetuado
pelo valor líquido recebido.
O valor líquido a ser considerado, nesta hipótese, é a diferença entre o valor das comissões recebidas e
o das repassadas a outras pessoas jurídicas, em cada período de apuração.
Distribuição de Refeições
Em se tratando de prestação de serviços de distribuição de refeições pelo sistema de refeição-convênio,
a alíquota do IR/Fonte incidirá somente sobre a corretagem ou comissão cobrada pelas pessoas
jurídicas prestadoras desses serviços, desde que o valor correspondente esteja expresso de forma
destacada e detalhada na nota fiscal de serviços.
Se não houver o destaque do valor da corretagem ou comissão, o imposto deverá ser calculado sobre o
total da nota fiscal.
Propaganda e Publicidade
As importâncias pagas ou creditadas por pessoas jurídicas a outras pessoas jurídicas pela prestação de
serviços de propaganda e publicidade sujeitam-se à incidência do Imposto de Renda na fonte, à
alíquota de 1,5%.
Considera-se ocorrido o fato gerador do imposto sobre a renda na fonte, no caso de importâncias
creditadas, na data do lançamento contábil efetuado por pessoa jurídica, nominal ao fornecedor do
serviço, a débito de despesas em contrapartida com o crédito de conta do passivo, à vista da nota fiscal
ou fatura emitida pela contratada e aceita pela contratante.
Dessa forma, cabe ressaltar que a data de emissão da nota fiscal de serviços não tem relevância para
efeito de retenção do Imposto de Renda na fonte.
- Cooperativa de Trabalho – Artigo 719 - RIR/2018
Lei nº 10.833/03, modificada pela Lei nº 10.925/04- Imputa o Instituto da Retenção das
Contribuições Sociais.
IN nº 381/03, revogada pela IN nº SRF nº 459/04 – Normatiza as retenções efetuadas por Pessoas
Jurídicas de direito privado.
Lei nº 13.137/2015 - Reduz o limite para dispensa da retenção na fonte das contribuições
sociais sobre prestação de serviços.
O artigo 30 da Lei n° 10.833/03 dispõe sobre o fato gerador das contribuições sociais, sendo este o efetivo
pagamento dos serviços, inclusive os pagamentos antecipados, por conta de aquisições de bens ou
prestação de serviços para entrega futura.
A base de cálculo será o valor bruto do serviço prestado. Não será admitida qualquer dedução dessa base
se não por previsão legal.
A alíquota a ser aplicada é a de 4,65% (quatro inteiros e sessenta e cinco centésimos por cento), que
corresponde a seguinte soma:
1% - CSLL;
3% - COFINS, e
0,65% – Contribuição para o PIS.
Com base no artigo 30 da Lei n° 10.833/03, a pessoa jurídica de direito privado que efetuar pagamentos
a outra pessoa jurídica de direito privado deverá efetuar a retenção na fonte do PIS, da COFINS e da
CSLL, pela prestação de serviços de:
Podemos relacionar serviços ou atividades citados a seguir que NÃO sofrem as retenções das
contribuições, pois não foram listados pela Instrução Normativa SRF n° 459/2004:
Comissões recebidas;
Dentre outros.
O artigo 31 da Lei n° 10.833/03 prevê também, nos casos em que a Pessoa Jurídica for isenta de alguma
contribuição (PIS, COFINS e CSLL) ou amparada por medida judicial, a retenção será efetuada com a
aplicação da alíquota correspondente à contribuição que não seja isenta.
A fonte pagadora deverá calcular em separado a contribuição cujo prestador do serviços estiver sujeito,
aplicar a alíquota correspondente e utilizar DARF distinto para cada contribuição, a saber:
A empresa prestadora do serviço beneficiada por isenção ou alíquota zero das contribuições (PIS,
COFINS e CSLL) devem informar esta condição na NF, inclusive o enquadramento legal sob pena de
sujeição à retenção das contribuições sob o total da NF.
Conforme artigo 35 da Lei 10.833/03, os valores retidos no mês deverão ser recolhidos ao Tesouro
Nacional pelo órgão público que efetuar a retenção ou, de forma centralizada, pelo estabelecimento
matriz da pessoa jurídica, até o último dia útil do segundo decêndio do mês subsequente àquele mês em
que tiver ocorrido o pagamento à pessoa jurídica fornecedora dos bens ou prestadora do serviço.
O Artigo 24° da Lei n° 13.137/2015, dispensa a retenção das contribuições sociais para pagamentos de
valor igual ou inferior a R$ 10,00.
De acordo com o artigo 2°, § 3° da Instrução Normativa SRF n° 459/04, a Pessoa Jurídica optante pelo
SIMPLES (não incidência da retenção na fonte das contribuições) deverá apresentar à Pessoa Jurídica
tomadora dos serviços declaração, na forma do Anexo I da IN SRF n° 791/2007 (em anexo), em duas
vias devidamente assinadas pelo seu representante legal.
A fonte pagadora arquivará a 1a. via da declaração, que ficará a disposição da Secretaria da Receita
Federal (SRF), e a 2a.via será devolvida ao interessado como recibo.
Também estão dispensadas de efetuar a retenção na posição de tomadora do serviço de acordo com o
artigo 30, § 2 e 33 da Lei n° 10.833/03.
Pelo artigo 34 da Lei n° 10.833/03, a obrigatoriedade da retenção foi estendida, a partir de 1º de fevereiro
de 2004, às seguintes entidades, nos pagamentos que efetuarem a pessoas jurídicas:
a) empresas públicas;
c) demais entidades em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com
direito a voto, e que dela recebam recursos do Tesouro Nacional e estejam obrigadas a registrar sua
execução orçamentária e financeira na modalidade total no Sistema Integrado de Administração
Financeira do Governo Federal (Siafi).
O artigo 1º da IN SRF nº 1234/2012, prevê a retenção, na fonte, o IRPJ, bem assim a CSLL, a Cofins e
o PIS/Pasep sobre os pagamentos que efetuarem a pessoas jurídicas, pelo fornecimento de bens ou
prestação de serviços em geral, inclusive obras, observados os procedimentos previstos nesta Instrução
Normativa.
A lista dos serviços alcançados encontram-se nos Anexos da referida IN.
a) serviços prestados com emprego de materiais, os serviços contratados com previsão de fornecimento
de material, cujo fornecimento de material esteja segregado da prestação de serviço no contrato, e desde
que discriminados separadamente no documento fiscal de prestação de serviços;
b) construção por empreitada com emprego de materiais, a contratação por empreitada de construção
civil, na modalidade total, fornecendo o empreiteiro todos os materiais indispensáveis à sua execução,
sendo tais materiais incorporados à obra.
O artigo 2º da IN SRF nº 1234/2012, a retenção será efetuada aplicando-se, sobre o valor a ser pago, o
percentual constante da coluna 06 da Tabela de Retenção, que corresponde à soma:
a) da alíquota do imposto de renda, determinada mediante a aplicação de 15% (quinze por cento) sobre
a base de cálculo estabelecida no art. 15 da Lei nº 9.249/95, conforme a natureza do bem fornecido ou
do serviço prestado;
c) da alíquota de 3% (três por cento) para a COFINS e de 0,65% (sessenta e cinco centésimos por cento)
da Contribuição para o PIS/Pasep.
Os códigos do DARF serão de acordo com cada tipo de situação relacionada na tabela de retenção.
A IN SRF nº 1234/2012, define as hipóteses em que não haverá a retenção do IR e das contribuições
sociais relacionadas a seguir:
Não serão retidos os valores correspondentes ao imposto de renda e às contribuições aqui tratadas, nos
pagamentos efetuados a:
b) partidos políticos;
c) instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, a que se refere o art. 12 da Lei nº
9.532/97;
d) instituições de caráter filantrópico, recreativo, cultural, científico e às associações civis, a que se refere
o art. 15 da Lei nº 9.532/97;
i) condomínios edilícios;
m) a Itaipu binacional;
No caso de pagamento efetuado a pessoa jurídica amparada pela suspensão da exigibilidade do crédito
tributário nas hipóteses a que se referem os incisos II, IV e V do art. 151 do Código Tributário Nacional
- CTN ou por sentença judicial transitada em julgado, determinando a suspensão do pagamento do IRPJ
ou de qualquer das contribuições sujeitas à retenção, o órgão ou a entidade que efetuar o pagamento
deverá calcular, individualmente, os valores do IRPJ e das contribuições considerados devidos, aplicando
as alíquotas correspondentes, e efetuar o recolhimento em DARF distintos para cada um deles,
utilizando-se os seguintes códigos:
No caso de PJ amparada por isenção por isenção parcial, será adotado o mesmo procedimento previsto
para pessoas jurídicas amparadas por medida judicial.
3.6. Recolhimento
Os órgãos da administração pública federal direta, autarquias e fundações federais estão obrigadas a
retenção na fonte do Imposto sobre a Renda - IR, da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - CSLL,
da Contribuição para o PIS/PASEP e da Contribuição para a COFINS sobre os pagamentos que
efetuarem às pessoas jurídicas, pelo fornecimento de bens ou prestação de serviços em geral.
Os valores retidos deverão ser recolhidos ao Tesouro Nacional, mediante DARF até o 3º (terceiro) dia
útil da semana subsequente àquela em que tiver ocorrido o pagamento. Fundamento Legal: art. 7º, I da
Instrução Normativa RFB nº 1.234/2012.
EFD–REINF ESCRITURAÇÃO FISCAL DIGITAL DE RETENÇÕES E
OUTRAS INFORMAÇÕES FISCAIS
1 - ASPECTOS LEGAIS
A Escrituração Fiscal Digital de Retenções e Outras Informações Fiscais (EFD-Reinf), instituída pela
Instrução Normativa RFB nº1701, de 14/03/2017 posteriormente alterada pela Instrução
Normativa RFB nº2.043, de 12/08/2021 , módulo integrante do SPED-Sistema Público de Escrituração
Digital, que reúne diversas informações para apuração das contribuições sociais previdenciárias e das
contribuições devidas a outras entidades e fundos (terceiros).
Com a vigência do leiaute versão 2.1.1 serão incluídos na obrigatoriedade eventos fiscais da série
R-4000 da EFD-Reinf.
Obs: Vide NOTA ORIENTATIVA 18 eSOCIAL, de 2019 em relação aos prazos do e SOCIAL enquanto
não substituição da GFIP como forma de recolhimento do FGTS.
CRONOGRAMA DE IMPLEMENTAÇÃO
(Art. 5º da IN RFB nº 2.043, de 12/08/2021)
I - Sujeitos passivos, pessoas físicas ou jurídicas, que se encontravam ativos em janeiro de 2018 devem
se enquadrar nos grupos de obrigados à EFD-Reinf, observando a data de início da obrigatoriedade,
conforme quadro abaixo:
Grupo Detalhamento Data de início da
de obrigados obrigatoriedade
à EFDReinf
Compreende as entidades integrantes do
“Grupo 2 - Entidades Empresariais”, do A partir das 8 (oito) horas
anexo V da Instrução Normativa RFB nº 1.863, de 1º de maio de 2018, em
de 27 de dezembro de 2018, com faturamento no relação aos fatos geradores
1º grupo ano de 2016 acima de R$ 78.000.000,00 (setenta ocorridos a partir dessa data.
e oito milhões de reais;
III - Sujeitos passivos que alteraram o seu regime de tributação a partir de 2 de julho de 2018, devem
permanecer nos grupos do regime de tributação que adotava em 1º de julho de 2018:
O faturamento para o grupo 1 compreende o total da receita bruta, auferida no ano-calendário de 2016 e declarada
na Escrituração Contábil Fiscal (ECF), relativa ao ano calendário de 2016.
Ficam obrigados a adotar a EFD-Reinf os seguintes sujeitos passivos, ainda que imunes ou isentos:
I - empresas que prestam e contratam serviços realizados mediante cessão de mão de obra, nos termos
do art. 31 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991; (Redação dada pelo(a) Instrução Normativa RFB nº
1996, de 03 de dezembro de 2020)
II - pessoas jurídicas a que se referem os arts. 30 e 34 da Lei nº 10.833, de 29 de dezembro de 2003, e o
art. 64 da Lei nº 9.430, de 27 de dezembro de 1996, responsáveis pela retenção da Contribuição para os
Programas de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Contribuição para o
PIS/Pasep), da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e da Contribuição
Social sobre o Lucro Líquido (CSLL); (Redação dada pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1996, de 03
de dezembro de 2020)
III - pessoas jurídicas optantes pelo recolhimento da Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta
(CPRB);
IV - produtor rural pessoa jurídica e agroindústria quando sujeitos a contribuição previdenciária
substitutiva sobre a receita bruta proveniente da comercialização da produção rural nos termos do art. 25
da Lei nº 8.870, de 15 de abril de 1994, na redação dada pela Lei nº 10.256, de 9 de julho de 2001 e do
art. 22A da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, inserido pela Lei nº 10.256, de 9 de julho de 2001,
respectivamente;
IV-A - adquirente de produto rural, nos termos do art. 30 da Lei nº 8.212, de 1991, e do art. 11 da Lei nº
11.718, de 20 de junho de 2008; (Incluído(a) pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1996, de 03 de
dezembro de 2020)
V - associações desportivas que mantenham equipe de futebol profissional que tenham recebido valores
a título de patrocínio, licenciamento de uso de marcas e símbolos, publicidade, propaganda e transmissão
de espetáculos desportivos;
VI - empresa ou entidade patrocinadora que tenha destinado recursos a associação desportiva que
mantenha equipe de futebol profissional a título de patrocínio, licenciamento de uso de marcas e
símbolos, publicidade, propaganda e transmissão de espetáculos desportivos;
VII - entidades promotoras de eventos desportivos realizados em território nacional, em qualquer
modalidade desportiva, dos quais participe ao menos 1 (uma) associação desportiva que mantenha equipe
de futebol profissional; e
VIII - pessoas jurídicas e físicas que pagaram ou creditaram rendimentos sobre os quais haja retenção do
Imposto sobre a Renda Retido na Fonte (IRRF), por si ou como representantes de terceiros.
Eventos de Tabela
R-1000 – Informações do Contribuinte
R-1070 – Tabela de Processos Administrativos/Judiciais,
Serão enviados no início da utilização da EFD-Reinf e pode ser alterada no decorrer do tempo,
desde que não ultrapasse o dia quinze do mês subsequente aos fatos geradores a que se refere.
Eventos periódicos
R-2010 e R-2020- Serviços tomados/prestados mediante cessão de mão de obra ou empreitada;
R-2030 e R-2040 - Recursos recebidos ou repassados para associação desportiva que mantenha equipe
de futebol profissional;
R-2050 - Comercialização da produção e à apuração da contribuição previdenciária substitutiva pelas
agroindústrias e demais produtores rurais pessoa jurídica;
R-2060 - Empresas que se sujeitam à Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta - CPRB
conforme Lei 12.546/2011.
Prazo de envio até o dia 15 do mês subsequente ao qual se refira a escrituração.
4 - DISPENSA DE APRESENTAÇÃO
A partir da vigência da nova IN RFB nº 2043 de 2021 ficam dispensados da apresentação da EFD-Reinf
os sujeitos passivos com ausência de fatos a serem informados no período de apuração, sejam do
primeiro, segundo ou terceiro grupo e qualquer regime de tributação, seja do Simples Nacional, lucro
presumido ou lucro real.
As empresas baixadas poderão prestar informações na EFD-Reinf até o mês/ano da baixa, inclusive.
Por exemplo: se a baixa da empresa ocorreu em 10/outubro/XX, ela poderá informar os eventos
periódicos referentes até o mês de outubro/XX. A partir de novembro/XX, como já se encontra baixada,
nada poderá informar. As empresas baixadas, caso não tenham movimento no mês da baixa ou
anteriormente, devem informar essa situação da forma convencional.
Sendo assim, no caso das empresas baixadas, se a situação “sem movimento” tiver sido informada
corretamente, não é necessário prestar qualquer outra informação na EFDReinf. Por outro lado, caso haja
informação a ser prestada no mês da baixa, basta preparar o(s) evento(s) necessário(s) e transmiti-lo(s).
O sujeito passivo gera um arquivo eletrônico contendo as informações previstas nos leiautes, assina-o
digitalmente, transformando-o em um documento eletrônico nos termos da legislação, objetivando
garantir a integridade dos dados e a autoria do emissor.
Este arquivo eletrônico deve ser gerado pelo sistema do próprio contribuinte e, após assinado
digitalmente, transmitido via webservice por meio de arquivo no formato XML, em lote de eventos, o
qual será validado e armazenado em ambiente nacional.
A EFD-Reinf disponibiliza, para os sujeitos passivos a “EFD-Reinf Web”, que pode ser acessada pelo
e-CAC, cujos formulários após preenchidos e salvos, já operam a geração e transmissão do evento. O
acesso pode ser realizado utilizando-se de certificado digital ou, para os dispensados de ter esse
certificado, um código de acesso.
A EFD-Reinf não funciona por meio de um Programa offline Gerador de Declaração (PGD) ou Validador
e Assinador (PVA), ou seja, não possui um aplicativo para download no ambiente do contribuinte que
importe o arquivo e faça as validações antes de transmitir.
7 - ACESSO À EFD-Reinf
Certificação Digital
O certificado digital utilizado no sistema EFD-Reinf deverá ser emitido por Autoridade
Certificadora credenciada pela Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira – ICP-Brasil.
As micro e pequenas empresas (ME e EPP) optantes pelo Simples Nacional, com até 1 empregado,
podem transmitir seus eventos utilizando-se de código de acesso diretamente no portal “EFD-Reinf
Web” disponível no e-CAC.
-Não é possível transmitir eventos por web service com código de acesso.
Procuração
A procuração eletrônica vale para o ambiente de produção restrita e para o ambiente de produção.
Para utilização, por procuração, da EFD-Reinf é necessária a procuração no perfil “EFD-Reinf-
Geral".
Existem duas formas de outorgar procuração no perfil em questão, quais sejam, individualmente –
assinalando a opção “EFD-Reinf-Geral” ou em bloco, assinalando a opção “Todos” os serviços, na
qual já estará incluída a opção “EFD-Reinf-Geral”.
8 - TRANSMISSÃO DOS ARQUIVOS
Sequência lógica
O contribuinte, ao transmitir suas informações à EFD-Reinf, deve observar a sequência lógica de envio
dos eventos, conforme a figura abaixo, pois as informações constantes dos eventos “R-1000 –
Informações do Contribuinte” e “R-1070 – Tabelas de Processos Administrativos/Judiciais” (quando for
o caso), são necessárias ao processamento das informações dos eventos periódicos e do evento não
periódico “R-3010 – Receitas de Espetáculo Desportivo”.
Comprovante de entrega
Cada evento transmitido e validado pela EFD-Reinf provocará o retorno de um recibo de entrega, no
evento R-5001, que atesta o registro oficial do evento e precisa ser informado no caso de solicitação de
cópia, retificação ou exclusão do evento. Caso um evento transmitido não seja validado, o sistema não
retornará um recibo de entrega, mas sim, uma mensagem de erro, comunicando a necessidade de revisão
e retransmissão do evento.
Para o evento “R-2099 – Fechamento dos eventos periódicos”, em que há duas validações, o sujeito
passivo receberá o protocolo de envio, que é uma informação transitória e que deverá consultar o R-
5011 para se certificar que o processamento ocorreu com sucesso.
9 - IDENTIFICADORES
Contribuinte
O identificador chave para as empresas em geral será o CNPJ-Raiz/Base de oito posições. Se for
informada natureza jurídica de administração pública federal, o identificador chave considerado será
o CNPJ completo com 14 posições.
Para as obras de construção civil, que possuam responsáveis pessoas físicas ou jurídicas, a matrícula
CEI passa a ser substituída pelo CNO – Cadastro Nacional de Obras que, obrigatoriamente, é
vinculado a um CNPJ ou a um CPF.
O procedimento de alteração das informações transmitidas à EFD-Reinf ocorre somente nos eventos
“R-1000 – Informações do Contribuinte” e “R-1070 – Tabela de Processos Administrativos/Judiciais”,
uma vez que essas opções, bem como a de exclusão, constam no próprio leiaute desses eventos, atrelados
à respectiva vigência ou período de validade.
Alteração de Informações
Retificações
Com relação aos eventos periódicos, enquanto o movimento estiver "aberto", o envio de um segundo
evento, do mesmo tipo, para o mesmo período de apuração, poderá ser efetuado encaminhando um novo
evento com o indicativo de retificação. Por não existir a necessidade de fechamento de movimento (R-
2099) para o evento de receita de espetáculo desportivo (R-3010), as retificações neste evento podem
ocorrer a qualquer momento.
Exclusões
Para exclusão de qualquer evento transmitido indevidamente, faz-se necessário o envio do evento “R-
9000- Exclusão de Eventos”, identificando o evento a ser excluído pelo preenchimento dos campos
“tipo do evento” (“tpEvento”) e “número do recibo do evento” (“nrRecEvt”), que é o número do recibo
do arquivo enviado a ser excluído.
Os eventos periódicos - R-2010 a R-2060 -, após encerrados, ou seja, após o envio do evento “R-2099
– Fechamento dos Eventos Periódicos”, somente podem ser excluídos quando transmitido previamente
o evento de reabertura “R-2098 - Reabertura dos Eventos Periódicos” para o mesmo período de apuração.
O sujeito passivo que deixar de apresentar a EFD-Reinf no prazo fixado, ou que a apresentar com
incorreções ou omissões, será intimado a apresentar a declaração original, no caso de não apresentação,
ou a prestar esclarecimentos, nos demais casos, no prazo estipulado pela RFB, e ficará sujeito às
seguintes multas:
a) de 2% ao mês calendário ou fração, incidentes sobre o montante dos tributos informados na EFD-
Reinf, ainda que integralmente pagos, no caso de falta de entrega da declaração ou de entrega após o
prazo, limitada a 20% ; e
b) de R$ 20,00, para cada grupo de 10 informações incorretas ou omitidas.
a) em 50%, quando a declaração for apresentada após o prazo, mas antes de qualquer procedimento de
ofício; ou
b) em 25%, se houver a apresentação da declaração após o prazo, mas até o prazo estabelecido na
intimação.
a) redução de 90% para o microempresário individual (MEI) a que se refere o art. 18-A da Lei
Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, e
b) redução de 50% (cinquenta por cento) para a microempresa (ME) e para a empresa de pequeno porte
(EPP) enquadradas no Simples Nacional.
Órgãos Públicos:
Aos órgãos públicos da administração direta dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, as multas
serão lançadas em nome do respectivo ente da Federação a que pertencem.
No caso de autarquia ou fundação pública federal, estadual, distrital ou municipal, em nome desta serão
lançadas as multas apresentadas na legislação.
Art. 1º Fica instituído o código de receita 5804 - Multa por Omissão/Incorreção/Falta/Atraso na Entrega
da Escrituração Fiscal Digital de Retenções e Outras Informações Fiscais (EFD-Reinf), que deverá ser
informado em Documento de Arrecadação de Receitas Federais (Darf) para efetuar o recolhimento de
que trata o art. 2º-A da Instrução Normativa RFB nº 1.701, de 14 de março de 2017.
Essa minuta foi oficializada pelo Ato Declaratório Executivo COFIS nº 93 de 2021, apresentando a nova
versão 2.1 com vigência a partir de janeiro de 2023, salientando que o leiaute 1.5.1 será válido até
dezembro deste ano.
R-4080 – Retenção no Recebimento: Conhecida como auto retenção, essa operação ocorre por
exemplo com agências de publicidade, operadoras de cartões, agência de viagens, são atividades
que estão previstas na legislação e que os próprios contribuintes ( prestadores de serviços)
efetuam a sua própria retenção, e nestes casos será transmitido pelos beneficiários dos
rendimentos e não pelos contratantes.
Eventos de Controle:
R-4099 – Fechamento/Reabertura dos eventos periódicos série R-4000: Será transmitido após
todos os registros dos eventos periódicos serem encerrados, ou utilizado para reabrir um período
de algum registro.
R-9005 – Bases e tributos, retenções na fonte e R-9015 – Consolidação das retenções na fonte:
Esse registro da EFD Reinf é considerado os totalizadores, não sendo entregues pelos
contribuintes, mas sim pela Receita Federal com o retorno das bases para os contribuintes.
(Análise dos itens mais relevantes que compõem os leiautes dos eventos e suas respectivas tabelas)
Evento pelo qual são fornecidas pelo sujeito passivo, suas informações de identificação e de
enquadramentos para fins tributários necessários ao preenchimento e validação dos demais eventos
da EFD-Reinf, inclusive para apuração de retenções e das contribuições sociais previdenciárias
devidas. Este é o primeiro evento que deve ser transmitido pelo sujeito passivo.
R-1050 – TABELA DE ENTIDADES LIGADAS
Evento pelo qual se realiza a inclusão, alteração e exclusão de ENTIDADES LIGADAS ao
declarante, tais como Fundos de investimento e SCP.
R-1070 - TABELA DE PROCESSOS ADMINISTRATIVOS/JUDICIAIS
Evento pelo qual se realiza a inclusão, alteração e exclusão de processos judiciais e administrativos
que influenciam no cumprimento das obrigações previdenciárias. As informações consolidadas
nesta tabela são utilizadas para validação de outros eventos da EFD-Reinf e influenciam no cálculo
dos tributos devidos.
R- 4010 – PAGAMENTOS/CRÉDITOS A BENEFICIÁRIO PESSOA FÍSICA
Neste registro serão informados os pagamentos e créditos que os contribuintes efetuarem sobre as contratações
de serviço sem vínculo empregatício (pessoa física) e demais situações passíveis de retenção do IRRF.
Teremos um evento para cada registro do beneficiário. Já em relação às informações vinculadas ao IR sobre
o trabalho serão entregues pelo eSocial.
Nota: as retenções de imposto de renda decorrentes do rendimento de trabalho devem ser enviadas pelo
eSocial. No entanto, para situações específicas em que não seja possível fazer o envio pelo eSocial, a EFD-
Reinf deve ser a escrituração utilizada para essa apuração. Maiores detalhes a respeito serão informados por
meio dos manuais de orientação do eSocial e da EFD-Reinf.
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R- 4020 – PAGAMENTOS/CRÉDITOS A BENEFICIÁRIO PESSOA
JURÍDICA
Nesse registro da EFD Reinf teremos um evento para cada registro de beneficiário sendo declarado os
pagamentos/créditos a pessoas jurídicas.
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R-4040–PAGAMENTOS/CRÉDITOS A BENEFICIÁRIOS
NÃO IDENTIFICADOS
Evento pelo qual se realiza as informações pertinentes a AUTO-RETENÇÃO nas situações previstas
pelo RIR/2018 tais como para as situações de rendimentos pagos a agências de propaganda,
administração de cartão de débito/crédito, administração de sistema refeição- convênio dentre outras.
Este evento deve ser informado pela prestadora de serviço.
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Evento utilizado para tornar sem efeito um evento periódico enviado anteriormente. Deve ser utilizado para
excluir eventos enviados indevidamente.
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Bibliografia:
.Brasil, RFB, Instrução Normativa nº 2.043,de 12 de agosto de 2021 – Dispõe sobre a EFD-Reinf..
.Brasil, RFB, Instrução Normativa nº 2.055, de 6 de dezembro de 2021 – Regulamenta Restituição, Compensação,
Reembolso e Ressarcimento;
.Brasil, Lei Complementar 123, de 14 de dezembro de 2006 - Institui o Estatuto da ME e EPP.
.Brasil, RFB, Ato Declaratório CODAR nº 1, de 30 de julho de 2020-Estabelece código DARF para pagamento demultas.
.Brasil, RFB, ADE COFIS nº 84, de 23 de dezembro de 2020 – Dispõe sobre versão 1.5.1 dos leiautes da EFDReinf.
.Brasil, MTP/ME nº 12, de 17 de janeiro de 2022 – Dentre outras informações, divulga valor multas previdenciárias.
,Brasil, RFB, Instrução Normativa nº 2.066, de 24 de fevereiro de 2022 – Acesso ao e-CAC.
.Brasil, RFB, Portal SPED/EFD-Reinf - Leiautes da EFD-Reinf versão 1.5.1 e 2.1.1 – Anexo I -Tabelas , os Eventos e Manual
Orientação do Usuário.