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CONTABILIDADE CONDOMINIAL
Aspectos Introdutórios
Niterói, RJ
2.1. Conceito
Podemos afirmar pela definição acima exposta que o Condomínio vem a ser o
domínio exercido por duas ou mais pessoas em relação a uma coisa comum.
Assim, temos que há uma repartição do domínio de uma coisa para duas ou
mais pessoas.
A doutrina mais aceita para o condomínio entende que o mesmo vem a ser
uma comunidade de direito, de que são titulares várias pessoas, incidindo
sobre o mesmo objeto. Podemos afirmar, outrossim, como nos reporta Planiol
et Ripert, que nos edifícios de andares ou apartamentos pertencentes a
proprietários diversos existe superposição de propriedades distintas e
separadas, complicada pela existência de comunhão relativa a determinadas
dependências de uso comum dos diversos proprietários.
“Art. 1.331. Pode haver, em edificações, partes que são propriedade exclusiva,
e partes que são propriedade comum dos condôminos.
Art. 2º Cada unidade com saída para a via pública, diretamente ou por
processo de passagem comum, será sempre tratada como objeto de
propriedade exclusiva, qualquer que seja o número de suas peças e sua
destinação, inclusive (VETADO) edifício-garagem, com ressalva das restrições
que se lhe imponham.
3. CRIAÇÃO DO CONDOMÍNIO.
“Art. 7º O condomínio por unidades autônomas instituir-se-á por ato entre vivos
ou por testamento, com inscrição obrigatória no Registro de Imóvel, dele
constando; a individualização de cada unidade, sua identificação e
discriminação, bem como a fração ideal sobre o terreno e partes comuns,
atribuída a cada unidade, dispensando-se a descrição interna da unidade. [...]
“Art. 1. 332 . Institui-se o condomínio edilício por ato entre vivos ou testamento,
registrado no Cartório de Registro de Imóveis, devendo constar daquele ato,
além do disposto em lei especial:
Art. 1.333 . A convenção que constitui o condomínio edilício deve ser subscrita
pelos titulares de, no mínimo, dois terços das frações ideais e torna-se, desde
logo, obrigatória para os titulares de direito sobre as unidades, ou para quantos
sobre elas tenham posse ou detenção.
Art. 1.334. Além das cláusulas referidas no art. 1.332 e das que os
interessados houverem por bem estipular, a convenção determinará:
V- o regimento interno.
Observação:
Os cadastros para o INSS, FGTS e PIS serão confirmados após transmissão
para a plataforma do eSocial da primeira fase.
4. CONVENÇÃO
5. REGIMENTO INTERNO.
6. ADMINISTRAÇÃO DO CONDOMÍNIO.
VII- cobrar dos condôminos as suas contribuições, bem com o impor e cobrar
as multas devidas;
É realizada uma vez por ano. Sua principal finalidade é aprovar as verbas
destinadas a cobrir as despesas normais necessárias ao funcionamento do
condomínio para o próximo exercício.
Exemplo: Despesas com salários, água, luz, elevadores, material de limpeza,
etc.
6.2. Síndico
[...]
Temos que o Código Civil Pátrio prevê, em seu artigo 1356 que o Condomínio
poderá criar um conselho fiscal, que terá como função de dar parecer
sobre as contas do síndico, que será eleito pelo prazo de dois anos, sendo
formado por três condôminos.
Devemos ter em mente que, a partir do momento que o conselho fiscal aprova
as contas do síndico, aquele passa a ser responsável juntamente com o
síndico pelas contas apresentadas por este último.
7. CONTADOR
Vale ressaltar que a partir do Código Civil de 2002 o contador passar a ter
responsabilidade solidária aos fatos a que se registram. Devendo verificar a
fidedignidade dos fatos a serem registrados.
8. Contabilidade
A Contabilidade tem papel crucial em uma entidade. Nela estão contidos todos
os registros financeiros e patrimoniais, fonte de controle e avaliação de
receitas e despesas. Capaz de gerar informações úteis para tomada de
decisão. Facilitando a transparência da gestão e a conseqüente fiscalização
pelas partes interessadas.
✓ Cartão do CNPJ;
✓ Apuração das contas da administração anterior;
✓ Pastas com as despesas e receitas referentes aos últimos cinco anos;
✓ Pastas com as prestações de contas dos últimos cinco anos;
✓ Pastas com os tributos pagos pelo Condomínio;
✓ Pastas com as contas a pagar;
✓ Relação de Inadimplentes atualizada;
✓ Livro de Registro de Inventário;
✓ Livro de Registro de Empregados;
✓ Documentação comprobatória referente à Pessoal.
A lei nº 4.591 de 1964, em seu art. 22, § 1º, alínea ‘g’, exige que o síndico
mantenha guardada durante o prazo de cinco anos para eventuais
necessidade de verificação contábil, toda a documentação relativa ao
condomínio.
Assim, está claro que, nesse particular, o condomínio deve ser tratado
com o mesmo zelo que uma empresa comercial. Devem ser respeitados os
princípios contábeis, assim como escriturado o livro caixa do condomínio para
uma futura verificação.
9. INFORMAÇÕES GERENCIAIS
Essas são algumas medidas que surtiram efeito em outras experiências. Vale
ressaltar que o custo com energia em horários de pico é cerca de 20% maior.
9.1.3. Telefonia
9.1.5. Serviços
Com essas medidas pode-se ter maior poder de barganha frente ao prestador
e fazer uma programação de pagamento, evitando despesas eventuais que
poderiam ser previstas.
Pela experiência que temos vivido, é mais vantajoso para o condomínio fazer
uma previsão orçamentária no início do ano com o intuito de estimar quanto
seria gasto no ano seguinte e assim estabelecer um valor fixo para sua taxa
de condomínio. Isto ocorre porque assim, o condomínio tem condições de
estabelecer determinado valor para formação de um fundo de reserva que
cobriria alguma despesa extraordinária.
Por sua vez, o rateio traz uma série de desvantagens, se contrapondo ao que
foi exposto acima. No momento que surgir uma despesa extraordinária e
repentina, o condomínio pode não dispor de dinheiro em caixa para
solucionar o problema.
Além disso, a não existência de uma conta corrente sempre traz a dúvida para
os outros condôminos se o síndico não mistura seu dinheiro particular com o
dinheiro do condomínio.
Utilizados pelas empresas em geral, estes dois órgãos, o SPC e SERASA, são
responsáveis pela informação de inadimplentes. Frise-se, tais órgãos não
possuem o condão de cobrar, ou exigir o pagamento de qualquer pessoa, mas
apenas informam uma situação, que vem a ser a existência de um débito.
No caso do SERASA, este órgão não disponibiliza este serviço, ficando restrito
apenas a empresas em geral, bancos, sociedades de crédito, etc. Já o SPC,
este sim disponibiliza seus serviços aos condomínios, de sorte que pode ser
mais uma arma para a cobrança dos inadimplentes.
Para finalizar o presente tópico, temos que falar acerca do Juizado Especial,
previsto na lei 9. 099, de 26 de setembro de 1995.
Nesse sentido, é que decidimos dedicar um tópico apenas para este assunto.
11.4. Férias
As férias dos funcionários são regulamentadas pela CLT em seus art. 129 a
141 onde são determinados os prazos para aquisição, prazos para concessão,
multas pela não concessão no prazo correto, situações que suspendem o
direito, entre outras.
Existem casos específicas para concessão de férias, como para menores, que
as férias devem coincidir com as férias escolares, mesmo sendo o
empregador o responsável pela comunicação do período.
De acordo com o art. 81 da CLT, parte do salário poderá ter sua parte paga
com o fornecimento de alimentos.
11.7. Adiantamentos
O aviso prévio está devidamente regulamentado pela CLT nos artigos 487 e
seguintes da CLT. Onde são determinados o prazo para comunicação que
deve ser de iniciativa de quem solicitar a dispensa ou demissão, com
antecedência mínima de 30 dias. Caso o empregador não comunique o aviso o
11.11.Honorários do Síndico
11.11.1. INSS
11.11.2. IRRF
https://www.secovirio.com.br/assuntos-sindicais/negociacoes-coletivas/?ver=1
BIBLIOGRAFIA
ECONET, 2022.
CÓDIGO CIVIL - Lei nº 10. 406, de 10. 01. 2002. São Paulo: Atlas, 2002.
LOPES, João Batista. Condomínio. 5. ed. atual. amp. São Paulo: Revista dos
Tribunais, 1996.
PLANIOL ET RIPERT, Traité Pratique de Droit Civil, vol. 3º, nº. 319
ANEXOS: