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Trabalho Direito Civil IV

1-Na acepção lato sensu, o termo condomínio, provem do latim condominium, ocorrendo
quando existe um domínio de mais de uma pessoa simultaneamente de um determinado bem, ou
partes de um bem. Como existe uma pluralidade de sujeitos envolvidos, este regulamento que
surge com os condomínios vai gerar direitos e deveres, que são recíprocos entres os
condôminos. Os condôminos têm faculdades ou poderes contra pessoas estranhas ao
condomínio.
2-A advocacia preventiva desempenha um papel crucial na gestão do direito condominial ao
antecipar e evitar potenciais conflitos legais. Isso envolve orientar os condomínios e seus
membros sobre as leis pertinentes, regulamentos internos e questões legais específicas. Ao
fornecer consultoria preventiva, os advogados podem ajudar na redação adequada de
documentos, contratos e regulamentos condominiais, minimizando assim a probabilidade de
litígios.

Além disso, a advocacia preventiva na gestão condominial envolve a análise constante de


mudanças na legislação, mantendo os envolvidos informados sobre seus direitos e
responsabilidades. Essa abordagem proativa contribui para a resolução de problemas antes que
se tornem litigiosos, promovendo uma convivência harmoniosa no ambiente condominial.
3-Na acepção lato sensu, o termo "condomínio" refere-se a qualquer forma de propriedade
comum, onde duas ou mais pessoas compartilham direitos sobre um mesmo bem, como em
condomínios edilícios, rurais, ou mesmo em propriedades horizontais.

Na acepção stricto sensu, "condomínio" é frequentemente utilizado para descrever


especificamente o condomínio edilício, caracterizado pela divisão de unidades autônomas em
um edifício ou conjunto de edifícios. Cada unidade é de propriedade privativa, enquanto as
áreas comuns são de uso coletivo, sendo a gestão regulamentada por uma assembleia de
condôminos.
4-O condomínio geral refere-se a qualquer propriedade comum, não necessariamente
imobiliária, enquanto o condomínio edilício é específico para propriedades imobiliárias, como
edifícios. No condomínio edilício, as unidades são autônomas, há regulamentação específica e
uma estrutura organizada para a administração, ao contrário do condomínio geral, que é mais
flexível em sua gestão.
5-O condomínio necessário ocorre quando dois ou mais proprietários são coexistentes e
indivisíveis em relação a um bem, ou seja, não é possível dividir o bem entre eles. Isso
geralmente acontece em situações em que a lei exige a manutenção da indivisibilidade, como é
o caso de herança, em que vários herdeiros compartilham a propriedade de um bem sem a
possibilidade de partilhá-lo fisicamente. O condomínio necessário é uma condição imposta pela
lei nessas circunstâncias específicas
6-O condomínio comum ocorre quando duas ou mais pessoas são proprietárias de um mesmo
bem, mas cada uma possui uma fração ideal distinta e divisível desse bem. Nesse tipo de
condomínio, os co-proprietários têm direitos sobre partes específicas do bem, e essas partes
podem ser claramente determinadas e separadas.

Ao contrário do condomínio necessário, no qual a indivisibilidade é imposta por lei, no


condomínio comum, os co-proprietários podem, se desejarem, dividir ou alienar suas partes
ideais do bem. Esse tipo de condomínio é mais flexível e comum em situações em que a lei não
impõe a indivisibilidade e os co-proprietários têm a liberdade de negociar e compartilhar suas
partes no bem.
7-Uma convenção de condomínio, conhecida como "lei interna", deve conter elementos como
identificação do condomínio, frações ideais, regras para uso das unidades e áreas comuns,
normas de administração, procedimentos de assembleias, contribuições e despesas, e critérios
para alterações na convenção. Esses elementos são essenciais para regular a convivência e
gestão do condomínio de forma abrangente e eficaz.
8-O condômino que adquire um imóvel e não registra o contrato de compra e venda ainda pode
ser considerado um condômino, mas o registro é fundamental para conferir segurança jurídica à
transação. Sem o registro, o novo proprietário pode encontrar dificuldades em comprovar sua
condição de condômino e exercer plenamente seus direitos sobre o imóvel.

O procedimento a ser adotado nesse caso é realizar o registro do contrato de compra e venda no
cartório de registro de imóveis competente. Esse registro é crucial para oficializar a
transferência da propriedade e garantir que o novo condômino tenha seus direitos reconhecidos
perante terceiros e dentro do condomínio.

Recomenda-se que o condômino procure orientação de um profissional do direito ou um


cartório de registro de imóveis para seguir os trâmites legais necessários e assegurar que o
contrato seja devidamente registrado.
9-A assembleia geral de condôminos é uma reunião que inclui todos os proprietários de
unidades autônomas em um condomínio. Seu propósito é discutir e decidir assuntos
importantes, como eleição do síndico, aprovação de orçamento e questões administrativas.
Essas assembleias promovem a participação ativa dos condôminos na gestão do condomínio

10-O condômino locatário tem o direito de participar das assembleias condominiais e, em


muitos casos, possui o direito de votar. No entanto, o Código Civil brasileiro, por exemplo,
estabelece que o locatário só pode votar nas deliberações que envolvem despesas ordinárias do
condomínio, salvo disposição contrária na convenção.

As despesas ordinárias referem-se aos gastos regulares de manutenção e administração do


condomínio, como salários de funcionários, despesas com limpeza e conservação, entre outros.
Já as despesas extraordinárias, como obras de grande vulto, podem ter regras específicas na
convenção condominial quanto ao direito de voto do locatário.

É importante que o condômino locatário conheça e respeite as normas estabelecidas na


convenção do condomínio para garantir seus direitos de participação e voto nas assembleias.

11-Nas assembleias de condomínio, de acordo com o Código Civil, podem ser aprovadas
decisões relacionadas à gestão, como eleição do síndico, aprovação do orçamento, obras,
estabelecimento de regras, assuntos jurídicos e outros temas de interesse comum. É crucial
seguir as regras da convenção condominial e respeitar as normas legais ao tomar decisões
durante essas assembleias.
12-A convocação de assembleia extraordinária em um condomínio é realizada quando há a
necessidade de tratar de assuntos específicos e urgentes que não podem aguardar a próxima
assembleia ordinária. O Código Civil brasileiro, em seu artigo 1.355, estabelece as condições
para a convocação de assembleias extraordinárias.

De acordo com o código, a assembleia extraordinária pode ser convocada pelo síndico, por um
quarto dos condôminos ou por quem estiver estabelecido na convenção condominial. A
convocação deve ser feita por meio de comunicação escrita, contendo a pauta da assembleia e a
indicação do local, data e hora da reunião.

A convocação é um procedimento importante para garantir a transparência e a participação dos


condôminos em decisões cruciais para o condomínio, mesmo quando não se trata de uma
assembleia ordinária. O respeito às regras de convocação, conforme estabelecido no Código
Civil, assegura a validade das deliberações tomadas durante a assembleia extraordinária.
13-As despesas ordinárias em um condomínio referem-se aos gastos regulares e rotineiros
necessários para a manutenção, funcionamento e administração do edifício. Elas incluem, por
exemplo, salários de funcionários, contas de água e energia elétrica das áreas comuns, despesas
de limpeza e conservação, entre outros custos recorrentes.

A Lei nº 4.591/64, conhecida como a Lei do Condomínio, no Brasil, trata sobre esse assunto.
Conforme essa legislação, as despesas ordinárias são de responsabilidade de todos os
condôminos e devem ser pagas de acordo com suas frações ideais ou conforme estabelecido na
convenção do condomínio.

A distinção entre despesas ordinárias e extraordinárias é relevante, pois as primeiras são de


responsabilidade de todos os condôminos e podem ser cobradas mensalmente, enquanto as
despesas extraordinárias, geralmente relacionadas a obras de grande porte, são divididas de
acordo com a deliberação da assembleia condominial.

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