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21/09/2022

IFRS
Teoria e Prática

Carlos Chelfo

achelfo

IFRS – Teoria e Prática


Estrutura do curso

1. O processo evolutivo da IFRS


2. Estrutura Conceitual para Relatório Financeiro
3. IAS 2 – Estoques
4. IAS 8 – Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de Erro
5. IAS 16 – Imobilizado
6. IAS 23 – Custos de Empréstimos
7. IAS 37 – Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes
8. IAS 38 – Ativo Intangível
9. IFRS 3 – Combinação de Negócios
10. IFRS 5 – Ativos Não Circulantes Mantidos para Venda e Operações Descontinuadas
11. IFRS 16 – Arrendamentos
12. Atualizações trazidas pelo XIX Seminário Internacional de Normas Contábeis

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O processo evolutivo da IFRS

O sistema contábil do mundo atual tem origem em dois sistemas contábeis básicos,
que tinham objetivos diferentes.

O primeiro sistema contábil surgiu na Europa continental em 1673 e tinha por


finalidade demonstrar a posição financeira anual dos agentes econômicos
mensurados ao custo histórico.

Esse modelo contábil, que tinha a ingerência do Estado no controle da economia, deu
origem ao sistema contábil de códigos legais (code law).

3 @ achelfo

O processo evolutivo da IFRS

O segundo sistema contábil surgiu com a Revolução Industrial, no Reino Unido, e


tinha por objetivo demonstrar as atividades das grandes empresas com a finalidade
de passar informações para que os seus acionistas pudessem tomar decisões de
investimentos. Esse modelo contábil – a interferência do Estado é a mínima possível –
deu origem ao sistema contábil de common law, no qual não é necessário detalhar as
regras a serem aplicada, sendo os evento contábeis mensurados ao valor justo.

Esse sistema foi rapidamente adotado na Inglaterra, no início da sua industrialização,


e em países colonizados pelo Reino Unido, como, por exemplo, Austrália, Canadá e
Nova Zelândia.

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O processo evolutivo da IFRS

Primeiro Sistema Contábil x Segundo Sistema Contábil

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O processo evolutivo da IFRS

• 1965: primeira pesquisa sobre harmonização contábil Internacional


• 1973: criação do FASB e do IASC

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O processo evolutivo da IFRS

FASB (Financial Accounting Standards Board)

Fundado em 1973, o Financial Accounting Standards Board (FASB) é uma organização


americana independente, do setor privado e sem fins lucrativos, com sede em
Norwalk, Connecticut, que estabelece padrões de contabilidade e relatórios
financeiros para empresas públicas e privadas e organizações sem fins lucrativos, que
seguem os Princípios Contábeis Geralmente Aceitos dos Estados Unidos (Generally
Accepted Accounting Principles – US GAAP).

Fonte: https://www.fasb.org/info/facts
7 @ achelfo

O processo evolutivo da IFRS

IASC (International Accounting Standards Committee)

Surgiu em 1973, por meio de representantes de órgãos profissionais de contabilidade


da Austrália, Canadá, França, Alemanha, Japão, México, Holanda, Reino Unido/Irlanda
e Estados Unidos (cerca de 10 países), formam o International Accounting Standards
Committee (IASC) e concordam em adotar as Normas Internacionais de Contabilidade
para listagens internacionais.

Fonte: https://www.ifrs.org/about-us/who-we-are/#history

8 @ achelfo

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O processo evolutivo da IFRS

IASC x FASB

Fonte: https://scholarlycommons.law.northwestern.edu/cgi/viewcontent.cgi?article=1502&context=njilb
9 @ achelfo

O processo evolutivo da IFRS

• 1965: primeira pesquisa sobre harmonização contábil Internacional


• 1973: criação do FASB e do IASC
• 1983: criação da International Organization of Securities Commissions (IOSCO)
• 1993: tratado de Maastricht
• 1995: acordo IASC / IOSCO
• 1998: criação do European Central Bank (ECB)
• 1999: o IFAC conta com 140 órgãos de contabilidade em 101 países.
• 2001: caso ENRON

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O processo evolutivo da IFRS

• 1965: primeira pesquisa sobre harmonização contábil Internacional


• 1973: criação do FASB e do IASC
• 1983: criação da International Organization of Securities Commissions (IOSCO)
• 1993: tratado de Maastricht
• 1995: acordo IASC / IOSCO
• 1998: criação do European Central Bank (ECB)
• 1999: o IFAC conta com 140 órgãos de contabilidade em 101 países.
• 2001: caso ENRON; ataque as torres gêmeas (11/09)

11 @ achelfo

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O processo evolutivo da IFRS

• 1965: primeira pesquisa sobre harmonização contábil Internacional


• 1973: criação do FASB e do IASC
• 1983: criação da International Organization of Securities Commissions (IOSCO)
• 1993: tratado de Maastricht
• 1995: acordo IASC / IOSCO
• 1998: criação do European Central Bank (ECB)
• 1999: o IFAC conta com 140 órgãos de contabilidade em 101 países.
• 2001: caso ENRON; ataque as torres gêmeas (11/09); criação do IASB

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O processo evolutivo da IFRS

IASB (International Accounting Standards Committee)

Em julho de 2000, os membros do IASC votaram pelo abandono da antiga estrutura


organizacional, que se baseava em associações profissionais, criando em 1º de abril
de 2001 o IASB.

Na estrutura dele, as normas passaram a ser criadas por um conselho profissional


financiado por contribuições voluntárias obtidas por um órgão supervisor.

13 @ achelfo

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O processo evolutivo da IFRS

IASB (International Accounting Standards Committee)

É importante notar que a criação do IASB significou a incorporação das normas


internacionais aprovadas pelo antigo IASC.

Estas normas recebiam o nome de International Accounting Standards (IAS).

A partir de 2001, receberam a denominação de International Financial Reporting


Standards (IFRS).

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O processo evolutivo da IFRS

IASB (International Accounting Standards Committee)

Sendo assim. o IASB tem por objetivo a atualização dos IAS emitidos pelo IASC e a
edição e atualização dos IFRS, com a finalidade de buscar a convergência com as
normas contábeis nacionais dos países-membros.

Atualmente, todos os pronunciamentos contábeis internacionais publicados pelo IASB


têm o nome de pronunciamentos IFRS.

15 @ achelfo

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O processo evolutivo da IFRS

IASB (International Accounting Standards Committee)

As normas IFRS foram adotadas inicialmente pelos países da União Europeia com o
objetivo de harmonizar as demonstrações financeiras consolidadas publicadas pelas
companhias abertas europeias.

A iniciativa foi internacionalmente aceita pela comunidade financeira, e atualmente


numerosos países estão convertendo as suas normas contábeis nacionais para as
normas IFRS, inclusive o Brasil.

16 @ achelfo

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O processo evolutivo da IFRS

IASB (International Accounting Standards Committee)

As Normas Internacionais de Relatório Financeiro (IFRS) são Normas e Interpretações


emitidas pelo International Accounting Standards Board (IASB). O IASB, começa o
processo de harmonização substituindo os IAS pelas IFRS. Compreendem:

a) Normas Internacionais de Relatório Financeiro – IFRS;

b) Normas Internacionais de Contabilidade;

c) Interpretações IFRIC; e

d) Interpretações SIC

17 @ achelfo

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O processo evolutivo da IFRS

• 1965: primeira pesquisa sobre harmonização contábil Internacional


• 1973: criação do FASB e do IASC
• 1983: criação da International Organization of Securities Commissions (IOSCO)
• 1993: tratado de Maastricht
• 1995: acordo IASC / IOSCO
• 1998: criação do European Central Bank (ECB)
• 1999: o IFAC conta com 140 órgãos de contabilidade em 101 países.
• 2001: caso ENRON; ataque as torres gêmeas (11/09); criação do IASB
• 2005: a União Europeia determina a adoção de IFRS

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O processo evolutivo da IFRS

• 1965: primeira pesquisa sobre harmonização contábil Internacional


• 1973: criação do FASB e do IASC
• 1983: criação da International Organization of Securities Commissions (IOSCO)
• 1993: tratado de Maastricht
• 1995: acordo IASC / IOSCO
• 1998: criação do European Central Bank (ECB)
• 1999: o IFAC conta com 140 órgãos de contabilidade em 101 países.
• 2001: caso ENRON; ataque as torres gêmeas (11/09); criação do IASB
• 2005: a União Europeia determina a adoção de IFRS
• 2008: A Grande Recessão americana;

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O processo evolutivo da IFRS

• 1965: primeira pesquisa sobre harmonização contábil Internacional


• 1973: criação do FASB e do IASC
• 1983: criação da International Organization of Securities Commissions (IOSCO)
• 1993: tratado de Maastricht
• 1995: acordo IASC / IOSCO
• 1998: criação do European Central Bank (ECB)
• 1999: o IFAC conta com 140 órgãos de contabilidade em 101 países.
• 2001: caso ENRON; ataque as torres gêmeas (11/09); criação do IASB
• 2005: a União Europeia determina a adoção de IFRS
• 2008: A Grande Recessão americana; Declaração da IOSCO (exigindo que as
empresas divulguem claramente a adoção das IFRS)
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O processo evolutivo da IFRS

E no Brasil, como foi o processo de convergências às Normas


Internacionais de Contabilidade ?
.

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O processo evolutivo da IFRS

Evolução no Brasil
• 2000: Projeto de Lei nº 3.741
• 2004: Brasil assina acordo Basiléia II (princípios básicos sobre Contabilidade)
• 2005: Criação do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC)

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O processo evolutivo da IFRS

CPC (Comitê de Pronunciamentos Contábeis)

Criado pela Resolução CFC nº 1.055/05, com o objetivo de:

“o estudo, o preparo e a emissão de pronunciamentos técnicos sobre procedimentos


contábeis e a divulgação de informações dessa natureza, para permitir a emissão de
normas pelas entidades reguladoras brasileiras, visando à centralização e à
uniformização do seu processo de produção, levando sempre em conta a
convergência da contabilidade brasileira aos padrões internacionais”.

23 @ achelfo

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O processo evolutivo da IFRS

CPC (Comitê de Pronunciamentos Contábeis)

Em função das necessidades de:

• Convergência internacional das normas contábeis;

• Centralização na emissão de normas dessa natureza;

• Representação e processo democrático na produção dessas informações .

24 @ achelfo

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O processo evolutivo da IFRS

25 @ achelfo

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O processo evolutivo da IFRS

CPC (Comitê de Pronunciamentos Contábeis)

O CPC é totalmente autônomo das entidades representadas, deliberando por 2/3 dos
seus membros.

O CFC fornece a estrutura necessária. Outras entidades poderão vir a ser convidadas
futuramente para participarem do CPC.

Os membros do CPC, dois por entidade, na maioria contadores, não auferem


remuneração.

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O processo evolutivo da IFRS

Evolução no Brasil
• 2000: Projeto de Lei 3741
• 2004: Brasil assina acordo Basiléia II (princípios básicos sobre Contabilidade)
• 2005: Criação do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC)
• 2007: Promulgação da Lei nº 11.638
• 2008: Início da edição das novas normas contábeis, tendo como base fundamental
as normas internacionais emitidas pelo IASB
• 2009: Promulgação da Lei nº 11.941

27 @ achelfo

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O processo evolutivo da IFRS

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O processo evolutivo da IFRS

CPC (Comitê de Pronunciamentos Contábeis )

O Brasil passou a adotar as Normas Internacionais de Contabilidade (IFRS) a partir de


2008, com a promulgação da Lei no 11.638, de 28 de dezembro de 2007.

O Comitê de Pronunciamentos Contábeis é responsável pelo processo de


convergência das normas IFRS, por meio da emissão de Pronunciamentos Técnicos
(CPC), Orientações Técnicas (OCPC), Interpretações Técnicas (ICPC) e Comunicados.

29 @ achelfo

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O processo evolutivo da IFRS

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O processo evolutivo da IFRS

Evolução no Brasil
• 2000: Projeto de Lei nº 3.741
• 2004: Brasil assina acordo Basiléia II (princípios básicos sobre Contabilidade)
• 2005: Criação do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC)
• 2007: Promulgação da Lei nº 11.638
• 2008: Início da edição das novas normas contábeis, tendo como base fundamental
as normas internacionais emitidas pelo IASB
• 2009: Promulgação da Lei nº 11.941
• 2014: Promulgação da Lei nº 12.973

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O processo evolutivo da IFRS

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O processo evolutivo da IFRS

Com a convergência da Norma Internacional de Contabilidade (IFRS), pelo Comitê de


Pronunciamentos Contábeis, os seus Pronunciamentos (CPC) já começam a valer?

33 @ achelfo

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O processo evolutivo da IFRS

Deve-se considerar o fato de que os Pronunciamentos, Interpretações e Orientações


emanadas do Comitê de Pronunciamentos Contábeis não têm poder normativo.

No caso específico dos profissionais de contabilidade, o poder normativo é


configurado quando publicada a Norma Brasileira de Contabilidade (NBC), pelo
Conselho Federal de Contabilidade (CFC).

Assim, objetivamente as NBC’s, emitidas pelo CFC são de aplicação compulsória por
todos os profissionais.

Fonte: https://cfc.org.br/tecnica/perguntas-frequentes/normas-brasileiras-de-contabilidade/

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O processo evolutivo da IFRS

http://www.cpc.org.br/CPC/Documentos-Emitidos/Pronunciamentos

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O processo evolutivo da IFRS

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O processo evolutivo da IFRS

https://cfc.org.br/tecnica/normas-brasileiras-de-contabilidade/normas-completas/

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O processo evolutivo da IFRS

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O processo evolutivo da IFRS

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O processo evolutivo da IFRS

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O processo evolutivo da IFRS

https://www.ifrs.org/

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O processo evolutivo da IFRS

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O processo evolutivo da IFRS

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O processo evolutivo da IFRS

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O processo evolutivo da IFRS

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O processo evolutivo da IFRS

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O processo evolutivo da IFRS

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O processo evolutivo da IFRS

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O processo evolutivo da IFRS

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Estrutura Conceitual para Elaboração das Demonstrações


Conceptual Framework for Financial Reporting

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Estrutura Conceitual para Elaboração das Demonstrações


Conceptual Framework for Financial Reporting

Missão

A Estrutura Conceitual contribui para a missão declarada da IFRS Foundation e do


IASB, que faz parte da IFRS Foundation.

A missão é desenvolver Normas Internacionais transparentes, prestação de contas


(accountability) e eficiência aos mercados financeiros em todo o mundo.

O trabalho do IASB atende ao interesse público ao promover a confiança, o


crescimento e a estabilidade financeira de longo prazo na economia mundial.

Fonte: https://www.ifrs.org/content/dam/ifrs/publications/pdf-standards/portugese-brazilian/2021/issued/part-a/conceptual-framework-for-
financial-reporting-pt.pdf

51 @ achelfo

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Estrutura Conceitual para Elaboração das Demonstrações


Conceptual Framework for Financial Reporting

Objetivo

O objetivo do relatório financeiro para fins gerais fornecer informações financeiras


sobre a entidade que reporta que sejam úteis para os principais usuários,
existentes e potenciais, na tomada de decisões referente à oferta de recursos à
entidade.

Ao longo da Estrutura Conceitual, os termos “principais usuários” e


“usuários” referem-se a esses investidores, mutuantes e outros credores,
existentes e potenciais, que devem se basear em relatórios financeiros para
fins gerais para muitas das informações financeiras de que necessitam

52 @ achelfo

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Estrutura Conceitual para Elaboração das Demonstrações


Conceptual Framework for Financial Reporting

Objetivo

Outros aspectos do objetivo vem a ser a Estrutura Conceitual, onde apresenta:

“as características qualitativas de informações financeiras úteis e a restrição de custo


sobre tais informações, um conceito de entidade que reporta, elementos de
demonstrações financeiras, reconhecimento e desreconhecimento, mensuração,
apresentação e divulgação”.

53 @ achelfo

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Estrutura Conceitual para Elaboração das Demonstrações


Conceptual Framework for Financial Reporting

Objetivo

A Estrutura Conceitual não é um pronunciamento técnico e não define normas ou


procedimentos para qualquer questão particular sobre aspectos de mensuração ou
divulgação das informações contábeis, portanto nada na estrutura conceitual
substitui qualquer pronunciamento técnico, interpretação ou orientação.

54 @ achelfo

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Estrutura Conceitual para Elaboração das Demonstrações


Conceptual Framework for Financial Reporting

Objetivo

As políticas contábeis devem ser selecionadas e aplicadas de forma consistente


para transações similares, outros eventos e condições, exceto se uma IFRS
especificamente exigir ou permitir a categorização de itens para os quais possam
ser apropriadas políticas diferentes.

55 @ achelfo

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Estrutura Conceitual para Elaboração das Demonstrações


Conceptual Framework for Financial Reporting

Características Qualitativas de Informações financeiras úteis

Elas são úteis quando identificam os tipos de informações que tendem a ser mais
usuais aos investidores, credores por empréstimos e outros credores, existentes e
potenciais, para que tomem decisões sobre a entidade que reporta com base nas
informações contidas em seu relatório financeiro (informações financeiras).

Essas características dividem-se em: (1) Fundamentais e (2) de Melhoria.

56 @ achelfo

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Estrutura Conceitual para Elaboração das Demonstrações


Conceptual Framework for Financial Reporting

Características Qualitativas de Informações financeiras úteis

1. Características qualitativas fundamentais


1.a) Relevância
1.b) Materialidade
1.c) Representação fiel

2. Características qualitativas de melhoria


2.a) Comparabilidade
2.b) Capacidade de verificação
2.c) Tempestividade
2.d) Compreensibilidade

57 @ achelfo

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Estrutura Conceitual para Elaboração das Demonstrações


Conceptual Framework for Financial Reporting

1.a) Relevância

A informação contábil-financeira relevante é aquela capaz de fazer diferença nas


decisões que possam ser tomadas pelos usuários.

A informação pode ser capaz de fazer diferença em uma decisão mesmo no caso de
alguns usuários decidirem não a levar em consideração, ou já tiver tomado ciência de
sua existência por outras fontes. A informação contábil-financeira é capaz de fazer
diferença nas decisões se tiver: (i) valor preditivo; (ii) valor confirmatório.

58 @ achelfo

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Estrutura Conceitual para Elaboração das Demonstrações


Conceptual Framework for Financial Reporting

1.a) Relevância

i) valor preditivo: se puderem ser utilizadas como informações em processos


empregados pelos usuários para prever resultados futuros. Informações financeiras
não precisam ser previsões ou prognósticos para ter valor preditivo. Informações
financeiras com valor preditivo são empregadas por usuários ao fazer suas próprias
previsões.

59 @ achelfo

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Estrutura Conceitual para Elaboração das Demonstrações


Conceptual Framework for Financial Reporting

1.a) Relevância

ii) valor confirmatório: se fornecerem feedback sobre (confirmarem ou alterarem)


avaliações anteriores mencionadas pelos prognósticos.

60 @ achelfo

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Estrutura Conceitual para Elaboração das Demonstrações


Conceptual Framework for Financial Reporting

61 @ achelfo

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Estrutura Conceitual para Elaboração das Demonstrações


Conceptual Framework for Financial Reporting

1.b) Materialidade

Informação é material se se espera que sua omissão, divulgação distorcida ou


obscurecimento possa razoavelmente influenciar decisões que os principais usuários
de relatórios financeiros para fins gerais tomam com base nesses relatórios, que
fornecem informações financeiras sobre um entidade específica que reporta.

62 @ achelfo

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Estrutura Conceitual para Elaboração das Demonstrações


Conceptual Framework for Financial Reporting

1.b) Materialidade

Em outras palavras, materialidade é um aspecto de relevância específico da entidade


com base na natureza ou magnitude, ou ambas, dos itens aos quais as informações
se referem no contexto do relatório financeiro de uma entidade individual.

Consequentemente, o IASB não pode especificar um limite quantitativo uniforme para


materialidade ou predeterminar o que pode ser material em uma situação específica.

63 @ achelfo

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Estrutura Conceitual para Elaboração das Demonstrações


Conceptual Framework for Financial Reporting

1.c) Representação Fiel

Para serem úteis, informações financeiras devem não apenas representar fenômenos
relevantes, mas também representar de forma fiel a essência dos fenômenos que
pretendem representar.

Em muitas circunstâncias, a essência de um fenômeno econômico e sua forma legal


são as mesmas.

Para ser uma representação perfeitamente fiel, uma representação teria três
características. Ela seria: completa, neutra e livre de erros.

64 @ achelfo

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Estrutura Conceitual para Elaboração das Demonstrações


Conceptual Framework for Financial Reporting

A representação Completa inclui todas


as informações necessárias para que o
usuário compreenda os fenômenos
que estão sendo representados,
inclusive todas as descrições e
explicações necessárias.

65 @ achelfo

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Estrutura Conceitual para Elaboração das Demonstrações


Conceptual Framework for Financial Reporting

A representação Neutra não é


tendenciosa na seleção ou na
apresentação de informações. Ela
não possui inclinações, não é
parcial, não é enfatizada ou deixa de
ser enfatizada, nem manipulada
para aumentar a probabilidade de
aceitação favorável ou desfavorável
pelos usuários

66 @ achelfo

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Estrutura Conceitual para Elaboração das Demonstrações


Conceptual Framework for Financial Reporting

A representação Livre de erros


significa que não há erros ou
omissões na descrição do
fenômeno e que o processo
utilizado para produzir as
informações apresentadas.

67 @ achelfo

67

Estrutura Conceitual para Elaboração das Demonstrações


Conceptual Framework for Financial Reporting

As características qualitativas de melhoria podem também ajudar a determinar qual


de duas formas deve ser utilizada para representar um fenômeno caso se considere
que ambas fornecem informações igualmente relevantes e uma representação
igualmente fiel desse fenômeno.

68 @ achelfo

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Estrutura Conceitual para Elaboração das Demonstrações


Conceptual Framework for Financial Reporting

2.a) Comparabilidade

Comparabilidade é a característica qualitativa que permite aos usuários identificar e


compreender similaridades e diferenças entre itens.

Diferentemente das outras características qualitativas, a comparabilidade não se


refere a um único item. Uma comparação exige no mínimo dois itens.

69 @ achelfo

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Estrutura Conceitual para Elaboração das Demonstrações


Conceptual Framework for Financial Reporting

70 @ achelfo

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Estrutura Conceitual para Elaboração das Demonstrações


Conceptual Framework for Financial Reporting

2.a) Comparabilidade

Comparabilidade não é uniformidade. Para que informações sejam comparáveis,


coisas similares devem parecer similares e coisas diferentes devem parecer
diferentes.

A comparabilidade de informações financeiras não é aumentada fazendo-se que


coisas diferentes pareçam similares, tanto quanto fazendo-se que coisas similares
pareçam diferentes.

71 @ achelfo

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Estrutura Conceitual para Elaboração das Demonstrações


Conceptual Framework for Financial Reporting

2.a) Comparabilidade

Consistência, embora relacionada a comparabilidade, não é a mesma coisa.


Consistência refere-se ao uso dos mesmos métodos para os mesmos itens, seja de
período a período em uma entidade que reporta ou em um único período para
diferentes entidades.

Comparabilidade é a meta; a consistência ajuda a atingir essa meta

72 @ achelfo

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Estrutura Conceitual para Elaboração das Demonstrações


Conceptual Framework for Financial Reporting

73 @ achelfo

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Estrutura Conceitual para Elaboração das Demonstrações


Conceptual Framework for Financial Reporting

2.b) Capacidade de verificação

Capacidade de verificação significa que diferentes observadores conscientes e


independentes podem chegar a um consenso, embora não a um acordo
necessariamente completo, de que uma representação específica é uma
representação fiel.

Informações quantificadas não precisam ser uma estimativa de valor único para que
sejam verificáveis. Uma faixa de valores possíveis e as respectivas probabilidades
também podem ser verificadas.

74 @ achelfo

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Estrutura Conceitual para Elaboração das Demonstrações


Conceptual Framework for Financial Reporting

2.b) Capacidade de verificação

A verificação pode ser direta ou indireta.

Verificação direta significa verificar um valor ou outra representação por meio de


observação direta, por exemplo, contando-se dinheiro.

Verificação indireta significa verificar os dados de entrada de um modelo, fórmula ou


outra técnica e recalcular os dados de saída utilizando a mesma metodologia.

75 @ achelfo

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Estrutura Conceitual para Elaboração das Demonstrações


Conceptual Framework for Financial Reporting

2.c) Tempestividade

Tempestividade significa disponibilizar informações aos tomadores de decisões a


tempo para que sejam capazes de influenciar suas decisões. De modo geral, quanto
mais antiga a informação, menos útil ela é.

Contudo, algumas informações podem continuar a ser tempestivas por muito tempo
após o final de um período de relatório porque, por exemplo, alguns usuários podem
precisar identificar e avaliar tendências.

76 @ achelfo

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21/09/2022

Estrutura Conceitual para Elaboração das Demonstrações


Conceptual Framework for Financial Reporting

2.d) Compreensibilidade

Classificar, caracterizar e apresentar informações de modo claro e conciso as torna


compreensíveis.

Alguns fenômenos são inerentemente complexos e pode não ser possível tornar a sua
compreensão fácil.

Excluir informações sobre esses fenômenos dos relatórios financeiros pode tornar
mais fácil a compreensão das informações contidas nesses relatórios financeiros.
Contudo, esses relatórios seriam incompletos e, portanto, possivelmente distorcidos.

77 @ achelfo

77

Estrutura Conceitual para Elaboração das Demonstrações


Conceptual Framework for Financial Reporting

2.d) Compreensibilidade

Relatórios financeiros são elaborados para usuários que têm um conhecimento


razoável das atividades comerciais e econômicas e que revisam e analisam as
informações de modo diligente.

Algumas vezes, mesmo usuários bem informados e diligentes podem precisar buscar
o auxílio de um consultor para compreender informações sobre fenômenos
econômicos complexos.

78 @ achelfo

78

39
21/09/2022

Estoques
IAS 2 - Inventories

79 @ achelfo

79

Estoques
IAS 2 - Inventories

Definição

Estoques são ativos:

(a) mantidos para venda no curso normal dos negócios;

(b) em processo de produção para venda; ou

(c) na forma de materiais ou suprimentos a serem consumidos ou transformados


no processo de produção ou na prestação de serviços.

Fonte: https://www.ifrs.org/content/dam/ifrs/publications/pdf-standards/english/2022/issued/part-a/ias-2-inventories.pdf

80 @ achelfo

80

40
21/09/2022

Estoques
IAS 2 - Inventories

Objetivo

Visa prescrever o tratamento contábil dos estoques. Uma questão primária na


contabilização de estoques é o valor do custo a ser reconhecido como um ativo e
transportado até que as receitas relacionadas sejam reconhecidas.

Esta Norma fornece orientação sobre a determinação do custo e seu subsequente


reconhecimento como despesa, incluindo qualquer redução ao valor realizável
líquido, bem como orientação sobre os métodos de custo atribuídos aos estoques.

Fonte: https://www.ifrs.org/content/dam/ifrs/publications/pdf-standards/english/2022/issued/part-a/ias-2-inventories.pdf

81 @ achelfo

81

Estoques
IAS 2 - Inventories

Alcance

Esta Norma aplica-se a todos os inventários, exceto:

a. instrumentos financeiros (IAS 32 e IFRS 9 Instrumentos Financeiros); e

b. Ativos biológicos relacionados à atividade agrícola e produtos agrícolas no


momento da colheita (IAS 41).

82 @ achelfo

82

41
21/09/2022

Estoques
IAS 2 - Inventories

Fórmula de Custo

O custo de estoques de itens que não sejam normalmente intercambiáveis e bens


ou serviços produzidos e separados para projetos específicos deverá ser atribuído
utilizando-se identificação específica de seus custos individuais.

Identificação específica de custo significa que os custos específicos são atribuídos


a itens identificados de estoque. Esse é o tratamento apropriado para itens que
são separados para um projeto específico (comprados ou produzidos).

83 @ achelfo

83

Estoques
IAS 2 - Inventories

Fórmula de Custo

O custo dos estoques deve ser atribuído usando a fórmula do o primeiro a entrar,
primeiro a sair - PEPS (first in, first out – FIFO) ou a fórmula do custo médio
ponderado (weighted average cost).

A norma IAS 2 não mais permitiu a utilização da fórmula último a entrar, primeiro
a sair - UEPS (last in, first out - LIFO).

Além disso, entidade deve usar a mesma fórmula de custo para todos os estoques
de natureza e uso semelhantes aos da entidade. Para estoques de natureza ou uso
diferente, podem ser justificadas fórmulas de custo diferentes.
84 @ achelfo

84

42
21/09/2022

Estoques
IAS 2 - Inventories

Mensuração

A Norma informa que os estoques devem ser mensurados pelo menor valor entre
o custo e o valor líquido realizável.

Podem ser: (1) custo de compra; (2) custos de transformação; (3) outros custos;
(4) custo de estoque de um prestador de serviço.

85 @ achelfo

85

Estoques
IAS 2 - Inventories

Mensuração

A Norma informa que os estoques devem ser mensurados pelo menor valor entre
o custo e o valor líquido realizável.

Valor realizável líquido é o preço de venda estimado no curso normal


dos negócios deduzido dos custos estimados para sua conclusão e
dos gastos estimados necessários para se concretizar a venda

86 @ achelfo

86

43
21/09/2022

Estoques
IAS 2 - Inventories

Mensuração

Reduzir o valor dos estoques ao valor líquido realizável é uma pratica consistente,
pois os ativos não devem ser reconhecidos a valores superiores ao seu valor de
realização.

A norma define o valor realizável líquido como sendo o valor líquido que uma
entidade espera realizar com a venda do estoque no decurso normal dos negócios.

87 @ achelfo

87

Estoques
IAS 2 - Inventories

Mensuração

Portanto, quando o valor realizável líquido dos estoques estiver abaixo do custo, a
entidade deverá reconhecer uma perda no resultado do exercício.

Assim, caso as condições que levaram ao reconhecimento da perda não existam


mais, a entidade procederá a reversão da perda anteriormente reconhecida.

Ressalta-se, entretanto, que o valor da reversão deverá ser limitado ao montante da


perda anteriormente reconhecida.

88 @ achelfo

88

44
21/09/2022

Estoques
IAS 2 - Inventories

Exemplo

1. Em 01/01/2021, o estoque da Cia Chelfo era avaliado em R$ 2.000. Este era


composto por 20 bolsas, que eram vendidas por R$ 120.

• No mês de janeiro, a empresa fez uma promoção e as bolsas passaram a ser


vendidas por R$ 90. Nesse mês, 5 bolsas foram vendidas.

• Sendo assim, qual o valor do estoque final líquido de bolsas, em 31/01/2021.

89 @ achelfo

89

Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de Erro


IAS 8 - Accounting Policies, Changes in Accounting Estimates and Errors

90 @ achelfo

90

45
21/09/2022

Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de Erro


IAS 8 - Accounting Policies, Changes in Accounting Estimates and Errors

Objetivo

Prescrever os critérios para selecionar e alterar as políticas contábeis, juntamente


com o tratamento contábil e divulgação das mudanças nas políticas contábeis,
mudanças nas estimativas contábeis e correções de erros.

A Norma destina-se a aumentar a relevância e confiabilidade das demonstrações


financeiras de uma entidade e a comparabilidade dessas demonstrações financeiras
ao longo do tempo e com as demonstrações financeiras de outras entidades.

Fonte: https://www.ifrs.org/content/dam/ifrs/publications/pdf-standards/english/2022/issued/part-a/ias-8-accounting-policies-changes-in-
accounting-estimates-and-errors.pdf

91 @ achelfo

91

Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de Erro


IAS 8 - Accounting Policies, Changes in Accounting Estimates and Errors

Objetivo

As políticas contábeis devem ser selecionadas e aplicadas de forma consistente


para transações similares, outros eventos e condições, exceto se uma IFRS
especificamente exigir ou permitir a categorização de itens para os quais possam
ser apropriadas políticas diferentes.

92 @ achelfo

92

46
21/09/2022

Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de Erro


IAS 8 - Accounting Policies, Changes in Accounting Estimates and Errors

Alcance

Esta Norma deve ser aplicada na seleção e aplicação de políticas contábeis e na


contabilização de mudanças nas políticas contábeis, mudanças nas estimativas
contábeis e correções de erros de períodos anteriores.

Os efeitos fiscais das correções de erros de períodos anteriores e dos ajustes


retrospectivos efetuados para aplicar alterações nas políticas contabilísticas são
contabilizados e divulgados de acordo com a IAS 12 (Income Taxes).

93 @ achelfo

93

Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de Erro


IAS 8 - Accounting Policies, Changes in Accounting Estimates and Errors

Definição

As políticas contábeis são os princípios, as bases, as convenções, as regras e as


práticas específicas aplicados pela entidade na elaboração e na apresentação de
demonstrações contábeis.

94 @ achelfo

94

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21/09/2022

Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de Erro


IAS 8 - Accounting Policies, Changes in Accounting Estimates and Errors

Definição

Mudança na estimativa contábil é um ajuste nos saldos contábeis de ativo ou de


passivo, ou nos montantes relativos ao consumo periódico de ativo, que decorre da
avaliação da situação atual e das obrigações e dos benefícios futuros esperados
associados aos ativos e passivos.

As alterações nas estimativas contábeis decorrem de nova informação ou inovações


e, portanto, não são retificações de erros.

95 @ achelfo

95

Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de Erro


IAS 8 - Accounting Policies, Changes in Accounting Estimates and Errors

Definição

Erros de períodos anteriores são omissões e incorreções nas demonstrações


contábeis da entidade de um ou mais períodos anteriores decorrentes da falta de
uso, ou uso incorreto, de informação confiável que:

a) estava disponível quando da autorização para divulgação das demonstrações


contábeis desses períodos; e

b) pudesse ter sido razoavelmente obtida e levada em consideração na elaboração


e na apresentação dessas demonstrações contábeis.

96 @ achelfo

96

48
21/09/2022

Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de Erro


IAS 8 - Accounting Policies, Changes in Accounting Estimates and Errors

Definição

Aplicação retrospectiva é a aplicação de nova política contábil a transações, a


outros eventos e a condições, como se essa política tivesse sido sempre aplicada.

Reapresentação retrospectiva é a correção do reconhecimento, da mensuração e da


divulgação de valores de elementos das demonstrações contábeis, como se um erro
de períodos anteriores nunca tivesse ocorrido.

97 @ achelfo

97

Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de Erro


IAS 8 - Accounting Policies, Changes in Accounting Estimates and Errors

Definição

Aplicação prospectiva de mudança em política contábil e de reconhecimento do


efeito de mudança em estimativa contábil representa, respectivamente:

a) a aplicação da nova política contábil a transações, a outros eventos e a


condições que ocorram após a data em que a política é alterada; e

b) o reconhecimento do efeito da mudança na estimativa contábil nos períodos


corrente e futuro afetados pela mudança.

98 @ achelfo

98

49
21/09/2022

Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de Erro


IAS 8 - Accounting Policies, Changes in Accounting Estimates and Errors

Definição

Disclosure
Uma entidade deve divulgar a natureza e o valor de uma mudança em uma
estimativa contábil que tenha efeito no período corrente ou se espera que tenha
efeito em períodos futuros, exceto para a divulgação do efeito em períodos futuros
quando for impraticável estimar esse efeito.

Se o valor do efeito em períodos futuros não for divulgado porque estimá-lo é


impraticável, uma entidade deve divulgar esse fato.

99 @ achelfo

99

Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de Erro


IAS 8 - Accounting Policies, Changes in Accounting Estimates and Errors

100 @ achelfo

100

50
21/09/2022

Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de Erro


IAS 8 - Accounting Policies, Changes in Accounting Estimates and Errors

Exemplo
Em relação a política contábil, de acordo com o IAS 8, assinale a afirmativa correta.
a) adoção de nova política contábil para transações, outros eventos ou condições
que não ocorriam anteriormente ou eram imateriais.
b) presença de omissões e incorreções nas demonstrações contábeis da entidade
de um ou mais períodos anteriores, decorrentes da falta de uso, ou do uso
incorreto, de informação confiável.
c) uso de estimativas para itens nas demonstrações contábeis, os quais não
podem ser mensurados com precisão.
d) mudança na forma de avaliação dos estoques de primeiro a entrar, primeiro a
sair (PEPS) para o critério da média ponderada móvel (MPM).

101 @ achelfo

101

Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de Erro


IAS 8 - Accounting Policies, Changes in Accounting Estimates and Errors

Exemplo
Em relação a mudança de estimativa, segundo o IAS 8, assinale a afirmativa correta.
a) as mudanças nas estimativas contábeis, quando decorrentes de nova
informação, representam retificações posteriores.
b) o uso de estimativas contábeis, ainda que consideradas como razoáveis,
reduzem a confiabilidade das demonstrações contábeis, devendo ser evitadas
pelas entidades.
c) Somente o reconhecimento do efeito da mudança na estimativa contábil nos
períodos futuros afetados pela mudança.
d) Os efeitos decorrentes da mudança de estimativa contábil deverão ser
reconhecidos somente retrospectivamente.

102 @ achelfo

102

51
21/09/2022

Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de Erro


IAS 8 - Accounting Policies, Changes in Accounting Estimates and Errors

Exemplo
Em relação ao retificação de erro, segundo o IAS 8, assinale a afirmativa correta.
a) A mudança no regime contábil, entre dois regimes aceitos, e a consequente
mudança de tratamento contábil, é considerado erro.
b) As omissões e as incorreções influenciam as decisões dos usuários e são sempre
consideradas materiais.
c) Os potenciais erros do período corrente descobertos nesse mesmo período
devem ser corrigidos após a disponibilização das demonstrações contábeis para
publicação.
d) Os erros materiais não descobertos até período subsequente, devem ser
corrigidos a partir das demonstrações contábeis do período em que foram
descobertos, de forma prospectiva.
103 @ achelfo

103

Imobilizado
IAS 16 - Property, Plant and Equipment

104 @ achelfo

104

52
21/09/2022

Imobilizado
IAS 16 - Property, Plant and Equipment

Definição

Ativo imobilizado é o item tangível que:

(a) é mantido para uso na produção ou fornecimento de mercadorias ou serviços,


para aluguel a outros, ou para fins administrativos; e

(b) se espera utilizar por mais de um período.

Correspondem aos direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à
manutenção das atividades da entidade ou exercidos com essa finalidade, inclusive
os decorrentes de operações que transfiram a ela os benefícios, os riscos e o
controle desses bens.
Fonte: https://www.ifrs.org/content/dam/ifrs/publications/pdf-standards/english/2022/issued/part-a/ias-16-property-plant-and-equipment.pdf
105 @ achelfo

105

Imobilizado
IAS 16 - Property, Plant and Equipment

Objetivo

O objetivo da IAS 16 é prescrever o tratamento contábil para o imobilizado, de modo


que os usuários das demonstrações financeiras possam extrair informações sobre o
investimento de uma entidade em imobilizado e as mudanças nesse investimento.

As principais questões na contabilização do ativo imobilizado são o reconhecimento


dos ativos, a determinação de seus valores contábeis e os encargos de depreciação
e perdas por redução ao valor recuperável a serem reconhecidos em relação a eles.

106 @ achelfo

106

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21/09/2022

Imobilizado
IAS 16 - Property, Plant and Equipment

Alcance

Esta Norma deve ser aplicada na contabilização do ativo imobilizado, exceto quando
outra Norma exigir ou permitir um tratamento contábil diferente. Esta Norma não
se aplica a:

a) imobilizado classificado como mantido para venda de acordo com a IFRS 5


Ativos Não Circulantes Mantidos para Venda e Operações Descontinuadas.

b) ativos biológicos relacionados à atividade agrícola que não sejam plantas


portadoras (IAS 41 Agricultura).

107 @ achelfo

107

Imobilizado
IAS 16 - Property, Plant and Equipment

Alcance

[…]

c) o reconhecimento e mensuração de ativos de exploração e avaliação (IFRS 6)

d) direitos minerais e reservas minerais como petróleo, gás natural e recursos não
regenerativos similares.

Uma entidade que utilize o modelo de custo para propriedades de investimento de


acordo com a IAS 40 Propriedades de Investimento deve utilizar o modelo de custo
desta Norma para propriedades de investimento detidas.

108 @ achelfo

108

54
21/09/2022

Imobilizado
IAS 16 - Property, Plant and Equipment

Reconhecimento

O custo de um item do ativo imobilizado deve ser reconhecido como ativo se, e
somente se:

(a) for provável que benefícios econômicos futuros associados ao item fluirão
para a entidade; e

(b) o custo do item pode ser mensurado com confiabilidade.

109 @ achelfo

109

Imobilizado
IAS 16 - Property, Plant and Equipment

Reconhecimento

A IAS 16 não prescreve o que deve ou não ser reconhecido individualmente no


imobilizado. É necessário utilizar-se de julgamento profissional para a definição dos
critérios de reconhecimento.

Em alguns casos, pode ser apropriado agregar itens individualmente


insignificantes, tais como ferramentas e aplicar os critérios ao valor do conjunto.

110 @ achelfo

110

55
21/09/2022

Imobilizado
IAS 16 - Property, Plant and Equipment

Reconhecimento

Custos iniciais

A entidade pode adquirir itens do imobilizado por motivos ambientais ou de


segurança. Esta aquisição, apesar de não aumentar diretamente os benefícios
econômicos futuros de outros ativos do imobilizado existente, pode ser importante
para que seja possível ter tais benefícios de outros ativos e, portanto, qualificam-se
para reconhecimento como ativos. Porém, o valor contábil resultante desses ativos
e seus correspondentes devem ser revisados quanto à redução ao valor
recuperável.

111 @ achelfo

111

Imobilizado
IAS 16 - Property, Plant and Equipment

Reconhecimento

Custos iniciais

A entidade não deve reconhecer no valor contábil de um item do imobilizado os


custos dos serviços diários do item. Esses custos, quando incorridos, devem ser
reconhecidos no resultado.

Partes de alguns itens podem exigir substituição. Uma entidade deve reconhecer o
custo da substituição no valor contábil de um item do imobilizado quando esse
custo é incorrido, se os critérios de reconhecimento forem atendidos.

112 @ achelfo

112

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21/09/2022

Imobilizado
IAS 16 - Property, Plant and Equipment

Reconhecimento

Custos subsequentes

A realização de inspeções regulares de grande porte, em busca de falhas é uma


condição de continuidade de operação de um item do imobilizado. Quando uma
inspeção é realizada, seu custo deve ser reconhecido no valor contábil do item do
imobilizado como substituição, se os critérios de reconhecimento forem atendidos.

Se necessário, o custo estimado de uma inspeção similar no futuro pode ser


utilizado como uma indicação de qual era o custo do componente de inspeção
existente, quando o item foi adquirido ou construído.
113 @ achelfo

113

Imobilizado
IAS 16 - Property, Plant and Equipment

Mensuração

Todos os itens que atendam às regras de reconhecimento como ativo imobilizado


devem ser mensurados inicialmente pelo elementos do custo, sendo eles:

a) Seu preço de compra, inclusos impostos de importação e impostos não


recuperáveis sobre compras, após deduzir os descontos comerciais e reabates;

Deve ser reconhecido como custo e representar o valor presente da compra;


caso esta tenha sido efetuada em parcelas, a norma não permite que juros
embutidos façam parte do custo do imobilizado.

114 @ achelfo

114

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21/09/2022

Imobilizado
IAS 16 - Property, Plant and Equipment

Mensuração

[…]

b) Todo e qualquer custo diretamente atribuível para colocar o ativo no local e


condição necessários para colocá-lo em funcionamento, conforme esperado
pela administração;

c) A estimativa do custo para desmontar e retirar o item de sua localização e


restauração do local em que está localizado, em cuja obrigação uma entidade
incorre, seja quando o item é adquirido ou como consequência de ter usado o
item durante um período específico, para fins que não sejam o da produção de
estoques durante esse período;
115 @ achelfo

115

Imobilizado
IAS 16 - Property, Plant and Equipment

Mensuração

Exemplos de custos diretamente atribuíveis:

a) Benefícios aos empregados decorrentes diretamente da construção ou


aquisição do item do imobilizado;

b) Custos de preparação do local;

c) Custos de entrega inicial e manuseio;

d) Custos de instalação e montagem;

116 @ achelfo

116

58
21/09/2022

Imobilizado
IAS 16 - Property, Plant and Equipment

Mensuração

Exemplos de custos diretamente atribuíveis:

e) Custos de testes para confirmar se o ativo está funcionando adequadamente,


após deduzir as receitas líquidas da venda de quaisquer itens produzidos ao
colocar o ativo nesse local e condição (tais como as amostras produzidas ao
testar o equipamento); e

f) Honorários profissionais.

117 @ achelfo

117

Imobilizado
IAS 16 - Property, Plant and Equipment

Mensuração

Exemplo de custos que não devem ser atribuíveis como custos do imobilizado:

a) Custos de abertura de uma nova instalação (ou seja, custos pré-operacionais);

b) Custos de introdução de um novo produto ou serviço (custos de publicidade e


atividades promocionais, inclusive);

c) Custos da realização de um negócio em um novo local ou com uma nova classe


de cliente (custos de treinamento de pessoal, inclusive); e

d) Custos administrativos e outros custos gerais.

118 @ achelfo

118

59
21/09/2022

Imobilizado
IAS 16 - Property, Plant and Equipment

Exemplo

1. Aquisição de imobilizado financiado

Supondo a aquisição de uma máquina que custa R$ 100.000 reais à vista, por
meio do pagamento de R$ 10.000 reais por 15 meses. O valor a prazo é de R$
150.000 e o valor dos juros embutidos na operação é de R$ 50.000,00. O
lançamento será de:

119 @ achelfo

119

Imobilizado
IAS 16 - Property, Plant and Equipment

Mensuração após o reconhecimento

A IAS16 permite a opção entre dois métodos de mensuração do imobilizado, são


eles:

• o método de custo e

• o método de reavaliação.

Apesar de permitido pela IAS 16, o método de reavaliação encontra-se proibido


no Brasil em razão da Lei 11.638/07.

120 @ achelfo

120

60
21/09/2022

Imobilizado
IAS 16 - Property, Plant and Equipment

Depreciação

A depreciação representa o consumo dos benefícios econômicos do ativo.

Diversos fatores afetam o cálculo da depreciação, como por exemplo, a


determinação da vida útil (tempo que o ativo irá trazer benefícios econômicos para
a entidade), o cálculo do valor residual (valor estimado de venda do ativo ao final da
vida útil), a definição do método de depreciação (padrão no qual os benefícios
econômicos do ativo são consumidos).

121 @ achelfo

121

Imobilizado
IAS 16 - Property, Plant and Equipment

Depreciação

Destaca-se, também, que cada parte de um ativo, cujo custo é significativo em


relação ao item como um todo, deve ser controlada e depreciada separadamente.

Ao mesmo tempo, a entidade pode decidir por depreciar separadamente partes de


um ativo que não tenham custo significativo em relação ao custo total.

122 @ achelfo

122

61
21/09/2022

Imobilizado
IAS 16 - Property, Plant and Equipment

Depreciação

Uma parte significativa de um item pode ter a mesma vida útil e método de
depreciação de outra parte significativa desse mesmo item. Estas partes podem ser
agrupadas na determinação do valor da depreciação.

Na medida em que algumas partes de um item do imobilizado, da entidade, são


depreciadas separadamente, o restante do item também é depreciado
separadamente.

Essa forma de contabilização da depreciação sendo contabilizada em


partes também é conhecida como depreciação por componentes

123 @ achelfo

123

Imobilizado
IAS 16 - Property, Plant and Equipment

Depreciação

A base de cálculo da depreciação será conhecida após a dedução do valor residual


do ativo. A condição para que a depreciação seja reconhecida é que seu valor
residual não exceda o valor contábil. Na prática, o valor residual de um ativo é
frequentemente insignificante e, portanto, irrelevante no cálculo do valor
depreciável.

É o valor estimado que a entidade obteria com a venda do ativo, após deduzir
as despesas estimadas de venda, caso o ativo já tivesse a idade e a condição
esperadas para o fim de sua vida útil.

124 @ achelfo

124

62
21/09/2022

Imobilizado
IAS 16 - Property, Plant and Equipment

Depreciação

O valor depreciável de um item do imobilizado deverá ser alocado sistematicamente


ao longo de sua vida útil.

a) Uso esperado do ativo;


b) Desgaste físico natural esperado, que depende de fatores;
c) Obsolescência técnica ou comercial decorrente de mudanças
na produção ou uma mudança na demanda de mercado;
d) Limites legais ou similares sobre o uso do ativo.

125 @ achelfo

125

Imobilizado
IAS 16 - Property, Plant and Equipment

Depreciação

O valor residual e a vida útil de um ativo serão revisados pelo menos ao final de
cada exercício financeiro e, se as expectativas diferirem das estimativas anteriores,
a(s) mudança(s) será(ão) contabilizada(s) como mudança(s) na estimativa contábil de
acordo com a IAS 8 – Políticas Contábeis, Mudanças nas Estimativas Contábeis e
Erros.

126 @ achelfo

126

63
21/09/2022

Imobilizado
IAS 16 - Property, Plant and Equipment

Depreciação

Terrenos e edificações são ativos separáveis e são contabilizados separadamente,


mesmo quando forem adquiridos juntos.

Com algumas exceções, tais como garimpos e locais usados para aterramento, o
terreno possui uma vida útil ilimitada e, portanto, não é depreciado.

As edificações possuem vida útil limitada e, portanto, são ativos depreciáveis.

Um aumento no valor do terreno em que uma edificação se encontra não afeta a


determinação do valor depreciável da edificação.

127 @ achelfo

127

Imobilizado
IAS 16 - Property, Plant and Equipment

Depreciação

Se o custo do terreno incluir os custos da desmontagem, retirada e restauração do


local, essa parte do ativo de terreno é depreciada ao longo do período de benefícios
obtidos incorrendo-se esses custos.

Em alguns casos, o próprio terreno pode ter uma vida útil limitada, caso em que é
depreciado de forma que reflita os benefícios a serem dele obtidos.

128 @ achelfo

128

64
21/09/2022

Imobilizado
IAS 16 - Property, Plant and Equipment

Depreciação - método

O método de depreciação usado refletirá o padrão em que se espera que os


benefícios econômicos futuros do ativo sejam consumidos pela entidade.

O método de depreciação aplicado a um ativo será revisado pelo menos ao final de


cada exercício financeiro e, se tiver havido uma mudança significativa no padrão
esperado de consumo dos benefícios econômicos futuros incorporados ao ativo, o
método será alterado, para refletir os padrões alterados.

Essa mudança será contabilizada como mudança na estimativa contábil de acordo


com a IAS 8.

129 @ achelfo

129

Imobilizado
IAS 16 - Property, Plant and Equipment

Depreciação - método

Uma variedade de métodos de depreciação poderá ser usada para alocar o valor
depreciável de um ativo sistematicamente ao longo de sua vida útil.

Esses métodos incluem o método linear, o método do saldo decrescente e o


método de unidades de produção.

130 @ achelfo

130

65
21/09/2022

Imobilizado
IAS 16 - Property, Plant and Equipment

Depreciação - método

A depreciação linear resulta em um encargo constante sobre a vida útil, se o valor


residual do ativo não mudar.

O método do saldo decrescente resulta em um encargo decrescente ao longo da


vida útil.

O método de unidades de produção resulta em um encargo baseado no uso


esperado ou produção.

131 @ achelfo

131

Imobilizado
IAS 16 - Property, Plant and Equipment

Redução ao valor recuperável

Para determinar se um item do imobilizado apresenta problemas de recuperação,


uma entidade aplica a IAS 36 – Redução ao Valor Recuperável de Ativos.

Caso o valor contábil do ativo seja superior ao seu valor recuperável, a


entidade reduz o ativo a esse valor por meio da conta credora “perdas
estimadas por redução ao valor recuperável”, de forma semelhante à
depreciação acumulada, e reconhece a perda referente à parcela não
recuperável no resultado do

132 @ achelfo

132

66
21/09/2022

Imobilizado
IAS 16 - Property, Plant and Equipment

Desreconhecimento

O valor contábil de um item do imobilizado será desreconhecido:

a) na alienação; ou

b) quando não forem esperados benefícios econômicos futuros de seu uso ou


alienação.

133 @ achelfo

133

Imobilizado
IAS 16 - Property, Plant and Equipment

Desreconhecimento

O ganho ou perda no desreconhecimento de um item do imobilizado será incluído


em lucro ou prejuízo quando o item for desreconhecido.

Os ganhos não serão classificados como receitas.

O ganho ou a perda no desreconhecimento de um item do imobilizado será


determinado como a diferença entre as receitas líquidas obtidas na alienação, se
houver, e o valor contábil do item.

134 @ achelfo

134

67
21/09/2022

Custos de Empréstimos
IAS 23 - Borrowing Costs

135 @ achelfo

135

Custos de Empréstimos
IAS 23 - Borrowing Costs

Definição

Custos de empréstimos são juros e outros custos que a entidade incorre em


conexão com o empréstimo de recursos. Os custos de empréstimos podem incluir:

a) despesa de juros calculada utilizando-se o método de juros efetivos, como


descrito na IFRS 9;

b) juros em relação aos arrendamentos financeiros; e

c) diferenças de câmbio resultantes de empréstimos obtidos em moeda


estrangeira, na medida em que forem considerados como um ajuste aos custos
de juros.
Fonte: https://www.ifrs.org/content/dam/ifrs/publications/pdf-standards/english/2022/issued/part-a/ias-23-borrowing-costs.pdf
136 @ achelfo

136

68
21/09/2022

Custos de Empréstimos
IAS 23 - Borrowing Costs

Objetivo

O principio essencial da IAS 23 – Custos de Empréstimos diz que fazem parte do


ativo, os custos diretamente atribuíveis à aquisição, construção ou produção de um
ativo qualificável.

Outros custos de empréstimos são reconhecidos como despesas.

Fonte: https://www.ifrs.org/content/dam/ifrs/publications/pdf-standards/english/2022/issued/part-a/ias-23-borrowing-costs.pdf

137 @ achelfo

137

Custos de Empréstimos
IAS 23 - Borrowing Costs

Alcance

A Norma deve ser aplicada na contabilização de custos de empréstimos.

Ela não trata do custo de capital do patrimônio líquido, real ou atribuído, e não é
obrigatório aplicá-la aos custos de empréstimos diretamente atribuíveis a aquisição,
construção ou produção de ativos qualificados mensurados pelo valor justo, como
um ativo biológico, ou estoques fabricados em grandes quantidades de forma
repetitiva.

138 @ achelfo

138

69
21/09/2022

Custos de Empréstimos
IAS 23 - Borrowing Costs

Reconhecimento

A IAS 23 determina que os custos de empréstimos diretamente atribuíveis à


aquisição, construção ou produção de um ativo qualificado devem ser capitalizados
como parte do custo desse ativo e outros custos de empréstimos devem ser
reconhecidos como despesas, no período em que forem incorridos.

139 @ achelfo

139

Custos de Empréstimos
IAS 23 - Borrowing Costs

Reconhecimento

Nos casos em que a entidade toma recursos sem destinação específica e os utiliza
para obter um ativo qualificável, o valor dos custos de empréstimos elegíveis para
capitalização podem ser determinados por meio da aplicação de uma taxa de
capitalização aos dispêndios com um ativo qualificáveis.

140 @ achelfo

140

70
21/09/2022

Custos de Empréstimos
IAS 23 - Borrowing Costs

O que é um Ativo Qualificável?

141 @ achelfo

141

Custos de Empréstimos
IAS 23 - Borrowing Costs

O que é um Ativo Qualificável?

Ativo qualificável é um ativo que necessariamente, demanda um período de


tempo substancial para ficar pronto para seu uso ou venda pretendidos.

Apesar de a IAS 23 não fornecer orientações sobre o que constitui um período de


tempo substancial, é provável que um período superior a 12 meses seja
considerado um período de tempo substancial

142 @ achelfo

142

71
21/09/2022

Custos de Empréstimos
IAS 23 - Borrowing Costs

Reconhecimento

Dependendo das circunstâncias, quando financiados para aquisição, quaisquer dos


seguintes itens podem ser ativos qualificados:

a) estoques

b) unidades/instalações de produção

c) instalações de geração de energia

d) ativos intangíveis

e) propriedades para investimento.

f) plantas de produção.
143 @ achelfo

143

Custos de Empréstimos
IAS 23 - Borrowing Costs

Reconhecimento

A data de inicio para a capitalização de juros é a primeira data em que a empresa


satisfaz todas as seguintes condições:

• Incorre em gastos com o ativo.

• Incorre em custos de empréstimos.

• Engaja-se em atividades que são necessárias ao preparo do ativo para seu uso ou
venda pretendidos.

144 @ achelfo

144

72
21/09/2022

Custos de Empréstimos
IAS 23 - Borrowing Costs

Reconhecimento

A entidade deve suspender a capitalização dos custos de empréstimos durante


períodos extensos em que suspender as atividades de desenvolvimento de um ativo
qualificável.

Esses custos destinados a manter os ativos parcialmente concluídos não se


qualificam para capitalização.

Assim, em sendo o caso, o gasto envolvido no período de suspensão será lançado


diretamente como despesa.

145 @ achelfo

145

Custos de Empréstimos
IAS 23 - Borrowing Costs

Exemplo
A refinaria de petróleo Chelfo teve a sua construção iniciada em 2021, ao lado de
uma reserva indígena. Devido ao barulho da obra, os índios invadiram o local da
construção, paralisando a obra nos meses de agosto e setembro, mas no início de
outubro a Polícia Federal desocupou a área invadida, e foi reiniciada. A refinaria está
sendo construída por meio de um empréstimo adquirido no valor de 20 milhões de
reais, com a incidência de juros simples à taxa de 2% a.m.
Sabendo-se que a refinaria vai levar um prazo de 60 meses para ficar pronta, qual o
montante dos custos de empréstimos capitalizados em 31/12/201?

146 @ achelfo

146

73
21/09/2022

Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes


IAS 37 - Provisions, Contingent Liabilities and Contingent Assets

147 @ achelfo

147

Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes


IAS 37 - Provisions, Contingent Liabilities and Contingent Assets

Definição

Provisão é um passivo de prazo ou de valor incertos.

Passivo é uma obrigação presente da entidade, derivada de eventos já ocorridos,


cuja liquidação se espera que resulte em saída de recursos da entidade capazes de
gerar benefícios econômicos.

Evento que cria obrigação é um evento que cria uma obrigação legal ou
não formalizada que faça com que a entidade não tenha nenhuma
alternativa realista senão liquidar essa obrigação.
Fonte: https://www.ifrs.org/content/dam/ifrs/publications/pdf-standards/english/2022/issued/part-a/ias-37-provisions-contingent-liabilities-and-
contingent-assets.pdf
148 @ achelfo

148

74
21/09/2022

Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes


IAS 37 - Provisions, Contingent Liabilities and Contingent Assets

Objetivo

O objetivo da IAS 37 é definir critérios de reconhecimento e bases de mensuração


para provisões, contingências passivas e contingências ativas, e regras para
divulgação de informações suficientes nas notas explicativas, com o objetivo de
permitir que os usuários das demonstrações entendam sua natureza, época e valor

149 @ achelfo

149

Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes


IAS 37 - Provisions, Contingent Liabilities and Contingent Assets

Alcance

O alcance da IAS 37 deve ser aplicado por todas as entidades na contabilização de


provisões, passivos e ativos contingentes.

Não se aplica na contabilização de provisões, passivos contingentes e ativos


contingentes:

• que resultem de contratos a executar, a menos que o contrato seja oneroso; e

• cobertos por outro Pronunciamento Técnico.

150 @ achelfo

150

75
21/09/2022

Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes


IAS 37 - Provisions, Contingent Liabilities and Contingent Assets

Reconhecimento

Para reconhecer uma Provisão, é necessário que:

a) A entidade tenha uma obrigação presente (legal ou não formalizada) como


resultado de um evento passado;

b) Seja provável que será necessário uma saída de recursos que incorporam
benefícios econômicos para liquidar a obrigação; e

c) Possa ser feita uma estimativa confiável do valor da obrigação.

151 @ achelfo

151

Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes


IAS 37 - Provisions, Contingent Liabilities and Contingent Assets

Reconhecimento

Os requisitos exigidos para o reconhecimento de uma provisão estão vinculados ao


conceito de passivo, e a diferença sutil entre provisão e passivo está com relação à
existência ou não de incertezas quanto ao prazo ou o valor estimado do
desembolso futuro necessário para a liquidação de uma obrigação.

152 @ achelfo

152

76
21/09/2022

Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes


IAS 37 - Provisions, Contingent Liabilities and Contingent Assets

Reconhecimento

Segundo o IAS 37 as provisões propriamente ditas são distintas de outros passivos,


como, por exemplo, as contas a pagar e dos passivos derivados de apropriações por
competência (accruals), porque há incerteza sobre o prazo ou o valor do
desembolso futuro necessário para a sua liquidação.

153 @ achelfo

153

Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes


IAS 37 - Provisions, Contingent Liabilities and Contingent Assets

154 @ achelfo

154

77
21/09/2022

Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes


IAS 37 - Provisions, Contingent Liabilities and Contingent Assets

Reconhecimento

O termo provisão, que era utilizado para designar também as contas retificadoras
do ativo, não é tecnicamente mais aceito, pois, de acordo com as IAS 37, a
provisão refere-se apenas a passivo com prazo incerto ou passivo com valor incerto.

155 @ achelfo

155

Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes


IAS 37 - Provisions, Contingent Liabilities and Contingent Assets

156 @ achelfo

156

78
21/09/2022

Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes


IAS 37 - Provisions, Contingent Liabilities and Contingent Assets

157 @ achelfo

157

Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes


IAS 37 - Provisions, Contingent Liabilities and Contingent Assets

Reconhecimento

No caso do Passivo Contingente:

Caracterizam-se por uma saída de recursos possível, mas não provável.

Passivos contingentes devem ser avaliados continuamente para verificar se esse


fluxo de saída de recursos que geram benefícios econômicos se tornou provável.

A entidade não deve reconhecer um passivo contingente, deve apenas divulgá-lo em


nota explicativa.

158 @ achelfo

158

79
21/09/2022

Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes


IAS 37 - Provisions, Contingent Liabilities and Contingent Assets

Reconhecimento

No caso do Passivo Contingente :

É uma obrigação possível que resulta de eventos passados e cuja existência será
confirmada apenas pela ocorrência ou não de um ou mais eventos futuros incertos
não totalmente sob controle da entidade.

159 @ achelfo

159

Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes


IAS 37 - Provisions, Contingent Liabilities and Contingent Assets

Reconhecimento

PROVÁVEL POSSÍVEL REMOTA

Probabilidade de ocorrência Probabilidade de ocorrência Probabilidade de ocorrência


é maior que a de não é menor que a de não é substancialmente
ocorrência ocorrência pequena

Sairá recursos Talvez não sairá recursos Não sairá recursos


PROVISÃO CONTINGÊNCIA ---
Passivo Nota explicativa ---

160 @ achelfo

160

80
21/09/2022

Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes


IAS 37 - Provisions, Contingent Liabilities and Contingent Assets

161 @ achelfo

161

Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes


IAS 37 - Provisions, Contingent Liabilities and Contingent Assets

Reconhecimento

No caso do Ativo Contingente deverá a:

A entidade não deve reconhecer um ativo contingente até que a realização de


ganho seja praticamente certa.

Ativos contingentes devem ser avaliados continuamente, sendo reconhecidos como


um ativo quando sua realização se tornar provável.

162 @ achelfo

162

81
21/09/2022

Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes


IAS 37 - Provisions, Contingent Liabilities and Contingent Assets

Exemplo
A fabricante Chelfo fornece garantias por ocasião da venda aos compradores de seu
produto. De acordo com os termos do contrato de venda, o fabricante se
compromete a consertar, por meio de reparo ou substituição, os defeitos de
fabricação que se tornarem aparentes dentro de três anos a partir da data da
venda. De acordo com experiências passadas, é provável que haja algumas
reivindicações previstas nas garantias no valor de R$60.000,00.

Deve ser constituída um(a): Provisão, ou Passivo Contingente ou nada?

163 @ achelfo

163

Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes


IAS 37 - Provisions, Contingent Liabilities and Contingent Assets

Mudanças nas provisões


As provisões serão revisadas no final de cada período de relatório e ajustadas para
refletir a melhor estimativa atual. Se não houver mais a probabilidade de que um
fluxo de saída de recursos que incorporam benefícios econômicos será exigido para
liquidar a obrigação, a provisão será revertida.

164 @ achelfo

164

82
21/09/2022

Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes


IAS 37 - Provisions, Contingent Liabilities and Contingent Assets

Mudanças nas provisões

Em sendo o caso de reverter uma provisão, devemos fazer o lançamento seguinte:

D – Provisão para provisão para garantia de produto (PC)

C – Receita com provisão para garantia de produto (DRE)

165 @ achelfo

165

Ativo Intangível
IAS 38 - Intangible Assets

166 @ achelfo

166

83
21/09/2022

Ativo Intangível
IAS 38 - Intangible Assets

Definição

Ativo intangível é um ativo não monetário identificável, sem substância física.

As entidades frequentemente gastam recursos, ou incorrem em passivos, na


aquisição, desenvolvimento, manutenção ou melhoria de recursos intangíveis como,
por exemplo, conhecimento científico ou técnico, projeto e implementação de novos
processos ou sistemas, licenças, propriedade intelectual, conhecimento de mercado
e marcas registradas (incluindo nomes comerciais e títulos de publicação).

Fonte: https://www.ifrs.org/content/dam/ifrs/publications/pdf-standards/english/2022/issued/part-a/ias-38-intangible-assets.pdf

167 @ achelfo

167

Ativo Intangível
IAS 38 - Intangible Assets

Objetivo

A IAS 38 trata de uma classe especial de ativos, os ativos intangíveis, na qual estão
incluídos, por exemplo, softwares, patentes e copyrights.

Essa norma nos dá as diretrizes para a identificação, o reconhecimento e a


contabilização dos intangíveis gerados internamente, dos adquiridos
separadamente e dos adquiridos em combinações de negócios.

168 @ achelfo

168

84
21/09/2022

Ativo Intangível
IAS 38 - Intangible Assets

Alcance

Esta Norma deve ser aplicada na contabilização de ativos intangíveis, exceto:

(a) ativos intangíveis que estejam dentro do escopo de outra Norma;

(b) ativos financeiros, conforme definido na IAS 32;

(c) o reconhecimento e mensuração de ativos de exploração e avaliação (IFRS 6 -


Exploração e Avaliação de Recursos Minerais); e

(d) gastos com o desenvolvimento e extração de minerais, petróleo, gás natural e


recursos não regenerativos similares.

169 @ achelfo

169

Ativo Intangível
IAS 38 - Intangible Assets

Características

São características conjuntas necessárias para determinar um ativo intangível:

a) ser identificável;

b) ser controlável; e

c) ser gerador de benefícios econômicos futuros.

170 @ achelfo

170

85
21/09/2022

Ativo Intangível
IAS 38 - Intangible Assets

Características

a) ser identificável;

• For separável, ou seja, puder ser separado da entidade e vendido, transferido,


licenciado, alugado ou trocado, individualmente ou junto com um contrato, ativo
ou passivo relacionado, independentemente da intenção de uso; ou

• Resultar de direitos contratuais (outros direitos legais).

171 @ achelfo

171

Ativo Intangível
IAS 38 - Intangible Assets

Características

b) ser controlável;

O controle de um ativo é dado pelo poder de obter benefícios futuros que


fluam do recurso subjacente e de restringir o acesso de terceiros a estes.

No controle o que vale é a essência da transação e não necessariamente a


forma. Em outras palavras, independe o fato de a empresa possuir o titulo legal
do ativo.

172 @ achelfo

172

86
21/09/2022

Ativo Intangível
IAS 38 - Intangible Assets

Características

c) ser gerador de benefícios econômicos futuros;

Os benefícios econômicos futuros de um ativo intangível podem incluir receita


proveniente da venda de produtos ou serviços, economias de custos ou outros
benefícios resultantes do uso do ativo pela entidade

173 @ achelfo

173

Ativo Intangível
IAS 38 - Intangible Assets

Reconhecimento

Um ativo que atender à definição de intangível será reconhecido se e, apenas se:

a) For provável que os benefícios econômicos futuros esperados que são


atribuíveis ao ativo fluirão para a entidade;

b) O custo do ativo puder ser mensurado de forma confiável.

O custo de um ativo intangível gerado internamente compreende todos os custos


diretamente atribuíveis necessários para criar, produzir e preparar o ativo para ser
capaz de operar na forma pretendida pela entidade.

174 @ achelfo

174

87
21/09/2022

Ativo Intangível
IAS 38 - Intangible Assets

Reconhecimento

Há 3 formas de possíveis, principais, para obtenção de um ativo intangível:

1. Aquisição em separado;

2. Aquisição por meio de combinação de negócios (business combination); e

3. Ativos intangíveis que são gerados internamente.

175 @ achelfo

175

Ativo Intangível
IAS 38 - Intangible Assets

Reconhecimento

1. Aquisição em separado;

Normalmente, o preço pago para adquirir-se um ativo intangível refletirá as


expectativas sobre a probabilidade de que benefícios econômicos futuros
incorporados no ativo fluirão para a entidade.

Os ativos intangíveis adquiridos separadamente geralmente tem um custo que


pode ser mensurado de forma confiável.

176 @ achelfo

176

88
21/09/2022

Ativo Intangível
IAS 38 - Intangible Assets

Reconhecimento

2. Aquisição por meio de combinação de negócios (business combination);

Conforme a IFRS 3, quando um ativo intangível for adquirido em uma


combinação de negócios, ele deve ser reconhecido pelo seu valor justo na data
de aquisição.

Portanto, as condições de reconhecimento (geração de benefícios econômicos e


mensuração com confiabilidade) são sempre consideradas atendidas para ativos
intangíveis adquiridos em uma combinação de negócios.

177 @ achelfo

177

Ativo Intangível
IAS 38 - Intangible Assets

Reconhecimento

3. Ativos intangíveis gerados internamente

Para avaliar se um ativo intangível gerado internamente atende aos critérios


para reconhecimento, uma entidade classifica a geração do ativo em:

I. uma fase de pesquisa; e

II. uma fase de desenvolvimento.

Embora os termos “pesquisa” e “desenvolvimento” sejam definidos, os


termos “fase de pesquisa” e “fase de desenvolvimento” possuem um
significado mais amplo para a finalidade desta Norma.
178 @ achelfo

178

89
21/09/2022

Ativo Intangível
IAS 38 - Intangible Assets

Reconhecimento

I. Fase de pesquisa:

Nenhum ativo intangível resultante de pesquisa (ou resultante da fase de pesquisa de um


projeto interno) será reconhecido.

O gasto com pesquisa (ou na fase de pesquisa de um projeto interno) será reconhecido
como uma despesa quando incorrido.

Na fase de pesquisa de um projeto interno, uma entidade não consegue demonstrar que
existe um ativo intangível que gerará prováveis benefícios econômicos futuros.

179 @ achelfo

179

Ativo Intangível
IAS 38 - Intangible Assets

Reconhecimento

II. Fase de desenvolvimento:

Na fase de desenvolvimento de um projeto interno, uma entidade pode, em alguns


casos, identificar um ativo intangível e demonstrar que o ativo gerará prováveis
benefícios econômicos futuros.

Isso se deve ao fato de que a fase de desenvolvimento de um projeto é mais avançada


do que a fase de pesquisa.

180 @ achelfo

180

90
21/09/2022

Ativo Intangível
IAS 38 - Intangible Assets

Reconhecimento

II. Fase de desenvolvimento:

Um ativo intangível resultante do desenvolvimento será reconhecido se, e somente se,


uma entidade puder demonstrar todos os itens a seguir:

a) viabilidade técnica de conclusão do ativo intangível, de modo que ele fique


disponível para uso ou venda.

b) sua intenção de concluir o ativo intangível e utilizá-lo ou vendê-lo.

c) sua capacidade de utilizar ou vender o ativo intangível.

181 @ achelfo

181

Ativo Intangível
IAS 38 - Intangible Assets

Reconhecimento

II. Fase de desenvolvimento:

[…]

d) A entidade pode demonstrar a existência de um mercado para a produção do ativo


intangível ou para o próprio ativo intangível ou, se estiver destinado a ser usado
internamente, a utilidade do ativo intangível.

e) a disponibilidade de adequados recursos técnicos, financeiros e outros para concluir


o desenvolvimento e utilizar ou vender o ativo intangível.

f) sua capacidade de mensurar de forma confiável o gasto atribuível ao ativo intangível


durante seu desenvolvimento
182 @ achelfo

182

91
21/09/2022

Ativo Intangível
IAS 38 - Intangible Assets

Reconhecimento

II. Fase de desenvolvimento:

É importante frisar que, caso os gastos com desenvolvimento atendam aos seis critérios
descritos anteriormente, o ativo intangível DEVE ser reconhecido como tal, ou seja, a
entidade não poderia escolher entre lançar o gasto em despesa ou ativar, pois ela
deverá ativar, caso atenda aos critérios.

Marcas geradas internamente, cabeçalhos, títulos, listas de clientes e itens deste tipo
não serão reconhecidos como ativos intangíveis.

183 @ achelfo

183

Ativo Intangível
IAS 38 - Intangible Assets

Mensuração

A entidade deve escolher entre o método de custo ou o método de reavaliação.

Método de custo, após o reconhecimento inicial, um ativo intangível


será reconhecido pelo custo menos qualquer amortização acumulada e
quaisquer perdas acumuladas por redução ao valor recuperável.

184 @ achelfo

184

92
21/09/2022

Ativo Intangível
IAS 38 - Intangible Assets

Mensuração

A entidade deve escolher entre o método de custo ou o método de reavaliação.

No método de reavaliação o ativo intangível será reconhecido pelo valor


reavaliado, sendo o seu valor determinado em um mercado ativo, na data de
reavaliação menos qualquer amortização acumulada subsequente e quaisquer
perdas acumuladas subsequentes por redução ao valor recuperável.

185 @ achelfo

185

Ativo Intangível
IAS 38 - Intangible Assets

Vida útil

Uma entidade avaliará se a vida útil de um ativo intangível é definida ou indefinida.

Um ativo intangível será considerado como tendo vida útil indefinida quando não
houver nenhum limite previsível em relação ao período durante o qual se espera que o
ativo gere fluxos de caixa.

Além disso, o ativo intangível com vida útil definida é amortizado, porém o ativo
intangível com vida útil indefinida não, estando sujeito apenas ao teste de
recuperabilidade no mínimo anual.

186 @ achelfo

186

93
21/09/2022

Ativo Intangível
IAS 38 - Intangible Assets

Exemplo
A Moreira & Chelfo possui várias marcas que compõem o seu portfólio, dentre elas:
a Chelfex e a Pimentex. As fraldas descartáveis Chelfex foram lançadas em 2016 e
revolucionaram o mercado. Passado 5 anos, ocorreu uma grande inovação nas
fraldas Chelfex com a implementação da fita adesiva, colocando um fim nos
alfinetes e abas ao redor das pernas dos bebês. Em 2021, a Moreira & Chelfo
adquiriu as Perfumarias Pimentex, uma indústria de sabonetes à base de glicerina.

Segundo o IAS 38, analise se as fraldas descartáveis Chelfex e as Pimentex são ativos
intangíveis, e quais são registradas no Balanço Patrimonial.

187 @ achelfo

187

Ativo Intangível
IAS 23 - Borrowing Costs

Exemplo
1. Identificar se as fraldas descartáveis Chelfex e as Perfumarias Pimentex são
ativos intangíveis:

@ achelfo

188

94
21/09/2022

Ativo Intangível
IAS 38 - Intangible Assets

Exemplo
2. Analisar se fraldas descartáveis Chelfex e as Perfumarias Pimentex atendem aos
critérios de reconhecimento do ativo intangível:

189 @ achelfo

189

Ativo Intangível
IAS 38 - Intangible Assets

ATENÇÃO Regra geral, um ativo intangível gerado internamente não é


reconhecido nas demonstrações contábeis, pois o IAS 38 discorre
que os gastos incorridos com marcas, títulos de publicações, listas
de clientes etc. não podem ser separados dos custos relacionados
ao desenvolvimento do negócio como um todo, portanto esses
itens não são reconhecidos como ativos intangíveis.

Mas, existem exceções a essa regra, pois nos casos em que os


ativos intangíveis gerados internamente atenderem aos requisitos
de reconhecimento, fica a empresa obrigada a reconhecer esses
intangíveis em suas demonstrações contábeis.
190 @ achelfo

190

95
21/09/2022

Ativo Intangível
IAS 38 - Intangible Assets

Exemplo
 Uma lista de clientes adquirida;
 Uma patente de fármaco adquirida que vence em 15 anos;
 Um direito autoral do filme a “tropa de Chelfo”;
 Uma licença de radiotransmissão adquirida;
 Um endereço de website, já em utilização, adquirido de terceiros;
 Uma marca registrada para uma linha de produtos adquirida em uma
combinação de negócios;

191 @ achelfo

191

Combinação de Negócios
IFRS 3 - Business Combinations

192 @ achelfo

192

96
21/09/2022

Combinação de Negócios
IFRS 3 - Business Combinations

Objetivo

O objetivo da IFRS 5 é melhorar a relevância, confiabilidade e comparabilidade das


informações que uma entidade que reporta fornece em suas demonstrações
financeiras sobre uma combinação de negócios e seus efeitos.

Fonte: https://www.ifrs.org/content/dam/ifrs/publications/pdf-standards/english/2022/issued/part-a/ifrs-3-business-combinations.pdf

193 @ achelfo

193

Combinação de Negócios
IFRS 3 - Business Combinations

Objetivo

Para tanto, esta IFRS estabelece princípios e requisitos de como a adquirente:

a) reconhece e mensura em suas demonstrações financeiras os ativos


identificáveis adquiridos, os passivos assumidos e qualquer participação não
controladora na adquirida;

b) reconhece e mensura o ágio adquirido na combinação de negócios ou ganho de


compra vantajosa; e

194 @ achelfo

194

97
21/09/2022

Combinação de Negócios
IFRS 3 - Business Combinations

Objetivo

Para tanto, esta IFRS estabelece princípios e requisitos de como a adquirente:

c) determina quais informações divulgar para permitir que os usuários das


demonstrações financeiras avaliem a natureza e os efeitos financeiros da
combinação de negócios.

195 @ achelfo

195

Combinação de Negócios
IFRS 3 - Business Combinations

Alcance

Esta Norma deve ser aplicada na contabilização de combinação de negócios, exceto:

a) à contabilização da formação de um negócio em conjunto nas demonstrações


financeiras do próprio negócio em conjunto;

b) a aquisição de um ativo ou grupo de ativos que não constitua um negócio.


Nesses casos, o adquirente deve identificar e reconhecer os ativos individuais
identificáveis adquiridos e passivos assumidos;

c) uma combinação de entidades ou negócios sob controle comum.

196 @ achelfo

196

98
21/09/2022

Combinação de Negócios
IFRS 3 - Business Combinations

Definição

Adquirente

A adquirente é a entidade que obtém o controle da adquirida, e a adquirida é a


entidade cujo controle é obtido pela adquirente por meio de combinação de
negócios, na qual a data em que a adquirente obtém efetivamente o controle da
adquirida chama-se de data da aquisição.

adquirente é, normalmente, a entidade da combinação cujo tamanho relativo


(mensurado, por exemplo, em ativos, receitas ou lucros) é significativamente maior
em relação às demais entidades da combinação.

197 @ achelfo

197

Combinação de Negócios
IFRS 3 - Business Combinations

Definição

Adquirida

O negócio ou negócios cujo controle é obtido pelo adquirente por meio de


combinação de negócios.

198 @ achelfo

198

99
21/09/2022

Combinação de Negócios
IFRS 3 - Business Combinations

Definição

Negócio

Um conjunto integrado de atividades e ativos que é capaz de ser conduzido e


administrado com a finalidade de fornecer produtos ou serviços a clientes, gerando
receitas de investimentos (tais como dividendos ou juros) ou gerando outras
receitas de atividades normais.

199 @ achelfo

199

Combinação de Negócios
IFRS 3 - Business Combinations

Definição

Combinação de Negócios

É uma operação ou outro evento por meio do qual um adquirente obtém o


controle de um ou mais negócios, independentemente da forma jurídica.

A entidade deve determinar se uma operação ou outro evento é uma combinação


de negócios pela aplicação da definição utilizada no IFRS 3, a qual exige que os
ativos adquiridos e os passivos assumidos constituam um negócio.

Nas operações em que os ativos adquiridos não constituem um negócio, a entidade


deve contabilizar a operação ou o evento como aquisição de ativos.

200 @ achelfo

200

100
21/09/2022

Combinação de Negócios
IFRS 3 - Business Combinations

Definição

Combinação de Negócios

Combinações de negócios são operações que correspondem à junção de empresas


diferentes em uma única empresa.

Portanto, é uma junção de empresas distintas em uma única entidade econômica,


como resultado da união entre duas empresas ou de uma empresa ter obtido
controle sobre o ativo líquido e operações de outra.

O termo abrange também as “fusões verdadeiras” (true mergers) ou “fusões de


iguais” (merger of equals), conforme esse termo é utilizado nesta IFRS.

201 @ achelfo

201

Combinação de Negócios
IFRS 3 - Business Combinations

202 @ achelfo

202

101
21/09/2022

Combinação de Negócios
IFRS 3 - Business Combinations

Definição

Ágio

Um ativo representando os benefícios econômicos futuros decorrentes de outros


ativos adquiridos em uma combinação de negócios, que não são identificados
individualmente nem reconhecidos separadamente.

203 @ achelfo

203

Combinação de Negócios
IFRS 3 - Business Combinations

204 @ achelfo

204

102
21/09/2022

Combinação de Negócios
IFRS 3 - Business Combinations

ATENÇÃO Se um negócio não foi adquirido, ou se não houve a transferência


de controle, a transação de compra não se qualifica como uma
combinação de negócios segundo o IFRS 3.

Nessa circunstância, a transação deverá ser contabilizada como


uma compra de ativos, uma assunção de dívida/passivos,
aquisição de um investimento em que há influência significativa
ou uma joint venture (caso haja controle compartilhado).

205 @ achelfo

205

Combinação de Negócios
IFRS 3 - Business Combinations

Definição

Identificação de Combinação de Negócios

A operação em que o adquirente obtém o controle de um ou mais negócios,


segundo o IFRS 3, é identificada como uma combinação de negócios. O adquirente
pode obter o controle da adquirida de diversas formas, por exemplo:

a) pela transferência de caixa, equivalentes de caixa ou outros ativos, incluindo


ativos líquidos que se constituam em um negócio;

b) pela assunção de passivos;

206 @ achelfo

206

103
21/09/2022

Combinação de Negócios
IFRS 3 - Business Combinations

Definição

Identificação de Combinação de Negócios

[…]

c) pela emissão de instrumentos de participação societária;

d) por mais de um dos tipos de contraprestação acima; ou

e) sem a transferência de nenhuma contraprestação, inclusive por meio de


acordos puramente contratuais.

207 @ achelfo

207

Combinação de Negócios
IFRS 3 - Business Combinations

Definição

Uma combinação de negócios, por razões legais, fiscais ou outras, pode ser
estruturada de diversas formas, as quais incluem, mas não se limitam a:

a) um ou mais negócios tornam-se controladas de um adquirente ou ocorre uma


fusão entre o adquirente e os ativos líquidos de um ou mais negócios;

b) uma entidade da combinação transfere seus ativos líquidos ou seus


proprietários transferem suas respectivas participações societárias para outras
entidades da combinação (ou para os proprietários dessas entidades);

208 @ achelfo

208

104
21/09/2022

Combinação de Negócios
IFRS 3 - Business Combinations

Definição

[…]

c) todas as entidades da combinação transferem seus ativos líquidos ou seus


proprietários transferem suas respectivas participações societárias para a
constituição de nova entidade; ou

d) d.um grupo de ex-proprietários de uma das entidades da combinação obtém o


controle da entidade combinada.

209 @ achelfo

209

Combinação de Negócios
IFRS 3 - Business Combinations

Reconhecimento

Cada combinação de negócios deve aplicar o método de aquisição:

• Identificação do adquirente.

• Determinação da data de aquisição.

• Reconhecimento e mensuração dos ativos identificáveis adquiridos, dos passivos


assumidos e das participações societárias de não controladores na adquirida.

• Reconhecimento e mensuração do ágio por expectativa de rentabilidade futura


(goodwill) ou do ganho proveniente de compra vantajosa.

210 @ achelfo

210

105
21/09/2022

Combinação de Negócios
IFRS 3 - Business Combinations

Mensuração

A adquirente mensurará os ativos identificáveis adquiridos e passivos assumidos


pelos seus valores justos na data de aquisição.

O valor justo é uma mensuração baseada em mercado e não uma


mensuração específica da entidade. Para alguns ativos e passivos, pode
haver informações de mercado ou transações de mercado observáveis
disponíveis. Para outros ativos e passivos, pode não haver informações
de mercado e transações de mercado observáveis disponíveis.

211 @ achelfo

211

Combinação de Negócios
IFRS 3 - Business Combinations

Exemplo

Na combinação de negócios, o adquirente deve mensurar os ativos identificáveis


adquiridos pelos seus respectivos:

a) valores justos da data de aquisição.

b) valores justos do último balanço patrimonial anterior à aquisição.

c) valores de liquidação.

d) custos históricos.

e) custos históricos corrigidos na data de aquisição.

212 @ achelfo

212

106
21/09/2022

Ativos Não Circulantes Mantidos para Venda e Operações Descontinuadas


IFRS 5 - Non-current Assets Held for Sale and Discontinued Operations

213 @ achelfo

213

Ativos Não Circulantes Mantidos para Venda e Operações Descontinuadas


IFRS 5 - Non-current Assets Held for Sale and Discontinued Operations

Definição

Um componente de uma entidade define-se como operações e fluxos de caixa


que podem ser claramente distinguidos, operacionalmente e para fins de relatórios
financeiros, do restante da entidade.

Fonte: https://www.ifrs.org/content/dam/ifrs/publications/pdf-standards/english/2022/issued/part-a/ifrs-5-non-current-assets-held-for-sale-and-
discontinued-operations.pdf

214 @ achelfo

214

107
21/09/2022

Ativos Não Circulantes Mantidos para Venda e Operações Descontinuadas


IFRS 5 - Non-current Assets Held for Sale and Discontinued Operations

Definição

Uma operação descontinuada vem a ser um componente de uma entidade que foi
alienado ou é classificado como mantido para venda e:

a) representa um importante segmento de negócio separado ou área geográfica de


operações

b) é parte de um plano único coordenado para a alienação de um importante


segmento de negócio separado ou área geográfica de operações ou

c) constitui uma subsidiária adquirida exclusivamente com vistas à revenda.

215 @ achelfo

215

Ativos Não Circulantes Mantidos para Venda e Operações Descontinuadas


IFRS 5 - Non-current Assets Held for Sale and Discontinued Operations

Objetivo

Especificar a contabilização de ativos mantidos para venda e as operações


descontinuadas, exigindo que os ativos que atendam aos critérios para serem
classificados como mantidos para venda :

(a) sejam mensurados pelo menor valor entre o valor contábil e o valor justo menos
os custos de venda e a depreciação desses ativos cesse; e

(b) devem ser apresentados separadamente na demonstração da posição


financeira e os resultados das operações descontinuadas a serem apresentados
separadamente na demonstração do resultado abrangente.
Fonte: https://www.ifrs.org/content/dam/ifrs/publications/pdf-standards/english/2022/issued/part-a/ifrs-5-non-current-assets-held-for-sale-and-
216 discontinued-operations.pdf @ achelfo

216

108
21/09/2022

Ativos Não Circulantes Mantidos para Venda e Operações Descontinuadas


IFRS 5 - Non-current Assets Held for Sale and Discontinued Operations

Alcance

Essa Norma se aplica a todos os ativos não circulantes reconhecidos e a todos os


grupos de alienação.

Vale ressaltar que ativos não circulantes são aqueles que incluem montantes que se
espera recuperar em mais de 12 meses após a data do balanço, sendo que um ativo
não circulante mantido para venda é aquele cujo valor contábil será recuperado
principalmente por meio de uma transação de venda em vez do seu uso contínuo.

217 @ achelfo

217

Ativos Não Circulantes Mantidos para Venda e Operações Descontinuadas


IFRS 5 - Non-current Assets Held for Sale and Discontinued Operations

Reconhecimento

A classificação de ativos não circulantes como mantido para venda pode ser
utilizada para um ativo isolado ou para um grupo de ativos colocados à venda.

um grupo de ativos mantido para venda é um grupo de ativos líquidos


que não mais está em uso nas operações e do qual a empresa pretende
se desfazer em conjunto (o grupo todo) em uma única transação.

218 @ achelfo

218

109
21/09/2022

Ativos Não Circulantes Mantidos para Venda e Operações Descontinuadas


IFRS 5 - Non-current Assets Held for Sale and Discontinued Operations

Reconhecimento

A IFRS 5 determina que um ativo não circulante será classificado como mantido para
venda se o seu valor contábil for recuperado, especialmente por uma transação de
venda, em vez de seu uso contínuo.

Para isso ocorrer, esse ativo deve estar disponível para venda imediata, sujeito
apenas aos termos usuais e habituais para vendas. Sua venda deve ser.

Transações de venda incluem trocas de ativos não circulantes


por outros ativos não circulantes quando a troca tiver
substância comercial, de acordo com a IAS 16 – Imobilizado.

219 @ achelfo

219

Ativos Não Circulantes Mantidos para Venda e Operações Descontinuadas


IFRS 5 - Non-current Assets Held for Sale and Discontinued Operations

Reconhecimento

Aquisição de ativo não circulante com a finalidade de venda

A entidade que adquire um ativo não circulante ou um grupo de ativos com a


finalidade de venda, só deve classificá-lo como mantido para venda na data de
aquisição se a venda for concluída em até um ano a partir da data da classificação, e
for altamente provável que os critérios de classificação que não estejam satisfeitos
na data de aquisição, sejam satisfeitos em curto prazo após a aquisição
(normalmente, no prazo de três meses).

220 @ achelfo

220

110
21/09/2022

Ativos Não Circulantes Mantidos para Venda e Operações Descontinuadas


IFRS 5 - Non-current Assets Held for Sale and Discontinued Operations

Reconhecimento

Classificação de ativo não circulante para distribuição aos sócios

O ativo não circulante é classificado como mantido para distribuição aos sócios
quando a entidade está comprometida para distribuir esse ativo aos proprietários.

Para isso é necessário que os ativos estejam disponíveis para imediata distribuição
na sua condição atual e que a distribuição seja altamente provável.

Para essa distribuição ser altamente provável, ações para completar a distribuição
devem já ter sido iniciadas e deve estar presente a expectativa de serem
completadas dentro de um ano a partir da classificação.

221 @ achelfo

221

Ativos Não Circulantes Mantidos para Venda e Operações Descontinuadas


IFRS 5 - Non-current Assets Held for Sale and Discontinued Operations

Mensuração

Em resumo, os ativos não circulantes mantidos para venda serão apresentados


separadamente no Balanço Patrimonial e mensurados pelo menor valor entre o
valor contábil e o valor justo menos as despesas de venda, desde que existam
evidências de que a venda irá se realizar em até 12 meses.

Transações de venda incluem trocas de ativos não circulantes


por outros ativos não circulantes quando a troca tiver
substância comercial, de acordo com a IAS 16 – Imobilizado.

222 @ achelfo

222

111
21/09/2022

Ativos Não Circulantes Mantidos para Venda e Operações Descontinuadas


IFRS 5 - Non-current Assets Held for Sale and Discontinued Operations

Mensuração

Quando se espera que a venda ocorra depois de um ano, a entidade mensurará os


custos para vender pelo seu valor presente.

Qualquer aumento no valor presente dos custos para vender que resultem da
passagem do tempo será apresentado em lucro ou prejuízo, como um custo de
financiamento.

Valor presente é a estimativa do valor corrente de um


fluxo de caixa futuro, conhecida a taxa de desconto, no
curso normal das operações de uma entidade.

223 @ achelfo

223

Ativos Não Circulantes Mantidos para Venda e Operações Descontinuadas


IFRS 5 - Non-current Assets Held for Sale and Discontinued Operations

Mensuração

A entidade deve mensurar o ativo ou o grupo de ativos não circulantes classificado


como mantido para venda pelo menor valor entre o seu valor contábil e o valor
justo menos as despesas de venda.

224 @ achelfo

224

112
21/09/2022

Ativos Não Circulantes Mantidos para Venda e Operações Descontinuadas


IFRS 5 - Non-current Assets Held for Sale and Discontinued Operations

Mensuração

A entidade deve mensurar o ativo não circulante (ou grupo de ativos) classificado
como mantido para distribuição aos sócios pelo menor entre seu valor contábil e
seu valor justo diminuído das despesas de distribuição.

225 @ achelfo

225

Ativos Não Circulantes Mantidos para Venda e Operações Descontinuadas


IFRS 5 - Non-current Assets Held for Sale and Discontinued Operations

Exemplo
Em 01/01/2017, a empresa Chelfo adquiriu um terreno por R$ 100.000,00.
Na época, a empresa tinha a intenção de utilizar o terreno em suas operações
durante 20 (vinte) anos e vendê-lo por R$ 30.000,00.

Em 31/12/2021, a empresa Chelfo resolveu vender o terreno. Nesta data, o valor


justo do terreno era de R$ 150.000,00 e estimava-se as despesas de vendas em
R$ 10.000,00.

Segundo a IAS 23, em 31/12/2021, qual foi o valor do terreno informado no grupo
dos ativos não circulantes mantidos para venda?

226 @ achelfo

226

113
21/09/2022

Arrendamentos
IFRS 16 - Leases

Objetivo

Esta Norma estabelece os princípios para o reconhecimento, mensuração,


apresentação e divulgação de arrendamentos.

O objetivo é garantir que arrendatários e arrendadores forneçam informações


relevantes de modo que representem fielmente essas transações. Essas
informações fornecem a base para que usuários de demonstrações financeiras
avaliem o efeito que os arrendamentos têm sobre a posição financeira, o
desempenho financeiro e os fluxos de caixa de uma entidade.

227 @ achelfo

227

Arrendamentos
IFRS 16 - Leases

Definição

Arrendamento

Um contrato, ou parte de um contrato, que transfere o direito de usar um ativo (o


ativo subjacente) por um período de tempo em troca de contraprestação.

Ativo subjacente é o objeto de um arrendamento, para o qual o


direito de usar esse ativo foi fornecido pelo arrendador a um
arrendatário.

Confere ao arrendatário o direito de um de usar um ativo


subjacente durante o prazo do arrendamento.

228 @ achelfo

228

114
21/09/2022

Arrendamentos
IFRS 16 - Leases

Definição

Arrendador

Uma entidade que fornece o direito de usar um ativo subjacente por um período
de tempo em troca de contraprestação.

229 @ achelfo

229

Arrendamentos
IFRS 16 - Leases

Definição

Arrendatário

Uma entidade que obtém o direito de usar um ativo subjacente por um período de

tempo em troca de contraprestação.

230 @ achelfo

230

115
21/09/2022

Arrendamentos
IFRS 16 - Leases

Alcance

Uma entidade aplicará esta Norma a todos os arrendamentos, incluindo


arrendamentos de ativos de direito de uso em um subarrendamento, exceto para:

a) arrendamentos para explorar ou usar minerais, petróleo, gás natural e


recursos não renováveis similares;

b) arrendamentos de ativos biológicos dentro do alcance da IAS 41 – Agricultura


mantidos por um arrendatário.

c) acordos de concessão de serviço dentro do alcance da IFRIC 12 – Acordos de


Concessão de Serviço;

231 @ achelfo

231

Arrendamentos
IFRS 16 - Leases

Alcance

[…]

d) licenças de propriedade intelectual concedidas por um arrendador dentro do


alcance da IFRS 15 – Receita de Contratos com Clientes; e

e) direitos detidos por um arrendatário previstos em contratos de licenciamento


dentro do alcance da IAS 38 – Ativos Intangíveis para itens como: filmes,
gravações de vídeo, reproduções, manuscritos, patentes e direitos autorais.

232 @ achelfo

232

116
21/09/2022

Arrendamentos
IFRS 16 - Leases

Isenções de Uso

O pronunciamento permite duas exceções, para as quais o arrendatário pode


decidir não aplicar a nova contabilização para os arrendamentos operacionais:

a) arrendamentos de curto prazo; e

b) arrendamentos para os quais o ativo subjacente é de baixo valor.

O arrendamento que contém opção de


compra não é arrendamento de curto prazo.

233 @ achelfo

233

Arrendamentos
IFRS 16 - Leases

Espécies

I. Arrendamento mercantil financeiro

O arrendamento mercantil financeiro é aquele em que há transferência


substancial dos riscos e benefícios inerentes à propriedade de um ativo. No
arrendamento financeiro, o título da propriedade pode ou não vir a ser transferido.

234 @ achelfo

234

117
21/09/2022

Arrendamentos
IFRS 16 - Leases

Espécies

I. Arrendamento mercantil financeiro

Os riscos incluem as possibilidades de perdas devidas à capacidade ociosa ou


obsolescência tecnológica e de variações no retorno em função de alterações nas
condições econômicas.

Os benefícios podem ser representados pela expectativa de operações lucrativas


durante a vida econômica do ativo e de ganhos derivados de aumentos de valor ou
de realização do valor residual.

235 @ achelfo

235

Arrendamentos
IFRS 16 - Leases

Espécies

II. Arrendamento mercantil operacional

O arrendamento mercantil operacional é aquele em que não há transferência


substancial dos riscos e benefícios inerentes à propriedade de um ativo.

No arrendamento operacional não ocorre a transferência de propriedade

236 @ achelfo

236

118
21/09/2022

Arrendamentos
IFRS 16 - Leases

Classificação dos arrendamentos mercantis


Financeiro Situações individuais ou em conjunto Operacional
SIM A propriedade é transferida no final do contrato Não
SIM O contrato de arrendamento contém opção de compra Não
SIM O prazo de arrendamento cobre a maior parte da vida útil do ativo Não
SIM O valor presente dos pagamentos mínimos totaliza o valor justo Não
SIM Os ativos arrendados são de natureza especializada Não

237 @ achelfo

237

Arrendamentos
IFRS 16 - Leases

Espécies

A transferência dos riscos e benefícios significa que o arrendatário assume todas as


despesas relacionadas com o bem e recebe todos os benefícios gerados com a
utilização do bem.

A essência de um arrendamento mercantil financeiro corresponde a uma


aquisição de um bem por meio de um financiamento, enquanto a forma jurídica
corresponde a um contrato de aluguel.

No arrendamento operacional, tanto a essência como a forma jurídica


correspondem a um z.

238 @ achelfo

238

119
21/09/2022

Arrendamentos
IFRS 16 - Leases

Início do arrendamento

O início do arrendamento mercantil é a mais antiga entre a data do acordo de


arrendamento mercantil e a data de um compromisso assumido pelas partes
quanto às principais disposições do arrendamento mercantil.

Assim, o início do arrendamento relaciona-se com a data mais antiga (acordo ou


compromisso) na qual o locador e locatário assinam um contrato de arrendamento
mercantil.

239 @ achelfo

239

Arrendamentos
IFRS 16 - Leases

Prazo do arrendamento

O começo do prazo do arrendamento mercantil é a data a partir da qual o


arrendatário passa a poder exercer o seu direito de usar o ativo arrendado.

É a data do reconhecimento inicial do arrendamento mercantil, isto é, o


reconhecimento dos ativos, passivos, receita ou despesas resultantes do
arrendamento mercantil, conforme for apropriado.

O começo do prazzzo do arrendamento está relacionado com a data em que o bem


objeto de arrendamento entra na empresa.

240 @ achelfo

240

120
21/09/2022

Arrendamentos
IFRS 16 - Leases

241 @ achelfo

241

Arrendamentos
IFRS 16 - Leases

Exemplo

1. Em 11/02/022 a empresa Chelfo assinou um contrato de arrendamento


mercantil financeiro de um guindaste com a empresa Chelfex. No dia
16/03/2022 a empresa Chelfex entregou o guindaste para a empresa Chelfo.

Em qual data devo reconhecer o Direito de Uso do Guindaste na empresa Chelfo?

242 @ achelfo

242

121
21/09/2022

Arrendamentos
IFRS 16 - Leases

Mensuração inicial - Arrendatário

Na data de início, o arrendatário deve reconhecer o ativo de direito de uso e o


passivo de arrendamento.

a) Mensuração do ativo: na data de início, o arrendatário deve mensurar o ativo


de direito de uso ao custo.

• O valor da mensuração inicial do passivo de arrendamento


• Quaisquer pagamentos de arrendamento efetuados até a data de início
• Quaisquer custos diretos iniciais incorridos pelo arrendatário
• A estimativa de custos a serem incorridos pelo arrendatário na desmontagem e
remoção do ativo subjacente, restaurando o local em que está localizado

243 @ achelfo

243

Arrendamentos
IFRS 16 - Leases

Mensuração inicial - Arrendatário

a) Mensuração do passivo: na data de início, o arrendatário deve mensurar o


passivo de arrendamento ao valor presente dos pagamentos do
arrendamento que não são efetuados nessa data.

Os pagamentos do arrendamento devem ser descontados, utilizando a taxa de


juros implícita no arrendamento, se essa taxa puder ser determinada
imediatamente. Se essa taxa não puder ser determinada imediatamente, o
arrendatário deve utilizar a taxa incremental sobre empréstimo do arrendatário.

244 @ achelfo

244

122
21/09/2022

Arrendamentos
IFRS 16 - Leases

Exemplo

2. Um trator é objeto de arrendamento financeiro obtido pela Cia. Chelfo, com


prazo para pagamento de 3 anos no valor de R$ 100.000 cada parcela. Há a
opção de compra por R$ 8.000, ao fim do contrato. A taxa de juros implícita no
contrato é de 10% ao ano.

245 @ achelfo

245

Arrendamentos
IFRS 16 - Leases

Depreciação – Arrendatário

Um arrendatário aplicará os requisitos de depreciação da IAS 16 – Imobilizado na


depreciação do ativo de direito de uso.

Se o arrendamento transferir a propriedade do ativo subjacente ao arrendatário ao


fim do prazo do arrendamento ou se o custo do ativo de direito de uso refletir que o
arrendatário exercerá uma opção de compra, o arrendatário depreciará o ativo de
direito de uso desde a data de início até o fim da vida útil do ativo subjacente.

246 @ achelfo

246

123
21/09/2022

Arrendamentos
IFRS 16 - Leases

Depreciação – Arrendatário

De outro modo, o arrendatário depreciará o ativo de direito de uso desde a data


de início até o que ocorrer primeiro entre o fim da vida útil do ativo de direito de
uso ou o fim do prazo de arrendamento. (dos dois o que for menor).

247 @ achelfo

247

Arrendamentos
IFRS 16 - Leases

Redução ao Valor Recuperável de Ativos – Arrendatário

Um arrendatário aplicará a IAS 36 – Redução ao Valor Recuperável de Ativos para


determinar se o ativo de direito de uso apresenta problemas de redução ao valor
recuperável e contabilizar qualquer perda por redução ao valor recuperável
identificada.

248 @ achelfo

248

124
21/09/2022

Arrendamentos
IFRS 16 - Leases

Exemplo

3. Com base nas informações do Exemplo 2, considere que a vida útil desse ativo é
de 3 anos, com valor residual de R$ 8.000,00. Assim, qual será o valor da
depreciação anual do trator?

249 @ achelfo

249

Arrendamentos
IFRS 16 - Leases

Exemplo

4. Com base nas informações do Exemplo 2 e 3, quais serão os valores anuais a


serem lançados como despesas financeiras de juros do arrendamento bem
como apresente as transferência dos valores da dívida bruta e dos juros a
apropriar do longo prazo para o curto prazo .

250 @ achelfo

250

125
21/09/2022

Arrendamentos
IFRS 16 - Leases

Mensuração inicial – Arrendador

Um arrendador classificará cada um de seus arrendamentos como um


arrendamento operacional ou um arrendamento financeiro.

O arrendador utilizará a taxa de juros implícita no arrendamento para mensurar o


investimento líquido no arrendamento.

251 @ achelfo

251

Arrendamentos
IFRS 16 - Leases

Mensuração inicial – Arrendador

Arrendamento Financeiro

Na data de início, um arrendador reconhecerá os ativos mantidos em um


arrendamento financeiro em sua demonstração da posição financeira e os
apresentará como um recebível, a um valor equivalente ao investimento líquido no
arrendamento.

252 @ achelfo

252

126
21/09/2022

Arrendamentos
IFRS 16 - Leases

Mensuração inicial – Arrendador

Arrendamento Operacional

Um arrendador reconhecerá os pagamentos de arrendamento de arrendamentos


operacionais como receita pelo método linear ou em outra base sistemática.

O arrendador aplicará outra base sistemática se essa base representar melhor o


padrão em que o benefício do uso do ativo subjacente é diminuído.

Um arrendador reconhecerá os custos, incluindo a depreciação, incorridos na


realização da receita de arrendamento como uma despesa.

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Atualizações trazidas pelo XIX Seminário Internacional CPC –


Normas Contábeis Internacionais. São elas:

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21/09/2022

International Sustainability Standards Board (ISSB)

Em novembro de 2021, os curadores publicaram uma Constituição revisada e uma


Declaração de Feedback que responde ao feedback do Projeto de Exposição
Propostas de Emendas Direcionadas à Constituição da Fundação IFRS para
Acomodar um Conselho Internacional de Padrões de Sustentabilidade para Definir
os Padrões de Sustentabilidade das IFRS.

Fonte: https://www.ifrs.org/projects/completed-projects/2021/sustainability-reporting/#final-stage

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International Sustainability Standards Board (ISSB)

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21/09/2022

Reflexões sobre a contabilização de Criptoativos

Em sua reunião em julho de 2018, o International Accounting Standards Board


(Board) discutiu sobre os Criptoativos. Em particular, alguns membros do Conselho
expressaram preocupação com a contabilidade existente para as participações de
criptomoedas.
Fonte: https://www.ifrs.org/content/dam/ifrs/meetings/2018/september/ifric/ap04.pdf

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Reflexões sobre a contabilização de Criptoativos

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