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Art, 782.
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PREVISÃO ORÇAMENTÁRIA
Pois bem, entre as atribuições do Síndico, destaca-se, nos termos do inciso VI do artigo 1.348
do CCB, o dever legal de elaborar o orçamento da receita e da despesa relativa a cada ano.
A previsão orçamentária, artigo 1.350 do CCB, consiste no ato de pensar e planejar sobre as
despesas e receitas no próximo período de mandato.
Todas as previsões de gastos, despesas ordinárias e extraordinárias, assim como as receitas
devem constar na previsão orçamentária que deve ser feita para todos os meses do ano.
Art. 1.350. Convocará o síndico, anualmente, reunião da assembléia dos condôminos, na
forma prevista na convenção, a fim de aprovar o orçamento das despesas, as
contribuições dos condôminos e a prestação de contas, e eventualmente eleger-lhe o
substituto e alterar o regimento interno.
Questões a observar na elaboração de previsão orçamentária:
• É importante fazer uma escala de prioridades para as despesas extraordinárias, levando
em consideração os valores disponíveis em fundo de obras;
• Para as previsões de despesas fixas (luz, água, telefone, despesa de pessoal, bancárias,
material de limpeza, administradora...) tome por base a média de consumo dos 6 (seis)
meses anteriores;
• Se possível, realize mapas comparativos, ou seja, coleta de três orçamentos, de diferentes
empresas, para a realização de determinada obra ou serviço.
• Tem que levar em consideração fatores como a sazonalidade para os gastos. O consumo
de água, por exemplo, costuma ser mais alto nos meses de verão, o que pode ser previsto
no cálculo do valor do condomínio para esse período;
• As receitas devem ser previstas considerando os recebimentos mensais de condomínio,
receitas de fundo de obra, reserva e outras.
• Deixe uma margem de segurança em torno de 10% para que o caixa não fique negativo
em virtude de pequenas flutuações na economia (para grandes flutuações não há
previsão que resista);
• Apresente e discuta a previsão orçamentária previamente com os conselheiros e
subsíndico;
• É aconselhável que, na Assembléia Geral Ordinária, se deixem em abertos ajustes a serem
feitos no orçamento do condomínio ao longo do ano.
Pessoal / Encargos R$
Consumo R$
Manutenção/Conserto de Equipamentos R$
Manutenção/Conserto Predial R$
Administrativo R$
Seguro R$
Diversos R$
Reajuste (%) % + R$
Previsão Anual R$
Previsão Mensal R$
Questões Fiscais, Tributárias e Trabalhistas
Independente da profissão que exerça, nenhum Sindico consegue saber tudo ou dominar
todos os conhecimentos exigidos na área legislativas, fiscal, tributárias e trabalhistas. Ter
noção e estar bem assessorado ajuda nestas tarefas.
Questões relevantes
CNPJ - O Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) regido pela Instrução Normativa, nº
1.470, de 30 de maio de 2014, da Receita Federal do Brasil - RFB, determinando que todas as
pessoas jurídicas domiciliadas no Brasil, inclusive as equiparadas, estão obrigadas a inscrever
no CNPJ. Sem o CNPJ não é mais possível fazer o Seguro da Edificação, atribuição do Sindico,
conforme artigo 1.346 do CCB.
INSS – Remuneração do Sindico - O artigo 9º, inciso XIII da IN Nº 971/2009 estabelece que
deve contribuir obrigatoriamente na qualidade de contribuinte individual o sindico ou
administrador eleito para exercer atividade de administração condominial, desde que recebam
remuneração pelo exercício do cargo, ainda que de forma indireta. Isto significa que do valor
referente a remuneração do sindico dever ser retido 11% para previdência social e o
condomínio devera contribuir com 20% na GPS sobre a mesma base de cálculos
PIS - Programa de Integração Social, uma contribuição tributária de caráter social, que tem
como objetivo financiar o pagamento do seguro-desemprego, abono e participação na receita
dos órgãos e entidades, tanto para os trabalhadores de empresas públicas, como privadas. Os
condomínios edilícios, bem como entidades sem fins lucrativos em geral, contribuem com o
PIS/PASEP na modalidade “ FOLHA DE PAGAMENTO”. Esta denominação se dá em vista que a
base de cálculo da contribuição corresponde a 1% do total da folha de pagamento,
compreendendo o somatório dos rendimentos do trabalho assalariado a qualquer título, tais
como: salários, gratificações, horas extras adicionais noturno, ajuda de custo, comissões,
qüinqüênios, 13º salário, férias etc.
Compromissos Mensais
Obrigações Anuais
Itens Frequência
Educação Patrimonial
A norma passou a vigorar a partir de 18/04/2014 e com ampla divulgação na mídia, como
sendo um instrumento normativo a ser obedecido, especialmente por síndicos e proprietários
de imóveis em condomínios edilícios. A apesar de não ser Lei formal, as Normas Técnicas,
cumprem papel normativo relevante e devem ser observadas com rigor.
A NBR nº 16.280/2014, da ABNT, estabelece que os moradores de edifícios que quiserem fazer
reparos, obras e reformas em seus apartamentos ou salas deverão ter laudo técnico e o aval
do síndico permitindo as reformas.
Realmente, são várias as situações nos condomínio. Para superar será necessário Organização
e Planejamento, paciência e disciplina. Mas, a consciência e o cuidado que todos devem ter
com o patrimônio também é fundamental para alcançar uma convivência ideal com resultados
positivos.
Assim, A Boa Gestão Condominial requer esforço no planejamento e organização, para poder
cumprir com os Principais Compromissos Legais e de Manutenção Predial.
Tiago Strassburger
Assessor Jurídico
SECOVI/RS – AGADEMI
Janeiro de 2016