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LUCRO REAL

IRPJ E CSLL
O QUE É LUCRO REAL?

O imposto, de competência da União, sobre a renda e proventos de qualquer natureza tem como
fato gerador a aquisição da disponibilidade econômica ou jurídica:

I - de renda, assim entendido o produto do capital, do trabalho ou da combinação de ambos;

II - de proventos de qualquer natureza, assim entendidos os acréscimos patrimoniais não


compreendidos no inciso anterior.

A incidência do imposto independe da denominação da receita ou do rendimento, da localização,


condição jurídica ou nacionalidade da fonte, da origem e da forma de percepção.

Na hipótese de receita ou de rendimento oriundos do exterior, a lei estabelecerá as condições e


o momento em que se dará sua disponibilidade, para fins de incidência do imposto.
O QUE É LUCRO REAL?

Nem o Código Tributário Nacional (Lei nº 5.172/66) nem a Lei que instituiu a Contribuição
Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) definiu expressamente o fato gerador desta
contribuição.

Entretanto, utiliza-se como regra a mesma noção aplicável ao IRPJ.

Quanto aos contribuintes, diferente do que ocorre no IR, que podemos ter pessoas físicas
e jurídicas, no caso da CSLL são contribuintes somente as pessoas jurídicas domiciliadas
no País e as que lhes são equiparadas pela legislação tributária.

Constituição Federal, Art. 150, inciso VI; Lei nº 5.172/99, Arts. 43 a 45

A base de cálculo do Imposto sobre a Renda (IRPJ) é o montante, real, arbitrado ou


presumido, da renda ou dos proventos tributáveis.
O QUE É LUCRO REAL?
P.A. BASE DE CÁLCULO QUEM PODE?

Lucro (Receita Operacional x % Todas as PJs que não estiverem


Trimestral
Presumido Presunção) + Outras Receitas obrigadas ao Lucro Real.

Trimestral PJs que estiverem no art. 14 da


Lucro Real Lucro Fiscal Lei nº 9.718/98, estão obrigadas.
*Lucro Contábil Ajustado
Anual Para as demais é opcional.

Lucro Métodos de Arbitramento Somente as situações prevista no


Trimestral
Arbitrado Art. 604 a 608 do RIR/18 art. 603 do RIR/18.

No Simples Nacional também há o recolhimento de IRPJ e CSLL através da guia DAS, em conjunto com
PIS, COFINS, ICMS, ISS, IPI e CPP, conforme o caso.
PJs OBRIGADAS AO LUCRO REAL
Art. 14 da Lei nº 9.718/98

Estão obrigadas ao lucro real as pessoas jurídicas:

a) cuja receita total, no ano-calendário anterior, seja superior ao limite de R$


78.000.000,00, ou de R$ 6.500.000,00 multiplicados pelo número de meses do
período, quando inferior a doze meses;

Compõe o limite de receita total de R$ 78.000.000,00 para opção pelo lucro


presumido, as receitas obtidas pela empresa decorrentes da participação societária
em outras empresas, ainda que estas receitas não estejam sujeitas à tributação pelo
imposto de renda da pessoa jurídica declarante.
Solução de Consulta COSIT nº 138, de 19 de setembro de 2018; Decreto-Lei nº 1.598/77, art. 12; Lei nº
9.718/98, arts. 13 e 14; Instrução Normativa RFB nº 1.700/17, Art. 59.
PJs OBRIGADAS AO LUCRO REAL
Art. 14 da Lei nº 9.718/98

b) cujas atividades sejam de bancos comerciais, bancos de investimentos,


bancos de desenvolvimento, caixas econômicas, sociedades de crédito,
financiamento e investimento, sociedades de crédito imobiliário, sociedades
corretoras de títulos, valores mobiliários e câmbio, distribuidoras de títulos e
valores mobiliários, empresas de arrendamento mercantil, cooperativas de
crédito, empresas de seguros privados e de capitalização e entidades de
previdência privada aberta;
PJs OBRIGADAS AO LUCRO REAL
Art. 14 da Lei nº 9.718/98

c) que tiverem lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do exterior;

A obrigatoriedade não se aplica à PJ que auferir receita de exportação de


mercadorias e da prestação direta de serviços no exterior. Não se considera direta a
prestação de serviços realizada no exterior por intermédio de filiais, sucursais,
agências, representações, coligadas, controladas e outras unidades
descentralizadas da pessoa jurídica que lhes sejam assemelhadas.
A PJ que houver pago o imposto com base no lucro presumido e que, em relação ao
mesmo ano-calendário, incorrer nesta situação, deverá apurar o IRPJ e a CSLL sob
o regime de apuração pelo lucro real trimestral a partir, inclusive, do trimestre da
ocorrência do fato. (ADI SRF nº 5/01).
PJs OBRIGADAS AO LUCRO REAL
Art. 14 da Lei nº 9.718/98

d) que, autorizadas pela legislação tributária, usufruam benefícios fiscais


relativos à isenção ou redução do imposto;

e) que, no decorrer do ano-calendário, tenham efetuado pagamento mensal do


imposto de renda, determinado sobre a base de cálculo estimada, na forma do
art. 2º da Lei nº 9.430/96;

f) que explorem as atividades de factoring;

g) que explorem as atividades de securitização de créditos imobiliários,


financeiros e do agronegócio.
FORMAS DE APURAÇÃO DO LUCRO REAL

Lucro Calculado com base no Lucro Fiscal (Lucro contábil ajustado pelas adições
Real ou exclusões) ao final de cada trimestre, e com o tributo (IRPJ/CSLL)
recolhido até o último dia útil do mês subsequente ao encerramento do
Trimestral
trimestre, podendo ser pago em até 3 quotas, iguais e sucessivas, não
inferiores a R$ 1.000,00.

Balancete de Calculado com base no Lucro Fiscal (Lucro contábil ajustado pelas adições
Suspensão / ou exclusões) apurado de forma acumulada. O recolhimento é mensal, até
Lucro Redução o último dia útil do mês seguinte ao levantamento do balancete.
Real
Anual
Cálculo baseado Calculado com base na Receita Bruta do mês, e aplicado o percentual de
na Receita Bruta presunção do lucro. O recolhimento é também é mensal.
FORMAS DE APURAÇÃO DO LUCRO REAL
Lucro Real Lucro Real Anual

Trimestral Receita Bruta Susp / Redução

Lucro Contábil IRPJ Lucro Contábil


(+) Adições (+) Adições
(-) Exclusões (R.B. Operacional x % de (-) Exclusões
= Lucro antes da Comp. Presunção) + Outras Receitas = = Lucro antes da Comp.
(-) Compensação Base de Cálculo (-) Compensação
= Lucro Fiscal = Lucro Fiscal
Base de Cálculo x 15%
(Base de Cálculo – 20.000) x 10%
IRPJ IRPJ

Lucro Fiscal x 15% CSLL Lucro Fiscal x 15%


(Lucro Fiscal – 60.000) x 10% (LF – 20.000 mês) x 10%
(R.B. Operacional x % de
Presunção) + Outras Receitas =
CSLL Base de Cálculo CSLL

Lucro Fiscal x 9% Base de Cálculo x 9% Lucro Fiscal x 9%


COMPARATIVO TRIMESTRAL X ANUAL
COMPARATIVO TRIMESTRAL X ANUAL
OPÇÃO PELA FORMA DE APURAÇÃO

A opção por esse tipo de recolhimento deve ser manifestada com o pagamento do
imposto de renda correspondente ao mês de janeiro ou de início de atividade e
será considerada irretratável para todo o ano-calendário.

Não é permitido REDARF para


alterar o código de receita
identificador da opção manifestada.
LUCRO REAL TRIMESTRAL

3373 IRPJ
Pessoas Jurídicas Optantes
6012 CSLL

0220 IRPJ
Pessoas Jurídicas Obrigadas
6012 CSLL

1599 IRPJ
Entidades Financeiras
2030 CSLL
LUCRO REAL ANUAL

DARF de Recolh. DARF do Ajuste


Mensal Anual

5993 IRPJ 2456 IRPJ


PESSOAS JURÍDICAS
OPTANTES 2484 CSLL 6773 CSLL

2362 IRPJ 2430 IRPJ


PESSOAS JURÍDICAS
OBRIGADAS 6773 CSLL
2484 CSLL

2319 IRPJ 2390 IRPJ


ENTIDADES
FINANCEIRAS 6758 CSLL
2469 CSLL
PERÍODO DE APURAÇÃO

O lucro real deve ser apurado na data de encerramento do período de apuração.


O período de apuração encerra-se:
a) nos dias 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro, no caso
de apuração trimestral do imposto de renda;
b) no dia 31 de dezembro de cada ano-calendário, no caso de apuração anual
do imposto de renda;
c) na data da extinção da pessoa jurídica, assim entendida a destinação total de
seu acervo líquido;
d) na data do evento, nos casos de incorporação, fusão ou cisão da pessoa
jurídica.
Lei nº 9.430/96, arts. 1º e 2º
FALTA DO PAGAMENTO MENSAL DO IRPJ E CSLL

Incide multa de ofício de 50% sobre os valores


devidos e não pagos do imposto, calculados
sobre a base de cálculo estimada, ainda que
apurado prejuízo fiscal no encerramento do
período de apuração (ajuste anual), salvo se
comprovado que a insuficiência de pagamento
decorreu do levantamento do balanço ou
balancete de suspensão ou redução.
Lei nº 9.430, de 1996, art. 44, inciso II, alínea b.
ANTES DE TUDO...

SEPARAR REGRAS:

FISCAIS CONTÁBEIS

CTN, Leis, Decretos, IN, NBC TGs, CPCs, Código


ADIs Civil, Lei das SAs

IN RFB nº 1.422/13 IN RFB 1.774/17


IN RFB nº 2.004/21 IN RFB nº 2.003/21
Ou seja, você tem
ECF ECD que aprender a ser
multitarefas!
ANTES DE TUDO...

NBC TG ESTRUTURA CONCEITUAL CTN – Art. 43

O imposto, de competência da União, sobre a


renda e proventos de qualquer natureza tem como
Receitas são aumentos nos ativos, ou reduções
fato gerador a aquisição da disponibilidade
nos passivos, que resultam em aumentos no
econômica ou jurídica:
patrimônio líquido, exceto aqueles referentes a
contribuições de detentores de direitos sobre o I - de renda, assim entendido o produto do capital,
patrimônio. do trabalho ou da combinação de ambos;

Despesas são reduções nos ativos, ou aumentos II - de proventos de qualquer natureza, assim
nos passivos, que resultam em reduções no entendidos os acréscimos patrimoniais não
patrimônio líquido, exceto aqueles referentes a compreendidos no inciso anterior.
distribuições aos detentores de direitos sobre o A incidência do imposto independe da
patrimônio. denominação da receita ou do rendimento, da
localização, condição jurídica ou nacionalidade da
fonte, da origem e da forma de percepção.
BASE DE CÁLCULO PELO LUCRO
RESULTADO ANTES DO IRPJ E CSLL Arts. 260 e 261, 579 a 586 do Decreto nº 9.580/18 – RIR/18.

(+) ADIÇÕES

Despesas contabilizadas que não são aceitas pelo FISCO

Receitas exigidas pelo FISCO e não contabilizadas como receita

(-) EXCLUSÕES

Receitas contabilizadas que não são exigidas pelo FISCO

Despesas aceitas pelo FISCO e não contabilizadas como despesa

= RESULTADO LÍQUIDO AJUSTADO


Linhas
(-) COMPENSAÇÃO DE PREJUÍZOS FISCAIS 175 e 349
de M300
= RESULTADO TRIBUTÁVEL e M350
ALÍQUOTAS

15% sobre a base de cálculo total.


IRPJ
10% sobre o valor de base de cálculo que exceder R$ 20.000,00 mês

I - 20% até 31/12/21 e 15% a partir de 1º/01/22, no caso das pessoas jurídicas de seguros
privados, das de capitalização e das referidas nos incisos II a VII, IX e X, do § 1o do art.
1o da LC no 105/01
CSLL II - 25% até 31/12/2021 e 20% a partir de 1º/01/22, no caso das pessoas jurídicas referidas
no inciso I do § 1º do art. 1º da LC nº 105/01

III - 9%, no caso das demais pessoas jurídicas.

Art. 3º da Lei nº 7.689/88 com alterações da Lei nº 14.183/21


O QUE SÃO ADIÇÕES OU EXCLUSÕES?

Adições / Exclusões
Temporárias ou Definitivas???

Um exemplo de controle na Parte B das adições ou exclusões temporárias são:


PDD, diferenças entre taxas de depreciação contábeis e fiscais, valor excedente
do PAT, diferenças nas variações cambiais decorrentes do registro por
competência e tributação por caixa, dentre outros.
ADIÇÃO / EXCLUSÃO DE DESPESA

A adição de despesa na Parte A do Lalur e do Lacs aumenta o valor do lucro fiscal. Não há
Definitiva controle na parte B ou em Subcontas, uma vez que não haverá possibilidade de
exclusão futura.
Adição

A adição de despesa na Parte A do Lalur e do Lacs aumenta o valor do lucro fiscal. Há


Temporária controle na parte B ou em Subcontas, uma vez que haverá possibilidade de exclusão
futura.

A exclusão de despesa na Parte A do Lalur e do Lacs diminui o valor do lucro fiscal. Não há
Definitiva controle na parte B ou em Subcontas, uma vez que não haverá obrigatoriedade de
Exclusão

adição futura.

A exclusão de despesa na Parte A do Lalur e do Lacs diminui o valor do lucro fiscal. Há


Temporária controle na parte B ou em Subcontas, uma vez que haverá obrigatoriedade de adição
futura.
EXEMPLO DE ADIÇÃO / EXCLUSÃO DE DESPESA

Foi considerado neste


exemplo um total de
R$ 15.000,00 de
contraprestação de
arrendamento
mercantil paga no
ano da apuração do
IRPJ e CSLL.

Art. 175 da IN RFB nº 1.700/17


ADIÇÃO / EXCLUSÃO DE RECEITA

A adição de receita na Parte A do Lalur e do Lacs aumenta o valor do lucro fiscal. Não há
Definitiva controle na parte B ou em Subcontas, uma vez que não haverá possibilidade de exclusão
futura.
Adição

A adição de receita na Parte A do Lalur e do Lacs aumenta o valor do lucro fiscal. Há


Temporária controle na parte B ou em Subcontas, uma vez que haverá possibilidade de exclusão
futura.

A exclusão de receita na Parte A do Lalur e do Lacs diminui o valor do lucro fiscal. Não há
Definitiva controle na parte B ou em Subcontas, uma vez que não haverá obrigatoriedade de adição
Exclusão

futura.

A exclusão de receita na Parte A do Lalur e do Lacs diminui o valor do lucro fiscal. Há


Temporária controle na parte B ou em Subcontas, uma vez que haverá obrigatoriedade de adição
futura.
EXEMPLO DE ADIÇÃO / EXCLUSÃO DE RECEITA

Arts. 18 a 24-B da Lei n° 9.430/96.

Art. 23 do Decreto-Lei nº 1.598/77.


O QUE SÃO COMPENSAÇÕES?

O lucro líquido, depois de ajustado pelas adições e exclusões prescritas ou


autorizadas pela legislação do IRPJ, poderá ser reduzido pela compensação de
prejuízos fiscais e de bases de cálculo negativas da CSLL de períodos de
apuração anteriores em até, no máximo, 30% do referido lucro líquido ajustado.

Art. 64 da IN RFB nº1.700/17


PREJUÍZOS NÃO OPERACIONAIS

Os prejuízos não operacionais somente podem ser compensados, nos períodos


subsequentes ao de sua apuração, com lucros de mesma natureza.
Consideram-se não operacionais os resultados decorrentes da alienação de bens e
direitos do ativo não circulante classificados como imobilizado, investimento e intangível,
ainda que reclassificados para o ativo circulante com a intenção de venda.

Art. 203 a 213 da IN RFB nº1.700/17; Art. 582 do Decreto nº 9.580/18- RIR/18
PREJUÍZOS NÃO OPERACIONAIS

A PJ deverá comparar o prejuízo não operacional com o prejuízo fiscal apurado


na demonstração do lucro real, observado o seguinte:

I - se o prejuízo fiscal for maior, todo o resultado não operacional negativo será
considerado prejuízo fiscal não operacional e a parcela excedente será
considerada prejuízo fiscal das demais atividades;

II - se todo o resultado não operacional negativo for maior ou igual ao prejuízo


fiscal, todo o prejuízo fiscal será considerado não operacional.
PREJUÍZOS NÃO OPERACIONAIS

Hipótese I Hipótese II

DRE Prejuízo Não Operacional -123.000,00 -123.000,00

Parte A Prejuízo Fiscal -153.000,00 -23.000,00

Prejuízo Não Operacional -123.000,00 -23.000,00


Parte B
Prejuízo das Demais Atividades -30.000,00 0,00
PREJUÍZOS NÃO OPERACIONAIS

Os prejuízos fiscais não operacionais e os decorrentes das demais atividades da


pessoa jurídica deverão ser controlados de forma individualizada por espécie, na
parte B do e-Lalur e do e-Lacs.

O valor do prejuízo fiscal não operacional a ser compensado em cada período de


apuração subsequente não poderá exceder o total dos resultados não operacionais
positivos apurados no período de compensação.

A soma dos prejuízos fiscais não operacionais com os prejuízos decorrentes de


outras atividades da pessoa jurídica, a ser compensada, não poderá exceder o limite
de 30% do lucro líquido do período de apuração da compensação.
LALUR E LACS

Adições e Exclusões, e Compensação do Prejuízo


Parte A
Fiscal para fins do IRPJ
LALUR
Controle do Prejuízo Fiscal e das demais adições e/ou
Parte B
exclusões temporárias

Adições e Exclusões, e Compensação da Base de


Parte A
Cálculo Negativa para fins da CSLL
LACS
Controle da Base de Cálculo Negativa de CSLL e das
Parte B
demais adições e/ou exclusões temporárias
LALUR E LACS
LALUR E LACS

Os registros M300 e M350 da ECF representam, respectivamente, o LALUR e o


LACS na ECF.

A Lei nº 12.973/14, art. 2º, modificou o art. 8º do Decreto Lei nº 1.598/77, para
dispor que o LALUR será transcrito na ECF, e que a ECF é o próprio LALUR.
LALUR E LACS

O contribuinte deverá elaborar o LALUR, de forma integrada às escriturações


comercial e fiscal, que discriminará:

a) o lucro líquido do exercício do período-base de incidência;

b) os registros de ajuste do lucro líquido, com identificação das contas


analíticas do plano de contas e indicação discriminada por lançamento
correspondente na escrituração comercial, quando presentes.

Considera-se conta analítica aquela que registra em último nível os lançamentos


contábeis.
LALUR E LACS

Se não for adicionado / excluído o


valor total do saldo da conta será
OBRIGATÓRIA a identificação dos
números de lançamentos contábeis
que deram origem a adição /
exclusão.
LALUR E LACS

Portanto, mero controle em Excel ou em sistema operacional próprio, sem o


correto preenchimento do LALUR na ECF com a correspondente identificação das
contas contábeis ANALÍTICAS que originaram as
adições ou exclusões, não será o suficiente para
atender as exigências do Decreto Lei nº 1.598/77,
alterado pela Lei nº 12.973/14, colocando assim o
contribuinte em Risco Fiscal de aplicação de multas
por informações omitidas, inexatas ou incompletas.
DIFERENÇA ENTRE PREJUÍZO FISCAL E CONTÁBIL

CONTÁBIL FISCAL

Receitas Lucro Antes do IRPJ e CSLL


(-) Custos (+) Adições
(-) Despesas (-) Exclusões
Lucro Antes do IRPJ e CSLL Lucro Após Ajustes
(-) Compensações
Lucro Fiscal

Lucro Contábil Lucro Fiscal (Base de Cálculo)

Constante na DRE Constante no Lalur e Lacs


DIFERENÇA ENTRE PREJUÍZO FISCAL E CONTÁBIL

Prejuízo Contábil Prejuízo Fiscal

• Apurado na DRE • Apurado no Lalur e Lacs

• Será absorvido por lucros futuros, • Poderá ser compensado com lucro
antes de realizar qualquer participação fiscal até o limite de 30% do lucro
Lei nº 6.404/76; Art. 189 Lei nº 9.065/95, art. 15

• Apurado por qualquer PJ, em qualquer • Apurado somente por PJ tributada pelo
regime tributário Lucro Real

• Não gera lançamento de tributo • Pode gerar lançamento de tributo


diferido diferido
NBC TG 32
DIFERENÇA ENTRE SUSPENSÃO / REDUÇÃO

CONTÁBIL FISCAL SUSPENSÃO / REDUÇÃO

Receitas Lucro Antes do IRPJ e CSLL Lucro Fiscal


(-) Custos (+) Adições IRPJ (15%)
(-) Despesas (-) Exclusões Adicional (10%)
Lucro Antes do IRPJ e CSLL Lucro Após Ajustes TOTAL do IRPJ
(-) Compensações (-) IRPJ devido de meses anteriores
Lucro Fiscal IRPJ antes das Retenções
(-) IRRF
IRPJ devido no Mês

Lucro Contábil Lucro Fiscal (Base de Cálculo) IRPJ > Zero, então é Redução

Constante na DRE Constante no Lalur e Lacs IRPJ =< Zero, então é Suspensão
CONTROLE DAS ESTIMATIVAS PAGAS
jan fev mai ago nov dez
RB RB SR SR SR RB

41
CONTROLE DAS ESTIMATIVAS PAGAS

Exemplo de contabilização em janeiro:

a) IRRF s/ Serviços Prestados:


1.01.02.04.01 Imposto de
D – IRRF a Recuperar (AC) ....................................... R$ 250,00 Renda Retido na Fonte
C – Clientes (AC) ....................................................... R$ 250,00 (IRRF)

No caso de lançamento aberto:

D - IRRF a Recuperar (AC) ...................................... R$ 250,00


D – Clientes (AC) ...................................................... R$ 16.416,67
C – Receita Bruta de Serviços (Resultado) .............. R$ 16.666,67

42
CONTROLE DAS ESTIMATIVAS PAGAS

b) Antecipação do IRPJ (apurado com base na receita bruta):


1.01.02.04.02 IRPJ
D – IRPJ – Recolhido por Estimativa (AC) .................... R$ 2.250,00 Recolhido por
C – IRRF a Recuperar (AC) .......................................... R$ 250,00 Estimativa
C – Banco Conta Movimento (AC) ................................ R$ 2.000,00

43
CONTROLE DAS ESTIMATIVAS PAGAS

Contabilização em fevereiro:

c) IRRF s/ Serviços Prestados em fevereiro:

D – IRRF a Recuperar (AC) ......................................... R$ 800,00


C – Clientes (AC) .......................................................... R$ 800,00

d) Antecipação do IRPJ (apurado com base na receita bruta):

D – IRPJ – Recolhido por Estimativa (AC) ................... R$ 1.500,00


C – IRRF a Recuperar (AC) .......................................... R$ 800,00
C – Banco Conta Movimento (AC) ................................ R$ 700,00

44
CONTROLE DAS ESTIMATIVAS PAGAS

Contabilização em maio:

e) IRRF s/ Serviços Prestados em maio:

D – IRRF a Recuperar (AC) ....................................... R$ 500,00


C – Clientes (AC) ....................................................... R$ 500,00

f) Antecipação do IRPJ (apurado com base no balancete de redução):

D – IRPJ – Recolhido por Estimativa (AC) ................... R$ 1.888,90


C – IRRF a Recuperar (AC) .......................................... R$ 500,00
C – Banco Conta Movimento (AC) ................................ R$ 1.388,90

45
CONTROLE DAS ESTIMATIVAS PAGAS

Contabilização em agosto:

g) Antecipação do IRPJ (apurado com base no balancete de redução):

D – IRPJ – Recolhido por Estimativa (AC) ................... R$ 2.212,25


C – Banco Conta Movimento (AC) ............................... R$ 2.212,25

h) em novembro houve suspensão, então nenhum lançamento de antecipação será feito,


entretanto, vamos considerar que em novembro tenha ocorrido uma retenção de IRRF no
valor de R$ 2.000,00, sobre serviços prestados em novembro, portanto:

D – IRRF a Recuperar (AC) ....................................... R$ 2.000,00


C – Clientes (AC) ....................................................... R$ 2.000,00

46
CONTROLE DAS ESTIMATIVAS PAGAS

Contabilização em dezembro:

i) Antecipação do IRPJ (apurado com base na receita bruta):

D – IRPJ – Recolhido por Estimativa (AC) ................... R$ 2.700,00


C – Banco Conta Movimento (AC) ............................... R$ 2.700,00

47
CONTROLE DAS ESTIMATIVAS PAGAS

Não foram feitos os lançamentos


de receita, mas coloquei nos
razonetes os lançamentos para ter
um parâmetro, usando como base
para retenção de 1,5%

48
SALDO A PAGAR NO AJUSTE ANUAL – Ficha N630

Atenção:
1) No caso de apuração anual do imposto, não devem ser
incluídos os valores do imposto retido ou pago durante o
ano-calendário e que tenham sido deduzidos nos
recolhimentos mensais do imposto.
2) Os valores excedentes de imposto de renda retido na
fonte não utilizados na apuração do imposto de renda
mensal, no transcorrer do ano-calendário, devem ser
informados nesta linha, independentemente de limite.

O valor do imposto efetivamente pago por estimativa


corresponde ao somatório dos valores mensais relativos à
seguinte operação:

IEFP = Imposto Mensal Efetivamente Pago por Estimativa

IEFP = (Linhas N620/21 + N620/22 + N620/23 + N620/24 +


N620/25 + Pagamentos de IRPJ mensal + Pagamentos
Finor/Finam/Funres até o limite permitido no ajuste anual +
Compensação solicitada mediante Declaração de
Compensação (PER/DComp) ou processo administrativo, e
compensação autorizada por medida judicial).
49
SALDO A PAGAR NO AJUSTE ANUAL – Ficha N630

Valor a ser pago com código de ajuste, até o


último dia útil de março do ano seguinte ao da
apuração, e deverá ser informado na DCTF da
competência março.
50
SALDO A PAGAR NO AJUSTE ANUAL – Ficha N630

DARF de Recolh. DARF do Ajuste


Mensal Anual

5993 IRPJ 2456 IRPJ


PESSOAS JURÍDICAS
OPTANTES 2484 CSLL 6773 CSLL

2362 IRPJ 2430 IRPJ


PESSOAS JURÍDICAS
OBRIGADAS 6773 CSLL
2484 CSLL

2319 IRPJ 2390 IRPJ


ENTIDADES
FINANCEIRAS 6758 CSLL
2469 CSLL
SALDO NEGATIVO DE IRPJ E BASE NEGATIVA DE CSLL

Informado com o sinal de negativo mesmo


SALDO NEGATIVO DE IRPJ E BASE NEGATIVA DE CSLL
jan fev mai ago nov dez
RB RB SR SR SR RB

Primeiro passo é confrontar linha 26 de N620 com as DCTFs

53
SALDO NEGATIVO DE IRPJ E BASE NEGATIVA DE CSLL
SALDO NEGATIVO DE IRPJ E BASE NEGATIVA DE CSLL
SALDO NEGATIVO DE IRPJ E BASE NEGATIVA DE CSLL
SALDO NEGATIVO DE IRPJ E BASE NEGATIVA DE CSLL
SALDO NEGATIVO DE IRPJ E BASE NEGATIVA DE CSLL
SALDO NEGATIVO DE IRPJ E BASE NEGATIVA DE CSLL

Valor igual ao apurado na


linha 26 do registro N620 da
ECF na competência nov/15

Valor
Pago com
DARF
SALDO NEGATIVO DE IRPJ E BASE NEGATIVA DE CSLL
SALDO NEGATIVO DE IRPJ E BASE NEGATIVA DE CSLL
SALDO NEGATIVO DE IRPJ E BASE NEGATIVA DE CSLL

Quando houver Suspensão do


Balanço o contribuinte deverá
assinalar na ficha “Dados Iniciais” da
DCTF esta condição, e não
informará débito algum neste mês.
SALDO NEGATIVO DE IRPJ E BASE NEGATIVA DE CSLL
SALDO NEGATIVO DE IRPJ E BASE NEGATIVA DE CSLL
SALDO NEGATIVO DE IRPJ E BASE NEGATIVA DE CSLL
OBRIGADA
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