Você está na página 1de 34

Direito Previdenciário

Prof. Alex Assis de Mendonça


2023.1
Contribuintes: segurados, empresas e
empregadores domésticos; e
x
beneficiários (segurados e dependentes)
do RGPS

2
Relações jurídicas do DP

Relação jurídica de
custeio União x contribuinte

Relação jurídica de
proteção social INSS x beneficiário

3
Beneficiários do RGPS

Lei nº 8.213, de 1991


Art. 10. Os beneficiários do Regime Geral de
Previdência Social classificam-se como segurados e
dependentes, nos termos das Seções I e II deste
capítulo.

4
Custeio
Contribuintes x beneficiários
Empresas e Segurados Desempenha atividade
equiparados obrigatórios laboral

Segurados Maior de 16 anos e não


contribuintes Segurados
desempenha atividade
Facultativos
Empregador laboral
doméstico

Benefício
1ª classe: o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não
Segurados emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou
inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência
grave; (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015) (Classe preferencial e
dep. Econômica é presumida)
Beneficiários
Dependentes 2ª classe: os Pais

3ª classe: o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21


(vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou
mental ou deficiência grave; (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015)
5
Empregado

Empregado
doméstico Contribuintes e beneficiários:
segurados
Segurados Trabalhador
obrigatórios avulso

Segurado
especial

Contribuinte
individual
Segurado Maior de 16 anos e que não desempenha
Facultativo atividade própria de segurado obrigatório

6
Segurados e contribuições previdenciárias

Empregado

Empregado
doméstico

Trabalhador
Segurados
avulso
obrigatórios

Segurado
Especial = % x RB
(prod. Rural)

Contribuinte
individual

Maior de 16 anos e que não


Segurado
desempenha atividade própria
Facultativo
de segurado obrigatório
7
PORTARIA INTERMINISTERIAL MPS/MF Nº 26, DE 10 DE JANEIRO DE 2023
TABELA DE CONTRIBUIÇÃO DOS SEGURADOS EMPREGADO, EMPREGADO DOMÉSTICO E TRABALHADOR
AVULSO, PARA PAGAMENTO DE REMUNERAÇÃO A PARTIR DE 1º DE JANEIRO DE 2023

8
Segurado empregado (empregado típico)

Lei nº 8.212/91: art. 12, I, “a” - aquele que presta serviço de natureza urbana ou
rural à empresa, em caráter não eventual, sob sua subordinação e mediante
remuneração, inclusive como diretor empregado

CLT: Art. 3º - Considera-se empregado toda pessoa física que


prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a
dependência deste e mediante salário.

9
Segurados
Segurado empregado (“equiparado”) (RPS, art. 9o, I)

 aquele que, contratado por empresa de trabalho temporário, na forma prevista em


legislação específica, por prazo não superior a cento e oitenta dias, consecutivos ou
não, prorrogável por até noventa dias, presta serviço para atender a necessidade
transitória de substituição de pessoal regular e permanente ou a acréscimo
extraordinário de serviço de outras empresas; (Redação dada pelo Decreto nº
10.410, de 2020)

 o servidor público ocupante de cargo em comissão, sem vínculo efetivo com a União,
Autarquias, inclusive em regime especial, e Fundações Públicas Federais

 exercente de mandato eletivo federal, estadual ou municipal, desde que não


vinculado a regime próprio de previdência social

 o bolsista e o estagiário que prestam serviços a empresa, em desacordo com a Lei no


11.788, de 25 de setembro de 2008

10
Segurados
Estágio – Lei nº 11.788, de 25.09.2008

CAPÍTULO V
DA FISCALIZAÇÃO

Art. 15. A manutenção de estagiários em desconformidade com esta Lei caracteriza


vínculo de emprego do educando com a parte concedente do estágio para todos os
fins da legislação trabalhista e previdenciária.
§ 1o A instituição privada ou pública que reincidir na irregularidade de que trata este
artigo ficará impedida de receber estagiários por 2 (dois) anos, contados da data da
decisão definitiva do processo administrativo correspondente.
§ 2o A penalidade de que trata o § 1o deste artigo limita-se à filial ou agência em
que for cometida a irregularidade.

11
Segurados
Segurado empregado (“equiparado”) (RPS, art. 9o, I, “r”)

 o trabalhador rural contratado por produtor rural pessoa física, na forma do art. 14-A da Lei no
5.889, de 8 de junho de 1973, para o exercício de atividades de natureza temporária por prazo
não superior a dois meses dentro do período de um ano [...]

Lei nº 5.889, 1973


Art. 14-A. O produtor rural pessoa física poderá realizar contratação de trabalhador rural por pequeno prazo para o
exercício de atividades de natureza temporária. (Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008)
§ 1o A contratação de trabalhador rural por pequeno prazo que, dentro do período de 1 (um) ano, superar 2 (dois) meses
fica convertida em contrato de trabalho por prazo indeterminado, observando-se os termos da legislação
aplicável. (Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008)
§ 2o A filiação e a inscrição do trabalhador de que trata este artigo na Previdência Social decorrem, automaticamente, da
sua inclusão pelo empregador na Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e Informações à
Previdência Social – GFIP, cabendo à Previdência Social instituir mecanismo que permita a sua identificação. (Incluído
pela Lei nº 11.718, de 2008)

12
Segurados
Segurado empregado doméstico
 Lei nº 8.212/91 (previdenciário): art. 12, II - aquele que presta serviço de natureza
contínua a pessoa ou família, no âmbito residencial desta, em atividades sem fins
lucrativos.
Lei Complementar nº 150, de 2015:
Art. 1o Ao empregado doméstico, assim considerado aquele que presta serviços de forma
contínua, subordinada, onerosa e pessoal e de finalidade não lucrativa à pessoa ou à
família, no âmbito residencial destas, por mais de 2 (dois) dias por semana, aplica-se o
disposto nesta Lei.

CRFB/88: Art. 7º [….]


Parágrafo único. São assegurados à categoria dos trabalhadores domésticos os direitos previstos nos incisos IV, VI, VII,
VIII, X, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XXI, XXII, XXIV, XXVI, XXX, XXXI e XXXIII e, atendidas as condições
estabelecidas em lei e observada a simplificação do cumprimento das obrigações tributárias, principais e acessórias,
decorrentes da relação de trabalho e suas peculiaridades, os previstos nos incisos I, II, III, IX, XII, XXV e XXVIII, bem
como a sua integração à previdência social. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 72, de 2013)
13
Segurados
Trabalhador avulso no Direito Previdenciário
Lei nº 8.212/91
Art. 12, VI - como trabalhador avulso: quem presta, a diversas empresas, sem vínculo
empregatício, serviços de natureza urbana ou rural definidos no regulamento;

RPS (art. 9º, VI): Aquele que, sindicalizado ou não, presta serviço de natureza urbana
ou rural, a diversas empresas, sem vínculo empregatício, com a intermediação
obrigatória do órgão gestor de mão-de-obra (OGMO), nos termos da Lei nº 8.630, de 25
de fevereiro de 1993 Lei nº 12.815, de 2013, ou do sindicato da categoria, assim
considerados:
a) o trabalhador que exerce atividade portuária de capatazia, estiva, conferência e conserto de
carga, vigilância de embarcação e bloco; [...];
e) o ensacador de café, cacau, sal e similares;
f) o trabalhador na indústria de extração de sal; [...]
h) o prático de barra em porto;
14
Segurados
Trabalhador avulso (portuário)

 Lei nº 12.815, de 2013


Art. 40. O trabalho portuário de capatazia, estiva, conferência de carga,
conserto de carga, bloco e vigilância de embarcações, nos portos organizados,
será realizado por trabalhadores portuários com vínculo empregatício por prazo
indeterminado e por trabalhadores portuários avulsos. [...]
§ 2o A contratação de trabalhadores portuários de capatazia, bloco, estiva,
conferência de carga, conserto de carga e vigilância de embarcações com
vínculo empregatício por prazo indeterminado será feita exclusivamente dentre
trabalhadores portuários avulsos registrados.

15
Segurados
Trabalhador avulso (Não portuário)

 Lei nº 12.023, de 27/08/2009


Art. 1o As atividades de movimentação de mercadorias em geral exercidas
por trabalhadores avulsos, para os fins desta Lei, são aquelas desenvolvidas
em áreas urbanas ou rurais sem vínculo empregatício, mediante
intermediação obrigatória do sindicato da categoria, por meio de Acordo
ou Convenção Coletiva de Trabalho para execução das atividades.
Parágrafo único. A remuneração, a definição das funções, a composição de
equipes e as demais condições de trabalho serão objeto de negociação entre as
entidades representativas dos trabalhadores avulsos e dos tomadores de
serviços.

16
Segurados
Contribuinte individual (RPS, art. 9, V)
a) a pessoa física, proprietária ou não, que explora atividade agropecuária, a qualquer título, em
caráter permanente ou temporário, em área, contínua ou descontínua, superior a quatro módulos
fiscais; ou, quando em área igual ou inferior a quatro módulos fiscais ou atividade pesqueira ou
extrativista, com auxílio de empregados ou por intermédio de prepostos; ou ainda nas hipóteses
dos §§ 8o e 23 deste artigo; (Redação dada pelo Decreto nº 6.722, de 2008).  (Produtor Rural
Pessoa física - PRPF) [...]

j) quem presta serviço de natureza urbana ou rural, em caráter eventual, a uma ou mais empresas,
sem relação de emprego;

l) a pessoa física que exerce, por conta própria, atividade econômica de natureza urbana, com fins
lucrativos ou não; [...]

p) o Micro Empreendedor Individual - MEI de que tratam os arts. 18-A e 18-C da Lei Complementar
no 123, de 14 de dezembro de 2006, que opte pelo recolhimento dos impostos e contribuições
abrangidos pelo Simples Nacional em valores fixos mensais.
17
Segurados
Microempreendedor individual – MEI (LC nº 123)
Art. 18-A. O Microempreendedor Individual - MEI poderá optar pelo recolhimento dos impostos e contribuições abrangidos
pelo Simples Nacional em valores fixos mensais, independentemente da receita bruta por ele auferida no mês, na forma
prevista neste artigo.
§ 1º Para os efeitos desta Lei Complementar, considera-se MEI quem tenha auferido receita bruta, no ano-calendário
anterior, de até R$ 81.000,00 (oitenta e um mil reais), que seja optante pelo Simples Nacional e que não esteja impedido de
optar pela sistemática prevista neste artigo, e seja empresário individual que se enquadre na definição do art. 966 da Lei nº
10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil), ou o empreendedor que exerça: (Redação dada pela Lei Complementar
nº 188, de 2021)
I - as atividades de que trata o § 4º-A deste artigo; (Incluído pela Lei Complementar nº 188, de 2021)
II - as atividades de que trata o § 4º-B deste artigo estabelecidas pelo CGSN; e (Incluído pela Lei Complementar nº 188,
de 2021)
III - as atividades de industrialização, comercialização e prestação de serviços no âmbito rural. (Incluído pela Lei
Complementar nº 188, de 2021)

§ 3o Na vigência da opção pela sistemática de recolhimento prevista no caput deste artigo: [...]
IV – a opção pelo enquadramento como MEI importa opção pelo recolhimento da contribuição referida no inciso X
do § 1o do art. 13 desta Lei Complementar na forma prevista no § 2º do art. 21 da Lei nº 8.212/91;

18
Segurados
Segurado especial (RPS, art. 9, VII)
A pessoa física residente no imóvel rural ou em aglomerado urbano ou rural próximo que,
individualmente ou em regime de economia familiar, ainda que com o auxílio eventual de
terceiros, na condição de: (Redação dada pelo Decreto nº 6.722, de 2008).
a) produtor, seja ele proprietário, usufrutuário, possuidor, assentado,
parceiro ou meeiro outorgados, comodatário ou arrendatário rurais,
que explore atividade:
1. agropecuária em área contínua ou não de até quatro módulos
fiscais; ou
2. de seringueiro ou extrativista vegetal na coleta e extração, de
modo sustentável, de recursos naturais renováveis, e faça dessas
atividades o principal meio de vida;
b) pescador artesanal ou a este assemelhado, que faça da pesca
profissão habitual ou principal meio de vida; e
c) cônjuge ou companheiro, bem como filho maior de dezesseis anos de idade ou a este equiparado, do
segurado de que tratam as alíneas “a” e “b” deste inciso, que, comprovadamente, tenham participação
ativa nas atividades rurais do grupo familiar.

19
Segurados
Segurado Facultativo (RPS, art. 11)

Maior de dezesseis anos de idade que se filiar ao Regime Geral de Previdência Social,
mediante contribuição, na forma do art. 199, desde que não esteja exercendo atividade
remunerada que o enquadre como segurado obrigatório da previdência social. Podem
filiar-se facultativamente, entre outros:

I - aquele que se dedique exclusivamente ao trabalho doméstico no âmbito de sua


residência; (Redação dada pelo Decreto nº 10.410, de 2020).; II - o síndico de condomínio,
quando não remunerado; III - o estudante; IV - o brasileiro que acompanha cônjuge que presta
serviço no exterior; V - aquele que deixou de ser segurado obrigatório da previdência social; VI -
o membro de conselho tutelar de que trata o art. 132 da Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990,
quando não esteja vinculado a qualquer regime de previdência social; VII - o estagiário que
preste serviços a empresa nos termos do disposto na Lei nº 11.788, de 2008; (Redação dada
pelo Decreto nº 10.410, de 2020). [...]

20
Segurados
Segurado Facultativo (RPS, art. 11)
§ 1º [...]
IX - o presidiário que não exerce atividade remunerada nem esteja vinculado a qualquer
regime de previdência social;
X - o brasileiro residente ou domiciliado no exterior;(Redação dada pelo Decreto nº 10.410,
de 2020).
XI - o segurado recolhido à prisão sob regime fechado ou semi-aberto, que, nesta condição,
preste serviço, dentro ou fora da unidade penal, a uma ou mais empresas, com ou sem
intermediação da organização carcerária ou entidade afim, ou que exerce atividade
artesanal por conta própria. (Incluído pelo Decreto nº 7.054, de 2009)
[...]
§ 5º O segurado poderá contribuir facultativamente durante os períodos de afastamento ou
de inatividade, desde que não receba remuneração nesses períodos e não exerça outra
atividade que o vincule ao RGPS ou a regime próprio de previdência social. (Incluído pelo
Decreto nº 10.410, de 2020)
21
Dependentes do RGPS (em espécie)
(art. 16, incisos I a III, da Lei nº 8.213, de 1991)

I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho (*) não


Classe 1 emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um)
(preferencial e com anos OU inválido OU que tenha deficiência intelectual ou
presunção absoluta da mental ou deficiência grave; (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015)
dependência econômica)
(*) equipara-se a filho o enteado e o menor tutelado (com termo de tutela)– desde que
haja comprovação da dependência econômica
Classe 2
(dependência econômica
precisa ser comprovada – II - Os pais
Caráter substancial e
habitualidade)

III - o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de


Classe 3
(dependência econômica
21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência
precisa ser comprovada) intelectual ou mental ou deficiência grave; (Redação dada pela Lei
nº 13.146, de 2015)
22
Dependentes do RGPS (em espécie)

Regulamento da Previdência Social – RPS, aprovado pelo Decreto nº 3.048, de 1999:


Art. 16 [...]
§ 6º Considera-se união estável aquela configurada na convivência pública, contínua e duradoura entre pessoas,
estabelecida com intenção de constituição de família, observado o disposto no § 1º do art. 1.723 da Lei nº 10.406,
de 2002 - Código Civil, desde que comprovado o vínculo na forma estabelecida no § 3º do art. 22. (Redação
dada pelo Decreto nº 10.410, de 2020).

§ 6º-A As provas de união estável e de dependência econômica exigem início de prova material
contemporânea dos fatos, produzido em período não superior aos vinte e quatro meses anteriores à data do
óbito ou do recolhimento à prisão do segurado, não admitida a prova exclusivamente testemunhal, exceto na
ocorrência de motivo de força maior ou caso fortuito, observado o disposto no § 2º do art. 143. (Incluído pelo
Decreto nº 10.410, de 2020)

Lei nº 10.406, de 2002: art. 1.723, de 2002:


§ 1o A união estável não se constituirá se ocorrerem os impedimentos do art. 1.521; não se aplicando a incidência do
inciso VI no caso de a pessoa casada se achar separada de fato ou judicialmente.

23
Emancipação

Código Civil:
Art. 5 o A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada à prática de todos
os atos da vida civil.
Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade:
I - pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público,
independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver
dezesseis anos completos;
II - pelo casamento;
III - pelo exercício de emprego público efetivo;
IV - pela colação de grau em curso de ensino superior;
V - pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que, em
função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria.

24
Dependentes do RGPS (em espécie)
(art. 16, inciso IV, da Lei nº 8.213, de 1991)

Classe 4
(revogada pela Lei nº IV - a pessoa designada, menor de 21 (vinte e um)
9.032, de 1995) anos ou maior de 60(sessenta) anos ou inválida.

IN INSS/PRES nº 77, de 2015:


Art. 133. A pessoa cuja designação como dependente do segurado tenha sido feita até 28
de abril de 1995, véspera da publicação da Lei nº 9.032, de 28 de abril de 1995, fará jus à
pensão por morte ou ao auxílio-reclusão, se o fato gerador do benefício, o óbito ou a
prisão, ocorreu até aquela data, desde que comprovadas as condições exigidas pela
legislação vigente.

Súmula 04 da TNU: Não há direito adquirido à condição de dependente de pessoa


designada, quando o falecimento do segurado deu-se após o advento da Lei
9.032/95.
25
Quantos dependentes no RGPS, Paulo possui, em cada
situação abaixo, caso venha a falecer?

1. Paulo casado com Maria (tem economia própria) tem 3 filhos, Pedro (5a), Mary (10a) e
Arthur (19a). Os pais de Paulo vivem com o casal e dependem economiamente de Paulo.
2. Paulo, solteiro, adota um casal de crianças e possui um irmão inválido com 30 anos, que
depende dele economicamente.
3. Paulo, separado de fato de Maria, sem a obrigação de pagar pensão alimentícia a esta, possui
com ela dois filhos (21a e 30a).
4. Paulo é casado com Pedro e, juntos, adotaram dois meninos (10a e 5a). Na mesma casa de
ambos, residem os pais de Pedro, que dependem economiamente de Paulo, pois Pedro está
desempregado.
5. Paulo divorciado de Maria, com quem tem um casal de filhos (6a e 2a), cuja guarda foi
reservada a Maria, convive com Joana, com quem tem um filho de 9 meses.

26
Filiação no RGPS
RPS
Art. 20. Filiação é o vínculo que se estabelece entre pessoas que contribuem para a previdência
social e esta, do qual decorrem direitos e obrigações.
§ 1o A filiação à previdência social decorre automaticamente do exercício de atividade remunerada
para os segurados obrigatórios, observado o disposto no § 2o, e da inscrição formalizada com o
pagamento da primeira contribuição para o segurado facultativo. (Incluído pelo Decreto nº 6.722, de
2008).
§ 2º A filiação do trabalhador rural contratado por produtor rural pessoa física por prazo de até dois
meses no período de um ano, para o exercício de atividades de natureza temporária, decorre
automaticamente de sua inclusão em declaração prevista em ato do Secretário Especial da Receita
Federal do Brasil do Ministério da Economia por meio de identificação específica. (Redação dada
pelo Decreto nº 10.410, de 2020).
§ 3º O exercício de atividade prestada de forma gratuita e o serviço voluntário, nos termos do
disposto na Lei nº 9.608, de 18 de fevereiro de 1998, não geram filiação obrigatória ao
RGPS. (Incluído pelo Decreto nº 10.410, de 2020)

27
Inscrição no RGPS .............. GFIP x eSocial -> CNIS

Art. 18. Considera-se inscrição de segurado para os efeitos da previdência social o ato pelo
qual o segurado é cadastrado no RGPS, por meio da comprovação dos dados pessoais, da
seguinte forma: (Redação dada pelo Decreto nº 10.410, de 2020).
I - empregado - pelo empregador, por meio da formalização do contrato de trabalho e, a partir
da obrigatoriedade do uso do Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais,
Previdenciárias e Trabalhistas - eSocial, instituído pelo Decreto nº 8.373, de 11 de dezembro de
2014, ou do sistema que venha a substituí-lo, por meio do registro contratual eletrônico
realizado nesse Sistema; (Redação dada pelo Decreto nº 10.410, de 2020).
II - trabalhador avulso - pelo cadastramento e pelo registro no órgão gestor de mão de obra,
no caso de trabalhador portuário, ou no sindicato, no caso de trabalhador não portuário, e a
partir da obrigatoriedade do uso do eSocial, ou do sistema que venha a substituí-lo, por meio
do cadastramento e do registro eletrônico realizado nesse Sistema; (Redação dada pelo Decreto
nº 10.410, de 2020).
III - empregado doméstico - pelo empregador, por meio do registro contratual eletrônico
realizado no eSocial; (Redação dada pelo Decreto nº 10.410, de 2020).
28
Inscrição no RGPS – RPS

Art. 18. [...]


IV - contribuinte individual: (Redação dada pelo Decreto nº 10.410, de 2020).
a) por ato próprio, por meio do cadastramento de informações para identificação e reconhecimento da atividade,
hipótese em que o Instituto Nacional do Seguro Social - INSS poderá solicitar a apresentação de documento que
comprove o exercício da atividade declarada; (Incluído pelo Decreto nº 10.410, de 2020)
b) pela cooperativa de trabalho ou pela pessoa jurídica a quem preste serviço, no caso de cooperados ou
contratados, respectivamente, se ainda não inscritos no RGPS; e (Incluído pelo Decreto nº 10.410, de 2020)
c) pelo MEI, por meio do sítio eletrônico do Portal do Empreendedor; (Incluído pelo Decreto nº 10.410, de
2020)
V - segurado especial - preferencialmente, pelo titular do grupo familiar que se enquadre em uma das condições
previstas no inciso VII do caput do art. 9º, hipótese em que o INSS poderá solicitar a apresentação de documento
que comprove o exercício da atividade declarada, observado o disposto no art. 19-D; e (Redação dada pelo
Decreto nº 10.410, de 2020).
VI - segurado facultativo - por ato próprio, por meio do cadastramento de informações pessoais que permitam a
sua identificação, desde que não exerça atividade que o enquadre na categoria de segurado
obrigatório. (Redação dada pelo Decreto nº 10.410, de 2020).

29
Filiação x inscrição x início da carência (RPS)

Art. 28. O período de carência é contado:


I - para o segurado empregado, inclusive o doméstico, e o trabalhador avulso, a partir da
data de sua filiação ao RGPS; e (Redação dada pelo Decreto nº 10.410, de 2020).
II - para o segurado contribuinte individual, observado o disposto no § 4º do art. 26, e o
segurado facultativo, inclusive o segurado especial que contribua na forma prevista no § 2º
do art. 200, a partir da data do efetivo recolhimento da primeira contribuição sem atraso, e
não serão consideradas, para esse fim, as contribuições recolhidas com atraso referentes a
competências anteriores, observado, quanto ao segurado facultativo, o disposto nos § 3º e §
4º do art. 11. (Redação dada pelo Decreto nº 10.410, de 2020).
§ 1o Para o segurado especial que não contribui na forma do § 2o do art. 200, o período de
carência de que trata o § 1o do art. 26 é contado a partir do efetivo exercício da atividade
rural, mediante comprovação, na forma do disposto no art. 62. (Redação dada pelo Decreto
nº 6.042, de 2007).

30
Dependentes do RGPS (em espécie)
(art. 16, inciso I, da Lei nº 8.213, de 1991)

Súmula 37 da TNU (DATA: 20/06/2007)


A pensão por morte, devida ao filho até os 21 anos de
idade, não se prorroga pela pendência do curso
universitário.

Enunciado nº 13 do CRPS:
“A dependência econômica pode ser parcial, devendo, no entanto, representar um
auxílio substancial, permanente e necessário, cuja falta acarretaria desequilíbrio dos
meios de subsistência do dependente.”

31
Súmula 416 do STJ (09/12/2009)

É devida a pensão por morte aos dependentes do


segurado que, apesar de ter perdido essa
qualidade, preencheu os requisitos legais para a
obtenção de aposentadoria até a data do seu óbito.

32
Dependentes do RGPS (em espécie)

Regulamento da Previdência Social – RPS, aprovado pelo Decreto nº 3.048, de 1999:


Art. 16 [...]
§ 7º A dependência econômica das pessoas de que trata o inciso I é presumida e a das demais deve ser
comprovada.
§ 8º Para fins do disposto na alínea “c” do inciso V do caput do art. 114, em observância ao requisito
previsto no § 6º-A, deverá ser apresentado, ainda, início de prova material que comprove união estável
pelo período mínimo de dois anos antes do óbito do segurado. (Incluído pelo Decreto nº 10.410, de
2020)
§ 9º Será excluído definitivamente da condição de dependente aquele que tiver sido condenado
criminalmente por sentença transitada em julgado, como autor, coautor ou partícipe de homicídio
doloso, ou de tentativa desse crime, cometido contra a pessoa do segurado, ressalvados os
absolutamente incapazes e os inimputáveis. (Incluído pelo Decreto nº 10.410, de 2020)

33
FIM

34

Você também pode gostar