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Além disso, o julgamento trouxe novas teses ao debate, agora na busca da

devolução dos valores contribuídos, ou seja, para que se declare que não há dever de
contribuição para os segurados já aposentados.3
Isso porque, com a extinção do instituto do pecúlio (que consistia na devolução
das contribuições do aposentado quando não fosse possível a concessão de
benefício), e considerada a natureza sinalagmática da relação contributiva, vale dizer
(impondo-se a reciprocidade de obrigações), considera-se contestável a exigência da
contribuição para os segurados aposentados. Comunga desse entendimento Marcelo
Leonardo Tavares:
A norma, além de possuir caráter extremamente injusto, desrespeita o princípio
da contraprestação relativo às contribuições devidas pelos segurados, tendo em vista
que as prestações oferecidas ao aposentado que retorna à atividade são
insignificantes, diante dos valores a serem recolhidos. Pode-se afirmar, inclusive,
que, pela natureza das prestações oferecidas (salário-família, reabilitação
profissional e salário-maternidade), não haveria filiação a regime previdenciário;
pois a lei não admite nova aposentação do segurado, recálculo da aposentadoria
anterior ou prevê o pagamento de pecúlio – as novas prestações vertidas não
garantem as espécies mínimas de benefícios para que se tenha um regime
previdenciário: nova aposentadoria e nova pensão

Tema 02: Trabalhadores Rurais


O que entende a doutrina?
A redução de cinco anos para aposentadoria do trabalhador e da trabalhadora
rural foi prevista na Constituição de 1988 (art. 202, inciso I – redação original; art. 201,
§ 7º, inciso II, na redação atual). No entanto, o Supremo Tribunal Federal não
considerou autoaplicável esse preceito constitucional:
“Aposentadoria. Trabalhadores rurais. Inciso I do art. 202
da Constituição Federal. Conforme decisão do Plenário, não é
autoaplicável o preceito inserto no inciso I do art. 202 da
Constituição Federal, concernente à redução da idade para
aposentadoria considerados ambos os sexos, isto quanto aos
trabalhadores rurais e àqueles que exerçam atividade em regime

3
CASTRO, Carlos Alberto Pereira de. João Batista LAZZARI. Manual de Direito Previdenciário. Rio de
Janeiro: Forense, 2020. p. 288
de economia familiar, incluídos o produtor rural, o garimpeiro e
o pescador artesanal. Precedentes: agravos
regimentais em recursos extraordinários 152.428-7/SP e 152.431-
7/SP, por mim relatados perante o Plenário em 5 de fevereiro de
1997, com decisões publicadas no Diário da Justiça de 18
imediato” (STF, RE 168.191/RS, 2ª Turma, Relator Min.
Marco Aurélio, DJ 20.06.1997).

A aposentadoria do trabalhador rural por idade, no regime precedente à Lei n.


8.213/1991, somente era devida ao homem, e, excepcionalmente, à mulher, desde que
estivesse na condição de chefe ou arrimo de família, nos termos do art. 297 do
Decreto n. 83.080/1979. Isso porque, no regime da LC n. 11/1971, a unidade familiar
compunha-se de apenas um trabalhador rural; os demais eram dependentes.
A partir da Lei n. 8.213/1991, esse benefício foi estendido aos demais integrantes
do grupo familiar (cônjuges ou companheiros, filhos maiores de 14 anos ou a eles
equiparados), nos termos do art. 11, VII, da mencionada lei.4

Quem são os trabalhadores rurais?


Art. 48, p. 1 Lei 8.213/91 – aposentadoria especial com idade reduzida
a) empregado: art. 11, I. Lei 8213: remete ao art. 3 da CLT.
Art. 11. São segurados obrigatórios da Previdência Social as
seguintes pessoas físicas: (Redação dada pela Lei nº
8.647, de 1993)
I - como empregado:
I - como empregado: (Redação dada pela Lei nº 8.647,
de 1993)
a) aquele que presta serviço de natureza urbana ou rural à
empresa, em caráter não eventual, sob sua subordinação e
mediante remuneração, inclusive como diretor empregado;
b) aquele que, contratado por empresa de trabalho temporário,
definida em legislação específica, presta serviço para atender a
necessidade transitória de substituição de pessoal regular e

4
CASTRO, Carlos Alberto Pereira de. João Batista LAZZARI. Manual de Direito Previdenciário. Rio de
Janeiro: Forense, 2020. p. 970
permanente ou a acréscimo extraordinário de serviços de outras
empresas;
c) o brasileiro ou o estrangeiro domiciliado e contratado no Brasil
para trabalhar como empregado em sucursal ou agência de
empresa nacional no exterior;
d) aquele que presta serviço no Brasil a missão diplomática ou a
repartição consular de carreira estrangeira e a órgãos a elas
subordinados, ou a membros dessas missões e repartições,
excluídos o não-brasileiro sem residência permanente no Brasil e
o brasileiro amparado pela legislação previdenciária do país da
respectiva missão diplomática ou repartição consular;
e) o brasileiro civil que trabalha para a União, no exterior, em
organismos oficiais brasileiros ou internacionais dos quais o
Brasil seja membro efetivo, ainda que lá domiciliado e
contratado, salvo se segurado na forma da legislação vigente do
país do domicílio;
f) o brasileiro ou estrangeiro domiciliado e contratado no Brasil
para trabalhar como empregado em empresa domiciliada no
exterior, cuja maioria do capital votante pertença a empresa
brasileira de capital nacional;
g) o servidor público ocupante de cargo em comissão, sem
vínculo efetivo com a União, Autarquias, inclusive em regime
especial, e Fundações Públicas Federais. (Incluída
pela Lei nº 8.647, de 1993)
h) o exercente de mandato eletivo federal, estadual ou municipal,
desde que não vinculado a regime próprio de previdência social
; (Incluída pela Lei nº 9.506, de 1997)
i) o empregado de organismo oficial internacional ou estrangeiro
em funcionamento no Brasil, salvo quando coberto por regime
próprio de previdência social;
Art. 3º - Considera-se empregado toda pessoa física que prestar
serviços de natureza não eventual a empregador, sob a
dependência deste e mediante salário.
Os elementos caracterizadores do vínculo empregatício para fins previdenciários
são os mesmo elementos para fins trabalhistas. (pessoalidade, subordinação,
habitualidade e remuneração). Essa caracterização leva alguns problemas:
ex. Formas de burlar a legislação previdenciária e trabalhista:
1- contrato de parceria, com pagamento mensal, com subordinação, não há
autonomia sobre horário e forma de trabalho.
2- diarista: há habitualidade.
3- empregado e empregador se tratam como tal, mas sem carteira assinada. 66%
dos trabalhadores rurais trabalham na informalidade.

Atenção!!
Na área trabalhista há o princípio da verdade material
Outro problema: demonstrar que o vínculo empregatício tem caráter rural. Na
legislação trabalhista, o enquadramento do empregador, puxa o do empregado. Na
legislação previdenciária não é assim: privilegia a natureza da atividade desempenhada.
IN 77/15: caracterização depende da natureza das atividades efetivamente
prestadas pelo emprego.
- prévia categorização, acabou sendo contraditório: tratorista, por exemplo, que
trabalha para um trabalhador rural, trabalha como urbano. Inclusão “ou posterior” do
inciso V não deveria estar ali. No período anterior, era porque alguns trabalhadores eram
enquadrados pela previdência urbana porque tinham uma maior capacidade contributiva.
A expressão que “todo empregado de nível universitário” caráter discriminatório.
Empregado rural não pode ter nível superior? Visão reducionista ao trabalhador rural.
Parecer 2.522/01 da Consultoria jurídica do ministérios da previdência social: Há
mais de 2022, a CJMPS já se pronunciou que tem que verificar as atividades
desempenhadas.
Parecer 2.522/01 CJ MPS: DIREITO PREVIDENCIÁRIO.
ENQUADRAMENTO DE SEGURADOS COMO
TRABALHADORES RURAIS TENDO EM VISTA A
NATUREZA DA ATIVIDADE DO EMPREGADO E NÃO
DAS EMPRESAS. Os empregados que exercem atividades
tipicamente rurais em agroindústrias, especificamente em usinas
de cana de açúcar, são tidos, para fins de concessão de
aposentadoria por idade, como trabalhadores rurais e não
urbanos. Necessidade de adequação das normas regulamentares e
da rotina do Instituto Nacional do Seguro Social a este
entendimento. Art. 201, § 7º, inciso II da Constituição Federal e
dispositivos da Lei 8.212, de 24 de julho de 1991

ACP em 2005: reconhecimento de que não deve haver uma prévia categorização dos
trabalhadores rurais.
TRF4 -2005.71.00.044110-9 –STJ 1148040: AÇÃO CIVIL
PÚBLICA. APELAÇÃO DO INSS E RECURSO ADESIVO DA
PARTE AUTORA. NÃO CONHECIMENTO. SINDICATO.
LEGITIMIDADE ATIVA. UNIÃO FEDERAL.
ILEGITIMIDADE PASSIVA. ATIVIDADES
URBANAS/RURAIS. CARACTERIZAÇÃO. 1. Não conhecido
o apelo interposto pelo INSS, porquanto dissociado das razões de
decidir. 2. Não conhecido o recurso adesivo da parte autora, pois
se trata de inovação recursal, formulando pedido não veiculado
na inicial. 3. O Sindicato, in casu , a Federação dos Trabalhadores
na Agricultura no Rio Grande do Sul FETAG, tem legitimidade
ativa para propor ação civil pública
em defesa de direitos e interesses coletivos ou individuais dos
integrantes da categoria que representam. 4. A União Federal é
parte ilegítima para figurar no pólo passivo da presente ação civil
pública, pois o ato impugnado provém de norma administrativa
expedida pela presidência do INSS. 5. A comprovação do
exercício da atividade urbana ou rural é questão de valoração
da prova material
produzida pelo interessado, não decorrendo de prévia
definição ou categorização legal. Via de conseqüência , diante
da valoração da prova quanto ao exercício da atividade
desenvolvida, pode se ter trabalho rural na cidade, bem como
trabalho urbano no meio rural. (TRF4, APELREEX
2005.71.00.044110 9, QUINTA TURMA, Relator ARTUR
CÉSAR DE SOUZA, D.E. 16/02/2009).
Tema 115 TNU:
Questão submetida a julgamento: Saber como se define a
natureza da atividade desenvolvida pelo trabalhador - se é rural
ou urbana -, sem levar em conta o ramo da atividade do
empregador.
Tese firmada: Não é ramo de exploração de atividade econômica
do empregador que define a natureza do trabalho desempenhado
pelo empregado, se rural ou urbano, para fins de concessão do
benefício previdenciário de aposentadoria.

Contribuem na mesma forma que os trabalhadores urbanos. A arrecadação e


recolhimento é obrigação da empresa. Enunciado 2 CRPS. E art. 30 Lei 8212/91.
Art. 29 CRFB: o mês que o SC não foi de pelo menos um salário-mínimo não será
computado. Ex.: foi contrato dia 28 do mês, ou saiu no dia 02.

b) segurado especial: art. 195, p. 8.


§ 8º O produtor, o parceiro, o meeiro e o arrendatário rurais e o
pescador artesanal, bem como os respectivos cônjuges, que
exerçam suas atividades em regime de economia familiar, sem
empregados permanentes, contribuirão para a seguridade social
mediante a aplicação de uma alíquota sobre o resultado da
comercialização da produção e farão jus aos benefícios nos
termos da lei. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº
20, de 1998)
A Constituição tentou garantir uma proteção diferenciada a estes trabalhadores.
“bem como os respectivos cônjuges” essa expressão teve o objetivo de incluir as mulheres
na contribuição especial.
Enquadramento mais complexo após a promulgação da lei em 2008, o que
diferenciava na lei era a contratação de mão de obra (não contratava mão de obra era
segurado especial; contratava não era segurado especial).
A partir de 2008 há um novo conceito: art. 11, VII Lei 8213.
VII – como segurado especial: a pessoa física residente no imóvel
rural ou em aglomerado urbano ou rural próximo a ele que,
individualmente ou em regime de economia familiar, ainda que
com o auxílio eventual de terceiros, na condição
de: (Redação dada pela Lei nº 11.718, de 2008)
a) produtor, seja proprietário, usufrutuário, possuidor, assentado,
parceiro ou meeiro outorgados, comodatário ou arrendatário
rurais, que explore atividade: (Incluído pela Lei nº
11.718, de 2008)
1. agropecuária em área de até 4 (quatro) módulos
fiscais; (Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008)
2. de seringueiro ou extrativista vegetal que exerça suas
atividades nos termos do inciso XII do caput do art. 2º da Lei nº
9.985, de 18 de julho de 2000, e faça dessas atividades o principal
meio de vida; (Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008)
b) pescador artesanal ou a este assemelhado que faça da pesca
profissão habitual ou principal meio de vida;
e (Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008)
c) cônjuge ou companheiro, bem como filho maior de 16
(dezesseis) anos de idade ou a este equiparado, do segurado de
que tratam as alíneas a e b deste inciso, que, comprovadamente,
trabalhem com o grupo familiar respectivo. (Incluído
pela Lei nº 11.718, de 2008)

1- residência: “próximo” é dentro do município ou no município vizinho.


2- que explore a atividade individualmente ou em regime de economia familiar
Módulo fiscal é o mesmo dentro do município, é determinado pelo INCRA. Art.
50 LEI 4504/64 “Estatuto da terra” define como deve ser calculado o módulo fiscal, de
acordo com a cultura predominante do município.
- pode exercer atividade na condição de produtor na terra.
Assentado: precariedade documental.
Parceria/meação/arrendamento: termos do direito agrário lei 4504/64 parceria e
decreto 59.566/66 (parte da produção – outorgado repassa % da produção). Arrendamento
é aluguel (independentemente de produção ou não)
IN 77/15 INSS:
- condômino
- quilombola: titulação não é individual, é para uma associação que é proprietária
da terra
- acampado foi excluído pela ACP, não é considerado trabalhador;
- seringueiro, Lei 9985/00: exploração sustentável dos recursos naturais
renováveis.
- garimpeiro era considerado, mas não é mais!
- pescador artesanal: art. 9, p. 14 decreto 3048/00.
§ 14. Considera-se pescador artesanal aquele que,
individualmente ou em regime de economia familiar, faz da pesca
sua profissão habitual ou meio principal de vida, desde que:
(Redação dada pelo Decreto nº 3.668, de 2000)
- cônjuge ou companheiro: enunciado 8, IV CRPS.
Oficio circular 25/Dirben/PFE INSS: não exigir documentos que não seriam exigíveis de
uma criança, aceitar documentos em nome de outro grupo familiar.
RE 1225475 e Tema 219 TNU
Questão submetida a julgamento: Saber se é possível o cômputo
do tempo de serviço rural àquele que tenha menos de 12 anos de
idade.
Tese firmada: É possível o cômputo do tempo de serviço rural
exercido por pessoa com idade inferior a 12 (doze) anos na época
da prestação do labor campesino.

- indígena: é quem a FUNAI determinada que seja. IN 77/15, art. 39, p. 1


(independentemente do valor auferido pela produção)
§ 1º A atividade é desenvolvida em regime de economia familiar
quando o trabalho dos membros do grupo familiar é indispensável
à sua subsistência e desenvolvimento socioeconômico, sendo
exercido em condições de mútua dependência e colaboração, sem
a utilização de empregados permanentes, independentemente do
valor auferido pelo segurado especial com a comercialização da
sua produção, quando houver, observado que:
I - integram o grupo familiar, também podendo ser enquadrados
como segurado especial, o cônjuge ou companheiro, inclusive
homoafetivos, e o filho solteiro maior de dezesseis anos de idade
ou a este equiparado, desde que comprovem a participação ativa
nas atividades rurais do grupo familiar;
II - a situação de estar o cônjuge ou o companheiro em lugar
incerto e não sabido, decorrente do abandono do lar, não prejudica
a condição de segurado especial do cônjuge ou do companheiro
que permaneceu exercendo a atividade, individualmente ou em
regime de economia familiar;
III - o falecimento de um ou ambos os cônjuges ou companheiros
não retira a condição de segurado especial do filho maior de
dezesseis anos, desde que permaneça exercendo a atividade,
individualmente ou em regime de economia familiar;
IV - não integram o grupo familiar do segurado especial os filhos
casados, separados, divorciados, viúvos e ainda aqueles que estão
ou estiveram em união estável, inclusive os homoafetivos, os
irmãos, os genros e as noras, os sogros, os tios, os sobrinhos, os
primos, os netos e os afins; e
V - os pais podem integrar o grupo familiar dos filhos solteiros
que não estão ou estiveram em união estável.

- regime de economia familiar: enquadramento: art. 11, p. 1 Lei 8213 – o trabalho dos
membros da família é indispensável ao desenvolvimento socioeconômico familiar
(expressão acrescentado pela 11718 com objetivo de afastar a ideia de subsistência como
sinônimo de pobreza e vulnerabilidade).
§ 1o Entende-se como regime de economia familiar a atividade
em que o trabalho dos membros da família é indispensável à
própria subsistência e ao desenvolvimento socioeconômico do
núcleo familiar e é exercido em condições de mútua dependência
e colaboração, sem a utilização de empregados
permanentes. (Redação dada pela Lei nº 11.718, de 2008)

Desenvolvimento é desejado pelo legislador, porque é da agricultura familiar que vem


70% dos alimentos do Brasil. Combina com políticas públicas voltadas ao
desenvolvimento da agricultura familiar – PRONAF.
Lei 8023/90 – considera-se atividade rural. Lei 9430/96
Definição de produção: artigo 25, p. 3 Lei 8.212/91.
Sites indicados pelo professor: EMBRAPA, canal rural, globo rural.

O que a doutrina entende?


A última categoria de segurados obrigatórios enumerada pela legislação é a dos
segurados especiais. Esta se estabelece a partir da redação do art. 195, § 8º, da
Constituição, que determina ao legislador que observe tratamento diferenciado
àqueles que, trabalhando por conta própria em regime de economia familiar, realizem
pequena produção, com a qual retiram sua subsistência.
O dispositivo constitucional determina que a base de cálculo das contribuições à
Seguridade Social destes seja o produto da comercialização de sua produção, criando
assim regra diferenciada para a participação no custeio. É que, sendo a atividade
destes instável durante o ano (em função dos períodos de safra, no caso dos
agricultores, temporadas de pesca, para os pescadores, criação e engorda do gado, no
caso dos pecuaristas, etc.), não se pode exigir dos mesmos, em boa parte dos casos,
contribuições mensais, em valores fixos estipulados.
De acordo com a nova redação do art. 12, especificamente seu § 8º, da Lei de
Custeio e art. 11, § 7º, da Lei de Benefícios (conferida pela Lei n. 12.873/2013), o grupo
familiar poderá utilizar-se de empregados contratados por prazo determinado ou
trabalhador de que trata a alínea “g” do inciso V do caput deste artigo, à razão de, no
máximo, cento e vinte pessoas por dia no ano civil, em períodos corridos ou intercalados
ou, ainda, por tempo equivalente em horas de trabalho, não sendo computado nesse
prazo o período de afastamento em decorrência da percepção de auxílio-doença.
Consideram-se assemelhados ao pescador artesanal, entre outros, o mariscador,
o caranguejeiro, o eviscerador (limpador de pescado), o observador de cardumes, o
pescador de tartarugas e o catador de algas. Nos termos do Decreto n. 8.499, de 2015, o
assemelhado ao pescador artesanal é aquele que realiza atividade de apoio à pesca
artesanal, exercendo trabalhos de confecção e de reparos de artes e petrechos de pesca
e reparos em embarcações de pequeno porte, ou atuando no processamento do produto
da pesca artesanal5

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CASTRO, Carlos Alberto Pereira de. João Batista LAZZARI. Manual de Direito Previdenciário. Rio de
Janeiro: Forense, 2020. p. 278

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