Você está na página 1de 23

Dos benefícios programáveis

◼ Aposentadoria por idade

◼ Aposentadoria por tempo de contribuição

◼ Aposentadoria especial

1
Aposentadoria por Idade

◼ Previsão Legal: art. 48 da Lei 8213/91;


◼ Espécies: Urbana, Rural e Híbrida;
◼ Requisitos:
Carência: arts. 25, II + 48, § 2º + 142, todos da Lei 8213/91;
180 Contribuições Mensais (para Segurados inscritos a partir
da Lei 8213/91 de 25-07-1991 ou Aplicação da Tabela
Transitória do art. 142 da Lei 8213/91);
Idade Mínima: art. 201, § 7º, II, da CF c/c art. 48, caput e § 1º,
da Lei 8213/91.

(Conforme previsto no art. 3, 1, da Lei 10.666/2003 não há


necessidade de comprovar qualidade de segurado)

2
3
◼ Início do Pagamento do Benefício: art. 49 da Lei 8213/91;

◼ Valor do Benefício:
Arts. 29, II, 39, 48, § 4º e 50, todos da Lei 8213/91;
Segurado Urbano 70% do SB + 1% por grupo de 12
contribuições
Segurado Especial = 1 Salário Mínimo.

4
Aposentadoria por Idade Rural

◼ Beneficiários:
01) Empregado Rural (art. 11, I, “a”, Lei 8.213/91);
02) Trabalhador avulso rural ( art.11, VI, Lei 8.213/91) e
03) Segurado Especial (art.11, VII, da Lei 8.213/91)

5
Regras para Comprovação de
Tempo Rural
▪ Não pode ser por prova exclusivamente testemunhal – Sumula 149 STJ
• Deve haver início de prova material contemporânea ao trabalho rural,
salvo força maior e caso fortuito – art. 55, paragrafo 3, da Lei 8.213/91
• A prova material não precisa ser uma por ano, podendo haver início
ampliada pela prova testemunhal idônea, podendo reconhecer inclusive
o tempo rural anterior à prova material mais antiga – STJ REsp
1348633/SP, AgRg no REsp 697.213/SP
• Termo Inicial – ACP 5017267-34.2013.4.04.7100

• Prova documental em nome do genitor ou marido estende-se aos demais


membros da família – STJ AgRg no REsp 1112785 / SC e AR 2338 / SP
• Declaração de ex-empregador somente vale como início de prova
material se for contemporânea – STJ EREsp 314908 / SP

6
Aposentadoria por idade
híbrida

◼ Cabimento: Possibilidade de mesclar o tempo de serviço rural com


a atividade urbana para se aposentar aos 65 anos se homem e 60
anos se mulher.

◼ Previsão Legal: Criada pela Lei 11.718/2008 que deu nova redação
aos artigos 11 e 48 da Lei 8.213⁄1991, acrescentando ao artigo 48 os
§§ 3º e 4º

◼ Beneficiários: Empregado, contribuinte individual, trabalhador


avulso e segurado especial.

7
◼ Renda Mensal Inicial: Neste caso, o tempo rural é considerado para
fins de carência, mesmo sem haver as respectivas contribuições.
Assim, nos termos do art. 48, 4 da lei 8.213/91, no período como
trabalhador rural, diante da ausência de contribuições previdenciárias,
deve ser considerado para fins de cálculo atuarial o valor do salário
mínimo.

8
1. A Lei 11.718/2008 introduziu no sistema previdenciário brasileiro uma nova
modalidade de aposentadoria por idade denominada aposentadoria por idade
híbrida. 2. Neste caso, permite-se ao segurado mesclar o período urbano ao
período rural e vice-versa, para implementar a carência mínima necessária
e obter o benefício etário híbrido. 3. Não atendendo o segurado rural à regra
básica para aposentadoria rural por idade com comprovação de atividade rural,
segundo a regra de transição prevista no artigo 142 da Lei 8.213/1991, o § 3º do
artigo 48 da Lei 8.213/1991, introduzido pela Lei 11.718/2008, permite que aos
65 anos, se homem e 60 anos, mulher, o segurado preencha o período de
carência faltante com períodos de contribuição de outra qualidade de segurado,
calculando-se o benefício de acordo com o § 4º do artigo 48. 4. Considerando
que a intenção do legislador foi a de permitir aos trabalhadores rurais, que
se enquadrem nas categorias de segurado empregado, contribuinte
individual, trabalhador avulso e segurado especial, o aproveitamento do
tempo rural mesclado ao tempo urbano, preenchendo inclusive carência, o
direito à aposentadoria por idade híbrida deve ser reconhecido. (REsp
1367479/RS, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, SEGUNDA TURMA,
julgado em 04/09/2014, DJe 10/09/2014) 9
1) Processo 5001411-58.2012.4.04.7102 (j. 14/02/2014, Rel. Juíza
Federal Ana Beatriz Palumbo). Segundo aquela orientação da TNU
(fevereiro de 2014), para fazer jus à aposentadoria por idade
híbrida, o trabalhador deveria estar vinculado ao campo quando
do implemento do requisito etário.
2) Turma Nacional de Uniformização reviu sua jurisprudência para
agora expressar que, para fins de concessão de aposentadoria
por idade híbrida, modalidade de aposentadoria que permite o
cômputo de tempo rural não contributivo com períodos
contributivos, não se deve exigir que o trabalhado r esteja
vinculado ao campo quando do implemento do requisito etário. A
decisão, de lavra do eminente Juiz Federal Bruno Carrá, foi proferida
no dia 12/11/2014 (PEDILEF5000957- 33.2012.4.04.7214). Está em
consonância com o decidido pelo STJ 10
TRF Súmula 103 - A concessão da aposentadoria híbrida ou mista,
prevista no art. 48, § 3º, da Lei 8.213/1991, não está condicionada ao
desempenho de atividade rurícola pelo segurado no momento
imediatamente anterior ao requerimento administrativo, sendo, pois,
irrelevante a natureza do trabalho exercido neste período

STJ – Tema 1007: “possibilidade de concessão de aposentadoria


híbrida, prevista no art. 48, § 3o. da Lei 8.213/1991, mediante o
cômputo de período de trabalho rural remoto, exercido antes de 1991,
sem necessidade de recolhimentos, ainda que não haja comprovação
de atividade rural no período imediatamente anterior ao requerimento
administrativo“ – PENDENTE DE JULGAMENTO
11
STJ. Previdenciário. Aposentadoria por idade rural. Assistência permanente de
terceiros. Adicional de 25%. Extensão. Descabimento. A 2ª Turma do STJ aceitou
recurso do INSS, que questionava sentença favorável a estender adicional de 25% a
uma aposentadoria concedida por idade. Com a decisão, o adicional não será mais
pago. Os Ministros do STJ entenderam que o adicional previsto na Lei 8.213/1991 é
específico para as aposentadorias por invalidez, nos casos em que o beneficiado
necessita de assistência permanente de outra pessoa. O relator do recurso, Min.
MAURO CAMPBELL MARQUES, explicou que o benefício não pode ser estendido a
outros aposentados sob a alegação de tratamento isonômico, já que a lei prevê
expressamente a concessão apenas para os casos de aposentadoria por invalidez.
«Se fosse da vontade do Legislador acrescer 25% a todo e qualquer benefício
previdenciário concedido a segurado que necessitasse dessa assistência,
incluiria a norma em capítulo distinto e geral. Todavia, incluiu esse direito na
Subseção I da Seção V, dedicada exclusivamente à aposentadoria por invalidez»,
argumentou. Ele destacou, também, que a Constituição Federal é clara ao citar a
necessidade de contrapartida orçamentária em todos os benefícios previdenciários e
de assistência social concedidos. Ele lembra que norma constitucional limita a ação do
agente público, já que não é possível criar um benefício sem a respectiva fonte de
custeio. Para o ministro, a manutenção do adicional nos moldes concedidos contraria o
princípio da contrapartida, e pode comprometer o equilíbrio atuarial e financeiro do 12
regime. (Rec. Esp. 1.505.366) – ASSUNTO PENDENTE DE JULGAMENTO PELO
STF
Aposentadoria por Tempo de Contribuição

◼ Previsão Legal: art. 201, §7º, da CF e art. 52 da Lei 8213/91;


◼ Requisitos antes da EC 20/98:
1. Direito Adquirido: art. 3º da EC 20/98 c/c art. 202, § 1º, da CF;
Condições: Segurados já Inscritos no RGPS em 16-12-1998 +
Preenchimento dos Requisitos Anteriores até 15-12-1998 (arts. 52 e 53,
ambos da Lei 8213/91);
Regra-Matriz: Carência + Tempo de Serviço (Proporcional homem com 30
anos e 25 anos para mulheres OU Integral com 35 anos para homens e 30
anos para mulheres).
Sem Idade Mínima;
13
2. Regras Transitórias: Intermediárias.
Condições: Segurados já Inscritos no RGPS em 16-12-1998, porém sem
preenchimento das regras anteriores + Regras do art. 9º da EC 20-98 (Idade
Mínima e Pedágio);
Regra-Matriz: Carência + Tempo de Contribuição (Proporcional com 30 anos para
homens e 25 anos para mulheres OU Integral com 35 anos para homens e 30
anos para mulheres);
Pedágio (40% do que faltava para obter o benefício em 15-12-1998 apenas para
Aposentadoria Proporcional/art. 9, +1º da EC 20-98);
Idade Mínima: 53 anos para homens e 48 para mulheres;
14
3. Regras Permanentes: Atuais
Condições: Segurados inscritos no RGPS a partir de 16-12-1998 +
Preenchimento das Regras Atuais;
Regra-Matriz: Carência (arts. 25, II e 142, ambos da Lei 8213-91) + Tempo de
Contribuição (35 anos para homens e 30 anos para mulheres);

◼ Dispensa qualidade de segurado – Art. 102, parágrafo 1 LB


◼ Período Rural: Até 31/10/1991 (Art. 55, parágrafo 2 da LB)
◼ Início do Pagamento: arts. 54 e 49, ambas da Lei 8213/91;
◼ Cumulação de Benefícios: art. 124 da Lei 8213/91;
15
O Segurado Especial só tem direito a aposentadoria por tempo de contribuição se
contribuir, facultativamente, com a alíquota de 20% sobre o salário de contribuição.

O Contribuinte Individual, que trabalhe por conta própria, sem relação de emprego
com empresa ou equiparado e o facultativo que contribuam com alÍquota de 11%
sobre o salário mínimo não tem direito a aposentadoria por tempo de contribuição,
salvo se complementar a alíquota (+9% e juros), cf. art. 21, 3, da Lei 8.212/91

16
Fórmula 85/95

Regra 86/96 – MP 676/2015 – CONVERTIDA NA LEI 13.183/2015

Inclusão art. 29-C lei 8.213/91: Flexibilização do Fator Previdenciário

Opção de não aplicação

Progressividade do sistema de pontos - § 2º e § 3º

17
DIB e DCB

DIB
Empregado e Doméstico: A partir da data do desligamento do emprego, quando
requerido no prazo de 90 dias, contados da data do desligamento OU A partir da
data do requerimento, quando não houver desligamento de emprego ou quando for
requerido depois de 90 dias, contados da data do requerimento.
Para os demais Segurados: A partir da Data da Entrada do Requerimento (DER)

DCB
Com a morte do segurado

18
Aposentadoria Especial

◼ Previsão Legal: art. 201, § 1º, da CF c/c art.57 da Lei 8213/91;

◼ Requisitos:
Sem idade mínima (Súmula 33 do TRF) e sem discriminação
entre os sexos;
Carência: Regras da Aposentadoria por Tempo de
Contribuição;
Tempo Mínimo de Exposição a Atividades Especiais:
15, 20 ou 25 anos.

◼ Comprovação da Atividade Especial:


Lei da época dos fatos;

19
1ª Fase: por Categoria Profissional (de 05/09/1960 a 28/04/1995):
Decreto nº 53.831/64 + Decreto nº 83.080/79;
Formulário específico para Agente Físico Ruído (SB-40/DSS-8030).
Rol Exemplificativo/Súmula 198 do TRF;
Desnecessidade de Efetiva Exposição, Habitual e Permanente;

2ª Fase: fim do Enquadramento por Categorias Profissionais e


Necessidade de Comprovação da Efetiva Exposição (de 29/04/1995 a
05/03/1997):
Decreto nº 83.080/79;
Formulário Específico para Agente Físico Ruído e houve a ampliação para todos
os agentes nocivos;
Necessidade da Comprovação da Efetiva Exposição, Habitual e Permanente;
20
3ª Fase: Necessidade de Comprovação da Efetiva Exposição para Todos os
Agentes Nocivos (De 06/03/1997 até hoje)
Formulário Específico (PPP) e LTCAT;
Necessidade da Comprovação da Efetiva Exposição, Habitual e Permanente.

◼ Ruído: Superior a 80 decibéis até 05/03/97; Superior a 90 decibéis desta data


até 18/11/2003 e Superior a 85 decibéis a partir de então;

◼ Uso de EPI´s e EPC´s: Caracterização da Atividade Especial;

◼Conversão de TE em TC: Fator de Conversão 1.4 e 1.2 para homens e


mulheres respectivamente.

21
Beneficiários. 01. Empregado
02. Trabalhador Avulso
03. Contribuinte Individual, mas somente quando cooperado
filiado a cooperativa de trabalho ou de produção.

Descabimento para Segurado Facultativo;

Valor do Benefício: 100% do SB sem incidência do Fator Previdenciário;

22
TRF da 3ª Região. Previdenciário. Cirurgiã dentista. Aposentadoria.
Atividade especial. Reconhecimento. O Des. Fed. GILBERTO JORDAN, da 9ª
Turma do TRF da 3ª Região, reconheceu o caráter especial do trabalho de uma
cirurgiã dentista, em que trabalhou sujeita a agentes agressivos a saúde. Assim,
ela conseguiu somar tempo suficiente para aposentadoria especial, 25 anos de
trabalho. A profissional já tinha tido reconhecido como especial, pelo INSS, o
trabalho exercido entre 01/03/1978 e 28/04/1995. Porém, ingressou com um
pedido na Justiça Federal para também ter o reconhecimento sobre o período
trabalhado entre 29/04/1995 a 07/01/2004. O INSS havia questionado a efetiva
exposição da autora aos agentes nocivos nesse período sustentando a
impossibilidade de comprovação da habitualidade. Na decisão, o magistrado
esclareceu que, para comprovar a especialidade do período remanescente, a
dentista juntou laudo técnico que atesta a exposição a agentes biológicos,
fungos, bactérias e vírus provenientes dos procedimentos cirúrgicos. Desta
forma, com base nos códigos 1.3.4 do Dec. 83.080/1979 e 3.0.1 do Dec.
2.172/1997, o relator concluiu que a atividade se enquadra como especial, 23
devido à exposição a agentes nocivos. (Proc. 0007507-79.2012.4.03.6108)

Você também pode gostar