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PROVAS NA

APOSENTADORIA RURAL
@vanusamendesprofa
CFArtigo 201,§ 7º
CF Artigo 195, § 8º
Lei 8212/91 artigos 12, VII e 25.
Lei 8213/91 artigo 11, VII, 38 A, 38 B e 106
DL 3048/99 artigo 9º VII
IN77 artigos 39 a 59
INTRODUÇÃO

O SEGURADO ESPECIAL NA REFORMA

CF ARTIGO 201 § 7º
II - 60 (sessenta) anos de idade, se homem, e 55 (cinquenta e cinco) anos de
idade, se mulher, para os trabalhadores rurais e para os que exerçam suas
atividades em regime de economia familiar, nestes incluídos o produtor rural, o
garimpeiro e o pescador artesanal. (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 103, de 2019)
Artigo 195 § 8º O produtor, o parceiro, o meeiro e o
arrendatário rurais e o pescador artesanal, bem como os
respectivos cônjuges, que exerçam suas atividades em
regime de economia familiar, sem empregados
permanentes, contribuirão para a seguridade social
mediante a aplicação de uma alíquota sobre o resultado da
comercialização da produção e farão jus aos benefícios nos
termos da lei. (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 20, de 1998)
Lei 8212/91Art. 25. A contribuição do empregador rural pessoa física,
em substituição à contribuição de que tratam os incisos I e II do art.
22, e a do segurado especial, referidos, respectivamente, na alínea a do
inciso V e no inciso VII do art. 12 desta Lei, destinada à Seguridade
Social, é de: (Redação dada pela Lei nº 10.256, de 2001)
I - 1,2% (um inteiro e dois décimos por cento) da receita bruta
proveniente da comercialização da sua produção; (Redação
dada pela Lei nº 13.606, de 2018) (Produção de efeito)

II - 0,1% da receita bruta proveniente da comercialização da sua


produção para financiamento das prestações por acidente do trabalho.
(Redação dada pela Lei nº 9.528, de 10.12.97). (Vide decisão-STF
Petição nº 8.140 - DF)
§ 1º O segurado especial de que trata este artigo, além da
contribuição obrigatória referida no caput, poderá contribuir,
facultativamente, na forma do art. 21 desta Lei.
(Redação dada pela Lei nº 8.540, de 22.12.92)
Lei 8213 , artigo 11, VII – como segurado especial: a pessoa física
residente no imóvel rural ou em aglomerado urbano ou rural
próximo a ele que, individualmente ou em regime de economia
familiar, ainda que com o auxílio eventual de terceiros, na condição
de: (Redação dada pela Lei nº 11.718, de 2008)
Art. 38-A O Ministério da Economia manterá sistema de cadastro dos segurados
especiais no Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS), observado o
disposto nos §§ 4º e 5º do art. 17 desta Lei, e poderá firmar acordo de cooperação
com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e com outros órgãos da
administração pública federal, estadual, distrital e municipal para a manutenção e
a gestão do sistema de cadastro. (Redação dada pela Lei nº 13.846, de 2019)
Art. 38-B. O INSS utilizará as informações constantes do
cadastro de que trata o art. 38-A para fins de comprovação do
exercício da atividade e da condição do segurado especial e do
respectivo grupo familiar. (Incluído pela Lei nº 13.134, de
2015)

§ 1º A partir de 1º de janeiro de 2023, a comprovação da condição


e do exercício da atividade rural do segurado especial ocorrerá,
exclusivamente, pelas informações constantes do cadastro a que
se refere o art. 38-A desta Lei. (Incluído pela Lei nº 13.846, de
2019)
EC 103 § 1º Para fins de comprovação de atividade rural exercida até
a data de entrada em vigor desta Emenda Constitucional, o prazo de
que tratam os §§ 1º e 2º do art. 38-B da Lei nº 8.213, de 24 de julho de
1991, será prorrogado até a data em que o Cadastro Nacional de
Informações Sociais (CNIS) atingir a cobertura mínima de 50%
(cinquenta por cento) dos trabalhadores de que trata o § 8º do art.
195 da Constituição Federal, apurada conforme quantitativo da
Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad).
-Serão consideradas para ratificação da autodeclaração, além da
Declaração de Aptidão ao Pronaf, as informações obtidas a partir de
bases governamentais do CAFIR, RGP, SDPA, DICFN, SNCR, SIPRA,
e outras bases que o INSS vier a ter acesso, com fundamento nos
artigos 329-A e 329-B do Decreto nº 3.048/99 e artigos 118 a 120 da IN
INSS PRES n.º 77/2015.
-Se o período de atividade rural informado na autodeclaração
corresponder ao período de ratificação através das informações que
constam no banco de dados do Pronater ou outros órgãos públicos
(CAFIR, RGP, DICFN, SNCR, SIPRA e SDPA), não há necessidade de
exigência de outros documentos, com exceção da hipótese de
constatação de divergência, em observância ao disposto no art. 329-A
e 329-B do Decreto nº 3.048/99..
• Poderá ser ratificada integralmente a autodeclaração, quando houver
DAP’s intercaladas, desde que inexistam informações no CNIS de
atividade laboral que descaracterize a condição de segurado especial,
observando os demais critérios previstos no art. 11, incisoVII, da Lei nº
8.213/91.

• Do mesmo modo, poderá ser ratificada integralmente a


autodeclaração, quando houver corroboração pelas informações
obtidas a partir de bases governamentais (CAFIR, RGP, DICFN,
SNCR, SIPRA, SDPA e CadÚnico), intercaladas, desde que inexistam
informações no CNIS de atividade laboral que descaracterize a
condição de seguro especial observando os critérios previstos no art. 11,
inciso VII, da Lei nº 8.213/91.
- DAP- Declaração de aptidão ao Pronaf (Programa Nacional de
Fortalecimento da Agricultura Familiar). Documento indispensável para
que o produtor rural pleiteie o crédito rural com recursos do Pronaf.
-DAP passou a ser emitida em 2002. Documento que permite o
reconhecimento.
- Caráter voluntário e declaratório, que permite acesso à políticas
públicas e ações governamentais destinadas ao setor.
Súmula 577 STJ

“É possível reconhecer o tempo de serviço rural anterior ao


documento mais antigo apresentado desde que amparado em
convincente prova testemunhal colhida sob contraditório.”

Súmula 149 STJ

“A prova exclusivamente testemunhal não basta à


comprovação da atividade de rurícola, para efeito da obtenção
de benefício previdenciário.”
Súmula 54 TNU
“Para a concessão de aposentadoria por idade de trabalhador
rural, o tempo de exercício de atividade equivalente à carência
deve ser aferido no período imediatamente anterior ao
requerimento administrativo ou à data do implemento da
idade mínima.”

Súmula 46 TNU
“O exercício de atividade urbana intercalada não impede a
concessão de benefício previdenciário de trabalhador rural,
condição que deve ser analisada no caso concreto.”
Artigo 47 IN77 § 1º Os documentos de que tratam os incisos I e
III a X do caput devem ser considerados para todos os
membros do grupo familiar, para o período que se quer
comprovar, mesmo que de forma descontínua, quando
corroborados com outros que confirmem o vínculo familiar,
sendo indispensável a realização de entrevista e, restando
dúvidas, deverão ser tomados os depoimentos de testemunhas.

§2º Os documentos referidos nos incisos I e III a X do caput,


ainda que estejam em nome do cônjuge, do companheiro ou
companheira, inclusive os homoafetivos, que não detenham a
condição de segurado especial, poderão ser aceitos para os
demais membros do grupo familiar, desde que corroborados
com o documento deque trata o inciso II do caput..
IN&77
Art. 53. A simples inscrição do segurado especial no CNPJ não
será suficiente para descaracterização da qualidade de
segurado especial, se comprovado o exercício da atividade rural
na forma do inciso VII do art. 11 da Lei nº 8.213, de 1991, com
as alterações daLei nº 11.718, de 2008.
STJ 1304 479 informativo 507
A extensão de prova material em nome de um cônjuge ao outro
não é possível quando aquele passa a exercer trabalho urbano,
devendo a prova material ser apresentada em nome próprio.

“a extensão de prova material em nome de um


cônjuge ao outro não é possível quando aquele
passa a exercer trabalho urbano, devendo a
prova material ser apresentada em nome
próprio” (
“PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA RURAL POR IDADE.
TRABALHADOR RURAL. REQUISITOS LEGAIS. COMPROVAÇÃO. INÍCIO
DE PROVA MATERIAL, COMPLEMENTADA POR PROVA TESTEMUNHAL.
PENSÃO POR MORTE SUPERIOR AO SALÁRIO MÍNIMO. CUMULAÇÃO.
POSSIBILIDADE. • 1. É devido o benefício de aposentadoria rural por idade, nos
termos dos artigos 11, VII, 48, § 1º e 142, da Lei nº 8.213/1991, independentemente
do recolhimento de contribuições quando comprovado o implemento da idade mínima
(sessenta anos para o homem e cinquenta e cinco anos para a mulher) e o exercício de
atividade rural por tempo igual ao número de meses correspondentes à carência
exigida, mediante início de prova material complementada por prova testemunhal
idônea. • 2. O art. 11, § 9º, da Lei de Benefícios, incluído nesse diploma legal pela Lei
11.718, com vigência a partir de 23/06/2008, não pode retroagir para abranger fatos
que sejam precedentes à data da publicação. • 3. Ademais, o fato de a autora
perceber pensão por morte do esposo, em valor pouco acima de um salário
mínimo, não descaracteriza necessariamente sua condição de segurado especial,
porquanto a atividade agrícola desempenhada por esta era essencial para a
subsistência da família. Precedentes. • 4. Hipótese em que a parte autora
preencheu os requisitos necessários à concessão do benefício”. TRF4, 28/08/2019.
“PREVIDENCIÁRIO. AGRAVO INTERNO CONTRA
DECISÃO QUE NEGOU SEGUIMENTO AO RECURSO
ESPECIAL. TRABALHADOR RURAL. TAMANHO DA
PROPRIEDADE NÃO DESCARACTERIZA, POR SI SÓ, O
REGIME DE ECONOMIA FAMILIAR. COMPROVAÇÃO
DO LABOR RURAL. EXISTÊNCIA DE EMPREGADOS.
IMPOSSIBILIDADE DE SE RECONHECER A QUALIDADE
DE RURÍCOLA. IMPOSSIBILIDADE DE REEXAME DO
ACERVO FÁTICO-PROBATÓRIO DOS AUTOS. AGRAVO
DA PARTICULAR A QUE SE NEGA PROVIMENTO. 1. Nos
termos da jurisprudência do STJ, o tamanho da propriedade
não descaracteriza, por si só, o regime de economia familiar,
caso estejam comprovados os demais requisitos para a
concessão da aposentadoria por idade rural: ausência de
empregados, mútua dependência e colaboração da família no
campo” (1ª Turma, AgInt noREsp 1369260 / SC, de 13/6/2017).
Artigo 54 da IN77
I - certidão de casamento civil ou religioso;
II - certidão de união estável;
III - certidão de nascimento ou de batismo dos filhos;
IV - certidão de tutela ou de curatela;
V - procuração;
VI - título de eleitor ou ficha de cadastro eleitoral;
VII - certificado de alistamento ou de quitação com o serviço militar;
VIII - comprovante de matrícula ou ficha de inscrição em escola, ata ou boletim escolar do
trabalhador ou dos filhos;
IX - ficha de associado em cooperativa;
X - comprovante de participação como beneficiário, em programas governamentais para a
área rural nos estados, no Distrito Federal ou nos Municípios;
XI - comprovante de recebimento de assistência ou de acompanhamento de empresa de
assistência técnica e extensão rural;

XII - escritura pública de imóvel;

XIII - recibo de pagamento de contribuição federativa ouc onfederativa;

XIV - registro em processos administrativos ou judiciais, inclusive inquéritos, como


testemunha, autor ou réu;

XV - ficha ou registro em livros de casas de saúde, hospitais, postos de saúde ou do


programa dos agentes comunitários de saúde;

XVI- carteira de vacinação;


XVII - título de propriedade de imóvel rural;

XVIII - recibo de compra de implementos ou de insumos agrícolas;

XIX - comprovante de empréstimo bancário para fins de atividade rural;

XX - ficha de inscrição ou registro sindical ou associativo junto ao sindicato de trabalhadores


rurais, colônia ou associação de pescadores, produtores ou outras entidades congêneres;

XXI - contribuição social ao sindicato de trabalhadores rurais, à colônia ou à associação de


pescadores, produtores rurais ou aoutras entidades congêneres;
XXII - publicação na imprensa ou em informativos de circulação pública;

XXIII - registro em livros de entidades religiosas, quando da participação em batismo,


crisma, casamento ou em outros sacramentos;

XXIV- registro em documentos de associações de produtores rurais, comunitárias,


recreativas, desportivas ou religiosas;

XXV - Declaração Anual de Produto - DAP, firmada peranteo INCRA;

XXVI - título de aforamento;

XXVII - declaração de aptidão fornecida para fins de obtenção de financiamento junto ao


Programa Nacional de Desenvolvimentoda Agricultura Familiar - PRONAF; e
XXVIII - ficha de atendimento médico ou odontológico.

§ 1º Para fins de comprovação da atividade do segurado especial, os documentos referidos


neste artigo, serão considerado spara todos os membros do grupo familiar.

§ 2º Serão considerados os documentos referidos neste artigo,ainda que anteriores ao


período a ser comprovado, em conformidadecom o Parecer CJ/MPS nº 3.136, de 23 de
setembro de2003.
Art. 106. A comprovação do exercício de atividade rural será feita, complementarmente à
autodeclaração de que trata o § 2º e ao cadastro de que trata o § 1º, ambos do art. 38-B
desta Lei, por meio de, entre outros: (Redação dada pela Lei nº 13.846, de 2019)

I – contrato individual de trabalho ou Carteira de Trabalho e Previdência Social;


(Redação dada pela Lei nº 11.718, de 2008)

II – contrato de arrendamento, parceria ou comodato rural; (Redação


IV - Declaração de Aptidão ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar, de que trata o inciso II
do caput do art. 2º da Lei nº 12.188, de 11 de janeiro de 2010, ou por documento que a substitua; (Redação dada
pela Lei nº 13.846, de 2019)

V – bloco de notas do produtor rural; (Redação dada pela Lei nº 11.718, de 2008)

VI – notas fiscais de entrada de mercadorias, de que trata o § 7o do art. 30 da Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991,
emitidas pela empresa adquirente da produção, com indicação do nome do segurado como vendedor;
(Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008)

VII – documentos fiscais relativos a entrega de produção rural à cooperativa agrícola, entreposto de pescado ou
outros, com indicação do segurado como vendedor ou consignante; (Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008)

VIII – comprovantes de recolhimento de contribuição à Previdência Social decorrentes da comercialização da


produção; (Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008)

IX – cópia da declaração de imposto de renda, com indicação de renda proveniente da comercialização de produção
rural; ou (Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008)

X – licença de ocupação ou permissão outorgada pelo Incra. (Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008)
Testemunhas:

Justificação Administrativa In77 574 e seguintes.


- 02 a 06 testemunhas
- Mesmos impedimentos do CPC
- Exige início de prova documental contemporânea aos fatos
- Exige requerimento delimitando o que se pretende provar
- Pode ser ouvida testemunha em local diverso do domicílio do requerente (585 da IN77)
- Não há intimação pessoal das testemunhas
- No dia e hora marcado, é feita a oitiva e lavra o Termo de Assentada e uso de imagem.
- Mesmas advertências do Código Penal, artigo 299 e 342 do CP.
- Procurador por fazer perguntas

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