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I – DOS FATOS
A parte autora começou a trabalhar nas atividades rurais quando ainda criança (aos
12 anos de idade). Essas atividades rurais eram exercidas pelo grupo familiar da parte autora
em terras próprias sem a ajuda permanente de empregados ou mão-de-obra. Em suma, a
atividade rural da família consistia na plantação de (especificar), criação de (especificar).
1 - REQUERIMENTO ADMINISTRATIVO
A parte autora também pretende cobrar as parcelas vencidas, devidas desde a data
da postulação administrativa do benefício (data do agendando do requerimento
administrativo).
Art. 106. A comprovação do exercício de atividade rural será feita, alternativamente, por meio
de: (Redação dada pela Lei nº 11.718, de 2008)
I – contrato individual de trabalho ou Carteira de Trabalho e Previdência Social; (Redação dada
pela Lei nº 11.718, de 2008)
II – contrato de arrendamento, parceria ou comodato rural; (Redação dada pela Lei nº 11.718, de
2008)
III – declaração fundamentada de sindicato que represente o trabalhador rural ou, quando for o
caso, de sindicato ou colônia de pescadores, desde que homologada pelo Instituto Nacional do
Seguro Social – INSS; (Redação dada pela Lei nº 11.718, de 2008)
IV – comprovante de cadastro do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA, no
caso de produtores em regime de economia familiar; (Redação dada pela Lei nº 11.718, de 2008)
V – bloco de notas do produtor rural; (Redação dada pela Lei nº 11.718, de 2008)
VI – notas fiscais de entrada de mercadorias, de que trata o § 7o do art. 30 da Lei no 8.212, de 24 de
julho de 1991, emitidas pela empresa adquirente da produção, com indicação do nome do
segurado como vendedor; (Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008)
VII – documentos fiscais relativos a entrega de produção rural à cooperativa agrícola, entreposto
de pescado ou outros, com indicação do segurado como vendedor ou consignante; (Incluído pela
Lei nº 11.718, de 2008)
VIII – comprovantes de recolhimento de contribuição à Previdência Social decorrentes da
comercialização da produção; (Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008)
IX – cópia da declaração de imposto de renda, com indicação de renda proveniente da
comercialização de produção rural; ou (Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008)
X – licença de ocupação ou permissão outorgada pelo Incra. (Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008)
Incra
Certidão nascimento
1. Não subsiste a alegação de que o recurso especial não deveria ter sido conhecido em razão do
óbice contido na Súmula 7/STJ, pois a análise do disposto no art. 106 da Lei nº 8.213/1991 que
descreve os documentos que se inserem no conceito de início de prova material hábil a
comprovação do exercício de atividade rural, envolve apenas matéria de direito, consubstanciada
na valoração, e não ao reexame das provas.
2. Apesar do rol de documentos descritos no art. 106 da Lei nº 8.213/1991 ser meramente
exemplificativo, sendo admissíveis, portanto, outros documentos, além dos previstos no
mencionado dispositivo, o fato é que, para comprovação da atividade rural, só é possível
considerar documentos em nome dos genitores, como início de prova material, se forem
contemporâneos ao período de labor pretendido, situação não verificada nos autos.
Registre-se ainda que o simples fato de estudar e de ter idade entre 12 (doze) e 14
(quatorze) anos não impede o reconhecimento do trabalho rural 1. Aliás, quanto ao termo inicial
da contagem do tempo de trabalho rural em regime de economia familiar, "a jurisprudência do
STF, do STJ e desta Seção Previdenciária é pacífica no sentido de admitir o aproveitamento do
tempo rural em regime de economia familiar a partir dos doze anos de idade consoante os
seguintes precedentes”2.
Também, não é imperativo que o início de prova material diga respeito a todo
período que se pretende provar, desde que a prova testemunhal amplie sua eficácia
probatória3. Vejamos a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça – STJ em situação
análoga:
I. A circunstância de haver denúncia criminal contra o advogado que subscreveu a petição inicial,
sem menção à recorrida, não invalida as provas dos autos, haja vista a presunção de inocência,
prevista na Constituição da República.
1
TNU: Súmula nº 5 – PRESTAÇÃO DE SERVIÇO RURAL: a prestação de serviço rural por menor de 12 a 14 anos, até
o advento da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, devidamente comprovada pode ser reconhecida para fins
previdenciários.
2
STF - RE 104.654-6/SP, 2ª Turma, Rel. Min. Francisco Rezek, DJU 25/4/1986 e AI 529.694-1/RS, 2ª Turma, Rel.
Min. Gilmar Mendes, DJU 11/03/2005; STJ - REsp 497724/RS, 5ª Turma, Rel. Min. Arnaldo Esteves Lima, DJU
19/6/2006 e AgRg no RESP 419601/SC, 6ª T, Rel. Min. Paulo Medina, DJU 18-04-2005; TRF4ªR - 3ª Seção, EI
2000.04.01.091675-1/RS, Rel. Des. Federal Celso Kipper, DJU 07/6/2006, EI 2000.04.01.06909-7/RS, Rel. Des. João
Batista Pinto Silveira, DJU 22/6/2005" TRF - 4ª R., 3ª Seção, Embargos Infringentes na Apelação Cível
2001.04.01.021612-5, DE de 20.06.2007, relator o Desembargador Federal Ricardo Teixeira do Valle Pereira.
3
TNU: Súmula nº 14 – Para concessão de aposentadoria rural por idade, não se exige que o início de prova
material, corresponda a todo o período equivalente à carência do benefício.
II. Embora imprescindível o início de prova documental do tempo de serviço, a lei não exige
que corresponda ele, necessariamente, ao período de carência ou a todo o período que se
pretende comprovar.
III. Havendo, nos autos, início de prova material, ratificado pela prova testemunhal, é de rigor o
reconhecimento da condição da autora como trabalhadora rural, sem que tal implique revisão de
matéria fática.
IV. Consoante a jurisprudência do STJ, "(...) as instâncias ordinárias são soberanas na análise fática
e probatória inerente ao caso. Contudo, o STJ não é impedido, a partir da realidade fática
assentada pelo Juízo a quo, de proceder à adequada qualificação jurídica do fato, em razão da
valoração, e não do reexame, da prova produzida" (STJ, AgRg no AgRg no AREsp 364.427/RJ, Rel.
Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, DJe de 05/12/2013).
Art. 60. Até que lei específica discipline a matéria, são contados como tempo de contribuição, entre
outros:
(...)
X - o tempo de serviço do segurado trabalhador rural anterior à competência novembro de
1991;
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TNU: Súmula nº 24 – O tempo de serviço do segurado trabalhador rural anterior ao advento da Lei nº 8.213/91,
sem o recolhimento de contribuições previdenciárias, pode ser considerado para a concessão de benefício
previdenciário do Regime Geral de Previdência Social – RGPS, exceto para efeito de carência, conforme a regra do
art. 55, § 2º, da Lei nº 8.213/91.
3. Ação rescisória procedente. AÇÃO RESCISÓRIA Nº 3.393 - RS (2005/0130066-1) Rel. Ministro
Sebastião Reis Júnior. Brasília, 24 de outubro de 2012 (data do julgamento).
h) A concessão do benefício JUSTIÇA GRATUITA, por não ter a parte autora como
arcar com as custas processuais e honorários advocatícios sem prejuízo de seu sustento;
i) Requer-se, com base no art. 22, § 4º da Lei n.º 8.906/94, que, ao final da presente
demanda, caso sejam encontradas diferenças em favor da parte autora, quando da expedição
da RPV ou do precatório, os valores referentes aos honorários contratuais (contrato de
honorário em anexo) sejam expedidos em nome do presente procurador, assim como os
eventuais honorários de sucumbência;
Pede deferimento.
Data....
ROL DE TESTEMUNHAS:
Art. 450 - O rol de testemunhas conterá, sempre que possível, o nome, a profissão,
o estado civil, a idade, o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas, o número de
registro de identidade e o endereço completo da residência e do local de trabalho.