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I – DOS FATOS
(descrever)
Não contente, o INSS interpôs recurso para a Turma Recursal visando
reformar o julgamento anterior. Em (especificar) a Turma Recursal deu parcial provimento ao
recurso do INSS, não reconhecendo o período rural laborado de (período), senão vejamos o
acórdão:
(descrever)
1. REQUERIMENTO ADMINISTRATIVO
Em atençã o ao seu pedido de Aposentadoria por Idade apresentado em (data), informamos que apó s aná lise
da documentaçã o apresentada e entrevista/pesquisa realizada de acordo com o art. 357, do Regulamento da
Previdência Social, aprovado pelo Decreto nº 3.048/99, combinado com o art. 9 da Pt/MPAS nº 4.273, de
12/12/97, nã o foi reconhecido o direito ao benefício por nã o ter sido comprovada a qualidade de segurado
especial.
Certidão de casamento;
Descrever os documentos (tabela elucidativa no material).
Certidão de nascimento;
Descrever os documentos (tabela elucidativa no material).
E ainda:
Art. 11. Sã o segurados obrigató rios da Previdência Social as seguintes pessoas físicas:
(...)
VII – como segurado especial: a pessoa física residente no imó vel rural ou em aglomerado urbano ou rural
pró ximo a ele que, individualmente ou em regime de economia familiar, ainda que com o auxílio eventual de
terceiros, na condiçã o de:
a) produtor, seja proprietá rio, usufrutuá rio, possuidor, assentado, parceiro ou meeiro outorgados,
comodatá rio ou arrendatá rio rurais, que explore atividade:
(...)
2. de seringueiro ou extrativista vegetal que exerça suas atividades nos termos do inciso XII do caput do art.
2o da Lei no 9.985, de 18 de julho de 2000, e faça dessas atividades o principal meio de vida.
Por sua vez, o art. 39, inciso I, da Lei nº 8.213/91 prevê a possibilidade
da concessão de aposentadoria por idade ou por invalidez, auxílio- doença, auxílio-reclusão ou
pensão, no valor de um salário mínimo, desde que comprovado o exercício da atividade (rural),
ainda que de forma descontínua, no período imediatamente anterior ao requerimento do
benefício requerido.
4. COMPROVAÇÃO DO EXERCÍCIO DE ATIVIDADE RURAL
Art. 106. A comprovaçã o do exercício de atividade rural será feita, alternativamente, por meio de: (Redaçã o
dada pela Lei nº 11.718, de 2008)
I – contrato individual de trabalho ou Carteira de Trabalho e Previdência Social; (Redaçã o dada pela Lei nº
11.718, de 2008)
II – contrato de arrendamento, parceria ou comodato rural; (Redaçã o dada pela Lei nº 11.718, de 2008)
III – declaraçã o fundamentada de sindicato que represente o trabalhador rural ou, quando for o caso, de
sindicato ou colô nia de pescadores, desde que homologada pelo Instituto Nacional do Seguro Social –
INSS; (Redaçã o dada pela Lei nº 11.718, de 2008)
IV – comprovante de cadastro do Instituto Nacional de Colonizaçã o e Reforma Agrá ria – INCRA, no caso de
produtores em regime de economia familiar; (Redaçã o dada pela Lei nº 11.718, de 2008)
V – bloco de notas do produtor rural; (Redaçã o dada pela Lei nº 11.718, de 2008)
VI – notas fiscais de entrada de mercadorias, de que trata o § 7o do art. 30 da Lei no 8.212, de 24 de julho de
1991, emitidas pela empresa adquirente da produçã o, com indicaçã o do nome do segurado como
vendedor; (Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008)
VII – documentos fiscais relativos a entrega de produçã o rural à cooperativa agrícola, entreposto de pescado
ou outros, com indicaçã o do segurado como vendedor ou consignante; (Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008)
VIII – comprovantes de recolhimento de contribuiçã o à Previdência Social decorrentes da comercializaçã o da
produçã o; (Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008)
IX – có pia da declaraçã o de imposto de renda, com indicaçã o de renda proveniente da comercializaçã o de
produçã o rural; ou (Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008)
X – licença de ocupaçã o ou permissã o outorgada pelo Incra. (Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008)
AGRAVO REGIMENTAL. PREVIDENCIÁ RIO. APOSENTADORIA RURAL POR IDADE. INÍCIO DE PROVA
MATERIAL. DOCUMENTOS EM NOME DO EX-CÔ NJUGE. EXTENSÃ O DA PROVA MESMO APÓ S A SEPARAÇÃ O.
1. Dada a notó ria dificuldade de comprovaçã o do exercício da atividade rural, esta Corte Superior de Justiça
considera o rol de documentos previsto no art. 106 da Lei n. 8.213/1991 como meramente exemplificativo.
Nesse sentido, já se manifestou inú meras vezes pela possibilidade de reconhecimento como início de prova
material da certidã o de ó bito do cô njuge, bem como da certidã o de casamento, mesmo que nã o coincidentes
com todo o período de carência do benefício, desde que devidamente referendados por robusta prova
testemunhal que corrobore a observâ ncia do período legalmente exigido.
2. Esta Terceira Seçã o já se manifestou pela aceitaçã o, a título de início de prova material, de documentos
relativos à qualificaçã o do entã o marido da autora, mesmo diante da separaçã o ou do divó rcio do casal,
quando as informaçõ es contidas na documentaçã o foi confirmada pela prova testemunhal. Precedentes.
3. Agravo regimental improvido. (AgRg no AREsp 47.907/MG, Rel. Ministro SEBASTIÃ O REIS JÚ NIOR, SEXTA
TURMA, DJe 28/03/2012).
Incra
Certidão nascimento (especificar todos os documentos).
PREVIDENCIÁ RIO. RURAL. QUALIDADE DE SEGURADO ESPECIAL. PROVA MATERIAL. INÍCIO. CERTIDÕ ES DE
ATO DE REGISTRO CIVIL. POSSIBILIDADE. TESE RECURSAL. REEXAME DE PROVA. IMPOSSIBILIDADE.
SÚ MULA N. 7/STJ. Ó BICE.
1. Esta Corte possui entendimento consolidado no sentido de que as certidões de casamento, de óbito
do marido da autora e de nascimento dos filhos, nas quais constam a profissão de agricultor daquele,
constituem razoável início de prova material a corroborar os depoimentos testemunhais.
2. A lei nã o exige que a prova material se refira a todo o período de carência exigido, conforme versa o art.
143 da Lei n. 8.213/1991, desde que ela seja amparada por prova testemunhal harmô nica, no sentido da
prá tica laboral referente ao período objeto de debate.
3. A tese defendida no recurso especial de que nã o ficou demonstrado o labor rural, em regime de economia
familiar, encontra ó bice na Sú mula n. 7/STJ.
4. Agravo regimental improvido. (AgRg no REsp 1.268.557/GO, Rel. Min. Jorge Mussi, Quinta Turma, julgado
em 20.3.2012, DJe 3.4.2012.). Grifei
RECURSO ESPECIAL. PREVIDENCIÁ RIO. INÍCIO DE PROVA MATERIAL. EXISTÊ NCIA. DOCUMENTAÇÃ O EM
NOME DOS PAIS. CÔ MPUTO DO TEMPO DE SERVIÇO PRESTADO EM ATIVIDADE RURAL PARA FINS DE
APOSENTADORIA URBANA POR TEMPO DE SERVIÇO NO MESMO REGIME DE PREVIDÊ NCIA. CONTRIBUIÇÃ O
RELATIVAMENTE AO PERÍODO DE ATIVIDADE RURAL. DESNECESSIDADE. CUMPRIMENTO DO PERÍODO DE
CARÊ NCIA DURANTE O TEMPO DE SERVIÇO URBANO.
(...)
4. Os documentos em nome do pai do recorrido, que exercia atividade rural em regime familiar,
contemporâneos à época dos fatos alegados, se inserem no conceito de início razoável de prova
material. " (REsp 542.422/PR, da minha Relatoria, in DJ 9/12/2003). (REsp nº 505.429/PR, relator o
Ministro Hamilton Carvalhido , DJ de 17/12/2004). Grifei
1
TNU: Súmula nº 6 – COMPROVAÇÃO DE CONDIÇÃO RURÍCOLA: A certidão de casamento ou outro documento
idôneo que evidencie a condição de trabalhador rural do cônjuge constitui início razoável de prova material da
atividade rurícola.
testemunhal amplie sua eficácia probatória 2. Vejamos a jurisprudência do Superior Tribunal de
Justiça – STJ:
AÇÃ O RESCISÓ RIA. PREVIDENCIÁ RIO. APOSENTADORIA POR IDADE. RURAL. COMPROVAÇÃ O DA
ATIVIDADE AGRÍCOLA NO PERÍODO DE CARÊ NCIA. INÍCIO DE PROVA MATERIAL AMPLIADO POR PROVA
TESTEMUNHAL. PEDIDO PROCEDENTE.
1. É firme a orientaçã o jurisprudencial desta Corte no sentido de que, para concessã o de aposentadoria por
idade rural, nã o se exige que a prova material do labor agrícola se refira a todo o período de carência, desde
que haja prova testemunhal apta a ampliar a eficá cia probató ria dos documentos, como na hipó tese em
exame.
2. Pedido julgado procedente para, cassando o julgado rescindendo, dar provimento ao recurso especial para
restabelecer a sentença (AR 3.986/SP, Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura, Terceira Seçã o, julgado em
22/6/2011, DJe 1º/8/2011).
2
TNU: Súmula nº 14 – Para concessão de aposentadoria rural por idade, não se exige que o início de prova
material, corresponda a todo o período equivalente à carência do benefício.
Essa prova testemunhal tem o intuito de comprovar o labor rural da
parte autora na qualidade de segurado especial referente ao período de carência exigido para
obtenção do benefício ora pleiteado e a comprovação do exercício no período imediatamente
anterior ao requerimento administrativo.
RECURSO CÍVEL. DIREITO PREVIDENCIÁ RIO. BENEFÍCIO DE APOSENTADORIA POR IDADE. TRABALHADOR
RURAL. PROVA TESTEMUNHAL. CERCEAMENTO DE DEFESA CARACTERIZADA. NULIDADE DA SENTENÇA.
1. Tratando-se de pedido de concessão de aposentadoria por idade rural, que exige comprovação do
exercício de atividade rurícola, ainda que descontínua, no período correspondente à carência do benefício,
caracteriza cerceamento de defesa a não realização de audiência, utilizando-se como prova emprestada
depoimentos desfavorá veis colhidos em processo anterior de restabelecimento de auxílio-doença.
2. Recurso provido, anulando-se a sentença. Processo nº: 201070600019106. Relatora: Juíza Federal Flavia
da Silva Xavier. DJ Curitiba, 21 de novembro de 2011. Grifei
Art. 201. A previdência social será organizada sob a forma de regime geral, de cará ter contributivo e de
filiaçã o obrigató ria, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial, e atenderá , nos
termos da lei, a:
§ 7º É assegurada aposentadoria no regime geral de previdência social, nos termos da lei, obedecidas as
seguintes condiçõ es:
II - sessenta e cinco anos de idade, se homem, e sessenta anos de idade, se mulher, reduzido em cinco anos o
limite para os trabalhadores rurais de ambos os sexos e para os que exerçam suas atividades em regime de
economia familiar, nestes incluídos o produtor rural, o garimpeiro e o pescador artesanal.
Art. 48. A aposentadoria por idade será devida ao segurado que, cumprida a carência exigida nesta Lei,
completar 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se homem, e 60 (sessenta), se mulher.
§ 1o Os limites fixados no caput sã o reduzidos para sessenta e cinqü enta e cinco anos no caso de
trabalhadores rurais, respectivamente homens e mulheres, referidos na alínea a do inciso I, na alínea g do
inciso V e nos incisos VI e VII do art. 11.
§ 2o Para os efeitos do disposto no § 1 o deste artigo, o trabalhador rural deve comprovar o efetivo exercício
de atividade rural, ainda que de forma descontínua, no período imediatamente anterior ao requerimento do
benefício, por tempo igual ao nú mero de meses de contribuiçã o correspondente à carência do benefício
pretendido, computado o período a que se referem os incisos III a VIII do § 9o do art. 11 desta Lei.
Art. 142. Para o segurado inscrito na Previdência Social Urbana até 24 de julho de 1991, bem como para o
trabalhador e o empregador rural cobertos pela Previdência Social Rural, a carência das aposentadorias por
idade, por tempo de serviço e especial obedecerá à seguinte tabela, levando-se em conta o ano em que o
segurado implementou todas as condiçõ es necessá rias à obtençã o do benefício: (Artigo e tabela com nova
redaçã o dada pela Lei nº 9.032, de 1995)
Por sua vez, o art. 55, § 2º daquele diploma legal estabelece que “o
tempo de serviço do segurado trabalhador rural, anterior à data de início de vigência desta Lei,
será computado independentemente do recolhimento das contribuições a ele
correspondentes, exceto para efeito de carência, conforme dispuser o Regulamento”; e o art.
26, inciso III determina que o benefício de aposentadoria por idade será concedido aos
trabalhadores rurais referidos no art. 11, inciso VII da Lei nº 8213/91, independentemente de
carência.
Pede deferimento.
Data....
ROL DE TESTEMUNHAS: