Você está na página 1de 38

PÓS-GRADUAÇÃO EM PRÁTICA TRABALHISTA AVANÇADA

MÓDULO: TEMAS PRÁTICOS DO DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO


PARTE – II

TEMA: ASPECTOS PRÁTICOS DAS PEÇAS NA EXECUÇÃO.

Em reclamação trabalhista apresentada por Cinara, foi determinada a


expedição de Carta Precatória Executória. Após a citação do executado, não foram
oferecidos bens à penhora, nem garantida a execução.
Dessa forma, o Oficial de Justiça avaliou e penhorou um dos imóveis do
executado, nomeando-o como depositário.
Inconformado, o executado opôs embargos à execução, alegando que a
avaliação não foi corretamente efetuada, pois o imóvel tem valor muito superior ao
estimado pelo Oficial.
Neste caso, qual juízo julgará os embargos apresentados pelo
executado?

GABARITO
O juízo deprecado será responsável pelo julgamento dos embargos, pois
a matéria suscitada se refere a suposto vício na penhora, nos termos do art. 20,
par. único, da Lei de Execuções Fiscais:

Art. 20 - Na execução por carta, os embargos do executado


serão oferecidos no Juízo deprecado, que os remeterá ao
Juízo deprecante, para instrução e julgamento.
Parágrafo Único - Quando os embargos tiverem por objeto
vícios ou irregularidades de atos do próprio Juízo deprecado,
caber-lhe -á unicamente o julgamento dessa matéria.
PÓS-GRADUAÇÃO EM PRÁTICA TRABALHISTA AVANÇADA

MÓDULO: ESTUDO DE CASO

TEMA: HARD CASE II – RECLAMAÇÃO CONSTITUCIONAL

Alice Wonderland trabalha na empresa Cabify Agência de Serviços de


Transporte de Passageiros LTDA como motorista, desde 2019. Recentemente Alice
sentindo fortes dores na coluna e, incentivada por alguns amigos que trabalham na
mesma empresa e que obtiveram sucesso no reconhecimento de contratos de
trabalho na modalidade de emprego, decide apresentar Reclamação Trabalhista
contra a empresa, pleiteando o reconhecimento da relação de emprego. Em
decisão de primeira instância, seu pedido foi considerado improcedente, mas em
acórdão proferido pelo Tribunal Regional do Trabalho, foi reconhecida a relação de
emprego.
Cabify inconformada com a decisão, decide apresentar as medidas
processuais cabíveis – considerando o apresentado, quais medidas poderiam
apresentar (julgando que a empresa entende que o reconhecimento decorre de
desrespeito à decisões proferidas na ADC 48, na ADPF 324, ADI 5835, Tema 725
do STF)?
É possível apresentar Reclamação Constitucional e recurso?
Qual a natureza jurídica da Reclamação Constitucional?
É possível apresentar Reclamação de Decisões interlocutórias?

Hardweel trabalhou por muitos anos na empresa Eventos Musicais LTDA,


como operador técnico musical. Durante os anos trabalhados ficou submetido à
altos níveis de ruídos, que lhe prejudicaram a audição, levando a perda de 90% da
audição no ouvido direito e 100% no esquerdo. Ao requerer sua aposentadoria
especial, apresentou PPP formulado pelo empregador, em que constava o
fornecimento de EPI. Por entender que o mero fornecimento de EPI era suficiente
para neutralizar a nocividade dos ruídos, o INSS indeferiu o pedido pelo não
cumprimento dos requisitos legais ensejadores da aposentadoria.
O segurado então pleiteou na justiça a aposentadoria, contudo novamente
lhe fora negada.

Considerando que o Equipamento de Proteção Individual não era suficiente


para reduzir a nocividade dos ruídos, a decisão do INSS e posteriormente do
judiciário está correta?
É possível o segurado apresentar Reclamação Constitucional?

Nos dois casos estamos tratando da Reclamação Constitucional – neste


sentido seguem julgados para leitura:

Ementa: CONSTITUCIONAL, TRABALHISTA E


PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO INTERNO NA
RECLAMAÇÃO. OFENSA AO QUE DECIDIDO POR ESTE
TRIBUNAL NO JULGAMENTO DA ADPF 324 E DO RE
958.252 (TEMA 725 DA REPERCUSSÃO GERAL).
RECURSO PROVIDO. 1. A controvérsia, nestes autos, é
comum tanto ao decidido no julgamento da ADPF 324, Rel.
Min. ROBERTO BARROSO, quanto ao objeto de análise do
Tema 725 (RE 958.252, Rel. Min. LUIZ FUX), em que esta
CORTE fixou tese no sentido de que: É lícita a terceirização
ou qualquer outra forma de divisão do trabalho entre pessoas
jurídicas distintas, independentemente do objeto social das
empresas envolvidas, mantida a responsabilidade subsidiária
da empresa contratante. 2. Por esse motivo, apesar da
decisão impugnada ter sido proferida antes da conclusão do
julgamento da ADPF 324 (Rel. Min. ROBERTO BARROSO),
o processo na origem encontra-se sobrestado com base no
Tema 725, a sugerir, consequentemente, que a solução do
presente caso deve observância às diretrizes deste
TRIBUNAL quanto ao ponto. 3. Recurso de Agravo ao qual se
dá provimento.
(Rcl 36500 AgR, Relator(a): ROSA WEBER, Relator(a) p/
Acórdão: ALEXANDRE DE MORAES, Primeira Turma,
julgado em 04-05-2020, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-121
DIVULG 14-05-2020 PUBLIC 15-05-2020)

Ementa: RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO.


DIREITO CONSTITUCIONAL PREVIDENCIÁRIO.
APOSENTADORIA ESPECIAL. ART. 201, § 1º, DA
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. REQUISITOS DE
CARACTERIZAÇÃO. TEMPO DE SERVIÇO PRESTADO
SOB CONDIÇÕES NOCIVAS. FORNECIMENTO DE
EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL - EPI. TEMA
COM REPERCUSSÃO GERAL RECONHECIDA PELO
PLENÁRIO VIRTUAL. EFETIVA EXPOSIÇÃO A AGENTES
NOCIVOS À SAÚDE. NEUTRALIZAÇÃO DA RELAÇÃO
NOCIVA ENTRE O AGENTE INSALUBRE E O
TRABALHADOR. COMPROVAÇÃO NO PERFIL
PROFISSIOGRÁFICO PREVIDENCIÁRIO PPP OU
SIMILAR. NÃO CARACTERIZAÇÃO DOS PRESSUPOSTOS
HÁBEIS À CONCESSÃO DE APOSENTADORIA ESPECIAL.
CASO CONCRETO. AGENTE NOCIVO RUÍDO.
UTILIZAÇÃO DE EPI. EFICÁCIA. REDUÇÃO DA
NOCIVIDADE. CENÁRIO ATUAL. IMPOSSIBILIDADE DE
NEUTRALIZAÇÃO. NÃO DESCARACTERIZAÇÃO DAS
CONDIÇÕES PREJUDICIAIS. BENEFÍCIO
PREVIDENCIÁRIO DEVIDO. AGRAVO CONHECIDO PARA
NEGAR PROVIMENTO AO RECURSO EXTRAORDINÁRIO.
1. Conduz à admissibilidade do Recurso Extraordinário a
densidade constitucional, no aresto recorrido, do direito
fundamental à previdência social (art. 201, CRFB/88), com
reflexos mediatos nos cânones constitucionais do direito à
vida (art. 5º, caput, CRFB/88), à saúde (arts. 3º, 5º e 196,
CRFB/88), à dignidade da pessoa humana (art. 1º, III,
CRFB/88) e ao meio ambiente de trabalho equilibrado (arts.
193 e 225, CRFB/88). 2. A eliminação das atividades laborais
nocivas deve ser a meta maior da Sociedade - Estado,
empresariado, trabalhadores e representantes sindicais -, que
devem voltar-se incessantemente para com a defesa da
saúde dos trabalhadores, como enuncia a Constituição da
República, ao erigir como pilares do Estado Democrático de
Direito a dignidade humana (art. 1º, III, CRFB/88), a
valorização social do trabalho, a preservação da vida e da
saúde (art. 3º, 5º, e 196, CRFB/88), e o meio ambiente de
trabalho equilibrado (art. 193, e 225, CRFB/88). 3. A
aposentadoria especial prevista no artigo 201, § 1º, da
Constituição da República, significa que poderão ser
adotados, para concessão de aposentadorias aos
beneficiários do regime geral de previdência social, requisitos
e critérios diferenciados nos “casos de atividades exercidas
sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a
integridade física, e quando se tratar de segurados portadores
de deficiência, nos termos definidos em lei complementar”. 4.
A aposentadoria especial possui nítido caráter preventivo e
impõe-se para aqueles trabalhadores que laboram expostos
a agentes prejudiciais à saúde e a fortiori possuem um
desgaste naturalmente maior, por que não se lhes pode exigir
o cumprimento do mesmo tempo de contribuição que aqueles
empregados que não se encontram expostos a nenhum
agente nocivo. 5. A norma inscrita no art. 195, § 5º, CRFB/88,
veda a criação, majoração ou extensão de benefício sem a
correspondente fonte de custeio, disposição dirigida ao
legislador ordinário, sendo inexigível quando se tratar de
benefício criado diretamente pela Constituição. Deveras, o
direito à aposentadoria especial foi outorgado aos seus
destinatários por norma constitucional (em sua origem o art.
202, e atualmente o art. 201, § 1º, CRFB/88). Precedentes:
RE 151.106 AgR/SP, Rel. Min. Celso de Mello, julgamento em
28/09/1993, Primeira Turma, DJ de 26/11/93; RE 220.742,
Rel. Min. Néri da Silveira, julgamento em 03/03/98, Segunda
Turma, DJ de 04/09/1998. 6. Existência de fonte de custeio
para o direito à aposentadoria especial antes, através dos
instrumentos tradicionais de financiamento da previdência
social mencionados no art. 195, da CRFB/88, e depois da
Medida Provisória nº 1.729/98, posteriormente convertida na
Lei nº 9.732, de 11 de dezembro de 1998. Legislação que, ao
reformular o seu modelo de financiamento, inseriu os §§ 6º e
7º no art. 57 da Lei n.º 8.213/91, e estabeleceu que este
benefício será financiado com recursos provenientes da
contribuição de que trata o inciso II do art. 22 da Lei nº
8.212/91, cujas alíquotas serão acrescidas de doze, nove ou
seis pontos percentuais, conforme a atividade exercida pelo
segurado a serviço da empresa permita a concessão de
aposentadoria especial após quinze, vinte ou vinte e cinco
anos de contribuição, respectivamente. 7. Por outro lado, o
art. 10 da Lei nº 10.666/2003, ao criar o Fator Acidentário de
Prevenção-FAP, concedeu redução de até 50% do valor
desta contribuição em favor das empresas que disponibilizem
aos seus empregados equipamentos de proteção declarados
eficazes nos formulários previstos na legislação, o qual
funciona como incentivo para que as empresas continuem a
cumprir a sua função social, proporcionando um ambiente de
trabalho hígido a seus trabalhadores. 8. O risco social
aplicável ao benefício previdenciário da aposentadoria
especial é o exercício de atividade em condições prejudiciais
à saúde ou à integridade física (CRFB/88, art. 201, § 1º), de
forma que torna indispensável que o indivíduo trabalhe
exposto a uma nocividade notadamente capaz de ensejar o
referido dano, porquanto a tutela legal considera a exposição
do segurado pelo risco presumido presente na relação entre
agente nocivo e o trabalhador. 9. A interpretação do instituto
da aposentadoria especial mais consentânea com o texto
constitucional é aquela que conduz a uma proteção efetiva do
trabalhador, considerando o benefício da aposentadoria
especial excepcional, destinado ao segurado que
efetivamente exerceu suas atividades laborativas em
“condições especiais que prejudiquem a saúde ou a
integridade física”. 10. Consectariamente, a primeira tese
objetiva que se firma é: o direito à aposentadoria especial
pressupõe a efetiva exposição do trabalhador a agente nocivo
à sua saúde, de modo que, se o EPI for realmente capaz de
neutralizar a nocividade não haverá respaldo constitucional à
aposentadoria especial. 11. A Administração poderá, no
exercício da fiscalização, aferir as informações prestadas pela
empresa, sem prejuízo do inafastável judicial review. Em caso
de divergência ou dúvida sobre a real eficácia do
Equipamento de Proteção Individual, a premissa a nortear a
Administração e o Judiciário é pelo reconhecimento do direito
ao benefício da aposentadoria especial. Isto porque o uso de
EPI, no caso concreto, pode não se afigurar suficiente para
descaracterizar completamente a relação nociva a que o
empregado se submete. 12. In casu, tratando-se
especificamente do agente nocivo ruído, desde que em limites
acima do limite legal, constata-se que, apesar do uso de
Equipamento de Proteção Individual (protetor auricular)
reduzir a agressividade do ruído a um nível tolerável, até no
mesmo patamar da normalidade, a potência do som em tais
ambientes causa danos ao organismo que vão muito além
daqueles relacionados à perda das funções auditivas. O
benefício previsto neste artigo será financiado com os
recursos provenientes da contribuição de que trata o inciso II
do art. 22 da Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991, cujas
alíquotas serão acrescidas de doze, nove ou seis pontos
percentuais, conforme a atividade exercida pelo segurado a
serviço da empresa permita a concessão de aposentadoria
especial após quinze, vinte ou vinte e cinco anos de
contribuição, respectivamente. O benefício previsto neste
artigo será financiado com os recursos provenientes da
contribuição de que trata o inciso II do art. 22 da Lei no 8.212,
de 24 de julho de 1991, cujas alíquotas serão acrescidas de
doze, nove ou seis pontos percentuais, conforme a atividade
exercida pelo segurado a serviço da empresa permita a
concessão de aposentadoria especial após quinze, vinte ou
vinte e cinco anos de contribuição, respectivamente. 13.
Ainda que se pudesse aceitar que o problema causado pela
exposição ao ruído relacionasse apenas à perda das funções
auditivas, o que indubitavelmente não é o caso, é certo que
não se pode garantir uma eficácia real na eliminação dos
efeitos do agente nocivo ruído com a simples utilização de
EPI, pois são inúmeros os fatores que influenciam na sua
efetividade, dentro dos quais muitos são impassíveis de um
controle efetivo, tanto pelas empresas, quanto pelos
trabalhadores. 14. Desse modo, a segunda tese fixada neste
Recurso Extraordinário é a seguinte: na hipótese de
exposição do trabalhador a ruído acima dos limites legais de
tolerância, a declaração do empregador, no âmbito do Perfil
Profissiográfico Previdenciário (PPP), no sentido da eficácia
do Equipamento de Proteção Individual - EPI, não
descaracteriza o tempo de serviço especial para
aposentadoria. 15. Agravo conhecido para negar provimento
ao Recurso Extraordinário.
(ARE 664335, Relator(a): LUIZ FUX, Tribunal Pleno, julgado
em 04-12-2014, ACÓRDÃO ELETRÔNICO REPERCUSSÃO
GERAL - MÉRITO DJe-029 DIVULG 11-02-2015 PUBLIC
12-02-2015)
PÓS-GRADUAÇÃO EM PRÁTICA TRABALHISTA AVANÇADA

MÓDULO: ESTUDO DE CASO

TEMA: HARD CASE I – RECLAMAÇÃO CONSTITUCIONAL

Alice Wonderland trabalha na empresa Rappi Delivery de Comida e


Mercado como entregadora, desde 2019. Recentemente Alice sentindo fortes dores
na coluna e, incentivada por alguns amigos que trabalham na mesma empresa e
que obtiveram sucesso no reconhecimento de contratos de trabalho na modalidade
de emprego, decide apresentar Reclamação Trabalhista contra a empresa,
pleiteando o reconhecimento da relação de emprego. Infelizmente na primeira
instância não logrou sucesso, apresentando Recurso contra a decisão proferida,
chegando ao Tribunal Superior do Trabalho.
Verificando a multiplicidade de recursos no mesmo sentido, apresentados
por empresas de plataformas ou seus prestadores de serviços, é possível um
IRDR?
Sendo o processo suspenso, caberá algum recurso?
A suspensão atingirá todos os pedidos ou apenas os que versem sobre o
tema afetado?
É possível intervenção de terceiros no processo do trabalho?

A Lei 13.015/2014 instituiu no Processo do Trabalho o chamado Incidente


de Resolução de Demandas Repetitivas, também chamado de julgamento por
amostragem, art. 896-C da CLT, a saber:
Art. 896-C. Quando houver multiplicidade de recursos de
revista fundados em idêntica questão de direito, a questão
poderá ser afetada à Seção Especializada em Dissídios
Individuais ou ao Tribunal Pleno, por decisão da maioria
simples de seus membros, mediante requerimento de um dos
Ministros que compõem a Seção Especializada, considerando
a relevância da matéria ou a existência de entendimentos
divergentes entre os Ministros dessa Seção ou das Turmas
do Tribunal. (Incluído pela Lei nº 13.015, de 2014)
§ 1o O Presidente da Turma ou da Seção Especializada, por
indicação dos relatores, afetará um ou mais recursos
representativos da controvérsia para julgamento pela Seção
Especializada em Dissídios Individuais ou pelo Tribunal
Pleno, sob o rito dos recursos repetitivos. (Incluído pela Lei
nº 13.015, de 2014)
§ 2o O Presidente da Turma ou da Seção Especializada que
afetar processo para julgamento sob o rito dos recursos
repetitivos deverá expedir comunicação aos demais
Presidentes de Turma ou de Seção Especializada, que
poderão afetar outros processos sobre a questão para
julgamento conjunto, a fim de conferir ao órgão julgador visão
global da questão. (Incluído pela Lei nº 13.015, de 2014)
§ 3o O Presidente do Tribunal Superior do Trabalho oficiará
os Presidentes dos Tribunais Regionais do Trabalho para que
suspendam os recursos interpostos em casos idênticos aos
afetados como recursos repetitivos, até o pronunciamento
definitivo do Tribunal Superior do Trabalho. (Incluído pela Lei
nº 13.015, de 2014)
§ 4o Caberá ao Presidente do Tribunal de origem admitir um
ou mais recursos representativos da controvérsia, os quais
serão encaminhados ao Tribunal Superior do Trabalho,
ficando suspensos os demais recursos de revista até o
pronunciamento definitivo do Tribunal Superior do Trabalho.
(Incluído pela Lei nº 13.015, de 2014)
§ 5o O relator no Tribunal Superior do Trabalho poderá
determinar a suspensão dos recursos de revista ou de
embargos que tenham como objeto controvérsia idêntica à do
recurso afetado como repetitivo. (Incluído pela Lei nº 13.015,
de 2014)
§ 6o O recurso repetitivo será distribuído a um dos Ministros
membros da Seção Especializada ou do Tribunal Pleno e a
um Ministro revisor. (Incluído pela Lei nº 13.015, de 2014)
§ 7o O relator poderá solicitar, aos Tribunais Regionais do
Trabalho, informações a respeito da controvérsia, a serem
prestadas no prazo de 15 (quinze) dia. (Incluído pela Lei nº
13.015, de 2014)
§ 8o O relator poderá admitir manifestação de pessoa, órgão
ou entidade com interesse na controvérsia, inclusive como
assistente simples, na forma da Lei nº 5.869, de 11 de janeiro
de 1973 (Código de Processo Civil). (Incluído pela Lei nº
13.015, de 2014)
§ 9o Recebidas as informações e, se for o caso, após
cumprido o disposto no § 7o deste artigo, terá vista o
Ministério Público pelo prazo de 15 (quinze) dias.
(Incluído pela Lei nº 13.015, de 2014)
§ 10. Transcorrido o prazo para o Ministério Público e
remetida cópia do relatório aos demais Ministros, o processo
será incluído em pauta na Seção Especializada ou no Tribunal
Pleno, devendo ser julgado com preferência sobre os demais
feitos. (Incluído pela Lei nº 13.015, de 2014)
§ 11. Publicado o acórdão do Tribunal Superior do Trabalho,
os recursos de revista sobrestados na origem:
(Incluído pela Lei nº 13.015, de 2014)
I - terão seguimento denegado na hipótese de o acórdão
recorrido coincidir com a orientação a respeito da matéria no
Tribunal Superior do Trabalho; ou (Incluído pela Lei nº
13.015, de 2014)
II - serão novamente examinados pelo Tribunal de origem na
hipótese de o acórdão recorrido divergir da orientação do
Tribunal Superior do Trabalho a respeito da matéria.
(Incluído pela Lei nº 13.015, de 2014)
§ 12. Na hipótese prevista no inciso II do § 11 deste artigo,
mantida a decisão divergente pelo Tribunal de origem, far-se-
á o exame de admissibilidade do recurso de revista.
(Incluído pela Lei nº 13.015, de 2014)

§ 13. Caso a questão afetada e julgada sob o rito dos


recursos repetitivos também contenha questão constitucional,
a decisão proferida pelo Tribunal Pleno não obstará o
conhecimento de eventuais recursos extraordinários sobre a
questão constitucional. (Incluído pela Lei nº 13.015, de 2014)
§ 14. Aos recursos extraordinários interpostos perante o
Tribunal Superior do Trabalho será aplicado o procedimento
previsto no art. 543-B da Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de
1973 (Código de Processo Civil), cabendo ao Presidente do
Tribunal Superior do Trabalho selecionar um ou mais recursos
representativos da controvérsia e encaminhá-los ao Supremo
Tribunal Federal, sobrestando os demais até o
pronunciamento definitivo da Corte, na forma do § 1o do art.
543-B da Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 (Código de
Processo Civil). (Incluído pela Lei nº 13.015, de 2014)
§ 15. O Presidente do Tribunal Superior do Trabalho poderá
oficiar os Tribunais Regionais do Trabalho e os Presidentes
das Turmas e da Seção Especializada do Tribunal para que
suspendam os processos idênticos aos selecionados como
recursos representativos da controvérsia e encaminhados ao
Supremo Tribunal Federal, até o seu pronunciamento
definitivo. (Incluído pela Lei nº 13.015, de 2014)
§ 16. A decisão firmada em recurso repetitivo não será
aplicada aos casos em que se demonstrar que a situação de
fato ou de direito é distinta das presentes no processo julgado
sob o rito dos recursos repetitivos. (Incluído pela Lei nº
13.015, de 2014)
§ 17. Caberá revisão da decisão firmada em julgamento de
recursos repetitivos quando se alterar a situação econômica,
social ou jurídica, caso em que será respeitada a segurança
jurídica das relações firmadas sob a égide da decisão
anterior, podendo o Tribunal Superior do Trabalho modular os
efeitos da decisão que a tenha alterado. (Incluído pela Lei nº
13.015, de 2014)

O próprio artigo responde nosso questionamento quanto à presença de


terceiros no processo, em seu parágrafo 8º, em que apresenta a permissão de
assistentes. Contudo, vale lembrar que é plenamente aplicável a disposição do
CPC ao tratar do amicus curiae. Sendo interessante a crítica que a doutrina
apresenta ao tema, ao trazer a ideia de formação de precedentes de forma
totalmente democrática, que implicaria na participação de vários atores sociais, e
consequente maior intervenção no processo.
Deste modo, questiona-se se seria possível uma maior intervenção no
Processo do Trabalho, na formação de precedentes, ou se o artigo 896-C, §8º da
CLT seria exaustivo.
Por fim, quanto à suspensão do processo, o regimento interno do TST, em
seus artigos 305 e seguintes, temos a resposta para eventual “recurso”, em verdade
temos a apresentação de uma petição simples, caso o advogado não concorde com
a suspensão de seu processo, por questões de identidade.
Ainda, a doutrina entende que uma vez suspenso, todo o processo será
suspenso, e não apenas a parte afetada. Contudo, doutrinadores como Mauro
Schiavi, criticam esse posicionamento, considerando notadamente a celeridade,
princípio fundamental e fundante do Processo Trabalhista.
PÓS-GRADUAÇÃO EM PRÁTICA TRABALHISTA AVANÇADA

MÓDULO: TEMAS PRÁTICOS DO DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO


PARTE – II

TEMA: ASPECTOS PRÁTICOS DOS MÉTODOS DE SOLUÇÃO DE CONFLITOS


TRABALHISTAS

A empresa de Alison Wonderland, Mundo das Maravilhas do Som S.A,


durante a pandemia do Covid-19 celebrou acordo extrajudicial, sem o auxílio de
advogados, com seus empregados.
Diante da dificuldade de acessar o Poder Judiciário, frente a quarentena
imposta pelo vírus, valendo-se do ius postulandi, decidiu apresentar o acordo
diretamente ao juiz do trabalho local, visando sua homologação.
Diante do exposto, o acordo será homologado? Caso o magistrado se
recuse à homologação do acordo, as partes poderão recorrer?

A Reforma Trabalhista trouxe uma nova exceção ao ius postulandi, art. 855-B,
CLT, uma vez que o processo de homologação de acordo extrajudicial terá início por
petição conjunta, sendo obrigatória a representação das partes por advogado (não
podendo as partes serem representadas por advogado comum). O art. 855-D, da CLT,
aduz que, no prazo de quinze dias a contar da distribuição da petição, o juiz analisará o
acordo, designará audiência se entender necessário e proferirá sentença. Tratando-se de
sentença, caberá Recurso Ordinário (Art. 895, CLT), em que pese não exista direito líquido
e certo à homologação (Súmula 418, TST).
PÓS-GRADUAÇÃO EM PRÁTICA TRABALHISTA AVANÇADA

MÓDULO: TEMAS PRÁTICOS DO DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO


PARTE – II

TEMA: ASPECTOS PRÁTICOS DO RECURSO DE REVISTA

Alice Wonderland, dona da empresa Bolero LTDA, condenada em R$


15.000,00 a título de reparação por dano moral sofrido por Alok, interpôs recurso
ordinário, depositando regularmente o valor correspondente ao depósito recursal (R$
10.986,80). O recurso ordinário foi recebido mas negado provimento.
Alice pretende interpor recurso de revista. Nesse caso, considerando que
o valor do depósito recursal pertinente a este recurso é de R$ 21.973,60, é válido
considerar que para apresentar o recurso deverá recolher o valor total de depósito
recursal?

Alice não está obrigada a depositar o valor integral do depósito recursal


referente ao Recurso de Revista. No caso, Alice deverá depositar apenas o valor
restante para atingir o valor da condenação, ou seja, apenas a diferença entre o valor
já depositado a títtulo de RO e os 15 mil reais da condenação. Nesse sentido, Súmula
128, do TST:

Súmula nº 128 do TST


DEPÓSITO RECURSAL (incorporadas as Orientações
Jurisprudenciais nºs 139, 189 e 190 da SBDI-1) - Res.
129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005
I - É ônus da parte recorrente efetuar o depósito legal,
integralmente, em relação a cada novo recurso interposto, sob
pena de deserção. Atingido o valor da condenação, nenhum
depósito mais é exigido para qualquer recurso. (ex-Súmula nº
128 - alterada pela Res. 121/2003, DJ 21.11.03, que incorporou
a OJ nº 139 da SBDI-1 - inserida em 27.11.1998)
II - Garantido o juízo, na fase executória, a exigência de
depósito para recorrer de qualquer decisão viola os incisos II e
LV do art. 5º da CF/1988. Havendo, porém, elevação do valor
do débito, exige-se a complementação da garantia do juízo.
(ex-OJ nº 189 da SBDI-1 - inserida em 08.11.2000)
III - Havendo condenação solidária de duas ou mais empresas,
o depósito recursal efetuado por uma delas aproveita as
demais, quando a empresa que efetuou o depósito não pleiteia
sua exclusão da lide. (ex-OJ nº 190 da SBDI-1 - inserida em
08.11.2000)
PÓS-GRADUAÇÃO EM PRÁTICA TRABALHISTA AVANÇADA

MÓDULO: TEMAS PRÁTICOS DO DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO


PARTE – II

TEMA: ASPECTOS PRÁTICOS DO RECURSO ORDINÁRIO

Calvin Harris, prestava serviços como empregado terceirizado da


empresa Musicistas do Som MEI, nas dependências da tomadora de serviços
Tropicália S.A. Quando de sua dispensa, Calvin ingressou com reclamação
trabalhista em face de ambas as empresas, sendo a segunda na qualidade de
responsável subsidiária por eventuais débitos trabalhistas.
As empresas contestaram o feito, sendo que Tropicália S.A alegou e
comprovou estar em recuperação judicial.
Em primeira instância, o magistrado condenou a empresa Musicistas do
Som ao pagamento das demais verbas salariais e rescisórias de Calvin, condenando
a empresa Tropicália de forma subsidiária.
As duas empresas pretendem interpor recurso ordinário, e te procuram
como advogado para tanto. Nesse caso, as duas empresas deverão recolher custas
e depósito recursal?

Nos termos do art. 899, da CLT, a empresa Tropicália é isenta do depósito


recursal, no entanto deverá recolher as custas de forma integral, comprovando o seu
pagamento.
Por sua vez, a empresa Musicistas do Som deverá recolher as custas,
bem como efetuar o deposito recursal. O depósito recursal, no entanto, será reduzido
pela metade, por ser a empresa MEI.

Art. 899 - Os recursos serão interpostos por simples petição e


terão efeito meramente devolutivo, salvo as exceções previstas
neste Título, permitida a execução provisória até a penhora.
(Redação dada pela Lei nº 5.442, de 24.5.1968) (Vide Lei nº
7.701, de 1988)
§ 1º Sendo a condenação de valor até 10 (dez) vêzes o salário-
mínimo regional, nos dissídios individuais, só será admitido o
recurso inclusive o extraordinário, mediante prévio depósito da
respectiva importância. Transitada em julgado a decisão
recorrida, ordenar-se-á o levantamento imediato da
importância de depósito, em favor da parte vencedora, por
simples despacho do juiz. (Redação dada pela Lei nº 5.442,
24.5.1968)
§ 2º Tratando-se de condenação de valor indeterminado, o
depósito corresponderá ao que fôr arbitrado, para efeito de
custas, pela Junta ou Juízo de Direito, até o limite de 10 (dez)
vêzes o salário-mínimo da região. (Redação dada pela Lei nº
5.442, 24.5.1968)
§ 4o O depósito recursal será feito em conta vinculada ao juízo
e corrigido com os mesmos índices da poupança.
(Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017)
§ 5o (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017)
§ 6º - Quando o valor da condenação, ou o arbitrado para fins
de custas, exceder o limite de 10 (dez) vêzes o salário-mínimo
da região, o depósito para fins de recursos será limitado a êste
valor. (Incluído pela Lei nº 5.442, 24.5.1968)
§ 7o No ato de interposição do agravo de instrumento, o
depósito recursal corresponderá a 50% (cinquenta por cento)
do valor do depósito do recurso ao qual se pretende destrancar.
(Incluído pela Lei nº 12.275, de 2010)
§ 8o Quando o agravo de instrumento tem a finalidade de
destrancar recurso de revista que se insurge contra decisão
que contraria a jurisprudência uniforme do Tribunal Superior do
Trabalho, consubstanciada nas suas súmulas ou em
orientação jurisprudencial, não haverá obrigatoriedade de se
efetuar o depósito referido no § 7o deste artigo. (Incluído pela
Lei nº 13.015, de 2014)
§ 9o O valor do depósito recursal será reduzido pela metade
para entidades sem fins lucrativos, empregadores domésticos,
microempreendedores individuais, microempresas e empresas
de pequeno porte. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
§ 10. São isentos do depósito recursal os beneficiários da
justiça gratuita, as entidades filantrópicas e as empresas em
recuperação judicial. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
§ 11. O depósito recursal poderá ser substituído por fiança
bancária ou seguro garantia judicial. (Incluído pela Lei nº
13.467, de 2017)
PÓS-GRADUAÇÃO EM PRÁTICA TRABALHISTA AVANÇADA

MÓDULO: TEMAS PRÁTICOS DO DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO


PARTE – II

TEMA: ASPECTOS PRÁTICOS DAS AUDIÊNCIAS TRABALHISTAS

Alice Wonderland após ser dispensada, ajuizou ação trabalhista em face


do empregador, pretendendo horas extras e adicional de periculosidade. No dia da
audiência, ela, injustificadamente, não compareceu. Um ano depois dessa data,
Alice ajuizou nova ação, com o mesmo pedido. A audiência foi designada, mas Alice
não compareceu, sem apresentar qualquer justificativa.
Considerando que Alice nas duas ações era beneficiária da justiça
gratuita, analise, a necessidade de pagamento de custas como condição para a
propositura de uma nova demanda.

O não comparecimento do reclamante, no caso Alice Wonderland, à


audiência importa no arquivamento da reclamação. Para além do arquivamento, a
Consolidação das Leis do Trabalho condena a reclamante ao pagamento das custas
calculadas na forma do art. 789 da CLT, ainda que beneficiária da justiça gratuita,
sendo o pagamento condição para a propositura de nova demanda:

Art. 844 - O não-comparecimento do reclamante à audiência


importa o arquivamento da reclamação, e o não-
comparecimento do reclamado importa revelia, além de
confissão quanto à matéria de fato.
§ 2º Na hipótese de ausência do reclamante, este será
condenado ao pagamento das custas calculadas na forma do
art. 789 desta Consolidação, ainda que beneficiário da justiça
gratuita, salvo se comprovar, no prazo de quinze dias, que a
ausência ocorreu por motivo legalmente justificável. (Incluído
pela Lei nº 13.467, de 2017)
§ 3º O pagamento das custas a que se refere o § 2o é condição
para a propositura de nova demanda (Incluído pela Lei nº
13.467, de 2017)

Quanto à propositura de uma nova ação, após o segundo arquivamento,


a reclamante incorrerá na pena de perempção, devendo aguardar pelo menos 6
meses, para apesentar nova reclamação trabalhista:

Art. 732 - Na mesma pena do artigo anterior incorrerá o


reclamante que, por 2 (duas) vezes seguidas, der causa ao
arquivamento de que trata o art. 844.

Art. 731 - Aquele que, tendo apresentado ao distribuidor


reclamação verbal, não se apresentar, no prazo estabelecido
no parágrafo único do art. 786, à Junta ou Juízo para fazê-lo
tomar por termo, incorrerá na pena de perda, pelo prazo de 6
(seis) meses, do direito de reclamar perante a Justiça do
Trabalho.
PÓS-GRADUAÇÃO EM PRÁTICA TRABALHISTA AVANÇADA

MÓDULO: TEMAS PRÁTICOS DO DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO


PARTE – II

TEMA: ASPECTOS PRÁTICOS DAS DEFESAS TRABALHISTAS

Alice Wonderland ajuizou reclamação trabalhista em face da empresa


Musicistas do Som, empresa terceirizante, e da empresa Lírios S.A, na qual prestava
serviços, requerendo o pagamento de verbas trabalhistas.
Lisa Bueno, advogada da empresa nacional Musicistas do Som, sabendo
que a empresa enviaria um preposto para a audiência trabalhista a ser realizada na
Bahia, adiantou-se apresentando contestação escrita antes mesmo da realização da
audiência.
O preposto não compareceu na Audiência UNA, sem qualquer
justificativa. E o advogado da empresa Lírios S.A, compareceu sem estar
acompanhado de representante da empresa e não apresentou contestação, pois
Lisa lhe informou sobre a apresentação por escrito.
Observando as disposições contidas na Consolidação das Leis do
Trabalho, a contestação será deferida produzindo seus regulares efeitos?

Primeiramente devemos lembrar que nos termos do art. 847, da CLT,


alterado pela Reforma Trabalhista, permitindo que a parte apresente defesa escrita
até a audiência. No entanto, segundo o parágrafo 5º, do art. 844 da CLT:
Art. 844 - O não-comparecimento do reclamante à audiência
importa o arquivamento da reclamação, e o não-
comparecimento do reclamado importa revelia, além de
confissão quanto à matéria de fato.
§ 1o Ocorrendo motivo relevante, poderá o juiz suspender o
julgamento, designando nova audiência. (Redação dada pela
Lei nº 13.467, de 2017)
§ 2o Na hipótese de ausência do reclamante, este será
condenado ao pagamento das custas calculadas na forma do
art. 789 desta Consolidação, ainda que beneficiário da justiça
gratuita, salvo se comprovar, no prazo de quinze dias, que a
ausência ocorreu por motivo legalmente justificável. (Incluído
pela Lei nº 13.467, de 2017)
§ 3o O pagamento das custas a que se refere o § 2o é condição
para a propositura de nova demanda. (Incluído pela Lei nº
13.467, de 2017)
§ 4o A revelia não produz o efeito mencionado no caput deste
artigo se: (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
I - havendo pluralidade de reclamados, algum deles contestar
a ação; (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
II - o litígio versar sobre direitos indisponíveis; (Incluído pela Lei
nº 13.467, de 2017)
III - a petição inicial não estiver acompanhada de instrumento
que a lei considere indispensável à prova do ato; (Incluído pela
Lei nº 13.467, de 2017)
IV - as alegações de fato formuladas pelo reclamante forem
inverossímeis ou estiverem em contradição com prova
constante dos autos. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
§ 5o Ainda que ausente o reclamado, presente o advogado
na audiência, serão aceitos a contestação e os
documentos eventualmente apresentados. (Incluído pela
Lei nº 13.467, de 2017)

E ainda, segundo o enunciado n° 102 da ANAMATRA:

O §5º DO ART. 844 DA CLT NÃO AFASTA A REVELIA E


SEUS EFEITOS DE CONFISSÃO, APENAS PERMITINDO
QUE O JUIZ POSSA CONHECER DAS QUESTÕES DE
ORDEM PÚBLICA E DA MATÉRIA NÃO ALCANÇADA PELA
CONFISSÃO DO FATO CONSTITUTIVO ALEGADO PELO
AUTOR.
PÓS-GRADUAÇÃO EM PRÁTICA TRABALHISTA AVANÇADA

MÓDULO: TEMAS PRÁTICOS DO DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO


PARTE – II

TEMA: ASPECTOS PRÁTICOS DA PETIÇÃO INICIAL TRABALHISTA

Alice Wonderland, apresentou reclamação trabalhista verbal contra seu


ex-empregador, postulando danos materiais decorrentes de doença contraída no
trabalho e a anotação de sua carteira de trabalho, uma vez que laborou por mais de
30 anos para o mesmo empregador, sem ter sua carteira devidamente assinada.
Importa dizer que sua petição inicial, reduzida a termo após 15 dias, não
apresentou narrativa dos fatos que ensejariam os danos materiais, aduzindo
unicamente que devido à natureza de seu trabalho contraiu doença laboral, muito
embora não explique a natureza de seu trabalho, bem como não apresentou
comprovações da existência da relação laboral. Pediu ainda que a citação do ex-
empregador fosse realizada por edital, uma vez que não sabe seu atual endereço,
uma vez que a empresa mudou de endereço.
Observando as disposições contidas na Consolidação das Leis do
Trabalho, a petição inicial será deferida produzindo seus regulares efeitos? Analise
apresentando as diferenças entre a Teoria da Substanciação e a Teoria da
Individuação:

Vale lembrar que com relação à causa de pedir, a doutrina apresenta


diferentes entendimentos. Para alguns doutrinadores, não há necessidade da
indicação dos fundamentos jurídicos do pedido, mesmo porque o processo laboral
admite o jus postulandi pelas próprias partes, teoria da individuação.
No entanto, doutrinadores como Leone Pereira assevera que há a
necessidade de que o autor preencha a causa de pedir próxima e a causa de pedir
remota, uma vez que nosso sistema processual adotou o princípio da substanciação
da causa de pedir, exigindo-se a apresentação dos fundamentos de fato e jurídicos
do pedido.
Sendo assim, não é suficiente, à luz da substanciação, que Alice apenas
alegue que desenvolveu doença em decorrência do trabalho, será necessária a
correta apresentação dos fatos, bem como a comprovação da relação laboral por
meio de pagamentos, ficha de horários, entre outros documentos que pudessem
fundamentar corretamente suas alegações.

No mais, deve ser reduzida a termos no prazo de 5 dias, não justificando


força maior que o tenha impedido, e nos termos do art. 731, da CLT:

Art. 731 - Aquele que, tendo apresentado ao distribuidor


reclamação verbal, não se apresentar, no prazo estabelecido
no parágrafo único do art. 786, à Junta ou Juízo para fazê-lo
tomar por termo, incorrerá na pena de perda, pelo prazo de 6
(seis) meses, do direito de reclamar perante a Justiça do
Trabalho.

Por fim, uma vez que a petição inicial não atende os requisitos do artigo
852-B, da CLT, não trazendo o valor da causa, bem como o endereço do reclamado,
a reclamação deverá ser arquivada, condenando assim o Reclamado ao pagamento
das custas processuais, bem como aplicando-se a pena determinada no art. 731, da
CLT.
PÓS-GRADUAÇÃO EM PRÁTICA TRABALHISTA AVANÇADA

MÓDULO: TEMAS PRÁTICOS DO DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO


PARTE – I

TEMA: ASPECTOS PRÁTICOS DOS PROCEDIMENTOS ESPECIAIS

O sindicato dos trabalhadores impetrou mandado de segurança coletivo


em defesa de direito individual homogêneo sendo proferida sentença favorável à
categoria representada.
Ocorre que, Alice Wonderland também impetrou mandado de segurança
individual, pleiteando os mesmos direitos.

Diante desta situação apresentada, o que acontece com o mandado de


segurança de Alice, uma vez que pertence à categoria representada no mandado
coletivo? Alice poderá se beneficiar da decisão do mandado coletivo?

O artigo 22, da Lei n. 12.016/00 (Lei do Mandado de Segurança), assim


dispõe:

Art. 22. No mandado de segurança coletivo, a sentença fará


coisa julgada limitadamente aos membros do grupo ou
categoria substituídos pelo impetrante. (Vide ADIN 4296)
§ 1o O mandado de segurança coletivo não induz
litispendência para as ações individuais, mas os efeitos da
coisa julgada não beneficiarão o impetrante a título individual
se não requerer a desistência de seu mandado de segurança
no prazo de 30 (trinta) dias a contar da ciência comprovada
da impetração da segurança coletiva.
§ 2o No mandado de segurança coletivo, a liminar só poderá
ser concedida após a audiência do representante judicial da
pessoa jurídica de direito público, que deverá se pronunciar
no prazo de 72 (setenta e duas) horas. (Vide ADIN 4296)

Dessa forma, o mandado individual de Alice pode ser mantido, no entanto,


para que ela se beneficie da decisão do mandado de segurança coletivo deverá
requerer a desistência de sua ação individual no prazo de 30 dias a contar da
ciência comprovada da impetração da segurança coletiva.
PÓS-GRADUAÇÃO EM PRÁTICA TRABALHISTA AVANÇADA

MÓDULO: TEMAS PRÁTICOS DO DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO


PARTE – I

TEMA: ASPECTOS PRÁTICOS DA TEORIA GERAL DA EXECUÇÃO

Alok, reclamante em processo trabalhista já em fase de execução,


esgotou todos os meios amigáveis para a satisfação de seu crédito. Diante do
exposto, requereu ao juiz a penhora dos bens particulares dos sócios da empresa,
pois seriam suficientes para satisfazer a dívida. No mais, requereu, o protesto da
decisão judicial transitada em julgado, gerando a inscrição do nome dos executados
em órgãos de proteção de crédito.
Diante do exposto, é possível a penhora dos bens particulares dos sócios?
E o protesto da decisão judicial transitada em julgado?

O protesto será possível de acordo com o art. 883-A, da CLT, depois de


transcorridos 45 dias da citação do executado, se não houver garantia do juízo:

Art. 883-A. A decisão judicial transitada em julgado somente


poderá ser levada a protesto, gerar inscrição do nome do
executado em órgãos de proteção ao crédito ou no Banco
Nacional de Devedores Trabalhistas (BNDT), nos termos da lei,
depois de transcorrido o prazo de quarenta e cinco dias a
contar da citação do executado, se não houver garantia do
juízo. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)

A penhora dos bens dos sócios, por sua vez, dependem do incidente de
desconsideração da personalidade jurídica previsto nos arts. 133 a 137 da Lei no
13.105, de 16 de março de 2015 - Código de Processo Civil. (Incluído pela Lei nº
13.467, de 2017)
PÓS-GRADUAÇÃO EM PRÁTICA TRABALHISTA AVANÇADA

MÓDULO: TEMAS PRÁTICOS DO DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO


PARTE – I

TEMA: ASPECTOS PRÁTICOS DOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO, DO


AGRAVO DE INSTRUMENTO E DO AGRAVO INTERNO

Alice Wonderland ajuizou reclamação trabalhista em face da empresa


Tropicália LTDA. Após a instrução processual, o Juízo entendeu por proferir
sentença julgando procedente em parte os pedidos da reclamante.
A Reclamada interpôs recurso de embargos declaratórios, os quais não
foram acolhidos pelo Juízo. Inconformada, a Reclamada interpôs Recurso Ordinário,
que não foi conhecido pelo Juízo, por preclusão, vez que o Juízo entendeu que os
embargos de declaração eram meramente procrastinatórios.

Dessa forma, e diante do exposto, qual Recurso Trabalhista a Reclamada


poderá apresentar para reverter a decisão? Justifique

O recurso cabível é o agravo de instrumento, no prazo de oito dias, nos


termos do artigo 897, b da CLT, que estabelece que caberá a interposição de agravo
de instrumento contra os despachos que denegarem seguimento aos recursos.
PÓS-GRADUAÇÃO EM PRÁTICA TRABALHISTA AVANÇADA

MÓDULO: TEMAS PRÁTICOS DO DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO


PARTE – I

TEMA: ASPECTOS PRÁTICOS DA TEORIA GERAL DOS RECURSOS

Alok, dono da empresa Musicistas do Som, empresa de pequeno porte, em sede de


reclamação trabalhista já devidamente julgada, decidiu apresentar recurso ordinário,
mas não sabe se precisará recolher custas e depósito recursal, e caso precise qual
valor deverá recolher.
Nesta mesma ação também foi condenada solidariamente a empresa Techno´s S.A,
que já apresentou recurso ordinário, requerendo sua exclusão da lide, ocasião em
que recolheu o preparo corretamente.
Considerando o caso apresentado, e considerando que o valor da condenação é de
R$20.000,00 (vinte mil reais), a empresa de Alok deverá recolher as custas e o
depósito recursal? Em qual valor?

Nos termos do artigo 899, §9º da CLT:

§ 9o O valor do depósito recursal será reduzido pela metade


para entidades sem fins lucrativos, empregadores domésticos,
microempreendedores individuais, microempresas e empresas
de pequeno porte. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)

De tal forma, a empresa de Alok deverá recolher a metade do valor do depósito


recursal, atualmente no valor de R$10.986,80 (dez mil, novecentos e oitenta e seis
reais e oitenta centavos).
Importa trazer que muito embora condenada solidariamente, não irá aproveitar do
depósito realizado pela empresa Techno´s, tendo em vista que a empresa pleiteia
em sede recursal a exclusão da lide, conforme Súmula 218, do TST:

Súmula nº 128 do TST


DEPÓSITO RECURSAL (incorporadas as Orientações
Jurisprudenciais nºs 139, 189 e 190 da SBDI-1) - Res.
129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005
I - É ônus da parte recorrente efetuar o depósito legal,
integralmente, em relação a cada novo recurso interposto, sob
pena de deserção. Atingido o valor da condenação, nenhum
depósito mais é exigido para qualquer recurso. (ex-Súmula nº
128 - alterada pela Res. 121/2003, DJ 21.11.03, que incorporou
a OJ nº 139 da SBDI-1 - inserida em 27.11.1998)
II - Garantido o juízo, na fase executória, a exigência de
depósito para recorrer de qualquer decisão viola os incisos II e
LV do art. 5º da CF/1988. Havendo, porém, elevação do valor
do débito, exige-se a complementação da garantia do juízo.
(ex-OJ nº 189 da SBDI-1 - inserida em 08.11.2000)
III - Havendo condenação solidária de duas ou mais
empresas, o depósito recursal efetuado por uma delas
aproveita as demais, quando a empresa que efetuou o
depósito não pleiteia sua exclusão da lide. (ex-OJ nº 190 da
SBDI-1 - inserida em 08.11.2000)

Quanto às custas processuais, os arts. 789 e seguintes da CLT, dispõem que s


custas serão pagas pelo vencido, após o trânsito em julgado da decisão. No caso de
recurso, as custas serão pagas e comprovado o recolhimento dentro do prazo
recursal.
PÓS-GRADUAÇÃO EM PRÁTICA TRABALHISTA AVANÇADA

MÓDULO: TEMAS PRÁTICOS DO DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO


PARTE – I

TEMA: ASPECTOS PRÁTICOS DAS PROVAS TRABALHISTAS

A reforma trabalhista regulamentou a Distribuição Estática e Dinâmica do


ônus da prova na Justiça do Trabalho, melhorando a redação antiga do art. 818 da
Consolidação das Leis do Trabalho, com fulcro nos dizeres do art. 373, do Código
de Processo Civil de 2015.
Nesse sentido, qual o momento processual, o juiz poderá inverter o ônus
da prova?

Como nos ensina o professor Leone Pereira, há grande controvérsia


doutrinária e jurisprudencial sobre qual é o momento processual adequado para a
inversão do ônus da prova pelo juiz: antes da audiência de instrução ou na própria
prolação da sentença.
No entanto, vem prevalecendo o entendimento pela inversão antes da
audiência, sustentando-se como fundamentos: a inversão do ônus da prova é
exceção, e não a regra; os princípios constitucionais do devido processo legal, do
contraditório e da ampla defesa não poderão ser olvidados, de forma que o sistema
processual deverá evitar ao máximo surpresas no andamento dos atos processuais;
a inversão do ônus da prova somente na sentença prejudica em muito a produção
probatória por parte do reclamado, sendo que a possibilidade de interposição de
recursos não supre integralmente a formação do contraditório e da ampla defesa na
fase de conhecimento até a sentença.
PÓS-GRADUAÇÃO EM PRÁTICA TRABALHISTA AVANÇADA

MÓDULO: TEMAS PRÁTICOS DO DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO


PARTE – I

TEMA: CÁLCULOS TRABALHISTAS (FASE PRÉ-PROCESSUAL E


PROCESSUAL)

Como nos ensina Amauri Mascaro Nascimento, entendia-se que a


diferenciação apresentada pela CLT, pretendeu utilizar-se da palavra remuneração
apenas como fórmula para incluir no salário contratual (salário mensal) as gorjetas
habitualmente recebidas pelo empregador.
Atualmente entendemos que as gorjetas apresentam natureza
remuneratória, não refletindo sobre algumas verbas.
Alice, antiga funcionária da empresa de Hardweel, ao ingressar com
reclamatória trabalhista, pleiteou o pagamento de horas extras, adicionais de
insalubridade e o pagamento de todas as suas verbas rescisórias. Considerando que
Alice Wonderland recebia gorjetas regularmente, sobre quais verbas as gorjetas não
deverão incidir na hora de realizar os cálculos da inicial trabalhista?

Antes do advento da Súmula 354 do TST – Como nos ensina


Amauri Mascaro Nascimento, entendia-se que a diferenciação
apresentada pela CLT, pretendeu utilizar-se da palavra
remuneração apenas como fórmula para incluir no salário
contratual (salário mensal) as gorjetas habitualmente recebidas
pelo empregador.
No entanto, se a média das gorjetas habituais recebidas pelo
empregado passassem a compor o salário contratual – essa
média repercutiria em todas as parcelas contratuais cabíveis
(13º, férias, horas extras, DSR, aviso prévio, FGTS, dentre
outras).

Súmula 354 do TST - gorjeta passa a ser um tipo legal próprio,


não produzindo efeitos próprios das parcelas estritamente
salariais – dessa forma a CLT faz a distinção entre
remuneração e salário, para fins de cálculo de parcelas
trabalhistas.

Dessa maneira: Súmula 354 do TST

GORJETAS. NATUREZA JURÍDICA. REPERCUSSÕES


(mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003

As gorjetas, cobradas pelo empregador na nota de serviço ou


oferecidas espontaneamente pelos clientes, integram a
remuneração do empregado, não servindo de base de cálculo
para as parcelas de aviso-prévio, adicional noturno, horas
extras e repouso semanal remunerado.
PÓS-GRADUAÇÃO EM PRÁTICA TRABALHISTA AVANÇADA

MÓDULO: TEMAS PRÁTICOS DO DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO


PARTE – I

TEMA: ASPECTOS PRÁTICOS DA COMPETÊNCIA MATERIAL E TERRITORIAL

Alok trabalhou como DJ empregado em uma sociedade empresária de


entretenimento por mais de dez anos. Inicialmente, recém-contratado, trabalhou em
Sergipe, local de sua contratação e, com o tempo, foi transferido para Manaus, local
com a maior sede da empresa, com todas as despesas custeadas pela sociedade.
Trabalhou em Manaus por mais 5 anos, e ao final desse período a empresa encerrou
suas atividades, o que acarretou sua dispensa.
Após a dispensa, Alok mudou-se para o Salvador na Bahia, cidade de sua
família, voltando a morar com seus pais, de quem tanto sentia falta. Em Salvador
consultou um advogado, e decidiu ingressar com ação trabalhista requerendo o
pagamento de suas verbas rescisórias.
a) Considerando o caso narrado, sabendo que a sociedade empresária não possui
qualquer unidade em Salvador, qual(is) o(s) local(is) competente(s) para Alok
apresentar sua ação trabalhista? Uma vez apresentada a reclamação em Salvador,
qual medida processual a sociedade empresária deverá apresentar?
b) É possível o ajuizamento de reclamação trabalhista perante o foro de domicílio do
empregado, quando se trata de local diverso da contratação e da prestação de
serviços?
a) Alok poderá apresentar sua reclamação trabalhista em Sergipe ou Manaus, locais
em que prestou seus serviços, nos termos do art. 651, da CLT; A sociedade
empresária deverá apresentar exceção de incompetência territorial, nos termos do
art. 800, da CLT;

b) Quanto à possibilidade de ajuizamento perante o foro do domicílio do empregado,


quando se tratar de local diverso da contratação e da prestação de serviços, a
jurisprudência é firme em flexibilizar a regra constante na lei trabalhista, de modo
que admitido quando a Reclamada for empresa de grande porte e prestar serviços
em âmbito nacional.

Você também pode gostar