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MODELO DE AÇÃO DE CONCESSÃO DE BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO - APOSENTADORIA POR

IDADE HÍBRIDA.

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DO JUIZADO ESPECIAL FEDERAL DA ......

adequar o endereçamento Nome do cliente, qualificação e endereço, a qual não possui


endereço eletrônico, vem, muito respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, por
intermédio de seus advogados infra-assinados (procuração ad judicia em anexo e endereço
eletrônico: ), com fundamento na Constituição Federal, artigo 201, inciso I e §7º, inciso II e na
Lei 8.213/91, especialmente em seus artigos 48, §3º e seguintes, propor a presente AÇÃO DE
CONCESSÃO DE BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO – APOSENTADORIA POR IDADE HÍBRIDA pelo rito
previsto na Lei 10.259/01, em face do INSS – Instituto Nacional do Seguro Social, na pessoa de
seu representante legal, com sede regional situada à ...., pelos motivos de fato e de direito a
seguir expostos: DO PRÉVIO REQUERIMENTO ADMINISTRATIVO: interesse de agir: 1. Pelo
documento em anexo, verifica-se que em ...., a autora ingressou com pedido administrativo de
aposentadoria por idade híbrida – NB n. ...., o qual foi INDEFERIDO, sob o fundamento de
ausência de tempo de contribuição/serviço suficiente. 1.1Assim, está caracterizado o interesse
de agir para a presente demanda, no RE 631.240. DOS FATOS 2. A requerente é considerada
segurada obrigatória do requerido, nos termos do artigo 11, inciso I, da Lei 8.213/91, posto
que contribui há muitos anos para este, na qualidade de empregada, conforme comprova a
CTPS em anexo. 2.1 Totaliza, até a DER, 11 anos, 07 meses e 10 dias de tempo de contribuição,
devidamente comprovados em anexo. 2.1. Possui, atualmente, 62 (sessenta e dois) anos de
idade, tendo nascido em ..... 2.2 A autora dedicava-se à atividade urbana, quando casou-se, em
...., com o Sr. ...., lavrador familiar, iniciando-se então na lide campesina, na companhia do
esposo, atividade esta que desenvolveu até data de ...., quando teve seu primeiro registro em
CTPS. 2.3 A atividade rural era exercida em regime de economia familiar, em sítio arrendado
pela família, na cidade de ...., no bairro de ...., e após, em sítio localizado no Bairro do ....,
em .... na plantação de alimentos básicos, tais como: milho, feijão, arroz, verduras e frutas. 2.4
A atividade sempre foi realizada pelo grupo familiar da autora: esta, seu marido e 3 filhos, sem
auxílio de empregados ou eventual de terceiros. 2.4.1 Assim, exerceu a atividade rural, em
regime de economia familiar, no período de .... (quando foi registrada em CTPS). 2.4.2
Necessário, portanto, o reconhecimento do período laborado como lavradora familiar para
somar-se ao que possui como tempo de contribuição, completando a carência necessária para
o benefício de aposentadoria por idade híbrida, o que é permitido pelo artigo 48, §3º, da lei
8.213/91. 2.5 Assim, requer-se, primeiramente, emérito julgador, o reconhecimento do
período laborado, e informado na presente (de ....), na qualidade de lavradora, em regime de
economia familiar, expedindo-se certidão de tempo de contribuição e averbando-a no CNIS –
cadastro nacional de informações sociais da autora, para os devidos fins de direito. 3. Nesta
seara, diante do reconhecimento de tempo rural indicado acima, a autora já possui o período
de carência necessário, bem como já possui a idade também necessária, motivo pelo qual se
requer a concessão de aposentadoria por idade híbrida. DO DIREITO: DA POSSIBILIDADE DE
CONTAGEM DA ATIVIDADE RURAL COMO CARÊNCIA PARA A APOSENTADORIA POR IDADE
URBANA – ESPÉCIE HÍBRIDA DA LEI 11.718/08: 4. O artigo 48, caput, da Lei 8.213/91,
amparado pelo artigo 201, § 7º, inciso II, da Magna Carta, estabelece que: “Art. 48. A
aposentadoria por idade será devida ao segurado que, cumprida a carência exigida nesta Lei,
completar 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se homem, e 60 (sessenta), se mulher.” (grifos
nossos). 4.1 A carência vem descrita no artigo 142, da Lei 8.213/91, esta utilizada para os
segurados que se filiaram antes de 1991 – hipótese da autora. 4.1.1 Segundo a tabela do artigo
142, que leva em consideração o ano do implemento dos requisitos (no caso da aposentadoria
por idade – a idade), a carência, para o caso em tela, uma vez que a autora completou 60 anos
de idade em 2013, é de 180 meses (15 anos). 4.1.1.1 Neste diapasão, importante esclarecer
que o STJ já pacificou o entendimento de que os requisitos – idade e carência - não precisam
ser preenchidos simultaneamente, considerando-se para a tabela o ano do implemento do
requisito etário (STJ, AGRESP n. 63.7761, 6ª Turma, Relator: Carlos Fernando Mathias, DJ de
08/02/2008). 4.2 Quando se refere em carência, a lei trata do tempo de trabalho ou de
contribuição, considerando o que determina o artigo 4º da EC 20/98: “Art. 4º Observado o
disposto no artigo 40, §10º, da Constituição Federal, o tempo de serviço considerado pela
legislação vigente para efeito de aposentadoria, cumprido até que a lei discipline a matéria,
será contado com tempo de contribuição.” (grifos nossos). 4.3 Já os rurais, comprovam a
carência através do trabalho rural, segundo o que determinam os §§ 1º e 2º do citado artigo
48, em período imediatamente anterior ao requerimento e em número de meses igual ao da
carência para o benefício, tendo uma redução de 5 anos na idade. 4.4 Entretanto, segundo o
que dispõe o artigo 55, §2º, da LB, o tempo de trabalho rural não poderia ser contado como
carência para somatória com períodos de trabalho urbano para fins de aposentadoria. Contava
apenas como tempo de trabalho, mas não como carência. 4.4.1 Todavia, o §3º do artigo 48,
introduzido pela Lei 11.718/2008, para o caso de aposentadoria por idade, passou a
estabelecer que: “Os trabalhadores rurais de que trata o §1º deste artigo que não atendam ao
disposto no §2º deste artigo, mas que satisfaçam essa condição, se forem considerados
períodos de contribuição sob outras categorias de segurado, farão jus ao benefício ao
completarem 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se homem, e 60 (sessenta) anos, se mulher.”
4.4.2 Nesta seara, a partir de tal determinação legislativa, passou-se a considerar o período de
trabalho rural na contagem de carência para a aposentadoria por idade, desde que seja
considerada a idade do trabalhador urbano, criando-se uma espécie de aposentadoria híbrida.
E, para tanto, pouco importa em qual trabalho – urbano ou rural - o segurado esteja quando
completar a idade mínima. O artigo 51, §4º, do Decreto 3.048/99 (redação dada pelo decreto
6.777/2008) é explícito neste sentido: “Art. 51. (...) §4º Aplica-se o disposto nos §§ 2º e 3º
ainda que na oportunidade do requerimento da aposentadoria o segurado não se enquadre
como trabalhador rural.” (grifos nossos). 5. A renomada jurista previdenciária Adriane
Bramante de Castro Ladenthin, em sua obra Aposentadoria por idade (Ed. Juruá, 2ª edição,
2011, p. 161/162), ensina com excelência a matéria: “A partir da Lei 11.718/08 o sistema
previdenciário brasileiro passou a contar com uma nova modalidade de aposentadoria por
idade: a aposentadoria por idade híbrida. Nessa nova modalidade de aposentadoria é
permitido ao segurado mesclar o período urbano ao período rural para implementar a carência
mínima necessária e obter o benefício etário. Sem dúvida, um grande avanço em busca da
universalidade da cobertura e do atendimento. (...) Tendo o segurado deixado de exercer
atividade rural e não implementado o requisito da idade, perderia a qualidade de segurado
rural e não poderia mais requerer o benefício eminentemente rural. Com a lei em comento, o
segurado pode utilizar-se de tempo urbano para completar a carência da aposentadoria por
idade rural.” (grifos nossos). 5.1 Assim, no caso dos autos, tendo a autora mais de 60 anos de
idade (idade para aposentadoria da trabalhadora urbana), a mesma pode somar o período de
recolhimentos previdenciários como empregada com o tempo laborado na lavoura, em regime
de economia familiar, a fim de completar a carência necessária para a concessão do benefício
pleiteado, em razão do previsto no §3º, do artigo 48 da lei 8.213/91, a qual, como já afirmado
acima, criou uma exceção para a aposentadoria por idade. Veja-se o entendimento da
jurisprudência pátria, segundo as decisões do Tribunal Regional Federal da 3º Região, citadas
nos termos do artigo 498, §1º, VI, do CPC: “PROCESSO CIVIL. AGRAVO DO §1º ART. 557 DO
C.P.C. APOSENTADORIA COMUM POR IDADE. LEI 11.718/08. APLICAÇÃO DO ART.462 DO CPC.
JULGAMENTO EXTRA PETITA. NÃO OCORRÊNCIA. I - A alteração legislativa trazida pela Lei
11.718 de 20.06.2008, que introduziu os §§3º e 4º ao art. 48 da Lei 8.213/91, passou a permitir
a concessão de aposentadoria comum por idade, àqueles segurados que embora inicialmente
rurícolas passaram a exercer outras atividades e tenha idade mínima de 60 anos (mulher) e 65
anos (homem). II - Uma vez que o autor completou 65 anos de idade no curso da ação, e
manteve vínculos urbanos, que somados ao período de atividade rural, totalizam o lapso
temporal previsto para a concessão de aposentadoria comum por idade, nos termos da novel
legislação, inexiste a alegada violação ao comando processual de adstrição ao pedido, uma vez
que tal proibição é mitigada pelo próprio art. 462 do Código de Processo Civil, ao dispor
incumbir ao magistrado considerar fato constitutivo ou modificativo que possa influir no
julgamento da lide, mais significativo ainda tendo em vista o caráter social que permeia as
ações previdenciárias. III - Não se sustenta a tese aventada pela agravante no sentido de que o
beneficio previsto no §§ 3º e 4º do art. 48 da Lei 8.213/91, introduzido pela Lei 11.718/2008
somente se aplicaria aos trabalhadores rurais que permaneçam na condição de rurícola até a
época do requerimento do beneficio. Com efeito, acolhendo-se essa interpretação, a inovação
legislativa se esvaziaria de sentido, ante o disposto no §1º do art. 48 da referida lei, que
propicia a estes trabalhadores condições mais vantajosas, com redução de idade, para a
concessão do beneficio de aposentadoria rural por idade. IV - Agravo previsto no §1º do art.
557 do C.P.C., interposto pelo INSS, improvido.” (TRF 3 REGIÃO, DÉCIMA TURMA, AC
00314303820114039999 AC - APELAÇÃO CÍVEL – 1665921, RELATOR: Des. Fed. Sérgio
Nascimento, DJ: 17/12/2011) (grifos nossos). E ainda: “PROCESSO CIVIL. AGRAVO DO § 1º ART.
557 DO C.P.C. APOSENTADORIA COMUM POR IDADE. LEI 11.718/08. ATIVIDADE RURAL
ANTERIOR A NOVEMBRO DE 1991. LEI11.718/08. I - Os documentos que instruíram a inicial
foram sopesados segundo o princípio da livre convicção motivada, tendo concluído pela
existência de início de prova material do exercício de atividade rural pela parte autora. II - A
alteração legislativa trazida pela Lei 11.718 de 20.06.2008, que introduziu os §§ 3º e 4º ao art.
48 da Lei 8.213/91, passou a permitir a concessão de aposentadoria comum por idade, àqueles
segurados que embora inicialmente rurícolas passaram a exercer outras atividades e tenha
idade mínima de 60 anos (mulher) e 65 anos (homem). III - A par do disposto no art. 39 da Lei
8.213/91 que admite o cômputo de atividade rural para fins de concessão de aposentadoria
rural por idade, a Lei 11.718/2008 ao introduzir o §§ 3º e 4º ao art. 48 da Lei 8.213/91 veio
permitir a contagem de atividade rural, ainda que posterior a novembro de 1991, para fins de
concessão de aposentadoria comum por idade, àqueles que, inicialmente rurícolas, passaram a
exercer outras atividades, caso dos autos IV - Agravo previsto no § 1º do art. 557 do C.P.C.,
interposto pelo INSS, improvido.” (TRF 3ª Região, AC 35627 SP 0035627-36.2011.4.03.9999,
DÉCIMA TURMA, relator: Juiz Convocado David Diniz, DJ: 31/01/2012) (grifos nossos). 5.2
Nesta seara, emérito julgador, observa-se cristalinamente possível a somatória do tempo de
atividade rural com o de atividade urbana, para fins de aposentadoria urbana. DA
COMPROVAÇÃO DA ATIVIDADE RURAL EM REGIME DE ECONOMIA FAMILIAR: 6. Já quanto à
atividade rural, em regime de economia familiar, realizada pela autora, a mesma deve ser
comprovada por início de prova documental, segundo o que determina o §3º do artigo 55, da
LB: “§3º A comprovação do tempo de serviço para os efeitos desta Lei, inclusive mediante
justificação administrativa ou judicial, conforme o disposto no art. 108, só produzirá efeito
quando baseado em início de prova material, não sendo admitida prova exclusivamente
testemunhal, salvo na ocorrência de motivo de força maior ou caso fortuito, conforme
disposto no Regulamento.” (grifos nossos). Pois bem. 6.1 No caso dos autos, a autora pretende
o reconhecimento do período de ...., ou seja, desde a data do seu casamento com o marido,
então lavrador, até a data de seu registro na CTPS, e para tanto, apresenta os seguintes
documentos: a) Cédula rural pignoratícia em nome do marido da autora, datada de ...; b) Nota
fiscal de produtor, em nome do marido da autora, datada de ...; c) Pedido de produtos
agrícolas em nome do marido da autora, datado de ...; d) Declaração do Sindicato Rural de
Atibaia, onde informa constar cadastro do marido da autora como produtor rural; e) Certidão
da Secretaria da Fazenda de São Paulo, comunicando abertura de inscrição de estabelecimento
de produtor rural em nome do marido da autora. 6.2 Destarte, estes documentos
apresentados preenchem o requisito de “início de prova documental” exigido pela legislação
vigente, pois são contemporâneos à época pretendida. No mais, o “inicio de prova material”
não necessita ter de todo o período pretendido, o qual poderá ser complementado pela prova
oral, como no caso sub judice. 6.3 A jurisprudência coaduna do mesmo entendimento:
“PREVIDENCIÁRIO. AÇÃO DECLARATÓRIA. AVERBAÇÃO DE TEMPO DE SERVIÇO RURAL.
PRELIMINAR DE DECADÊNCIA REJEITADA . INÍCIO DE PROVA MATERIAL. PROVA
TESTEMUNHAL. DESNECESSIDADE DE RECOLHIMENTO. (...) 2. Comprovado o exercício de
atividade rural através de documentos contemporâneos ao exercício da atividade (certidão de
casamento e título de eleitor) e depoimentos testemunhais, faz jus o segurado à averbação do
tempo de serviço rural, já preenchido o requisito de início de prova material. Precedentes
deste Tribunal e do STJ.(...)” (TRF 1ª Região, 2ª Turma Suplementar, AC n.º 199901000988258-
MG, documento: TRF100167238, Relator: Juiz Federal Miguel Ângelo de Alvarenga Lopes, DJ:
13/05/2004). 6.4 Quanto aos documentos em nome do esposo da beneficiária para
comprovação do alegado, há de se observar que os mesmos também são considerados como
início de prova material, como já pacificou o Tribunal Regional da 4ª Região, na súmula 73:
“Admitem-se como início de prova material do efetivo exercício de atividade rural, em regime
de economia familiar, documentos de terceiros membros do grupo parental.” 6.4.1 E também
pelo Enunciado nº 6, da Turma Nacional de Uniformização de Jurisprudência dos Juizados
Especiais Federais (TNU): “A certidão de casamento ou outro documento idôneo que evidencie
a condição de trabalhador rural do cônjuge constitui início razoável de prova material da
atividade rurícola.” (grifos nossos). E, ainda: “Previdenciário. Aposentadoria rural por idade.
Requisitos. Comprovação. Início de prova material. Complementação por prova testemunhal.
Cônjuge que exerce atividade urbana. Consectários legais. 1. (...) 4. O fato de a parte segurada
não possuir todos os documentos da atividade agrícola em seu nome não elide o seu direito ao
benefício postulado, visto que normalmente os documentos de propriedade e talonários
fiscais são expedidos em nome de que aparece frente aos negócios da família (inteligência da
súmula 73/TRF4ª Região); (...)” (AC – AP. Cív. 2006.70.99.002701-0/PR – Decisão: 21.1.2007,
órgão julgador: Turma Suplementar). 6.4.2 Tal entendimento vem de encontro com o artigo
115, §1º, da IN INSS 45/10 e com a Portaria MPS 170/2007, em seu artigo 3º, que determina
que os documentos citados em seu caput devem ser considerados para TODOS os membros do
grupo familiar. 6.4.3 Assim, comprovado está o início de prova material necessário para o caso
em tela, o qual será ratificado pela prova oral a ser produzida. 7. Nesta seara, emérito julgador,
tendo a autora o tempo de carência determinado pela legislação pátria, consoante demonstra
a tabela anexa (com o reconhecimento do tempo de atividade rural), bem como a idade
mínima para o benefício, necessário se faz a concessão da aposentadoria por idade à mesma,
por possuir, atualmente, 38 anos, 7 meses e 25 dias de trabalho/contribuição. DA DATA DE
INÍCIO DO BENEFÍCIO E DA RMI: 8. Em relação à data do início do benefício, deverá esta
corresponder à DER do NB n. ..., ocorrida em ..., uma vez que a autora já cumpria todos os
requisitos para concessão do benefício na ocasião. 8.1 O valor do benefício deverá ser de 1
(um) salário mínimo vigente, haja vista ter sido este o salário-de-contribuição da requerente
durante o PBC, bem como se tratar do piso previdenciário. 8.2 A RMI - renda mensal inicial –
deverá ser calculada na forma do artigo 29, II, da LB, e não nos termos do artigo 39 (um salário
mínimo), por não se tratar de aposentadoria por idade rural e sim híbrida, devendo se
considerar todas as contribuições sociais recolhidas pela autora, a partir de julho/94, e
apurando-se a média aritmética simples das 80% maiores, somente se aplicando o fator
previdenciário, se for maior que 1, por ser opção do segurado. DO PEDIDO DE TUTELA DE
URGÊNCIA E TUTELA ESPECIFICA DA OBRIGAÇÃO: 9. Em razão das provas documentais
acostadas à presente, as quais comprovam que a parte autora conta atualmente com tempo
de contribuição maior que o legalmente exigido pela legislação previdenciária, preenchendo os
requisitos do artigo 300, do CPC, quais sejam: probabilidade do direito (ante a documentação
apresentada), e perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo, consubstanciado no
caráter alimentar do benefício e na necessidade de seu recebimento para a sobrevivência do
autor, o qual estará fadado à própria sorte caso não lhe seja concedido de imediato,
afrontando cristalinamente o princípio constitucional da dignidade da pessoa humana, requer
seja concedida a tutela de urgência, para a imediata implantação do benefício,
independentemente citação do requerido, fixando-se prazo não superior à 30 dias. Destarte,
tem-se que a prova documental em anexo são provas cabais e incontroversas do direito da
autora, preenchendo, desta forma, o requisito da probabilidade do direito. Já o perigo de
dano, vem consubstanciado no caráter alimentar do benefício e na necessidade do
recebimento para a sobrevivência da autora. 9.1 Já no momento da sentença, que seja
concedida a TUTELA ESPECÍFICA DA OBRIGAÇÃO, por se tratar de ação de obrigação de fazer,
com espeque no artigo 497 e 536, § 1º, do CPC, para a imediata implantação a partir da
sentença, fixando-se prazo não superior à 30 dias e multa diária. DO PEDIDO: 10. Diante de
todo o acima exposto, requer à Vossa Excelência: a) primeiramente, com espeque no artigo 5º,
inciso LXXIV, da Constituição Federal, que seja concedido à requerente os benefícios da Justiça
Gratuita, disciplinados pela Lei 1.060/50, caso haja interposição de recurso, por ser pessoa
economicamente hipossuficiente, na acepção jurídica do termo, não possuindo condições
financeiras de arcar com as custas e despesas processuais sem prejuízo de seu próprio
sustento e de sua família, conforme comprova a declaração de pobreza em anexo; b) que seja
o instituto-requerido citado, para que responda a presente demanda, se assim desejar, sob
pena de confissão e revelia quanto à matéria de fato; c) a dispensa da audiência de tentativa
de conciliação, nos termos do artigo 334, § 5º, do CPC; d) que seja observado o disposto no
artigo 489, parágrafo 1º, incisos IV e VI, do CPC, acerca dos precedentes e jurisprudência
colacionados em inicial, sob pena de nulidade da r. sentença; e) que, ao final, seja a presente
demanda julgada inteiramente procedente para: -a) reconhecer o tempo de trabalho rural da
autora, em regime de economia familiar, no período de ...., bem como determinar sua
averbação no CNIS da mesma para os devidos fins de direito, sob pena de multa diária, em
prazo não superior à 30 dias; -b) condenar o instituto-requerido a conceder à requerente o
benefício de aposentadoria por idade híbrida (art. 48, §§3º e 4º, LB), mensal e vitalícia, em
valor a ser calculado nos moldes do artigo 29, II,LB, com aplicação do FP se maior que 1, devida
desde a DER do NB ...., ocorrida em ...., uma vez que a autora já cumpria todos os requisitos
para concessão do benefício na ocasião, recolhendo-se as parcelas vencidas de uma única vez,
acrescidas de correção monetária e juros de mora nos termos da legislação civil vigente; c)
que, diante da documentação acostada à presente, que ratificam todo o alegado e por se
tratar de benefício de natureza alimentar, necessário à subsistência da requerente,
preenchidos, assim, os requisitos do artigo 300, do CPC (probabilidade do direito: idade e
cumprimento da carência comprovados, e perigo de dano ou risco ao resultado útil do
processo: natureza alimentar do benefício), no momento da sentença seja concedida TUTELA
DE URGÊNCIA, para a imediata implantação do benefício de aposentadoria por idade em favor
da requerente, independentemente de citação da parte contrária; d) que, ainda, em sentença,
que seja concedida a tutela específica da obrigação, por se tratar de obrigação de fazer, nos
termos dos artigos 497 e 536, § 1º, do CPC; e) seja, ainda, o instituto-requerido condenado, em
havendo recurso, às verbas de sucumbência, inclusive honorários advocatícios, que deverão
ser fixados no patamar de 20% (vinte por cento), calculado sobre o valor das parcelas vencidas
até a data da sentença de primeiro grau, nos termos da súmula 111 do STJ em atendimento ao
artigo 85, §§ 2º e 5º, do CPC. DAS PROVAS: 11. Protesta provar o alegado por todos os meios
de provas em direito admitidos, especialmente pela prova documental e oral, cujo rol de
testemunhas encontra-se ao final da presente, sem exclusão de qualquer uma que se faça
necessária à verdadeira elucidação dos fatos. DO VALOR DA CAUSA: 12. Dá-se a causa o valor
de R$ ... (...), equivalente a 11 prestações vencidas, no valor de R$ ..., mais 13 prestações
vincendas, no valor de R$ ...., nos termos do artigo 292, §§ 1º e 2º, do Código de Processo Civil.
Termos em que, Pede e Espera Deferimento. Local e data, ...

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