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PROFISSÃO

PREVIDENCIARISTA
módulo introdutório

Nazareth - advnazarethrearte@hotmail.com - CPF: 077.111.397-80


A SEGURIDADE SOCIAL E SEUS PILARES

SAÚDE ASSISTÊNCIA PREVIDÊNCIA


SOCIAL SOCIAL

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MODELO PREVIDENCIÁRIO
BRASILEIRO

REGIMES COMPULSÓRIOS – REGIMES FACULTATIVOS –


PÚBLICOS/OFICIAIS PRIVADOS/COMPLEMENTARES

RGPS RPPS RPC

ABERTO FECHADO

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Legislação Aplicável

• CF/88: INSS, benefícios previdenciários e assistenciais, urbanos e rurais, regras custeio/prestação.


• Lei 8.212/91 (Lei Custeio), Lei 8.213/91 (Lei Benefícios), Decreto 3.048/99 (explicitação das disposições
constitucionais e legais sobre previdência).
• Lei 8742/93: legislação atual assistência social – o benefício assistencial, diversamente do benefício
previdenciário, prescinde de contribuição ao sistema.

• Mudanças recentes na Previdência Social:


• a) MP 871 convertida na Lei 13.846/2019 (pente fino e prazo decadencial)
• b) Lei 13.876/2019 (regras de competência delegada e limitação da prova pericial)
• c) Emenda Constitucional103/2019 (mudanças nas aposentadorias e pensões)
• d) MP 905/2019 (regras previdenciárias auxílio-acidente e seguro desemprego).

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LEI DE CUSTEIO (8.212/91)
CONCEITOS FUNDAMENTAIS PRA ADVOCACIA PREVIDENCIÁRIA
Salário de contribuição
• conceito: parcela da remuneração do segurado sobre a qual incide sua contribuição social. Não
pode ser inferior ao salário mínimo nem superior ao teto previdenciário. 13º integra para fins de
desconto previdenciário. Este valor será considerado nos cálculos dos benefícios previdenciários.

• parcelas não integrantes: art. 28, § 9º


 benefícios da previdência social, exceto salário maternidade
 importâncias devidas a título de férias indenizadas e terço constitucional
 verbas indenizatórias
 vale-transporte
 diárias para viagens
 participação em lucros e resultados pagas de acordo com lei específica

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LEI DE CUSTEIO (8.212/91)
CONCEITOS FUNDAMENTAIS PRA ADVOCACIA PREVIDENCIÁRIA

Contribuição Previdenciária do Segurado


• conceito: um tributo que incide sobre o salário-de-contribuição do segurado destinada a financiar o pagamento
de benefícios previdenciários

• Alíquotas, dever de recolhimento e prazos:


 empregados e avulsos: 7,5%, 9%, 12% e 14% - empresa faz o recolhimento até o dia 20 do mês seguinte
 empregado doméstico: 7,5%, 9%, 12% e 14% - empregador faz o recolhimento até o dia 07 do mês
seguinte
 contribuinte individual prestador de serviço à empresa: 11% - empresa faz o recolhimento até o dia 20
do mês seguinte
 contribuinte individual autônomo e segurado facultativo: 5%, 11% ou 20% - recolhem as próprias
contribuições até o dia 15 do mês seguinte

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SEGURADOS OBRIGATÓRIOS DO RGPS
art. 11 da Lei 8.213/91

1. Empregado: aquele que presta serviço de natureza urbana ou rural à empresa, em caráter não
eventual, sob sua subordinação e mediante remuneração, inclusive como diretor empregado
 Adquire a condição de segurado a partir do exercício da atividade remunerada
 Contribuição progressiva de 7,5%, 9%, 12%, 14% conforme a faixa de salário de contribuição
 Quem tem o dever de recolher é a empresa até o dia 20 do mês seguinte (art. 30, I, b da Lei
8.212/91)
 Tem a seu favor a presunção do recolhimento da contribuição, não podendo ser prejudicado caso
não tenha ocorrido o recolhimento
 Atenção: Exercentes de mandato eletivo federal, estadual ou municipal não vinculado a RPPS,
servidores públicos celetistas, servidores públicos ocupantes exclusivamente de cargo em
comissão, servidores efetivos não amparados por regimes próprios estão no RGPS como segurados
empregados

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SEGURADOS OBRIGATÓRIOS DO RGPS
art. 11 da Lei 8.213/91

2. Empregado doméstico: aquele que presta serviço de natureza contínua a pessoa ou


família, no âmbito residencial desta, em atividades sem fins lucrativos
Adquire a condição de segurado a partir do exercício da atividade remunerada
Contribuição progressiva de 7,5%, 9%, 12%, 14% conforme a faixa de salário de
contribuição
Quem tem o dever de recolher é o empregador doméstico até o dia 07 do mês
seguinte
Tem a seu favor a presunção do recolhimento da contribuição, não podendo ser
prejudicado caso não tenha ocorrido o recolhimento

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SEGURADOS OBRIGATÓRIOS DO RGPS
art. 11 da Lei 8.213/91

3. Trabalhador avulso: quem presta, a diversas empresas, sem vínculo empregatício, serviço de
natureza urbana ou rural definidos no Regulamento
 Adquire a condição de segurado a partir do exercício da atividade remunerada
 Caracteriza-se principalmente pela presença do órgão gestor de mão de obra como intermediador
do seu trabalho com o tomador final do serviço. Atividades portuárias são os principais exemplos
apresentados no Regulamento (art. 9º, VI do Decreto 3.048/99)
 Contribuição progressiva de 7,5%, 9%, 12%, 14% conforme a faixa de salário de contribuição
 Quem tem o dever de recolher é o órgão gestor de mão de obra (equiparado à empresa nos termos
do art. 12, p. único, III do Decreto 3.048/99) até o dia 20 do mês seguinte
 Tem a seu favor a presunção do recolhimento da contribuição, não podendo ser prejudicado caso
não tenha ocorrido o recolhimento

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SEGURADOS OBRIGATÓRIOS DO RGPS
art. 11 da Lei 8.213/91
4. Contribuinte individual:

• Autônomo: a pessoa física que exerce, por conta própria, atividade econômica de natureza urbana, com
fins lucrativos ou não;
Adquire a condição de segurado a partir do momento do recolhimento da contribuição
 Recolhe a própria contribuição, de regra 20% do salário de contribuição, até o dia 15 do mês
seguinte. Não tem presunção de recolhimento neste caso
 Contribuição na forma simplificada com redução de alíquotas (art. 21, §§ 2º e § 3º da Lei 8.212/91)
 11% sobre 1 salário mínimo
 5% sobre 1 salário mínimo, exclusivamente ao MEI
 Abre mão da aposentadoria por tempo de contribuição
 Pode complementar para 20% a qualquer tempo e recuperar o direito à aposentadoria por tempo de
contribuição

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SEGURADOS OBRIGATÓRIOS DO RGPS
art. 11 da Lei 8.213/91

4. Contribuinte individual:

• Prestador de serviço à empresa: quem presta serviço de natureza urbana ou rural, em


caráter eventual, a uma ou mais empresas, sem relação de emprego;

Adquire a condição de segurado a partir do exercício da atividade remunerada


Contribuição cai pra 11% (art. 30, §4º da Lei 8.212/91) e é recolhida pela própria
empresa tomadora do serviço até o dia 20 do mês seguinte
Tem a seu favor a presunção do recolhimento da contribuição, não podendo ser
prejudicado caso não tenha ocorrido o recolhimento

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SEGURADOS OBRIGATÓRIOS DO RGPS
art. 11 da Lei 8.213/91
4. Contribuinte individual:

• Empresário: o titular de firma individual urbana ou rural, o diretor não empregado e o


membro de conselho de administração de sociedade anônima, o sócio solidário, o sócio de
indústria, o sócio gerente e o sócio cotista que recebam remuneração decorrente de seu
trabalho em empresa urbana ou rural

 Adquire a condição de segurado a partir do exercício da atividade remunerada


 Contribuição de 11% incide sobre o pró-labore e o recolhimento é feito pela empresa até o dia 20 do
mês seguinte
 Não tem a seu favor a presunção do recolhimento da contribuição, não podendo ser prejudicado caso
não tenha ocorrido o recolhimento, já que tb é responsável pela própria empresa

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SEGURADOS OBRIGATÓRIOS DO RGPS
art. 11 da Lei 8.213/91

5. Segurado especial: a pessoa física residente no imóvel rural ou em aglomerado urbano ou


rural próximo a ele que, individualmente ou em regime de economia familiar, ainda que com
o auxílio eventual de terceiros, na condição de:

• produtor, seja proprietário, usufrutuário, possuidor, assentado, parceiro ou


meeiro outorgados, comodatário ou arrendatário rurais, que explore atividade:
• agropecuária em área de até 4 (quatro) módulos fiscais;
• de seringueiro ou extrativista vegetal que faça dessas atividades o principal meio de vida;

• pescador artesanal que faça da pesca profissão habitual ou principal meio de vida;
• cônjuge ou companheiro, bem como filho maior de 16 anos de idade ou a este equiparado, que,
comprovadamente, trabalhem com o grupo familiar respectivo (ACP n. 5017267342013.4.04.7100)

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SEGURADOS OBRIGATÓRIOS DO RGPS
art. 11 da Lei 8.213/91

5. Segurado especial

Não descaracteriza a condição de segurado especial:


 a outorga, por meio de contrato escrito de parceria, meação ou comodato, de até
50% de imóvel rural cuja área total não seja superior a 4 módulos fiscais, desde que
outorgante e outorgado continuem a exercer a respectiva atividade,
individualmente ou em regime de economia familiar;
 a exploração da atividade turística da propriedade rural, inclusive com hospedagem,
por não mais de 120 (cento e vinte) dias ao ano;
 a utilização pelo próprio grupo familiar, na exploração da atividade, de processo de
beneficiamento ou industrialização artesanal;
 a associação em cooperativa agropecuária ou de crédito rural;

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SEGURADOS OBRIGATÓRIOS DO RGPS
art. 11 da Lei 8.213/91

5. Segurado especial

Não é segurado especial o membro de grupo familiar que possuir outra fonte de rendimento, exceto se
decorrente de:

 benefício de pensão por morte, auxílio-acidente ou auxílio-reclusão, cujo valor não supere o do
menor benefício de prestação continuada da Previdência Social;
 exercício de atividade remunerada em período não superior a 120 dias, corridos ou intercalados,
no ano civil;
 exercício de mandato eletivo de dirigente sindical de organização da categoria de trabalhadores
rurais;
 exercício de mandato de vereador do Município em que desenvolve a atividade rural ou de
dirigente de cooperativa rural constituída, exclusivamente, por segurados especial;
 atividade artesanal desenvolvida com matéria-prima produzida pelo respectivo grupo familiar,
podendo ser utilizada matéria-prima de outra origem, desde que a renda mensal obtida na
atividade não exceda ao menor benefício de prestação continuada da Previdência Social;

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SEGURADOS OBRIGATÓRIOS DO RGPS
art. 11 da Lei 8.213/91

5. Segurado especial
 Adquire a condição de segurado a partir do exercício da atividade
 Pode fazer jus a diversos benefícios de valor mínimo mesmo que não contribua sobre seu
salário de contribuição, desde que comprove exercício de atividade pelo mesmo prazo
exigido para carência, conforme art. 39, I e p. único da Lei 8.213/91:
 aposentadoria por idade - 1 salário mínimo
 Aposentadoria por incapacidade permanente - 1 salário mínimo
 Auxílio por incapacidade temporária - 1 salário mínimo
 auxílio-reclusão - 1 salário mínimo
 Pensão por morte - 1 salário mínimo
 Salário maternidade - 1 salário mínimo
 auxílio-acidente – ½ salário mínimo

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SEGURADOS OBRIGATÓRIOS DO RGPS
art. 11 da Lei 8.213/91

5. Segurado especial

Para ter direito aos demais benefícios ou para aumentar o valor, pode
contribuir como segurado facultativo na forma do art. 39, II da Lei
8.213/91

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SEGURADO FACULTATIVO
art. 13 da Lei 8.213/91 E ART. 11 DO DECRETO 3.048/99

Segurado facultativo: é o maior de 16 (dezesseis) anos que se filiar ao Regime Geral de Previdência
Social, desde que não esteja enquadrado como segurado obrigatório ou vinculado a regime próprio de
previdência social
 Recolhe a própria contribuição, via de regra 20% (GPS 1406) do salário de contribuição, até o
dia 15 do mês seguinte
• Contribuição na forma simplificada com redução de alíquotas (art. 21, § 2º, I e II da Lei 8.212/91)
• 11% (GPS 1473) sobre 1 salário mínimo
• 5% sobre 1 salário mínimo, exclusivamente aos sem renda própria que se dedique exclusivamente ao trabalho doméstico no
âmbito de sua residência, desde que pertencente a família de baixa renda – Deve estar inscrito no CADÚNICO (art. 199-A, § 5º do
Decreto 3.048/99)
• Abre mão da aposentadoria por tempo de contribuição
• Pode complementar para 20% a qualquer tempo e recuperar o direito à aposentadoria por tempo de contribuição

 Adquire a condição de segurado a partir do momento do recolhimento da contribuição

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MANUTENÇÃO E PERDA DA QUALIDADE DE SEGURADO
ART. 15 DA LEI 8.213/91, ART. 13 DO DECR. 3.048/99

Mantém a qualidade de segurado, independentemente de contribuições


(PERÍODOS DE GRAÇA):
 I - sem limite de prazo, quem está em gozo de benefício, exceto do auxílio-acidente; (Redação dada
pela Lei nº 13.846, de 2019)

• TEMA 245 TNU – INVALIDAÇÃO ATO DE CONCESSÃO DE BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO NÃO


IMPEDE A APLICAÇÃO DO ART. 15, I DA LEI 8.213/91 AO SEGURADO DE BOA-FÉ

 II – SEGURADOS OBRIGATÓRIOS: até 12 (doze) meses após a cessação das contribuições, o


segurado que deixar de exercer atividade remunerada abrangida pela Previdência Social ou estiver
suspenso ou licenciado sem remuneração;

 II - até doze meses após a cessação de benefício por incapacidade ou das contribuições,
observado o disposto nos § 7º e § 8º e no art. 19-E; (Redação dada pelo Decreto nº
10.491, de 2020)

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MANUTENÇÃO E PERDA DA QUALIDADE DE SEGURADO
ART. 15 DA LEI 8.213/91, ART. 13 DO DECR. 3.048/99

Mantém a qualidade de segurado, independentemente de contribuições


(PERÍODOS DE GRAÇA):

 III - até 12 meses após cessar a segregação, o segurado acometido de doença de segregação compulsória;
 IV - até 12 meses após o livramento, o segurado retido ou recluso;
 V - até 3 meses após o licenciamento, o segurado incorporado às Forças Armadas;
 VI - até 6 meses após a cessação das contribuições, o segurado facultativo.

Obs.: a contagem do período de graça inicia no mês seguinte ao da cessação da atividade, contribuição ou
benefício
• TEMA 251 DA TNU - O INÍCIO DA CONTAGEM DO PERÍODO DE GRAÇA PARA O SEGURADO QUE SE
ENCONTRA EM GOZO DE AUXÍLIO-DOENÇA, PARA FINS DE APLICAÇÃO DO DISPOSTO NO ARTIGO 15,
INCISO II E PARÁGRAFOS 1º E 2° DA LEI Nº 8.213/91, É O PRIMEIRO DIA DO MÊS SEGUINTE À DATA
DE CESSAÇÃO DO BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO POR INCAPACIDADE.

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MANUTENÇÃO E PERDA DA QUALIDADE DE SEGURADO
ART. 15 DA LEI 8.213/91, ART. 13 DO DECR. 3.048/99

Prorrogações do período de graça do inciso II - § 1º

 prorrogado para até 24 meses se o segurado já tiver pago mais de 120


contribuições mensais sem interrupção que acarrete a perda da qualidade de
segurado (§ 1º). Exemplo:

60 meses 11 meses de 61 meses novo desemprego


de vínculo desemprego de vínculo ?????

• TEMA 255 TNU – O PAGAMENTO DE MAIS DE 120 (CENTO E VINTE) CONTRIBUIÇÕES MENSAIS, SEM
INTERRUPÇÃO QUE ACARRETE A PERDA DA QUALIDADE DE SEGURADO, GARANTE O DIREITO À
PRORROGAÇÃO DO PERÍODO DE GRAÇA, PREVISTO NO PARÁGRAFO 1º, DO ART. 15 DA LEI 8.213/91,
MESMO NAS FILIAÇÕES POSTERIORES ÀQUELA NA QUAL A EXIGÊNCIA FOI PREENCHIDA,
INDEPENDENTEMENTE DO NÚMERO DE VEZES EM QUE FOI EXERCIDO.

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MANUTENÇÃO E PERDA DA QUALIDADE DE SEGURADO
ART. 15 DA LEI 8.213/91, ART. 13 DO DECR. 3.048/99

Prorrogações do período de graça do inciso II - § 2º

 serão acrescidos de 12 meses para o segurado desempregado, desde que comprovada essa
situação pelo registro no órgão próprio do Ministério do Trabalho e da Previdência Social.
• SÚMULA 27 DA TNU - A AUSÊNCIA DE REGISTRO EM ÓRGÃO DO MINISTÉRIO DO TRABALHO NÃO IMPEDE A
COMPROVAÇÃO DO DESEMPREGO POR OUTROS MEIOS ADMITIDOS EM DIREITO.
• mas desemprego tem que ser involuntário - TNU – PEDILEF 50473536520114047000
• comprovação do desemprego não só pela ausência de anotação em ctps, mas tem que provar inclusive por
testemunhas - PEDILEF nº 00013599120134036310
• Enunciado 189 FONAJEF - A percepção do seguro desemprego gera a presunção de desemprego involuntário
para fins de extensão do período de graça nos termos do art. 15, §2°, da Lei 8.213/91.
• CONTRIBUINTE INDIVIDUAL –
• TEMA 239 TNU - A PRORROGAÇÃO DA QUALIDADE DE SEGURADO POR DESEMPREGO
INVOLUNTÁRIO, NOS MOLDES DO §2º DO ART. 15 DA LEI 8.213/91, SE ESTENDE AO SEGURADO
CONTRIBUINTE INDIVIDUAL SE COMPROVADA A CESSAÇÃO DA ATIVIDADE ECONÔMICA POR ELE
EXERCIDA POR CAUSA INVOLUNTÁRIA, ALÉM DA AUSÊNCIA DE ATIVIDADE POSTERIOR.

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MANUTENÇÃO E PERDA DA QUALIDADE DE SEGURADO
ART. 15 DA LEI 8.213/91, ART. 13 DO DECR. 3.048/99

§ 4º A perda da qualidade de segurado ocorrerá no dia seguinte ao


do término do prazo fixado no Plano de Custeio da Seguridade Social
para recolhimento da contribuição referente ao mês imediatamente
posterior ao do final dos prazos acima fixados.

Perda da Qualidade
15 anos Demissão sem justa causa de Segurado em
de vínculo em 01/2019
16/03/2020

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DEPENDENTES DOS SEGURADOS
ART. 16 DA LEI 8.213/91
CONCEITO: são os beneficiários da previdência que com ela se relacionam de forma indireta,
reflexa, a partir de uma relação com alguém que era segurado na data do óbito ou do
recolhimento à prisão. São divididos em três classes excludentes, não podendo haver
concorrência entre dependentes de classes diversas. Eis as classes:

1ª o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição,


menor de 21 anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência
grave;

2ª os pais;

3ª o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 anos ou inválido ou que tenha
deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave.

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DEPENDENTES DOS SEGURADOS
ART. 16 DA LEI 8.213/91
Importante:
 existência de dependente de qualquer das classes deste artigo exclui do direito às prestações os das
classes seguintes;
 o enteado e o menor tutelado equiparam-se a filho mediante declaração do segurado e desde que
comprovada a dependência econômica na forma estabelecida no Regulamento;
 STF – ADINS 4.878 E 5.803 - MENOR SOB GUARDA É DEPENDENTE PREVIDENCIÁRIO
 considera-se companheira ou companheiro a pessoa que, sem ser casada, mantém união estável com o
segurado ou com a segurada, de acordo com o § 3º do art. 226 da CF;
 Ex-cônjuge ou ex-companheiro(a) integra a primeira classe se recebia prestação alimentícia na data do
falecimento ou recolhimento à prisão;
 a dependência econômica das pessoas indicadas no inciso I do art. 16 é presumida e a das demais deve ser
comprovada;
 TEMA 226 DA TNU A DEPENDÊNCIA ECONÔMICA DO CÔNJUGE OU DO
COMPANHEIRO RELACIONADOS NO INCISO I DO ART. 16 DA LEI 8.213/91, EM
ATENÇÃO À PRESUNÇÃO DISPOSTA NO §4º DO MESMO DISPOSITIVO LEGAL, É
ABSOLUTA.

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DEPENDENTES DOS SEGURADOS
ART. 16 DA LEI 8.213/91
Importante:
 as provas de união estável e de dependência econômica exigem início de
prova material contemporânea dos fatos, produzido em período não
superior a 24 meses anterior à data do óbito ou do recolhimento à prisão
do segurado, não admitida a prova exclusivamente testemunhal, exceto na
ocorrência de motivo de força maior ou caso fortuito;

 será excluído definitivamente da condição de dependente quem tiver sido


condenado criminalmente por sentença com trânsito em julgado, como
autor, coautor ou partícipe de homicídio doloso, ou de tentativa desse
crime, cometido contra a pessoa do segurado, ressalvados os
absolutamente incapazes e os inimputáveis.

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CARÊNCIA
Arts. 24 a 27 da Lei 8.213/91
CONCEITO: Número mínimo de contribuições mensais indispensáveis para que o beneficiário faça jus ao
benefício, consideradas a partir do transcurso do primeiro dia dos meses de suas competências;

PRAZOS: art. 25 da lei 8.213/91 – art. 29 do decreto 3.048/99 faz adequação dos nomes dos benefícios:
 auxílio-doença e aposentadoria por invalidez: 12 contribuições mensais;
 aposentadoria por idade, aposentadoria por tempo de serviço e aposentadoria especial: 180 contribuições
mensais (antes da EC). Após EC, nova nomenclatura.
 salário-maternidade : 10 contribuições mensais (contribuinte individual, segurado especial e segurado
facultativo) e, em caso de parto antecipado, o período de carência será reduzido em número de contribuições
equivalente ao número de meses em que o parto foi antecipado.
 auxílio-reclusão: 24 contribuições mensais.

• Obs.: Na hipótese de perda da qualidade de segurado, para fins da concessão dos benefícios de
auxílio-doença, de aposentadoria por invalidez, de salário-maternidade e de auxílio-reclusão, o
segurado deverá contar, a partir da data da nova filiação à Previdência Social, com metade
dos períodos acima elencados (Art. 27 – A).

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CARÊNCIA
Arts. 24 a 27 da Lei 8.213/91

DISPENSA DE CARÊNCIA: art. 26 da lei 8.213/91


 I - pensão por morte, salário-família e auxílio-acidente;

 II - salário-maternidade, para os segurados empregado, empregado doméstico e trabalhador avulso,;

 III - auxílio por incapacidade temporária e aposentadoria por incapacidade permanente nos casos de acidente
de qualquer natureza ou causa e de doença profissional ou do trabalho e nos casos de segurado que, após filiar-
se ao RGPS, seja acometido de alguma das doenças ou afecções especificadas em lista elaborada pelos
Ministérios da Saúde e da Economia, atualizada a cada três anos, de acordo com os critérios de estigma,
deformação, mutilação, deficiência ou outro fator que lhe confira especificidade e gravidade que mereçam
tratamento particularizado;

 IV - aposentadoria por idade ou por invalidez, auxílio-doença, auxílio-reclusão ou pensão por morte aos
segurados especiais, desde que comprovem o exercício de atividade rural no período imediatamente anterior ao
requerimento do benefício, ainda que de forma descontínua, igual ao número de meses correspondente à
carência do benefício requerido; e

 V - reabilitação profissional.

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CARÊNCIA
Arts. 24 a 27 da Lei 8.213/91

O QUE CONTA PARA CARÊNCIA: art. 27 da lei 8.213/91


Para cômputo do período de carência, serão consideradas as
contribuições:

 referentes ao período a partir da data de filiação ao RGPS no caso dos segurados empregados,
inclusive os domésticos, e dos trabalhadores avulsos;

 realizadas a contar da data de efetivo pagamento da primeira contribuição sem atraso, não sendo
consideradas para este fim as contribuições recolhidas com atraso referentes a competências
anteriores, no caso dos segurados contribuinte individual, especial e facultativo.
• Art. 28, § 4º do Decreto 3.048/99 – Recolhimentos em atraso pelo contribuinte individual
• na hipótese de perda da qualidade de segurado, somente serão consideradas, para fins de
carência, as contribuições efetivadas após novo recolhimento sem atraso, observado o
disposto no art. 19-E.

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CARÊNCIA
Arts. 24 a 27 da Lei 8.213/91
BENEFÍCIOS POR INCAPACIDADE COMPUTADOS COMO CARÊNCIA?

Segundo entendimento pacificado na jurisprudência, os períodos em que o segurado recebeu benefícios por incapacidade,
que são considerados tempo de contribuição pelo art. 55, II da Lei 8.213/91, igualmente devem serão computados para fins de
carência. Tal interpretação restou sedimentada em duas Ações Civis Públicas:

 ACP 2009.71.00.004103-4 - restrita ao âmbito da 4ª Região, conforme decisão do STJ no RESP 1.414.439-RS. Naquela
oportunidade, em 2014, o STJ ainda tinha a posição de que os efeitos da ACP se restringem à circunscrição do órgão prolator
da decisão de procedência.

 ACP 0216249-77.2017.4.02.5101/RJ – nesta foi conferida abrangência nacional, o que inclusive originou a edição da Portaria
INSS/PFE/DIRBEN Nº 12 DE 19/05/2020:
Art. 1º Comunicar para cumprimento a decisão judicial proferida na Ação Civil Pública-ACP nº 0216249-
77.2017.4.02.5101/RJ, determinando ao INSS que compute, para fins de carência, o período em gozo de benefício
por incapacidade não acidentário intercalado e o período em gozo de benefício por incapacidade acidentário,
intercalado ou não.
Recentemente, o Decreto 10.410/2020 trouxe o art. 19-C, § 1º ao Decreto 3.048/99, mas contraria jurisprudência
§ 1º Será computado o tempo intercalado de recebimento de benefício por incapacidade, na forma do disposto
no inciso II do caput do art. 55 da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, exceto para efeito de carência.

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TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO
art. 55 da Lei 8.213/91 e art. 19-C do Decreto 3.048/99

 Tempo de contribuição é o lapso temporal considerado pela legislação como válido para formação do
requisito para as aposentadorias por tempo de contribuição. Não se confunde com carência, em que
pese os conceitos tenham se aproximado muito, especialmente pós-reforma da previdência.

 O INSS irá basear-se nas informações constantes do CNIS para verificação do tempo de contribuição
(art. 29-A da Lei 8.213/91 e art. 19 do D. 3.048/99), por isso é fundamental sempre analisar o extrato e
verificar se há alguma correção a fazer antes de requerer uma aposentadoria (ajuste de CNIS previsto
no art. 29-A, § 2º da Lei 8.213/91). Portaria 123/2020.

 Até a Reforma, o tempo de contribuição era contado em anos, meses e dias. A partir da emenda 103 o
tempo de contribuição passou a ser contado em meses, desde que a contribuição correspondente
tenha base igual ou superior ao salário mínimo (art. 19-C, § 2º do Decreto 3.048/99).

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TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO
art. 55 da Lei 8.213/91 e art. 19-C do Decreto 3.048/99

 Com a emenda 103 a CF passa a ter o § 14 no art. 195, que institui a regra da contribuição mínima, pela
qual a contribuição sobre valor inferior ao salário mínimo não será computada como tempo de
contribuição, tampouco para carência, cálculo de benefício e acréscimo de renda mensal (art. 19-E do
Decreto 3.048/99). Para validar a contribuição recolhida a menor é preciso adotar uma das 3 possíveis
providências previstas nos arts. 19-E e 216, § 27-A do Decreto 3.048/99:

• complementar a contribuição das competências, de forma a alcançar o limite mínimo do salário de


contribuição exigido;
• utilizar o excedente do salário de contribuição superior ao limite mínimo de uma competência para completar
o salário de contribuição de outra competência até atingir o limite mínimo; ou
• agrupar os salários de contribuição inferiores ao limite mínimo de diferentes competências para
aproveitamento em uma ou mais competências até que estas atinjam o limite mínimo.

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TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO
art. 55 da Lei 8.213/91 e art. 19-C do Decreto 3.048/99
Considera-se tempo de contribuição, dentre outros períodos:

 o tempo de serviço militar, inclusive o voluntário, desde que não tenha sido contado para inatividade remunerada
nas Forças Armadas ou aposentadoria no serviço público

 o tempo intercalado em que esteve em gozo de auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez (se acidentário, não
precisa ser intercalado)

 em que a segurada tenha recebido salário-maternidade

 o tempo de serviço do segurado trabalhador rural, anterior à data de início de vigência desta Lei, será computado
independentemente do recolhimento das contribuições a ele correspondentes, exceto para efeito de carência,
conforme dispuser o Regulamento

 o tempo de serviço público amparado por regime próprio, desde que instruído com certidão de tempo de
contribuição

 o acréscimo de tempo resultante da conversão de tempo especial para comum anterior a 13/11/2019

 o tempo exercido na condição de aluno-aprendiz referente ao período de aprendizado profissional realizado em


escola técnica, desde que comprovados a remuneração pelo erário, mesmo que indireta, e o vínculo empregatício.

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SALÁRIO DE BENEFÍCIO
arts. 29 a 32 da Lei 8.213/91 e art. 32 do Decreto 3.048/99

CONCEITO: média dos salários de contribuição constantes do período básico de cálculo (PBC) que
servirá de base para o valor da renda mensal inicial. Aplicada aos benefícios de aposentadorias voluntárias
(programadas) e por incapacidade, auxílio-doença (incapacidade temporária), auxílio-acidente. Não se
aplica aos benefícios de salário-família, pensão por morte, salário-maternidade e auxílio-reclusão (art. 31
do Decreto 3.048/99). Seu valor não pode ser inferior a 1 salário-mínimo nem superior ao teto do INSS.

PBC – é o período em que se encontram os salários de contribuição do segurado que serão considerados
no cálculo do salário de benefício. Esse período situa-se entre julho de 1994 e a data do requerimento
administrativo do benefício.

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SALÁRIO DE BENEFÍCIO
arts. 29 a 32 da Lei 8.213/91 e art. 32 do Decreto 3.048/99

ANTES DA REFORMA DA PREVIDÊNCIA (DIREITO ADQUIRIDO) – ART. 29 DA LEI 8.213/91

 Média dos 80% maiores salários de contribuição desde julho de 1994 multiplicada pelo fator
previdenciário nos casos de aposentadoria por tempo de contribuição (obrigatoriamente, salvo se
atingida pontuação 85/95 progressiva) e aposentadoria por idade (se resultasse vantagem – fator
positivo).

 Fator Previdenciário:

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SALÁRIO DE BENEFÍCIO
arts. 29 a 32 da Lei 8.213/91 e art. 32 do Decreto 3.048/99

ANTES DA REFORMA DA PREVIDÊNCIA (DIREITO ADQUIRIDO) – ART. 29 DA LEI 8.213/91

 Divisor Mínimo - art. 3º, § 2 da Lei 9.876/99:


• Art. 3o Para o segurado filiado à Previdência Social até o dia anterior à data de publicação desta Lei, que
vier a cumprir as condições exigidas para a concessão dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social,
no cálculo do salário-de-benefício será considerada a média aritmética simples dos maiores salários-de-
contribuição, correspondentes a, no mínimo, oitenta por cento de todo o período contributivo decorrido desde
a competência julho de 1994, observado o disposto nos incisos I e II do caput do art. 29 da Lei no 8.213, de
1991, com a redação dada por esta Lei.
• § 2o No caso das aposentadorias de que tratam as alíneas b, c e d do inciso I do art. 18, o divisor
considerado no cálculo da média a que se refere o caput e o § 1o não poderá ser inferior a sessenta por cento
do período decorrido da competência julho de 1994 até a data de início do benefício, limitado a cem por cento
de todo o período contributivo.

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SALÁRIO DE BENEFÍCIO
arts. 29 a 32 da Lei 8.213/91 e art. 32 do Decreto 3.048/99

ANTES DA REFORMA DA PREVIDÊNCIA (DIREITO ADQUIRIDO) – ART. 29 DA LEI 8.213/91

 Divisor Mínimo – EXEMPLOS ILUSTRATIVOS DE PREJUÍZO CONSIDERANDO


UMA DER EM JULHO DE 2019:
• 300 meses é o PBC (período básico de cálculo) – logo, divisor mínimo (DM) = 180
• 60% do PBC é o divisor mínimo (DM)
 Hipótese 1 - segurado com 300 SC (salários de contribuição) – exclui 20% menores e sobram 240 SC – não
tem prejuízo pois número fica acima do DM
 Hipótese 2 – segurado com 200 SC – exclui apenas 10% menores (20) – tem prejuízo porque exclui apenas
10% dos menores
 Hipótese 3 - segurado com 150 SC – não exclui nada e divide a soma dos 150 por 180 – aumenta o
prejuízo
 Hipótese 4 – segurado com 40 sc – não exclui nada e divide a soma dos 40 por 180 – altíssimo prejuízo

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SALÁRIO DE BENEFÍCIO
arts. 29 a 32 da Lei 8.213/91 e art. 32 do Decreto 3.048/99

ATIVIDADES CONCOMITANTES – art. 32 da Lei 8.213/91

 Até a Lei 13.846/2019: INSS fazia uma média complexa e proporcional da


atividade secundária para depois somar com o SB da atividade principal –
revisão objeto do tema 1.070 no STJ, ainda pendente de definição
 Depois da Lei 13.846/2019: simplesmente somam-se os salários de
contribuição das atividades simultâneas e apura-se um único salário de
benefício

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SALÁRIO DE BENEFÍCIO
arts. 29 a 32 da Lei 8.213/91 e art. 32 do Decreto 3.048/99

DEPOIS DA REFORMA DA PREVIDÊNCIA – ART. 26 DA EC 103 E ART. 32 DO DECR.


3.048/99

 SB = média de TODOS os salários de contribuição do PBC - fim do descarte automático


de salários de contribuição

 Descartes facultativos – § 6º do art. 26


• § 6º Poderão ser excluídas da média as contribuições que resultem em redução do valor do
benefício, desde que mantido o tempo mínimo de contribuição exigido, vedada a utilização do
tempo excluído para qualquer finalidade, inclusive para o acréscimo a que se referem os §§ 2º e 5º,
para a averbação em outro regime previdenciário ou para a obtenção dos proventos de inatividade
das atividades de que tratam os arts. 42 e 142 da Constituição Federal.

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SALÁRIO DE BENEFÍCIO
arts. 29 a 32 da Lei 8.213/91 e art. 32 do Decreto 3.048/99

DEPOIS DA REFORMA DA PREVIDÊNCIA – ART. 26 DA EC 103 E ART. 32


DO DECR. 3.048/99

 Novo divisor mínimo instituído pela Lei 14.133/2022, introduzindo o art.


135-A da Lei 8.213/91:
 Para o segurado filiado à Previdência Social até julho de 1994, no cálculo do salário de benefício das
aposentadorias, exceto a aposentadoria por incapacidade permanente, o divisor considerado no cálculo da média
dos salários de contribuição não poderá ser inferior a 108 (cento e oito) meses.

 Obs.: Com isso, as aposentadorias serão calculadas com essa limitação no PBC,
seja para descartes seja mesmo para contribuições em número inferior ao novo
divisor.

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RENDA MENSAL INICIAL - RMI
arts. 35 e ss. da Lei 8.213/91
CONCEITO: é o valor mensal do benefício aferido na data de entrada do requerimento
administrativo. É um percentual incidente sobre o salário de benefício

 Não poderá ser inferior ao salário mínimo, exceto o auxílio-acidente e o salário-família;

 Serão computados no cálculo:


 para o segurado empregado, inclusive o doméstico, e o trabalhador avulso, os salários de contribuição referentes aos
meses de contribuições devidas, ainda que não recolhidas pela empresa ou pelo empregador doméstico;
 para o segurado empregado, inclusive o doméstico, o trabalhador avulso e o segurado especial, o valor mensal do
auxílio-acidente, considerado como salário de contribuição para fins de concessão de qualquer aposentadoria;
 os demais segurados, os salários-de-contribuição referentes aos meses de contribuições efetivamente recolhidas.

Obs.: Ao segurado empregado, inclusive o doméstico, e ao trabalhador avulso que não possam
comprovar o valor de seus salários de contribuição no período básico de cálculo, será concedido o
benefício de valor mínimo, devendo esta renda ser recalculada quando da apresentação de prova dos
salários de contribuição.

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RENDA MENSAL INICIAL - RMI
arts. 35 e ss. da Lei 8.213/91
Pós-Reforma - proporcionalidade de proventos como regra. Vejamos os percentuais de renda
mensal vigentes:

 Aposentadorias programadas das regras permanentes e de transição (tempo de contribuição, especial e idade):
60% do SB + 2% para cada ano de contribuição além dos 15 da mulher e 20 do homem - art. 26, § 2º da EC 103
 Aposentadoria por incapacidade permanente: 60% do SB + 2% para cada ano de contribuição além dos 15 da
mulher e 20 do homem - art. 26, § 2º da EC 103
 Auxílio por incapacidade temporária: 91% do SB ou 100% da média dos 12 últimos salários de contribuição, o
que resultar em valor menor – arts. 29, § 10 e 61 da Lei 8.213/91
 Auxílio acidente – 50% do SB – art. 86, § 1º da Lei 8.213/91
 Pensão por morte: como regra uma cota familiar de 50% da aposentadoria do segurado falecido (ou ap. inc.
perm. simulada) + 10% por dependente até 100% - art. 23 da Emenda 103
 Auxílio reclusão: 1 salário mínimo a partir do art. 27, § 1º da EC 103
 Salário-maternidade: veremos mais adiante – cálculo da RMI não foi atingido pela reforma

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RENDA MENSAL INICIAL - RMI
arts. 35 e ss. da Lei 8.213/91

Pós-Reforma - Exceções à proporcionalidade de proventos


garantindo 100% de RMI – art. 26, § 3º EC 103.

 Aposentadorias por incapacidade permanente decorrente de acidente de


trabalho, doença profissional e doença do trabalho

 Aposentadoria por tempo de contribuição pela regra de transição do


pedágio de 100%

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RENDA MENSAL INICIAL - RMI
arts. 35 e ss. da Lei 8.213/91

Reajustamento: art. 41-A da Lei 8.213/91

 O valor dos benefícios em manutenção será reajustado, anualmente, na


mesma data do reajuste do salário mínimo, pro rata, de acordo com suas
respectivas datas de início ou do último reajustamento, com base no
Índice Nacional de Preços ao Consumidor - INPC, apurado pela
Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE.

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BENEFÍCIOS EM ESPÉCIE

A legislação previdenciária prevê 10 tipos de benefícios


previdenciários, sendo 4 aposentadorias, 3 auxílios, 2 salários e 1
pensão.

APOSENTADORIAS AUXÍLIOS SALÁRIOS PENSÃO

1. Incapacidade permanente 1. Doença (incapacidade 1. Família 1. Por morte


2. Programada (idade e tempo) temporária) 2. Maternidade
3. Especial 2. Acidente
4. Tempo de contribuição 3. Reclusão

Obs.: os benefícios de prestação continuada (BPC LOAS), bem como as


aposentadorias por tempo de contribuição e idade das pessoas com deficiência (LC
142/2013) serão abordados exclusivamente em módulos complementares práticos

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BENEFÍCIOS EM ESPÉCIE

O objetivo deste Módulo Introdutório é trabalhar a questão conceitual


fundamental dos benefícios, sendo que os aprofundamentos práticos dos principais
benefícios serão trabalhados nos módulos complementares. Desse modo,
abordaremos os benefícios sob 6 enfoques:

1. Conceito
2. Titular
3. Requisitos
4. Termo inicial
5. Termo final
6. Renda mensal inicial

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APOSENTADORIA PROGRAMADA
(por idade - arts. 48 e ss. da Lei 8.213/91 e EC 103/2019)
1. Conceito: Previsto no art. 201, § 7º da CF, é o benefício que leva em conta essencialmente o requisito etário, mas exige um
período contributivo mínimo. Há uma variação importante em relação aos trabalhadores rurais.

2. Titular: Todos os segurados podem acessar este benefício, sem exceções

3. Requisitos:

3.1. Urbana:
 Homem, 65 anos de idade e 20 anos de contribuição (regra de transição do art. 18 da EC 103 prevê 15 anos de
contribuição para homens filiados ao RGPS até 13/11/2019)
 Mulher, 62 anos de idade e 15 anos de contribuição (regra de transição do art. 18 da EC 103 prevê idade
progressiva para mulheres filiadas até 13/11/2019, começando em 60 anos em 2019 e aumentando 6 meses por
ano até alcançar 62 anos de idade em 2023)
 Carência de 180 contribuições mensais

3.2. Rural (empregado, avulso, contribuinte individual autônomo e segurado especial, neste incluídos o pescador
artesanal e o garimpeiro)
 Homem, 60 anos de idade
 Mulher, 55 anos de idade
 deve comprovar o efetivo exercício de atividade rural, ainda que de forma descontínua, no período
imediatamente anterior ao requerimento do benefício, por tempo igual ao número de meses de contribuição
correspondente à carência do benefício pretendido.

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APOSENTADORIA PROGRAMADA
(por idade - arts. 48 e ss. da Lei 8.213/91 e Emenda 103/2019)
4. Termo inicial: art. 49 da Lei 8.213/91
4.1. Para Segurado Empregado, inclusive Doméstico:
 da data do desligamento do emprego, quando requerida em até 90 dias
 da data do requerimento administrativo, quando não houver desligamento ou
quando requerida após 90 dias
4.2. Para os demais Segurados:
 Da data do requerimento
5. Termo final: data do óbito do segurado
6. Renda mensal inicial: 60% do salário de benefício acrescidos de 2% para cada ano de
contribuição além dos 20 do homem e 15 da mulher
 Para segurados especiais que não contribuem, o valor da RMI será de 1 salário
mínimo, na forma do art. 39 da lei 8.213/91

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APOSENTADORIA PROGRAMADA
(por idade - arts. 48 e ss. da Lei 8.213/91 e Emenda 103/2019)

APOSENTADORIA HÍBRIDA – ART. 48, § 3º DA LEI 8.213/91

Os trabalhadores rurais que não atendam os requisitos do §2º do art. 48, mas que
satisfaçam essa condição, se forem considerados períodos de contribuição sob outras
categorias do segurado, farão jus ao benefício ao completarem 65 anos de idade, se
homem, e 60 anos, se mulher.

Obs.: Neste caso, a RMI segue a lógica da aposentadoria urbana, ou seja, 60% do SB acrescidos de
2% por ano de contribuição além dos 20 do homem e 15 da mulher, e considerando como salário de
contribuição no período rural sem contribuição que consta no PBC o equivalente a 1 salário mínimo.

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APOSENTADORIA PROGRAMADA
(por idade - arts. 48 e ss. da Lei 8.213/91 e Emenda 103/2019)

DIREITO ADQUIRIDO ATÉ 13/11/2019 – EMENDA 103 – Aplicável para urbana e híbrida

Homem: 65 anos de idade e carência de 180 contribuições (sem tempo de contribuição)


Mulher: 60 anos de idade e carência de 180 contribuições (sem tempo de contribuição)

Renda mensal inicial: 70% do SB (calculado da forma antiga, com descarte dos 20% menores)
acrescidos de 1% para cada grupo de 12 contribuições existentes no histórico do segurado até o
limite de 100%.

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APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO
(extinta pela EC 103 - ainda aplicável em direito adquirido e regras de transição)

NOÇÃO DE DIREITO ADQUIRIDO – ART. 3º E §2º DA EC 103

 Art. 3º A concessão de aposentadoria ao servidor público federal vinculado a regime próprio de


previdência social e ao segurado do Regime Geral de Previdência Social e de pensão por morte aos
respectivos dependentes será assegurada, a qualquer tempo, desde que tenham sido cumpridos
os requisitos para obtenção desses benefícios até a data de entrada em vigor desta Emenda
Constitucional, observados os critérios da legislação vigente na data em que foram atendidos os
requisitos para a concessão da aposentadoria ou da pensão por morte.

 § 2º Os proventos de aposentadoria devidos ao segurado a que se refere o caput e as pensões por


morte devidas aos seus dependentes serão apurados de acordo com a legislação em vigor à
época em que foram atendidos os requisitos nela estabelecidos para a concessão desses
benefícios.

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APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO
(extinta pela EC 103, mas ainda aplicável em regras de transição)

1. Conceito: Era previsto no art. 201, § 7º, I da CF com redação anterior à Emenda 103, e consiste no benefício devido aos
segurados que completassem um tempo mínimo de contribuição, sem necessidade de idade mínima. Foi extinta pela Emenda
103 e mantida em direito adquirido ou em 4 regras de transição para os segurados já filiados ao RGPS em 13/11/2019.
2. Titular: Todos os segurados podem acessar este benefício, sem exceções. Apenas cuidado com as hipóteses de segurados
contribuinte individual e facultativo que contribuem no plano simplificado com alíquotas reduzidas de 11% e 5%, pois nestes
casos abrem mão desta aposentadoria (art. 21, § 2º da Lei 8.212/91), bem como o segurado especial que não contribui.
3. Requisitos para direito adquirido até 13/11/2019:
 Homem, 35 anos de contribuição, reduzindo em 5 anos para professor do ensino infantil, fundamental e médio
 Mulher, 30 anos de contribuição, reduzindo em 5 anos para professora do ensino infantil, fundamental e médio
 Carência de 180 contribuições mensais
Obs.: sobre tempo de contribuição há uma aula dedicada ao tema neste módulo introdutório
4. Termo inicial: vale o mesmo que foi referido para aposentadoria programada por idade previsto no art. 49 da Lei 8.213/91
5. Termo final: óbito do segurado (após primeiro saque do benefício ou do FGTS ou PIS não cabe renúncia, art. 181-B e § 2º do D.
3.048/99
6. Renda mensal inicial: 100% do SB com incidência do fator previdenciário, salvo se alcançada fórmula 85/95 progressiva

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APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO
(extinta pela EC 103, mas ainda aplicável em regras de transição)

Indenização de contribuições e seu aproveitamento


 A indenização de contribuições é o procedimento aberto ao contribuinte individual que exerceu atividade remunerada e não contribuiu
na época própria. Este período deve estar abarcado pela decadência do direito da Receita Federal cobrar o tributo, ou seja, essa
atividade deve ter sido desempenhada há mais de 5 anos. Previsto no art. 45-A da Lei 8.212/91 e no art. 216, §§ 7º a 11 do Decreto
3.048/99)
 Precisa o segurado comprovar a atividade com documentos contemporâneos em requerimento feito diretamente ao INSS. Ao analisar os
documentos e constatando o exercício de atividade, o INSS emite a guia correspondente ao período postulado. Com isso, o tempo de
contribuição será considerado para aposentadoria por tempo de contribuição.
 Porém, deve-se ter atenção porque o INSS não tem aceito a contagem deste tempo indenizado para verificação do tempo até
13/11/2019 (direito adquirido e regras de transição dos pedágios de 50% e 100%) com base na portaria 1.382/2021. Nestes
casos, mandados de segurança estão sendo utilizados e com algum sucesso. Ver sentença do MS do TRF4 5004133-
05.2021.4.04.7117/RS.
 O valor da indenização será calculado a partir da média dos 80% maiores salários de contribuição do período contributivo desde julho de
1994. Feita a média incide a alíquota de 20% acrescida de multa de 10% e juros de 0,5% ao mês limitados a 50%.
 Exemplo: segurado comprova período de trabalho como autônomo entre janeiro e dezembro de 2000. A média dos salários
alcança R$3.000,00. Logo, a contribuição mensal será de R$ 600,00 (20%), mais R$ 60,00 (multa de 10%) e R$ 300,00 (juros
0,5% limitados em 50% sobre cada parcela). Cada mês a indenizar custará R$ 960,00.

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APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO
(Regras de Transição da Emenda 103)

As regras de transição se destinam a proteger expectativas de direito


daqueles que já estavam filiados ao RGPS até data da publicação da EC 103
(13/11/2019). Portanto, não são para proteger direitos adquiridos, mas
justamente para aqueles que não atingiram os requisitos antes da mudança,
mas detinham expectativa de se aposentarem com as regras agora revogadas.

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APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO
(Regras de Transição da Emenda 103)

1. PONTUAÇÃO PROGRESSIVA – ART. 15 DA EC 103


ANO MULHERES HOMENS

2019 86 96
 homem: 35 anos de contribuição e 96 pontos progressivos no
2020 87 97
tempo.
2021 88 98
 mulher: 30 anos de contribuição e 86 pontos progressivos no 2022 89 99
tempo.
2023 90 100
 Renda mensal inicial de 60% da média global sem descarte 2024 91 101
automático dos 20% menores + 2% para cada ano de contribuição 2025 92 102
além dos 15 da mulher e 20 do homem (art. 26, §§ 2º e 5º da EC 2026 93 103
103).
2027 94 104
*a partir de 2020 elevação de 1 ponto por ano até chegar em 2028 H 95 105
105 para homem e 100 para mulher 2029 96 105
2030 97 105
2031 98 105
Obs. Para professores haverá redução em 5 anos no tempo de contribuição e a
pontuação progressiva começa em 81/91 (mulher/homem) em 2019 e aumenta 2032 99 105
1 ponto por ano até atingir 92 pontos para mulher e 100 pontos para homem 2033 M 100 105
(art. 15, § 3º da EC 103)

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APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO
(Regras de Transição da Emenda 103)
ANO MULHER HOMEM
2. IDADE MÍNIMA PROGRESSIVA – ART. 16 DA EC 103 2019 56 61

2020 56,5 61,5

 homem: 35 anos de contribuição e 61 anos de idade com aumento 2021 57 62


progressivo da idade a partir de 2020. 2022 57,5 62,5
 mulher: 30 anos de contribuição e 56 anos de idade com aumento 2023 58 63
progressivo da idade a partir de 2020.
2024 58,5 63,5
 Renda mensal inicial de 60% da média global sem descarte + 2% para cada
2025 59 64
ano de contribuição além dos 15 da mulher e 20 do homem (art. 26, §§ 2º
e 5º da EC 103). 2026 59,5 64,5

*a partir de 2020 elevação de 6 meses por ano até chegar em 62 anos 2027H 60 65
a mulher e 65 anos o homem 2028 60,5 65

2029 61 65

Obs. Para professores haverá redução em 5 anos no tempo de 2030 61,5 65


contribuição e nas idades progressivas previstas até atingir 57 e 60 2031M 62 65
para mulheres e homens, respectivamente (art. 16, § 2º da EC 103)

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APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO
(Regras de Transição da Emenda 103)

3. PEDÁGIO DE 50% - ART. 17 DA EC 103

 homem: 35 anos de contribuição e pedágio de 50%, desde que contasse com pelo menos 33 anos e 1
dia de contribuição em 13 de novembro de 2019.
 mulher: 30 anos de contribuição e pedágio de 50%, desde que contasse com pelo menos 28 anos e 1
dia de contribuição em 13 de novembro de 2019.
 Renda mensal inicial: 100% da média global multiplicada pelo fator previdenciário (não se aplica a
proporcionalidade do art. 26 da EC 103, pois tem fator previdenciário)
 Pedágio = acréscimo de tempo de contribuição para além dos 30 e 35 anos de contribuição equivalente a
50% do tempo que faltava na data da EC 103 para esses tempos mínimos serem alcançados.
 Ex.: homem tinha 34 anos na data da reforma. Faltava 1 ano para os 35. Logo, pedágio será de 6 meses. Com
35 anos e 6 meses de contribuição poderá se aposentar

Obs. Essa regra de transição não se aplica aos professores

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APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO
(Regras de Transição da Emenda 103)

4. PEDÁGIO DE 100% - ART. 20 DA EC 103

 homem: 60 anos de idade e 35 anos de contribuição e pedágio de 100%.


 mulher: 57 anos de contribuição e pedágio de 50%, desde que contasse com pelo menos 28 anos e 1
dia de contribuição em 13 de novembro de 2019.
 Renda mensal inicial: 100% da média global, ou seja, INTEGRAL (art. 26, § 3º da EC 103)

 Pedágio = acréscimo de tempo de contribuição para além dos 30 e 35 anos de contribuição equivalente a
100% do tempo que faltava na data da EC 103 para esses tempos mínimos serem alcançados.
 Ex.: homem tinha 58 anos de idade 34 anos na data da reforma. Faltava 1 ano para os 35. Logo, pedágio será
de 1 ano. Em 2021, quando completar 60 anos e 36 anos de contribuição, irá se aposentar.

Obs. Para professores haverá redução em 5 anos nos requisitos idade e tempo de contribuição (mulher: 25
anos de contribuição e 52 anos de idade; homem: 30 anos de contribuição e 55 anos de idade) – art. 20, § 1º
da EC 103.

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APOSENTADORIA ESPECIAL
Antes da EC 103 - Arts. 57 e 58 da Lei 8.213/91

1. Conceito: Aposentadoria com critérios diferenciados garantida aos segurados que desenvolvem atividades
com exposição a agentes nocivos. Até a Emenda 103, as atividades de risco (perigosas) também eram
expressamente previstas no texto constitucional (art. 201, § 1º). Com a Reforma, a atividade de risco sai do
texto constitucional e isso causa uma certa insegurança. De qualquer modo, a Lei Complementar deverá
regular a matéria. Enquanto a Lei não vem, vigoram as regras de transição dos arts. 19, § 1º, I e 21 da EC
103, que veremos posteriormente.

2. Titular: Para o art. 64 do Decreto 3.048/99, somente os segurados empregados, avulsos e contribuintes
individuais filiados à cooperativas de trabalho ou produção. Porém, o art. 57 da Lei 8.213/91 não faz essa
restrição, de modo que tem sido bastante comum a jurisprudência acolher pleitos de autônomos
(dentistas, médicos) não cooperativados, desde que comprovem os requisitos. Neste sentido RESP
1.436.794, Relator Ministro Mauro Campbell Marques.

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APOSENTADORIA ESPECIAL
Antes da EC 103 - Arts. 57 e 58 da Lei 8.213/91

3. Requisitos para direito adquirido até 13/11/2019:


 15, 20 ou 25 anos de contribuição trabalhados em condições especiais, com exposição habitual e
permanente, não ocasional nem intermitente, a agentes nocivos físicos, químicos e biológicos
 Carência de 180 contribuições mensais

 Até 28/04/1995 vigoravam os decretos 53.831/64 e 83.080/79, que estabeleciam duas formas de enquadramento
para essa modalidade de aposentadoria: por exposição a agentes nocivos ou por categoria profissional. Os agentes
nocivos vinham previstos nos anexos dos aludidos decretos, o mesmo ocorrendo com as categorias profissionais
contempladas com a presunção de especialidade (médicos, enfermeiros, engenheiros, motoristas de ônibus, dentistas,
tratoristas, eletricistas, metalúrgicos, vigilantes, mineradores, etc). Logo, ou se comprovava exposição aos agentes
nocivos por meio de formulário (sem necessidade de laudo pericial, exceto para ruído), ou se demonstrava ser de
uma determinada categoria profissional contemplada nos decretos.
 A partir de 28/04/1995, com a Lei 9.032/95, deixou de ser possível o enquadramento por categoria profissional, sendo
necessária a demonstração de efetiva exposição aos agentes nocivos elencados em regulamento (atualmente, Anexo
IV do Decreto 3.048/99), sendo que a partir da 1997 passou a ser exigido laudo técnico para todos os agentes
nocivos.
 Portanto, o enquadramento da atividade como especial depende, atualmente, da comprovação da efetiva exposição
aos agentes nocivos, mediante apresentação de formulário PPP, baseado em Laudo Técnico das Condições
Ambientais do Trabalho, confeccionado por Engenheiro de Segurança do Trabalho ou Médico do Trabalho, e
fornecido ao trabalhador pela empresa (art. 58, § 1º da Lei 8.213/91) .

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APOSENTADORIA ESPECIAL
Antes da EC 103 - Arts. 57 e 58 da Lei 8.213/91

4. Termo inicial: vale o mesmo que foi referido para aposentadoria programada por idade previsto no art. 49
da Lei 8.213/91

5. Termo final: óbito do segurado (após primeiro saque do benefício ou do FGTS ou PIS não cabe renúncia,
art. 181-B e § 2º do D. 3.048/99
 Tema 709 do STF - A continuidade do trabalho em condições especiais após a concessão da
aposentadoria especial determina a suspensão do pagamento do benefício até que a atividade
deixe de ser exercida (validade do art. 57, § 8º da Lei 8.213/91)

6. Renda mensal inicial: 100% do SB sem incidência do fator previdenciário, na forma do art. 29, II da Lei
8.213/91

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APOSENTADORIA ESPECIAL
Após EC 103/2019

Aposentadoria Especial com idade mínima – art. 19, § 1º, I da EC 103/2019


“regra transitória”
(até que lei complementar discipline)

 Segurados que comprovem o exercício de atividades com efetiva exposição a agentes químicos,
físicos e biológicos prejudiciais à saúde, ou associação desses agentes, vedada a caracterização
por categoria profissional ou ocupação, durante, no mínimo, 15 , 20 e 25 anos, nos termos do
disposto nos arts. 57 e 58 da Leinº 8.213, de 24 de julho de 1991, quando cumpridos:
a) 55 anos de idade, quando se tratar de atividade especial de 15 anos de contribuição;
b) 58 anos de idade, quando se tratar de atividade especial de 20 anos de contribuição; ou
c) 60 anos de idade, quando se tratar de atividade especial de 25 anos de contribuição;

 Renda mensal Inicial – art. 26 da Emenda 103 - 60% do SB acrescidos de 2% para cada ano de
contribuição além dos 15 da mulher e 20 do homem

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APOSENTADORIA ESPECIAL
Após EC 103/2019

Aposentadoria especial com pontuação– art. 21 da Emenda 103


“regra de transição”

 segurado que se tenha filiado ao Regime Geral de Previdência Social até a data de entrada em vigor desta
Emenda Constitucional cujas atividades tenham sido exercidas com efetiva exposição a agentes químicos,
físicos e biológicos prejudiciais à saúde, ou associação desses agentes, vedada a caracterização por
categoria profissional ou ocupação, na forma dos arts. 57 e 58 da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991,
poderão aposentar-se quando o total da soma resultante da sua idade e do tempo de contribuição e o
tempo de efetiva exposição forem, respectivamente, de:
I – 66 pontos e 15 anos de efetiva exposição;
II - 76 pontos e 20 anos de efetiva exposição; e
III – 86 pontos e 25 anos de efetiva exposição.
 A idade e o tempo de contribuição serão apurados em dias para o somatório de pontos

 Renda mensal Inicial – art. 26 da Emenda 103 - 60% do SB acrescidos de 2% para cada ano de contribuição
além dos 15 da mulher e 20 do homem

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BENEFÍCIOS POR INCAPACIDADE
AUXÍLIO POR INCAPACIDADE TEMPÓRÁRIA

1. Conceito: benefício ainda conhecido como auxílio-doença, previsto nos arts. 59 e ss. da Lei 8.213/91, e que
visa garantir ao segurado temporariamente incapacitado para o trabalho uma renda que possa substituir a
sua remuneração. Se for concedido na modalidade previdenciária terá o código B 31; se for por acidente do
trabalho, o código será B 91.

2. Titular: Todos os segurados podem acessar este benefício, sem exceções. Inclusive o segurado facultativo

3. Requisitos:
a) Carência de 12 contribuições mensais (salvo dispensa na forma do art. 26, II da Lei 8.213/91)
b) Incapacidade para o trabalho ou atividade habitual por mais de 15 dias (aferida por meio
de exame médico-pericial a cargo da Previdência Social
c) Qualidade de segurado no momento da ocorrência do fato gerador (incapacidade)
 Doença preexistente (art. 59, § 1º da Lei) - Não será devido o auxílio-doença ao segurado que se
filiar ao Regime Geral de Previdência Social já portador da doença ou da lesão invocada como causa
para o benefício, exceto quando a incapacidade sobrevier por motivo de progressão ou
agravamento da doença ou da lesão.

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BENEFÍCIOS POR INCAPACIDADE
AUXÍLIO POR INCAPACIDADE TEMPÓRÁRIA

4. Termo inicial: art. 60 da Lei 8.213/91


Segurados empregados – a contar do 16º dia de afastamento
do trabalho (primeiros 15 dias de afastamento são pagos pela
empresa, conforme art. 60, § 3º)
Demais segurados – a contar da data de início da
incapacidade
• Obs.: Para valerem os prazos acima, deve o benefício ser
requerido em até 30 dias da data do afastamento, sob
pena do pagamento ocorrer apenas a partir da data do
requerimento.

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BENEFÍCIOS POR INCAPACIDADE
AUXÍLIO POR INCAPACIDADE TEMPÓRÁRIA

5. Termo final:

a) Na data fixada pela perícia administrativa ou judicial. Se não fixar data, cessa em 120 dias. O segurado pode
requerer prorrogação nos últimos 15 dias antes do término do prazo (art. 60, §§ 8º e 9º);
b) Cessação da incapacidade aferida por perícia (cabe recurso ao CRPS no prazo de 30 dias – art. 60 § 11);
c) Reabilitação profissional exitosa (art. 62, § 1º)
d) Não comparecimento à perícia quando convocado (art. 60, § 10 e art. 101);
e) Retorno ao trabalho (salvo se exercer atividade diversa da que exercia quando se afastou – art. 60, §§ 6º e 7º);
f) Conversão em aposentadoria por incapacidade permanente (invalidez);
g) Conversão em auxílio-acidente;
h) 60 dias após o segurado ser recolhido à prisão em regime fechado. Até 60 dias o benefício é suspenso
i) Óbito do segurado.

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BENEFÍCIOS POR INCAPACIDADE
AUXÍLIO POR INCAPACIDADE TEMPÓRÁRIA

6. Renda mensal inicial:

 91% do SB (média global) – art. 61; ou

 100% da média dos 12 últimos salários – art. 29, § 10

Obs.: Neste caso será aplicado o valor menor entre os


dois cálculos

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BENEFÍCIOS POR INCAPACIDADE
APOSENTADORIA POR INCAPACIDADE PERMANENTE

1. Conceito: benefício ainda conhecido como aposentadoria por invalidez, previsto nos arts. 42 e ss. da Lei
8.213/91, e que visa garantir ao segurado total e definitivamente incapacitado para o trabalho ou atividade
habitual uma renda que possa substituir a sua remuneração. Se for concedido na modalidade
previdenciária terá o código B 32; se for por acidente do trabalho, o código será B 92.

2. Titular: Todos os segurados podem acessar este benefício, sem exceções. Inclusive o segurado facultativo

3. Requisitos:
a) Carência de 12 contribuições mensais (salvo dispensa na forma do art. 26, II da Lei 8.213/91)
b) Incapacidade permanente para o trabalho habitual e insuscetibilidade de reabilitação
profissional (aferida por meio de exame médico-pericial a cargo da Previdência Social)
c) Qualidade de segurado no momento da ocorrência do fato gerador (incapacidade)
 Doença preexistente (art. 42, § 2º) - Não será devido o auxílio-doença ao segurado que se filiar ao
Regime Geral de Previdência Social já portador da doença ou da lesão invocada como causa para o
benefício, exceto quando a incapacidade sobrevier por motivo de progressão ou agravamento da
doença ou da lesão.

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BENEFÍCIOS POR INCAPACIDADE
APOSENTADORIA POR INCAPACIDADE PERMANENTE

4. Termo inicial: a partir do dia imediato ao da cessação do auxílio por incapacidade


temporária, na hipótese de conversão. Se houver concessão direta da aposentadoria, o
termo inicial segue as regras abaixo:
 Segurados empregados – a contar do 16º dia de afastamento do trabalho (primeiros 15
dias de afastamento são pagos pela empresa, conforme art. 43, § 3º)
 Demais segurados – a contar da data de início da incapacidade
• Obs.: Para valerem os prazos acima, deve o benefício ser requerido em até 30 dias
da data do afastamento, sob pena do pagamento ocorrer apenas a partir da data
do requerimento.

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BENEFÍCIOS POR INCAPACIDADE
APOSENTADORIA POR INCAPACIDADE PERMANENTE

5. Termo final:
a) Óbito do segurado
b) Não comparecimento à perícia quando convocado (art. 43, § 4º e art. 101)
Obs.: o segurado aposentado por incapacidade permanente estará dispensado das perícias
nas seguintes hipóteses:
• aposentados com HIV (art. 43, § 5º)
• aposentados com mais de 55 anos de idade e com pelo menos 15 anos da data da concessão da
aposentadoria ou auxílio precedente (art. 101, § 1º, I)
• aposentados com mais de 60 anos de idade (art. 101, § 1º, II)

c) Retorno voluntário ao trabalho (art. 46)


d) Recuperação da capacidade de trabalho atestada por perícia

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BENEFÍCIOS POR INCAPACIDADE
APOSENTADORIA POR INCAPACIDADE PERMANENTE

Na hipótese de recuperação da capacidade de trabalho atestada por perícia o segurado fará jus
às mensalidades de recuperação previstas no art. 47:

I. quando a recuperação ocorrer dentro de 5 anos, contados da data do início da aposentadoria ou do auxílio-doença
que a antecedeu sem interrupção, o benefício cessará:
a) de imediato, para o segurado empregado que tiver direito a retornar à função que desempenhava na empresa
quando se aposentou; ou
b) após tantos meses quantos forem os anos de duração do auxílio-doença ou da aposentadoria, para os
demais segurados;

II. quando a recuperação for parcial, ou ocorrer após 5 anos, ou ainda quando o segurado for declarado apto para o
exercício de trabalho diverso do qual habitualmente exercia, a aposentadoria será mantida, sem prejuízo da volta à
atividade:
a) no seu valor integral, durante 6 meses contados da data em que for verificada a recuperação da capacidade;
b) com redução de 50%, no período seguinte de 6 meses;
c) com redução de 75% também por igual período de 6 meses, ao término do qual cessará definitivamente.

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BENEFÍCIOS POR INCAPACIDADE
APOSENTADORIA POR INCAPACIDADE PERMANENTE

6. Renda mensal inicial: art. 26 e § 2º da Emenda 103

 60% do SB acrescidos de 2% para cada ano de contribuição além dos 15 da


mulher e 20 do homem

No direito adquirido até 13/11/2019, RMI 100% do SB

Obs.1: Em se tratando de benefício que decorre de acidente de trabalho


(B92), o art. 26, § 3º, II da EC 103 dispõe que a renda mensal inicial será
INTEGRAL, ou seja, 100% do SB.

Obs.2: Grande invalidez (art. 45) – necessidade de assistência permanente


de outra pessoal – 25% na RMI (inclusive, a RMI pode ultrapassar o teto do
RGPS)

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BENEFÍCIOS POR INCAPACIDADE
AUXÍLIO-ACIDENTE

1. Conceito: benefício de natureza indenizatória, previsto no art. 86 da Lei 8.213/91 devido apenas a algumas
categorias de segurados. O benefício não tem função de substituir a renda do trabalhador, motivo pelo
qual não observa a regra de salário mínimo como piso. Se a origem for um acidente comum, o benefício
será concedido na espécie previdenciária, com código B 36; se for acidente de trabalho, o benefício será
concedido na espécie acidentária, com código B 94.

2. Titular: segurados empregados, inclusive doméstico, trabalhador avulso e segurado especial (art. 18, § 1º
da Lei 8.213/91)

3. Requisitos: art. 86, caput


a) Sequela de lesão consolidada (curada) decorrente de acidente de qualquer natureza
b) Com redução (ainda que mínima) de capacidade para o trabalho que habitualmente exercia
c) Qualidade de segurado no momento da ocorrência do fato gerador (acidente com lesão)
 Equiparam-se a acidente de trabalho, também para esse fim, a doença profissional ou do
trabalho. Se dessas doenças resultarem sequelas redutoras de capacidade o benefício é devido.
 Dispensada carência, conforme art. 26, I da Lei 8.213/91

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BENEFÍCIOS POR INCAPACIDADE
AUXÍLIO-ACIDENTE

4) Termo inicial: via de regra é devido a partir do dia seguinte ao da cessação do auxílio por
incapacidade temporária (auxílio-doença) precedente, e será pago independentemente de
qualquer remuneração que o seu titular receba (pode trabalhar), vedada sua acumulação com
qualquer aposentadoria (até a Lei 9.528/97 era possível acumular com aposentadoria).

5) Termo final:
a) Concessão de qualquer aposentadoria (art. 86, § 3º)
b) Óbito do segurado

6) Renda mensal inicial: 50% do SB (caso tenha auxílio por incapacidade precedente, será
aproveitado o SB que o originou atualizado para o dia da conversão)

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BENEFÍCIOS POR INCAPACIDADE
ACIDENTE DE TRABALHO

 Caracteriza-se o acidente de trabalho o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa ou
empregador doméstico ou pelo exercício da atividade como segurado especial, provocando lesão corporal ou
perturbação funcional que cause morte ou perda/redução, permanente ou temporária, da capacidade para o
trabalho. (art. 19 da Lei 8.213/91). Cabem à empresa e ao empregador doméstico comunicarem o acidente do
trabalho ao INSS por meio de CAT.

 Também caracteriza acidente de trabalho (art. 20):


a) Doença profissional
b) Doença do trabalho

 Equiparam-se a acidente de trabalho, dentre outras hipóteses, o acidente sofrido(art. 21):


a) No trajeto da residência para o local de trabalho ou vice-versa
b) Em viagem a serviço da empresa
c) Por ato de agressão praticado por terceiro ou companheiro de trabalho
Obs.: INSS, por meio de perícia, poderá considerar natureza acidentária da incapacidade quando constatar
ocorrência de nexo técnico epidemiológico (NTEP) entre o trabalho e a incapacidade, decorrente da relação entre a
atividade da empresa (CNAE) e a doença (CID)

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BENEFÍCIOS POR INCAPACIDADE
ACIDENTE DE TRABALHO

Quando se tratar de acidente de trabalho e a


matéria vier a ser discutida judicialmente,
competirá à Justiça Comum Estadual o julgamento
da causa, conforme previsão expressa do art. 109, I
da Constituição Federal e do art. 129, II da Lei
8.213/91)

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PENSÃO POR MORTE
1. Conceito: benefício previsto nos arts. 74 e ss. da Lei 8.213/91, devido aos dependentes dos
segurados que nesta condição vier a falecer.
2. Titular: os dependentes dos segurados, em ordem de preferência, na forma do art. 16.
Perde o direito à pensão o condenado criminalmente por sentença com trânsito
em julgado, como autor, coautor ou partícipe de homicídio doloso, ou de
tentativa desse crime, cometido contra a pessoa do segurado, ressalvados os
absolutamente incapazes e os inimputáveis
3. Requisitos:
Falecimento de um segurado (nesta condição), ressalvado art. 102, § 2º da Lei
8.213/91
Condição de dependente previdenciário (art. 16)

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PENSÃO POR MORTE
4. Termo inicial:
a) Data do óbito, quando requerida em até 180 dias após o óbito, para os filhos
menores de 16 anos, ou em até 90 dias após o óbito, para os demais dependentes
(Óbitos a partir de da Lei 13.846/2019)
b) do requerimento, quando requerida após o prazo previsto no inciso anterior;
c) da decisão judicial, no caso de morte presumida (06meses);

Observação sobre filho menor. STJ reconhece direito desde o óbito, não correndo
prescrição enquanto não atingida maioridade de 18 anos. Neste sentido, posição do
STJ no RESP 1430648, Relator Ministro Napoleão Nunes Maia Filho:
“8. Tal entendimento destoa da orientação jurisprudencial desta Corte que afirma não correr qualquer prazo
prescricional contra o menor, que não pode ser prejudicado pela inércia de seu representante legal, nos termos dos
arts. 198, I do CC e 79 e 103 da Lei 8.213/1991.
9. A contagem do prazo prescricional nessas hipóteses só terá início na data em que atingem a maioridade, não
havendo que se falar no início da contagem do prazo prescricional no implemento dos 16 anos de idade.”

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PENSÃO POR MORTE
5. Termo final: • Cessação da invalidez ou deficiência

 Para cônjuge/companheiro(a): • Em 4 meses (segurado com menos de 18


contribuições ou casamento/união há menos de 2
a) pelo óbito do pensionista anos

b) Pelo decurso do prazo estabelecido no art. 77, § 2º, V • Prazos que variam de 3 anos à vitaliciedade quando
segurado tinha 18 contribuições e casamento/união
c/c portaria ME nº 424/2020 estável há pelo menos 2 anos

Duração máxima do
Idade
benefício ou cota
menos de 22 anos 3 anos
entre 22 e 27 anos 6 anos
entre 28 e 30 anos 10 anos
entre 31 e 41 anos 15 anos
entre 42 e 44 anos 20 anos
a partir de 45 anos Vitalício

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PENSÃO POR MORTE
5. Termo final:
 Óbito do dependente – causa geral
 Filhos e irmãos – atingimento da maioridade (21 anos), emancipação ou cessação da situação de invalidez
ou deficiência
 Condenação transitada em julgado pela prática de crime doloso contra a vida do segurado, ainda que na
forma tentada, ressalvados os absolutamente incapazes e os inimputáveis

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PENSÃO POR MORTE

6. Renda Mensal Inicial:


Até a Emenda 103/2019 a pensão por morte era integral, ou seja, 100% da aposentadoria que o
segurado recebia na data do óbito, ou, se não estivesse aposentado, da aposentadoria por invalidez simulada
na mesma data.
Com o advento da Reforma, a pensão passa a ser proporcional com aplicação de cotas, ou seja:
a) uma cota familiar de 50% da aposentadoria do segurado (recebida ou a simulada),
acrescida de
b) uma cota individual de 10% por dependente até o limite de 100%

Obs.: havendo algum dependente inválido ou com deficiência mental, intelectual ou


deficiência grave a pensão não será paga em cotas, mas de maneira integral

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AUXÍLIO-RECLUSÃO
1. Conceito: benefício previsto no art. 80 da Lei 8.213/91 e 381 e seguintes da IN
128/2022, devido aos dependentes dos segurados que nesta condição vier a ser
recolhido à prisão.

2. Titular: os dependentes dos segurados, em ordem de preferência, na forma do


art. 16.
Perde o direito o condenado criminalmente por sentença com trânsito
em julgado, como autor, coautor ou partícipe de homicídio doloso, ou
de tentativa desse crime, cometido contra a pessoa do segurado,
ressalvados os absolutamente incapazes e os inimputáveis

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AUXÍLIO-RECLUSÃO
3. Requisitos:
 Qualidade de segurado de baixa renda (definida em portaria anualmente). Em 2022, Portaria
Interministerial MPT/ME nº 12 de 17/01/2022, define renda igual ou inferior a R$ 1.655,98;
 Obs.: Art. 80,§ 3º e 4º da Lei 8.213/91
§ 3º Para fins do disposto nesta Lei, considera-se segurado de baixa renda aquele que, no mês de
competência de recolhimento à prisão, tenha renda, apurada nos termos do disposto no § 4º deste
artigo, de valor igual ou inferior àquela prevista no art. 13 da Emenda Constitucional nº 20, de 15 de
dezembro de 1998, corrigido pelos índices de reajuste aplicados aos benefícios do RGPS.
§ 4º A aferição da renda mensal bruta para enquadramento do segurado como de baixa renda
ocorrerá pela média dos salários de contribuição apurados no período de 12 (doze) meses anteriores
ao mês do recolhimento à prisão.
 Carência de 24 contribuições – Fatos geradores posteriores à MP 871/2019 convertida na Lei 13.846/2019
 Recolhimento à prisão em regime fechado sem receber remuneração da empresa nem estiver em gozo de
auxílio por incapacidade temporária, pensão por morte, salário maternidade, aposentadoria.
 Condição de dependente previdenciário (art. 16)
 Obs.: Requerimento do benefício deverá ser instruído com certidão judicial que ateste o
recolhimento efetivo à prisão

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AUXÍLIO-RECLUSÃO
4. Termo inicial: mesma regra da pensão por morte

a) Data do recolhimento à prisão, quando requerida em até 180 dias, para os filhos menores de 16 anos, ou
em até 90 dias, para os demais dependentes (prisões a partir da Lei 13.846/2019)
b) do requerimento, quando requerida após o prazo previsto no inciso anterior;

Observação sobre filho menor. STJ reconhece direito desde o óbito, não correndo prescrição enquanto
não atingida maioridade de 18 anos. Neste sentido, posição do STJ no RESP 1430648, Relator Ministro
Napoleão Nunes Maia Filho:
“8. Tal entendimento destoa da orientação jurisprudencial desta Corte que afirma não correr
qualquer prazo prescricional contra o menor, que não pode ser prejudicado pela inércia de seu
representante legal, nos termos dos arts. 198, I do CC e 79 e 103 da Lei 8.213/1991.
9. A contagem do prazo prescricional nessas hipóteses só terá início na data em que atingem a
maioridade, não havendo que se falar no início da contagem do prazo prescricional no implemento
dos 16 anos de idade.”

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AUXÍLIO-RECLUSÃO
5. Termo final:
1. Progressão de regime, duas hipóteses:
a) para benefícios com fato gerador até 18/01/2019 (MP 871), quando progredir para
regime aberto;
b) para benefícios com fato gerador a partir de 18/01/2019 (MP 871), quando progredir
para regime semiaberto;

2. Na data da soltura ou livramento condicional


3. Pela fuga do segurado recluso;
4. Se o recluso passar a receber aposentadoria
5. Perda da condição de dependente
6. Pelo óbito do segurado ou dependente

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AUXÍLIO-RECLUSÃO
6. Renda Mensal Inicial:

De acordo com art. 27, § 1º da Emenda 103, benefício de 1 salário mínimo:


§ 1º Até que lei discipline o valor do auxílio-reclusão, de que trata o inciso IV do
art. 201 da Constituição Federal, seu cálculo será realizado na forma daquele
aplicável à pensão por morte, não podendo exceder o valor de 1 (um) salário-
mínimo.

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