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DIREITO PREVIDENCIÁRIO

RGPS – Contribuinte Individual e Trabalhador Avulso


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RGPS – CONTRIBUINTE INDIVIDUAL E TRABALHADOR AVULSO

CONTRIBUINTE INDIVIDUAL

É aquele que era chamado de “autônomo”. Ele não trabalha de maneira subordinada,
pois exerce a atividade com autonomia.

Conceito:

Espécie de segurado obrigatório da Previdência Social, cujo vínculo jurídico decorre do


exercício de determinada atividade remunerada, não enquadrada nas demais modalidades
de segurados do INSS.
O caráter é subsidiário. É aquele que não é empregado, nem doméstico, nem avulso.

Rol previsto no art. 11, V, da Lei 8.213/91:

a) a pessoa física, proprietária ou não, que explora atividade agropecuária, a qualquer


título, em caráter permanente ou temporário, em área superior a 4 módulos fiscais;
Se uma pessoa exerce atividade agropecuária, em regime de economia familiar, em imóvel
de até 4 módulos fiscais, seu enquadramento poderá ser de segurado especial. No entanto,
se a área for superior a 4 módulos fiscais, será reconhecido como contribuinte individual.
ou, quando em área igual ou inferior a 4 módulos fiscais ou atividade pesqueira, com
auxílio de empregados ou por intermédio de prepostos;
Nesse caso, ele deixará de ser segurado especial, por causa do auxílio de empregados/
prepostos. Isso demonstra que o critério da extensão do território não é fator absoluto, pois
ainda que sejam apenas 4 módulos, se houver auxílio de empregados, ele deixará de ser
segurado especial e passará a ter enquadramento de contribuinte individual.
5m
ou ainda nas hipóteses dos §§ 9º e 10 deste artigo (quando descaracterizada a condição
de segurado especial). Por exemplo, quando o segurado especial exerce atividade urbana
por mais de 120 dias por ano, quando explora o imóvel rural para fins turísticos por mais de
120 dias; ele será considerado como contribuinte individual.
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b) a pessoa física, proprietária ou não, que explora atividade de extração mineral -


garimpo, em caráter permanente ou temporário, diretamente ou por intermédio de prepos-
tos, com ou sem o auxílio de empregados, utilizados a qualquer título, ainda que de forma
não contínua;
Até meados de 90, o garimpeiro era segurado especial, quando passou a ser conside-
rado contribuinte individual.
É importante destacar que o SERINGUEIRO não é contribuinte individual. Ele é um
SEGURADO ESPECIAL.
c) o ministro de confissão religiosa e o membro de instituto de vida consagrada, de
congregação ou de ordem religiosa.
O padre não é empregado do vaticano. Seu enquadramento previdenciário se aperfeiçoa
na condição de contribuinte individual.
d) (Revogado pela Lei 9.876/99)
e) o brasileiro civil que trabalha no exterior para organismo oficial internacional do qual
o Brasil é membro efetivo (ex: ONU ONT, OMS), ainda que lá domiciliado e contratado*, salvo
quando coberto por regime próprio de previdência social;
10m
(*) Difere do segurado empregado previsto na alínea “e” do inciso I do art. 11, hipótese em
que o trabalho deve ser em prol da União (... o brasileiro civil que trabalha para a União,...).
Portanto, se o brasileiro trabalha na ONU em favor do governo brasileiro (União), ele
será um segurado obrigatório na figura de empregado. Porém, se ele trabalhar na ONU em
favor do governo do Paraguai e não estiver coberto pelo regime desse país, ele estará vincu-
lado ao RGPS, na qualidade de contribuinte individual.
f) o titular de firma individual* urbana ou rural, (*) Art. 9º, V, d, RPS:
1. o empresário individual e o titular de empresa individual de responsabilidade limitada
(antiga, EIRELI), urbana ou rural (Incluído pelo Dec. 10.410/20).
2. O diretor não empregado (se for “diretor empregado” será segurado “empregado”) e
o membro de conselho de administração de sociedade anônima,
f) (...) o sócio* solidário, o sócio de indústria, o sócio gerente e o sócio cotista que
recebam remuneração decorrente de seu trabalho em empresa urbana ou rural,
(*) Art. 9, V, e, RPS: 3. o sócio de sociedade em nome coletivo; e (Incluído pelo Decreto
n. 10.410, de 2020).
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4. o sócio solidário, o sócio gerente, o sócio cotista e o administrador, quanto a este


último, quando não for empregado em sociedade limitada, urbana ou rural; (Incluído pelo
Decreto n. 10.410, de 2020).
f) (...)
e o associado eleito para cargo de direção em cooperativa, associação ou entidade
de qualquer natureza ou finalidade,
bem como o síndico ou administrador eleito para exercer atividade de direção con-
dominial, desde que recebam remuneração. O síndico, para ser contribuinte individual, deve
receber remuneração.
É importante destacar que o síndico, como regra, não recebe remuneração/salário ou é
dispensado do pagamento da taxa condominial. Nesse caso, por não receber remuneração
direta ou indireta ele pode ser enquadrado como facultativo. Contudo, se receber remune-
ração direta (salário) ou indireta (dispensa do pagamento da taxa condominial), ele se torna
contribuinte individual.
15m
g) quem presta serviço de natureza urbana ou rural, em caráter eventual, a uma ou mais
empresas, sem relação de emprego;
É o autônomo. Ele presta serviço para diversos contratantes, sem carteira assinada.
Exerce a atividade com autonomia.
h) a pessoa física que exerce, por conta própria, atividade econômica de natureza urbana,
com fins lucrativos ou não. O lucro não é requisito, logo, ainda que a operação não seja lucra-
tiva, aquele que trabalha por conta própria será enquadrado como contribuinte individual.
Rol previsto no art. 9º, V, do Decreto 3.048/99 (Regulamento da Previdência Social):
n) o cooperado de cooperativa de produção que, nesta condição, presta serviço à
sociedade cooperativa mediante remuneração ajustada ao trabalho executado; o cooperado
não é empregado da cooperativa. Ele será enquadrado como contribuinte individual, pois não
preenche requisitos de subordinação ou onerosidade. Se ele for eleito para cargo de dire-
ção dessa cooperativa, seu enquadramento não se altera, permanecerá como contribuinte
individual.
(...)
p) o Micro Empreendedor Individual - MEI de que tratam os arts. 18-A e 18-C da Lei
Complementar no 123, de 14 de dezembro de 2006, que opte pelo recolhimento dos impos-
tos e contribuições abrangidos pelo Simples Nacional em valores fixos mensais;
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O MEI é contemplado pelo plano simplificado de contribuição, em vez de recolher 20%,


ele pode recolher até 5%, nesse caso, ele não terá direito à aposentadoria por tempo de
contribuição.
q) o médico participante do Projeto Mais Médicos para o Brasil, instituído pela Lei n.
12.871, de 22 de outubro de 2013, exceto na hipótese de cobertura securitária específica
estabelecida por organismo internacional ou filiação a regime de seguridade social em seu
país de origem, com o qual a República Federativa do Brasil mantenha acordo de seguridade
social; (Incluído pelo Decreto n. 10.410, de 2020).
r) o médico em curso de formação no âmbito do Programa Médicos pelo Brasil,
instituído pela Lei n. 13.958, de 18 de dezembro de 2019; (Incluído pelo Decreto n. 10.410,
de 2020).
20m

�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Online, de acordo com a aula prepa-
rada e ministrada pelo professor Fernando Maciel.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
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