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Segurados do RGPS, qualidade de

segurado e carência

 Professor: Rodrigo Sodero

 Fanpage/Facebook: Professor Rodrigo


Sodero e Rodrigo Sodero III

 Instagram: @profrodrigosodero
Segurados do RGPS
 Beneficiários:

 Segurados: art. 11, da Lei 8.213/91; art. 12 da


Lei 8.212/91; art. 9º, do Decreto 3.048/99; art. 2º
e seguintes da IN INSS PRES 77/2015.

 Dependentes: art. 16, da Lei 8.213/91; arts.


16 e 17, do Decreto 3.048/99; art. 121 e
seguintes da IN INSS PRES 77/2015.
Segurados do RGPS
 Benefícios oferecidos pelo RGPS: regra do
4-3-2-1.

Benefícios devidos aos dependentes:


pensão por morte e auxílio-reclusão.

Benefícios devidos aos segurados: demais


benefícios.

 Valor mínimo: art. 201, § 2º, da CF.


Segurados do RGPS
 Segurados: é segurado da Previdência
Social de forma compulsória, a pessoa física
que exerce atividade remunerada, efetiva ou
eventual, de natureza urbana ou rural, com ou
sem vínculo de emprego, a título precário ou
não, bem como aquele que a lei define como
tal, observadas quando for o caso, as
exceções previstas no texto legal, ou exerceu
alguma atividade das mencionadas no período
imediatamente anterior ao chamado “período
de graça”.
Segurados do RGPS
 Espécies de segurados: obrigatórios e
facultativos.

Segurados obrigatórios: são aqueles que


devem contribuir compulsoriamente para a
Seguridade Social, com benefícios pecuniários
e serviços (reabilitação e serviço social) a
encargo da Previdência Social.
Segurados do RGPS
 O art. 11, da Lei 8.213/91, o art. 12, da Lei 8.212/91, o
art. 9º, do Decreto 3.048/99 e o art. 8º e seguintes da IN
INSS/PRES 77/2015, tratam das espécies de segurados
obrigatórios:

 Empregados (art. 2º e 3º da CLT, art. 12, inciso I, da


Lei 8.212/91 e art. 9º, inciso I, do Decreto 3.048/99 -
urbanos e rurais).

Empregados domésticos (LC 150/15, art. 12, inciso II,


da Lei 8.212/91 e art. 9º, inciso II, do Decreto 3.048/99).
Segurados do RGPS
 Contribuinte individual (art. 12, inciso V, da Lei
8.212/91 e art. 9º, inciso V, do Decreto 3.048/99).

Trabalhador avulso (Lei 8.630/93 e art. 9º, inciso


VI, do Decreto 3.048/99).

 Segurados especiais (art. 195, § 8º, da CF, art.


12, inciso VII, da Lei 8.212/91 e art. 9º, inciso VII,
do Decreto 3.048/99 – agropecuária, pesca,
extração vegetal e seringueiro).
Segurados do RGPS
 Segurado facultativo: não exerce atividade remunerada
(art. 13, da Lei 8.213/91, art. 14, da Lei 8.212/91, art. 11, do
Decreto 3.048/99 e art. 55 e seguintes, da IN INSS/PRES
77/2015).

 Exemplos: síndico não remunerado, dona de casa,


estagiário, etc.

 Segurado filiado à RPPS: é vedada a filiação ao RGPS,


na qualidade de segurado facultativo, de pessoa
participante de regime próprio de previdência (art. 201, §
5º, da CF).
Segurados do RGPS
 Idade mínima do segurado: 14 anos, na condição de menor
aprendiz e para os demais casos, 16 anos (inclusive para o
facultativo).

 Idade mínima do segurado no tempo:

 até 28.02.1967: 14 anos (CF/1946)


 de 01.03.1967 a 05.10.1988: 12 anos (CF/1967)
 06.10.1988 a 15.12.1998: 14 anos, permitida a filiação na
condição de aprendiz, se contratado desta forma, a partir dos 12
anos (CF/1988 e ECA)
 a partir de 16.12.1998: 16 anos, salvo na condição de aprendiz,
a partir dos 14 anos (CF, art. 7º, XXXIII).
Segurados do RGPS

 Trabalho precoce na condição de segurado


especial: segundo o STJ, o Tc também deve
ser considerado a partir dos 12 anos de idade
(REsp 573.556/RS). No mesmo sentido é o
posicionamento da TNU (Processo 0002118-
23.2006.4.03.6303).
Segurados do RGPS
 Segurado aposentado: é aquele que continua ou
retorna ao trabalho após a aposentadoria.

 Pecúlio e obrigatoriedade de contribuição do


trabalhador aposentado: extinção do pecúlio com a
Lei 8.870/94. Contribuição do aposentado é
restabelecida com a Lei 9.032/95 que altera a redação
do art. 12, da Lei 8.212/91. Art. 11, § 3º, da Lei 8.213/91.

 Teses: Inexigibilidade e devolução das contribuições


(RE 437.640/RS); Revisão (RE 381.367/RS);
Desaposentação (RE 661.256/SC); Reaposentação (RE
827.833/SC); Despensão (REsp 1.515.929/RS).
Segurados do RGPS
 Filiação do segurado: é o vínculo jurídico que se
estabelece entre pessoas que contribuem como
segurado da Previdência Social e esta, vínculo este do
qual decorrem direitos e obrigações (art. 20, caput, do
Decreto 3.048/99).

 A filiação decorre automaticamente do exercício de


atividade remunerada para os segurados obrigatórios
e da inscrição formalizada com o pagamento da
primeira contribuição para o segurado facultativo.
Segurados do RGPS
 Reconhecimento de filiação: é o direito do segurado
de ter reconhecido, em qualquer época, o tempo de
exercício de atividade anteriormente abrangida pela
Previdência Social. (art. 22, da IN INSS/PRES 77/2015).

 Retroação de Data do Início da Contribuição – DIC:


trata-se do reconhecimento de filiação em período
anterior a inscrição mediante comprovação de
atividade e recolhimento das contribuições. (art. 23, da
IN INSS/PRES 77/2015).

 Responsável tributário: arts. 30 e 33, da Lei 8.212/91


e art. 34, da Lei 8.213/91, Enunciado 18, do CRPS.
Segurados do RGPS
 Contribuinte individual informado na GFIP: a partir da
competência abril de 2003, o contribuinte individual
informado em GFIP poderá ter deferido o pedido de
reconhecimento da filiação mediante comprovação do
exercício da atividade remunerada, independentemente
do efetivo recolhimento das contribuições. (art. 23, da IN
INSS/PRES 77/2015 e Lei 10.666/2003).

 Contribuinte individual, filiação e desnecessidade de


comprovação da atividade: tendo uma contribuição em
dia, sem baixa na inscrição, presume-se em débito e o
recolhimento em atraso pode ocorrer sem a necessidade
de comprovação da atividade remunerada (art. 30, inciso
I, da IN INSS/PRES 77/2015).
Segurados do RGPS
 Súmula vinculante 08 (STF): decadência de 05 anos.

 Período não decadente: recolhimento se dá na forma do


art. 45-A, § 3º e art. 35, da Lei 8.212/91.

 Período decadente: recolhimento se dá na forma do art.


45-A, da Lei 8.212/91 (indenização substitutiva).

 É indevida a exigência de juros moratórios e multa sobre


o valor de indenização substitutiva de contribuições
previdenciárias, relativamente a período de tempo de
serviço anterior à MP 1.523/96, conforme a jurisprudência
dominante do STJ. (TRF4, Processo 5000808-
86.2016.404.7217).
Segurados do RGPS
 Atenção: o segurado facultativo somente pode
recolher 06 meses em atraso, na forma do art. 11, § 4º, do
Decreto 3.048/99.

 Atenção: somente tem direito ao auxílio-acidente o


empregado, o empregado doméstico, o trabalhador
avulso e o segurado especial, conforme art. 18, § 2º, da
Lei 8.213/91..

 Atenção: para o INSS, somente tem direito à


aposentadoria especial os empregados, trabalhadores
avulsos e contribuintes individuais cooperados (em
sentido contrário, Súmula 62, da TNU e precedentes
jurisprudenciais).
Segurados do RGPS
 Manutenção e perda da qualidade de segurado:

A manutenção ordinária da qualidade de segurado


ocorre com a observância da condição de segurado
obrigatório ou pagamento como segurado facultativo.

Extraordinariamente a qualidade de segurado se


mantém nas hipóteses do art. 15, da Lei 8.213/91.
Segurados do RGPS
 Hipóteses de manutenção da qualidade de segurado
(art. 15, da Lei 8.213/91, art. 13, do Decreto 3.048/99 e
art. 137 e seguintes, da IN INSS/PRES 77/2015):

Sem limite de prazo, quem está em gozo de


benefício, exceto auxílio-acidente.

 Atenção para o auxílio-acidente! (Lei 13.846/19)

 Saída: contribuição concomitante com o


recebimento do auxílio-acidente!
Segurados do RGPS
 Até 12 meses após a cessação das contribuições, o
segurado que deixar de exercer atividade remunerada
abrangida pela Previdência Social ou estiver suspenso
ou licenciado sem remuneração ou que deixar de
receber o benefício do Seguro-Desemprego;
(Redação dada pela Medida Provisória nº 905, de
2019);

 Até 12 meses após cessar a segregação, o segurado


acometido de doença de segregação compulsória;

Até 12 meses após o livramento, o segurado retido


ou recluso;
Segurados do RGPS
 Até 3 meses após o licenciamento, o segurado
incorporado às Forças Armadas para prestar serviço
militar;

 Atenção: aquele que já era segurado antes de


prestar o serviço militar permanece nessa condição
durante o período junto as Forças Armadas, até 3
meses depois do licenciamento ou baixa.

 Até 6 meses após a cessação das contribuições, o


segurado facultativo.
Segurados do RGPS
 O prazo de 12 meses (segurado obrigatório – art. 15,
inciso II, da Lei 8.213/91) será prorrogado para até 24
meses se o segurado já tiver pago mais de 120
contribuições mensais sem interrupção que acarrete a
perda da qualidade de segurado.

 TNU, PUIL 0001377-02.2014.4.03.6303/SP: a extensão


de mais 12 meses incorpora definitivamente ao
patrimônio jurídico do segurado quando houver
contribuído por mais de 120 meses sem interrupção
que acarrete a perda da qualidade de segurado.
Segurados do RGPS
 Os prazos do inciso II ou do § 1º, do art. 15, da Lei
8.213/91, serão acrescidos de 12 meses para o segurado
desempregado, desde que comprovada essa situação pelo
registro no órgão próprio do Ministério do Trabalho e da
Previdência Social.

 Atenção: Súmula 27, da TNU. Outros meios de prova são


admitidos (seguro desemprego, SINE, PAT, etc.).

 Atenção: a ausência de registros no CNIS e na CTPS não


constitui prova cabal do desemprego (STJ, Pet 7.115/PR).
Segurados do RGPS
 Precedentes estendem a possibilidade de
prorrogação do período de graça pelo
desemprego ao contribuinte individual: TRU
da 4ª Região, IUJEF 2008.70.51.003130-5;
TRF4, EI 5008335-28.2011.404.7100/RS.
Segurados do RGPS
 Contagem: a perda da qualidade de segurado ocorrerá
no dia seguinte ao do término do prazo fixado no Plano de
Custeio da Seguridade Social para recolhimento da
contribuição referente ao mês imediatamente posterior ao
do final dos prazos fixados neste artigo e seus parágrafos.
(art. 15, § 4º, da Lei 8.213/91, art. 30, inciso II, da Lei
8.212/91 e Anexo XXIV à IN INSS/PRES 77/2015).

 Exemplo de período de graça de 12 meses:


 Última contribuição referente ao mês de: 03/2019
 Projeção de 12 meses: 03/2020
 Mês seguinte: 04/2020
 Manutenção da qualidade de segurado até: 15/05/2020
Segurados do RGPS
 Inscrição do segurado: é ato pelo qual a pessoa física é
cadastrada no CNIS, mediante informações prestadas dos seus
dados pessoais e de outros elementos necessários e úteis à sua
caracterização.

 A pessoa é identificada no CNIS pelo NIT – Número de


Identificação do Trabalhador que poderá ser NIT – Previdência,
NIT PIS/PASEP/SUS ou outro NIS – Número de Identificação
Social, emitido pela CEF.

 Inscrição post mortem: o art. 17, da Lei 8.213/91, alterado pela


MP 871/19, convertida n Lei 13.876/19, veda a inscrição post
mortem do contribuinte individual e do segurado facultativo. No
mesmo, sentido é o posicionamento do STJ (REsp 1.346.852/PR)
e da TNU (Súmula 52), que inadmitem inscrição post mortem do
contribuinte individual.
Carência
Carência: é período de carência é o número de
contribuições mensais indispensáveis para que o
beneficiário faça jus ao benefício, consideradas a
partir do transcurso do primeiro dia dos meses de
suas competências (art. 24, da Lei 8.213/91).

 Fundamentação: art. 24 e seguintes da Lei 8.213/91,


art. 26 e seguintes, do Decreto 3.048/99, art. 145 e
seguintes da IN INSS/PRES 77/2015.
Carência
 Na forma do art. 25, da Lei 8.213/91, a concessão das
prestações pecuniárias do Regime Geral de Previdência Social
depende dos seguintes períodos de carência:

 auxílio-doença e aposentadoria por invalidez: 12


contribuições mensais.
 aposentadoria por idade, aposentadoria por tempo de
serviço e aposentadoria especial: 180 contribuições mensais.
(EC 103/19 – Reforma da Previdência; Ofício Circular 64/19
DIRBEN/INSS)
 salário-maternidade para as segurados contribuinte
individual, facultativo e especial: 10 contribuições mensais,
respeitado o disposto no parágrafo único do art. 39 da LB.
 auxílio-reclusão: 24 contribuições mensais (MP 871/19
convertida na Lei 13.846/19).
 Conforme o art. 142, da Lei 8.213/91, para o segurado inscrito
até 24 de julho de 1991, a carência das aposentadorias por idade,
por tempo de serviço e especial obedecerá à seguinte tabela,
levando-se em conta o ano em que o segurado implementou
todas as condições necessárias à obtenção do benefício:
Carência
 Na forma do art. 26, da Lei 8.213/91, independe de
carência:

 pensão por morte, salário-família e auxílio-acidente.


 auxílio-doença e aposentadoria por invalidez nos casos de
acidente de qualquer natureza ou causa e de doença profissional
ou do trabalho, bem como nos casos de segurado que, após
filiar-se ao RGPS, for acometido de alguma das doenças e
afecções especificadas em lista elaborada pelos Ministérios da
Saúde e da Previdência Social, atualizada a cada 3 (três) anos, de
acordo com os critérios de estigma, deformação, mutilação,
deficiência ou outro fator que lhe confira especificidade e
gravidade que mereçam tratamento particularizado. (Portaria
MPAS/MS 2.998/01 e art. 151, da Lei 8.213/91)
Carência
Conforme dispõe o art. 27, da Lei 8.213/91, para cômputo do
período de carência, serão consideradas as contribuições:

 referentes ao período a partir da data de filiação ao RGPS,


no caso dos segurados empregados, inclusive os domésticos,
e dos trabalhadores avulsos.

 realizadas a contar da data de efetivo pagamento da primeira


contribuição sem atraso, não sendo consideradas para este
fim as contribuições recolhidas com atraso referentes a
competências anteriores, no caso dos segurados contribuinte
individual, especial e facultativo, referidos, respectivamente,
nos incisos V e VII do art. 11 e no art. 13, da Lei 8.213/91.
Carência
 Na primeira hipótese, vê-se novamente a figura do
responsável tributário!

 Contribuinte individual, carência e desnecessidade


de comprovação da atividade: tendo uma contribuição
em dia, sem baixa na inscrição, presume-se em débito
e o recolhimento em atraso pode ocorrer sem a
necessidade de comprovação da atividade
remunerada (art. 30, inciso I, da IN INSS/PRES
77/2015).
Carência
 Na forma do art. 27-A, da Lei 8.213/91, alterado pela MP
871/19, na hipótese de perda da qualidade de segurado,
para fins da concessão dos benefícios de auxílio-doença,
de aposentadoria por invalidez, de salário-maternidade e
de auxílio-reclusão, o segurado deverá contar, a partir da
data da nova filiação à Previdência Social, com os
períodos integrais de carência previstos nos incisos I, III
e IV do caput do art. 25.

 A alteração NÃO foi convertida em lei, quando da


publicação da Lei 13.846/19, voltando a ser necessário
cumprimento de metade da carência exigida para a
concessão do benefício.
Carência
Antes a previsão estava no art. 24, parágrafo único,
da Lei 8.123/91 (1/3).

 MP 767/17 = carência integral (publicação da MP em


06.01.2017 - art. 27-A, da Lei 8.213/91).

 Após a Lei 13.457/17 = metade (publicação da Lei em


17.06.2017 - art. 27-A, da Lei 8.213/91).
Carência
 Período de recebimento de benefícios por
incapacidade

 Art. 29, § 5º, da Lei 8.213/91: Se, no período básico


de cálculo, o segurado tiver recebido benefícios por
incapacidade, sua duração será contada,
considerando-se como salário-de-contribuição, no
período, o salário-de-benefício que serviu de base
para o cálculo da renda mensal, reajustado nas
mesmas épocas e bases dos benefícios em geral, não
podendo ser inferior ao valor de 1 (um) salário mínimo.
Carência
 Súmula 73. O tempo de gozo de auxílio-doença ou
de aposentadoria por invalidez não decorrentes de
acidente de trabalho só pode ser computado como
tempo de contribuição ou para fins de carência
quando intercalado entre períodos nos quais houve
recolhimento de contribuições para a previdência
social.

 Para o STJ, os períodos de recebimento de auxílio-


doença e aposentadoria por invalidez, desde que
intercalados com contribuição, também devem ser
considerados para fins de carência (vide REsp
1.414.439/RS e REsp 1.334.467/RS).
Carência
 Art. 153. Considera-se para efeito de carência:
 (...) § 1º Por força da decisão judicial proferida na
Ação Civil Pública nº 2009.71.00.004103-4 (novo nº
0004103-29.2009.4.04.7100) é devido o cômputo, para
fins de carência, do período em gozo de benefício por
incapacidade, inclusive os decorrentes de acidente do
trabalho, desde que intercalado com períodos de
contribuição ou atividade, observadas as datas a
seguir: (Nova redação dada pela IN INSS/PRES nº 86,
de 26/04/2016)
Carência
 I - no período compreendido entre 19 de setembro de
2011 a 3 de novembro de 2014 a decisão judicial teve
abrangência nacional; e
 II - para os residentes nos Estados do Grande do Sul,
Santa Catarina e Paraná, a determinação permanece
vigente, observada a decisão proferida pelo Superior
Tribunal de Justiça no Recurso Especial nº 1.414.439-
RS, e alcança os benefícios requeridos a partir de 29
de janeiro de 2009. (Nova redação dada pela IN
INSS/PRES nº 86, de 26/04/2016)
Carência
 § 2º Para benefícios requeridos até 18 de setembro de
2011, somente contarão para carência os períodos de
auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez recebidos no
período de 1º de junho de 1973 a 30 de junho de 1975.

 Nos autos do Processo 5007252-92.2018.403.6183 (ACP


ajuizada pelo IBDP – 6ª Vara Previdenciária de São Paulo),
houve DEFERIMENTO de liminar, inaudita altera pars,
afastando a aplicação dos termos do art. 153, § 1º, da IN
77/2015, devendo ser computado para fins de carência, o
período em gozo do benefício de incapacidade, bem como
aqueles decorrentes de acidente do trabalho, desde que
intercalados com períodos de contribuição ou atividade,
com efeitos em todo o território nacional.
Carência
 O INSS interpôs Agravo de Instrumento com pedido
de efeito suspensivo contra a decisão liminar, pleito
indeferido pela Relatora Tânia Regina Marangoni, da 8ª
Turma do TRF da 3ª Região, que, inclusive, manteve a
extensão dos efeitos da decisão para todo o território
nacional, tendo em vista que a limitação dos efeitos da
decisão aos segurados submetidos à jurisdição do
órgão prolator vem sendo afastada pelo STJ nas
hipóteses de interesses individuais homogêneos,
conforme entendimento firmado no REsp
1.243.887/PR.
Carência
 A TNU dos JEF`s, também no julgamento do PUIL
0000805-67.2015.4.03.6317/SP, firmou a tese de que o
tempo de gozo de auxílio-doença ou aposentadoria por
invalidez não decorrentes de acidente do trabalho
deve ser computado para fins de carência, quando
intercalado com períodos de contribuição,
independentemente do número de contribuições
vertido e o título a que realizadas.
Carência
 Em suas mais recentes decisões o STJ e a TNU vem
inadmitindo a contagem do período de recebimento
de auxílio-acidente como tempo de contribuição ou
carência (vide: STJ, REsp 1.247.971/PR (2015) e TNU,
Processo 0504317-35.2017.4.05.8302/PE).

 Entretanto, existe precedente (mais antigo – 2013)


favorável à possibilidade do cômputo do período de
recebimento de auxílio-acidente para fins de carência
no STJ (vide REsp 1.243.760/PR).

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