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Novo Regime da

Segurança Social

Apresentação e suas implicações contributivas

Fevereiro 2019
SS - Apresentação e suas implicações contabilísticas e contributivas 2

Diploma Legal Decreto Presidencial n.º 227/18, de 27 de Setembro


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Aperfeiçoamento do Regime Jurídico de Vinculação e de


Objectivo Contribuição da Protecção Social Obrigatória e o consequente
cumprimento dos requisitos legais para o acesso às prestações

Revogação Decreto n.º 38 /08, de 19 de Junho, e toda a legislação que


(art. 36.º) contrarie o disposto no presente Diploma

Entrada em vigor 27 de Dezembro de 2018


(art. 37.º)

Objecto O presente Diploma estabelece o Regime Jurídico de Vinculação e


(art.º 1.º) de Contribuição da Protecção Social Obrigatória

Entidades Empregadoras e equiparadas e aos trabalhadores


Âmbito abrangidos pela Protecção Social Obrigatória (n.º 1)
(art.º 2.º)
Supletivamente aos demais regimes especiais que integram a
Protecção Social Obrigatória (n.º 2)
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ARTICULAÇÃO COM OUTROS DIPLOMAS


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Imposto do Rendimento do Trabalho


(Lei 18/14, de 22 de Outubro)

As prestações sociais pagas pelo instituto Nacional de Segurança Social, no


Artigo 2º âmbito da protecção social obrigatória, nos termos da lei (al. a);
Não sujeição
As Contribuições para a Segurança Social (al. e);

Lei Geral do Trabalho


(Lei 7/15 de 15 de Junho de 2015)

Compreende o salário-base e todas as demais prestações e complementos


pagos directa ou indirectamente em dinheiro ou em espécie, seja qual for a
sua denominação e forma de cálculo (n.º 1)
Artigo 155º
Não constituem remuneração (n.º 2)
Remuneração
As atribuições acessórias do empregador ao trabalhador, quando destinadas
ao reembolso ou compensação de despesas por este realizadas em relação
com a prestação de trabalho: ajudas de custo, abonos de viagens e de
instalações, fornecimento obrigatório de alojamento, outras de idêntica
natureza; (al. a)
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ARTICULAÇÃO COM OUTROS DIPLOMAS


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Lei Geral do Trabalho


(Lei 7/15 de 15 de Junho de 2015)

Não constituem remuneração (n.º 2)

As gratificações acidentais e voluntárias não relacionadas com a prestação do trabalho ou que sirvam
de prémio ou reconhecimento pelos bons serviços, desde que de atribuição personalizada; (al. b)

O abono de família e todos as demais prestações e subsídios da segurança social ou seus


complementos quando pagos pelo empregador; (al. c)

Salvo prova em contrário presume-se que fazem parte da remuneração todas as despesas económicas
que o trabalhador receba do empregador, com regularidade e periodicidade (n.º 3)

Lei de Bases da Protecção Social


(Lei 7/04 de 15 de Outubro)

Artigo 12º Solidariedade Nacional, bem estar das pessoas, prevenção de situações de
Fundamentos carência, garantia de níveis mínimos de subsistência.
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Lei de Bases da Protecção Social


(Lei 7/04 de 15 de Outubro)

A Protecção social obrigatória concretiza-se através do regime de:


Artigo 12º -> Trabalho por conta de outrem
Regimes -> Trabalho por conta própria.
-> O Trabalhador pode requerer a continuação do pagamento das contribuições
(nos termos definidos por decreto) quando deixe de reunir as condições para estar
abrangido.

-> O direito às prestações vencidas prescreve no prazo de 24 meses depois de


Artigo 13º postas a pagamento;
Prestações -> As prestações são intransmissíveis e impenhoráveis, salvo no valor acima 5 vezes
a pensão mínima definida para a protecção social obrigatória.

-> Nacionais
Artigo 17º -> Estrangeiros Residentes
Trabalho por -> Trabalhadores Estrangeiros podem não ser abrangidos desde que provem estar
conta de outrem enquadrados em regime de protecção social em outro país.
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ARTICULAÇÃO COM OUTROS DIPLOMAS


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Lei de Bases da Protecção Social


(Lei 7/04 de 15 de Outubro)

Artigo 20º - Condições de atribuição das prestações

-> Depende da inscrição;


-> O direito às prestações não fica prejudicado quando a falta de declaração ou pagamento
das contribuições não for imputável ao trabalhador.

Artigo 39º - Responsabilidades das Entidades Empregadoras

Pelo pagamento do conjunto das contribuições devidas à entidade gestora da protecção social
obrigatória, incluindo a parcela a cargo do trabalhador que é descontada na respectiva
remuneração (n.º 1);

O Trabalhador não pode opor-se aos descontos a que está sujeito (n.º 2)
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ARTICULAÇÃO COM OUTROS DIPLOMAS


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Lei de Bases da Protecção Social


(Lei 7/04 de 15 de Outubro)

Artigo 57º - Sanções

A falta de cumprimento das obrigações legais, com inscrição, entrega de folhas de remuneração,
das contribuições à segurança social, bem como a fraude na inscrição ou na obtenção de
prestações (são) puníveis com multa a fixar por diploma próprio (n.º 1)

A retenção pelas entidades empregadoras das contribuições deduzidas nas remunerações dos
seus trabalhadores é punida com multa (n.º 2)
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Protecção da eventualidade de Morte


(Decreto n.º 50/05 de 8 de Ago)

Pensão de sobrevivência

Tem por objectivo compensar os familiares do beneficiário da perda dos rendimentos de trabalho
decorrente da sua morte;

Titular dos direitos (art.º 4.º)

Cônjuge e Ex-cônjuge (al. a)

Descendentes ainda que naciturnos, incluindo os adoptados plenamente (al. b)

O cônjuge separado judicialmente e o divorciado só têm direito às prestações se à data da morte


do beneficiário dele recebessem pensão de alimentos (art.º 5.º)
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Protecção da eventualidade de Morte


(Decreto n.º 50/05 de 8 de Ago)

Subsídio por Morte

Tem por objectivo compensar o acréscimo dos encargos decorrentes da morte do beneficiário de
forma a permitir a reorganização da vida familiar decorrente da sua morte;

Titular dos direitos (art.º 4.º / art.º 16.º)

Na falta de Cônjuge e descendentes os parentes até ao terceiro grau da linha colateral (irmãos,
tios e sobrinhos) que estivessem a cargo do trabalhador á data da sua morte, desde que o
trabalhador os designe em declaração reconhecida no notário.

Pensão de Sobrevivência Vitalícia

-> Cônjugue incapaz de trabalhar com 50 anos de idade á data da morte do trabalhador;
-> Descendentes que sofram de deficiência física ou mental que lhes provoque redução
assinalável na sua capacidade de ganho;
-> Ascendentes incapazes de trabalhar com 50 anos de idade á data da morte do trabalhador
desde que não recebam quaisquer prestações de protecção social.
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Protecção da eventualidade de Morte


(Decreto n.º 50/05 de 8 de Ago)

Pensão de Sobrevivência Temporária (art.º 7.º)

-> O Cônjugue que não tendo 50 anos se encontre desempregado durante 12 meses;
-> Filhos menores e nasciturnos
-> Os divorciados que sejam beneficiários do direito a alimentos;
-> Órfãos de pai e mãe que exerçam uma profissão com remuneração inferior à pensão têm
direito á diferença;
-> Descendentes maiores com idade compreendida entre os 19 e os 25 desde que matriculados e
frequentem com aproveitamento o curso superior

Prazo de garantia (art.º 9.º)

O Direito á pensão depende da verificação de um período de pelo menos 36 meses de


contribuições;

Valor (art.º 10.º)

-> 70% do salário ilíquido mensal do trabalhador


-> 75% do valor da pensão de reforma
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Protecção da eventualidade de Morte


(Decreto n.º 50/05 de 8 de Ago)

Extinção do direito (art.º 13.º)

-> Por fraude;


-> Por morte do pensionista;
-> Quando o conjugue contraí novo matrimónio;
-> Quando o pensionista atinge a maioridade.

Prova do direito (art.º 14.º)

O Pensionista é obrigado a fazer prova anual do seu direito á pensão junto da entidade gestora
do regime de protecção social.
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Protecção da eventualidade de Morte


(Decreto n.º 50/05 de 8 de Ago)

Subsídio por Morte

Prazo de Garantia (art.º 15.º)

O direito ao subsídio depende da verificação de um período de pelo menos 6 meses de inscrição e


3 meses de contribuições;

Valor (art.º 19.º)

-> 6 meses do salário ilíquido médio mensal do trabalhador;


-> 6 meses da pensão que o trabalhador reformado recebia no momento da morte.

Requerimento das prestações – Prazo (art.º 20.º

O prazo é de 2 anos contados a partir da data do falecimento do trabalhador ou pensionista;


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Protecção da eventualidade de Morte


(Decreto n.º 50/05 de 8 de Ago)

Instrução do Processo (art.º 21.º)

-> Certidão de Óbito;


-> Certidão de Nascimento;
-> Certidão de união de facto;
-> Certidão de casamento ou de óbito do ex-conjugue;
-> Sentença de fixação de pensão de alimentos;
-> Certidão de nascimento narrativa dos descendentes;
-> Certificados escolares;
-> Atestado médico comprovativo da incapacidade dos descendentes maiores;
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Protecção na Velhice
(Decreto n.º 40/08 de 2 de Julho)

Pensão de Reforma por Velhice – Condições de acesso

-> 60 anos de idade (no caso de mulheres reduz 1 ano por cada filho até ao limite de 5) ou;
-> 420 meses de contribuições
-> Mínimo 180 meses de contribuições
-> Estrangeiros - existindo acordo entre estados

Pensão de Reforma Antecipada – Condições de acesso

-> 50 anos de idade e,


-> Exercício de actividade penosa e desgastante (conforme lista anexa)
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Protecção na Velhice
(Decreto n.º 40/08 de 2 de Julho)

Abono de Velhice – Condições de acesso

-> 60 anos de idade


-> Sem actividade remunerada e,
-> 120 meses de contribuições;

Cálculo das Prestações

Pensão de Reforma Abono de Velhice

P = (R x N / 420) -> 30% salário médio ilíquido dos 12 meses anteriores à


P - Valor da Pensão cessação de actividade
R - Média da remuneração -> É atribuído enquanto o beneficiário não voltar a exercer
N - Nº de meses de Contribuição actividade remunerada
-> Mínimo garantido (artº 11º) = Salário mínimo nacional
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Regime Jurídico das Prestações familiares


(Decreto Presidencial n.º 8 /11 de 7 de Janeiro)

Subsídio de Maternidade

Mulher Grávida em gozo de licença de maternidade iniciada até 4 semanas


Titular do Direito
antes do parto, até ao limite de 3 meses.

Licença de
Período de 3 meses concedido à trabalhadora por altura do respectivo
maternidade
parto, podendo iniciar até 4 semanas antes do parto
(art.º 5.º)

Pré-Licença de
Período anterior á licença de maternidade concedido pela Junta Provincial
maternidade
de Saúde, com limite de 180 dias.
(art.º 6.º)

Montante -> Subsídio de maternidade - Média das 2 melhores remunerações mensais


(art.º 9.º) dos últimos 6 meses que antecedem o inicio da licença de maternidade.
-> Montante = 60% do subsídio de maternidade
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Regime Jurídico das Prestações familiares


(Decreto Presidencial n.º 8 /11 de 7 de Janeiro)

Subsídio de Maternidade

Pagamento É efectuado pela entidade empregadora no prazo de até 30 dias do início


(art.º 10.º) da licença de Parto

Reembolso A entidade empregadora instruí o processo que submete no prazo de 120


(art.º 10.º) dias após o nascimento do filho para efeitos de reembolso

Prazo de Garantia de 6 meses com contribuições, nos últimos 12 meses

-> Comprovativo de 6 contribuições nos últimos 12 meses;


Requisitos para
Requerimento -> Comprovativo do parto ou certidão nascimento;
das Prestações e -> Recibo assinado pagamento do subsídio de maternidade;
Prazos
-> Prazo: até 120 dias após o nascimento;
-> Entidade empregadora instruí o processo para reembolso
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Regime Jurídico das Prestações familiares


(Decreto Presidencial n.º 8 /11 de 7 de Janeiro)

Subsídio de Aleitamento

Os filhos dos segurados a partir do nascimento com vida até aos 36 meses de
Titular do Direito
idade

Condições de -> Contribuição durante 3 meses nos últimos 12 meses;


Atribuição -> Registo de nascimento do descendente;
(artº 12º) -> Cumprimento do calendário de Vacinação

-> 1.500 Akz – Segurados com remunerações até 5 salários mínimos


Valores mensais
-> 1.000 Akz – Segurados com remunerações entre 5 e 10 salários mínimos
(artº 13º)
-> 500 Akz – Segurados com remunerações superiores a 10 salários mínimos

-> Em 3 prestações anuais equivalente a 12 meses


Pagamento
-> Mês após o do requerimento e nos meses homólogos dos 2 anos seguintes
(artº 14º)
-> Pagamento da responsabilidade da EGPSO
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Regime Jurídico das Prestações familiares


(Decreto Presidencial n.º 8 /11 de 7 de Janeiro)

Subsídio de Aleitamento

Cessação Quando o descendente atinge e completa 3 anos


(artº 19º)

Extinção
Quando se verifique fraude ou morte do titular
(artº 20º)

-> Declaração dos Serviços de Saúde;


Requisitos para
Requerimento das -> Registo do nascimento do filho;
Prestações e -> Comprovativo pagamento das contribuições últimos 3 meses
Prazos
-> Prazo: até 120 dias após nascimento
-> Entidade empregadora instruí o processo
SS - Apresentação e suas implicações contabilísticas e contributivas 20

ARTICULAÇÃO COM OUTROS DIPLOMAS – REGIMES ESPECIAIS


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Regime Jurídico das Prestações familiares


(Decreto Presidencial n.º 8 /11 de 7 de Janeiro)

Abono de Família

Titular de Os descendentes dos trabalhadores e dos pensionistas de velhice a partir dos 3


Direito até aos 14 anos de idade

-> Registo de Nascimento


-> Cumprimento do calendário de vacinação do menor (comprovado anualmente)
Condições de -> Frequência de estabelecimento de ensino com aproveitamento (comprovado
Atribuição anualmente)
(art.º 21.º) -> Comprovativo de incapacidade de descendentes portadores de deficiência
incapazes
-> Abono é atribuído até ao limite de 5 descendentes

Valores -> 800 Akz – Segurados c/ até 5 salários mínimos


Mensais -> 500 Akz – Segurados c/ 5 a 10 salários mínimos
(art.º 23.º) -> 300 Akz – Segurados c/ mais de 10 salários mínimos
SS - Apresentação e suas implicações contabilísticas e contributivas 21

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Regime Jurídico das Prestações familiares


(Decreto Presidencial n.º 8 /11 de 7 de Janeiro)

Abono de Família

Responsabilidade -> Da entidade empregadora;


do Pagamento
(Art.º 24.º) -> Da EGPSO, no caso de pensionistas

-> Verificação de fraude


Causas de
-> Não aproveitamento escolar por 2 anos
Extinção
(Art.º 20.º) -> Suspensão durante 24 meses
-> Morte do titular

Cessação do
Direito Quando o descendente completa 14 anos
(Art.º 27.º)
SS - Apresentação e suas implicações contabilísticas e contributivas 22

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Regime Jurídico das Prestações familiares


(Decreto Presidencial n.º 8 /11 de 7 de Janeiro)

Abono de Família

Penalidade
Multa entre 3 a 6 salários médios mensais
(Art.º 37.º)

-> Registo de nascimento;


Requisitos para -> Documento da escola aproveitamento ou de incapacidade do filho;
Requerimento das
Prestações e -> Prova de vacinação;
Prazos -> Pagamento exigível desde o primeiro mês de contrato.
SS - Apresentação e suas implicações contabilísticas e contributivas 23

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Regime Jurídico das Prestações familiares


(Decreto Presidencial n.º 8 /11 de 7 de Janeiro)

Subsídio de Funeral

Os descendentes e o cônjuge do segurado e do pensionista de velhice


Titular do Direito falecido

Condições de -> Estar vinculado á protecção social obrigatória


Atribuição
(art.º 29.º) -> Contribuições de 3 meses nos últimos 12 meses

Valor -> 25.000 AKZ


(art.º 30.º)

Pagamento -> Responsabilidade da EGPSO

Requisitos para -> Certidão de óbito do beneficiário;


Requerimento das
Prestações e Prazos -> Prazo: 1 Ano a contar da data do falecimento.
SS - Apresentação e suas implicações contabilísticas e contributivas 24

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Protecção Social de Cidadãos que exercem a actividade Religiosa


(Decreto n.º 41 /08 de 2 de Julho)

Regime das Contribuições

Modalidades Contributivas Benefícios Taxas

-> Pensão (Velhice/Invalidez)


Modalidade Completa -> Subsídio de morte; 7%
-> Subsídio de funeral.
-> Pensão de sobrevivência

-> Pensão (Velhice/Invalidez)


Modalidade Parcial 5%
-> Subsídio de morte;
-> Subsídio de funeral.
SS - Apresentação e suas implicações contabilísticas e contributivas 25

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Protecção Social de Cidadãos que exercem a actividade Religiosa


(Decreto n.º 41 /08 de 2 de Julho)

Regime das Contribuições

Prazos para requerimento -> Pensão de Sobrevivência - 24 Meses


após a morte -> Subsídio por morte e funeral - 12 Meses

Remuneração de Referência (não inferior a 15 salários mínimos)


Cálculo da Contribuição

Taxa

O presente regime não se aplica a quem exerça actividade


Não se aplica
remunerada subordinada
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Regime Jurídico dos Trabalhadores por Conta Própria


(Decreto n.º 42 /08 de 3 de Julho)

Regime das Contribuições

Esquemas Contributivos Benefícios Taxas

-> Pensão Invalidez/Velhice


Esquema Obrigatório 8%
-> Subsídio de funeral;
(art.º 10.º, n.º 1)
-> Pensão de sobrevivência

-> Pensão Invalidez/Velhice


Esquema Alargado -> Subsídio de funeral; 11%
(art.º 10.º, n.º 2)
-> Pensão de sobrevivência
-> Doença, Maternidade e Subsídio de Morte
SS - Apresentação e suas implicações contabilísticas e contributivas 27

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Regime Jurídico dos Trabalhadores por Conta Própria


(Decreto n.º 42 /08 de 3 de Julho)

Regime das Contribuições

Base de Cálculo Remuneração declarada até ao limite de 35 Salários mínimos


(art.º 9.º)

Periodicidade de
Pagamento Mensal Pode ser requerido período diferente até ao limite de 180 dias
(art.º 11.º)

Responsabilidade de
Inscrição Do Trabalhador por Conta Própria
(art.º 5.º)
SS - Apresentação e suas implicações contabilísticas e contributivas 28

ARTICULAÇÃO COM OUTROS DIPLOMAS – REGIMES ESPECIAIS


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Regime Jurídico dos Trabalhadores por Conta Própria


(Decreto n.º 42 /08 de 3 de Julho)

Regime das Contribuições

Declaração de início, Da Responsabilidade do Trabalhador


Suspensão e Cessação

São excluídos do regime se provarem o seu enquadramento em


Estrangeiro
regime de protecção social obrigatório noutro país

Suspensão da A suspensão da obrigação contributiva suspende o direito ás


obrigação prestações, salvo se tiver sido cumprido o prazo de garantia

Prazo de garantia Regime dos trabalhadores por conta própria (ou de outrem?)
SS - Apresentação e suas implicações contabilísticas e contributivas 29

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Regime Jurídico do Trabalho Doméstico e de


Protecção Social do Trabalhador de Serviço Doméstico
(Decreto Presidencial n.º 155 /16 de 9 de Agosto)

Regime das Contribuições

Esquemas Contributivos Benefícios Taxas

6%
-> Pensão Invalidez/Velhice
Entidade Empregadora
Esquema Obrigatório -> Subsídio de morte;
(art.º 48.º, n.º 1) 2%
-> Subsídio de funeral;
-> Pensão de sobrevivência Trabalhador

8%
-> Esquema Obrigatório
Esquema Alargado Entidade Empregadora
-> Maternidade
(art.º 48.º, n.º 2) 3%
-> Doença
Trabalhador
SS - Apresentação e suas implicações contabilísticas e contributivas 30

ARTICULAÇÃO COM OUTROS DIPLOMAS – REGIMES ESPECIAIS


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Regime Jurídico do Trabalho Doméstico e de


Protecção Social do Trabalhador de Serviço Doméstico
(Decreto Presidencial n.º 155 /16 de 9 de Agosto)

Regime das Contribuições

Responsabilidade de -> Trabalhador/empregador (conjunta);


Inscrição
(art.º 45.º) -> Prazo 30 dias após início da actividade

Declaração de Início / Supensão / Extinção do contrato e da obrigação contributiva (art.º 49.º)

Pagamento das -> Da responsabilidade do Empregador


Contribuições
(art.º 49.º) -> No prazo de 15 dias
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SS - Apresentação e suas implicações contabilísticas e contributivas
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Decreto Presidencial n.º 227 /18, 27 de Dezembro


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Trabalhadores abrangidos
(art.º 3.º)

Trabalhadores com contrato de trabalho ao abrigo da LGT (al. a e c)

Funcionários públicos e agentes administrativos e Trabalhadores da função pública (al. b)

-> Empresários em nome individual (Titulares empresas: comércio, industria e prestação de serviços)
-> Sócios, Gerentes e Administradores remunerados;
-> Membros de órgãos sociais e directores remunerados (al. d)

-> Empresários em nome individual (Titulares empresas: comércio, industria e prestação de serviços)
-> Sócios, Gerentes e Administradores remunerados;
-> Membros de órgãos sociais e directores remunerados (al. d)

Prestador de serviços sem empregados fica abrangido pelo Regime Jurídico do Trabalho por Conta
Própria

Trabalhadores com contratos de trabalho temporário: necessidade transitória de substituição de


pessoal regular e permanente ou a acréscimo extraordinário de serviço de empresas (al. e)
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SS - Apresentação e suas implicações contabilísticas e contributivas
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Trabalhadores abrangidos
(art.º 3.º)

O trabalhador contratado para prestar serviços no exterior em instituições que representam o Estado
Angolano (al. f)

O estagiário da Entidade Empregadora contribuinte da Protecção Social Obrigatória (al. g)

Os trabalhadores que prestam actividade de carácter temporário ou sazonal (al. h)

O reformado que retomar à actividade laboral (al. i)

As pessoas singulares ou colectivas, públicas ou privadas, que têm


Entidades trabalhadores contratados
empregadoras
(art.º 4.º)
Trabalho por conta Própria é equiparado a Entidade Empregadora
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Segurança Social - Apresentação e suas implicações contributivas
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Os familiares dos trabalhadores vinculados à Protecção Social


Dependentes
(art.º 5.º) Obrigatória, nomeadamente o cônjuge ou pessoa em situação
legalmente equiparada e os descendentes

Inscrição da Entidade Empregadora e dos respectivos trabalhadores


na Entidade Gestora da Protecção Social Obrigatória (EGPSO) (n.º 1)

Relação jurídica de Confere às entidades empregadoras e equiparadas e aos trabalhadores a


Vinculação qualidade de contribuintes e de segurados, com direito a um número de
(art.º 6.º) identificação (n.º 2)
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Segurança Social - Apresentação e suas implicações contributivas
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Inscrição
(art.º 7.º)

Entidade Empregadora (E.E.) é obrigatória 30 dias após a sua constituição, devendo declarar a
existência de trabalhadores sob sua responsabilidade (n.º 1)

Responsabilidade é da Entidade Empregadora

Reporta-se à data do início do exercício da actividade laboral (n.º 6)

A E.E. compete efectuar a inscrição do trabalhador bem como o registo dos dependentes no prazo de
30 dias contados a partir do início do vínculo jurídico-laboral. (n.º 2)

A E.E. deve solicitar ao trabalhador os documentos dos seus dependentes. (n.º 3)

Ao trabalhador recai a responsabilidade de informar à E.E. da alteração do número de dependentes no


prazo de 30 dias a partir da ocorrência do facto para que esta comunique à E.G.P.S.O. (n.º 4)

Os prazos n.ºs 1 e 2 podem ser alargados para 60 dias, caso as circunstâncias existentes na localidade
assim o justifiquem, mediante pedido fundamentado da E.E. ao serviço local da E.G.P.S.O. (n.º 5)

A E.G.P.S.O. pode proceder à inscrição oficiosa das E.E. e dos trabalhadores, decorrente de um
processo inspectivo ou a pedido do trabalhador, quando estes não estejam inscritos (n.º 7)
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Segurança Social - Apresentação e suas implicações contributivas
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E.E. deve apresentar as cópias do B.I. e do NIF do responsável da


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Documentos
empresa (n.º 1)
para inscrição
(art.º 8.º) Os trabalhadores devem apresentar à E.E. cópia do B.I. ou, no caso de
estrangeiros residentes, cópia do documento de identificação equivalente,
bem como as cópias dos documentos de identificação dos dependentes (n.º 2)

A relação jurídico-laboral com um trabalhador já inscrito (n.º 1)

A modificação do contrato de trabalho de que resulte a suspensão ou cessação


Obrigação de da obrigação contributiva 30 dias após a verificação do facto (n.º 2)
comunicar à
E.G.P.S.O. Caso não o comunique, presume-se a vigência da relação laboral, mantendo-se
pela E.E. a obrigação contributiva, tendo por base de incidência a remuneração apurada
(art.º 9.º)
ou, na falta desta, a última remuneração declarada (n.º 3)

A alteração de quaisquer dos elementos relativos à sua identificação, incluindo


os relativos aos estabelecimentos comerciais, bem como o início, suspensão ou
cessação da actividade (n.º 4, al. a)

As situações de trabalhadores não inscritos no Sistema de Protecção Social


Obrigatória ou relativamente aos quais não estejam a ser pagas contribuições e
que estejam a trabalhar (n.º 4, al. b)
36
Segurança Social - Apresentação e suas implicações contributivas
,

,
,

A relação jurídica contributiva concretiza-se mediante o pagamento das


contribuições devidas à E.G.P.S.O. por parte da entidade contribuinte (n.º 1)
Contribuição
(art.º 10.º) A obrigação contributiva constitui-se com o início do exercício da actividade
laboral do trabalhador ao serviço da E.E., devendo esta elaborar a respectiva
folha de registo de remunerações (n.º 2)

Valor das Determina-se pela aplicação de uma taxa às remunerações do trabalhador que
contribuições constituem a base de incidência contributiva
(art.º 11.º)

É fixada em 8% para a E.E. e 3% para o trabalhador, do total das remunerações


do trabalhador sobre as quais incidem as contribuições (n.º 1).

A taxa contributiva para o trabalhador já reformado é fixada em 8% (n.º 2).


Fixação da
taxa contributiva A legislação sobre regimes especiais que integram a P.S.O. pode fixar a
(art.º 12.º)
percentagem de taxas contributivas adequadas aos respectivos regimes (n.º 3).

Deve ser actualizada tendo como pressupostos a realização de estudos actuais,


Decreto a análise dos indicadores macroeconómicos, bem como o custo da P.S.O.
Presidencial
(n.º 5)
nomeadamente as despesas com as prestações e de funcionamento (n.º 4).
37
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Base de incidência contributiva


(art.º 13.º)

A remuneração ilíquida do trabalhador, nomeadamente todas as prestações pecuniárias que, nos


termos da relação juridico-laboral, são devidas pelas E.E. aos trabalhadores (n.º 1)

No caso do trabalhador auferir parte da remuneração em espécie, esta deve ser referenciada em
dinheiro, para efeito de base de incidência contributiva (n.º 2)

Não integram a base de incidência contributiva as seguintes prestações pecuniárias (n.º 3):

As prestações sociais pagas pelas E.E. no âmbito da P.S.O. (n.º 3, al. a);

O valor correspondente ao Subsídio de Férias (n.º 3, al. b);

Os valores correspondentes à subscrição ou participação efectuada pelos trabalhadores


e pelas E.E. de modalidades de protecção social complementar previstas em legislação
própria (n.º 3, al. 3);

O estabelecido no n.º 1 do presente artigo não prejudica a fixação de bases de incidência de regimes
especiais que são fixadas em Diploma próprio (n.º 5)
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Segurança Social - Apresentação e suas implicações contributivas
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Prestações sociais pagas pelas E.E. no âmbito da P.S.O.


(art.º 13.º, n.º 3, al. a)

Necessidade de se assegurar a manutenção dos


Regime jurídico das prestações familiares
(Decreto Presidencial n.º 8/11, de 7 de Janeiro)
rendimentos do trabalho e a compensação dos
encargos familiares aos trabalhadores vinculados
à protecção social obrigatória (P.S.O.)

Subsídio de maternidade (art.º 5.º ao art.º 11.º do DP n.º 8/11)

Subsídio de aleitamento (art.º 12.º ao art.º 20.º do DP n.º 8/11)

Subsídio de funeral (art.º 29.º ao art.º 31.º do DP n.º 8/11)

Abono de família (art.º 21.º ao art.º 28.º do DP n.º 8/11)


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Folha de registo de remunerações


enviada pela E.E. à E.G.P.S.O.
(art.º 14)

Deve conter a relação dos trabalhadores ao seu serviço, o valor da remuneração que constitui a base
de incidência contributiva e a taxa contributiva aplicável (n.º 1)

Deve ser elaborada através do sistema electrónico disponibilizado pela E.G.P.S.O. (n.º.2)

Na eventualidade do contribuinte não cumprir com a obrigação de declarar a base de incidência


contributiva real de um ou de vários segurados num deteminado mês, sem que faça qualquer
declaração de suspensão ou desvinculação correspondente, o valor da remuneração que constitui a
base de incidência contributiva é a última remuneração declarada, sem prejuízo do apuramento
oficioso do valor real (n.º 3)

A falta da elaboração da folha de registo de remunerações ou a insuficiência das informações prestadas


na mesma podem ser supridas oficiosamente pela E.G.P.S.O., designadamente por recurso aos dados
de que disponha no seu sistema de informação, no sistema de informação fiscal ou decorrente de
acção de fiscalização ou, ainda, por comunicação do trabalhador devidamente comprovada (n.º 4)

O suprimento oficioso das declarações é notificado à entidade contribuinte (n.º 5)


40
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Quer as devidas pelo empregador, como as respeitantes ao


trabalhador é da responsabilidade da E.E., devendo esta fazer o
desconto directo na remuneração do trabalhador (n.º 1)

Pagamento das Pagas mensalmente, através da liquidação da guia de pagamento, até ao dia
contribuições 10 do mês seguinte àquele a que as contribuições dizem respeito, salvo nos
(art.º 15) regimes especiais em que forem determinados outros prazos (n.º 2)

A obrigação contributiva extingue-se apenas no momento. em que for


completado o pagamento, no caso do montante pago ser insuficiente para o
cumprimento integral da contribuição devida (n.º 3)

A E.E. que não cumpra com a obrigação contributiva, no prazo previsto, está
sujeita ao pagamento de juros de mora de 1% ao mês sobre o valor do
capital inicial da dívida (n.º 1)

Os juros de mora começam a ser contados no dia seguinte à data limite do


Juros de mora pagamento das contribuições (n.º 2)
(art.º 16)
Contam-se por inteiro os juros do mês seguinte ao do vencimento da
obrigação e os do mês em que se efectua a cobrança (n.º 3)

São calculados e aplicados automaticamente pelo sistema electrónico da


E.G.P.S.O., sem prejuízo da actuação dos Serviços de Inspecção (n.º 4)
41
Segurança Social - Apresentação e suas implicações contributivas
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,
,

Corresponde ao número de meses de entrada de contribuições, bem como o


período de equivalência à entrada de contribuições nos termos legalmente
previstos (n.º 1)

A equivalência à entrada de contribuições é o instituto judico que permite


Carreira manter os efeitos da carreira contributiva dos segurados enquanto estiverem a
contributiva . ocorrência de
beneficiar de prestações pagas pela P.S.O. ou que afectados pela
(art.º 17.º) determinadas situações deixem de receber ou sejam diminuídas as respectivas
remunerações nos termos da legislação em vigor sobre a matéria (n.º 2)

A E.G.P.S.O. pode solicitar aos requerentes dos beneficios os comprovativos


de determinado período da carreira contributiva (n.º 3)

A E.G.P.S.O. deve disponibilizar aos contribuintes e aos segurados as


informações relacionadas com a sua situação vinculativa e contributiva de
Prestação de preferência através de meios electrónicos de consulta (n.º 1)
informações
(art.º 18.º)
As E.E. devem disponibilizar semestralmente informações relativas a situação
vinculativa e contributiva dos respectivos trabalhadores utilizando os meios
mais adequados (n.º 2)
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Segurança Social - Apresentação e suas implicações contributivas
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,
,

Todo o facto ilícito e censurável praticado pela E.E. previsto no presente


Contravenção Diploma e que comine com uma multa. (n.º 1)
(art.º 19.º)
Só é punido como contravenção o facto descrito e declarado passível de multa
por lei anterior ao momento da sua prática. (n.º 2)

.
Momento da No momento em que o agente actuou ou, no caso de omissão, deveria ter
prática do acto actuado, independentemente do momento em que o resultado se tenha
(art.º 20.º) produzido.

O montante que resulta da soma dos salários ilíquidos e de outras


Remuneração
remunerações efectivamente praticados na empresa, no mês anterior ao da
média mensal
prática da infracção, que constituam base de incidência contributiva para a
(art.º 21.º)
P.S.O., dividindo essa soma pelo número de trabalhadores da empresa.
43
Segurança Social - Apresentação e suas implicações contributivas
,

Contravenções relativas à vinculação na P.S.O.


,

Punição com multa


(art.º 22.º)

A falta ou atraso na comunicação do início de actividade


Uma a três vezes a R.M.M. (al. a)
da E.E. e da respectiva suspensão

A não inscrição dos trabalhadores por parte da E.E. Três a seis vezes a R.M.M. (al. b)

O atraso na inscrição ou na comunicação de admissão .


Uma a três vezes a R.M.M. (al. c)
de trabalhador já inscrito

A não comunicação por parte da E.E. de que não tem ao Uma a três vezes a R.M.M. (al. d)
seu serviço trabalhadores

A falta de informação sobre a mudança de endereço


Uma a três vezes a R.M.M. (al. e)
ou da sede do empregador já inscrito

A não remessa dos comprovativos dos dependentes Uma a três vezes a R.M.M. (al. f)
dos segurados

As falsas declarações ou a utilização de outro meio, por


parte da E.E., de que resulte enquadramento num regime Três a oito vezes a R.M.M. (al. g)
da P.S.O. sem que se verifiquem as condições legalmente
exigidas e das quais resulte prejuízo para o S.P.S.O.
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Segurança Social - Apresentação e suas implicações contributivas
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Contravenções relativas à relação jurídica contributiva


,

Punição com multa


(art.º 23.º)

As falsas declarações ou a utilização de meios


fraudulentos de que resulte a aplicação indevida de um Quatro a oito vezes a R.M.M. (al. a)
esquema contributivo

A falta de entrega das folhas de registo de remuneração e .


da liquidação da respectiva contribuição nos prazos Uma a seis vezes a R.M.M. (al. b)
regulamentares

A não inclusão de trabalhadores nas folhas de registo


Quatro a oito vezes a R.M.M. (al. c)
de remuneração

A retenção indevida do valor relativo ao desconto da


remuneração do trabalhador destinado à obrigação Quatro a oito vezes a R.M.M. (al. d)
contributiva

A não utilização das Folhas de Registo Electrónica de Três a seis vezes a R.M.M. (al. e)
Remunerações
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Segurança Social - Apresentação e suas implicações contributivas
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,
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Contravenções relativas à concessão e recebimento de prestações Punição com multa


(art.º 24.º)

A recusa pela E.E. em pagar as prestações de segurança social Três a seis vezes a R.M.M. (al. e)
ou fomecer documentos a que esteja obrigada por lei

Retenção de contribuições .
(art.º 25.º)

A retenção, pelas E.E. das contribuições deduzidas nas remunerações dos seus trabalhadores e não
depositadas à E.G.P.S.O., além de constituir infracção, constitui crime de abuso de confiança, conforme
estabelecido no Código Penal (n.º 1)

São puníveis, ainda , quaisquer outras condutas que sejam praticadas pelas E.E., segurados e
beneficiários que causem prejuízos financeiros e patrimoniais à Protecção Socia Obrigatória (n.º 2).

Graduação do montante da multa


(art.º 26.º)

A determinação do montante da multa faz-se em função da gravidade da contravenção, tendo em


consideração o tempo de incumprimento da obrigação e o número de trabalhadores abrangidos, a
dimensão económica da empresa e dos seus antecedentes na prática de contravenções.
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Segurança Social - Apresentação e suas implicações contributivas
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Quem tiver praticado várias contravenções é punido com uma multa de


Concurso de montante igual à soma das multas aplicadas às infracções em concurso. (n.º 1)
contravenções
(art.º 27.º)
A prática de várias contravenções em concurso de contravenções pelo mesmo
infractor deve ser autuada e instruída no mesmo processo. (n.º 2)

.
Quem pratica uma contravenção da mesma natureza, no prazo de seis meses
Reincidência após lhe ter sido aplicada uma multa nos termos do presente Diploma. (n.º 1)
(art.º 28.º)
Os limites mínimos e máximos da multa prevista no tipo de contravenção são
elevados em até 5 vezes do respectivo valor. (n.º 2)

No caso de ser aplicada uma multa a um contribuinte que seja


Dedução do simultaneamente titular do direito a receber ou a ser reembolsado de
benefício prestações sociais da P.S.O., pode operar-se a sua compensação, respeitando
(Compensação) os limites mensais referidos no n.º 5 do artigo 13.º da Lei de Bases da
(art.º 29.º) Protecção Social, desde que este, devidamente notificado para o efeito, não
tenha efectuado o pagamento no prazo fixado, nem interposto recurso da
decisão de aplicação da multa.
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Segurança Social - Apresentação e suas implicações contributivas
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As pessoas colectivas ou entidades equiparadas, em seu nome ou por sua


Responsáveis pelas conta, pelos titulares dos seus órgãos sociais, mandatários,
contravenções e representantes e trabalhadores. (n.º 1)
pagamento das
multas
(art.º 30.º) Os administradores, gerentes ou membros do órgão social de direcção
respondem solidariamente pelo pagamento da multa com as pessoas
.
colectivas ou equiparadas suas representadas. (n.º 2)

O produto das multas aplicáveis no âmbito deste Diploma constitui


Reversão do produto
receita da E.G.P.S.O. (n.º 1)
das multas
(art.º 31.º)
O produto das multas das contravenções de Segurança Social aplicadas
pela Inspecção Geral do Trabalho reverte 80% a favor da E.G.P.S.O. e 20%
a favor da lnspecção Geral do Trabalho. (n.º 2)
48
Segurança Social - Apresentação e suas implicações contributivas
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Prescrição do procedimento e da contravenção


(art.º 32.º)

Sem prejuízo das causas de suspensão e interrupção da prescrição previstas no presente Diploma, o
procedimento por contravenção extingue-se, por efeito da prescrição, logo que sobre a prática do facto
ilícito sejam decorridos 5 anos (n.º 1)

A prescrição suspende-se durante o tempo em que o procedimento estiver pendente, a partir da


interposição do recurso da decisão, até à decisão final do mesmo. (n.º 2) .

O prazo da prescrição do procedimento interrompe-se. (n.º 3)

Com o levantamento do auto de notícia (al. a);

Com a comunicação ao infractor dos despachos, decisões ou medidas contra ele tomadas
ou qualquer notificação, designadamente para o exercício do direito de audição (al. b);

Com as declarações prestadas pelo infractor; (al. c);

Com a decisão da autoridade administrativa que procede à aplicação da multa; (al. d);

Ocorre a prescrição do procedimento da contravenção quando, desde o seu início e ressalvado o


tempo de suspensão, tenha decorrido o prazo de 5 (cinco) anos. (n.º 4)
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Segurança Social - Apresentação e suas implicações contributivas
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As multas devem ser graduadas entre uma a três remunerações


declaradas no mês anterior ao da infracção, nos casos em que a
Contravenções dos
responsabilidade de vinculação e contribuição é do trabalhador. (n.º 1)
regimes especiais
da P.S.O.
(art.º 33.º) A graduação das multas referidas no número anterior obedece o
disposto no artigo 26.º do presente Diploma. (n.º 2)
.
A concretização das relações jurídicas de vinculação e de contribuição
previstas no presente Diploma constituem condições prévias para o
Acesso às acesso às prestações sociais que integram a P.S.O. (n.º 1)
prestações sociais
(art.º 34.º)
Constituem condições prévias para o acesso às prestações que integram
a P.S.O., a comprovação da não acumulação de prestações sociais da
mesma natureza em outros organismos do Estado. (n.º 2)

A E.G.P.S.O. pode indeferir os processos de concessão de prestações


sem pre que se verifique a manipulação da carreira contributiva com o
Manipulação da
propósito de se aceder a prestações indevidamente. (n.º 1)
carreira contributiva
(art.º 35.º)
O aumento significativo das contribuições para o cumprimento dos
requisitos de acesso, bem como do montante das prestações. (n.º 2)
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Segurança Social - Apresentação e suas implicações contributivas
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Questões

1. Deve ou não estar sujeita a segurança social o trabalho doméstico?

2. Os estrangeiros estão ou não sujeitos a segurança social?

3. Os seguintes tipos de remuneração estão ou não sujeitos a segurança social?


3.1. Subsídio de habitação .
3.2. Subsídio de alimentação
3.3. Subsídio de transporte
3.4. Subsídio de maternidade
3.5. Abono de família
3.6. Prémio de assiduidade
3.7. Ajudas de custo
3.8. Subsídio por turnos
3.9. Gratificações de gerência
3.10. Gerente sem remuneração
3.11. Empresário em nome individual com actividade comercial, agrícola, industrial
3.12. Advogado
3.13. Contabilista
3.14. Electricista
3.15. Trabalho executado em determinada época do ano (De Outubro a Abril)
3.16. Trabalho destinado a suprir durante 45 dias as funções de uma funcionária
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Segurança Social - Apresentação e suas implicações contributivas
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Questões

1. Deve ou não estar sujeita a segurança social o trabalho doméstico?


2. Os estrangeiros estão ou não sujeitos a segurança social?
3. Um cidadão angolano que apenas aufere juros como rendimento pode ou não se
vincular ao regime de Segurança Social? .
4. Um trabalhador que fique desempregado pode ou não continuar a efectuar
contribuições para a segurança social?
5. Os trabalhadores por conta de outrem têm algum limite na sua contribuição mensal?
6. Os trabalhadores por C/ própria têm algum limite na sua contribuição mensal?
7. É possível transitar do regime de contribuição dos trabalhadores domésticos para o
regime dos trabalhadores por conta de outrem?
8. Sendo possível passar de um regime para o outro há perda de direitos?
9. O que se entende por prazo de garantia?
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Segurança Social - Apresentação e suas implicações contributivas
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Questões

10. Que documentos apresentam as entidades empregadoras à entidade gestora de protecção


social obrigatória para efeitos e inscrição na E.G.P.S.O.?
10.1. Cópia do B.I. dos Sócios
10.2. Cópia do B.I. dos dependentes dos trabalhadores
10.3. Cópia do NIF do Gerente
10.4. Cópia do NIF dos Sócios
10.5. Cópia do B.I. Gerente .

11. Que documentos apresentam os trabalhadores à sua entidade empregadora para efeitos de
inscrição?
11.1. Cópia do B.I. dos trabalhadores
11.2. Cópia do B.I. dos ascendentes (pais)
11.3. Cópia do documento de identificação de estrangeiro residente
11.4. Cópia do B.I. cônjuge do estrangeiro residente
11.5. Cópia do B.I. cônjuge e descendentes

12. A empresa XPTO, Lda constitui-se em 1 de Março de 2018, tendo iniciado o exercício da actividade
laboral em 20 de Outubro de 2018?
12.1. Qual a data limite para fazer a sua inscrição na E.G.P.S.O.?
12.2. Quando é que deve entregar a folha de remunerações?
Segurança Social - Apresentação e suas implicações contributivas 53

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Questões

13. António, trabalhador por conta de outrem com contrato de trabalho no âmbito da legislação
laboral verificou que não está inscrito na segurança social e após ter informado esse facto ao director
financeiro e ao gerente da empresa, pedindo a sua inscrição, a sua situação mantém-se. Que fazer?
13.1. Informar a E.G.P.S.O. que não se encontra inscrito, podendo esta entidade solicitar a empresa
para a sua inscrição
13.2. Informar a E.G.P.S.O. que não se encontra inscrito, podendo esta entidade proceder à inscrição
.
oficiosa do trabalhador notificando a entidade empregadora para o exercício do direito de audição
prévia.
13.3. Informar a E.G.P.S.O. que não se encontra inscrito, podendo esta entidade proceder à inscrição
oficiosa do trabalhador de imediato.
13.4. António deverá esperar até ter uma informação escrita da Entidade Empregadora

14. A empresa XPTO, Lda cessou a sua actividade em 30 de Abril de 2018, tendo declarado a cessação
da sua actividade para efeitos fiscais, mas não o fez para efeitos de cessação das suas obrigações
contributivas?
14.1. Como a empresa XPTO estava obrigada a comunicar a cessação da sua obrigação contributiva
até 30 de Maio de 2018 e não o fez, a E.G.P.S.O. procede à cessação oficiosa da entidade
empregadora.
14.2. Como a empresa XPTO estava obrigada a comunicar a cessação da sua obrigação contributiva
até 30 de Maio de 2018 e não o fez, a E.G.P.S.O. procede ao cálculo da obrigação contributiva tendo
por base de incidência a última remuneração declarada, notificando a empresa para o exercício do
direito de audição?
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Segurança Social - Apresentação e suas implicações contributivas
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Questões
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15. A empresa XPTO, Lda com 10 funcionários todos eles há mais de 1 ano ao serviço da empresa,
pretende calcular o salário líquido do mês de Novembro de um dos seus trabalhadores devendo ser
consideradas para o efeito as seguintes informações:
a) O trabalhador aufere uma remuneração base de 300.000 Kwanzas pago em dinheiro e ainda lhe
paga 100% da renda de casa no valor 150.000 Kwanzas;
.

b) Tem um subsídio de risco mensal de 50.000 Kwanzas;


c) Tem um agregado familiar composto por 3 filhos e um enteado com as seguintes idades: 15 meses /
5 anos / 19 Anos / 25 anos. Sendo seu enteado a criança de 5 anos e, os dois filhos mais velhos são
ambos estudantes universitários;
d) Considerando que o Trabalhador é dos mais eficientes a empresa decidiu distingui-lo atribuindo-
lhe, nesse mês, um prémio pelos bons serviços, no montante de 300.000,00 Kwanzas.
e) Como é Novembro a empresa efectuou também o pagamento do Subsídio de Natal no montante
de AKZ 350.000,00;
f) Ao trabalhador foi-lhe processado uma ajuda de custo no montante de 25.000,00 por se ter
deslocado nesse mês ao serviço da empresa para uma das províncias por 2 dias;
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Segurança Social - Apresentação e suas implicações contributivas
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Questões

g) A empresa tem ainda a política de distribuir a cada um dos trabalhadores, um cabaz de Natal
avaliado no montante de 40.000,00 Kwanzas;
h) Por último descontou-lhe o montante de 100.000,00 Kwanzas pelo reembolso de um empréstimo
. anterior no
para a aquisição de uma viatura que lhe havia sido concedido em Dezembro do ano
montante de 1.200.000,00 com a condição de reembolsar no prazo de 12 meses a partir do mês
seguinte;
i) O trabalhador a título particular porque é contabilista, faz contabilidades de 2 empresas das quais
recebe mensalmente valor de 400.000,00 Kwanzas.
15.1. Qual o valor da segurança social a descontar ao trabalhador;
15.2. Qual o valor da segurança social a entregar á EGPSO;
15.3. Qual o valor do imposto a descontar e a reter ao trabalhador;
15.4. Qual o valor da remuneração liquida a pagar ao trabalhador;

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