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LEI Nº 2.

236/2008

Dispõe sobre a reestruturação do


Regime Jurídico dos Servidores
Públicos do Município de Ibiporã,
instituído pela Lei nº 1.247/92 e dá
outras providências.

A CÂMARA MUNICIPAL DE IBIPORÃ, Estado do Paraná, aprovou e eu, Prefeito Municipal,


sanciono a seguinte:

TÍTULO I
DO ESTATUTO DO REGIME JURÍDICO

CAPÍTULO ÚNICO
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Seção I
Do Regime Jurídico

O Regime Jurídico dos Servidores Públicos da Administração Direta, Indireta,


Art. 1º
Autárquica e Fundacional dos Poderes Executivo e Legislativo do Município de Ibiporã, é o
Estatutário.

Para efeitos desta lei, servidor é a pessoa legalmente investida em cargo público de
Art. 2º
provimento efetivo ou em comissão.

Cargo Público é o conjunto de atribuições e responsabilidades cometidas a um


Art. 3º
servidor, com as características essenciais de criação por Lei, denominação própria,
número certo e pagamento pelos cofres públicos, para provimento em caráter
permanente ou temporário.

Parágrafo único. Os cargos públicos são acessíveis a todos os brasileiros, cujo acesso é
garantido a todos aqueles que preencham os requisitos disciplinados pela legislação
vigente e pertinente à matéria.

É permitida a prestação de serviço gratuito ao Município, mediante Termo de Adesão


Art. 4º
firmado pelas partes interessadas. (Redação dada pela Lei nº 2962/2018)

Seção II
Do Quadro de Pessoal
O quadro de pessoal considerado essencial à Administração Municipal, compreende
Art. 5º
o Quadro de Provimento Efetivo e o Quadro de Provimento em Comissão, necessários à
operacionalização das atividades do serviço público municipal, observada legislação
própria.

Parágrafo único. Para atender interesse do serviço público, poderá haver remoção de
servidor no âmbito de cada Poder, observado o disposto na legislação que instituir os
respectivos planos de carreiras.

A criação, transformação e extinção de cargos e funções públicas serão feitas através


Art. 6º
de lei de iniciativa privativa do Chefe do Poder Executivo, ressalvados os casos do Poder
Legislativo Municipal que serão feitas através de Resolução de iniciativa privativa do
Presidente da Câmara Municipal.

Subseção I Dos Cargos de Provimento Efetivo

Os cargos de provimento efetivo da Administração Pública Municipal serão


Art. 7º
organizados em carreiras, mediante ato da autoridade competente de cada Poder.

As carreiras serão organizadas segundo a escolaridade e a qualificação profissional


Art. 8º
exigidas, para o exercício das atribuições previstas em Lei.

Subseção II
Dos Cargos de Provimento em Comissão

Os cargos em comissão serão providos através da livre nomeação e exoneração no


Art. 9º
âmbito dos Poderes Executivo e Legislativo, por pessoas que reunam as condições legais e
profissionais às atribuições do cargo e destinam-se apenas às atribuições de direção,
chefia e assessoramento.

§ 1º Os cargos de provimento em comissão serão exercidos, preferencialmente, por


servidores detentores de cargos efetivos.

§ 2º A posse em cargo em comissão determina o concomitante afastamento do servidor


do cargo efetivo de que for titular.

§ 3º O servidor efetivo, quando investido em cargo de provimento em comissão, poderá


optar pela percepção de seu vencimento, quando for mais vantajoso, mediante termo de
opção.

§ 4º O servidor ocupante de cargo em comissão poderá ser nomeado para ter exercício,
interinamente, em outro cargo de confiança, sem prejuízo das atribuições do que
atualmente ocupa, hipótese em que deverá optar pela remuneração de um deles durante
o período da interinidade.

§ 5º Ressalvadas as hipóteses legais, o exercício do cargo em comissão só assegurará


direitos ao servidor durante o período em que estiver exercendo o cargo.

§ 6º O servidor em readaptação funcional só poderá assumir cargo em comissão


compatível com laudo médico de suas limitações funcionais.

Lei municipal estabelecerá o valor dos vencimentos dos cargos em comissão,


Art. 10.
levando em conta a essencialidade, complexidade e responsabilidade das funções ou
atribuições, respeitando as condições e percentuais mínimos a serem preenchidos por
servidores de carreira, conforme disposição legal.

§ 1º O número de cargos e seus respectivos valores serão definidos em lei.

§ 2º Aplicam-se aos detentores dos cargos em comissão, não titulares de cargo efetivo, no
que couber, a disposição constitucional pertinente ao servidor público.

§ 3º As atribuições e responsabilidades dos cargos em comissão serão definidas em leis


próprias e nos respectivos regimentos internos.

TÍTULO II
DO PROVIMENTO, DAS MOVIMENTAÇÕES FUNCIONAIS E DA VACÂNCIA

CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 11. São requisitos básicos para investidura em cargo público;

I - nacionalidade ou naturalidade brasileira;

II - gozo dos direitos políticos;

III - quitação com as obrigações militares e eleitorais;

IV - nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo;

V - idade mínima de 18 (dezoito) anos;

VI - aptidão física e mental;

VII - não ter sido demitido do serviço público municipal, estadual ou federal, e em caso
positivo, após o período prescricional disciplinado pela legislação vigente e pertinente à
matéria do município;

VIII - aprovação prévia em concurso público, para cargos de provimento efetivo isolados
ou de carreira;

IX - não apresentar antecedentes criminais;


X - estar em dia com o órgão de sua categoria profissional, quando for exigido.

§ 1º As atribuições do cargo podem justificar a exigência de outros requisitos


estabelecidos em Lei.

§ 2º É assegurado às pessoas portadoras de deficiência o direito de se inscrever em


concurso público para provimento de cargo, cujas atribuições sejam compatíveis com a
deficiência que apresentam para as quais serão reservadas 10% (dez por cento) das vagas
oferecidas em cada cargo, observado os seguintes critérios:

I - o acesso dos candidatos às vagas obedecerá ao procedimento único de seleção;

II - na hipótese do não preenchimento da quota, as vagas remanescentes serão revertidas


aos demais candidatos qualificados, observada a respectiva ordem de classificação.

§ 3º Fica reservado ao afro-descendentes o percentual de 5% (cinco por cento) das vagas


oferecidas em cada cargo, mediante os seguintes critérios:

I - a fixação do número de vagas e o percentual serão feitos pelo total estabelecido no


edital de abertura de concurso e se efetivará no processo de nomeação;

§ 4º Para concorrer a uma das vagas previstas nos parágrafos 2º e 3º, o candidato deverá
especificar no momento da inscrição a sua opção.

O provimento dos cargos públicos e a movimentação dos servidores far-se-ão por


Art. 12.
ato da autoridade competente de cada Poder, do dirigente superior de autarquia ou da
fundação pública.

A investidura em cargo público ocorre com a nomeação e se completa com a posse e


Art. 13.
o exercício.

Seção I
Do Concurso Público

O concurso será de provas ou de provas e títulos mediante autorização do Chefe do


Art. 14.
respectivo Poder, podendo ser realizado em etapas distintas, de acordo com o disposto
em lei e regulamento.

Parágrafo único. Para os cargos ou funções que exijam habilidades específicas, poderão ser
aplicadas provas práticas.

O concurso público terá validade de até 02 (dois) anos, podendo ser prorrogado
Art. 15.
uma única vez, por igual período, a critério da Administração.

§ 1º O prazo de validade do concurso, as condições de sua realização, os critérios de


classificação e convocação e o procedimento recursal cabível serão fixados em edital, que
será publicado no órgão oficial do Município.

§ 2º Não se abrirá novo concurso para o mesmo cargo enquanto houver candidato
aprovado em concurso anterior, com prazo de validade não expirado.

O edital do concurso estabelecerá os requisitos a serem preenchidos pelos


Art. 16.
candidatos, observadas as regulamentações pertinentes.

Seção II
Da Posse e do Exercício

A aceitação expressa das atribuições, deveres e responsabilidades inerentes ao


Art. 17.
cargo público, com o compromisso de bem servir, será formalizada com a assinatura de
termo pela autoridade competente e pelo empossando.

§ 1º A posse ocorrerá no prazo de 15 (quinze) dias, contados da data da publicação do ato


de nomeação no órgão oficial, prorrogáveis uma única vez por igual período, a
requerimento do interessante e mediante anuência da Administração Pública. (Redação
dada pela Lei nº 2700/2014)

§ 2º A posse poderá ocorrer por procuração, com poderes específicos.

§ 3º No ato da posse o servidor apresentará, obrigatoriamente, declaração de bens e


valores que constituem seu patrimônio e documento declaratório de exercício de outro
cargo (público/privado), emprego ou função no serviço público, em até 30 (trinta) dias, sob
pena de nulidade do ato de nomeação.

§ 4º Só haverá posse nos casos de provimento de cargo por nomeação.

§ 5º Não ocorrendo à posse no prazo previsto, o ato de provimento será considerado nulo
e sem qualquer efeito.

§ 6º Em se tratando de servidor em licença, ou afastado por qualquer outro motivo legal, à


exceção da licença para tratamento de assunto particular, o prazo será contado do
término do impedimento.

A posse em cargo público dependerá de prévia inspeção médica oficial, inclusive


Art. 18.
para os candidatos portadores de deficiência.

§ 1º Só poderá ser empossado aquele que for julgado apto mental e fisicamente para o
exercício da função no cargo.

§ 2º Só poderá ser empossado aquele que não apresentar condenações criminais nos
últimos 05 (cinco) anos.
Art. 19. Exercício é o efetivo desempenho das atribuições do cargo.

§ 1º É de 02 (dois) dias o prazo para o servidor empossado em cargo público entrar em


exercício, contados da data da posse.

§ 2º O servidor que não entrar em exercício dentro do prazo legal, será exonerado de
ofício.

§ 3º À autoridade competente do órgão ou entidade para onde for nomeado ou designado


o servidor incumbe dar-lhe o exercício.

Todos os fatos e ocorrências da vida funcional do servidor constarão do seu


Art. 20.
assentamento individual.

Parágrafo único. Ao entrar em exercício, o servidor apresentará ao órgão competente os


elementos necessários ao assentamento individual.

Nenhum servidor poderá desempenhar atribuições diferentes das atribuídas ao


Art. 21.
cargo a que pertence, salvo quando nomeado para cargo em comissão ou para exercer
encargos especiais, por expressa designação das respectivas Chefias dos Poderes Executivo
ou Legislativo, de forma temporária e com expressa concordância do servidor, através da
assinatura do termo de anuência.

Verificado o desvio de função, a autoridade administrativa competente determinará


Art. 22.
o imediato retorno do servidor ao cargo de origem, sob pena de responsabilização
administrativa.

Seção III
Das Jornadas, Horários e Regimes de Trabalho

O ocupante do cargo de provimento efetivo fica sujeito à jornada de trabalho


Art. 23.
estabelecida em regulamento, que poderá fixar duração diversa, segundo a natureza do
cargo e das peculiaridades das atividades do respectivo órgão de lotação.

§ 1º É assegurado ao servidor o intervalo para alimentação, conforme regulamentação


específica, respeitada a sua jornada de trabalho.

§ 2º Em qualquer trabalho contínuo, cuja duração exceda de 06 (seis) horas, é obrigatório


à concessão de um intervalo para repouso ou alimentação, o qual será, no mínimo, de 01
(uma) hora e no máximo de 02 (duas) horas.

§ 3º Não excedendo de 06 (seis) horas de trabalho, será, entretanto, obrigatório um


intervalo de 15 (quinze) minutos quando a duração ultrapassar 04 (quatro) horas.

§ 4º Haverá intervalo entre jornada de no mínimo 11 (onze) horas consecutivas para


descanso.
§ 5º Os intervalos de descanso não serão computados na duração do trabalho.

§ 6º Para a comprovação da jornada de trabalho o servidor deverá registrar a sua


freqüência, sendo as ausências justificadas de acordo com o previsto nesta lei.

§ 7º O exercício de cargo em comissão exigirá de seu ocupante integral cumprimento da


jornada de trabalho, podendo ser convocado sempre que houver interesse da
Administração, sem que essa disponibilidade seja considerada como trabalho
extraordinário, nos termos desta lei e em conformidade com o Plano de Cargos, Carreiras
e Vencimentos.

A jornada de trabalho poderá ser diferenciada em razão do serviço de plantão e o


Art. 23 A -
regime de sobreaviso, instituídos para o pronto atendimento das necessidades essenciais
do serviço público no âmbito do Município. (Redação acrescida pela Lei nº 2685/2014)

Art. 23 B - Para os efeitos do artigo anterior, entende-se por:

I - serviço de plantão, aquele prestado pelo servidor no âmbito da repartição pública, fora
do seu horário regular de trabalho e aos sábados, domingos e feriados;

II - regime de sobreaviso, aquele em que o servidor fica à disposição do Município fora da


repartição pública e do seu horário regular de trabalho, em qualquer dia da semana,
aguardando, pelos meios de comunicação disponíveis, a sua convocação para o serviço.

Parágrafo único. Não se consideram serviço de plantão as atividades ininterruptas


prestadas em regime de trabalho em turnos. (Redação acrescida pela Lei nº 2685/2014)

O serviço de plantão será organizado pela autoridade competente da repartição


Art. 23 C -
pública em escala mensal de, no máximo, 24 (vinte e quatro) horas ininterruptas,
observados o sistema de rodízio e o intervalo mínimo de 12 (doze) horas. (Redação
acrescida pela Lei nº 2685/2014)

O regime de sobreaviso será organizado pela autoridade competente da


Art. 23 D -
repartição pública em escala mensal, observados o sistema de rodízio, limitado ao período
máximo de quinze dias mensais ininterruptos ou não por servidor. (Redação acrescida pela
Lei nº 2685/2014)

Art. 23 E - As horas cumpridas pelo servidor:

I - no serviço de plantão serão acrescidas do adicional pela prestação de serviço


extraordinário, quando necessário, e desde que não esteja no cumprimento de sua
jornada de trabalho habitual.

II - em regime de sobreaviso serão remuneradas na razão de um terço do valor da hora


normal diária de trabalho.
Parágrafo único. Quando convocado, as horas efetivamente trabalhadas pelo servidor em
regime de sobreaviso serão remuneradas acrescidas do adicional pela prestação de serviço
extraordinário, não se aplicando, durante a convocação, o disposto no inciso II. (Redação
acrescida pela Lei nº 2685/2014)

O servidor em regime de sobreaviso deverá atender prontamente à convocação do


Art. 23 F -
Município e durante a espera não praticar atividades que o impeçam de comparecer
imediatamente ao serviço.

§ 1º Durante o regime de sobreaviso, o servidor não poderá afastar-se do Município.

§ 2º A inobservância injustificada do disposto neste artigo configura descumprimento do


dever funcional e sujeitará o servidor às penalidadesdisciplinares previstas em lei.
(Redação acrescida pela Lei nº 2685/2014)

As horas cumpridas pelo servidor no serviço de plantão e em regime de sobreaviso


Art. 23 G -
não incorporam ao vencimento para todos os efeitos legais, e não serão computadas, nem
acumuladas, para efeito de quaisquer vantagens permanentes, porém integrarão, pela
média dos respectivos períodos aquisitivos, para o cálculo da gratificação natalina e das
férias; (Redação acrescida pela Lei nº 2685/2014)

A designação do servidor em serviço de plantão e em regime de sobreaviso


Art. 23 H -
depende:

I - de fundamentação do gestor da pasta, demonstrando a necessidade, interesse e


conveniência para o serviço público;

II - da natureza do serviço prestado, que deve estar relacionado com um dos seguintes
serviços:

a) de trânsito e transportes;
b) de segurança e iluminação pública;
c) de assistência social;
d) de saúde;
e) de fiscalização;
f) de defesa civil e de monitoramento de situações ocasionadas por caso fortuito e força
maior;
g) de manutenção emergencial do patrimônio municipal.

§ 1º O Secretário da pasta deve definir junto ao Departamento de Gestão de Pessoas


escala dos servidores que estarão em regime de sobreaviso.

§ 2º O servidor em serviço de plantão e em regime de sobreaviso deve ser informado de


sua inclusão na escala com antecedência mínima de 48 (quarenta e oito) horas.
§ 3º O servidor que estiver em regime de sobreaviso deverá ter condições próprias de
comunicação e de deslocamento, que possibilitem o comparecimento em tempo hábil
para atendimento do serviço para o qual está designado.

§ 4º O servidor em regime de sobreaviso que não atender a convocação da Administração


para o trabalho, não receberá o adicional de horas sobreaviso daquele dia. (Redação
acrescida pela Lei nº 2685/2014)

O Secretário da pasta ou aquele por ele designado será responsável pela


Art. 23 I -
fiscalização e pelas informações relativas ao cumprimento mensal da referida escala.
(Redação acrescida pela Lei nº 2685/2014)

Em até 10 (dez) dias úteis do mês seguinte a sua ocorrência, o Secretário da pasta
Art. 23 J -
deverá informar à Secretaria Municipal de Gestão de Pessoas, o nome do servidor que fará
jus ao pagamento instituído por esta lei. (Redação acrescida pela Lei nº 2685/2014)

Há obrigatoriedade do cartão ponto, para todos órgãos da Administração Direta,


Art. 24.
Indireta, Autárquica e Fundacional dos Poderes Executivo e Legislativo do Município, com
anotação da hora de entrada e da saída, em registro manual, mecânico ou eletrônico,
devendo haver pré-assinalação do período de repouso de 01 a 02 (duas) horas para o
intervalo do almoço, inclusive aos ocupantes de cargos de provimento em comissão,
exceto os Secretários Municipais e Diretores de Departamentos.

Parágrafo único. O registro de entrada e saída do servidor deverá obrigatoriamente ser


registrado pelo próprio servidor.

Não haverá expediente aos sábados nos órgãos da Administração Direta, Indireta,
Art. 25.
Autárquica e Fundacional dos Poderes Executivo e Legislativo do Município de Ibiporã, sem
prejuízo dos trabalhos de interesse público e dos órgãos municipais que, pela sua natureza
especial, executem atividades imprescindíveis à comunidade.

§ 1º Será assegurado a todo o servidor um descanso semanal de 24 (vinte e quatro) horas


consecutivas, preferencialmente aos domingos, salvo motivo de conveniência pública ou
necessidade imperiosa do serviço, que poderá coincidir com o domingo, no todo ou em
parte.

§ 2º Nos serviços que exijam trabalho aos domingos, com exceção quanto aos eventos
culturais e esportivos, será estabelecida escala de revezamento, mensalmente organizada
e constando de quadro sujeito à fiscalização.

§ 3º O trabalho aos domingos, seja total ou parcial, na forma do parágrafo 1º, será sempre
subordinado à permissão prévia da autoridade competente em matéria de trabalho.

§ 4º A permissão será concedida a título permanente nas atividades que, por sua natureza
ou pela conveniência pública, devem ser exercidas aos domingos, cabendo à
Administração Municipal expedir instruções em que sejam especificadas tais atividades.
Nos demais casos, ela será dada sob forma transitória, com discriminação do período
autorizado, o qual, de cada vez, não excederá de 60 (sessenta) dias.

§ 5º Salvo o disposto no parágrafo 3º, é vedado o trabalho em dias de feriados nacionais e


feriados religiosos, nos termos da legislação própria.

Fica assegurado ao servidor público que seja mãe/pai, esposo (a), companheiro (a),
Art. 26.
tutor (a), curador (a) ou que detenha a guarda e responsabilidade de pessoa portadora de
deficiência, a dispensa de parte do trabalho, respeitada a execução de metade da carga
horária semanal, sem prejuízo de remuneração.

§ 1º Compreende-se como pessoa portadora de deficiência aquela que, sofre debilidade


ou incapacidade física, mental ou sensorial, comprovada por perícia médica realizada pelo
órgão municipal competente.

§ 2º A Divisão de Gestão de Saúde Ocupacional, deverá elaborar e avaliar um plano de


tratamento e programas de adaptação para servidores responsáveis das pessoas
portadoras de deficiência, especificando a carga horária necessária e fiscalizando o efetivo
tratamento e/ou o acompanhamento aos programas de adaptação mencionados neste
parágrafo.

Art. 27. As disposições desta lei aplicam-se ao servidor público:

I - viúvo, separado judicialmente ou divorciado que tenha sob sua guarda, tutela ou
curatela, pessoa portadora de deficiência, desde que comprovada a dependência;

II - que tenha esposa ou companheira portadora de deficiência.

§ 1º A dispensa prevista nesta lei aplica-se aos servidores da Administração Direta,


Indireta, Autárquica e Fundacional dos Poderes Executivo e Legislativo, inclusive aqueles
que possuem como carga horária 20 (vinte) horas semanais.

§ 2º A dispensa de parte da jornada de trabalho de que trata esta lei perdurará enquanto,
comprovadamente, for necessário o tratamento clínico ou terapêutico da pessoa
portadora de deficiência, sendo esta submetida anualmente à avaliação médica através de
peritos junto a Divisão de Gestão de Saúde Ocupacional.

Seção IV
Do Estágio Probatório

Ao entrar em exercício, o servidor nomeado para o cargo de provimento efetivo


Art. 28.
ficará sujeito ao estágio probatório por um período de 36 (trinta e seis) meses, durante o
qual sua aptidão e capacidade serão objeto de avaliação para o desempenho do cargo,
observados os seguintes critérios:

I - assiduidade;
II - disciplina;

III - eficiência;

IV - responsabilidade;

V - pontualidade;

VI - idoneidade moral;

VII - aptidão física e mental para o exercício do cargo;

VIII - capacidade de iniciativa.

§ 1º 06 (seis) meses antes de findo o período do estágio probatório, será submetida à


homologação do titular da unidade ou entidade de equivalência hierárquica, a avaliação
de desempenho do servidor, realizada por comissão designada para este fim, de acordo
com o que dispuser a lei e o regulamento do sistema de avaliação do desempenho, sem
prejuízo da continuidade de apuração dos fatores enumerados nos incisos I a VIII deste
artigo.

§ 2º De posse da avaliação de desempenho do servidor, o titular da unidade ou entidade


de equivalência hierárquica emitirá parecer concluindo a favor ou contra a permanência
do servidor, considerando o atendimento ou não das condições e dos requisitos básicos
necessários ao cumprimento do estágio probatório.

§ 3º Se o parecer for contrário à permanência do servidor, dar-se-lhe-á conhecimento


daquele, para efeito de apresentação da defesa escrita no prazo de 15 (quinze) dias
consecutivos, contados da sua ciência, devidamente instruídas com as provas cabíveis.

§ 4º O órgão de Recursos Humanos encaminhará o parecer e a defesa à autoridade


máxima do respectivo Poder, que decidirá sobre a exoneração ou manutenção do
servidor.

§ 5º Transcorrido o prazo a que alude o caput deste artigo e em não havendo a


exoneração, fica automaticamente ratificada a nomeação e a autoridade competente
promoverá a responsabilidade dos membros da comissão.

§ 6º A apuração dos fatores mencionados no caput deste artigo deverá processar-se de


modo que a exoneração, se ocorrer, possa ser feita antes de findo o período do estágio
probatório.

§ 7º ficará sujeito a novo estágio probatório o servidor estável que for nomeado para
outro cargo público municipal na forma regulamentar.
§ 8º Ao servidor em estágio probatório somente poderão ser concedidas às licenças:

I - para tratamento da própria saúde;

II - à gestante, à adotante e à paternidade;

III - por acidente em serviço ou doença profissional;

IV - para prestar o serviço militar obrigatório;

V - para concorrer a mandato eletivo, sujeito à legislação eleitoral;

VI - doação de sangue, casamento, falecimento do cônjuge, companheiro (a), pais,


madrasta ou padrasto, filhos ou enteados, irmãos ou menor sob sua tutela ou guarda e
alistamento militar e eleitoral;

VII - afastamento para desempenho de mandato eletivo, federal, estadual ou municipal;

VIII - licença compulsória;

IX - licença para tratamento em pessoa da família;

§ 9º O servidor que permanecer em licença para tratamento da própria saúde por período
de 180 (cento e oitenta) dias ininterruptos ou não, durante o estágio probatório, será
submetido à perícia de saúde ocupacional por equipe multidisciplinar da Divisão de Gestão
de Saúde Ocupacional - D.G.S.O, para verificar as condições físicas e mentais para a
permanência do cargo.

§ 10 Não será considerado para efeito de estágio probatório o tempo em que o servidor
usufruir as seguintes licenças ou afastamentos, consecutivos ou não, sempre que somados
atingirem mais de 30 (trinta) dias no período de cada avaliação:

I - para tratamento da própria saúde;

II - à gestante, à adotante e à paternidade;

III - por acidente em serviço e doença profissional;

IV - para o serviço militar obrigatório;

V - para concorrer a mandato eletivo sujeito à legislação eleitoral;

VI - afastamento para desempenho de mandato eletivo, federal, estadual ou municipal;

VII - licença compulsória;


VIII - licença para tratamento em pessoa da família;

IX - o período em que estiver em provimento de cargo em comissão, exceto quando as


atribuições do cargo forem correlatas ou superiores às funções do cargo de provimento
efetivo. (Redação dada pela Lei nº 2525/2012)

§ 11 O período do estágio probatório também ficará suspenso a partir da instauração de


processo administrativo, desde que o servidor seja afastado do efetivo exercício da
função, para a apuração da permanência do servidor no serviço público, nos termos deste
Estatuto, continuando a contagem deste período se ele for inocentado.

§ 12 O servidor em estágio probatório poderá ser designado para exercer função de


confiança, nos órgãos ou entidades de lotação, quando as funções a serem
desempenhadas forem correlatas às atribuições do cargo para o qual prestou o Concurso
Público. (Redação dada pela Lei nº 2525/2012)

§ 13 O servidor que, designado para exercer função de confiança e cargo de provimento


em comissão, conforme previsto no inciso IX, § 10 e no § 12 desta Lei, e que esteja
exercendo as funções de seu cargo, dará continuidade ao cumprimento de sua avaliação
especial no estágio probatório. (Redação acrescida pela Lei nº 2525/2012)

CAPÍTULO II
DO PROVIMENTO

Art. 29. São formas de provimento em cargo público:

I - nomeação;

II - remoção;

III - readaptação;

IV - reversão;

V - reintegração;

VI - disponibilidade e aproveitamento.

Seção I
Da Nomeação

Art. 30. A nomeação far-se-á:

I - em caráter permanente, quando se tratar de provimento em cargo de classe inicial da


carreira ou em cargo isolado;

II - em caráter temporário, para cargos de provimento em comissão de livre nomeação e


exoneração.

Parágrafo único. A designação para função de direção, chefia e assessoramento recairá,


preferencialmente, em servidor de carreira, satisfeitas outras exigências da presente Lei e
em conformidade com o Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos.

A nomeação de cargo de provimento efetivo depende de prévia habilitação em


Art. 31.
concurso público de provas ou provas e títulos, obedecida à ordem de classificação e o
prazo de sua validade.

§ 1º Observado o disposto no artigo 11, a nomeação de servidor aprovado em concurso


público implica na desinvestidura do cargo anteriormente ocupado, ressalvado os casos de
cargos acumuláveis disciplinados pela Carta Magna.

§ 2º Nenhum servidor poderá ter exercício em unidade administrativa diferente daquela


em que for lotado, salvo em caso previsto neste estatuto ou mediante ato oficial expresso
das respectivas chefias dos Poderes Executivo ou Legislativo, cuja eficácia deverá ser
convalidada pelo mesmo servidor, mediante termo de anuência.

§ 3º Na hipótese do parágrafo anterior, o afastamento só será permitido em caráter


precário e por tempo determinado, cujo ato, impreterivelmente fulcrar-se-á na
supremacia do interesse público.

§ 4º Os demais requisitos para o ingresso e promoção do servidor na carreira, serão


estabelecidos em lei especifica e seus regulamentos.

SECÃO II
Da Remoção e da Permuta

Remoção é o deslocamento do servidor, a pedido ou de ofício, no âmbito do mesmo


Art. 32.
quadro e será feita da seguinte forma:

I - de um para outro órgão na esfera municipal;

II - de uma para outra unidade pertencente ao mesmo órgão da esfera municipal.

§ 1º Todo o pedido de remoção deverá ser justificado.

§ 2º Toda a remoção de oficio deverá ser comunicada por escrito ao servidor com
antecedência de 48 (quarenta e oito) horas.

§ 3º As formas de remoção serão tratadas através de regulamento próprio, a ser


estabelecido por decreto.
O servidor em estágio probatório poderá ser removido, desde que continue no cargo
Art. 33.
de origem.

A permuta será efetuada entre servidores de quaisquer dos órgãos municipais,


Art. 34.
estaduais ou federais, quando houver interesse de ambas as partes.

§ 1º Será processada a requerimento dos servidores interessados ou dos chefes dos


Poderes, com anuência da outra parte.

§ 2º A permuta deverá ser feita com cargos equivalentes.

§ 3º O ônus da permuta será do órgão de origem do servidor.

Art. 35. O servidor em estágio probatório não poderá ser permutado.

Seção III
Da Readaptação

Art. 36.Readaptação é a investidura do servidor em cargo de atribuições e


responsabilidades compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade
física, mental ou sensorial, comprovada por junta médica oficial, garantida a remuneração
do cargo de que é titular.

§ 1º Se julgado incapaz para o serviço público, o readaptando será aposentado.

§ 2º A readaptação será efetivada em cargo de carreira de atribuições afins, respeitada a


habilidade exigida e nível de escolaridade e, na hipótese de inexistência de cargo vago, o
servidor exercerá suas atribuições como excedente, até a ocorrência de vaga.

§ 3º Em qualquer hipótese, a readaptação não poderá acarretar redução dos vencimentos


do servidor.

§ 4º É garantida à gestante, atribuições compatíveis com seu estado físico, nos casos em
que houver recomendação clínica, sem prejuízo de seus vencimentos e demais vantagens
do cargo.

§ 5º Os demais critérios para readaptação funcional serão estabelecidos por regulamento


através de decreto do Chefe do Poder Executivo.

Seção IV
Da Reversão

Art. 37. Reversão é o retorno à atividade de servidor aposentado:

I - por invalidez, quando junta médica oficial declarar insubsistentes os motivos da


aposentadoria;

II - no interesse da Administração, desde que:

a) o servidor tenha solicitado a reversão;


b) a aposentadoria tenha sido voluntária;
c) quando estável na atividade;
d) a aposentadoria tenha ocorrido nos 05 (cinco) anos anteriores à solicitação;
e) haja cargo vago.

§ 1º A reversão far-se-á no mesmo cargo ou no cargo resultante de sua transformação.

§ 2º O tempo em que o servidor estiver em exercício será considerado para concessão da


aposentadoria.

§ 3º No caso do inciso I, encontrando-se provido o cargo, o servidor exercerá suas


atribuições como excedente, até a ocorrência de vaga.

§ 4º O servidor que retornar à atividade por interesse da Administração perceberá, em


substituição aos proventos da aposentadoria, a remuneração do cargo que voltar a
exercer, inclusive com as vantagens de natureza pessoal que percebia anteriormente à
aposentadoria.

§ 5º O servidor de que trata o inciso II somente terá os proventos calculados com base nas
regras atuais, se permanecer pelo menos 05 (cinco) anos no cargo.

§ 6º Não haverá reversão para o servidor que houver completado 70 (setenta) anos de
idade.

§ 7º Se o laudo médico não for favorável à reversão, poderá ser realizada nova inspeção
de saúde, decorridos no mínimo 90 (noventa) dias da inspeção anterior.

Haverá reversão de ofício e será cassada a aposentadoria do servidor que declarado


Art. 38.
apto para retornar ao trabalho, mediante inspeção médica.

Parágrafo único. O servidor terá o prazo máximo de 30 dias para retornar ao serviço após
sua convocação, sob pena de abertura em processo administrativo e possível punição.

Seção V
Da Reintegração

A reintegração é a reinvestidura do servidor estável no cargo anteriormente


Art. 39.
ocupado ou aquele resultante de sua transformação, quando invalidada sua demissão por
decisão judicial transitada em julgado ou provimento em recurso administrativo previsto,
com ressarcimento de todas as vantagens.
Na hipótese do cargo ter sido extinto, o servidor ficará em disponibilidade,
Art. 40.
observado o disposto no art. 42.

Encontrando-se provido o cargo, o eventual ocupante da vaga, se estável, será


Art. 41.
reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização ou será aproveitado em outro
cargo ou, ainda, posto em disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo de
serviço.

Seção VI
Da Disponibilidade e Aproveitamento

Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor estável será colocado


Art. 42.
em disponibilidade, com remuneração proporcional ao tempo de serviço, até seu
adequado aproveitamento em outro cargo.

O retorno à atividade de servidor em disponibilidade far-se-á mediante


Art. 43.
aproveitamento obrigatório em cargo de atribuições e vencimentos compatíveis com o
anteriormente ocupado.

O Órgão de Recursos Humanos determinará o imediato aproveitamento do servidor


Art. 44.
em disponibilidade em vaga que vier a ocorrer nos órgãos ou entidades da Administração
Pública Municipal.

Havendo mais de um concorrente à mesma vaga, terá preferência o de maior tempo


Art. 45.
de disponibilidade, e no caso de empate o mais antigo no serviço público.

Cessada a disponibilidade, o servidor retornará imediatamente ao exercício do


Art. 46.
cargo, salvo em caso de doença comprovada por junta médica oficial.

§ 1º Caso o servidor não retorne, poderá configurar abandono de cargo, apurado


mediante processo administrativo na forma desta Lei.

§ 2º Nos casos de extinção de órgão ou entidade, servidores estáveis que não puderem ser
redistribuídos na forma deste artigo, serão colocados em disponibilidade até o seu
aproveitamento.

Não será aberto concurso público para preenchimento de cargo público, enquanto
Art. 47.
houver disponibilidade de servidor capacitado para igual categoria à do cargo a ser
provido.

CAPÍTULO III

Das Movimentações Funcionais


SECÃO I

Da Substituição
Os servidores investidos em função de confiança e os ocupantes de cargos em
Art. 48.
comissão terão substitutos indicados diretamente pela autoridade competente de cada
Poder.

§ 1º O substituto assumirá automaticamente o exercício do cargo ou função de confiança


nos afastamentos ou impedimentos do titular.

§ 2º O substituto fará jus à gratificação ou ao subsídio pelo exercício da função, na


proporção dos dias ou período de efetiva atividade.

§ 3º Ressalvados os cargos em comissão, a substituição recairá sempre em servidores


estáveis e dependerá da expedição de ato da autoridade competente, sendo respeitado o
percentual mínimo previsto no PCCV, exceto quando não houver servidor efetivo.

O disposto no artigo anterior aplica-se aos titulares de unidades e setores


Art. 49.
organizados em nível de assessoria.

Seção II
Da Redistribuição

Redistribuição é o deslocamento de cargo de provimento efetivo, ocupado ou vago


Art. 50.
no âmbito do quadro geral de pessoal, para outro órgão ou entidade do mesmo poder,
com prévia apreciação da Administração Municipal observado os seguintes preceitos:

I - interesse da administração;

II - equivalência de vencimentos;

III - manutenção das atribuições do cargo;

IV - vinculação entre os graus de responsabilidade e complexidade das atividades;

V - mesmo nível de escolaridade, especialidade ou habilitação profissional;

VI - compatibilidade entre as atribuições do cargo e as finalidades institucionais do órgão


ou entidade.

§ 1º A redistribuição ocorrerá ex officio para ajustamento de lotação e da força de


trabalho às necessidades dos serviços, inclusive nos casos de reorganização, extinção ou
criação de órgão ou entidade.

§ 2º A redistribuição de cargos efetivos vagos se dará mediante ato conjunto entre o


Órgão de Recursos Humanos e os órgãos e entidades da Administração Pública Municipal
envolvida.
§ 3º Nos casos de reorganização ou extinção de órgão ou entidade, extinto o cargo ou
declarada sua desnecessidade no órgão ou entidade, o servidor estável que não for
redistribuído será colocado em disponibilidade, até seu aproveitamento na forma do
artigo 43.

§ 4º O servidor que não for redistribuído ou colocado em disponibilidade poderá ser


mantido sob responsabilidade do Órgão de Recursos Humanos, e ter exercício provisório,
em outro órgão ou entidade, até seu adequado aproveitamento.

Seção III
Da Vacância

Art. 51. A vacância do cargo público decorrerá de:

I - exoneração;

II - demissão;

III - readaptação;

IV - aposentadoria;

V - falecimento;

VI - posse em outro cargo.

Art. 52. Dar-se-á exoneração:

I - a pedido, mediante requerimento do servidor;

II - de ofício:

a) quando não satisfeitas as condições do estágio probatório;


b) quando o servidor não entrar em exercício da função no prazo estabelecido;
c) quando se tratar de cargo em comissão.

A vacância do cargo em comissão ocorrerá nas hipóteses previstas nos incisos I, V e


Art. 53.
VI do artigo 51, bem como:

a) a pedido do titular;
b) a juízo da autoridade competente;
c) em virtude de nomeação para um novo cargo em comissão;
d) por deficiência física, mental ou limitação sensorial incapacitantes, adquiridas durante o
exercício da função;
e) por afastamento para exercer mandato eletivo.
Art. 54. A vacância da função de confiança dar-se-á:

I - a pedido do próprio servidor;

II - a critério da autoridade competente;

III - quando o servidor designado não assumir o seu exercício dentro do prazo legal;

IV - por disponibilidade;

V - por exoneração;

VI - por demissão;

VII - por aposentadoria;

VIII - por falecimento;

IX - por nomeação em cargo de provimento em comissão;

X - por designação para outra função de confiança;

XI - por impedimento de Lei;

XII - por deficiência física, mental ou limitação sensorial incapacitantes, adquiridas no


exercício da função;

XIII - por perda da confiança no servidor em decorrência de falta grave cometida;

XIV - por afastamento para exercer mandato eletivo.

TÍTULO III
DOS DIREITOS DE ORDEM GERAL

CAPÍTULO I
DO TEMPO DE SERVIÇO

É contado para todos os efeitos o tempo de serviço público Municipal, Estadual ou


Art. 55.
Federal, inclusive o prestado às Forças Armadas.

A apuração do tempo de serviço será feita em dias, que serão convertidos em anos,
Art. 56.
considerado o ano como de trezentos e sessenta e cinco (365) dias.

Não será aproveitado, seja a que título for, o tempo de serviço já computado para
Art. 57.
concessão de aposentadoria pelo poder público ou pela previdência social.
Art. 58. Serão considerados de efetivo exercício os períodos previstos nesta lei de:

I - afastamentos;

II - concessões;

III - férias;

IV - licenças com vencimentos.

Art. 59. Para efeito de aposentadoria e disponibilidade, computar-se-á, integralmente:

I - o tempo de serviço público federal, estadual, municipal ou distrital;

II - período de serviço ativo nas forças armadas, contando-se em dobro o tempo


correspondente às operações de guerra de que o servidor tenha efetivamente participado;

III - período de trabalho prestado à instituição de caráter privado, que tiver sido
transformado em estabelecimento de serviço público;

IV - o tempo em que o servidor esteve em disponibilidade.

Parágrafo único. O servidor colocado sem ônus para o Município, à disposição de órgão
desvinculado da Administração Direta, Indireta ou Fundacional, e da Câmara, terá
computado o tempo de serviço exclusivamente para os efeitos deste artigo, desde que
haja contribuição para o Regime Próprio de Previdência Social - RPPS ou para Regime Geral
de Previdência Social - RGPS.

Para efeito de aposentadoria, computar-se-á integralmente o período de exercício


Art. 60.
de mandato eletivo federal, estadual ou municipal, desde que haja contribuição para o
Regime Próprio de Previdência Social ou para Regime Geral de Previdência Social (RGPS), e
desde que não seja concomitante com o exercício do cargo efetivo.

Parágrafo único. Será contado o tempo de serviço prestado na atividade privada, quando
vinculado ao RGPS, desde que haja contribuição e não seja concomitante.

É vedada a acumulação de tempo de serviço prestado concomitantemente em dois


Art. 61.
ou mais cargos ou funções públicas de autarquias, fundações, sociedades de economia
mista, empresas públicas e instituições de caráter privado que tenham sido transformadas
em estabelecimentos de serviço público.

O tempo de serviço será computado à vista de documento hábil, passado pelo órgão
Art. 62.
competente.

CAPÍTULO II
DA ESTABILIDADE
O servidor habilitado em concurso público e empossado em cargo de provimento
Art. 63.
efetivo adquirirá estabilidade no cargo após 03 (três) anos de efetivo exercício e aprovado
em estágio probatório, podendo ocorrer à perda de cargo:

I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado;

II - mediante processo administrativo no qual tenha sido condenado e lhe tenha sido
assegurada ampla defesa;

III - mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de Lei


Complementar, assegurada ampla defesa.

CAPÍTULO III
DOS ESTUDOS

Seção I
Do Servidor Estudante

Poderá ser concedido horário especial ao servidor estudante e, para o cumprimento


Art. 64.
de estágio curricular obrigatório, quando comprovada a incompatibilidade entre horário
escolar e o da repartição, sem prejuízo do cargo, e sem gerar ônus para a Administração.

§ 1º Para efeito do disposto neste artigo, será exigida a compensação de horário no órgão
ou entidade que estiver em exercício, devendo ser respeitada a jornada legal mensal
estipulada para o respectivo cargo.

§ 2º Para o disposto no parágrafo anterior, o cumprimento da carga horária de trabalho


deverá respeitar a oferta de disponibilidade da instituição e desde que não prejudique os
serviços essenciais prestados à população em geralo prejudique os serviços essenciais
prestados o no cap. VIII d.

§ 3º O servidor deverá apresentar requerimento protocolado, anexando formulário


específico devidamente preenchido e apresentar no ato do pedido o cronograma de
reposição de carga horária, com a devida anuência da chefia imediata.

O disposto no artigo anterior e seus parágrafos serão regulamentados através de


Art. 65.
decreto do Chefe do Poder Executivo.

O servidor que participar de prova admissional para ingresso em cursos de


Art. 66.
graduação superior, será dispensado da freqüência ao serviço nos dias da realização das
provas, os quais serão considerados de efetivo exercício.

Parágrafo único. Para a concessão da dispensa de que trata o caput deste artigo, o
servidor deverá requerê-la, anexando documento comprobatório da inscrição e
comparecimento dos dias da realização do exame.
Seção II
Da Participação em Cursos de Aperfeiçoamento, Capacitação e Pós-graduação

O servidor que participar de prova admissional para ingresso em cursos de pós-


Art. 67.
graduação, será dispensado da freqüência ao serviço nos dias da realização das provas, os
quais serão considerados de efetivo exercício.

Será concedido ao servidor, mediante requerimento e autorização da chefia


Art. 68.
imediata e de acordo com a disponibilidade do serviço, a possibilidade para freqüentar
curso de pós-graduação, com a apresentação da carga horária total e programação do
curso com a respectiva apresentação da reposição da carga horária.

Parágrafo único. Somente será concedida nova autorização para freqüentar curso de pós-
graduação, conforme previsto no caput deste artigo, após o intervalo de 02 (dois) anos
consecutivos.

Ao servidor efetivo e estável poderão ser concedidos horários especiais que


Art. 69.
possibilitem a participação em cursos de aperfeiçoamento e capacitação na sua área de
atuação, a pedido ou de interesse da Administração Municipal.

§ 1º Caso o pedido seja feito pelo servidor será exigido o cumprimento total da carga
horária mensal estabelecida para o cargo, devendo apresentar no ato do pedido a carga
horária total e programação do curso e respectivo cronograma de reposição da carga
horária do cargo, mediante documentos comprobatórios.

§ 2º Caso for de interesse da Administração Municipal, a chefia imediata deverá oficializar


ao órgão de recursos humanos o servidor indicado, que ficará dispensado do cumprimento
da carga horária estabelecida para o cargo, se compatível com o horário de expediente,
apresentando a freqüência correspondente.

O disposto no artigo anterior e seus parágrafos serão regulamentados através de ato


Art. 70.
da autoridade competente de cada Poder.

CAPÍTULO IV
DO DIREITO DE PETIÇÃO

Art. 71. É assegurado ao servidor o direito de requerer, pedir, reconsiderar e recorrer.

Art. 72. O requerimento será dirigido à autoridade competente.

São isentos de taxas, emolumentos ou custas os requerimentos, certidões e outros


Art. 73.
papéis que, na esfera administrativa, interessem ao servidor municipal, ativo ou inativo,
nesta qualidade.

Art. 74. Cabe pedido de reconsideração à autoridade que houver expedido o ato ou
proferido a decisão.

O requerimento e o pedido de reconsideração de que tratam os artigos anteriores


Art. 75.
deverão ser decididos dentro de 30 (trinta) dias.

Art. 76. Caberá recurso:

I - do indeferimento do pedido de reconsideração;

II - das decisões sobre os recursos sucessivamente interpostos.

O prazo para interposição do pedido de reconsideração ou de recurso é de 15


Art. 77.
(quinze) dias, contados da notificação do interessado da decisão recorrida.

O prazo para entrega de informações de caráter remuneratório dos servidores


Art. 77 A -
com decisão do Secretário Municipal de Gestão de Pessoas/ Chefe do Executivo Municipal
que devem ser inseridas no mês corrente da folha de pagamento deverão ser repassadas
até o dia 15 (quinze) de cada mês ao Departamento de Gestão de Pessoas. (Redação
acrescida pela Lei nº 2908/2017)

O recurso poderá ser recebido com efeito suspensivo, a juízo da autoridade


Art. 78.
competente, mediante despacho fundamentado.

Parágrafo único. Em caso de provimento do pedido de reconsideração ou do recurso, os


efeitos da decisão retroagirão à data do ato impugnado.

Art. 79. O direito de requerer prescreve:

I - em 05 (cinco) anos, quanto aos atos de demissão e de cassação de aposentadoria ou


disponibilidade, ou que afetem interesses patrimoniais, créditos ou direitos no Serviço
Público Municipal de Ibiporã;

II - em 120 (cento e vinte) dias, nos demais casos, salvo quando outro prazo for fixado em
lei.

Parágrafo único. O prazo de prescrição será contado da data da publicação do ato


impugnado ou da data da ciência pelo interessado, quando o ato não for publicado.

O pedido de reconsideração e o recurso, quando cabíveis, interrompem a


Art. 80.
prescrição.

§ 1º A prescrição interrompida começará a correr a partir da data da ciência do


interessado, seja pessoal ou por publicação no jornal oficial do município.

§ 2º A prescrição é de ordem pública, não podendo ser relevada pela Administração.


Para o exercício do direito de petição, é assegurada vista do processo ou
Art. 81.
documento, na repartição, ao servidor ou ao procurador por ele constituído.

A Administração deve rever seus atos a qualquer tempo, quando eivados de


Art. 82.
ilegalidade.

São fatais e improrrogáveis os prazos estabelecidos neste capítulo, salvo motivo de


Art. 83.
força maior, devidamente comprovado.

CAPÍTULO V
DAS CONCESSÕES

Art. 84. Sem qualquer prejuízo de ordem funcional o servidor poderá ausentar-se do serviço:

I - por 01 (um) dia, a cada período de 12 (doze) meses, para doação de sangue;

II - por 01 (um) dia para alistamento militar;

III - por 08 (oito) dias consecutivos, contados da data do fato, em razão de:

a) casamento;
b) falecimento do cônjuge, companheiro (a), pais, madrasta ou padrasto, filhos ou
enteados, irmãos ou menor sob sua tutela ou guarda.

IV - por 05 (cinco) dias durante o ano para freqüentar cursos compatíveis com a área de
sua atuação profissional, mediante prévia solicitação, autorização e a apresentação de
conclusão do curso;

V - por 05 (cinco) dias durante o ano vigente para representante de categoria a fim de
participar de cursos de formação sindical;

VI - por 02 (dois) dias quando tiver a serviço da justiça eleitoral.

§ 1º O servidor afastado na hipótese dos incisos IV e V deste artigo deverá notificar a


Administração com pelo menos 07 (sete) dias de antecedência, para que possa suprir a
ausência do servidor em curso, com apresentação junto ao Órgão de Recursos Humanos
do certificado de conclusão. (Redação dada pela Lei nº 3110/2021)

§ 2º Por 01 (dia) de afastamento por falecimento para os demais graus de parentescos.


(Redação acrescida pela Lei nº 3110/2021)

CAPÍTULO VI
DOS AFASTAMENTOS

Dar-se-á o afastamento do servidor sempre que o exercício do cargo se mostre


Art. 85.
incompatível com o cumprimento de obrigações, encargos ou determinações legais, ou
ainda, nos casos e condições previstos neste estatuto.

O afastamento do servidor, a critério da Administração, com ou sem prejuízo do


Art. 86.
efetivo exercício e da respectiva remuneração, só será permitido nos casos previstos neste
estatuto e com determinação da finalidade e do prazo certo.

Dar-se-á o afastamento do servidor, sem prejuízo do efetivo exercício e da


Art. 87.
respectiva remuneração, nos seguintes casos:

I - Inquérito ou processo que lhe é movido, por motivo conforme previsto no artigo 321.

II - Participação em congressos e certames culturais, técnicos ou científicos de


comprovado interesse do Município, ou ainda, em missão ou representação oficial do
Município que se relacionem com as atribuições e responsabilidades do cargo, seja em
território nacional ou estrangeiro, desde que para tanto haja autorização prévia e expressa
do Chefe do Poder Executivo;

III - estudo, aperfeiçoamento, especialização ou pós-graduação na área de atuação do


servidor, observado o disposto nos arts. 67, 68 e 69 desta Lei;

IV - Participação na qualidade de atleta, em provas de competições esportivas oficiais,


dentro ou fora do País, mediante convocação do servidor, por requisição do órgão ou
entidade oficial promotor ou participante do evento, para representar o Município, Estado
ou a União.

Parágrafo único. Ao servidor beneficiado pelo disposto nos incisos II e III deste artigo não
será concedida exoneração ou licença para tratar de interesse particular antes de
decorrido período igual ao do afastamento, ressalvada a hipótese de ressarcimento da
despesa havida com seu afastamento.

Dar-se-á o afastamento do servidor sem prejuízo do efetivo exercício, nas seguintes


Art. 88.
hipóteses:

I - convocação dos Reservistas das Forças Armadas, em caso de manutenção da ordem


interna ou participação em guerra, com remuneração paga pela Administração que, por
sua vez, deverá ressarcir-se junto à União;

II - exercício de cargo em comissão ou função de confiança pertencente às esferas de


governo do Município, de outros municípios, dos Estados e da União;

III - exercício em órgãos ou entidades com os quais o Município mantenha convênio, que
reger-se-á pelas normas neste estabelecidas, desde que as mesmas não resultem direta ou
indiretamente em prejuízo funcional ou remuneratório ou, ainda, em relação ao regime
jurídico de trabalho;

IV - requisição de órgãos pertencentes às esferas de governo do Município, de outros


Municípios, do Estado e da União, em casos de comprovada necessidade.

§ 1º Nas hipóteses dos incisos II e IV, o ônus da remuneração será do órgão ou entidade
cessionária, salvo nos casos em que a cessão venha a ocorrer entre órgãos da
Administração Direta, Indireta e Fundacional de quaisquer dos poderes do Município de
Ibiporã, ou quando objetivar atender interesse do Município.

§ 2º Ao servidor cedido para outro órgão em que o ônus da remuneração seja de


responsabilidade do órgão cedente, não será permitida a realização de serviços
extraordinários, bem como o aumento ou redução de carga horária de trabalho.

O servidor somente poderá ser colocado à disposição de órgão não pertencente à


Art. 89.
esfera municipal de governo, mediante sua anuência expressa.

Parágrafo único. No caso previsto neste artigo, o servidor poderá a qualquer momento,
solicitar o retorno ou ser reconvocado pela Administração.

Art. 90. O afastamento não excederá:

I - a 02 (dois) anos na hipótese prevista no inciso IV, do artigo 87, ficando interrompida a
contagem de tempo para efeito de estágio probatório;

II - os afastamentos previstos nos incisos I, II e III, do artigo 87 e dos incisos I, II, III e IV do
artigo 88, perdurarão enquanto persistir a causa, devendo em todas as hipóteses, haver a
comprovação do motivo alegado.

O afastamento só será concedido ao servidor estável, à exceção das hipóteses


Art. 91.
previstas no artigo 87 e nos incisos I e II do artigo 88.

Nos casos previstos nos incisos III e IV, do artigo 88 a Administração Municipal
Art. 92.
poderá requisitar o servidor ao Município de origem comprovando sua necessidade.

Art. 93. Será também considerado afastamento do servidor:

I - prisão em flagrante;

II - declaração pela justiça, de ilegalidade de greve de que tenha participado;

III - suspensão disciplinar.

Parágrafo único. O período do afastamento em razão das hipóteses previstas neste artigo,
não será considerado para quaisquer efeitos.

Ao servidor ocupante de cargo de provimento efetivo aplicam-se as seguintes


Art. 94.
disposições, quando investido em mandato eletivo:
I - Tratando-se de mandato eletivo federal ou estadual, ficará afastado de seu cargo;

II - Investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, sendo-lhe facultado optar


pela remuneração mais vantajosa;

III - Investido em mandato de vereador, havendo compatibilidade de horários, perceberá


as vantagens de seu cargo sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo, e, não havendo
compatibilidade, será afastado do cargo, sendo-lhe facultado optar pela remuneração
mais vantajosa;

IV - Em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato eletivo, seu
tempo de serviço será contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção por
merecimento.

Parágrafo único. No caso de afastamento do cargo, o servidor contribuirá para a


seguridade social como se em exercício estivesse.

CAPÍTULO VII
DAS LICENÇAS

Seção I
Das Disposições Gerais

Art. 95. Conceder-se-á as seguintes licenças ao servidor:

I - compulsória;

II - para tratamento da própria saúde;

III - à gestante, à adotante e à paternidade;

IV - por acidente em serviço ou doença profissional;

V - por motivo de doença em pessoa de sua família;

VI - para prestar serviço militar obrigatório;

VII - para concorrer a mandato eletivo, sujeito à legislação eleitoral;

VIII - para tratar de interesses particulares;

IX - para acompanhamento do cônjuge ou companheiro;

X - para desempenho de mandato classista;

XI - licença prêmio por assiduidade;


XII - para ser membro de conselho tutelar.

Parágrafo único. É vedado o exercício de atividade remunerada durante o período das


licenças previstas nos incisos I, II, III, IV e V;

Seção II
Da Licença Compulsória

Constatado por inspeção médica, que o servidor é portador de doença grave e/ou
Art. 96.
contagiosa, segundo indica a medicina especializada, ele será compulsoriamente
licenciado, com direito à percepção do vencimento ou remuneração e demais vantagens
inerentes ao cargo.

Parágrafo único. A verificação das moléstias que importem o afastamento do servidor será
feita obrigatoriamente por junta médica oficial, constituída por 03 (três) membros.

A licença será convertida em aposentadoria, na forma da Lei que trata do Regime


Art. 97.
Próprio de Previdência Social - RPPS, antes do prazo estabelecido, quando assim opinar a
junta médica, por considerar definitiva para o serviço público em geral, a invalidez do
servidor.

Ocorrerá também a licença compulsória, por interdição declarada pela autoridade


Art. 98.
sanitária competente, por motivo de doença em pessoa coabitante da residência do
servidor e também pelo poder judiciário.

SECÃO III
Da Licença para Tratamento da Própria Saúde

Será concedida ao servidor licença para tratamento da própria saúde, a pedido ou


Art. 99.
de ofício, com base em perícia médica oficial do Município, sem prejuízo da remuneração
de contribuição a que fizer jus.

Parágrafo único. Fica vedado o exercício de qualquer atividade remunerada, sob pena de
cassação da licença, sem prejuízo da apuração da sua responsabilidade, sendo vedado
ainda a cedência ou permuta para qualquer órgão ou entidade de classe.

Para a concessão da licença, a perícia deverá ser feita pela equipe de saúde
Art. 100.
ocupacional multiprofissional da Divisão de Gestão de Saúde Ocupacional - D.G.S.O.

§ 1º Sempre que necessário, a inspeção médica será realizada na residência do servidor ou


no estabelecimento hospitalar onde ele se encontrar internado.

§ 2º Inexistindo médico oficial no local onde se encontrar o servidor, será aceito atestado
fornecido por médico particular ou da rede pública.
§ 3º No caso do parágrafo anterior, o atestado somente produzirá efeitos depois de
homologado pela equipe de saúde ocupacional multiprofissional da Divisão de Gestão de
Saúde Ocupacional - D.G.S.O.

Ao servidor licenciado para tratamento da própria saúde por mais de 15 (quinze)


Art. 101.
dias consecutivos, será devido o auxílio doença, e consistirá numa renda mensal
correspondente à remuneração de contribuição do cargo efetivo, cujo pagamento será de
responsabilidade dos entes no qual o servidor está vinculado.

§ 1º O auxílio doença será concedido, a pedido ou de ofício, com base em exame médico
pericial que definirá o prazo de afastamento.

§ 2º Findo o prazo do auxílio doença, o segurado será submetido a novo exame médico
pericial, que concluirá pela volta ao serviço, pela prorrogação, pela readaptação ou pela
aposentadoria por invalidez.

§ 3º Durante até os primeiros 15 (quinze) dias de afastamento do segurado por motivo de


doença, o pagamento da sua remuneração será de responsabilidade dos entes no qual o
servidor está vinculado.

§ 4º Uma vez concedido novo auxílio decorrente da mesma doença durante os próximos
sessenta dias, contados ao término do auxílio anterior, aquele será prorrogado, cumprindo
o pagamento a quem de direto. (Redação dada pela Lei nº 3068/2020)

O servidor em gozo de auxílio-doença, insuscetível de readaptação para exercício


Art. 102.
do seu cargo, deverá ser aposentado por invalidez.

No procedimento das licenças para tratamento da própria saúde, será mantido


Art. 103.
sigilo sobre os laudos e atestados, de acordo com o que estabelece o código de ética
médica e demais códigos éticos das entidades de classe.

Findo o prazo estipulado no laudo médico, o servidor deverá reassumir


Art. 104.
imediatamente o exercício, sob pena de serem computados como faltas injustificadas os
dias de ausência, salvo prorrogação pleiteada antes da conclusão da licença.

No curso da licença, o servidor poderá requerer nova perícia, caso se julgue sem
Art. 105.
condições de retornar às atividades ou com direito à aposentadoria, mediante decisão da
junta médica oficial.

O servidor não poderá permanecer de licença para tratamento de saúde por mais
Art. 106.
de 24 (vinte e quatro) meses consecutivos ou intercalados.

Parágrafo único. Se o servidor voltar a laborar e num período inferior a 60 dias apresentar
novo atestado, tal prazo será contado de forma contínua, não havendo interrupção na
contagem, caso contrário o prazo iniciar-se-á do zero.
Para efeito da concessão de licença de oficio, o servidor é obrigado a submeter-se à
Art. 107.
inspeção médica determinada pela autoridade competente.

Parágrafo único. No caso de recusa injustificada, sujeitar-se-á à pena prevista em lei,


considerando ausência ao serviço os dias que excederem a essa penalidade.

Seção IV
Da Licença à Gestante, à Adotante e à Paternidade

À servidora gestante será concedida licença maternidade mediante atestado


Art. 108.
médico, por 120 (cento e vinte) dias consecutivos, sem prejuízo da remuneração de
contribuição.

§ 1º A licença terá início na data do parto ou durante o 9º (nono) mês de gestação,


mediante requerimento, salvo antecipação por prescrição médica. (Redação dada pela Lei
nº 2797/2015)

§ 1º A - A licença à gestante será prorrogada por 60 (sessenta) dias, com ônus financeiro
para o Município. (Redação acrescida pela Lei nº 2797/2015)

§ 2º No caso de nascimento prematuro, a licença terá início na data do parto. Salvo


quando a criança ficar hospitalizada por mais de duas semanas, a licença maternidade terá
inicio quando houve a alta hospitalar. (Redação dada pela Lei nº 3110/2021)

§ 3º No caso de natimorto, decorridos 30 (trinta) dias do evento, a servidora será


submetida a exame médico, e se julgada apta, reassumirá o exercício do cargo.

§ 4º Em caso de aborto não criminoso, comprovado mediante atestado médico oficial, a


segurada terá direito ao salário maternidade correspondente a duas semanas.

§ 5º Em casos excepcionais, os períodos de repouso anterior e posterior ao parto podem


ser aumentados de mais duas semanas, mediante inspeção médica.

A servidora que adotar ou obtiver guarda judicial de criança será concedida licença
Art. 109.
maternidade, sem prejuízo da remuneração de contribuição pelos seguintes períodos:

I - 120 (cento e vinte) dias, se a criança tiver até 01 (um) ano de idade;

II - 60 (sessenta) dias, se a criança tiver entre 01 (um) a 04 (quatro) anos de idade;

III - 30 (trinta) dias, se a criança tiver de 04 (quatro) a 08 (oito) anos de idade.

A servidora licenciada receberá auxílio maternidade, que consistirá numa renda


Art. 110.
mensal à última remuneração de contribuição da servidora no cargo efetivo.

§ 1º O auxílio maternidade de que trata o caput deste artigo será devido pelos entes no
qual a servidora está lotada e/ou vinculada, por 120 (cento e vinte) dias, conforme dispõe
a Constituição Federal.

§ 2º Fica assegurado o direito previsto no caput deste artigo à adoção, ou guarda para fins
de adoção, unilateral realizada por segurado, e à adoção realizada a um dos segurados em
união homoafetiva.

§ 3º O auxílio maternidade não poderá ser acumulado com auxílio por incapacidade.
(Redação dada pela Lei nº 3068/2020)

Pelo nascimento ou adoção de filhos, o servidor terá direito à licença-paternidade


Art. 111.
de 5 (cinco) dias consecutivos, sem prejuízo da remuneração de contribuição, contados da
data do nascimento ou da data da adoção, mediante a apresentação da certidão de
nascimento ao Órgão de recursos Humanos.

Para amamentar o próprio filho, até a idade de 6 (seis) meses, a servidora lactante
Art. 112.
terá direito, durante a jornada de trabalho, a 01 (uma) hora de descanso, que poderá ser
parcelada em dois períodos de meia hora.

Parágrafo único. Poderá ser prorrogado o prazo para amamentação, mediante


requerimento da servidora, devidamente aprovado através de perícia médica oficial do
município.
SECÃO V

Da Licença por Acidente em Serviço ou Doença Profissional

Será licenciado com a remuneração de contribuição integral do cargo efetivo, o


Art. 113.
servidor acidentado em serviço ou acometido de doença profissional.

Caracteriza-se acidente em serviço, o dano físico ou mental sofrido pelo servidor e


Art. 114.
que se relacione mediata ou imediatamente com as atribuições do cargo exercido.

Art. 115. Considera-se acidente de trabalho, nos termos do artigo anterior:

I - doença profissional, aquela produzida ou desencadeada pelo exercício de trabalho


peculiar em determinada atividade e constante da relação de que trata o Anexo II, do
Decreto Federal nº 611, de 21 de junho de 1992, e/ou alterações posteriores;

II - doença do trabalho, aquela adquirida ou desencadeada em função de condições


especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relaciona diretamente, desde que
constante da relação mencionada no inciso I.

§ 1º Não serão consideradas como doença do trabalho:

a) a doença degenerativa;
b) a inerente a grupo etário;
c) a que não produz incapacidade laborativa;
d) a doença endêmica adquirida por segurados habitantes de região em que ela se
desenvolva, salvo comprovação de que resultou de exposição ou contato direto
determinado pela natureza do trabalho.

§ 2º Em caso excepcional, constatando-se que a doença, não incluída na relação prevista


nos incisos I e II, resultou de condições especiais em que o trabalho é executado e com ele
se relaciona diretamente, a Previdência Social deve considerá-la acidente do trabalho.

§ 3º Quando o servidor for detentor de mais de 01 (um) cargo público ou privado em


instituições diferentes, em caso de doença profissional, o ônus da responsabilidade será
solidária entre as instituições, proporcionalmente aos valores recolhidos para os regimes
previdenciários.

Art. 116. Equipara-se ao acidente em serviço, para os efeitos desta Lei:

I - o acidente ligado ao serviço que, embora não tenha sido a causa única, haja contribuído
diretamente para a redução ou perda da sua capacidade para o trabalho, ou produzido
lesão que exija atenção médica para a sua recuperação;

II - o acidente sofrido pelo servidor no local e no horário do trabalho, em conseqüência de:

a) ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou por outro servidor
no ambiente de trabalho;
b) ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa relacionada com o
serviço e que não constitua falta disciplinar do servidor beneficiário;
c) ato de imprudência, negligência ou imperícia de terceiro ou de outro servidor;
d) ato de pessoa privada do uso da razão;
e) desabamento, inundação, incêndio e outros casos fortuitos ou decorrentes de força
maior.

III - a doença proveniente de contaminação acidental do servidor no exercício do cargo;

IV - o acidente sofrido pelo servidor ainda que fora do local e horário de serviço:

a) na execução de ordem ou na realização de serviço relacionado ao cargo;


b) na prestação espontânea de qualquer serviço ao Município para lhe evitar prejuízo ou
proporcionar proveito;
c) em viagem a serviço da administração, inclusive para estudo, quando financiada pelo
Município, dentro de seus planos para melhorar a capacitação da mão-de-obra,
independentemente do meio de locomoção utilizado, inclusive veículo de propriedade do
servidor;
d) no percurso da residência para o local de trabalho ou deste para aquela, qualquer que
seja o meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade do servidor, sem desvio do
percurso.
Parágrafo único. Nos períodos destinados à refeição ou descanso, ou por ocasião da
satisfação de outras necessidades fisiológicas, no local do trabalho ou fora dele, o servidor
é considerado no exercício do cargo.

A Comunicação de Acidente de Trabalho - CAT, deverá ser preenchida pela chefia


Art. 117.
imediata, por ocasião de qualquer evento acidentário ou ocupacional, com todas as
informações necessárias para posteriores investigações ou trâmites legais.

Parágrafo único. As disposições no caput deste artigo deverão obedecer à legislação


específica.

O servidor acidentado em serviço, que necessite de tratamento especializado,


Art. 118.
recomendado por junta médica oficial, excepcionalmente, poderá ser atendido por
instituição privada, à conta de recursos do tesouro municipal desde que inexistam meios
adequados ao atendimento por instituição pública, conforme regulamentação.

Consideram-se doenças graves, contagiosas ou incuráveis, as seguintes:


Art. 119.
tuberculose ativa; hanseníase; alienação mental; neoplasia maligna; cegueira; paralisia
irreversível e incapacitante; cardiopatia grave; doença de Parkinson; espondiloartrose
anquilosante; nefropatia grave; estado avançado da doença de Paget (osteíte
deformante); síndrome da deficiência imunológica adquirida - Aids; contaminação por
radiação, com base em conclusão da medicina especializada e hepatopatia.

Não é considerada agravação ou complicação de acidente em serviço, a lesão que,


Art. 120.
resultante de acidente de outra origem, associe-se ou se superponha às conseqüências do
anterior.

Seção VI
Da Licença Por Motivo de Doença em Pessoa da Família

Poderá ser concedida licença ao servidor, por motivo de doença do cônjuge ou


Art. 121.
companheiro, dos pais, padrasto e madrasta, dos filhos, dos enteados, de menor sob
guarda ou tutela, mediante prévia comprovação médica ou junta médica oficial.

§ 1º A licença somente será deferida se a assistência direta do servidor for indispensável e


não puder ser prestado simultaneamente com exercício do cargo, o que deverá ser
apurado através de acompanhamento social.

§ 2º É vedado o exercício de atividade remunerada durante o período desta licença.

Art. 122. A licença de que trata o artigo anterior será concedida:

I - com remuneração de contribuição do cargo, por até 30 (trinta) dias, podendo ser
prorrogado por igual período, mediante parecer da junta médica;

II - sem remuneração, por mais de 60 (sessenta) dias.


Parágrafo único. As licenças deste artigo serão somadas pelo período de 12 (doze) meses e
quando ultrapassarem 60 (sessenta) dias será sem remuneração.

Seção VII
Da Licença Para o Serviço Militar Obrigatório

Ao servidor convocado para o serviço militar obrigatório, será concedida licença


Art. 123.
sem remuneração, na forma e condições previstas na legislação específica.

§ 1º Concluído o serviço militar obrigatório, o servidor terá até 30 (trinta) dias para
reassumir o exercício do cargo, podendo ser prorrogado por mais 30 (trinta) dias, sob pena
de abandono de cargo.

§ 2º Quando o servidor prestar o serviço militar junto à corporação local, haverá a


compatibilização de horários.

Seção VIII
Da Licença Para Concorrer a Mandato Eletivo, Sujeito à Legislação Eleitoral

O servidor terá direito à licença, sem remuneração, durante o período entre a sua
Art. 124.
escolha em convenção partidária, como candidato a cargo eletivo, e a véspera do registro
de sua candidatura perante a Justiça Eleitoral.

§ 1º A partir do registro da candidatura e até o 5º (quinto) dia seguinte ao da eleição, o


servidor fará jus à licença, como se em efetivo exercício estivesse, sem prejuízo de sua
remuneração, mediante comunicação, por escrito, do afastamento.

§ 2º O servidor candidato a cargo eletivo na localidade onde desempenha suas atividades


e que exerça cargo de direção, chefia, assessoramento, arrecadação ou fiscalização, dele
será afastado, imediatamente após o registro de sua candidatura perante a Justiça
Eleitoral, até o 5º (quinto) dia seguinte ao do pleito.

O disposto no artigo anterior não se aplica aos ocupantes de cargo de provimento


Art. 125.
em comissão.

SECÃO IX

Da Licença para Tratar de Interesses Particulares

O servidor poderá obter licença, sem remuneração, para tratar de interesse


Art. 126.
particular, pelo prazo de até 02 (dois) anos consecutivos.

§ 1º O servidor aguardará em exercício a concessão da licença, sob pena de demissão por


abandono de cargo.
§ 2º A licença poderá ser negada, quando o afastamento do servidor prejudicar o
andamento do serviço público.

§ 3º O servidor poderá interromper ou desistir da licença a qualquer tempo, reassumindo


o exercício de suas atividades.

§ 4º Não se concederá licença para o trato de interesses particulares, ao servidor que a


qualquer título, estiver em débito com o erário.

§ 5º O servidor afastado ou licenciado temporariamente do cargo efetivo, sem


recebimento de remuneração pelo Município, somente contará o respectivo tempo de
afastamento ou licenciamento, para fins de aposentadoria, mediante o recolhimento
mensal das contribuições, conforme previsto na legislação previdenciária.

Só poderá ser concedida nova licença para o trato de interesses particulares, depois
Art. 127.
de decorridos 02 (dois) anos do término da anterior.

A Administração poderá interromper a licença que trata o artigo 126 a qualquer


Art. 128.
tempo, por motivo de interesse público, mediante ato fundamentado.

§ 1º Interrompida a licença, o servidor terá até 30 (trinta) dias para reassumir o exercício
do cargo, após divulgação pública do ato.

§ 2º A administração poderá reconsiderar a interrupção da licença, caso o servidor


apresente justificativa fundamentada da necessidade da continuidade da licença.

Ao servidor ocupante de cargo de provimento em comissão e em estágio


Art. 129.
probatório, não se concederá licença para tratamento de interesses particulares.

Seção X
Da Licença Por Motivo de Acompanhamento do Cônjuge ou Companheiro

Poderá ser concedida licença ao servidor efetivo e estável, para acompanhar o


Art. 130.
cônjuge ou companheiro que for deslocado para outro ponto do território nacional, para o
exterior ou para o exercício de mandato eletivo dos Poderes Executivo e Legislativo no
âmbito Estadual ou Federal.

§ 1º A licença poderá ser concedida por prazo indeterminado e sem remuneração.

§ 2º O tempo de licença por motivo de acompanhamento do cônjuge não será computado


para nenhum efeito legal e previdenciário.

Seção XI
Da Licença Para o Desempenho de Mandato Classista

Art. 131. É assegurado ao servidor efetivo e estável que irá desempenhar mandato classista
representativo de categoria, o direito a licença com remuneração em tempo integral.

Ao servidor em estágio probatório é permitida a filiação à entidade de classe,


Art. 132.
porém a licença para o desempenho de mandato classista só poderá ocorrer após
aprovação no estágio probatório.

Art. 133. Dar-se-á licença para desempenho de mandato classista por entidade da seguinte
forma:

I - para mandato sindical até o limite de 04 (quatro) dirigentes;

II - para mandato da associação de servidores 01 (um) dirigente. (Redação dada pela Lei
nº 2797/2015)

§ 1º A licença terá duração igual à do mandato.

§ 2º O servidor efetivo ocupante do cargo em comissão ou função de confiança, deverá


desincompatibilizar-se do cargo ou função, quando se empossar no mandato de que trata
este artigo.

§ 3º O período da licença concedida nos termos deste artigo será outorgado sem prejuízo
do efetivo exercício do cargo. (Redação dada pela Lei nº 2441/2011)

§ 4º Os limites estabelecidos nos incisos I e II deste artigo serão observados para os


mandatos iniciados após a publicação desta lei. (Redação acrescida pela Lei nº 2797/2015)

Seção XII
Da Licença Prêmio Por Assiduidade

O servidor terá direito à licença prêmio por assiduidade, pelo prazo de 03 (três)
Art. 134.
meses, a cada período de 05 (cinco) anos de efetivo exercício do serviço público municipal
e ininterruptamente, independente do cargo, sem prejuízo da remuneração.

§ 1º É facultado ao servidor fracionar a licença de que trata este artigo, em até 03 (três)
parcelas, por período não inferior a 30 (trinta) dias, respeitado o interesse do serviço
público.

§ 2º A licença prêmio poderá ser convertida em pecúnia, integral ou parcialmente,


conforme regulamento.

§ 3º Para efeito do calculo da conversão da licença prêmio em pecúnia, será considerada a


remuneração do cargo efetivo que lhe for devida na data de sua concessão, excluídas as
gratificações por participação em comissões, e não se submeterá a qualquer exação
tributária ou previdenciária, respeitada a disponibilidade orçamentária e financeira.
(Redação dada pela Lei nº 3135/2021)
§ 4º A requerimento do servidor, será concedido pagamento em pecúnia da licença, para
fins da simples compensação de liquidação de tributos e demais débitos para com o
Município.

§ 5º A licença prêmio para o servidor efetivo, ocupante de cargo em comissão, somente


será concedida com as vantagens do cargo efetivo.

§ 6º O servidor deverá aguardar em exercício a concessão da licença.

§ 7º O direito de requerer a licença prêmio não prescreve, nem está sujeito à caducidade.

§ 8º Integrará na base de calculo da licença prêmio convertida em pecúnia, o recebimento


de função de confiança, calculados proporcionalmente aos meses de sua percepção,
durante o período aquisitivo. (Redação acrescida pela Lei nº 3135/2021)

Os servidores públicos admitidos após a publicação desta Lei, não farão jus a
Art. 134 A -
licença-prêmio de que trata a Seção XII, do Capítulo VII, da Lei Municipal nº 2236/2008, de
10 de dezembro 2008, ressalvada a nomeação dos aprovados em concursos públicos
homologados até a publicação desta Lei. (Redação acrescida pela Lei nº 2667/2013)

Os atrasos e saídas antecipadas ao serviço no quinquênio, além do limite de 15


Art. 135.
(quinze) minutos mensais estabelecidos nesta lei, que somados totalizem a carga horária
diária, retardarão a concessão da licença prêmio ou a sua conversão em pecúnia, na
proporção de 01 (um) mês para cada carga horária diária totalizada. (Redação dada pela
Lei nº 2745/2014)

Art. 136. Não se concederá licença-prêmio ao servidor que, no período aquisitivo:

I - sofrer penalidade disciplinar de suspensão;

II - afastar-se do cargo, por períodos ininterruptos ou não, em virtude de:

a) licença por motivo de doença em pessoa da família, sem remuneração;


b) licença para tratar de interesses particulares;
c) condenação a pena privativa de liberdade por sentença definitiva;
d) disposição funcional, sem remuneração, para órgão público não-vinculado ao Município
de Ibiporã;
e) licença para concorrer a mandato eletivo;
f) esteve em disponibilidade;
g) licença para acompanhar do cônjuge ou companheiro;
(Revogada pela Lei nº 2745/2014)

III - falta ao serviço. (Redação dada pela Lei nº 3110/2021)

O número de servidores em gozo simultâneo de licença-prêmio, não poderá ser


Art. 137.
superior a 1/3 (um terço) da lotação da respectiva unidade administrativa do órgão ou
entidade.

§ 1º Fica a critério do órgão competente onde o servidor estiver lotado, avaliar o gozo da
licença prêmio, que venha coincidir com períodos de maior fluxo de servidores em
concessão de férias.

§ 2º Fica a critério do órgão competente onde o servidor estiver lotado, conceder


seqüencialmente o gozo de licença prêmio e férias logo após a licença maternidade.

§ 3º O disposto nos parágrafos 1º e 2º deste artigo, deverá ser avaliado pelo órgão
competente, considerando a necessidade do serviço.

§ 4º É facultado à autoridade competente, tendo em vista o interesse da Administração,


devidamente fundamentado, decidir dentro de 30 (trinta) dias seguintes ao requerimento
da licença prêmio, quanto à data do seu início.

Após o início do gozo, a licença prêmio não poderá ser interrompida por ato da
Art. 138.
autoridade competente, exceto nos casos de calamidade pública.

Depois de publicado o ato de concessão da licença prêmio, não poderá haver sua
Art. 139.
suspensão, seja a pedido ou ex-officio.

A licença prêmio a que faz jus e ainda não concedida será indenizada em pecúnia
Art. 140.
quando do desligamento do servidor efetivo.

§ 1º Os períodos de licença prêmio já adquiridos e não gozados pelo servidor que vier a
falecer serão convertidos em pecúnia, em favor de seus beneficiários da pensão.

§ 2º Não haverá indenização de licença prêmio proporcional.

Seção XIII
Licença Para Ser Membro de Conselho Tutelar

O servidor que vier a exercer mandato de Conselheiro Tutelar, ficará licenciado do


Art. 141.
seu cargo efetivo, podendo optar pelos vencimentos e vantagens de seu cargo, vedada a
acumulação de vencimentos, assegurado o retorno ao cargo, emprego ou função que
exercia assim que findo o mandato.

§ 1º O tempo de serviço que prestar como Conselheiro Tutelar será computado para todos
os efeitos legais, exceto para promoção por merecimento.

§ 2º O servidor efetivo ocupante do cargo em comissão ou função de confiança, deverá


desincompatibilizar-se do cargo ou função, quando se empossar no mandato de que trata
este artigo.

CAPÍTULO VIII
DAS FÉRIAS

O servidor gozará obrigatoriamente de férias anuais pelo período de 30 (trinta)


Art. 142.
dias, não podendo ser acumulados dois períodos aquisitivos. (Redação dada pela Lei
nº 2667/2013)

§ 1º Somente depois de 12 (doze) meses de exercício o servidor terá direito às férias, salvo
os servidores de apoio às atividades específicas do magistério, sujeitas ao calendário
escolar.

§ 2º As concessões das férias serão anotadas no assento individual do servidor.

§ 3º As férias serão concedidas por ato da autoridade competente, nos 12 (doze) meses
subseqüentes à data em que o servidor tiver adquirido o direito. (Redação dada pela Lei
nº 2667/2013)

§ 4º As férias poderão ser parceladas em até 02 (duas) etapas, desde que assim requeridas
pelo servidor e no interesse da Administração Pública, observada a escala organizada pelo
chefe imediato, não podendo cada uma das etapas ser inferior a 15 (quinze) dias.
(Redação acrescida pela Lei nº 2667/2013)

§ 5º Em caso de parcelamento, o servidor perceberá o valor do adicional de férias quando


do gozo do primeiro período. (Redação acrescida pela Lei nº 2667/2013)

§ 6º O servidor que parcelar as férias em duas etapas, deverá, obrigatoriamente, gozá-las


dentro do período de 12 (doze) meses subsequentes à data em que tiver adquirido o
direito. (Redação dada pela Lei nº 2745/2014)

§ 7º Feita a opção do período de férias o servidor não poderá modificá-la. (Redação


acrescida pela Lei nº 2667/2013)

§ 8º Será observado o interstício de no mínimo 90 (noventa) dias entre o gozo das etapas
das férias parceladas, nos termos do parágrafo 4º deste artigo, salvo se houver interesse
da Administração em contrário. (Redação acrescida pela Lei nº 2745/2014)

Sempre que as férias forem concedidas após o prazo do artigo anterior, haverá o
Art. 143.
pagamento em dobro da respectiva remuneração, pela Administração.

§ 1º A chefia imediata do servidor responderá administrativamente pelo acúmulo de férias


de seus subordinados.

§ 2º Constatado o acúmulo de férias não gozadas, fica o Órgão de Recursos Humanos,


autorizado a determinar sua fruição bem como o pagamento do respectivo adicional.

As faltas injustificadas ao serviço, no respectivo período aquisitivo, superiores a 32


Art. 144.
(trinta e dois) dias, determinarão a perda do direito às férias.
I - O servidor que tiver mais de 05 (cinco) dias de faltas, observar-se-ão os seguintes
critérios:

a) 30 (trinta) dias corridos quando não houver tido mais de 05 (cinco) faltas;
b) 24 (vinte e quatro) dias corridos quando houver tido de 06 a 14 faltas;
c) 18 (dezoito) dias corridos quando houver tido de 15 a 23 faltas;
d) 12 (doze) dias corridos quando houver tido de 24 a 32 faltas.

As férias serão gozadas de acordo com a escala organizada pela unidade


Art. 145.
administrativa competente.

As férias somente poderão ser interrompidas por motivo de calamidade pública,


Art. 146.
comoção interna, ou ainda por motivo de superior interesse público, mediante ato
fundamentado.

No cálculo do pagamento das férias, o servidor perceberá a remuneração que lhe


Art. 147.
for devida na data da sua concessão, além do valor correspondente da média das horas
extraordinárias apuradas ao longo do período aquisitivo das férias. (Redação dada pela Lei
nº 3135/2021)

§ 1º É facultado ao servidor converter 1/3 do período de férias, a que tiver direito, em


abono pecuniário, desde que o requeira com antecedência mínima de 30 dias a critério da
administração.

§ 2º Independentemente de solicitação, será pago ao servidor, por ocasião das férias, um


acréscimo, de 1/3 da remuneração correspondente ao período de gozo.

§ 3º No cálculo do abono pecuniário, será considerado o valor da remuneração que lhe


seria devida nos dias correspondentes.

§ 4º Ao servidor que exercer função gratificada ou ocupar cargo em comissão, a respectiva


vantagem será considerada no cálculo do adicional de 1/3.

§ 5º O pagamento da remuneração das férias será efetuado antes do início do respectivo


gozo, observando-se o disposto no § 1º do art. 142 desta Lei.

§ 6º A função de confiança não percebida intermitentemente durante todo o período


aquisitivo será computada proporcionalmente aos meses percebidos, observados os
valores atuais. (Redação acrescida pela Lei nº 3135/2021)

Sempre que o servidor usufruir as férias, poderá compensar o serviço


Art. 148.
extraordinário já acumulado em Banco de Horas de que trata o Plano de Cargos, Carreiras
e Vencimentos, de acordo com a necessidade do serviço de seu setor.

Art. 149. Perderá o direito às férias o servidor que, no período aquisitivo, houver gozado, de
forma ininterrupta ou não, os seguintes afastamentos ou licenças:

I - por motivo de doença em pessoa da família, por período superior a 60 (sessenta) dias;

II - para tratamento de saúde, por tempo superior a 180 (cento e oitenta) dias;

III - por acidente em serviço ou doença profissional, por período superior a 180 (cento e
oitenta) dias;

IV - compulsória por período superior a 180 (cento e oitenta) dias;

V - para serviço militar, por período superior a 30 (trinta) dias;

VI - para tratar de assuntos particulares, por período superior a 30 (trinta) dias;

VII - disposição funcional, sem remuneração, para órgão público não-vinculado à


Municipalidade, por período superior a 30 (trinta) dias;

VIII - para mandato eletivo, por período superior a 30 (trinta) dias;

IX - disponibilidade, por período superior a 30 (trinta) dias;

X - para acompanhamento do cônjuge ou companheiro, por período superior a 30 (trinta)


dias.

§ 1º Iniciar-se-á o decurso de novo período aquisitivo de férias quando o servidor, após o


implemento de qualquer das condições previstas neste artigo, retornar às atividades do
cargo.

§ 2º Ficará suspensa a contagem do período aquisitivo de férias enquanto perdurar as


licenças e afastamentos nos prazos previstos nos incisos deste artigo.

O servidor que opera direta e permanentemente com raios X ou substâncias


Art. 150.
radioativas, segundo laudo técnico, gozará de 40 (quarenta) dias de férias anuais, divididos
em 02 (dois) períodos de 20 (vinte) dias consecutivos, por semestre de atividade
profissional, proibida em qualquer hipótese, a acumulação ou conversão em pecúnia.

Parágrafo único. Na hipótese prevista neste artigo, o adicional de 1/3 (um terço) da
remuneração correspondente ao período de férias será pago uma única vez, sempre no
primeiro período de férias.

O servidor em regime de acumulação legal de cargos perceberá o adicional


Art. 151.
calculado sobre a remuneração dos cargos, cujos períodos aquisitivos lhe garantam o gozo
das férias.

Art. 152. No caso de exoneração, morte ou aposentadoria, o servidor ocupante de cargo


efetivo, em comissão ou destituído da função de confiança, fará jus à indenização das
férias vencidas e proporcionais.

§ 1º As férias proporcionais serão consideradas na proporção de 1/12 (um doze avos) por
mês de efetivo exercício do cargo ou função, ou fração igual ou superior a 15 dias de
exercício do cargo.

§ 2º Ao servidor efetivo destituído do cargo de confiança, a indenização proporcional que


trata o parágrafo anterior, será indenizada por ocasião da concessão das férias.

§ 3º A indenização será calculada com base na remuneração do mês em que for publicado
o respectivo ato.

Poderão ser concedidas férias coletivas a todos os servidores de uma ou mais


Art. 153.
secretarias e/ou seus setores desde que não tragam transtornos aos serviços essenciais
prestados aos munícipes em geral e à Administração Pública.

TÍTULO IV
DO VENCIMENTO E DA REMUNERAÇÃO

CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Vencimento é a retribuição pecuniária pelo exercício de cargo público, com valor


Art. 154.
fixado em Lei, reajustado periodicamente de modo a preservar o seu valor aquisitivo.

Parágrafo único. Nenhum servidor receberá a título de vencimento, importância inferior


ao salário mínimo nacional.

Remuneração é o vencimento do cargo, acrescido das vantagens pecuniárias


Art. 155.
permanentes ou temporárias, estabelecidos em lei.

§ 1º É assegurada a isonomia de vencimentos para cargos de atribuições idênticas,


ressalvadas as vantagens de caráter individual e as relativas à natureza do trabalho.

§ 2º O pagamento de qualquer vantagem de ordem pecuniária observará o princípio da


proporcionalidade entre seu valor integral e o período de efetivo exercício para a sua
aquisição, respeitando-se os prazos e carências previstos em lei, quando houver.

§ 3º O vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens de caráter permanente, é


irredutível.

Nenhum servidor poderá perceber, mensalmente, a título de remuneração,


Art. 156.
importância superior à soma dos valores percebidos como subsídio, em espécie, pelo
Prefeito do Município.
§ 1º Excluem-se do teto de remuneração as vantagens previstas nos incisos III do art. 184 e
II a IV do art. 197.

§ 2º A vedação prevista no "caput" deste artigo se aplica a soma dos cargos, quando
houver acumulação constitucionalmente permitida.

Art. 157. O servidor perderá:

I - a remuneração dos dias que faltar ao serviço sem justificativa;

II - a parcela da remuneração diária:

a) proporcionais aos atrasos injustificáveis;


b) por ausências sem prévia autorização.

§ 1º O sábado e domingo referem-se ao descanso semanal remunerado para os servidores


municipais.

§ 2º A remuneração mensal só sofrerá descontos quando a somatória dos atrasos


injustificáveis e saídas antecipadas no mês, ultrapassarem o limite máximo de 15 (quinze)
minutos na forma de regulamento.

§ 3º Para os efeitos de descontos, a jornada mensal de vencimento deve ser calculada aos
valores correspondentes ao minuto, hora e dia, conforme o caso, devendo processar-se na
mesma proporção do período de tempo a ser descontado.

Salvo por autorização legal, mandado judicial, decisão da Administração Pública em


Art. 158.
processo administrativo ou autorização do servidor, nenhum desconto incidirá sobre a
remuneração, provento ou pensão.

§ 1º Mediante autorização escrita do servidor, haverá consignação facultativa em folha de


pagamento em favor de entidade financeira conveniada, entidade sindical ou associação
de servidores que seja filiado.

§ 2º O total das consignações facultativas não poderá exceder a 30% (trinta por cento) da
remuneração, e o total das consignações compulsórias e facultativas não excederá a 50%
(cinquenta por cento) da remuneração, excluídas, em ambos os casos, as vantagens
pecuniárias de caráter extraordinário ou eventual. (Redação dada pela Lei nº 2745/2014)

§ 3º O Poder Executivo Municipal editará Decreto para regulamentar as consignações


facultativas e compulsórias em folha de pagamento. (Redação acrescida pela Lei
nº 2745/2014)

O recebimento indevido de benefício havido por fraude, dolo ou má-fé implicará


Art. 159.
devolução ao erário do total auferido, devidamente atualizado, sem prejuízo da ação penal
cabível.
§ 1º as reposições e indenizações ao erário serão descontadas em parcelas mensais,
atualizadas, não excedentes da décima parte da remuneração ou dos proventos.

§ 2º Independentemente do parcelamento previsto neste artigo, a percepção de quantias


indevidas poderá implicar processo disciplinar para apuração de responsabilidade.

O servidor em débito com o erário, que for demitido ou exonerado, ou que tiver a
Art. 160.
aposentadoria ou disponibilidade cassada, terá o prazo de até 120 (cento e vinte) dias para
liquidar o débito.

Parágrafo único. A não quitação do débito implicará a sua inscrição em dívida ativa.

O vencimento, a remuneração e o provento não serão objetos de arresto,


Art. 161.
seqüestro ou penhora, exceto nos casos de prestação de alimentos resultante de decisão
judicial.

A revisão geral da remuneração dos servidores públicos far-se-á através de lei,


Art. 162.
anual, sem distinção de índices e sempre na mesma data.

CAPÍTULO II
DAS VANTAGENS

Art. 163. Além do vencimento, poderão ser concedidas ao servidor as seguintes vantagens:

I - indenizações;

II - auxílios;

III - gratificações;

IV - adicionais;

V - abonos.

VI - salário família; (Redação dada pela Lei nº 3068/2020)

§ 1º As indenizações, os auxílios e o salário família não se incorporam ao vencimento ou ao


provento para qualquer efeito. (Redação dada pela Lei nº 3068/2020)

§ 2º As gratificações e os adicionais incorporam-se aos vencimentos ou proventos, nos


casos e condições previstos em lei.

§ 3º As indenizações, o auxílio transporte e o salário família não ficam sujeitos à


contribuição previdenciária e ao Imposto de Renda. (Redação dada pela Lei nº 3068/2020)
As vantagens pecuniárias não serão computadas, nem acumuladas para efeito de
Art. 164.
concessão de quaisquer outros acréscimos pecuniárias ulteriores, sob o mesmo título ou
idêntico fundamento.

SECÃO I

Das Indenizações

Art. 165. Constituem indenizações ao servidor:

I - ajuda de custo;

II - diárias;

III - adiantamento de despesas de viagens.

Parágrafo único. Os valores das indenizações e as condições para a sua concessão serão
estabelecidos em regulamentos.

Art. 166. A concessão de ajuda de custo impede a concessão de diária e vice-versa.

Subseção I da Ajuda de Custo

A ajuda de custo destina-se a compensar as despesas de transporte e instalação do


Art. 167.
servidor que, no interesse do serviço, passa a ter exercício em nova sede, com mudança de
residência em caráter permanente ou por determinado período de tempo, conforme
regulamento próprio.

A ajuda de custo não poderá exceder a importância correspondente a três vezes o


Art. 168.
valor da remuneração do servidor.

Não será concedida ajuda de custo ao servidor que se afastar da Sede ou a ela
Art. 169.
retornar, em virtude de mandato eletivo.

O servidor ficará obrigado a restituir a ajuda de custo quando, injustificadamente,


Art. 170.
não se apresentar na nova sede.

Parágrafo único. Não haverá obrigação de restituir a ajuda de custo nos casos de
exoneração de ofício ou de retorno por motivo de doença comprovada.

SUBSECÃO II
Das Diárias

Será concedida a título de diária ao servidor ocupante de cargo de provimento


Art. 171.
efetivo e em comissão que se deslocar da sede em caráter eventual ou transitório, no
interesse do serviço.
§ 1º As diárias de que trata o caput deste artigo, independem de prestação de conta e
destinam-se aos servidores da Administração Direta, Indireta, Autarquias e Fundacional
dos Poderes Executivo e Legislativo do Município de Ibiporã, para cobrir gastos diários de
viagem.

§ 2º Será fixado através de Lei por ato da autoridade competente de cada Poder, o valor
da diária e demais critérios e será pago ao servidor por dia de afastamento, sendo devida
pela metade quando a viagem não exigir pernoite.

Compreendem-se como despesas custeadas por diárias, as decorrentes de


Art. 172.
hospedagem, alimentação e outros pertinentes ao objetivo da viagem.

§ 1º Quando as despesas decorrentes com hospedagem e alimentação forem custeadas


pelo promotor do evento, não será devido à diária correspondente.

§ 2º O valor das diárias será reajustado através de lei, mediante ato da autoridade
competente de cada poder.

O servidor que receber diária e não se afastar da sede, por qualquer motivo fica
Art. 173.
obrigado a restituí-la integralmente, no prazo de 03 (três) dias.

Parágrafo único. Na hipótese do servidor retornar a sede em prazo menor do que o


previsto para o seu afastamento, restituirá as diárias recebidas em excesso, no prazo
previsto no caput.

Subseção III
Do Adiantamento Das Despesas de Viagem

Será concedido ao servidor da Administração Direta, Indireta, Autárquica e


Art. 174.
Fundacional dos Poderes Executivo e Legislativo do Município de Ibiporã, adiantamento
para custear despesas de viagem e locomoção com transporte, por rodovia, ferrovia, aérea
e fluvial, conforme dispuser o regulamento, baixado através de ato da autoridade
competente de cada Poder.

§ 1º O adiantamento consiste na entrega de numerário, procedido de empenho prévio,


mediante posterior prestação de contas, com documentos comprobatórios, e somente
para despesas previstas no caput deste artigo.

§ 2º A solicitação de adiantamento deverá indicar o seu responsável, a unidade onde


deverá ocorrer a despesa, o valor, o dispositivo legal, o prazo de aplicação, o local e
destino e o fim ao qual se destina o adiantamento.

Seção II
Dos Auxílios Subseção i Das Disposições Gerais
Art. 175. Serão concedidos ao servidor os seguintes auxílios pecuniários:

I - auxílio-transporte;

II - auxílio alimentação. (Redação dada pela Lei nº 3043/2020)

III - auxílio doença; (Redação acrescida pela Lei nº 3068/2020)

IV - auxílio maternidade. (Redação acrescida pela Lei nº 3068/2020)

Será concedida ao dependente o auxílio pecuniário auxílio reclusão. (Redação


Art. 175-A
acrescida pela Lei nº 3068/2020)

Subseção II
Do Auxílio-transporte

O auxílio-transporte será concedido ao servidor para a utilização efetiva em


Art. 176.
despesas de deslocamento da residência para o trabalho e do trabalho para a residência.

A concessão do auxílio-transporte fica condicionada ao preenchimento de


Art. 177.
formulário específico, estabelecido em regulamento.

O auxílio-transporte será devido somente aos servidores residentes em municípios


Art. 178.
integrados pelo transporte coletivo urbano e metropolitano e, desde que, sua residência
se localize:

I - há mais de 03 (três) quilômetros do respectivo local de trabalho;

II - há mais de 03 (três) quilômetros do local em que está situado o ponto de ônibus mais
próximo com destino a Ibiporã, quando residente em outro Município e for necessário
utilizar mais de um ônibus no deslocamento residência-trabalho ou vice versa.

O custo mensal com transporte será calculado com base nas tarifas vigentes no
Art. 179.
respectivo transporte coletivo, urbano ou metropolitano, considerando o número de
viagens diárias e o total de dias trabalhados no mês.

§ 1º O município participará dos gastos de deslocamento do servidor com a ajuda de custo


equivalente à parcela que exceder a 6% (seis por cento) do vencimento básico do servidor

§ 2º O auxílio-transporte será pago em código específico, na folha de pagamento do mês


anterior ao de referência.

O uso indevido de auxílio transporte constitui falta grave sujeito à penalidade


Art. 180.
administrativa.

Art. 181. O auxílio transporte possui natureza indenizatória, não se incorpora aos
vencimentos do servidor para quaisquer efeitos e não se sujeita a contribuição
previdenciária e ao Imposto de Renda. (Redação dada pela Lei nº 2823/2016)

O tempo despendido pelo servidor até o local de trabalho e para seu retorno, por
Art. 182.
qualquer meio de transporte, não será computado na jornada de trabalho, salvo quando
se tratar de local de difícil acesso ou se não existir serviço de transporte público, e se o
empregador fornecer o transporte, conforme regulamentação específica.

Subseção III
subseção Iii
Do Auxílio Alimentação (Redação dada pela Lei nº 3043/2020)

Será concedido auxílio alimentação ao servidor, e ao servidor detentor de emprego


Art. 183.
público do Município, mensalmente, em código específico na respectiva folha de
pagamento. (Redação dada pela Lei nº 3043/2020)

§ 1º O valor do auxílio e o servidor que terá direito a recebê-lo, será o constante no Plano
de Cargos, Carreiras e Vencimentos e será reajustado na mesma época e percentual
aplicado as tabelas de vencimentos.

§ 2º O auxílio alimentação possui natureza indenizatória, não se incorpora aos


vencimentos do servidor para quaisquer efeitos e não se sujeita a contribuição
previdenciária e ao Imposto de Renda (Redação dada pela Lei nº 3043/2020)

§ 3º As demais especificações de que trata o caput deste artigo serão regulamentadas


através de decreto do Chefe do Poder Executivo.

Subseção IV
Do Auxílio Doença (Redação acrescida pela Lei nº 3068/2020)

Será concedido ao servidor da Administração Direta, Indireta, Autárquica e


Art. 183-A
Fundacional dos Poderes Executivo e Legislativo do Município de Ibiporã, o auxílio doença,
conforme previsto na Seção III que trata da Licença para Tratamento da Própria Saúde
desta lei. (Redação acrescida pela Lei nº 3068/2020)

Subseção V
Do Auxílio Maternidade (Redação acrescida pela Lei nº 3068/2020)

Será concedida a servidora da Administração Direta, Indireta, Autárquica e


Art. 183-B
Fundacional dos Poderes Executivo e Legislativo do Município de Ibiporã, o auxílio salário
maternidade, conforme previsto na seção IV que trata Da Licença à Gestante, à Adotante e
à Paternidade. (Redação acrescida pela Lei nº 3068/2020)

Subseção VI
Do Auxílio Reclusão (Redação acrescida pela Lei nº 3068/2020)
O auxílio-reclusão será concedido aos dependentes do servidor recolhido à prisão
Art. 183-C
que não perceba remuneração dos cofres públicos, nem esteja em gozo de auxílio-doença
ou de aposentadoria, desde que a última remuneração do cargo efetivo seja igual ou
inferior ao valor estabelecido pelo Regime Geral de Previdência Social.

§ 1º O auxílio-reclusão consistirá numa importância mensal correspondente à última


remuneração do cargo efetivo do servidor recluso, observado o limite definido como de
baixa renda.

§ 2º O valor limite referido no caput será corrigido pelos mesmos índices aplicados aos
benefícios do RGPS.

§ 3º O benefício de auxílio reclusão será devido aos dependentes do servidor recluso a


partir da data em que o segurado preso deixar de receber remuneração decorrente do seu
cargo, e será pago enquanto o servidor for titular do respectivo cargo efetivo.

§ 4º O auxílio reclusão será rateado em cotas-partes iguais entre os dependentes do


segurado.

§ 5º Na hipótese de fuga do segurado, o benefício será restabelecido a partir da data da


recaptura ou da reapresentação à prisão, nada sendo devido aos seus dependentes
enquanto estiver o segurado evadido e durante o período da fuga.

§ 6º Para a instrução do processo de concessão deste benefício, além da documentação


que comprovar a condição de segurado e de dependentes, serão exigidos:

I - documento que certifique o não pagamento da remuneração ao segurado pelos cofres


públicos, em razão da prisão; e

II - certidão emitida pela autoridade competente sobre o efetivo recolhimento do


segurado à prisão e o respectivo regime de cumprimento da pena, sendo tal documento
renovado trimestralmente.

§ 7º Caso o segurado venha a ser ressarcido com o pagamento da remuneração


correspondente ao período em que esteve preso, e seus dependentes tenham recebido
auxílio-reclusão, o valor correspondente ao período de gozo do benefício deverá ser
restituído aos dos entes no qual o servidor está vinculado pelo segurado ou por seus
dependentes, aplicando-se os juros e índices de atualização até a efetiva devolução.

§ 8º Aplicar-se-ão ao auxílio-reclusão, no que couberem, as disposições atinentes à pensão


por morte. § 9º Se o segurado preso vier a falecer na prisão, o benefício de auxílio reclusão
será convertido em pensão por morte. (Redação acrescida pela Lei nº 3068/2020)

Seção III
Das Gratificações Subseção i Das Disposições Gerais
Além do vencimento e das vantagens previstas nesta lei, serão atribuídas, na forma
Art. 184.
da lei ou do regulamento, as seguintes gratificações:

I - pelo exercício de função de confiança;

II - pelo encargo de membros de comissão de natureza técnica administrativa;

III - natalina.

Subseção II
Da Gratificação Pelo Exercício de Função de Confiança

O servidor ocupante de cargo de provimento efetivo poderá exercer função de


Art. 185.
confiança, em caráter provisório, compatível com a natureza do respectivo cargo, quando
designado pela autoridade competente e que não justifique a criação de cargos. (Redação
dada pela Lei nº 2908/2017)

§ 1º A denominação das funções de confiança constante do caput deste artigo


corresponde:

I - Direção intermediária, diretamente subordinada ao secretário municipal respectivo ou


autoridade do mesmo nível hierárquico;

II - Assessoramento em serviços técnicos, administrativos, ou científicos, diretamente


subordinado ao secretário municipal respectivo ou autoridade do mesmo nível
hierárquico;

III - Coordenação de unidade administrativa de equipe de trabalho ou serviços,


diretamente subordinados à direção intermediária.

§ 2º O preenchimento das funções de confiança será em conformidade com a estrutura


dos órgãos, unidades e serviços institucionais, conforme legislação pertinente.

§ 3º O Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos - PCCV estabelecerá os valores e critérios


das gratificações pelo exercício da função de confiança.

§ 4º O valor da gratificação constitui vantagem acessória aos vencimentos e será


percebido cumulativamente com estes.

§ 5º O servidor não perderá a remuneração da gratificação quando do impedimento de


seu exercício em decorrência de concessões, afastamentos, licenças e demais casos com
previsão em Lei em que haja a garantia da contagem do tempo de serviço e da percepção
da remuneração.

Ressalvado o caso de substituição, o servidor não pode exercer, simultaneamente,


Art. 186.
mais de uma função de chefia, bem como receber cumulativamente vantagens pecuniárias
da mesma natureza.

O servidor poderá optar, por escrito, pelo recolhimento da contribuição


Art. 187.
previdenciária sobre a gratificação de função de confiança, para fins de aposentadoria ou
pensão, conforme legislação previdenciária.

Subseção III
Da Gratificação Pelo Encargo de Membro de Comissão de Natureza Técnico Administrativo

O servidor ocupante de cargo de provimento efetivo, quando designado pela


Art. 188.
autoridade competente para participar como membro em comissão de natureza técnico
administrativo, que embora atenda o interesse público, e sejam alheias as atribuições do
cargo efetivo ou em condições anormais do regular exercício, fará jus a uma gratificação
pelo encargo, cujo valor será fixado no próprio ato que designar o servidor e as demais
especificações serão fixadas em regulamento próprio. (Redação dada pela Lei
nº 3135/2021)

§ 1º A participação do servidor na comissão de natureza técnica administrativa para o


serviço público depende de sua anuência expressa, ressalvado a designação para comissão
prevista no art. 264 desta lei.

§ 2º É permitido ao servidor receber cumulativamente pela participação em até duas


comissões.

O pagamento do adicional referido no caput deste artigo será devido mensalmente


Art. 189.
enquanto permanecer o fato gerador.

Caso haja faltas injustificadas do servidor nos trabalhos da comissão, haverá


Art. 190.
recebimento proporcional aos dias trabalhados.

A gratificação por participação em comissões não tem natureza de vencimentos,


Art. 191.
nem se incorpora à remuneração para quaisquer efeitos, não constitui base de incidência
de contribuição previdenciária possuindo, assim, caráter meramente indenizatório.
(Redação dada pela Lei nº 3135/2021)

Dependendo da natureza técnica administrativa dos trabalhos a serem executados


Art. 192.
pelos participantes da Comissão, eles deverão receber treinamento e capacitação
adequada para o desempenho dos trabalhos.

Subseção IV da Gratificação Natalina

A gratificação natalina corresponde a 1/12 (um doze avos) da remuneração a que o


Art. 193.
servidor ativo fizer jus no mês de dezembro, por mês de exercício no respectivo ano.

§ 1º A fração igual ou superior a 15 (quinze) dias será considerada como mês integral.
§ 2º Ao servidor inativo e ao pensionista será paga igual gratificação em valor equivalente
aos respectivos proventos.

§ 3º A gratificação será paga até o dia 20 do mês de dezembro de cada ano.

§ 4º A gratificação natalina será considerada, para fins contributivos separadamente da


remuneração de contribuição relativa ao mês em que for pago.

§ 5º A gratificação natalina não será considerada para cálculo de qualquer vantagem


pecuniária.

§ 6º Será computada integralmente a média das horas de serviços extraordinários


realizados durante o ano, as quais deverão ser somadas ao valor da gratificação natalina.
(Redação acrescida pela Lei nº 3135/2021)

§ 7º Será computada integralmente a média das horas de aulas extraordinárias previstas


ao magistério realizadas durante o ano, as quais deverão ser somadas ao valor da
gratificação natalina. (Redação acrescida pela Lei nº 3135/2021)

A gratificação natalina estende-se aos ocupantes de cargo de provimento


Art. 194.
temporário.

O servidor ocupante de cargo permanente ou temporário quando exonerado ou


Art. 195.
demitido, perceberá sua gratificação natalina proporcionalmente aos meses de efetivo
exercício, calculada sobre a remuneração do mês da exoneração ou demissão.

Seção IV
Dos Adicionais Subseção i Das Disposições Gerais

Os adicionais são vantagens pecuniárias concedidas aos servidores efetivos em


Art. 196.
razão do tempo de exercício ou em face da natureza peculiar das atribuições do cargo,
assim como relativas ao local ou condições de trabalho.

Art. 197. Conceder-se-ão aos servidores os seguintes adicionais:

I - por tempo de serviço;

II - de periculosidade ou insalubridade;

III - por serviços extraordinários;

IV - noturno;

V - por trabalhos especiais.

Subseção II
Do Adicional Por Tempo de Serviço

O adicional por tempo de serviço será concedido aos servidores ocupantes de


Art. 198.
cargos de provimento efetivo, à razão de 1% (um por cento), não cumulativo, para cada
ano de efetivo exercício do serviço público municipal, independente do cargo ocupado e
sob o regime estatutário.

§ 1º O pagamento do adicional por tempo de serviço incidirá sobre o vencimento básico


do cargo que seja ocupante.

§ 2º Na concessão do adicional por tempo de serviço, não será considerado o tempo de


serviço prestado por ex-servidor, seja no Regime Estatutário, Consolidação das Leis do
Trabalho, ou em quaisquer outras formas, salvo as mudanças de cargo, desde que não
haja interrupção do vínculo com a mesma Instituição.

§ 3º O servidor que, nos termos desta lei, exercer cumulativamente outro cargo efetivo,
terá direito ao adicional em relação aos dois cargos, computado individualmente.

§ 4º Para cálculo do adicional não serão computadas quaisquer parcelas pecuniárias, ainda
que incorporadas ao vencimento para outros efeitos legais, exceto se já houver outra
definição de vencimento prevista em lei.

Não será considerado no cálculo do adicional previsto no artigo anterior, o tempo


Art. 199.
em que o servidor estiver afastado em virtude de:

I - licença por motivo de doença em pessoa da família, sem remuneração;

II - licença para tratar de interesses particulares;

III - disposição funcional para exercício em órgão não-vinculado à Municipalidade, sem


remuneração;

IV - licença por motivo de acompanhamento do cônjuge ou companheiro;

V - licença para concorrer a mandato eletivo, sem remuneração.

Art. 200. O adicional será devido a partir do mês em que o servidor completar o anuênio.

Parágrafo único. O adicional por tempo de serviço incorpora-se aos proventos de


aposentadoria e dele incidirão contribuição previdenciária.

Subseção III
Dos Adicionais de Insalubridade ou Periculosidade

Os servidores que trabalham com habitualidade em atividades e operações


Art. 201.
insalubres ou perigosas, fazem jus ao adicional sobre o vencimento do cargo efetivo.
§ 1º O exercício eventual e não permanente de atividades consideradas insalubres ou
perigosas, não gera direito à percepção do adicional de insalubridade ou de
periculosidade. (Redação dada pela Lei nº 2886/2017)

§ 2º O direito do servidor ao adicional de insalubridade ou ao adicional de periculosidade


cessará, ou terá seu grau alterado:

I - com a eliminação, neutralização ou redução do risco à sua saúde ou integridade física


aos níveis de tolerância, conforme avaliação técnica realizada por profissionais habilitados;

II - com a transferência do servidor para outro local de trabalho não considerado insalubre
ou perigoso;

III - quando detectado pela Secretaria Municipal de Administração a não realização pelo
servidor de atividades insalubres ou perigosas. (Redação acrescida pela Lei nº 2886/2017)

§ 3º Serão aplicáveis para efeitos de caracterização de insalubridade e periculosidade as


Normas Regulamentadoras expedidas pelo Ministério do Trabalho e Emprego. (Redação
acrescida pela Lei nº 2886/2017)

São consideradas atividades ou operações insalubres aquelas que, por sua


Art. 202.
natureza, métodos ou condições de trabalho, exponham os servidores a agentes nocivos à
saúde, acima dos limites de tolerância fixada, em razão da natureza e intensidade do
agente, nos termos da legislação federal específica.

Parágrafo único. O adicional de insalubridade somente será devido aos servidores que, no
exercício habitual e permanente de suas atividades ou funções, estiverem
comprovadamente expostos às condições previstas no caput deste Artigo. (Redação
acrescida pela Lei nº 2886/2017)

São consideradas atividades ou operações perigosas àquelas que, por sua natureza,
Art. 203.
condições ou métodos de trabalho, impliquem no contato permanente com inflamáveis,
sistema elétrico de potência, geração, transmissão e medição, radiações ionizantes,
explosivos e no uso habitual de motocicleta. (Redação dada pela Lei nº 2886/2017)

§ 1º O adicional de periculosidade somente será devido aos servidores que, no exercício


habitual e permanente de suas atividades ou funções, estiverem comprovadamente
expostos às condições previstas no caput deste Artigo. (Redação acrescida pela Lei
nº 2886/2017)

§ 2º Para efeito de pagamento de adicional de periculosidade na utilização de motocicleta


deverá haver habitualidade. (Redação acrescida pela Lei nº 2886/2017)

§ 3º A apuração da utilização de motocicleta na planilha de acompanhamento diário de


veículos deverá ser submetida à criteriosa análise de quilometragem rodada, atrelada à
ordem de serviço ou motivação específica que deu ensejo ao deslocamento. (Redação
acrescida pela Lei nº 2886/2017)

§ 4º Não será considerado para efeito de pagamento de adicionais de periculosidade em


virtude de utilização de motocicleta o itinerário de deslocamento do servidor que vier de
sua residência para o trabalho, bem como retorno. (Redação acrescida pela Lei
nº 2886/2017)

As atividades ou operações, o fator de insalubridade e o de periculosidade, sua


Art. 204.
caracterização, freqüência, graus de risco e limites de tolerância, bem como a
possibilidade e a forma de sua supressão, total ou parcial, serão apuradas pelo órgão
municipal competente, através de laudos técnicos.

Os adicionais de insalubridade e periculosidade serão devidos somente após a


Art. 204 A -
publicação do laudo técnico das condições ambientais de trabalho, mediante autorização
do Secretário Municipal de Gestão de Pessoas. (Redação acrescida pela Lei nº 2886/2017)

Verificada a existência de atividade insalubre ou perigosa, o órgão de que trata o


Art. 205.
artigo anterior determinará, para a eliminação ou atenuação do risco, conforme o caso, as
seguintes providências:

a) medidas de segurança e alterações necessárias no local de trabalho;


b) utilização de equipamento de proteção individual e coletiva pelos servidores expostos
ao risco;
c) exame médico, para avaliação da capacidade laborativa do servidor, podendo propor o
seu remanejamento;
d) programas de saúde ocupacional;
e) emissão de regulamentação específica;
f) outras medidas que, justificadamente, se fizerem necessárias.

No caso de não ser eliminado o risco à saúde ou à integridade do servidor, pelas


Art. 206.
providências previstas no artigo anterior, caberá o pagamento do adicional de
insalubridade ou periculosidade.

De acordo com o grau de insalubridade, mínimo, médio ou máximo, a que o


Art. 207.
servidor estiver exposto, o percentual do adicional será fixado, respectivamente, em 10%
(dez por cento), 20% (vinte por cento) ou 40% (quarenta por cento) do vencimento básico
do servidor.

Pelo exercício de atividades ou operações perigosas o servidor receberá o adicional


Art. 208.
no percentual de 30% (trinta por cento) do vencimento básico do servidor.

É vedada a percepção cumulativa do adicional de insalubridade com o adicional de


Art. 209.
periculosidade.

Parágrafo único. Se o local for insalubre e perigoso, será pago ao servidor o percentual de
maior valor.

Haverá permanente controle da atividade de servidor em operações ou locais


Art. 210.
considerados insalubres ou perigosos.

§ 1º Os locais de trabalho e os servidores que operam com raios X ou substâncias


radioativas, devem ser mantidos sob controle permanente, de modo que as doses de
radiação ionizantes não ultrapassem o nível máximo previsto na legislação própria.

§ 2º A servidora gestante ou lactante deverá ser afastada, enquanto durar a gestação e a


lactação, das operações e locais previstos neste artigo, exercendo suas atividades em local
salubre e em serviço não perigoso.

O servidor poderá optar pelo recolhimento da contribuição previdenciária sobre o


Art. 211.
adicional de insalubridade ou periculosidade, para fins de aposentadoria ou pensão,
conforme legislação previdenciária.

A falta de uso dos equipamentos de proteção individual deverá ser aplicada


Art. 212.
penalidade ao servidor.

Subseção IV do Adicional Por Serviço Extraordinário

Compreende-se como serviço extraordinário aquele executado após a jornada


Art. 213.
normal de trabalho.

O serviço extraordinário será remunerado da seguinte forma, em relação à hora


Art. 214.
normal de trabalho:

I - em dias de expediente normal, sábados e pontos facultativos com acréscimo de 50%


(cinqüenta por cento);

II - aos domingos e feriados com acréscimo de 100% (cem por cento).

§ 1º O cálculo da hora extraordinária será obtido dividindo-se o vencimento básico mensal


do servidor pelo total de sua carga horária mensal, acrescido do respectivo adicional.

§ 2º Para o efeito deste artigo só será considerado como serviço extraordinário àquele que
exceder a jornada legal prevista para o respectivo cargo, segundo as normas estabelecidas
nesta Lei e em regulamentação específica.

Será caracterizado como serviço extraordinário aquele realizado após o 15º


Art. 215.
(décimo quinto) minuto da jornada diária normal do servidor, mediante autorização prévia
emitida pela chefia imediata.

Parágrafo único. Não será permitida a simples compensação de hora/dia para efeitos de
abono dos atrasos diários.
Não fará jus ao pagamento de serviço extraordinário o servidor ocupante de cargo
Art. 216.
em comissão.

Somente será permitido serviço extraordinário para atender a situações


Art. 217.
excepcionais e temporárias, respeitado o limite máximo de duas horas diárias.

§ 1º O serviço extraordinário previsto neste artigo será precedido de autorização prévia e


expresso, pela chefia imediata que justificará o ato por escrito.

§ 2º A prestação de serviço extraordinário sem o atendimento aos requisitos expostos no


parágrafo anterior não comprometerá o direito do servidor perceber a remuneração pelo
serviço extraordinário com o respectivo adicional, desde que seja comprovado a real
necessidade da prestação do serviço.

§ 3º Fica resguardada a apuração de infração funcional, caso seja constatado que a


prestação de serviço extraordinário realizado pelo servidor se deu sem anuência de
qualquer chefia e sem comprovação da real necessidade da prestação do serviço.

Subseção V do Adicional Noturno

O serviço noturno, prestado em horário compreendido entre 22 (vinte e duas)


Art. 218.
horas de um dia e 05 (cinco) horas do dia seguinte, terá o valor - hora acrescido de vinte e
cinco por cento, computando-se cada hora como de cinqüenta e dois minutos e trinta
segundos.

Parágrafo único. Em se tratando de serviço extraordinário, o acréscimo de que trata este


artigo incidirá sobre a remuneração prevista no art. 214.

Subseção VI (revogada Tacitamente Pela Lei nº 2525/2012)

Art. 219 (Revogado pela Lei nº 2525/2012)

Seção V
Dos Abonos

É permitida a concessão de abonos, desde que estabelecidos por Lei, que poderão
Art. 220.
ser ou não incorporados aos respectivos vencimentos, segundo o que dispuser a legislação
que os instituir.

Seção VI
Do Salário Família (Redação acrescida pela Lei nº 3068/2020)

Será devido o salário família, em cotas mensais, ao segurado que receba


Art. 220-A
remuneração mensal igual ou inferior ao valor estabelecido pelo Regime Geral de
Previdência Social, na proporção do número de filhos e equiparados, nos termos do art.
69, de até 14 (quatorze) anos ou inválidos.

Parágrafo único. A invalidez do filho ou equiparado maior de quatorze anos de idade dever
ser comprovada por laudo médico pericial. (Redação acrescida pela Lei nº 3068/2020)

O valor da cota do salário família por filho ou equiparado de qualquer condição


Art. 220-B
deve seguir os mesmos parâmetros usados pelo Regime Geral de Previdência Social que
esteja em vigor e o pagamento é de responsabilidade dos entes no qual o servidor está
vinculado. (Redação acrescida pela Lei nº 3068/2020)

Quando pai e mãe forem segurados do RPPS, ambos terão direito ao salário-
Art. 220-C
família. (Redação acrescida pela Lei nº 3068/2020)

O pagamento do salário família ficará condicionado à apresentação da certidão de


Art. 220-D
nascimento do filho ou da documentação relativa ao equiparado ou ao inválido, e à
apresentação anual de atestado de vacinação obrigatória e de comprovação de freqüência
à escola do filho ou equiparado.

§ 1º A não apresentação anual de atestado de vacinação obrigatória e de comprovação de


freqüência à escola do filho ou equiparado implicará na suspensão do benefício, até que a
documentação seja apresentada.

§ 2º Não será devido o salário família no período entre a suspensão do benefício motivada
pela falta de comprovação da freqüência escolar e a sua reativação.

§ 3º As cotas de salário família não serão incorporadas, para qualquer efeito, à


remuneração ou ao benefício.

§ 4º O direito ao salário família cessa:

I - por morte do filho ou equiparado, a contar do mês seguinte ao do óbito;

II - quando o filho ou equiparado completar 14 (quatorze) anos de idade, salvo se inválido,


a contar do mês seguinte ao da data do aniversário;

III - pela recuperação da capacidade do filho ou equiparado inválido, a contar do mês


seguinte ao da cessação da incapacidade; ou

IV - pela exoneração, demissão ou falecimento do servidor. (Redação acrescida pela Lei


nº 3068/2020)

CAPÍTULO III
DAS ACUMULAÇÕES REMUNERADAS

Seção Única
Das Disposições Gerais
Resguardados os casos expressos na Constituição Federal, é vedada a acumulação
Art. 221.
remunerada de cargos públicos.

§ 1º A proibição de acumular estende-se a cargos, empregos e funções em autarquias,


fundações públicas, empresas públicas, sociedades de economia mista da União, do
Distrito Federal, dos Estados, dos Territórios e dos Municípios.

§ 2º A acumulação de cargos, ainda que lícita, fica condicionada à comprovação da


compatibilidade de horários.

§ 3º O servidor não poderá exercer mais de um cargo em comissão, exceto no caso


previsto no § 4º do art. 9º desta lei.

O servidor aposentado, quando no exercício de mandato eletivo ou de cargo em


Art. 222.
comissão ou quando contratado para prestação de serviços públicos, perceberá a
remuneração dessa atividade cumulativamente com os proventos de aposentadoria.

Parágrafo único. Considera-se acumulação proibida a percepção de vencimento de cargo


ou emprego público efetivo com proventos da inatividade, salvo quando os cargos de que
decorram essas remunerações forem acumuláveis na atividade.

Constatado em processo disciplinar, a acumulação irregular e proibida de cargos,


Art. 223.
desde que provada boa-fé e ausência de dolo, o servidor fará opção por um dos cargos.

§ 1º Provada má-fé o servidor perderá o cargo e restituirá o que tiver recebido


indevidamente.

§ 2º Ocorrendo reincidência de acumulação irregular e proibida, o servidor será demitido e


não poderá ser investido em cargo público pelo prazo de 05 (cinco) anos.

TÍTULO V
DO REGIME DISCIPLINAR

CAPÍTULO I
DAS RESPONSABILIDADES

Seção Única
Das Disposições Gerais

Todo servidor responde civil, penal e administrativamente pelo exercício irregular


Art. 224.
de suas atribuições.

A responsabilidade civil decorre de ato omissivo, comissivo, doloso ou culposo, que


Art. 225.
resulte em prejuízo ao erário ou a terceiros no exercício do cargo ou função.
§ 1º A indenização de prejuízo dolosamente causado ao erário somente será liquidada na
forma prevista no artigo 159 na falta de outros bens que assegurem a execução do débito
pela via judicial.

§ 2º Tratando-se de dano causado a terceiros, responderá o servidor perante a Fazenda


Pública, em ação regressiva.

§ 3º A obrigação de reparar o dano estende-se aos sucessores e contra eles será


executada, até o limite do valor da herança recebida.

A responsabilidade penal abrange os crimes e contravenções imputadas ao


Art. 226.
servidor, nessa qualidade.

As responsabilidades civil, penal e administrativa poderão cumular-se, sendo


Art. 227.
independentes entre si.

A responsabilidade civil ou administrativa do servidor será afastada no caso de


Art. 228.
absolvição criminal que negue a existência material do fato ou a sua autoria.

CAPÍTULO II
DOS DEVERES, DAS PROIBIÇÕES, DAS FALTAS GRAVES E DAS PENALIDADES

Seção I
Dos Deveres

Art. 229. São deveres do servidor:

I - exercer com zelo e dedicação as atribuições do cargo;

II - ser leal às instituições a que servir;

III - cumprir as ordens superiores, exceto quando manifestamente ilegais ou que coloquem
em risco a segurança própria ou de terceiros;

IV - atender com presteza:

a) ao público em geral, prestando as informações requeridas, ressalvadas às protegidas


por sigilo;
b) a expedição de certidões requeridas para defesa de direito ou esclarecimento de
situações de interesse pessoal;
c) às requisições para a defesa da Fazenda Pública.

V - manter espírito de cooperação e solidariedade com os companheiros de trabalho;

VI - zelar pela economia de material e pela conservação do patrimônio público;


VII - apresentar-se convenientemente trajado ou com uniforme confeccionado às
expensas do Município, quando for exigido;

VIII - atender prontamente, com preferência sobre qualquer outro serviço, às requisições
de documentos, informações ou providências que forem solicitadas pelas autoridades
judiciárias e administrativas, para defesa do Município, em juízo ou fora dele;

IX - observar e estar atualizado com as leis, os regulamentos, os regimentos, as instruções


e as ordens de serviços que digam respeito às funções por ele exercidas;

X - levar ao conhecimento da autoridade superior as irregularidades de que tiver ciência


em razão do cargo;

XI - guardar sigilo sobre assuntos da repartição, sobre despachos, decisões e providências


da administração;

XII - ser assíduo e pontual ao serviço, inclusive comparecendo à repartição em horário


extraordinário, quando convocado, de acordo com a disponibilidade do servidor;

XIII - tratar com urbanidade as pessoas;

XIV - freqüentar cursos regularmente constituídos para o aperfeiçoamento pessoal quando


determinados pela Administração;

XV - representar contra ilegalidade, omissão ou abuso de poder;

XVI - usar os equipamentos de proteção individual quando exigidos e fornecidos pela


Administração.

Seção II
Das Proibições

Art. 230. Ao servidor é proibido:

I - ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia autorização do chefe imediato;

II - deixar de comparecer ao serviço sem causa justificável;

III - retirar, sem prévia anuência da autoridade competente, qualquer documento ou


objeto da repartição;

IV - recusar fé a documento público;

V - opor resistência injustificada à tramitação de documento, processo ou à execução do


serviço;
VI - promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto da repartição;

VII - referir-se de modo depreciativo ou desrespeitoso às autoridades públicas ou aos atos


do Poder Público, mediante manifestação escrita ou oral;

VIII - constranger outro servidor no sentido de filiação à associação profissional, sindical ou


partido político;

IX - exercer atividades particulares ou incompatíveis com o exercício do cargo ou função


em horário de trabalho;

X - exercer o comércio entre os companheiros de serviço;

XI - manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função de confiança cônjuge,


companheiro ou parente até o terceiro grau civil;

XII - atuar, como procurador ou intermediário, junto às repartições públicas, salvo quando
se tratar de percepção de remuneração, benefícios previdenciários ou assistenciais de
parentes até o terceiro grau, de cônjuge ou companheiro;

XIII - cometer a outro servidor atribuições estranhas às do cargo que ocupa, exceto em
situações transitórias e de emergência;

XIV - atrasar freqüentemente e sem justificativas;

XV - manter conduta incompatível com a moralidade administrativa;

XVI - cometer à pessoa estranha à repartição, fora dos casos previstos em lei, o
desempenho de atribuição que seja de sua responsabilidade ou de seu subordinado;

XVII - exercer funções de direção ou de gerência de empresas bancárias, industriais ou de


sociedades comerciais que mantenham relações comerciais ou administrativas com o
Município, seja por estas subvencionadas ou estejam diretamente relacionadas com a
finalidade da repartição ou serviço em que esteja lotado, podendo, tão somente, ser
acionista, quotista ou comandatário;

XVIII - utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em serviços ou atividades


particulares;

XIX - apresentar denúncia falsa ou infundada contra servidor público, Administração


Pública ou terceiros;

XX - incontinência de conduta ou mau procedimento no local de trabalho;

XXI - negociação habitual por conta própria ou alheia sem permissão da Administração
Municipal e quando constituir ato de concorrência à empresa para a qual trabalha o
empregado ou for prejudicial ao serviço;

XXII - comparecer embriagado ou usar de substâncias psicoativos no trabalho;

XXIII - prática constante de jogos de azar no ambiente de trabalho;

XXIV - praticar atos de indisciplina e insubordinação;

XXV - praticar ato lesivo da honra e da boa fama no serviço contra qualquer pessoa;

XXVI - recusar a submeter à inspeção médica determinada pela autoridade competente.

Seção III
Das Faltas Graves do Servidor

Art. 231. São faltas graves cometidas pelo servidor:

I - ato de improbidade;

II - fatos descritos como Crimes contra a Administração no Código Penal Brasileiro;

III - receber propina, comissão, presente ou vantagem de qualquer espécie, em razão de


suas atribuições ou pela promessa de realizá-las;

IV - praticar usura, sob qualquer de suas formas;

V - praticar atos de sabotagem contra o serviço público;

VI - condenação criminal do servidor por qualquer crime ou contravenção, transitada em


julgado, caso não tenha havido suspensão da execução da pena ou substituição da pena
por restritiva de direitos;

VII - desídia no desempenho das respectivas funções;

VIII - abandono de cargo que é a ausência intencional do servidor ao serviço, sem causa
justificada, por mais de 30 (trinta) dias consecutivos;

IX - inassiduidade habitual, que é a falta ao serviço do servidor por 60 (sessenta) dias


alternados, sem causa justificada, durante o período de 12 (doze meses);

X - ofensa física em serviço a servidor ou a particular, salvo em legítima defesa própria ou


de outrem;

XI - acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas;

XII - corrupção e lesão aos cofres públicos;


XIII - dilapidação do patrimônio público.

O descumprimento dos incisos previstos nos artigos 229, 230 e 231, deverá ser
Art. 232.
comunicado por escrito pela chefia imediata ou por qualquer servidor que tenha
conhecimento, ao órgão de Recursos Humanos.

§ 1º O servidor que tiver ciência de irregularidade no serviço público é obrigado a


comunicar o Departamento de Recursos Humanos, sob pena de responder administrativa
e criminalmente.

§ 2º A representação de que trata o inciso XV do art. 229 será encaminhada pela via
hierárquica e apreciada pela autoridade superior àquela contra a qual é formulada,
assegurando-se ao representando ampla defesa.

CAPÍTULO III
DAS PENALIDADES

Art. 233. São penalidades disciplinares:

I - advertência;

II - repreensão;

III - suspensão;

IV - multa;

V - demissão;

VI - cassação da aposentadoria ou da disponibilidade;

VII - destituição de cargo comissionado ou da função de confiança. (Redação dada pela Lei
nº 2667/2013)

Parágrafo único. Todas as penas disciplinares serão aplicadas por escrito, por ato emanado
de autoridade competente. (Redação acrescida pela Lei nº 2667/2013)

As penalidades acima serão aplicadas após o devido processo legal, assegurado a


Art. 234.
ampla defesa e contraditório ao indiciado.

Parágrafo único. A pena de advertência será dada ao servidor pela chefia imediata,
mediante ato verbal e reduzido a Termo e encaminhado ao Departamento de Recursos
Humanos, o qual dará ciência ao servidor, podendo este protocolar impugnação no prazo
de 05 (cinco) dias úteis, cabendo a decisão final do Chefe do Poder Executivo, Poder
Legislativo ou órgão da Administração direta ou indireta. (Redação acrescida pela Lei
nº 2667/2013)

Na aplicação das penalidades serão considerados a natureza e a gravidade da


Art. 235.
infração cometida, os danos que dela provierem para o serviço público, as circunstâncias
agravantes, atenuantes e os antecedentes funcionais.

Parágrafo único. O ato de imposição da penalidade mencionará sempre o fundamento


legal e a causa da sanção disciplinar.

O servidor será advertido conforme procedimento simplificado constante do artigo


Art. 236.
234, parágrafo único, todas as vezes que agir de modo negligente, ou seja, que venha a
prejudicar o bom andamento do serviço público ou que não justifique a imposição das
demais penalidades previstas no artigo 233. (Redação dada pela Lei nº 2667/2013)

Parágrafo único. Caso haja o descumprimento de mais de um inciso deverá ser aplicada a
pena de suspensão.

A pena de repreensão será aplicada nos casos de falta de cumprimento dos


Art. 236 A -
deveres previstos no artigo 229 e das proibições do artigo 230, incisos I a XIII e de
reincidência em falta que tenha resultado na pena de advertência. (Redação acrescida pela
Lei nº 2667/2013)

A pena de suspensão, que não excederá de trinta dias, será aplicada em caso de
Art. 237.
falta grave, de infração às proibições e de reincidência em falta punida com a repreensão.
(Redação dada pela Lei nº 2667/2013)

§ 1º o servidor suspenso perderá durante o período de cumprimento de suspensão todas


as vantagens e os direitos decorrentes do exercício do cargo, exceto quando a pena for
convertida em multa. (Redação dada pela Lei nº 2667/2013)

§ 2º Será punido com suspensão por 15 (quinze) dias o servidor que, injustificadamente,
recusar-se a ser submetido à inspeção médica determinada pela autoridade competente,
conforme previsto no inciso XXVI do art. 230, cessando os efeitos da penalidade uma vez
cumprida a determinação.

§ 3º A autoridade que aplicar a pena de suspensão poderá convertê-la em multa,


obrigando-se o servidor a permanecer em exercício, com direito à metade de seu
vencimento, de acordo com o período que foi condenado. (Redação acrescida pela Lei
nº 2667/2013)

A pena de demissão será aplicada caso haja o descumprimento do art. 231 deste
Art. 238.
Estatuto ou nos casos de reincidência da penalidade de suspensão de 15 (quinze) dias ou
mais.

Parágrafo único. Caso haja averiguação na Administração por fatos capitulados como
Crimes contra a Administração do Código Penal, o processo disciplinar será remetido ao
Ministério Público para que tome as medidas judiciais cabíveis.

As penalidades de advertência e repreensão terão seus registros cancelados após o


Art. 239.
decurso de 03 (três) e a e suspensão em 05 (cinco) anos, respectivamente de efetivo
exercício, se neste período o servidor não houver sido penalizado por nova infração
disciplinar. (Redação dada pela Lei nº 2667/2013)

A prescrição da penalidade não produzirá efeitos retroativos para a concessão de


Art. 240.
direito ou vantagem atribuída ao servidor, que não sofrer punição no período legalmente
delimitado.

Constarão nos assentos funcionais do servidor todas as penas disciplinares que lhes
Art. 241.
forem impostas.

As penalidades serão aplicadas pelo Chefe do Poder Executivo, Presidente da


Art. 242.
Câmara de Vereadores ou Diretor das Autarquias e Fundações, cada qual em sua
competência.

Parágrafo único. A competência para aplicação de pena disciplinar não pode ser delegada.

Mediante ato da autoridade do Poder Executivo, Legislativo, Autarquia e


Art. 243.
Fundações, cada qual em sua competência, será cassada a aposentadoria ou a
disponibilidade, com a conseqüente cessação definitiva do pagamento do provento, se
ficar provado que o inativo:

I - praticou, quando em atividade, falta grave para a qual neste estatuto seja cominada
pena de demissão, observados os prazos prescricionais do artigo 324.

II - foi declarado apto para retornar ao trabalho, mediante inspeção médica, em caso de
aposentadoria por invalidez, mas recusou-se a entrar em exercício dentro do prazo de 30
(trinta dias);

III - percebeu proventos de aposentadoria resultantes de acumulação considerada ilegal.

A destituição de cargo em Comissão poderá ser aplicada nos casos de infração


Art. 244.
punida com suspensão e ou demissão.

Parágrafo único. Será obrigatória a destituição do cargo comissionado e da função de


confiança do ocupante de cargo efetivo, pela falta de exação no cumprimento do dever,
de benevolência ou negligência contributiva para a não-apuração no seu devido tempo, de
infração perpetrada por outrem.

A demissão ou a destituição de cargo em comissão em razão de lesão aos cofres


Art. 245.
públicos implica na indisponibilidade dos bens e no ressarcimento do erário, sem prejuízo
da ação penal cabível.
A demissão ou a destituição de cargo em comissão por infringência do artigo 231,
Art. 246.
incisos I a VIII, XI, XII e XIII, incompatibiliza o ex-servidor para nova investidura em cargo
público, pelo prazo de 05 (cinco) anos.

TÍTULO VI
DO PROCESSO DE APURAÇÃO DE FALTAS

CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Constatada a irregularidade no âmbito do serviço público, o servidor em estágio


Art. 247.
probatório, estável ou afastado para ocupar cargos de provimento em comissão,
responderá pelos seus atos em ambos os cargos, quer seja, em comissão ou de
provimento efetivo.

§ 1º As denúncias sobre irregularidades deverão ser formuladas por escrito, contendo a


identificação e o endereço do denunciante, o relatório circunstanciado sobre o ocorrido e
o rol das testemunhas.

§ 2º Quando o fato narrado não configurar evidente infração disciplinar ou ilícito penal, a
denúncia será arquivada, por falta de objeto.

§ 3º Compete à autoridade competente instruir a inicial, a portaria ou as respostas, com os


documentos destinados a provar-lhe as alegações.

O processo de apuração de faltas é o instrumento destinado a apurar


Art. 248.
responsabilidade de servidor por infração praticada no exercício de suas atribuições, ou
que tenha relação com as atribuições do cargo em que se encontre investido, através dos
seguintes procedimentos:

I - sindicância investigatória - que deverá ser instaurada a fim de se averiguar a


materialidade ou autoria desconhecida de um ato ou fato passível de punição;

II - sindicância punitiva - quando se tem o conhecimento da autoria e materialidade do


fato e este é punível com penalidade de advertência;

III - processo administrativo disciplinar, independentemente de sindicância, a fim de


apurar ação ou omissão do servidor e que a infração seja passível da punição de
suspensão, demissão, cassação de aposentadoria e destituição de cargo comissionado ou
função de confiança.

Parágrafo único. Qualquer constatação de irregularidade prevista no Código Penal


Brasileiro, com o servidor apurado através de sindicância ou processo administrativo
disciplinar, a cópia do processo conclusivo deverá ser remetida ao Ministério Público.

CAPÍTULO II
DA SINDICÂNCIA E DO PROCESSO ADMINISTRATIVO

Seção I
Da Sindicância Subseção i da Sindicância Investigatória

A sindicância investigatória é peça preliminar e informativa do Processo


Art. 249.
Administrativo Disciplinar, quando os fatos não estiverem definidos ou faltarem elementos
indicativos da autoria.

A comissão de sindicância será constituída nos termos do artigo 264 desta Lei e
Art. 250.
procederá às seguintes diligências:

I - ouvirá o denunciante e as testemunhas arroladas na denúncia, para esclarecimento dos


fatos referidos na portaria de designação da comissão;

II - colherá as demais provas que houver, concluindo pela abertura ou não de processo
administrativo disciplinar ou de sindicância punitiva;

A comissão sindicante deverá ser iniciada dentro do prazo de 3 (três) dias, contados
Art. 251.
da designação da comissão, e terá o prazo de 30 (trinta) dias para conclusão da
sindicância, podendo ser prorrogado por igual período a critério da autoridade
competente.

Ultimada a sindicância investigatória, a comissão remeterá relatório à autoridade


Art. 252.
que a instaurou, no qual indicará o seguinte:

I - se é irregular ou não o fato;

II - caso seja, quais os dispositivos violados;

III - se há presunção de autoria.

§ 1º O relatório não deverá propor qualquer medida, excetuada a abertura do processo


administrativo disciplinar, limitando-se a responder os quesitos previstos neste artigo.

§ 2º Da sindicância investigatória poderá resultar:

I - arquivamento do processo, quando não for apurada irregularidade ou a autoria não


ficar conhecida;

II - instauração de sindicância punitiva ou processo administrativo disciplinar, caso seja


detectada a autoria da infração.

§ 3º Decorridos os prazos previstos no artigo 251, sem que tenha sido apresentado
relatório, a autoridade competente promoverá a responsabilidade dos membros da
comissão.
Subseção II
Da Sindicância Punitiva

Sendo o fato punível com penalidades de repreensão e suspensão e conhecida a


Art. 253.
autoria, abrir-se-á sindicância punitiva. (Redação dada pela Lei nº 2667/2013)

Parágrafo único. A comissão sindicante deverá ser iniciada dentro do prazo de 3 (três) dias,
contados da designação da comissão, e terá o prazo de 30 (trinta) dias para conclusão da
sindicância, podendo ser prorrogado por igual período a critério da autoridade
competente.

Art. 254. A comissão de sindicância será constituída nos termos do artigo 264 desta Lei.

O sindicado poderá apresentar o rol de até 03 (três) testemunhas no prazo de 05


Art. 255.
(cinco) dias contados da intimação.

§ 1º O rol de testemunhas será apresentado por escrito com nome e local onde a pessoa
possa ser encontrada.

§ 2º Depois de apresentado o rol, a parte poderá substituir as testemunhas até 48


(quarenta e oito) horas que antecedem o depoimento, desde que compareça
independente de intimação.

§ 3º O sindicado terá o prazo de 10 (dez) dias após a intimação para apresentar defesa
escrita, sob pena de ser declarado revel.

Art. 256. A sindicância punitiva poderá resultar:

I - arquivamento do processo;

II - advertência ao servidor.

III - suspensão (Redação acrescida pela Lei nº 2667/2013)

O prazo para apresentação de recurso da decisão proferida pela Autoridade do


Art. 257.
Executivo, Legislativo, Autarquia e Fundação, será de 03 (três) dias, contados da ciência do
sindicado nos autos ou publicação da decisão em jornal oficial do Município.

Parágrafo único. A comissão analisará o recurso no prazo máximo de 10 (dez) dias e


enviará à autoridade competente a fim de proferir decisão final.

Seção II
Do Processo Disciplinar

Art. 258. Abrir-se-á Processo Administrativo Disciplinar quando houver fato punível com
penalidade de suspensão, demissão, cassação de aposentadoria e destituição de cargo
comissionado ou função de confiança se a autoria da infração for conhecida, obedecendo
ao princípio do contraditório e assegurado ao acusado ampla defesa, com a utilização dos
meios e recursos admitidos em direito.

Parágrafo único. A comissão deverá finalizar o Processo Administrativo Disciplinar no prazo


de 60 (sessenta) dias, contados da data de publicação do ato que constituir a comissão,
prorrogável uma vez por igual período a critério da Administração.

O indiciado poderá arrolar até 03 (três) testemunhas no prazo de 05 (cinco) dias


Art. 259.
contados da intimação.

Parágrafo único. O rol de testemunhas será apresentado por escrito com nome e local
onde a pessoa possa ser encontrada.

Depois de apresentado o rol, a parte poderá substituir as testemunhas até 48


Art. 260.
(quarenta e oito) horas que antecedem o depoimento, com a devida justificativa.

O indiciado terá o prazo de 10 (dez) dias para apresentar defesa escrita após a
Art. 261.
intimação, sob pena de ser declarado revel.

Art. 262. Do Processo Administrativo poderá resultar:

I - arquivamento do processo;

II - suspensão de até 30 (trinta) dias;

III - demissão;

IV - cassação da aposentadoria ou da disponibilidade;

V - destituição do cargo em comissão ou função de confiança.

O prazo para apresentação de recurso da decisão proferida pela autoridade


Art. 263.
competente será de 05 (cinco) dias, contados da ciência da parte no processo ou sua
publicação em jornal oficial do Município.

Parágrafo único. A comissão analisará o recurso no prazo máximo de 10 (dez) dias e


enviará à autoridade competente a fim de proferir decisão final.

CAPÍTULO III
DA COMISSÃO PROCESSANTE

O processo de apuração de faltas, em qualquer de suas modalidades, será


Art. 264.
conduzido por comissão composta de três servidores de cargos estáveis designados pela
autoridade competente, que indicará, dentre eles, o seu presidente, que deverá ser
ocupante de cargo efetivo superior ou de mesmo nível, ou ter nível de escolaridade igual
ou superior ao do indiciado. (Redação dada pela Lei nº 2667/2013)

§ 1º Poderá integrar a Comissão um bacharel em direito.

§ 2º A comissão terá como secretário um servidor estável, designado pelo seu presidente,
podendo a designação recair em um de seus membros.

§ 3º O suplente deverá compor o processo caso um dos titulares não possa comparecer
em algum dos atos processuais.

§ 4º Não poderá participar de comissão de sindicância ou de processo disciplinar o


cônjuge, companheiro ou parente do denunciante e do denunciado, consangüíneo ou
afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, pessoa que possua amizade intima ou
inimizade com o denunciante e o denunciado.

Os servidores municipais atenderão com a máxima presteza às solicitações da


Art. 265.
comissão, devendo fundamentar expressamente a impossibilidade de atendimento, sob
pena de advertência.

A comissão processante exercerá suas atividades com independência e


Art. 266.
imparcialidade, assegurado o sigilo necessário à elucidação do fato ou ao interesse
público.

Parágrafo único. O descumprimento do artigo por algum membro da comissão implicará


em perda da gratificação estabelecida no art. 188 e advertência anotada em sua ficha
funcional após apuração em processo.

Será assegurado transporte aos membros da comissão quando obrigados a se


Art. 267.
deslocar da sede dos trabalhos para a realização de missão essencial ao esclarecimento de
fatos.

Sempre que necessário à comissão dedicará tempo integral aos seus trabalhos,
Art. 268.
ficando seus membros dispensados do serviço da repartição durante o curso das
diligências e a elaboração do relatório.

O servidor não poderá declinar de atuar em comissões, salvo por motivo de força
Art. 269.
maior, ou pelos motivos presentes no artigo 264 parágrafo 5º

O presidente da comissão poderá indeferir o requerimento manifestamente


Art. 270.
protelatório ou de nenhum interesse para o esclarecimento do fato, fundamentando a sua
decisão.

Ainda na fase de instrução do processo, a comissão poderá promover acareações,


Art. 271.
juntada de documentos, diligências e perícias, visando reunir provas quanto à
culpabilidade ou inocência do indiciado.
Seção I
Dos Atos do Presidente

Art. 272. São despachos todos os atos praticados pelo presidente do processo.

Os despachos serão redigidos, datados e assinados pelo presidente e quando


Art. 273.
proferidos verbalmente, o secretário os registrará.

Seção II
Dos Atos do Secretário

Art. 274. Incumbe ao secretário:

I - receber, autuar, registrar e numerar todos os documentos do processo;

II - lavrar as atas dos depoimentos e formalizar os despachos e documentos determinados


pelo presidente.

Seção III
Do Relatório da Comissão Processante

Esgotado o prazo de defesa, a comissão apresentará o seu relatório dentro de 10


Art. 275.
(dez) dias.

§ 1º No relatório, a comissão apresentará com relação a cada indiciado, as irregularidades


de que foram acusadas, as provas colhidas e as razões de defesa, propondo a absolvição
ou a punição de forma fundamentada, indicando a pena que couber.

§ 2º No relatório, a comissão poderá sugerir quaisquer outras providências que lhe


pareçam de interesse do serviço público.

Quando houver dúvida sobre a sanidade mental do indiciado, a comissão proporá à


Art. 276.
autoridade competente que ele seja submetido a exame por junta médica oficial, da qual
participe, pelo menos, um médico psiquiatra.

§ 1º O incidente de sanidade mental será processado em auto apartado e apenso ao


processo principal, após a expedição do laudo pericial.

§ 2º Caso fique constatada a insanidade do indiciado, este deverá ser aposentado por
invalidez.

O relatório será sempre conclusivo quanto à inocência ou à responsabilidade do


Art. 277.
servidor.

§ 1º Reconhecida a responsabilidade do servidor, a comissão indicará o dispositivo legal ou


regulamentar transgredido, bem como as circunstâncias agravantes ou atenuantes.

§ 2º O benefício da dúvida aproveitará ao acusado.

§ 3º Após a apresentação do relatório, a comissão o enviará para o chefe do Executivo,


Legislativo, diretor da Autarquia e Fundação, de acordo com competência para aplicar a
penalidade.

CAPÍTULO IV
DOS ATOS DO PROCESSO

Seção I
Disposições Gerais

Qualquer documento ou requerimento do indiciado a ser juntado no processo


Art. 278.
administrativo e sindicância deverá ser protocolado junto ao setor de protocolo, se
necessário em envelope lacrado, que conterá o número e a data, sendo que o mesmo será
encaminhado para a comissão fazer a juntada aos autos.

Parágrafo único. Só poderão ser juntados aos autos documentos redigidos em língua
portuguesa ou traduzidos, desde que firmados por tradutor juramentado.

O acusado poderá acompanhar o processo com advogado devidamente constituído


Art. 279.
aos autos através de procuração, arrolar e reinquirir testemunhas, produzir provas e
contraprovas e formular quesitos, quando se tratar de prova pericial.

§ 1º O procurador poderá acompanhar o interrogatório, bem como a inquirição das


testemunhas, sendo-lhes vedado interferir nas perguntas e respostas, a não ser para
alegar questão de ordem, facultando-lhe, porém, reinquiri-las ao final, por intermédio do
presidente da comissão.

§ 2º O procurador terá intervenção limitada à que é permitida nesta lei ao próprio


indiciado, podendo representá-lo em qualquer ato processual, salvo naqueles em que a
comissão processante julgar conveniente a presença do indiciado.

§ 3º Quando o relatório for contrário a prova dos autos a autoridade julgadora poderá,
motivadamente, agravar a penalidade sugerida pela comissão, abrandá-la ou isentar o
servidor de responsabilidade.

§ 4º O presidente da comissão poderá denegar pedidos considerados impertinentes,


meramente protelatórios, ou de nenhum interesse para o esclarecimento dos fatos.

§ 5º Será indeferido o pedido de prova pericial, quando a comprovação do fato


independer de conhecimento especial de perito.

Art. 280. Os autos não poderão ser retirados pela parte ou seu procurador, sendo permitida
à consulta ou a extração de cópias na sede da Administração.

É proibido lançar nos autos observações marginais, entrelinhas ou grifos, sob pena
Art. 281.
de responsabilização do responsável inclusive com arbitramento de multa.

§ 1º A multa será equivalentes a 1/30 avos do menor vencimento estabelecido no Plano


de Cargos, Carreiras e Vencimentos.

§ 2º A multa será recolhida em documento próprio e reverterá aos cofres públicos.

O servidor só poderá ser exonerado a pedido ou aposentado voluntariamente, após


Art. 282.
a conclusão definitiva do processo administrativo e sindicância a que estiver respondendo,
desde que reconhecida sua inocência.

Fica vedado ao servidor indiciado durante o período que estiver sofrendo


Art. 283.
sindicância ou processo administrativo disciplinar, as licenças previstas nos artigos 95,
incisos VII a XII deste Estatuto.

Quando o indiciado ou testemunha, sem motivo justificado, deixar de responder ao


Art. 284.
que lhe for perguntado ou empregar evasivas, a comissão constará no relatório.

O indiciado ou testemunha responderá pessoalmente sobre os fatos articulados,


Art. 285.
não podendo servir-se de escritos preparados, podendo, no entanto, consultar notas
breves.

Seção II
Do Tempo e do Lugar

Os atos da comissão processante realizar-se-ão em dias úteis de acordo com o


Art. 286.
horário de expediente da sede administrativa.

Os atos ordinários da comissão processante serão realizados na sede administrativa


Art. 287.
da autoridade competente.

Parágrafo único. Em razão da necessidade, do interesse da justiça administrativa, de


obstáculo argüido pelo interessado ou outra causa que impeça a sua realização, os atos
ordinários poderão ser realizados fora do recinto da autoridade competente.

O servidor que estiver sofrendo sindicância investigatória, punitiva ou processo


Art. 288.
administrativo disciplinar não terá descontado de sua remuneração o tempo que estiver à
disposição da comissão, seja em seu interrogatório ou na oitiva das testemunhas.

Parágrafo único. Terminado o tempo em que estiver à disposição da comissão, seja em seu
interrogatório ou na oitiva das testemunhas, o servidor deverá retornar ao trabalho para
cumprimento do restante de sua carga horária contratual.
Seção III
Dos Prazos

Os atos processuais realizar-se-ão nos prazos previstos nesta lei. Quando essa for
Art. 289.
omissa, o presidente da comissão processante os determinará entre 02 (dois) a 10 (dez)
dias, tendo em conta a complexidade do ato.

O prazo estabelecido pela lei ou pelo presidente é contínuo, não se interrompendo


Art. 290.
nos feriados.

A superveniência de férias ao indiciado, férias coletivas, afastamento para


Art. 291.
tratamento da saúde e a licença maternidade, suspendem o curso do prazo, o que restar
começará a correr do primeiro dia útil seguinte ao afastamento.

Computar-se-ão os prazos, excluindo o dia de começo e incluindo o dia de


Art. 292.
vencimento.

Parágrafo único. Os prazos começam a correr do primeiro dia útil após a intimação.

Art. 293. A parte poderá renunciar ao prazo estabelecido exclusivamente em seu favor.

Quando os denunciados tiverem diferentes procuradores os prazos serão contados


Art. 294.
em dobro.

Seção IV
Das Citações e Intimações

Art. 295.Para a validade do processo administrativo e sindicância é indispensável à citação


inicial do indiciado.

Parágrafo único. O comparecimento espontâneo do indiciado supre a falta de citação.

Art. 296. Far-se-á a citação:

I - por correio com aviso de recebimento - AR;

II - por edital;

III - por qualquer membro da comissão ou fiscal devidamente matriculado nesta


Administração.

Parágrafo único. As citações ou intimações serão efetuadas com antecedência mínima de


03 (três) dias da audiência.

Art. 297. A citação efetuar-se-á em qualquer lugar onde se encontre o denunciado.


Art. 298. A citação válida interrompe a prescrição.

Art. 299. O mandato de citação deverá conter:

I - dia;

II - hora;

III - local;

IV - assunto;

V - assinatura do presidente da comissão ou do secretário.

Incumbe ao executor do mandado de citação, procurar o indiciado e onde o


Art. 300.
encontrar, citá-lo:

I - entregando-lhe a contrafé;

II - portando por fé se recebeu ou recusou a contrafé;

III - obter a nota de ciente ou certificar que o denunciado se opôs a assinar ou não receber
a citação.

Quando, por 03 (três) vezes, o executor do mandado houver procurado o indiciado,


Art. 301.
sem o encontrar, havendo suspeita de ocultação, deverá intimar qualquer pessoa da
família ou em sua falta, a qualquer vizinho ou à sua chefia, que no dia imediatamente
posterior voltará, a fim de efetuar a citação, na hora que designar.

No dia e hora designados, o executor do mandado comparecerá a fim de executar a


Art. 302.
diligência.

§ 1º Se o citando não estiver presente, o executor procurará informar-se das razões da


ausência, certificando e dando por feita a citação.

§ 2º Da certidão da ocorrência, deixará contrafé com a pessoa da família ou com qualquer


vizinho ou sua chefia, conforme o caso, declarando-lhe o nome.

Art. 303. Começa a correr o prazo:

I - quando a citação ou a intimação for pelo correio, com aviso de recebimento, da data da
juntada aos autos do mandado cumprido;

II - quando o ato se realizar por edital, findo o prazo assinado pelo presidente;

III - quando houver mais de um indiciado, da data da juntada aos autos do último aviso de
recebimento ou do mandado cumprido.

O processo administrativo será iniciado com a citação do indiciado, sob pena de


Art. 304.
nulidade.

§ 1º Não sendo encontrado o indiciado ou ignorando-se o seu paradeiro, a citação se fará


com prazo de quinze dias, por edital publicado duas vezes seguidas, em órgão oficial da
imprensa do Município.

§ 2º O prazo a que se refere o parágrafo anterior será contado da primeira publicação,


certificando o secretário, no processo, das datas em que as publicações foram feitas.

Considerar-se-á revel o indiciado que, regularmente citado, não apresentar defesa


Art. 305.
no prazo legal.

§ 1º A revelia será declarada, por termo, nos autos do processo e devolverá o prazo para a
defesa.

§ 2º Para defender o indiciado revel, a autoridade instauradora do processo designará um


servidor como defensor dativo, preferencialmente de cargo efetivo e da área jurídica.

CAPÍTULO V
DAS PROVAS

Seção I
Da Prova Documental

Todos os meios legais, bem como os moralmente legítimos, são hábeis para provar
Art. 306.
a verdade dos fatos, em que se funda o processo ou a defesa.

Art. 307. Fazem a mesma prova que os originais:

I - cópias autenticadas;

II - certidões e traslados extraídos por oficial público;

III - os com firma reconhecida.

Parágrafo único. Impugnada fundamentadamente a autenticidade, será ordenada a


realização de exame pericial, a expensas do impugnante.

Logo que for suscitado o incidente de falsidade do documento, o presidente da


Art. 308.
comissão suspenderá o processo, até a realização da prova pericial.

O presidente pode ordenar que a parte exiba documento ou coisa, que se ache em
Art. 309.
seu poder, no prazo de 03 (três) dias, sob pena de multa diária de 1/30 (um trinta avos) do
menor vencimento estabelecido no Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos até
cumprimento da determinação.

É permitido às partes, em qualquer tempo, juntar aos autos, documentos novos ou


Art. 310.
que até então não tinham como possuí-los quando eles forem destinados a fazer prova de
fatos ocorridos depois dos articulados ou para contrapô-los aos que foram produzidos nos
autos.

Seção II
Da Prova Testemunhal

No caso de testemunhas analfabetas, o termo será assinado a rogo, tomando-se


Art. 311.
destas a impressão digital, no local reservado à assinatura, juntamente com a assinatura
de 02 (duas) testemunhas.

Os menores de dezoito anos servirão como informantes, devendo ser assistidos, no


Art. 312.
ato de inquirição, pelos seus responsáveis.

Parágrafo único. Os informantes de que trata este artigo serão intimados na pessoa de
seus responsáveis.

O presidente pode ordenar a acareação das partes ou das testemunhas, quando


Art. 313.
divergirem as suas declarações.

Quando figurar no rol de testemunhas funcionário público de outro ente ou militar,


Art. 314.
o presidente da Comissão requisitará ao chefe da repartição ou comando do corpo em que
o servidor estiver lotado, sua presença.

O presidente inquirirá as testemunhas separadas e sucessivamente, primeiras as do


Art. 315.
denunciante/autor e depois as do indiciado, providenciando para que uma não ouça o
depoimento da outra.

Seção III
Da Prova Pericial

A prova pericial que poderá ser designada pelo Presidente da Comissão consiste em
Art. 316.
exame, vistoria ou avaliação.

O Presidente da comissão nomeará o perito, preferencialmente, dentre os


Art. 317.
servidores ou prestadores de serviços existentes no município e, na falta destes, poderá
utilizar-se dos peritos usualmente nomeados pelos juizes da Comarca.

Parágrafo único. As partes apresentarão quesitos no prazo de 03 (três) dias e nomeará


assistente técnico no mesmo prazo, se preferir.

Art. 318. O perito nomeado terá o prazo de 03 (três) dias para aceitar a nomeação.
Parágrafo único. Os honorários do perito serão fixados por ato do Poder Público, na forma
prevista pela legislação pertinente, exceto se servidor público municipal.

Art. 319. As partes serão intimadas da data, hora e local da perícia.

O perito deverá apresentar o laudo em 10 (dez) dias e os assistentes técnicos


Art. 320.
oferecerão seus pareceres no mesmo prazo.

CAPÍTULO VI
DO AFASTAMENTO PREVENTIVO DO SERVIDOR

Como medida preventiva, em casos excepcionais e a fim de que o servidor não


Art. 321.
influa no processo de apuração da irregularidade, a autoridade poderá determinar o seu
afastamento do cargo durante o prazo de apuração da irregularidade através de
sindicância ou processo administrativo.

§ 1º O servidor receberá durante o seu período de afastamento a remuneração mensal,


exceto serviços extraordinários, auxilio transportes, ajuda de custo, diárias de viagens e
regime suplementar no caso do Quadro do Magistério.

§ 2º O servidor afastado fica proibido de transitar em seu local de trabalho durante o


período.

§ 3º O afastamento durará tão somente enquanto tramitar o processo de apuração.

CAPÍTULO VII
DA SUSPENSÃO, DA EXTINÇÃO E DA PRESCRIÇÃO

Seção I
Da Suspensão do Processo

Art. 322. Suspende-se o processo:

I - pela morte do procurador do denunciado;

II - no período em que o órgão ou entidade competente estiver fechado para atendimento


ao público;

III - no período de férias do indiciado, desde que solicitada antes de se iniciar o processo
administrativo ou sindicância punitiva, se necessário.

IV - por motivo de força maior;

Parágrafo único. No caso do disposto no inciso I, o denunciado deverá nomear novo


procurador no prazo de até 02 (dois) dias.
Seção II
Da Extinção do Processo

Art. 323. Extingue-se o processo:

I - quando se verificar a ausência de pressupostos para sua constituição;

II - quando houver a prescrição ou a decadência;

III - quando ficar parado por mais de 60 (sessenta) dias, por negligência das partes,
sujeitando-se os responsáveis a apuração e penalidade cabível.

IV - na perda da capacidade mental do denunciado, conforme previsto no § 2º do art. 276


desta Lei.

Seção III
Da Prescrição da Ação

Art. 324. A ação disciplinar prescreverá:

I - em 05 (cinco) anos, quanto às infrações puníveis com demissão, cassação de


aposentadoria ou disponibilidade e destituição de cargo em comissão ou da função de
confiança;

II - em 02 (dois) anos, quanto à suspensão;

III - em 01 (um) ano, quanto à advertência e repreensão. (Redação dada pela Lei
nº 2667/2013)

§ 1º O prazo de prescrição começa a correr da data em que o fato se tornar conhecido


pela Administração.

§ 2º A abertura de sindicância ou a instauração de processo disciplinar interrompe a


prescrição, até a decisão final proferida por autoridade competente.

§ 3º Interrompido o curso da prescrição, o prazo começará a correr a partir do dia em que


cessar a interrupção.

CAPÍTULO VIII
DA REVISÃO DO PROCESSO

O processo disciplinar ou sindicância e a sua penalidade poderão ser revistos, a


Art. 325.
qualquer tempo, a pedido ou de ofício, quando forem conhecidos fatos novos ou
circunstâncias suscetíveis que justifiquem a inocência do punido ou a inadequação da
penalidade aplicada.
§ 1º Em caso de falecimento, ausência ou desaparecimento do servidor, qualquer pessoa
da família poderá requerer a revisão do processo.

§ 2º No caso de incapacidade mental do servidor, a revisão será requerida pelo curador.

§ 3º A simples alegação de injustiça da penalidade não constitui fundamento para a


revisão, que requer elementos novos, ainda não apreciados no processo originário.

Art. 326. No processo revisional, o ônus da prova incumbe ao requerente.

O requerimento de revisão do processo será encaminhado ao dirigente do órgão ou


Art. 327.
entidade onde se originou o processo disciplinar.

Parágrafo único. Recebida a petição, o dirigente do órgão ou entidade providenciará a


constituição da nova comissão, na forma do artigo 264 desta Lei.

É impedido de funcionar na revisão, membro da comissão ou a comissão que


Art. 328.
participou do processo disciplinar.

Art. 329. A revisão correrá em apenso ao processo principal.

A comissão revisora terá até 30 (trinta) dias para a conclusão dos trabalhos,
Art. 330.
prorrogáveis por igual prazo, mediante justificativa.

Aplicam-se aos trabalhos da Comissão Revisora, no que couberem, as normas e


Art. 331.
procedimentos próprios da comissão do processo disciplinar.

O julgamento do processo revisional caberá ao Prefeito ou ao Presidente da


Art. 332.
Câmara e/ou diretor de autarquias e fundação.

Parágrafo único. O prazo para julgamento será de até 15 (quinze) dias, contados do
recebimento do processo, no curso do qual a autoridade julgadora poderá solicitar
informações.

Julgada procedente a revisão, a autoridade competente determinará a redução,


Art. 333.
cancelamento ou anulação da pena, restabelecendo os direitos por ela atingidos, exceto
em relação à destituição do cargo em comissão, que será convertida em exoneração.

Parágrafo único. A decisão deverá ser sempre fundamentada e publicada no Órgão Oficial
do Município.

Art. 334. Da revisão do processo não poderá resultar agravamento de penalidade.

Aplica-se ao processo de revisão, no que couber, o previsto neste Estatuto para o


Art. 335.
processo disciplinar.
Quanto ao processo e ao procedimento administrativo, aplicam-se as disposições
Art. 336.
do Código do Processo Penal, subsidiariamente, para sanarem falhas ou lacunas.

TÍTULO VII
DAS VERBAS INDENIZATÓRIAS

CAPÍTULO ÚNICO
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

O desligamento do servidor do Serviço Público Municipal só será efetivado nos


Art. 337.
termos previstos neste Estatuto e serão devidas as seguintes verbas:

I - na exoneração, a pedido, ou demissão, de servidor com menos de 12 (doze) meses de


serviço:

a) saldo de salário;
b) gratificação natalina, à razão de 1/12 (um doze avos) por mês trabalhado;
c) férias proporcionais indenizadas, à razão de 1/12 (um doze avos) por mês trabalhado,
acrescido de 1/3 (um terço) do abono constitucional;
d) salário família.

II - na exoneração, a pedido, de servidor com 12 (doze) meses ou mais de serviço, na


exoneração de ofício, na aposentadoria e no falecimento:

a) saldo de salário;
b) gratificação natalina, à razão de 01/12 (um doze avos), por mês trabalhado;
c) férias vencidas, acrescidas do terço constitucional;
d) férias proporcionais, à razão de 1/12 (um doze avos) por mês trabalhado, acrescidas do
terço constitucional;
e) salário família;
f) licença prêmio vencida.

III - na demissão de servidor com 12 (doze) meses ou mais de serviço:

a) saldo de salário;
b) férias vencidas, acrescidas do terço constitucional;
c) Salário família;
d) gratificação natalina, à razão de 1/12 (um doze avos) por mês trabalhado;
e) licença prêmio vencida.

§ 1º Para os efeitos deste artigo, será considerado como mês trabalhado a fração igual ou
superior a 15 (quinze) dias.

§ 2º As indenizações serão calculadas com base na remuneração do mês em que for


efetivado o pagamento, computada a média dos últimos doze meses das verbas variáveis.
O pagamento das parcelas constantes do instrumento de rescisão ou do recibo de
Art. 338.
quitação será efetuado nos seguintes prazos:

a) até o décimo dia, contado da data da exoneração a pedido do servidor;


b) até o primeiro dia útil imediato após a demissão do servidor.

O servidor em débito com o erário, que for demitido, exonerado ou que tiver a sua
Art. 339.
aposentadoria ou disponibilidade extinta, terá o prazo de até 120 (cento e vinte) dias para
quitar o saldo do quanto que exceder aos valores a que fizer jus.

Parágrafo único. A não quitação de débito no prazo previsto implicará sua inscrição em
dívida ativa.

TÍTULO VIII
DA CONTRATAÇÃO TEMPORÁRIA DE EXCEPCIONAL INTERESSE PÚBLICO E EMPREGO
PÚBLICO

CAPÍTULO ÚNICO
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Para atender à necessidade temporária de excepcional interesse público, os órgãos


Art. 340.
da Administração Municipal Direta, Autarquias e Fundações Públicas poderão efetuar
contratação de pessoal por tempo determinado, nas condições e prazos previstos nesta
Lei.

São consideradas como de necessidade temporária, de excepcional interesse


Art. 341.
público as contratações que visem:

I - atender às situações de calamidade pública;

II - combater surtos epidêmicos;

III - promover campanhas de saúde pública;

IV - atender às necessidades esporádicas relacionadas com o plantio, a colheita, o


armazenamento e a distribuição de produtos agrícolas;

V - admitir professor substituto e professor visitante;

VI - manter e conservar a malha rodoviária municipal urbana e rural;

VII - atender a outras situações de urgências definidas em lei.

As contratações a que se referem os artigos anteriores dar-se-ão


Art. 342.
independentemente de concurso público, observados os seguintes requisitos:
I - realização de teste seletivo, ressalvados os casos de calamidade pública;

II - contrato por até 12 (doze) meses, vedada a prorrogação.

A remuneração do pessoal contratado nos termos do art. 340, desta lei será fixada
Art. 343.
em importância não superior ao valor da remuneração fixada para os servidores de início
de carreira que desempenhem função semelhante.

Parágrafo único. O pessoal contratado nos termos deste capítulo, não integrará o quadro
de pessoal efetivo instituído na Administração Pública Municipal.

Art. 344. O contrato firmado nos termos do art. 340, desta Lei, extinguir-se-á:

I - pelo término do prazo contratual;

II - por motivo de conveniência administrativa;

III - por iniciativa do contratado;

IV - pela posse em cargo público.

§ 1º A extinção do contrato, no caso do inciso II, será comunicada com antecedência


mínima de 30 (trinta dias).

§ 2º A contratação será regida pela Consolidação das Leis de Trabalho (CLT).

Art. 345. O pessoal contratado nos termos do art. 340, desta lei não poderá:

I - receber atribuições, funções ou encargos não previstos no respectivo contrato;

II - ser nomeado ou designado, ainda que o título precário ou em substituição, para o


exercício de cargo em comissão ou função de confiança;

III - ser novamente contratado, com fundamento do art. 340, desta lei, antes de decorridos
vinte e quatro meses do encerramento de seu contrato anterior, salvo na hipótese
prevista no inciso I do artigo 341.

Parágrafo único. A inobservância do disposto neste artigo importará na rescisão do


contrato nos casos dos incisos I e II ou na declaração da sua insubsistência, no caso do
inciso III, sem prejuízo da responsabilidade administrativa das autoridades envolvidas na
transgressão.

As infrações disciplinares atribuídas ao pessoal contratado nos termos do art. 340,


Art. 346.
desta lei serão apuradas mediante procedimento administrativo.
Para atender as determinações da legislação superior serão criados empregos
Art. 347.
públicos no âmbito da Administração Direta, Autárquica e Fundacional do Município,
objetivando operacionalizar a execução de programas descentralizados na área de saúde
pública, firmado através de convênio ou ajustes similares com o Governo Federal ou
Estadual, que serão regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho, aprovado pelo
Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, e legislação trabalhista correlata e mais a
que consta na Lei.

§ 1º Lei específica regulará a criação dos empregos de que tratam o caput deste artigo,
para cada programa descentralizado, o quantitativo e a respectiva remuneração.

§ 2º Para todos os efeitos legais, o pessoal contratado nos termos do caput desse artigo,
integrará quadro específico e distinto do quadro permanente de pessoal do Poder
Executivo Municipal.

O provimento dos empregos referidos no caput do artigo 347 desta Lei deverá ser
Art. 348.
precedido de aprovação e classificação em concurso público de provas ou de provas e
títulos, conforme a natureza e a complexidade do emprego.

Os contratos de trabalho constantes do artigo 347 vigorarão por prazo


Art. 349.
indeterminado, reger-se-ão pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e somente serão
rescindidos nos seguintes casos:

I - prática de falta grave, dentre as enumeradas no artigo 482 da Consolidação das Leis do
Trabalho - CLT, apurada em procedimento administrativo;

II - acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas;

III - necessidade de redução de cargos de pessoal, por excesso de despesa, nos termos da
lei complementar a que se refere o artigo 169 da Constituição Federal;

IV - insuficiência de desempenho, apurada em procedimento, no qual se assegurem pelo


menos um recurso hierárquico dotado de efeito suspensivo, que será apreciado em 30
(trinta dias);

V - extinção dos programas federais e estaduais implementados mediante convênio ou


ajustes similares e que originaram as respectivas contratações.

Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos III e V, a rescisão contratual far-se-á nos moldes
do artigo 477 da CLT.

Os atos de admissão para os empregos públicos mencionados nesta Lei serão


Art. 350.
encaminhados na forma e nos prazos previstos em lei, para o Tribunal de Contas do
Estado, com vista ao exame de legalidade para fins de registro, como estabelecido pelo
inciso III, do artigo 76 da Constituição do Estado do Paraná.
Art. 351. É vedado submeter ao regime previsto no artigo 347 desta Lei:

I - os cargos públicos em comissão;

II - os cargos ou empregos públicos do quadro próprio de pessoal;

III - a utilização do regime de emprego público para atividades que não se enquadrem na
ação descentralizada que motivou a contratação.

Os salários previstos para os empregos de que trata o artigo 347, obedecerão aos
Art. 352.
valores contidos na lei específica e nos respectivos demonstrativos, em função das
características de cada atividade, independentemente dos valores de remuneração ou
salariais previstos no quadro permanente de pessoal do Poder Público Municipal,
respeitando a aplicação dos tetos máximos previstos no inciso XI, do artigo 37, da
Constituição Federal.

TÍTULO IX
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS E FINAIS

Consideram-se dependentes do servidor, além do cônjuge e filhos, quaisquer


Art. 353.
pessoas que, comprovadamente, vivam às suas expensas e constem de seu assentamento
individual.

§ 1º Para efeito deste artigo, a dependência econômica será determinada pela ausência de
atividade remunerada e/ou recebimento de importância igual ou superior ao valor do
salário mínimo vigente no País.

§ 2º Para fins de inscrição de dependentes junto à instituição previdenciária municipal,


deverão ser atendidos os requisitos da lei específica.

Ao servidor público é assegurado, nos termos da Constituição Federal, o direito à


Art. 354.
livre associação sindical e os seguintes direitos, entre outros, dela decorrentes:

I - de ser representado pelo sindicato, inclusive como substituto processual;

II - de inamovibilidade do dirigente sindical, até um ano após o final do mandato, exceto se


a pedido;

III - de descontar em folha, sem ônus para a entidade sindical a que for filiado, o valor das
mensalidades e contribuições definidas em assembléia geral da categoria;

IV - de negociação coletiva;

V - de ajuizamento, individual e coletivamente, frente à Justiça, nos termos da Constituição


Federal.
A jornada de trabalho do servidor público municipal não excederá a quarenta horas
Art. 355.
semanais, disciplinadas em legislação específica.

(Revogado pela Lei nº 2667/2013)

Ficam submetidos ao regime instituído por esta Lei os servidores efetivos e


Art. 356.
comissionados da Administração Direta, Autárquica ou Fundacional do Poder Executivo e
Legislativo, regidos pela Lei 1.247/92, de 18 de dezembro de 1.992, excetuando-se de tal
regimento os empregados públicos ou os contratados temporários que são regidos por lei
específica.

Os valores dos direitos e benefícios previstos nesta Lei serão pagos diretamente ao
Art. 357.
servidor, salvo em caso de ausência, moléstia contagiosa ou impossibilidade de
locomoção, quando será pago ao procurador, com poderes específicos, cujo mandato não
terá prazo superior a 06 (seis) meses.

Parágrafo único. O procurador do servidor deverá firmar perante o órgão competente,


termo de responsabilidade, mediante o qual se compromete a comunicar ao Município
qualquer evento que possa anular ou extinguir a procuração, principalmente o óbito do
outorgante, sob pena de incorrer nas sanções criminais, civis e administrativas cabíveis.

Por motivo de crença religiosa, raça gênero e etnia, ou de convicção filosófica ou


Art. 358.
política, nenhum servidor poderá ser privado de seus direitos, nem sofrer discriminação
em sua vida funcional, nem se eximir do cumprimento de seus deveres.

Art. 359. Não poderão ser procuradores:

I - os servidores públicos municipais, salvo se parentes até o segundo grau;

II - os incapazes para os atos da vida civil, ressalvado o disposto no artigo 1298 do Código
Civil Brasileiro.

Os valores devidos a servidor ou os seus dependentes incapazes serão pagos ao


Art. 360.
cônjuge, pai, mãe, tutor ou curador, admitindo-se, na sua falta e por período não superior
a 06 (seis) meses, o pagamento a herdeiro necessário, mediante termo de compromisso
firmado no ato do recebimento.

Os valores não recebidos em vida pelo servidor somente serão pagos a seus
Art. 361.
dependentes habilitados à pensão por morte ou, na falta deles, aos seus sucessores, na
forma da lei civil, independentemente de inventário ou arrolamento.

Os débitos para com a Fazenda Pública do servidor que vier a falecer, após regular
Art. 362.
procedimento, serão inscritos em dívida ativa, respondendo os herdeiros pelo respectivo
pagamento, até o limite da herança recebida.

Art. 363. O dia 28 (vinte e oito) de outubro será consagrado ao servidor público municipal,
não havendo expediente nas repartições públicas municipais.

O horário de trabalho nas repartições municipais será fixado por decreto do


Art. 364.
Prefeito Municipal e, na Câmara Municipal, por resolução do Chefe do Poder Legislativo.

O Chefe do Poder Executivo baixará, por decreto, dentro de 180 (cento e oitenta)
Art. 365.
dias, contados da data da publicação desta lei, os regulamentos necessários à sua
execução.

Parágrafo único. Até que sejam expedidos os atos de que trata este artigo, continuarão em
vigor as regulamentações existentes, excluídas as disposições que conflitem com as da
presente Lei, modifiquem-na ou, de qualquer forma, impeçam o seu integral
cumprimento.

A licença-prêmio por assiduidade constante no artigo 134 terá sua contagem a


Art. 366.
partir da Promulgação da Lei Orgânica do Município - 05 de abril de 1990, para o quadro
de servidores que anteriormente eram regidos pela CLT.

Os períodos iniciados antes da vigência desta lei obedecerão aos critérios


Art. 367.
estabelecidos no estatuto anterior (Lei 1.247/92).

A legislação municipal superveniente compatibilizará o quadro de pessoal e a


Art. 368.
estrutura organizacional existentes ao disposto nesta lei e à reforma administrativa que se
fizer necessária.

Aplicar-se-á no que couberem, os dispositivos presentes neste estatuto ao Quadro


Art. 369.
do Magistério Público Municipal.

A lei municipal que instituir o plano de carreira para os servidores da Administração


Art. 370.
Direta contemplará também os servidores da Administração Indireta e Fundacional, de
acordo com as suas respectivas peculiaridades.

Fica condicionado ao Secretário Municipal da área, organizar escala de férias de


Art. 371.
seus servidores, de tal forma que não prejudique o andamento dos serviços, bem como
distribuí-los em todos os meses do ano, devendo haver rodízio dos períodos para que em
médio prazo todos os servidores possam usufruir as férias em meses considerados de alta
estação.

O Plano de Seguridade Social do Servidor, será regido por lei específica com base
Art. 372.
nos preceitos contidos no artigo 194 da Constituição Federal.

Aplica-se subsidiariamente a este Estatuto as regras gerais de processo


Art. 373.
administrativo, Lei nº 9.784/1990, Código Processo Civil e o Estatuto dos Servidores
Federais, Lei nº 8.112/1990. (Redação dada pela Lei nº 2667/2013)

Art. 374. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, ficando revogada, especialmente
a Lei nº 1247/92 e suas alterações. (Redação acrescida pela Lei nº 2667/2013)

Ibiporã, 10 de Dezembro de 2008

ALBERTO BACCARIM
Prefeito do Município

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