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III - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo,
e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e
percentuais mínimos previstos em Lei, destina-se apenas às atribuições de direção, chefia e
assessoramento.
Parágrafo único –O Regime Jurídico de Trabalho instituído por esta Lei, é o Estatutário aos
Servidores Públicos Civis da Administração Direta Autárquica e Fundacional dos Poderes
Executivo e Legislativo do Município de Antonina.
REDAÇÃO DADA PELA LEI Nº. 03/2004.
Art. 2º - Servidor público é a pessoa legalmente investida em cargo público, que percebe dos cofres
municipais vencimentos ou remuneração pelos serviços prestados.
Art. 4º - Os cargos públicos são acessíveis a todos os brasileiros, assim como aos estrangeiros,
preenchidas as condições prescritas em lei e regulamento.
Art. 5º - Nenhum servidor poderá desempenhar atribuições diversas das pertinentes ao cargo que ocupa.
Art. 6º - Os servidores dos poderes Executivo e Legislativo terão tratamento uniforme no que se
refere à concessão de índices de reajuste ou recomposição remuneratórias ou de vencimentos, a
antecipações de reajustes e de outros tratamentos remuneratórias, ressalvadas as políticas de
encarreiramento e movimentação de pessoal.
§ 1º - As remunerações e os subsídios dos servidores públicos do Executivo e Legislativo
Municipal de Antonina, das autarquias e fundações públicas municipais serão revistos
anualmente, na forma do inciso X do art. 37 da Constituição Federal e incisos X e XV do art. 27 da
Constituição do Estado do Paraná, no mês de março, sem distinção de índices, extensivos aos
proventos da inatividade e às pensões.
REDAÇÃO DADA PELA LEI Nº. 33/2004.
§ 2º - A revisão geral anual de que trata o parágrafo anterior observará as seguintes condições:
I - autorização na lei de diretrizes orçamentárias;
II - definição do índice em lei específica;
III - previsão do montante da respectiva despesa e correspondentes fontes de custeio na lei
orçamentária anual;
IV - comprovação da disponibilidade financeira que configure capacidade de pagamento
pelo governo municipal, preservados os compromissos relativos a investimentos e despesas
continuadas nas áreas prioritárias de interesse econômico e social.
§ 3º - O índice anual de revisão geral das remunerações e subsídios dos servidores públicos
municipais será correspondente à variação anual do IPCA-IBGE, ou outro que venha a substituí-lo,
resultante do período compreendido de fevereiro a janeiro de cada exercício financeiro, na data-
base especificada no parágrafo 1º deste artigo, ressalvando-se o que prevê o art. 7º, inciso IV da
Constituição Federal.
REDAÇÃO DADA PELA LEI Nº. 33/2004.
§ 4º - A despesa com pessoal ativo e inativo do Município não pode exceder os limites
estabelecidos na Lei de Responsabilidade Fiscal.
REDAÇÃO DADA PELA LEI Nº. 03/2004.
Art. 7º - O Quadro de Pessoal será estruturado em cargos de carreira, observados o nível de escolaridade
e a qualificação profissional exigida, bem como a natureza e complexidade das atribuições a serem
exercidas por seus ocupantes na forma prevista na legislação específica.
§ 1º - O Município instituirá Conselho de Política de Administração e remuneração de pessoal,
integrado por servidores designados por seus Poderes e eleito pelos servidores, com a finalidade
de participar da formulação da política de pessoal ativo e inativo.
§ 2º - A política de pessoal obedecerá às seguintes diretrizes:
I - valorização e dignificação da função pública e do servidor público;
II - profissionalização e aperfeiçoamento do servidor público;
III - constituição de quadro dirigente, mediante formação e aperfeiçoamento de administradores;
IV - sistema do mérito objetivamente apurado para ingresso no serviço e desenvolvimento na
carreira;
V - remuneração compatível com a complexidade e a responsabilidade das tarefas e com a
escolaridade exigida para seu desempenho;
VI – regulação e fiscalização dos procedimentos pertinentes aos benefícios previdenciários, no
que refere-se aos direitos trabalhistas do pessoal ativo e inativo.
§ 3º - Para provimento de cargo de natureza técnica, exigir-se-á a respectiva habilitação
profissional.
Parágrafo único - A definição das atribuições dos grupos ocupacionais, respectivas condições de
provimento, a habilitação exigida e grau de escolaridade necessária ao desempenho das funções do
cargo público, serão objetos de regulamentação própria.
Art. 13 - Além da habilitação em concurso público e da aptidão física e mental, são requisitos básicos para
o ingresso no serviço público municipal, devendo ser comprovados pelo interessado:
I - a nacionalidade brasileira, assim como aos estrangeiros, na forma da Lei;
II - o gozo dos direitos políticos;
III - haver cumprido as obrigações e os encargos militares previstos em Lei;
IV - o nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo;
Art. 17 - O concurso público será de provas, ou de provas e títulos, conforme dispuser o respectivo edital.
Art. 18 - O concurso público será realizado para o preenchimento de vagas em número fixado em edital e
conforme as condições nele previstas.
Parágrafo único - O prazo de validade do concurso público será de até dois anos, a contar da
publicação da homologação do resultado, prorrogável uma única vez, por igual período.
Art. 21 - Admissão é o ingresso do servidor, no serviço público, por tempo determinado, para atender a
necessidade temporária, em razão de classificação em teste seletivo.
Parágrafo único - As admissões por tempo determinado, serão feitas pelo prazo máximo de 1
(um) ano, prorrogável por mais um igual período.
Art. 22 - É vedado atribuir a pessoa admitida por tempo determinado, funções diversas daquelas para as
quais foi admitido.
Art. 23 - O servidor ocupante de cargo efetivo, ressalvados os casos de acumulação legal, não poderá ser
provido em outro da mesma natureza.
CAPÍTULO IV - Da Posse
Art. 24 - Posse é a aceitação formal, pelo servidor, das atribuições, dos deveres e das responsabilidades
inerentes ao cargo público, com o compromisso de bem servir, concretizada com a assinatura do termo
pela autoridade competente do órgão ou entidade e pelo empossando.
Art. 25 - Poderá haver posse por procuração, com poderes expressos, quando se tratar de servidor
ausente do País, em missão oficial, ou, ainda, em casos especiais, a juízo da autoridade competente.
Art. 26 - A posse ocorrerá no prazo improrrogável de até 10 (dez) dias, contados da publicação oficial do
ato de provimento.
Parágrafo Único – O não cumprimento do prazo estipulado para a posse, resultará na perda
imediata do cargo, ressalvando-se neste caso justificativa convincente, desde que aceita pela
Administração.
REDAÇÃO DADA PELA LEI Nº. 03/2004.
Art. 28 - Estágio probatório é o período de três anos de efetivo exercício, a contar da data do início deste,
durante o qual são apurados os requisitos necessários à confirmação do servidor no cargo efetivo para o
qual foi nomeado.
§ 1º - Os requisitos de que trata este artigo são os seguintes:
I - idoneidade moral;
II - assiduidade;
III - disciplina;
IV – eficiência;
V - capacidade de iniciativa.
REDAÇÃO DADA PELA LEI Nº. 03/2004.
§ 2º - Para efeito do estágio probatório será contada a interinidade no mesmo cargo, desde que
não tenha havido interrupção.
§ 3º - O servidor não aprovado no estágio probatório será exonerado ou, se estável, reconduzido
ao cargo anteriormente ocupado.
§ 4º - Quando o servidor em estágio probatório não preencher qualquer dos requisitos
enumerados no § 1º deste artigo, caberá ao seu chefe imediato sob pena de responsabilidade,
iniciar o processo competente, dando ciência do fato ao interessado.
§ 5º O processo referido no parágrafo anterior se confirmará ao que se dispuser em
regulamentação própria.
REDAÇÃO DADA PELA LEI Nº. 03/2004
CAPÍTULO VI - Da Estabilidade
Art. 29 - São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de
provimento efetivo em virtude de concurso público.
§ 1º - O servidor público estável só perderá o cargo:
I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado;
II - mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa;
III - mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de Lei
complementar, assegurada ampla defesa.
§ 2º - Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele reintegrado, e o
eventual ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização,
aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo de
serviço.
§ 3º - Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor estável ficará em
disponibilidade, com remuneração proporcional ao tempo de serviço, até seu adequado aproveitamento
em outro cargo.
Art. 30 - Exercício é o efetivo desempenho das atribuições do cargo público e completa o processo de
investidura.
§ 1º - O prazo para o servidor entrar em exercício é de 3 (três) dias, contados da data da posse.
§ 2º - Os efeitos financeiros serão devidos a partir do início do efetivo exercício.
§ 3º - Será tornado sem efeito o ato de provimento, se não ocorrerem a posse e o exercício nos
prazos previstos nesta Lei.
§ 4º - À autoridade competente do órgão para onde for indicado o servidor, compete dar-lhe o
exercício.
Art. 32 - O servidor terá exercício na unidade administrativa para a qual tenha sido indicado.
Art. 33 - Salvo disposição legal em contrário, e os casos de acumulação ilegal, a jornada básica de
trabalho do servidor público municipal é de 40 (quarenta) horas semanais, à razão de 8 (oito) horas
diárias, assegurado o intervalo de 02 (duas) horas para alimentação.
§ 1º - Não haverá expediente aos sábados e domingos nos órgãos da administração pública do
Município, excetuados aqueles que, executem atividades imprescindíveis à comunidade ou que pela
natureza especial não permitam a paralisação.
Art. 35 - O regime de tempo integral poderá ser aplicado, no interesse da Administração e ressalvado o
direito de opção, na forma que a legislação dispuser:
I - aos que exerçam atividades técnicas e/ou científicas;
Art. 36 - O servidor que se achar legalmente acumulando em regime de tempo integral em razão de um
dos cargos, será automaticamente afastado do outro, com perda de vencimentos e demais vantagens
financeiras, sem prejuízo de contagem de tempo.
Parágrafo único - Cessada a sujeição do servidor ao regime de tempo integral, reassumirá ele,
automaticamente, o cargo ou cargos, dos quais houver sido afastado.
Art. 37 - Pelo exercício de cargo em regime de tempo integral, perceberá o servidor gratificação mensal,
fixada no decreto de designação, nos termos do disposto pelo artigo 90, desta Lei.
Art. 38 - Nenhum servidor poderá desempenhar atribuições diversas das pertinentes à classe a que
pertence, salvo se tratar de função gratificada, de cargo em comissão ou no caso de substituição.
Parágrafo único - Em caso de necessidade imperiosa de serviço, poderá ser cometida ao servidor,
mediante prévia autorização do órgão competente, por prazo não superior a seis meses, atribuições
diversas a natureza de seu cargo.
CAPÍTULO IX - Da Reintegração
Art. 40 - Reintegração é o reingresso do servidor no Serviço Público, quando invalidada a sua demissão,
por decisão administrativa ou judicial, com ressarcimento de todas as vantagens.
Parágrafo único - Encontrando-se provido o cargo, o seu eventual ocupante será:
a) reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização;
b) aproveitado em outro cargo equivalente;
c) posto em disponibilidade remunerada.
Art. 41 - O servidor reintegrado será submetido a perícia médica e, se for o caso, será aposentado,
quando julgado clinicamente incapaz, no cargo em que houver sido reintegrado.
CAPÍTULO X - Da Reversão
Art. 42 - Reversão é o retorno do inativo ao serviço, em face da cessação dos motivos que determinaram
a sua aposentadoria por invalidez.
Art. 43 - A reversão far-se-á de ofício ou a pedido, de preferência no mesmo cargo ou naquele em que se
tenha transformado, ou em cargo de vencimento ou remuneração equivalente ao do anteriormente
ocupado, atendido o requisito de habilitação profissional.
Art. 44 - A reversão do servidor aposentado dará direito, em caso de nova aposentadoria, à contagem do
tempo em que esteve aposentado.
Art. 45 - O servidor que reverter não será aposentado novamente, sem que tenham decorrido 5 (cinco)
anos de efetivo exercício, salvo se a aposentadoria for por motivo de invalidez.
CAPÍTULO XI - Da Readaptação
Art. 47 - Recondução é o retorno do servidor estável ao cargo anteriormente ocupado que decorrerá de
reintegração do anterior ocupante.
Parágrafo único - Encontrando-se provido o cargo de origem, aplicar-se-á o disposto no artigo 51.
Art. 50 - Será tornado sem efeito o aproveitamento e cassada a disponibilidade do servidor, mediante
processo administrativo, se este, cientificado expressamente do ato de aproveitamento, não entrar em
exercício no prazo legal, com perda de todos os direitos de sua anterior situação, salvo caso de doença
comprovada em inspeção por junta médica oficial.
Parágrafo único - Provada em inspeção médica a incapacidade definitiva, será decretada a
aposentadoria e, para o cálculo do tempo, será levado em conta o período da disponibilidade.
Art. 51 - Será obrigatório o aproveitamento do servidor estável, em outro cargo de natureza e vencimento
básico ou remuneração compatíveis com aqueles do anteriormente ocupado.
Art. 52 - Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor estável ficará em disponibilidade
remunerada, até o seu adequado e obrigatório aproveitamento em outro cargo.
Art. 53 - O período relativo à disponibilidade será considerado como de exercício, somente para efeito de
aposentadoria e de nova disponibilidade.
Art. 54 - A disponibilidade no cargo efetivo não impede a nomeação para cargos em comissão, devendo o
servidor fazer opção de remuneração.
CAPÍTULO II - Da Movimentação
SEÇÃO ÚNICA - Da Remoção e da Substituição
Art. 59 - Os ocupantes de cargo em comissão e de função de chefia poderão ter substitutos indicados em
regulamento ou designados por ato da autoridade competente.
Parágrafo único - O substituto assumirá automaticamente o exercício do cargo ou função de
chefia, nos afastamentos ou impedimentos do titular e será remunerado pelo período de substituição,
sempre que este exceder a 29 (vinte e nove) dias.
Art. 63 - Nenhum servidor ativo e inativo da administração Pública Municipal pode perceber,
mensalmente, a título de remuneração ou provento, importância superior ao subsídio mensal, em espécie,
dos Ministros do Supremo Tribunal Federal.
§ 1º - No caso de acumulação legal, o limite máximo será observado em relação a cada cargo.
§ 2º - Para a fixação do limite máximo estabelecido por este artigo serão excluídos:
I - contribuição compulsória para entidades previdenciárias;
II - indenização de ajuda de custo, de diárias e de transporte;
III - gratificação do décimo-terceiro vencimento;
IV - gratificação de férias;
V - adicional por tempo de serviço.
Art. 66 - Para a jornada semanal de 40 (quarenta) horas, nenhum servidor poderá perceber vencimento
básico inferior ao menor salário estabelecido pela legislação federal específica.
Art. 68 - O servidor em débito com a Fazenda Municipal, que for demitido, exonerado ou que tiver
cassada a sua aposentadoria ou disponibilidade, deverá quitar seu débito no acerto de contas.
Parágrafo único - A não quitação do débito, implicará sua inscrição na dívida ativa.
CAPÍTULO II - Das Vantagens
Art. 69 - Juntamente com o vencimento básico, podem ser pagas ao servidor as seguintes vantagens
pecuniárias:
I - auxílios;
II - gratificações;
III - adicional por tempo de serviço;
IV – indenizações.
REDAÇÃO DAD PELA LEI Nº. 03/2004.
§ 1º - As vantagens previstas neste artigo não se incorporam ao vencimento básico, nem servirão
de base para o cálculo de outras vantagens.
§ 2º - As indenizações e os auxílios pecuniários não ficam sujeitos à contribuição previdenciária.
§ 3º - Constituem indenizações ao servidor:
I – diárias.
§ 4º - O servidor que, a serviço, afastar-se da sede em caráter eventual ou transitório, para outro
ponto do território nacional, fará jus a passagens e diárias destinadas a indenizar as despesas
extraordinárias com pousada, alimentação e locomoção
§ 5º - O servidor perceberá:.
I - diária integral, quando passar mais de doze horas fora da sede;
§ 6º - Não terá direito à diária o servidor que se deslocar da sede por menos de seis horas.
§ 7º - As diárias serão arbitradas e concedidas dentro dos limites dos créditos orçamentários e de
acordo com a regulamentação competente.
§ 8º - As diárias serão pagas adiantadamente, mediante cálculo da duração presumível do
deslocamento do servidor.
§ 9º - O servidor que receber diárias e não se afastar da sede, por qualquer motivo, fica obrigado a
restituí-las integralmente, no prazo de 5 (cinco) dias.
§ 10 -. Em casos especiais, e a critério da Administração, quando o servidor exercer o cargo de
motorista, cujas viagens extramunicipais, forem constantes e rotineiras, as diárias serão pagas
por antecipação em forma de adiantamento, na razão de meia diária multiplicada por quinze dias
úteis, conforme se dispuser em regulamento.”
Art. 70 - Os acréscimos pecuniários não serão computados nem acumulados para efeito de concessão de
quaisquer outras vantagens, sob o mesmo título ou idêntico fundamento.
SUBSEÇÃO I - Do Auxílio-Funeral
Art. 72- Ao cônjuge, ou na falta deste, à pessoa da família que provar ter feito despesas em virtude
de falecimento do servidor ativo ou aposentado, será concedido a título de Auxílio Funeral a
importância correspondente a 2 (dois) salários mínimos vigentes por Lei Federal.
REDAÇÃO DADA PELA LEI Nº. 03/2004.
§ 1º - O pagamento será efetuado à vista da apresentação do atestado de óbito pelo cônjuge ou
pessoa a cujas expensas houver sido realizado funeral, ou procurador legalmente habilitado.
§ 2º - Para efeito de proporcionalidade, o mês do falecimento do servidor, qualquer que tenha sido
a data do óbito, será considerado como integral.
§ 3º - Em caso de falecimento do servidor na ativa, fora do local de trabalho, inclusive da sede as
despesas de transporte do corpo correrão por conta de recursos do Município no âmbito de cada
Poder.
REDAÇÃO DADA PELA LEI Nº. 03/2004.
SUBSEÇÃO II - Do Salário-Família
Art. 74 – O Salário- família será pago na forma dos artigos 81 a 92 do Decreto Federal n.º 3.048 de
06 de maio de 1999, publicado no DOU de 07 de maio de 1999, retificado em 12 de maio de 1999, de
conformidade com o disposto no RGPS.
REDAÇÃO DADA PELA LEI Nº. 03/2004.
Art. 81 - Além do vencimento básico e das vantagens previstas nesta Lei, serão deferidas aos servidores
as seguintes gratificações:
I - gratificação de chefia;
II - gratificação opcional pelo exercício de cargo em comissão;
III - gratificação de férias;
IV - gratificação por hora extraordinária de trabalho;
V - gratificação por trabalho noturno;
VI - gratificação por atividade penosa, insalubre ou perigosa;
VII - gratificação de décimo-terceiro vencimento;
VIII - gratificação pelo regime de tempo integral;
IX - gratificação de plantão médico;
X - gratificação de atendimento médico em Postos de Saúde.
XI – gratificação pelo exercício de encargos especiais, definidos em legislação específica
no âmbito de cada Poder.
REDAÇÃO DADA PELA LEI Nº. 03/2004.
Art. 82 - Ao Servidor será concedida gratificação de chefia, correspondente a um acréscimo de 30% (trinta
por cento) do valor nível básico ocupado pelo servidor.
§ 1º - A designação para as funções de Chefia de que trata deste artigo, será feita pela autoridade
superior desde que haja dotação orçamentária para o atendimento do encargo.
§ 2º - A gratificação de que trata este artigo é inacumulável com a percepção do vencimento de
cargo em comissão e com a gratificação opcional pelo exercício do mesmo.
Art. 84 - Independentemente de solicitação, por ocasião das férias, será concedida ao servidor
gratificação correspondente a um terço da remuneração percebida no mês em que se inicia o período de
fruição.
§ 1º - No caso de acumulação legal de cargos, a gratificação de que trata este artigo será paga
em relação a cada um deles.
§ 2º - A gratificação de que trata este artigo deverá ser paga integralmente e calculada sobre a
remuneração do mês imediatamente anterior ao do início da fruição, excluídas as parcelas decorrentes de
substituição e de pagamentos atrasados, compensando-se eventuais diferenças no mês subseqüente, até
2 (dois) dias antes do início do respectivo período de fruição.
Art. 85 - Ao servidor será concedida gratificação por hora extraordinária de trabalho, calculada sobre as
horas que excederem ao período normal de trabalho, as quais serão remuneradas com acréscimo de 50%
(cinqüenta por cento) sobre o valor da hora normal de trabalho, exceto aos domingos e feriados oficiais
cujo acréscimo por hora extraordinária de trabalho será de 100% (cem por cento).
§ 1º - Somente será permitido serviço em hora extraordinária para atender a situações
excepcionais e temporárias;
§ 2º - O pagamento do adicional por serviço extraordinário, será efetuado juntamente com a
remuneração do mês em que ocorrer este serviço.
§ 3º - A execução do serviço extraordinário será previamente autorizado pela autoridade direta na
lotação do servidor, a quem compete identificar a situação excepcional e temporária.
§ 4º - A proposta do serviço extraordinário será acompanhada da relação nominal dos servidores
que o executará.
§ 5º - A duração do serviço extraordinário não excederá a duas horas por jornada de trabalho,
obedecidos o limite de 40 (quarenta) horas mensais e 200 (duzentos) horas anuais, consecutivas
ou não.
§ 6º - O limite mensal e anual poderá ser acrescido, em até 50% (cinqüenta por cento) mediante a
autoridade competente no âmbito do Poder Executivo e Legislativo.
§ 7º - O Chefe de cada um dos Poderes Executivo ou Legislativo, em caráter excepcional, para
atender situação de risco à saúde ou segurança de pessoas, poderá acrescer o número de horas
de que trata o parágrafo anterior, em até mais 50% (cinqüenta por cento), conforme se dispuser em
regulamento” .
REDAÇÃO DADA PELA LEI Nº. 03/2004.
Art. 86 - Trabalho noturno é aquele executado entre as 22 (vinte e duas) horas de um dia e as 5 (cinco)
horas do dia seguinte. Ao servidor cuja jornada de trabalho esteja total ou parcialmente compreendida
nesse período, será concedida gratificação sobre as horas de trabalho noturno, correspondente a 20%
(vinte por cento) de acréscimo sobre a hora diurna de trabalho, computando-se cada hora como cinqüenta
e dois minutos e trinta segundos.
c) para servidores que operam com raios X ou substâncias radioativas, na base de 40%
(quarenta por cento).
§ 4º - O direito à gratificação por atividade penosa, insalubre ou perigosa, cessa com a eliminação
das condições ou dos riscos que deram causa a sua concessão.
médicos a cada 6 (seis) meses.”
§ 5º - O servidor que fizer jus aos adicionais de insalubridade e de periculosidade deverá optar por
um deles.
§ 6º - Haverá permanente controle da atividade de servidores em operações ou locais
considerados penosos, insalubres ou perigosos.
§ 7º - A servidora gestante ou lactante será afastada, enquanto durar a gestação e a lactação, das
operações e locais previstos neste artigo, exercendo suas atividades em local salubre e em
serviço não penoso e não perigoso.
§ 8º - Os locais de trabalho e os servidores que operam com Raios X ou substâncias radioativas
serão mantidos sob controle permanente, de modo que as doses de radiação ionizante não
ultrapassem o nível máximo previsto na legislação própria.
§ 9º - Os servidores a que se refere o parágrafo anterior serão submetidos a exames médicos a
cada 6 (seis) meses.
REDAÇÃO DADA PELA LEI Nº. 03/2004.
§ 2º - A fração igual ou superior a 15 (quinze) dias será considerada como mês integral.
Art. 89 - No caso de acumulação legal de cargos, o servidor fará jus à percepção de gratificação de
décimo-terceiro vencimento em relação a cada um deles.
Art. 91 - O servidor municipal fará jus a um adicional por tempo de serviço, à razão de 1% (um por cento)
por anuênio de efetivo exercício, calculado sempre sobre o vencimento básico do cargo efetivo, até o
máximo de 35% (trinta e cinco) por cento.
Parágrafo único - O servidor perceberá o adicional a partir do mês em que completar o anuênio.
Art. 93 - Todo servidor fará jus, anualmente, ao gozo de um período de férias, inacumuláveis, com direito
a todas as vantagens, como se em exercício estivesse.
§ 1º - Para cada período aquisitivo de férias, serão exigidos 12 (doze) meses de exercício,
contados sempre a partir da data da primeira investidura em cargo público, ou da data do retorno, em
caso de licenças ou afastamentos.
§ 2º - As férias deverão ser obrigatoriamente usufruídas até 30 (trinta) dias antes do vencimento
do período aquisitivo seguinte.
Art. 94 - Após o decurso de cada período aquisitivo, o servidor terá direito a férias, na seguinte proporção:
I - (trinta) dias consecutivos, quando não houver faltado injustificadamente ao serviço mais de 5
(cinco) vezes, no período;
II - (vinte e quatro) dias consecutivos, quando houver faltado de 6 (seis) a 14 (quatorze) dias, no
período;
III - (dezoito) dias consecutivos, quando houver faltado de 15 (quinze) a 23 (vinte e três) dias, no
período;
IV - (doze) dias consecutivos, quando houver faltado de 24 (vinte e quatro) a 29 (vinte e nove)
dias, no período.
§ 1º - É facultado ao servidor converter 1/3 (um terço) das férias em abono pecuniário, em
cujo cálculo deverá ser considerada a gratificação de férias desde que o requeira pelo menos 15
(quinze) dias antes do término do período aquisitivo.
§ 2º - O servidor que opera direta e permanentemente com Raios X ou substâncias radioativas
gozará 20 (vinte) dias consecutivos de férias, por semestre de atividade profissional, proibida em
qualquer hipótese a acumulação.
§ 3º - As férias dos integrantes do Magistério Público Municipal, na forma deste artigo, coincidirão
com o período de férias escolares.
§ 4º - É proibida a acumulação de férias, salvo por absoluta necessidade de serviço ou motivo
justo, até o máximo de dois períodos consecutivos.
REDAÇÃO DADA PELA LEI Nº. 03/2004.
Art. 95 - Não será considerado como falta, para os efeitos do artigo anterior, a ausência do servidor em
virtude das causas enumeradas no artigo 149.
Art. 96 - Não terá direito a férias o servidor que, no decurso do período aquisitivo:
I - tiver permanecido em licença por acidente em serviço ou licença para tratamento de saúde, por
mais de 6 (seis) meses, embora descontínuos;
II - tiver obtido licença para tratamento de saúde em pessoa da família, por período superior a 3
(três) meses, embora descontínuos;
III - tiver usufruído de afastamento para cursos, por período superior a 6 (seis) meses;
IV - tiver usufruído, na sua unidade de lotação, de qualquer dos afastamentos previstos no artigo
131, durante todo o período aquisitivo;
V - estiver em gozo de licença por motivo de afastamento do cônjuge e licença para tratar de
assuntos particulares.
§ 1º - Nos casos previstos no inciso IV, deste artigo, no que concerne a afastamentos para cursos,
e nas hipóteses do inciso III, consideram-se usufruídas as férias nos períodos de recesso acadêmico
ocorridos no prazo de duração do afastamento autorizado.
§ 2º - Nos demais casos previstos no inciso IV, a responsabilidade pela concessão das férias,
segundo as normas desta Lei, será do órgão, entidade ou unidade em que o servidor encontrar-se
prestando serviços, seja a que título for.
§ 3º - Iniciar-se-á o decurso de novo período aquisitivo quando, após a ocorrência de qualquer
das condições previstas neste artigo, o servidor retornar ao serviço.
Art. 97 - As férias somente poderão ser interrompidas por motivo de calamidade pública e comoção
interna, devendo ser completada a fruição tão logo cesse a causa da interrupção.
Art. 98 - O chefe da unidade administrativa organizará, no mês de dezembro, a escala de férias para o
ano seguinte.
Parágrafo único - Os servidores que exerçam cargo em comissão ou função de direção e chefia
não serão compreendidos na escala, ficando, todavia integralmente sujeitos às disposições do artigo 93 e
parágrafos.
Art. 99 - O servidor removido, quando em gozo de férias, não será obrigado a interrompê-las.
CAPÍTULO IV - Das Licenças
SEÇÃO I - Disposições Gerais
“Art. 101 – A licença de que trata o inciso I do artigo anterior será sempre concedida de acordo
com o regulamento do Regime Geral de Previdência Social.
§ 1 ° - A licença de que trata o inciso IV do artigo anterior será concedida através de indicação
médica.
§ 2 ° - O auxílio doença será devido ao segurado a contar do 16° (décimo sexto) dia do afastamento
da atividade.
§ 3 ° - Durante os primeiros 15 (quinze) dias consecutivos ao do afastamento da atividade por
motivo de doença, incumbirá aos órgãos de lotação do servidor pagar ao servidor a sua
remuneração, a titulo de licença para tratamento de saúde.
§ 4 ° - O benefício só será concedido ao segurado, após inspeção por Junta Médica Oficial do
INSS.”
§ 5 ° - Quando a incapacidade ultrapassar quinze dias consecutivos, o participante deverá
comparecer ou ser encaminhado à perícia médica do INSS.
§ 6° - O auxílio-doença consiste numa renda mensal equivalente a 80% (oitenta por cento) da
remuneração total do servidor, que será paga pelo INSS após o 16º (décimo-sexto) dia do
afastamento da atividade por motivo de doença e complementada a diferença pelo Município.
REDAÇÃO DADA PELA LEI Nº. 03/2004.
Art. 102 - Verificando-se, como resultado da perícia feita pela junta médica oficial, redução da capacidade
física do servidor, ou estado de saúde que impossibilite o desaconselhe o exercício das atribuições
inerentes ao seu cargo, e desde que não se configure a necessidade de aposentadoria nem de licença
para tratamento de saúde, poderá o servidor ser readaptado em cargo diferente, na forma do disposto no
artigo 46, sem que essa readaptação lhe acarrete qualquer prejuízo de vencimento básico e vantagens
pessoais.
Parágrafo Único – Verificando-se, em qualquer tempo, ter sido gracioso o atestado médico ou o
laudo da Junta Médica, a autoridade competente promoverá a punição dos responsáveis, e o
servidor a quem aproveitar a fraude na pena de suspensão e, na reincidência, na de demissão ou
exoneração de seu cargo, sem prejuízo da ação penal que couber.
REDAÇÃO DADA PELA LEI Nº. 03/2004.
Art. 103 - O tempo necessário à perícia médica será sempre considerado como de licença, desde que não
exceda a 2 (dois) dias úteis.
Art. 104 - A licença para o tratamento de saúde pode ser prorrogada a pedido ou de ofício.
§ 1º - O pedido deve ser apresentado até 48 (quarenta e oito) horas antes de findo o prazo da
licença; se indeferido, conta-se como de licença o período compreendido entre a data do término e a do
conhecimento oficial do despacho denegatório.
§ 2º - Quando o pedido de prorrogação for apresentado depois de findo o prazo da licença, não se
conta como de licença o período compreendido entre o dia de seu término e o do conhecimento oficial do
despacho, devendo a mesma ter início na data da avaliação do periciando e da emissão do respectivo
laudo concessório.
Art. 105 - O servidor que se encontrar fora do Município deve, para fins de prorrogação ou concessão de
licença, dirigir-se à autoridade competente a que esteja diretamente subordinado, juntando laudo médico
do serviço oficial da localidade em que se encontrar, indicando ainda sua residência.
Art. 106 - A licença que se refere o artigo 100, inciso VI é concedida na forma estabelecida pela legislação
eleitoral.
Art. 107 - Ao servidor investido exclusivamente em cargo em comissão não se aplicam as licenças
previstas nos incisos V a VIII, do artigo 100.
Art. 108- Para a concessão da licença, a perícia será feita por junta médica oficial do RGPS –
Regime Geral de Previdência Social.
REDAÇÃO DADA PELA LEI Nº. 03/2004.
Art. 109 - O servidor não poderá permanecer em licença para tratamento de saúde por prazo superior a
24 (vinte e quatro) meses, exceto nos casos considerados recuperáveis, em que, a critério da junta
médica oficial, esse prazo poderá ser prorrogado.
Parágrafo Único - Expirado o prazo do presente artigo, o servidor será submetido a nova
perícia e aposentado, se julgado inválido para o serviço público pelo RGPS e não puder ser
readaptado, na forma do artigo 46.
REDAÇÃO DADA PELA LEI Nº. 03/2004.
Art. 110 - Os critérios de aposentadoria imediata do servidor, por invalidez, são de competência
única e exclusiva da junta médica oficial do RGPS.
REDAÇÃO DADA PELA LEI Nº. 03/2004.
Art. 111 - No processamento das licenças para tratamento de saúde, será observado o devido sigilo sobre
os laudos e atestados médicos, em consonância com o que estabelece o código de ética médica.
Art. 112 - Considerado apto, em perícia médica, o servidor reassumirá o exercício, sob pena de serem
computados como faltas os dias de ausência.
Art. 113 - No curso da licença, poderá o servidor requerer nova perícia, caso se julgue em condições de
reassumir o exercício ou com direito à aposentadoria, resguardando-se a decisão da junta médica oficial,
no pronunciamento concernente ao caso.
Art. 114 - O servidor acometido de patologias incompatíveis com o serviço, com base na medicina
especializada, conforme apurado em perícia médica, será compulsoriamente licenciado , com
direito à percepção da remuneração inerente ao cargo, isto é, o auxílio-doença pago pelo INSS,
acrescido da diferença complementar de seus vencimentos a ser paga pelo Município, quando
couber.
REDAÇÃO DADA PELA LEI Nº. 03/2004.
Art. 115 – Será licenciado, fazendo jus ao Auxílio Acidente, o servidor acidentado em serviço, na
forma do RGPS, cuja diferença será complementada pelo Município, para recompor a remuneração
integral do servidor.
REDAÇÃO DADA PELA LEI Nº. 03/2004.
Art. 116 - Configura acidente em serviço o dano físico ou mental sofrido pelo servidor e que se relacione,
mediata ou imediatamente, com o exercício do cargo.
Parágrafo único - Equipara-se ao acidente em serviço o dano decorrente de agressão sofrida e
não provocada pelo servidor, no exercício do cargo.
Art. 117 - O servidor acidentado em serviço, que necessite de tratamento especializado, e desde
que devidamente autorizado pela autoridade competente, poderá ser tratado em instituição
privada, por conta dos cofres públicos, quando inexistirem meios e recursos adequados, em
instituição pública.
REDAÇÃO DADA PELA LEI Nº. 03/2004.
Art. 118 - A prova de acidentes será feita ao sistema pericial oficial do Município, mediante emissão de
comunicação de acidente do trabalho, no prazo de 2 (dois) dias úteis, prorrogável quando as
circunstâncias o exigirem.
Art. 119 - será concedida licença à servidora gestante por 120 (cento e vinte) dias consecutivos, sem
prejuízo da remuneração.
§ 1º - A licença poderá ter início a partir do oitavo mês de gestação.
§ 2º - A partir do oitavo mês de gestação, não será concedida licença para tratamento de saúde,
impondo se a concessão da licença à gestante.
§ 3º - No caso de nascimento prematuro, a licença terá início a partir do dia imediato ao parto.
§ 4º - No caso de natimorto, decorridos 40 (quarenta) dias do evento, a servidora será submetida
a exame médico e, se julgado apta, reassumirá o exercício.
§ 5º - No caso de aborto não criminoso, atestado por junta médica oficial, prevalece a decisão que
por ela for proferida.
§ 6º - Fica garantida a mudança de função à gestante, nos casos em que houver
recomendação clínica, sem prejuízo de seus vencimentos e demais vantagens do cargo.
REDAÇÃO DADA PELA LEI Nº. 03/2004.
Art. 120 - Para amamentar o próprio filho, até à idade de 6 (seis) meses, a servidora lactante terá direito,
durante a jornada de trabalho, a 2 (dois) descanso, de meia hora cada.
Art. 121 - À servidora que anotar o obtiver a guarda judicial da criança até um 1 (um) ano de idade, serão
concedidos 90 (noventa) dias de licença remunerada. Se criança maior de 1 (um) ano o prazo será de 30
(trinta) dias.
SEÇÃO IV - Da Licença-Paternidade
Art. 122 - Será concedida licença-paternidade ao servidor, por 5 (cinco) dias consecutivos, sem prejuízo
da remuneração, a contar da data do nascimento do filho.
SEÇÃO V - Da Licença por Motivo de Doença em Pessoa da Família
Art. 123 - Poderá ser concedida licença ao servidor por motivo de doença do cônjuge ou
companheiro, dos pais, dos filhos, do padrasto ou madrasta e enteado, ou dependente que viva às
suas expensas e conste do seu assentamento funcional, mediante comprovação oficial de:
REDAÇÃO DADA PELA LEI Nº. 03/2004.
I - atestado médico, por até 30 dias;
II - junta médica oficial, por mais de 30 dias.
Parágrafo único - A licença somente será deferida se a assistência direta do servidor for
indispensável e não puder ser prestada simultaneamente com exercício do cargo, o que deverá ser
acompanhado através de assistência social.
Art. 125 - O servidor terá direito a licença, a partir do registro da sua candidatura e até o dia seguinte ao
da eleição, como se em efetivo exercício estivesse, para promoção de sua campanha a mandato eletivo,
na forma da legislação eleitoral.
Parágrafo único - Para a obtenção da licença a que se refere este artigo, é suficiente a
apresentação da certidão do registro da candidatura, fornecida pelo cartório eleitoral.
Art. 126 - Ao servidor que, durante o período de 10 (dez) anos ininterruptos, não se afastar do exercício
de suas funções, é assegurado o direito à licença especial de 6 (seis) meses, por decênio, com
remuneração integral.
§ 1º - Após cada qüinqüênio de efetivo exercício, o servidor que a requerer, conceder-se-á licença
especial de 3 (três) meses, com todos os direitos e vantagens inerentes ao seu cargo efetivo.
§ 2º - É vedada a interrupção da licença, durante o período em que foi concedida.
Art. 127 - Não podem gozar licença especial, simultaneamente, o servidor e seu substituto legal.
Parágrafo único - Na mesma unidade administrativa não poderão gozar licença especial,
simultaneamente, servidores em número superior à sexta parte do respectivo total. Quando o número de
servidores for inferior a 6 (seis), somente um deles poderá entrar no gozo da licença.
Art. 128 – O servidor público municipal poderá requerer a licença especial a partir da data que:
a) completar 5 (cinco) anos de efetivos serviços prestados no cargo fará jus a 90 dias de
licença;
b) completar 10 (dez) anos de efetivos serviços prestados no cargo fará jus a 6 (seis)
meses de licença;
c) o servidor que não usufruir a sua licença especial fará jus a uma indenização pecuniária
no valor de seus vencimentos básicos proporcionais as licenças não usufruídas no
momento que passar para a inatividade.
§ Único: Os poderes cada um no seu âmbito regulamentarão a forma de pagamento das licenças
não usufruídas.
REDAÇÃO DADA PELA LEI Nº. 03/2004.
Art. 129 - A critério da Administração, poderão ser concedidas ao servidor municipal ocupante de
cargo efetivo,desde que não esteja em estágio probatório, licenças para o trato de assuntos
particulares pelo prazo de até três anos consecutivos sem remuneração, não se computando o
tempo de licença para nenhum efeito.
Redação dada pela lei nº. 03/2004.
§ 1º - Não será concedida a licença para tratar de assuntos particulares, quando tal concessão
implicar em nova nomeação de servidor.
§ 2º - O servidor aguardará em exercício a concessão da licença.
Art. 130 - Não será concedida licença para tratar de assuntos particulares quando inconveniente para o
serviço, nem a servidor removido, transferido ou provido por nomeação, reversão, reintegração ou
aproveitamento, antes de assumir o respectivo exercício, ou ainda, que a qualquer título, esteja ainda
obrigado a indenização ou devolução aos cofres públicos.
Art. 131 - Mediante autorização da autoridade competente, o servidor poderá afastar-se do seu cargo
efetivo:
Art. 132 - O afastamento previsto no inciso I, do artigo 131, não poderá exceder a 6 (seis) meses,
contínuos ou alternados, excetuados os casos de cursos a nível de mestrado ou doutorado, em que o
afastamento poderá se estender até 2 (dois) anos, a critério exclusivo da autoridade concedente,
prorrogáveis uma única vez e, no máximo, por até 2 (dois) anos, de modo que a duração total não poderá
ultrapassar a 4 (quatro) anos.
Art. 133 - Ao servidor beneficiado pelos afastamentos a que se referem os incisos I e II, do artigo 131, não
se permitirá exoneração, transferência, licença para tratar de assuntos particulares ou aposentadoria
voluntária antes de decorrido o prazo abaixo, ressalvada a hipótese de ressarcimento integral das
despesas ocasionadas com o afastamento, corrigidas monetariamente:
I - 12 (doze) meses, se a duração do afastamento tiver sido igual ou inferior a 60 (sessenta) dias
e/ou 360 (trezentos e sessenta) horas;
II - 24 (vinte e quatro) meses, se a duração tiver sido superior a 60 (sessenta) dias e/ou 360
(trezentos e sessenta) horas.
Parágrafo único - No caso de aposentadoria voluntária, durante o período a que se refere este
artigo, o ressarcimento poderá ser efetuado na forma prevista no parágrafo 1º, do artigo 182.
Art. 134 - Poderá ser concedido, mediante autorização da autoridade competente, afastamento ao
servidor estável, matriculado em curso de pós-graduação, aperfeiçoamento ou atualização, a realizar-se
fora da localidade onde exercer as atribuições do seu cargo.
§ 1º - O curso de pós-graduação, aperfeiçoamento ou atualização deverá visar ao melhor
aproveitamento do servidor no serviço público e guardar relação direta com as atribuições inerentes ao
cargo efetivo por ele ocupado.
Art. 136 - Ao servidor será concedido afastamento para exercício de mandato eletivo, nos termos do art.
38 e seus incisos da Constituição Federal.
Art. 137 - O servidor empossado em cargo em comissão será afastado do cargo efetivo de que é
ocupante.
Art. 139 - O servidor vinculado ao regime desta Lei, que acumular licitamente 2 (dois) cargos de carreira,
quando investido em cargo em comissão, ficará afastado de ambos os cargos efetivos, recebendo a
remuneração desses cargos, ou, por opção, a do cargo em comissão.
Parágrafo único - O afastamento previsto neste artigo ocorrerá apenas em relação a um dos
cargos de carreira, se houver compatibilidade de horário.
Art. 140 - É facultado ao servidor público, eleito para a direção de entidade representativa da categoria
profissional a que pertence, o afastamento do seu cargo, sem prejuízo dos vencimentos, vantagens e
ascensão funcional.
Parágrafo único - O afastamento de que trata este artigo será limitado, no máximo, a 3 (três)
servidores.
Art. 142 - Poderá ser concedida a redução de carga horária ao servidor estudante do ensino regular, com
redução proporcional de remuneração, quando comprovada a incompatibilidade entre o horário escolar e
o do órgão, sem prejuízo do exercício do cargo.
§ 1º - Para efeito do disposto neste artigo, será exigida a compensação de horário no órgão ou
entidade que tiver exercício, respeitada a duração semanal do trabalho.
§ 2º - As disposições do parágrafo anterior são extensivas ao servidor que tenha cônjuge, filho ou
dependente portador de deficiência física, exigindo-se, porém, neste caso, compensação de
horário.
REDAÇÃO DADA PELA LEI Nº. 03/2004.
CAPÍTULO VIII - Do Tempo de Serviço
Art. 143 - Computar-se-á, para todos os efeitos legais, o tempo de serviço prestado à administração
pública do Município de Antonina.
Art. 145 - Computar-se-á apenas para efeito de aposentadoria o tempo de serviço em atividade privada,
rural e urbana, vinculado à previdência social.
Art. 146 - O tempo de serviço a que aludem os artigos 144 e 145, será computado à vista de certidões
passadas pelos órgãos competentes.
Art. 147 - A apuração do tempo de serviço será feita em dias, que serão convertidos em anos,
considerado o ano como de 365 (trezentos e sessenta e cinco) dias, e de acordo com as normas
vigentes do RGPS.
REDAÇÃO DADA PELA LEI Nº. 03/2004.
Art. 148 - É vedado computar, cumulativamente, o tempo de serviço prestado, em paralelo, em dois ou
mais cargos ou funções da União, dos Estados, ou dos Municípios.
Art. 149 - Será considerado como de efetivo exercício o afastamento em virtude de:
I - férias;
II - casamento, por 5 (cinco) dias úteis;
III - luto por falecimento de cônjuge, pais e filhos, por 5 (cinco) dias úteis;
IV - convocação para o serviço militar;
V - júri e outros serviços obrigatórios por Lei;
VI - exercício de mandato eletivo federal, estadual, de Prefeito e de Vereador;
VII - licença especial;
Art. 150 - Aos servidores titulares de cargos públicos de carreira, fica assegurado o REGIME
GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL – RGPS.”
§ 4º - Revogado.
§ 5º - Ao servidor da administração direta dos Poderes do Município, bem como ao das autarquias
e fundações públicas que completarem o tempo para a aposentadoria voluntária integral poderá
ser concedido, a critério da administração e desde que o servidor não requeira sua passagem para
a inatividade, o abono-permanência, correspondente a 20% (vinte por cento) da remuneração
mensal, salvo trintenário, a contar do primeiro dia subseqüente ao período aquisitivo da
aposentadoria.
§ 6º - Não incidirão sobre o abono-permanência os descontos referentes às contribuições
previdenciárias.
REDAÇÃO DADA PELA LEI Nº. 03/2004.
Art. 151 - A assistência à saúde dos servidores e seus dependentes será prestada através do Sistema
Único de Saúde, ou mediante convênio com outras entidades privadas.
SEÇÃO II - Da Aposentadoria
Art. 152 – Os servidores abrangidos pelo regime de previdência de que trata o artigo 150, serão
aposentados , calculados os seus proventos na forma da Lei.
§ 8º - Para o cálculo dos proventos proporcionais será considerado um trinta e cinco avos da
totalidade da remuneração contributiva do servidor na véspera da concessão do benefício, por ano de
contribuição, se homem, e um trinta avos, se mulher.
Art. 153 - A aposentadoria compulsória será automática e declarada por ato, com vigência a partir
do dia imediato àquele em que o servidor atingir a idade-limite de permanência no serviço ativo,
observando-se no que couber o regulamento do RGPS.
REDAÇÃO DADA PELA LEI Nº. 03/2004.
Art. 154 - A aposentadoria voluntária ou por invalidez vigorará a partir da data da publicação do respectivo
ato.
Art. 155 - No caso de aposentadoria voluntária, o servidor aguardará em exercício, ou dele legalmente
afastado, a publicação do ato de aposentadoria.
Parágrafo único - No caso de aposentadoria compulsória, o servidor será dispensado de
comparecimento ao serviço, a partir da data em que completar a idade-limite.
Art. 157 - Quando proporcional ao tempo de serviço, provimento não será inferior a um terço da
remuneração da atividade, nem ao valor da referência inicial da tabela geral de vencimentos, estabelecida
em Lei.
Art. 158 - As gratificações a que se refere o artigo 81, incisos IV, V, VI e VII, integrarão o provento de
aposentadoria, proporcionalmente, à base de 1/35 (um trinta e cinco avos) e a 1/30 (um trinta avos),
respectivamente, para servidor do sexo masculino e do sexo feminino, por ano de efetiva percepção.
Art. 159 - O provento de aposentadoria compõe-se do valor do vencimento básico do cargo do servidor
em atividade acrescido das vantagens incomparáveis por força desta Lei, calculados integral ou
proporcionalmente, quando for o caso.
Art. 160 - Pensão é o benefício devido aos dependentes do servidor, em virtude de sua morte.
“Art. 161 - O benefício da pensão por morte corresponderá a 100% (cem por cento) da remuneração
ou provento do servidor falecido e será de responsabilidade do RGPS e complementado pelo
Município, observado o limite estabelecido no artigo 63.
REDAÇÃO DADA PELA LEI Nº. 03/2004.
Art. 163 - Para exercício dos direitos assegurados no artigo anterior, será necessário:
I - requerimento ou representação dirigida à autoridade competente para decidir e encaminhado
por intermédio daquela a que estiver subordinado o requerente;
II - o pedido de reconsideração dirigido à autoridade que haja expedido o ato ou proferido a
primeira decisão, não podendo ser renovado.
§ 1º - A decisão final do requerimento ou representação deve ser dada no prazo máximo de 60
(sessenta) dias, e o pedido de reconsideração no de 30 (trinta) dias, ambos os prazos contados da data
do recebimento das petições, na unidade administrativa em que tenha sede a autoridade competente para
a decisão.
Art. 165 - O pedido de reconsideração e o recurso não tem efeito suspensivo; o que for provido retroagirá,
nos seus efeitos, à data do ato impugnado.
Art. 167 - Os prazos de prescrição contar-se-ão da data da publicação do ato impugnado, no órgão oficial
do Município.
Art. 168 - O pedido de reconciliação e o recurso, quando cabíveis, interrompem a prescrição até 2 (duas)
vezes.
Parágrafo único - Interrompido o curso da prescrição, este recomeçará a correr pelo prazo
restante, a partir da data da publicação oficial do despacho denegatório ou restritivo do pedido.
Art. 172 - Para o exercício do direito de petição, é assegurada vista do processo administrativo ou
documento, ao servidor ou a procurador por ele constituído, na unidade administrativa.
Art. 173 - É vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto nos casos e condições
previstos pela Constituição Federal.
Art. 174 - O servidor aposentado, quando no exercício de mandato eletivo, de cargo em comissão o
contratado para a prestação de serviços públicos, poderá perceber a remuneração dessa atividade
cumulativamente com os proventos de aposentadoria.
Art. 175 - verificada, em processo administrativo, a existência de acumulação ilícita, o servidor será
obrigado a optar por um dos cargos, no prazo improrrogável de 15 (quinze) dias a contar do recebimento
da comunicação. Se não o fizer nesse prazo, será suspenso o pagamento de ambos os cargos.
Parágrafo único - Provada má-fé o servidor será demitido de ambos os cargos e restituirá o que
tiver recebido indevidamente.
Art. 176 - As acumulações serão objeto de exame e parecer, em cada caso, para efeito de nomeação
para cargo ou função pública, e sempre que houver interesse da administração.
Art. 177 - Ressalvado o caso de substituição, o servidor não pode exercer, simultaneamente, mais de uma
função de chefia, bem como receber, cumulativamente, vantagens pecuniárias da mesma natureza.
Parágrafo único - A representação de que trata a alínea "o", do inciso I, será encaminhada pela
via hierárquica e obrigatoriamente apreciada pela autoridade superior contra a qual é formulada.
VII - cometer a pessoa estranha ao local de trabalho o desempenho de encargo que seja de sua
competência ou de seu subordinado;
VIII - compelir outro servidor no sentido de filiação a partido político ou associação profissional ou
sindical;
IX - manter sob sua chefia imediata cônjuge ou parente até o segundo grau civil;
X - utilizar pessoal ou recursos do órgão em serviços ou atividades particulares;
XI - exercer quaisquer atividades que não sejam inerentes ao exercício do cargo ou função,
durante o horário de trabalho;
XII - revelar fato ou informação de natureza sigilosa de que tenha ciência, em razão do cargo ou
função, salvo quando se tratar de depoimento em processo judicial, policial ou administrativo;
XIII - valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da dignidade
pública;
XIV - enquanto na atividade, participar de diretoria, gerência, administração, Conselho Técnico
Administrativo de empresa ou sociedade comercial ou industrial:
a) contratante ou concessionária de serviço público municipal;
b) fornecedora de equipamento, material ou serviço de qualquer natureza ou espécie, a
qualquer órgão municipal.
XV - atuar, como procurador ou intermediário, junto a órgãos públicos, salvo quando se tratar de
benefícios previdenciários ou assistências de cônjuge ou parentes até segundo grau;
XVI - receber propina, presente, comissão ou vantagem de qualquer espécie, em razão de suas
atribuições;
XVII - praticar usura sob qualquer de suas formas;
XVIII - proceder de forma desidiosa;
XIX - cometer a outro servidor atribuições estranhas às do cargo que ocupa, exceto em situações
de emergência e transitórias;
CAPÍTULO IV - Da Responsabilidade
Art. 181 - Pelo exercício regular de suas atribuições, o servidor responde civil, penal e
administrativamente.
Art. 182 - A responsabilidade civil decorre de procedimento doloso ou culposo, que importe em prejuízo
da Fazenda Municipal ou de terceiros.
Art. 183 - A responsabilidade penal abrange os crimes e contravenções imputados ao servidor, nessa
qualidade.
Art. 185 - As combinações civis, penais e disciplinares poderão cumular-se, sendo uma e outra
independentes entre si, bem assim as instâncias civil, penal e administrativa.
Art. 186 - A responsabilidade civil ou administrativa do servidor será afastada, no caso de absolvição
criminal que negue a existência do fato ou a sua autoria.
I - repreensão;
II - suspensão;
III - destituição de função de chefia;
IV - demissão;
V - cassação de aposentadoria e
VI - cassação de disponibilidade.
Art. 188 - Na aplicação das penalidades serão consideradas a natureza e a gravidade da infração
cometida, os danos que dela provierem para o serviço público e os antecedentes funcionais.
Art. 189 - A repreensão será aplicada por escrito, nos casos de violação de proibição constante do artigo
180, incisos I a XII, e de inobservância de deveres funcionais previstas em lei, regulamentos ou normas
internas.
Art. 190 - A suspensão será aplicada em caso de reincidência das faltas punidas com repreensão ou de
violação às demais proibições que não tipifiquem infração sujeita a penalidade de demissão, não podendo
exceder de 90 (noventa) dias.
Parágrafo único - O servidor suspenso perderá o vencimento básico e todas as vantagens
pessoais decorrentes do exercício do cargo.
Art. 191 - A destituição de função de chefia terá por fundamento a falta de exação no cumprimento do
dever.
Art. 193 - A demissão, nos casos dos incisos IV, VIII e X, do artigo 192, implica a indisponibilidade dos
bens pessoais e o ressarcimento do erário, sem prejuízo da ação penal cabível.
Art. 194 - A ausência do servidor ao serviço, por 30 (trinta) dias consecutivos, configura abandono de
cargo.
Art. 195 - Entende-se por inassiduidade habitual a falta ao serviço, sem causa justificada, por 20 (vinte)
dias, interpoladamente, durante o período de 12 (doze) meses.
Art. 196 - O ato de imposição da penalidade mencionará sempre o fundamento legal e a causa da sanção
disciplinar.
Art. 199 - A autoridade que tiver ciência ou notícia de irregularidade no serviço público municipal, ou de
faltas funcionais, é obrigada, sob pena de se tornar co-responsável, a promover sua apuração, de
imediato.
Art. 200 - O Chefe do respectivo Poder, a fim de que o servidor não venha influir na apuração da
irregularidade, sempre que julgar necessário, poderá ordenar o seu afastamento do cargo ou função, pelo
prazo de até 30 (trinta) dias, sem prejuízo da remuneração.
§ 1º - O afastamento poderá ser prorrogado por até 90 (noventa) dias, incluído nestes o prazo
inicial, findo o qual cessarão os efeitos, ainda que não concluído o processo.
§ 2º - O afastamento preventivo é medida cautelar e não constitui pena.
Art. 201 - A sindicância será instaurada por ordem do chefe da unidade administrativa a que estiver
subordinado o servidor, podendo constituir-se em peça ou fase do processo administrativo respectivo.
Art. 202 - Promoverá a sindicância uma comissão designada pela autoridade que a houver determinado e
composta de 3 (três) servidores estáveis, de reconhecida experiência administrativa e funcional.
§ 1º - Ao designar a comissão, a autoridade indicará, dentre seus membros, o respectivo
presidente.
§ 2º - O presidente da comissão designará um dos membros que deverá secretariá-la, sem
prejuízo do direito de voto.
Art. 203 - A comissão, sempre que necessário, dedicará todo o tempo do expediente aos trabalhos da
sindicância.
Art. 204 - A sindicância administrativa deverá ser iniciada dentro de 3 (três) dias, contados da publicação
do ato designatário dos membros da comissão, no órgão oficial do município e concluída no prazo de 30
(trinta) dias, improrrogáveis.
Art. 205 - A comissão deverá ouvir as pessoas que tenham conhecimento ou que possam prestar
esclarecimentos a respeito do fato, bem como proceder a todas as diligências que julgar convenientes à
sua elucidação.
Art. 206 - Ultimada a sindicância, remeterá comissão, à autoridade que a instaurou, relatório que configure
o fato, indicando o seguinte:
I - se é irregular ou não;
II - caso seja, quais os dispositivos legais violados e se há presunção de autoria.
Parágrafo único - O relatório não deverá propor qualquer medida, excetuada a abertura de
processo administrativo, limitando-se a responder aos quesitos deste artigo.
Art. 207 - Decorrido o prazo do artigo 204, sem que seja apresentado o relatório, a autoridade competente
deverá promover a responsabilidade dos membros da comissão.
Art. 208 - A autoridade competente deverá pronunciar-se sobre a sindicância no prazo máximo de 10
(dez) dias, a partir da data do recebimento do relatório.
Art. 209 - É competente para determinar a instauração de processo administrativo o Chefe do Poder
Executivo.
Parágrafo único - O processo precederá sempre a aplicação das penas de repreensão,
suspensão, destituição de cargo em comissão ou função de chefia, demissão, cassação de aposentadoria
e cassação de disponibilidade, ressalvado o disposto no inciso I, do parágrafo único, do artigo 199.
Art. 210 - Promoverá o processo uma comissão designada pela autoridade que houver determinado a sua
Instauração e composta por 3 (três) servidores estáveis, de reconhecida experiência administrativa e
funcional.
§ 1º - Do ato de designação constará a indicação do membro da comissão que deverá presidi-la.
§ 2º - A comissão será secretariada por um servidor estável, designado pelo presidente da
comissão.
§ 3º - A comissão, sempre que necessário, dedicará todo o tempo do expediente aos trabalhos do
processo administrativo.
Art. 211 - O processo administrativo deverá ser iniciado dentro de 3 (três) dias, contados da Publicação do
ato designatário dos membros da comissão e deverá estar concluído no prazo de 90 (noventa) dias,
prorrogável por igual período, nos casos de impossibilidade comprovada, pela autoridade que houver
determinado a sua Instauração.
Art. 212 - A comissão procederá a todas as diligências necessárias, recorrendo, inclusive, a técnicos e
peritos.
Art. 213 - Apresentado o relatório, a comissão ficará à disposição da autoridade que houver mandado
instaurar o processo, para Prestação de qualquer esclarecimento julgado necessário, dissolvendo-se 10
(dez) dias após a data em que for proferido o julgamento.
Art. 214 - Recebido o processo, a autoridade que houver determinado a sua Instauração proferirá o seu
julgamento, no prazo de 20 (vinte) dias, desde que a pena aplicável se enquadre entre aquelas de sua
competência.
Parágrafo único - Verificado que a imposição de pena incumbe ao Chefe do Poder Executivo, ser-
lhe-á submetido o processo, no prazo de 8 (oito) dias, para que o julgue nos 20 (vinte) dias subseqüentes
ao seu recebimento.
Art. 215 - A autoridade encarregada de julgar o processo, se considerar que os fatos não foram apurados
devidamente, designará nova comissão processante.
Art. 216 - Durante o curso do processo, será permitida a intervenção do indiciado ou de seu defensor.
Parágrafo único - Se essa intervenção for requerida após o relatório, o seu deferimento se fará a
juízo da autoridade que houver determinado a Instauração do processo, quando forem apresentados
elementos ou provas capazes de alterar o pronunciamento da comissão.
Art. 217 - O servidor que responde a processo disciplinar somente poderá ser exonerado do cargo, a
pedido, ou aposentado voluntariamente, após a conclusão do processo e cumprimento da penalidade
aplicada.
Art. 218 - Configurado o abandono de cargo, a comissão de processo administrativo iniciará os seus
trabalhos fazendo publicar, no órgão oficial do Município, editais de chamamento do acusado, durante 3
(três) dias consecutivos.
Parágrafo único - Findo o prazo fixado neste artigo, e não tendo sido feita a prova da existência de
força maior ou de coação ilegal, o servidor será demitido por abandono de cargo, ou exonerado de ofício,
conforme o caso.
Art. 219 - Se ao servidor se imputar crime, praticado na esfera administrativa, a autoridade que determinar
a instauração do processo administrativo providenciará para que se instaure, simultaneamente, o inquérito
policial.
Art. 220 - Quando o ato atribuído ao servidor for considerado criminoso, será o processo remetido à
autoridade policial competente, ficando o translado no órgão de origem.
Art. 221 - O processo administrativo poderá ser revisto, a pedido ou de ofício, observada a prescrição
prevista no artigo 170, quando forem aduzidos fatos ou circunstâncias susceptíveis de justificar a
inocência do servidor punido ou a inadequação da penalidade aplicada.
Parágrafo único - Tratando-se de servidor falecido, desaparecido ou incapacitado para requerer, a
revisão poderá ser solicitada por qualquer pessoa que comprove legítimo interesse.
Art. 222 - A simples alegação de injustiça da penalidade não constitui fundamento para revisão, que
requer elementos novos ainda não apresentados no processo originário.
Art. 224 - O requerimento, devidamente instruído, será encaminhado ao Chefe do respectivo Poder, que
decidirá sobre o pedido.
§ 1º - Deferida a revisão, o Chefe do Poder Executivo despachará o requerimento ao órgão onde
se originou o processo, para a constituição de comissão, na forma prevista no artigo 181.
§ 2º - É impedido de funcionar na revisão quem integrou a comissão de processo administrativo.
Art. 225 - Concluído o encargo da comissão revisora, em prazo não excedente a 60 (sessenta) dias, será
o processo encaminhado para julgamento, com respectivo relatório.
Parágrafo único - O prazo para julgamento será de 30 (trinta) dias, podendo, antes, a autoridade
determinar diligências, com a suspensão do mesmo, o qual se renovará quando findas aquelas.
Art. 226 - Julgada procedente a revisão, o Chefe do Poder Executivo poderá alterar a classificação da
falta disciplinar, modificando a pena, absolver o servidor ou anular o processo.
§ 1º - A absolvição implicará o restabelecimento de todos os direitos perdidos em virtude da
penalidade aplicada.
§ 2º - Da revisão do processo não poderá resultar agravamento da penalidade imposta.
Art. 227 - Para atender as necessidades temporárias de excepcional interesse público, poderão ser
efetuadas admissões de pessoal por tempo determinado, mediante ato administrativo padronizado, do
qual constarão todos os direitos, vantagens, deveres e obrigações do admitido.
§ 1º - Para os efeitos deste artigo, será considerado de excepcional interesse público o
atendimento dos serviços que, por sua natureza, tenham características inadiáveis e deles decorram
prejuízos à vida, à segurança, à subsistência e à educação da população.
Art. 228 - Consideram-se como de excepcional interesse público as admissões que visem a:
Art. 229 - As admissões de que trata o artigo 227 terão dotação específica e serão feitas pelo prazo
máximo de até 1 (um) ano, prorrogável por igual período.
Art. 230 - A admissão será precedida de teste seletivo, através de procedimento administrativo de
recrutamento e seleção, exceto nas hipóteses previstas nos incisos I e II, do artigo 228.
Art. 231 - É vedado o desvio de função de pessoa admitida na forma deste título, sob pena de nulidade do
ato e responsabilidade da autoridade solicitante da admissão.
Art. 232 - Nas admissões por tempo determinado, serão observados os níveis de vencimentos iniciais de
cada classe, constantes do plano de carreira.
Art. 233 - O Dia do Servidor Público será comemorado a 28 (vinte e oito) de outubro.
Art. 234 - Por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, nenhum servidor poderá
ser privado de quaisquer de seus direitos, sofrer discriminação em sua vida funcional, nem eximir-se do
cumprimento de seus deveres.
Art. 235 - Os prazos previstos nesta Lei e na sua regulamentação serão contados em dias corridos, não
se computando o dia inicial, prorrogando-se o vencimento que incidir em sábado, domingo e feriado, para
o primeiro dia útil subseqüente.
Art. 236 - Consideram-se da família do servidor, além do cônjuge e filhos, quaisquer pessoas que vivam
comprovadamente às suas expensas e constem de seu assentamento funcional.
Art. 237 - Para os fins desta Lei, considera-se sede ou localidade o Município onde a unidade
administrativa estiver instalada e onde o servidor tiver exercício, em caráter permanente.
Art. 238 - Ficam submetidos ao Regime Jurídico instituído por esta Lei, na qualidade de servidores
públicos, os servidores regidos pelo Estatuto dos Funcionários do Município ou pela Consolidação das
Leis do Trabalho, exceto os contratados por prazo determinado, cujos contratos não poderão ser
prorrogados após o vencimento do prazo.
§ 1º - Os empregos ocupados pelos servidores incluídos no regime instituído por este estatuto
ficam transformados em cargos, na data de sua publicação.
Art. 240 - Ao servidor que já tenha cumprido as condições temporais de percepção de vantagens extintas
por esta Lei, para integrar o provento de aposentadoria, na forma das respectivas leis, fica assegurado o
direito a essa incorporação, no ato da inativação.
Art. 241 - A Lei disporá sobre os critérios de incorporação, absorção e/ou extinção das vantagens
recebidas não previstas nesta Lei.
Art. 242 - Até que se efetive o enquadramento dos servidores abrangidos por esta Lei, no respectivo
PLANO DE CARREIRA, objeto de lei própria, ficarão mantidas as gratificações até então existentes.
Art. 243 - A movimentação do saldo das contas dos servidores ocupantes pelo regime do Fundo de
Garantia por Tempo de Serviço, bem assim a das contas dos servidores não optantes, obedecerá ao
disposto na Legislação Federal, de acordo com a Lei nº 8.678/91.
Art. 244 - Para efeito do custeio da aposentadoria e da Pensão, haverá ajuste de contas com a
Previdência Social, correspondente ao período de Contribuição por parte dos servidores celetistas
abrangidos pelo artigo 238.
Art. 246 - Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, ficando revogada a Lei nº 073/73 de 09 de
outubro de 1973.
Gabinete da Prefeita,
em 25 de novembro de 1998.
Munira Peluso
Prefeita Municipal”