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LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

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SUMÁRIO
LEI COMPLEMENTAR Nº 004/91 .......................................................................................................................................... 2
LEI COMPLEMENTAR Nº 019/2004 ...................................................................................................................................... 9
LEI COMPLEMENTAR Nº 037/2007 .................................................................................................................................... 12
LEI COMPLEMENTAR Nº 038/2007 .................................................................................................................................... 53
LEI MUNICIPAL Nº 6.794/1990 ............................................................................................................................................ 76

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LEI COMPLEMENTAR Nº 004/91
e suas alterações dispõe sobre a organização, finalidade, competência, estrutura organizacional
básica da guarda municipal de fortaleza e dá outras providências.

TÍTULO I
da finalidade, da competência, da estrutura organizacional, básica e da organização da guarda
municipal de fortaleza.

CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
ART 1º- Esta lei dispõe sobre a Guarda Municipal de Fortaleza, sua finalidade, competência, es-
trutura organizacional básica e sobre o regime jurídico dos dirigentes e dos demais servidores
integrantes do seu Quadro de Pessoal.

CAPÍTULO II
DA FINALIDADE E DA COMPETÊNCIA
Art. 2° - A Guarda Municipal de Fortaleza (GMF), órgão da administração direta do Poder Execu-
tivo Municipal, subordinada à Secretaria Municipal de Segurança Cidadã, (SESEC) tem como fi-
nalidade a proteção preventiva e ostensiva dos bens e instalações, a garantia dos serviços públi-
cos municipais e a defesa civil do Município, bem como formular as políticas e as diretrizes para a
Segurança Municipal. (Redação pelo art. 2º da Lei Complementar nº 0144/13).

ART. 3º - Compete à Guarda Municipal de Fortaleza:


I- executar a vigilância e promover a preservação dos bens, serviços, instalações e logradouros
públicos do Município, realizando rondas diurnas e noturnas;
II - realizar a segurança do Prefeito, do Vice-Prefeito e, em caráter eventual, de outras autoridades
indicadas pelo Chefe do Executivo Municipal; (Ver § único deste artigo).
III - efetuar serviço de apoio e fiscalização, na área de segurança, aos eventos de interesse da
Prefeitura Municipal;
IV - executar o serviço de orientação e salvamento de banhistas no município, atuando em parceria
com o Corpo de Bombeiros Militar do Estado; (Ver § único deste artigo).
V - apoiar as promoções de incentivo ao turismo local;
VI - executar as ações preventivas e emergenciais de Defesa Civil do Município, quando da ocor-
rência de calamidade pública, prestando socorro às vítimas, em parceria com o competente órgão
de Defesa Civil do Estado; (Ver § único deste artigo).
VII - realizar a vigilância e a preservação do meio ambiente, do patrimônio histórico, cultural, eco-
lógico e paisagístico, incluindo os logradouros, praças e jardins;

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VIII - atuar como corpo voluntário de combate a incêndios, em parceria com o Corpo de Bombeiros
Militar do Estado;
IX - auxiliar na área de segurança a Agência Reguladora de Limpeza na fiscalização da prestação
dos serviços alusivos às atividades do exercício de polícia nas praças, jardins e logradouros pú-
blicos;
X - auxiliar a Agência Reguladora de Limpeza na fiscalização da prestação dos serviços de limpeza
urbana nas praças, jardins e logradouros públicos;
XI – firmar convênios com órgãos e entidades públicas, nas esferas municipal, estadual e federal,
visando à prestação de serviços pertinentes à área de segurança; (Ver Art. 13. LC 0137/2013).
XII – colaborar na fiscalização e garantir a prestação dos serviços públicos de responsabilidade
do Município, desempenhando atividade de polícia administrativa (é exercida por órgãos adminis-
trativos de caráter fiscalizador, incide sobre bens, direitos e atividades) nos termos previstos no§
8º do Art. 144 da Constituição Federal, combinado com o inciso XII do Art. 76 da Lei Orgânica do
Município.
Parágrafo Único - As competências previstas nos incisos II, IV e VI deste artigo poderão ser
desempenhadas em conjunto ou mediante auxílio dos órgãos de Segurança Pública do Estado,
mediante celebração de convênio de cooperação técnica. (Redação dada pelo artigo 2º da LC nº
019/04 e pelo artigo 1º da LC nº 0144/2013).

CAPITULO III
DA ESTRUTURA BÁSICA

ART. 4º - A estrutura organizacional da Guarda Municipal de Fortaleza passa a ser a seguinte:


(Ver Decreto 13.130/2013).
I - Direção-Geral, a ser exercida pelo Diretor-Geral da Guarda Municipal de Fortaleza;
II - Direção Adjunta, a ser exercida pelo Subdiretor da Guarda Municipal de Fortaleza;
III - Órgãos de Atuação Programática;
IV - Órgãos de Execução Instrumental; (Ver Art. 1º, III do Decreto 13.130/2013).
V - transforma-se a Assessoria de Defesa Civil em Coordenadoria de Defesa Civil, com simbologia
DNS-1, vinculada à Guarda Municipal de Fortaleza, que terá como agregados a Comissão de De-
fesa Civil e os Agentes de Defesa Civil, tendo para tanto total autonomia administrativa e finan-
ceira, cujas funções serão objeto de regulamentação por Decreto do Chefe do Poder Executivo.
(Redação dada pela Lei Complementar nº 019/04).
Art. 4º-A - A dotação orçamentária destinada à Defesa Civil, oriunda do orçamento municipal para
exercício de 2004, será executada em conjunto pela Diretoria-Geral da Guarda Municipal de For-
taleza e a Coordenadoria de Defesa Civil, instituída pelo inciso V do art. 4º desta Lei Complemen-
tar. (Este é um artigo de transitoriedade, atualmente perdeu a eficácia, pois o ato seria para 2004,
ou seja, constitui letra morta).

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CAPÍTULO IV
DA DIREÇÃO SUPERIOR

SEÇÃO I
DO DIRETOR GERAL
ART. 5º - Para ocupar a função de Diretor-Geral e subdiretor da Guarda Municipal de Fortaleza, a
escolha, preferencialmente, deverá recair entre os inspetores em fim de carreira, exigindo-se for-
mação de nível superior e notáveis conhecimentos administrativos e jurídicos por período nunca
inferior a 2 (dois) anos na área de segurança pública, podendo também recair a escolha sobre
oficiais superiores das forças armadas e das polícias federal e estadual, sendo referida nomeação
feita por livre convencimento do chefe do Poder Executivo Municipal.
§ 1º - O Diretor-Geral da Guarda Municipal participará como membro do Conselho de Orientação
Política e Administrativa do Município (COPAM), gozando das prerrogativas e honras protocolares
correspondentes às de Titular de Autarquia ou Fundação Municipal, sendo substituído nos casos
de ausência ou impedimento pelo Subdiretor.
§ 2º - O Diretor-Geral da Guarda Municipal terá à sua disposição Secretário Executivo nomeado,
em comissão, pelo Prefeito Municipal. (Redação dada pelo art. 8º da Lei Complementar n°034/06).

ART. 6º - São atribuições do Diretor Geral da Guarda Municipal de Fortaleza:


I – elaborar de forma participativa o plano de trabalho da Guarda e submetê-lo à consideração do
Chefe do Poder Executivo; (Ver Art.6º, § 2º)
II – cumprir e fazer cumprir as determinações emanadas do Chefe do Poder Executivo;
III – expedir atos administrativos de sua competência;
IV – zelar pelo o nome da instituição, representando-a diante dos demais órgãos municipais;
V – fazer respeitar as determinações desta Lei;
VI – articular-se com o IMPARH, objetivando aprimorar o Corpo da Guarda nos seus serviços
específicos junto à comunidade;
VII – manter atualizadas informações estatísticas das atividades da Guarda;
VIII – exercer outras atribuições inerentes às funções de seu cargo.

§ 1º - o Diretor Geral da Guarda Municipal terá a sua disposição Secretário Executivo nomeado,
em comissão, pelo Prefeito Municipal;

§ 2º - Quando da elaboração do plano de trabalho da Guarda será obrigatório à participação de


um representante da Associação da Guarda Municipal de Fortaleza. (Ver Art. 6º, I)

Art. 7º - O Diretor Adjunto da Guarda Municipal de Fortaleza, portador de Diploma de Curso Su-
perior e de ilibado “Curriculum vitae” será nomeado em comissão pelo Prefeito Municipal.

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SEÇÃO II
DIRETOR ADJUNTO

ART. 8º - São atribuições do Diretor Adjunto da Guarda Municipal:


I – responder pelo Diretor Geral nos seus afastamentos e impedimentos legais;
II – divulgar, semanalmente, perante toda corporação ou parte desta, o Boletim dos serviços a
serem executados; e promover e acompanhar sua execução avaliando a qualidade do desempe-
nho.
III – promover a elaboração e fiscalizar as escalas de serviços e as alterações, comunicando-as
sempre ao Diretor Geral da Guarda;
IV – cumprir e fazer cumprir as ordens do superior hierárquico;
V – fiscalizar sempre que for necessário, os postos de serviços, visando a um maior controle das
atividades desempenhadas;
VI – executar outras atribuições que lhe forem conferidas ou delegadas pelo o Diretor Geral.

Art. 9º– A estrutura organizacional da Guarda Municipal de Fortaleza será definida em Decreto do
Poder Executivo Municipal, no prazo de 30 (trinta) dias, contados a partir da data da publicação
desta Lei. (Ver Decreto nº 13.130/13).

Art. 10º - Ficam acrescidos à locação da Guarda Municipal de Fortaleza, estabelecida na Lei nº
6.480/1989, os cargos comissionados constantes do anexo I desta Lei a serem distribuídos por
Decreto.

Art. 11º - Ficam excluídos da lotação da Guarda Municipal de Fortaleza e considerados extintos
os cargos comissionados criados pela Lei nº 6.480/89.
Art. 12º- VETADO.
Art. 13º- O regime jurídico dos servidores lotados na Guarda Municipal de Fortaleza, pertencentes
ou não à categoria funcional de Guarda, Agente de Cidadania e Agente Especial, será objeto de
Lei de plano de cargos e carreiras, específicos para os servidores da Guarda Municipal de Forta-
leza, aplicando-se, subsidiariamente, a Lei nº 6.794, de 27 de dezembro de 1990, e do Plano
Municipal de Cargos e Carreiras. (Redação dada pela LC n.º 019/04 e os cargos foram atualizados
pelo art. 4º da LC nº 038/07 – PCCS).

Art. 14º - A nomeação para cargo efetivo inicial do corpo da Guarda Municipal, das carreiras:
Segurança Pública, Defesa Civil e Segurança Institucional, depende de aprovação em concurso
de provas ou de provas e títulos, segundo os critérios estabelecidos em edital do concurso público.
Parágrafo Único - O concurso público para ingresso na carreira far-se-á apenas para os níveis
iniciais de Guarda Municipal, de Agente de Defesa Civil e de Agente de Segurança Institucional.
(Redação dada pelo Art. 1º da LC nº 034/06). (Ver art. 6º da LC nº 038/07).

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CAPÍTULO II
DO CORPO DA GUARDA MUNICIPAL

ART. 15º – São requisitos indispensáveis para a investidura nos cargos do corpo da Guarda Mu-
nicipal, em todas as suas classes:
I – Ensino Médio concluído;
II – Idade Mínima de 18 (dezoito) anos;
III – Boa saúde física e mental, e não ser portador de deficiência física incompatível com o exercício
do cargo;
IV – Reputação ilibada, comprovada mediante documentação a ser exigida no edital do concurso
público.
Parágrafo Único - O requisito de saúde mental previsto no inciso III será exigido, no concurso
público, mediante exame psicotécnico, nos termos do edital. (Acrescentado pelo artigo 2º da Lei
Complementar nº 034/06).

Art. 16º – A hierarquia é a ordenação de autoridade, em níveis diferentes, estabelecida em sua


escala pela qual são uns em relação aos outros, superiores e subordinados hierarquicamente. (Ver
os Arts 3º, 6º, 8º, 9º e 10º da LC nº 037/07 - RDI).

Art. 17-O ordenamento hierárquico da Guarda Municipal, compreende as seguintes classes: 1 -


Classe de Guarda - a) Guarda Aspirante; b) Guarda de 29; c) Guarda de 19; II - CVásse de Sublns-
petor: a) Sub Inspetor Aspirante; b) Sublnspetor de 3?; c) Sublnspetor dê 21; d) Sublnspetorde 15;
III - Classe de Inspetor: a) Inspetor de 39; b) Inspetor de 25; c) Inspetor de IS. (Este artigo foi
REVOGADO pelo art. 4ª da Lei Complementar nº 038/07 (PCCS) e de acordo com o art. 41 da
citada lei).

Art. 18º – Os integrantes do Corpo da Guarda serão subordinados à disciplina básica da mesma,
onde quer que exerçam suas atividades, sujeitando-se também às normas dos órgãos onde de-
senvolverem suas atividades, desde que estas não conflitem com as do Corpo da Guarda, que
são soberanas.

Art. 19 - Os servidores do Corpo da Guarda Municipal de Fortaleza, quando em efetivo exercício,


a ser regulado em ato administrativo do Diretor da Guarda farão jus à gratificação de risco de vida,
de 40% (quarenta por cento) até o limite de 100% (cem por cento) do vencimento-base desses
servidores, conforme regulamento interno da Guarda Municipal.
Parágrafo Único - A gratificação de risco de vida, referida no caput deste artigo, incorpora-se aos
proventos de aposentadoria, desde que comprovada a percepção do benefício por um período
superior a 2 (dois) anos, de forma ininterrupta, na data da postulação da aposentadoria. (Redação
pela LC n.º 0019/2004).

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Art. 20º - Os servidores lotados na Guarda Municipal de Fortaleza, pertencentes ou não às Classes
do Corpo da Guarda, farão jus à progressão, promoção e demais vantagens nos termos do Esta-
tuto dos Servidores do Município de Fortaleza e do Plano Municipal de Cargos e Carreiras. (Atu-
alizado Pelo Art. 9º da Lei Complementar nº 038/07).

Art. 21º - O Corpo da Guarda Municipal está especificado no anexo único desta Lei Complementar,
com denominação e qualificação ali previstas.
§ 1o - A Categoria de Guarda Municipal organiza-se em 5 (cinco) Classes, na forma estabelecida
pelo anexo único desta Lei Complementar.
§ 2o - A nova distribuição substitui e extingue a atual denominação, descrita na Lei Complementar
n° 0007, de 01 de setembro de 1992. (Este artigo foi REVOGADO pelo art.7ª da Lei Complementar
nº 034/06 e 4º e 41 da LC nº 038/07 e ainda pelo art. 176 da LC nº 037/07).

Art. 22º - O regime disciplinar da Guarda Municipal de Fortaleza tem por finalidade especificar as
transgressões disciplinar, estabelecer normas relativas à aplicação das punições disciplinares, à
classificação do comportamento e dos recursos contra a aplicação das punições.

Art. 23º- É proibido o uso do uniforme ao Guarda Municipal, quando:


I - não mais pertencer ao efetivo da Guarda Municipal de Fortaleza;
II - estiver exercendo função comissionada ou à disposição de outro órgão não pertencente à
Prefeitura Municipal de Fortaleza, desde que esteja realizando atividade não inclusa nas compe-
tências legais do cargo de Guarda Municipal;
III - passar para a inatividade.

Parágrafo Único - O Regime Disciplinar da Guarda Municipal poderá prever proibições ao uso do
uniforme, não constantes neste artigo. (Redação dada pela Lei Complementar nº 019/2004. Ver
Art. 13º da Lei Complementar nº 037/07).

SEÇÃO II
DAS PROIBIÇÕES DO USO DO UNIFORME
ART. 24º – O Diretor Geral da Guarda Municipal de Fortaleza proibirá o uso do integrante que:
I – estiver disciplinarmente afastado do cargo;
II – exercer atividades incompatíveis com o cargo;
III – mostrar-se infiel á disciplina;
IV – praticar atos de incontinência pública e escandalosa:
a) de vícios;
b) de jogos proibidos;
c) embriaguez habitual;

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V – por recomendação da Junta Médica Municipal;
VI – passar para inatividade.
Parágrafo único – o regime disciplinar da Guarda Municipal poderá prever proibições ao uso do
uniforme, não constantes neste artigo.

Art. 25º - Dentro de 90 (noventa) dias, contados a partir da publicação desta Lei, O Diretor Geral
da Guarda em conjunto com o Secretário de Administração, baixará Edital de seleção interna,
visando a prover as vagas existentes no quadro de pessoal da Guarda Municipal, observado o
limite estabelecido no Art. 26º desta Lei.

Art. 26º - Haverá vacância de cargo de provimento efetivo no quadro de pessoal da Guarda Mu-
nicipal de Fortaleza, somente quando a soma dos cargos ocupados da parte permanente com as
funções da parte Especial, de mesma denominação, for inferior ao número de vagas previstas para
o referido cargo na parte permanente.

ART. 27º – O dia da Guarda Municipal será comemorado a 10 de julho, a nesta data, far-se-á a
outorga do título de Guarda Padrão Municipal.

ART. 28º – Os integrantes do Corpo da Guarda Municipal estão dispensados da “assinatura do


ponto”, sendo seu controle estabelecido pela Administração da Guarda, através de escalas.

Art. 29º - VETADO

ART. 31º – Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em
contrário.

Juraci Vieira de Magalhães – Prefeito Municipal.

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LEI COMPLEMENTAR Nº 019/2004

(Publicada no Diário Oficial do Município de 16 de junho de 2004)


Altera a Lei Complementar n° 004, de 16 de julho de 1991, bem como a Lei nº 8.811, de 30 de
dezembro de 2003, que dispõe sobre a finalidade, competência, estrutura organizacional básica
da Guarda Municipal de Fortaleza, e cria o Sistema Municipal de Segurança, Defesa Civil e Cida-
dania.
Obs: A Lei Complementar nº 017/04 foi novamente colocada em
votação devido alguns vetos, desta vez com nova numeração,
sendo então aprovada com o mesmo teor, agora com nova
numeração (Lei Complementar nº 019/04), como as duas leis
complementares são iguais, só está disponível neste material a
LC nº 019/04.

Os artigos 1° ao 12° apenas alteraram artigos da Lei Complementar n° 004/91


.
ART. 1º – Altera o art. 2º da Lei complementar nº 004/91.
ART. 2º – Altera o art. 3º da Lei complementar nº 004/91.
ART. 3º – Altera o art. 4º da Lei complementar nº 004/91.
X’ART.4º – altera o art. 4º da Lei complementar nº 004/91.
ART. 5º – Altera o art. 5º da Lei complementar nº 004/91.
ART. 6º – Altera o art. 13º da Lei complementar nº 004/91.
ART. 7º – Altera o art. 14º da Lei complementar nº 004/91.
ART. 8º – Altera o art.15º da Lei complementar nº 004/91.
ART. 9º – Altera o art. 17º da Lei complementar nº 004/91.
ART. 10 – Altera o art. 19º da Lei complementar nº 004/91.
ART. 11 – Altera o art. 23º da Lei complementar nº 004/91.
ART. 12 – Altera o art. 21º da Lei complementar nº 004/91.

ART. 13 - A Guarda Municipal será composta por um contingente de Guardas, Subinspetores,


Inspetores, Agentes de Defesa Civil e Agentes de segurança Institucional correspondente aos car-
gos necessários ao cumprimento de suas finalidades, sendo um efetivo fixado no limite de 2.675
(dois mil e seiscentos e setenta e cinco) componentes. (Redação dada pelo art. 3º da LC nº 034/06
na disposição de contingente e os cargos foram atualizados pelo art. 4º da LC nº 038/07).

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Art. 14 – O preenchimento dos cargos previstos no caput do art. 9° desta Lei Complementar dar-
se-á pelo efetivo já existente da Guarda Municipal de Fortaleza e as promoções dar-se-ão pelos
critérios estabelecidos no regulamento, a ser aprovado por Lei Complementar, dentro dos limites
e quantitativos abaixo:
I - 106 Inspetores;
II - 525 Subinspetores;
III - 1.814 Guardas Municipais;
IV - 200 Agentes de Defesa Civil;
V - 30 Agentes de Segurança Institucional. (Redação dada pelo art. 4º da LC nº 034/06 e os cargos
foram atualizados pelo art. 4º da LC nº 038/07).

ART. 15 – A composição e atribuições dos setores e diversas funções da estrutura organizacional


da Guarda Municipal de Fortaleza fixada por Regulamento a ser aprovado, através de Decreto
pelo Chefe do Executivo Municipal, no prazo de 60 (sessenta) dias a contar da publicação desta
Lei Complementar. (Este é um artigo de transitoriedade, atualmente perdeu a eficácia, pois o ato
seria para 2004, ou seja, constitui letra morta).

ART 16 - Fica criado o Sistema Municipal de Segurança, Defesa Civil e Cidadania, constituídos
pelos mecanismos consolidados por esta Lei Complementar, objetivando a integração das ações
preventivas de segurança patrimonial, Defesa Civil e de serviços públicos, no âmbito dos órgãos
e entidades do Poder Executivo Municipal.
Parágrafo Único – As atividades a serem regulamentadas para o Sistema Municipal de Segu-
rança, Defesa Civil e Cidadania, referido no caput deste artigo, sob nenhuma hipótese, deverão
invadir as competências funcionais da Guarda Municipal de Fortaleza, notadamente as da área da
segurança.

ART 17 - A formulação do Plano Integrado de Segurança e Cidadania observará as seguintes


diretrizes:
I – ação integrada com as demais políticas municipais, principalmente no meio ambiente, educa-
ção, saúde, cultura e ação social;
II – promoção de campanhas educativas de estimulo à diminuição da violência, preservação do
patrimônio público e meio ambiente;
III – Integração do serviço de segurança patrimonial do município, inclusive aquele prestado por
empresas terceirizadas;
IV – unificação do serviço de radiocomunicação operado no âmbito da Prefeitura Municipal;
V – integração com o Sistema de Segurança Pública Estadual, visando obter informações estatís-
ticas de interesse às ações a serem desenvolvidas no âmbito municipal.

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Art. 18 – A Jornada de Trabalho dos servidores, integrantes do quadro de pessoal da Guarda
Municipal de Fortaleza, é estabelecida no art. 4o da Lei n° 6.794, de 27 de dezembro de 1990,
Estatuto dos Servidores do Município, podendo, entretanto, ser estabelecido um sistema de escala
de serviço e de aferição de frequência, visando atender ao interesse público. (A carga horária foi
atualizada pelo Art. 25º da LC nº 038/07 – PCCS).

ART. 19 - A Guarda Municipal terá direito a passe livre nos transportes coletivos de passageiros
no âmbito do município de Fortaleza.
§ 1º - usufruirá desse direito o Guarda, o Subinspetor e o inspetor da Guarda Municipal, bem como
o Agente de Defesa Civil e o Agente de Segurança Institucional, quando estiverem a serviço da
municipalidade, devidamente uniformizados;
§ 2° - O documento de identidade profissional, na forma prevista no Regulamento Geral, é de uso
obrigatório no exercício da atividade do Guarda Municipal, Agente de Defesa Civil e o Agente de
Segurança Institucional, e constitui prova de identidade civil para todos os fins legais. (O 2º pará-
grafo foi acrescido pelo art. 6º da LC n° 034/06 e os cargos foram atualizados pelo art. 4º da LC nº
038/07).

Art. 20 - Excluídas as gratificações por tempo de serviço e as demais percebidas por direito ad-
quirido, todos os Guardas Municipais, ativos e inativos, em suas respectivas classes, deverão re-
ceber seus vencimentos e proventos com percepção igualitária na forma prevista em lei.

Art. 21 – Os integrantes do Corpo da Guarda Municipal de Fortaleza poderão utilizar armamentos


e equipamentos para ações defensivas, de acordo com o Estatuto do Desarmamento, Lei Federal
nº. 10.826, de 22 de dezembro de 2003, e devidamente regulamentado pelo Poder Executivo Mu-
nicipal através de decreto.

Art. 22 – As despesas decorrentes da execução desta Lei Complementar correrão por conta das
dotações orçamentárias da Guarda Municipal, acrescida dos créditos suplementares necessários.

Art. 23 – A transgressão disciplinar é a infração administrativa caracterizada pela violação dos


deveres dispostos no Decreto Regulamentar de Punições a ser editado posteriormente, comi-
nando ao infrator as sanções previstas no Estatuto dos Servidores do Município de Fortaleza, Lei
n° 6.794, de 27 de dezembro de 1990, sem prejuízo das responsabilidades penal e civil cabíveis
ao caso (REVOGADO pelos Arts. 23º e 176º da LC nº 037/07).
Art. 24 - Esta Lei Complementar entra em vigor na data de sua publicação oficial, revogadas as
disposições em contrário.

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ANEXO ÚNICO
CARGO QUANTIDADE
Guarda Municipal 1.814
Subinspetor 525
Inspetor 106
Agente de Defesa Civil 200
Agente de Segurança
30
Institucional
Total 2.675

(Alterado pelo Art. 7º da Lei Complementar nº 034/06).


Paço da Câmara Municipal de Fortaleza José Barros de Alencar, em 08 de setembro de 2004.
Carlos Alberto Gomes Mesquita – Presidente da Câmara Municipal de Fortaleza.

LEI COMPLEMENTAR Nº 037/2007

Institui o Regulamento Disciplinar Interno da Guarda Municipal de Fortaleza e dá outras providên-


cias.
TÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 1º - O Regulamento Disciplinar dos Servidores da Guarda Municipal e Defesa Civil de Forta-
leza, instituído por esta Lei Complementar, tem a finalidade de definir os deveres, tipificar as infra-
ções disciplinares, regular as sanções administrativas, os procedimentos processuais correspon-
dentes, os recursos, o comportamento e as recompensas aos referidos servidores.

Art. 2º - Este regulamento aplica-se aos servidores pertencentes ao efetivo da Guarda Municipal
e Defesa Civil de Fortaleza, incluindo-se, ainda, os ocupantes exclusivamente de cargos em co-
missão, os servidores de atividades administrativas e os de nível superior.
TÍTULO II
DISPOSIÇÕES GERAIS

CAPÍTULO I
DA HIERARQUIA E DISCIPLINA
Art. 3º - A hierarquia e a disciplina são a base institucional da Guarda Municipal e Defesa Civil de
Fortaleza, sendo a hierarquia a ordenação de autoridade, em níveis diferentes de uma escala
existindo superiores e subordinados; e a disciplina a rigorosa observância e acatamento das leis,
regulamentos, decretos e as demais disposições legais, traduzindo se pelo voluntário e adequado
cumprimento ao dever funcional.

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Art. 4º - São princípios norteadores da disciplina e da hierarquia da Guarda Municipal e Defesa
Civil de Fortaleza:
I - o respeito à dignidade humana;
II - o respeito à cidadania;
III - o respeito à justiça;
IV - o respeito à legalidade democrática;
V - o respeito à coisa pública.

Art. 5º - São superiores em razão do cargo, ainda que não pertencentes às carreiras do Corpo da
Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza:
I - Chefe do Poder Executivo Municipal;
II – Diretor geral da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza.

Art. 6º - As ordens legais devem ser prontamente executadas, cabendo responsabilidade à auto-
ridade que as determinar.
§ 1º - A hierarquia confere ao superior o poder de transmitir ordens, de fiscalizar e de rever deci-
sões em relação ao subordinado.
§ 2º - Os integrantes do Corpo da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza serão subordina-
dos à disciplina básica da mesma, onde quer que exerçam suas atividades, sujeitando-se também
às normas dos órgãos onde desenvolvam suas atividades, desde que estas não conflitem com as
da instituição, que são soberanas.
§ 3º - No caso de dúvida acerca dos procedimentos a serem adotados nas ações práticas, será
assegurado o esclarecimento ao subordinado.

Art. 7º - Todo servidor da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza que se deparar com ato
contrário à disciplina da instituição deverá adotar medida saneadora.
Parágrafo Único - Se detentor de hierárquica sobre o infrator, o servidor da Guarda Municipal e
Defesa Civil de Fortaleza deverá adotar as providências cabíveis pessoalmente; se subordinado,
deverá comunicar às autoridades competentes.

Art. 8º - O ordenamento hierárquico da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza compreende


3 (três) carreiras, sendo:
I - Carreira de Segurança Pública;
II - Carreira de Defesa Civil;
III - Carreira de Segurança Institucional.

Art. 9º - A precedência hierárquica, salvo nos casos a que se refere o art. 5º desta Lei, é regulada
pelos cargos.

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Art. 10 - Na igualdade de cargos, terá precedência hierárquica:
I - o servidor mais antigo no cargo;
II - o servidor mais antigo na Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza;
III - pela posição nas escalas numéricas, número funcional ou registros similares.

Art. 11 - São deveres do servidor da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza, além dos
demais elencados neste regulamento:
I - ser assíduo e pontual;
II – cumprir as ordens superiores, representando quando forem manifestamente ilegais;
III - desempenhar com zelo e presteza os trabalhos de que for incumbido;
IV - guardar sigilo sobre os assuntos da administração;
V - tratar com urbanidade os companheiros de trabalho e o público em geral;
VI - manter sempre atualizada sua declaração de família, de residência e de domicílio;
VII - zelar pela economia do material do Município e pela conservação do que for confiado à sua
guarda e utilização;
VIII - proceder, pública e particularmente, de forma que dignifique a função pública;
IX - cooperar e manter o espírito de solidariedade, afeição e camaradagem com os companheiros
de trabalho;
X - estar em dia com as leis, regimentos, regulamentos, instruções e ordens de serviço que digam
respeito as suas funções;
XI - prestar continência a seu superior hierárquico;
XII – comparecer convenientemente trajado em serviço e com o uniforme determinado para a
ocasião;
XIII - zelar pela boa apresentação individual.
Parágrafo Único - Fazem parte da boa apresentação individual a barba e cabelos cortados, unhas
aparadas e, para o efetivo feminino, os cabelos curtos ou presos segundo os tipos prescritos,
sendo permitido o uso de brincos discretos e maquiagem leve, segundo as demais disposições
deste regulamento.

CAPÍTULO II
DO USO DO UNIFORME
Art. 12 - O uso correto dos uniformes é fator primordial na boa apresentação individual e coletiva
do quadro de pessoal da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza, contribuindo para o forta-
lecimento da disciplina e da imagem da instituição perante a opinião pública.

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§ 1º - É obrigatório o uso do uniforme limpo e completo pelo Corpo da Guarda Municipal e Defesa
Civil de Fortaleza, quando em efetivo serviço, salvo por exigência do serviço prestado com a de-
vida autorização da Direção-Geral.
§ 2º - Os servidores de carreira pertencentes ao Corpo da Guarda Municipal e Defesa Civil de
Fortaleza, quando investidos em cargos de comissão poderão usar o uniforme, dentro da conve-
niência de suas atividades ou por determinação da Direção-Geral.

Art. 13 - É vedado ao Corpo da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza o uso do uniforme
quando:
I - não mais pertencer ao Corpo da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza;
II - passar para a inatividade;
III - praticar atos de incontinência pública e escandalosa de vícios, jogos proibidos ou embriaguez
habitual;
IV - estiver disciplinarmente afastado do cargo;
V - estiver à disposição, com ou sem ônus para a origem, excetuados os casos previstos em
convênios com outros órgãos públicos;
VI - estiver em gozo de férias ou licenças médicas;
VII - estiver afastado de suas funções para trato de interesse particular, para concorrer ou desem-
penhar mandato eletivo ou de representação sindical;
VIII – participar de manifestações de caráter político-partidárias.

CAPÍTULO III
DA CONTINÊNCIA

Art. 14 – Os servidores ocupantes de cargo efetivo dentro da Carreira de Segurança Pública da


Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza manifestarão respeito e apreço aos seus superiores,
pares e subordinados através da continência:
I – dirigindo-se a eles ou atendendo-os, de modo disciplinado;
II – observando a hierárquica;
III – observando que a continência é impessoal e que visa à autoridade e não à pessoa.
IV – verificando que a continência parte sempre do servidor de menor precedência hierárquica;
V – reconhecendo que todo servidor deve, obrigatoriamente, retribuir a continência que lhe é pres-
tada; se uniformizado, prestará a continência individual; se à paisana, responderá com um movi-
mento de cabeça e com um cumprimento verbal.

Art. 15 – Têm direito à continência:


I – a Bandeira Nacional:
a) ao ser hasteada ou arriada diariamente em cerimônia militar ou cívica;

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b) por ocasião da cerimônia de incorporação ou desincorporação, nas formaturas;
c) quando conduzida em marcha, desfile ou cortejo, acompanhada por guarda ou por organização
civil, em cerimônia cívica;
II – o Hino Nacional, quando executado em solenidade militar ou cívica;
III – o chefe do Poder Executivo Municipal;
IV – os superiores hierárquicos.

CAPÍTULO IV
DO COMPORTAMENTO DO SERVIDOR

Art. 16 - Ao ingressar no Corpo da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza, o servidor será
classificado no comportamento “BOM”.

Art. 17 - Para fins disciplinares e para os demais efeitos legais, o comportamento do servidor da
Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza será considerado:
I - EXCELENTE, quando no período de 4(quatro) anos não tiver sofrido qualquer punição;
II - BOM, quando no período de 3(três) anos não tiver sofrido pena de suspensão;
III - INSUFICIENTE, quando no período de 2(dois) anos tiver sofrido até 2 (duas) suspensões ou
equivalentes (§ 1º);
IV - RUIM, quando no período de 1(um) ano tiver sofrido o somatório de mais de 15 (quinze) dias
de suspensão.

§ 1º - Para a classificação de comportamento, 2 (duas) advertências equivalerão a 1 (uma) sus-


pensão.
§ 2º - A avaliação do comportamento dar-se-á anualmente através de portaria do diretor-geral da
Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza, de acordo com os critérios estabelecidos neste
artigo.
§ 3º - A contagem de tempo para a melhoria de comportamento começará a partir da data em que
se encerrar o cumprimento da punição.
§ 4º - O conceito atribuído ao comportamento do servidor, nos termos do disposto neste artigo,
será considerado para:
I - indicação para participação em cursos de aperfeiçoamento;
II - submissão à participação em programa educativo, nas hipóteses dos incisos III e IV do caput
deste artigo, se a soma das penas de suspensão aplicadas for superior a 30 (trinta) dias.

Art. 18 - Anualmente será elaborado pela Corregedoria da Guarda Municipal o relatório de avalia-
ção disciplinar do efetivo da Guarda Municipal, o qual será submetido à apreciação da Assessoria
Jurídica e do diretor-geral.

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§ 1º - A Corregedoria da Guarda Municipal convidará 1 (um) servidor de cada categoria profissio-
nal do Corpo da Guarda Municipal e Defesa Civil para acompanhar os trabalhos de formação do
relatório citado no caput deste artigo.
§ 2º - Os critérios de avaliação terão por base a aplicação desta Lei Complementar.
§ 3º - A avaliação deverá considerar a totalidade das infrações punidas, a tipificação e as sanções
correspondentes e o cargo do infrator.

Art. 19 - Do ato do diretor-geral que classificar os integrantes da instituição caberá recurso, dirigido
à própria direção da instituição, devendo conter a justificativa para o recebimento deste.
Parágrafo Único - O recurso previsto neste artigo deverá ser interposto no prazo de 15 (quinze)
dias, contados da data da publicação oficial do ato impugnável e terá efeito suspensivo.

CAPÍTULO V
DAS RECOMPENSAS

Art. 20 – As recompensas constituem-se em reconhecimento aos bons serviços, atos meritórios e


trabalhos relevantes prestados pelo servidor.

Art. 21 - São recompensas da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza:


I – condecorações por serviços prestados;
II - elogios.

§ 1º - Condecorações constituem-se em referências honrosas e insígnias conferidas aos integran-


tes da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza por sua atuação em ocorrências de relevo na
preservação da vida, da integridade física e do patrimônio municipal, podendo ser formalizadas
independentemente da classificação de comportamento, com a devida publicidade no Diário Oficial
do Município e registro em pasta funcional.
§ 2º - Elogio é o reconhecimento formal da administração as qualidades morais e profissionais
daqueles que compõem a Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza, com a devida publicidade
no Diário Oficial do Município e registro em pasta funcional.
§ 3º - As recompensas previstas neste artigo serão conferidas por determinação do diretor-geral
da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza.

CAPÍTULO VI
DO DIREITO DE PETIÇÃO
Art. 22 - É assegurado ao servidor da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza o direito de
requerer ou representar, quando se julgar prejudicado por ato ilegal praticado por superior hierár-
quico, desde que o faça dentro das normas de urbanidade.
Parágrafo Único - Os requerimentos deverão ser endereçados à Ouvidoria da instituição, que se
encarregará de adotar as providências que julgar necessárias para o andamento dos pedidos.

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TÍTULO III
DAS INFRAÇÕES DISCIPLINARES
CAPÍTULO I
DA DEFINIÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DAS INFRAÇÕES DISCIPLINARES
Art. 23 - Infração disciplinar é toda qualquer violação aos deveres funcionais, aos princípios éticos
e norteadores da conduta dos integrantes da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza, po-
dendo esta transgressão se manifestar através de ação ou omissão, desde que contrarie os pre-
ceitos estabelecidos nesta Lei Complementar, no Estatuto dos Servidores Públicos Municipais e
as demais leis, regulamentos, normas e disposições legais, sem prejuízo da aplicação de sanções
de natureza penal.

Art. 24 - As infrações, quanto à sua natureza, classificam-se em:


I - leves;
II - médias;
III - graves.

Art. 25 - São infrações disciplinares de natureza Leve:


I – chegar atrasado, sem justo motivo, a ato ou ao posto de serviço;
II - permutar serviço sem permissão da autoridade competente;
III - deixar de usar uniforme, ou usá-lo incompleto, contrariando as normas respectivas ou trajar
vestuário incompatível com a função;
IV - suprimir a identificação do uniforme ou utilizar-se de meios ilícitos para dificultar a identificação;
V - descurar-se do asseio pessoal ou coletivo, conforme o art. 11, parágrafo único, desta Lei Com-
plementar;
VI - negar-se a receber uniforme, equipamentos ou outros objetos que lhe sejam destinados ou
que devam ficar em seu poder;
VII - conduzir veículo da instituição sem autorização da unidade competente;
VIII - fumar, estando de serviço, nos locais em que tal procedimento seja vedado;
IX - deixar de encaminhar documentos no prazo legal;
X - negar-se a prestar continência a seus superiores, de acordo com Capítulo III deste regula-
mento.

Art. 26 - São transgressões disciplinares de natureza Média:


I - faltar ou ausentar se do serviço sem motivo justificável;
II - deixar de comunicar ao superior imediato ou, na sua ausência, a outro superior, informação
sobre perturbação da ordem pública, logo que dela tenha conhecimento;
III - encaminhar documentos ao superior hierárquico comunicando infração disciplinar inexistente
ou sem indícios de fundamentação fática;

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IV - desempenhar inadequadamente suas funções por falta de atenção;
V - afastar-se, momentaneamente, sem justo motivo, do local em que deva encontrar-se por força
de ordens ou disposições legais;
VI - deixar de apresentar-se, nos prazos estabelecidos, sem motivo justificado, nos locais em que
deva comparecer;
VII – representar a instituição em qualquer ato sem estar autorizado pela Direção-Geral;
VIII - deixar de se apresentar à instituição, mesmo estando de folga, após ato convocatório do
diretor da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza;
IX - sobrepor ao uniforme insígnias de sociedades particulares, entidades religiosas ou políticas
ou, ainda, usar indevidamente medalhas desportivas, distintivos ou condecorações, sem motivo
justificado;
X - dirigir veículo da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza em desobediência às determi-
nações contidas no Código de Trânsito Brasileiro, salvo se em caso de emergência e no estrito
cumprimento do dever;
XI - deixar de preencher relatório de atividades ou omitir informações decorrentes da operação
realizada, salvo por motivo justificável;
XII - ofender a moral e os bons costumes, por meio de atos, palavras ou gestos;
XIII - responder por qualquer modo desrespeitoso a servidor da Guarda Municipal e Defesa Civil
de Fortaleza, com função superior, igual ou inferior, ou a qualquer munícipe;
XIV - deixar de zelar pela economia do material do Município e pela conservação do que for con-
fiado à sua guarda ou utilização;
XV - designar ou manter sob sua chefia imediata cônjuge, companheiro ou companheira ou pa-
rente até 2º grau;
XVI - coagir ou aliciar subordinados com objetivos de natureza político- partidária;
XVII - retirar, sem prévia anuência da autoridade competente, qualquer documento ou objeto da
repartição;
XVIII - recusar fé a documentos públicos;
XIX - valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da dignidade da
função pública;
XX - deixar de manter em dia a escrituração do setor onde trabalha no que for da sua competência;
XXI - permitir a presença de pessoas estranhas ao serviço, em local em que seja proibida;
XXII - permitir que o subordinado exerça função incompatível com suas atribuições ou proibidas
por lei ou regulamento.

Art. 27 - As transgressões disciplinares de natureza Grave classificam-se em 4 (quatro) Grupos.

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§ 1º - São transgressões disciplinares do Primeiro Grupo:
I - deixar de assumir a responsabilidade por seus atos ou pelos atos praticados por servidor da
Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza em função subordinada que agir em cumprimento
de sua ordem;
II - permanecer uniformizado, não estando em serviço, em boates, casas de prostituição, bares
suspeitos, clubes de carteados, salões de bilhar, bingos ou semelhantes, locais em que se reali-
zem corridas de cavalo ou quaisquer outros locais em que pela localização, frequência ou prática
habitual, possam comprometer a Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza e a administração
pública municipal;
III - deixar de comunicar a seu chefe imediato faltas graves ou crimes de que tenha conhecimento
em razão da função;
IV - deixar, quando solicitado, de prestar auxílio na manutenção ou restabelecimento da ordem
pública, quando ao seu alcance;
V - ingerir bebida alcoólica estando uniformizado;
VI - introduzir ou tentar introduzir bebidas alcoólicas em dependências da instituição ou postos de
serviço;
VII - solicitar a interferência de pessoas estranhas à instituição, a fim de obter para si ou para
outrem qualquer vantagem ou benefício;
VIII - fornecer à imprensa informações que ultrapassem a sua competência ou que sejam de ca-
ráter sigiloso;
IX - divulgar decisão, despacho, ordem ou informação, antes de oficialmente publicada;
X - exercer atividade incompatível com a função de guarda, subinspetor, agente de segurança
institucional e agente de defesa civil;
XI - assinar documentos que importem ordem ou determinação a superior;
XII - apresentar-se uniformizado quando proibido;
XIII - praticar quaisquer atos que ponham em dúvida a sua honestidade funcional;
XIV - espalhar notícias falsas em prejuízo da ordem e da disciplina da Guarda Municipal e Defesa
Civil de Fortaleza e do serviço público municipal como um todo;
XV - apresentar-se publicamente em situação que denigra a imagem da instituição, em decorrência
do consumo de bebidas alcoólicas, estando em serviço ou no uso do fardamento;
XVI - fazer propaganda político-partidária nas dependências da Guarda Municipal e Defesa Civil
de Fortaleza ou em qualquer outro local estando fardado, vinculando a imagem do serviço público
municipal a qualquer partido político ou candidato;
XVII - entrar ou permanecer em comitê político ou participar de comícios estando uniformizado,
salvo quando em serviço;
XVIII - utilizar-se do anonimato para macular ou ferir pares, superiores ou subordinados;

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XIX - deixar com pessoas estranhas à Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza sua carteira
de identificação funcional ou simulacros;
XX - faltar com a verdade junto a depoimentos em relatórios e declarações, por ocasião de ocor-
rências de qualquer natureza;
XXI - desempenhar inadequadamente suas funções de modo intencional;
XXII - alegar doença para esquivar-se ao cumprimento do dever, sem apresentar atestados ou
laudos médico periciais, dentro dos prazos legais, que comprovem sua situação;
XXIII - vender, ceder, doar ou emprestar peças de uniforme e/ou equipamento ou quaisquer ma-
teriais pertencentes à instituição;
XXIV – abandonar o serviço para o qual tenha sido designado, sem a devida justificativa e autori-
zação do chefe imediato;
XXV - retirar ou tentar retirar de local sob a administração da Guarda Municipal e Defesa Civil de
Fortaleza objeto ou viatura, sem ordem dos respectivos responsáveis;
XXVI - usar expressões jocosas ou pejorativas que atentem contra a raça, a religião, o credo ou
orientação sexual e cultural;
XXVII - participar da gerência ou administração de empresas privadas, em especial aquelas da
área de segurança;
XXVIII - omitir, em qualquer documento, dados indispensáveis ao esclarecimento dos fatos;
XXIX - transportar na viatura, que esteja sob seu comando ou responsabilidade, pessoa ou mate-
rial, sem autorização da autoridade competente.

§ 2º - São transgressões disciplinares do Segundo Grupo:


I - ofender colegas com gestos, palavras ou escritos;
II - introduzir, distribuir ou tentar fazer, nas dependências da instituição ou em lugar público, es-
tampas e publicações que atentem contra a disciplina ou a moral;
III - introduzir ou tentar introduzir em dependências da Guarda Municipal e Defesa Civil de Forta-
leza ou outra repartição pública, material inflamável ou explosivo sem permissão do superior hie-
rárquico;
IV - dificultar ao servidor da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza em função subordinada
a apresentação de reclamação, recurso ou exercício do direito de petição;
V - praticar violência, em serviço ou em razão dele, contra servidores ou particulares, salvo se em
legítima defesa e no estrito cumprimento do dever;
VI - deixar de providenciar para que seja garantida a integridade física de pessoas detidas ou sob
sua guarda ou responsabilidade;
VII - publicar ou contribuir para que sejam publicados fatos ou documentos privativos da Direção
da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza;

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VIII - recusar-se a auxiliar as autoridades públicas ou seus agentes que estejam no exercício de
suas funções e que, em virtude destas, necessitem do auxílio imediato, desde que esteja dentro
de suas atribuições;
IX - contribuir para que pessoas detidas ou sob guarda ou responsabilidade conservem em seu
poder objetos não permitidos;
X - abrir ou tentar abrir setor da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza, sem autorização,
salvo se em caso de urgência ou emergência;
XI - ofender, provocar ou desafiar autoridade ou servidor da Guarda Municipal e Defesa Civil de
Fortaleza que exerça função superior, igual ou subordinada, com palavras, gestos ou ações;
XII - deixar de cumprir escala ou retardar serviço ou ordem legal, sem motivo escusável;
XIII – descumprir preceitos legais durante a custódia de pessoas detidas sob sua guarda ou res-
ponsabilidade;
XIV - aconselhar ou concorrer para o descumprimento de ordem legal de autoridade competente;
XV - referir-se depreciativamente às ordens legais em informações, pareceres, despachos, pela
imprensa ou por qualquer meio de divulgação;
XVI - publicar ou contribuir para que sejam publicados fatos ou documentos afetos à Guarda Mu-
nicipal e Defesa Civil de Fortaleza que possam concorrer para ferir a disciplina ou a hierarquia ou
comprometer a segurança institucional.

§ 3º - São transgressões disciplinares do Terceiro Grupo:


I - dar ordem ilegal ou claramente inexequível;
II - violar ou deixar de preservar local de crime;
III - ameaçar, induzir ou instigar alguém a prestar declarações falsas no procedimento penal, civil
ou administrativo;
IV - deixar de comunicar ato ou fato irregular que presenciar, de qualquer servidor integrante da
Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza, mesmo quando não lhe couber intervir;
V - deixar de auxiliar o companheiro de serviço envolvido em ocorrência;
VI – trabalhar em estado de embriaguez ou sob efeito de substância entorpecente;
VII - praticar atos obscenos em lugar público ou acessível ao público.

§ 4º - São transgressões disciplinares do Quarto Grupo:


I - extraviar, danificar ou subtrair, em benefício próprio ou de outrem, documentos de interesse da
administração;
II - valer-se ou fazer uso de cargo ou função pública para praticar assédio sexual ou moral;
III - procurar a parte interessada em ocorrência para obtenção de vantagem indevida;
IV – acumular ilicitamente seu cargo público no Município de Fortaleza, com qualquer outro, nas
esferas municipal, estadual ou federal, nos termos da Constituição Federal;

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V - não acatamento de ordem superior que importe prejuízos graves à administração pública ou a
terceiros.
§ 5º - Verificada em processo administrativo a acumulação ilícita, desde que seja comprovada a
boa fé, o servidor optará por 1 (um) dos cargos e, se não o fizer dentro de 15 (quinze) dias, será
exonerado de qualquer deles, a critério da administração.

CAPÍTULO II
DAS SANÇÕES DISCIPLINARES
Art. 28 - As sanções disciplinares aplicáveis aos servidores da Guarda Municipal e Defesa Civil
de Fortaleza, nos termos dos artigos precedentes, são:
I - ressarcimento ao erário público municipal;
II - advertência;
III - suspensão;
IV - destituição de cargo em comissão;
V - demissão;
VI – demissão a bem do serviço público.

SEÇÃO I
DO RESSARCIMENTO AO ERÁRIO, DA ADVERTÊNCIA E DA SUSPENSÃO
Art. 29 - O ressarcimento ao erário é a forma que o Poder Público Municipal tem de reaver, finan-
ceiramente, o gasto que foi obrigado a suportar em decorrência do procedimento negligente, im-
prudente ou imperito de seus agentes, nos moldes dos arts. 99, 100 e 170 da Lei Municipal n°
6.794, de 27 de dezembro de 1990, e ocorrerá quando:
I - o agente público cometer infrações de trânsito, comprovadas por meio de notificações dos ór-
gãos de trânsito;
II - o agente público causar danos a terceiros, comprovados por meio de orçamentos próprios;
III - houver a perda do material de trabalho, no que importar prejuízos ao desempenho das ativi-
dades laborais.
Parágrafo Único - O ressarcimento ao erário será precedido do competente processo administra-
tivo disciplinar, o qual garantirá a ampla defesa e o contraditório ao servidor envolvido, nos moldes
da legislação vigente.

Art. 30 - A advertência será aplicada às faltas de natureza leve, terá publicidade no Diário Oficial
do Município, e constará da pasta funcional individual do infrator, não sendo levada em conside-
ração para os efeitos do disposto no art. 17 deste regulamento.
Parágrafo Único – Para a primeira transgressão disciplinar de natureza leve, aplica-se a pena de
advertência; para a primeira reincidência, aplica-se a pena de suspensão por 1 (um) dia; para a
segunda reincidência, aplica-se a pena de suspensão de 2 (dois) dias; para a terceira, aplica-se a
pena de suspensão de 4 (quatro) dias, seguindo-se a contagem com múltiplos de 2 (dois) até o
limite de 30 (trinta) dias, respeitando sempre as circunstâncias atenuantes e agravantes.

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Art. 31 - A pena de suspensão, que não excederá de 90 (noventa) dias, será aplicada ao servidor
que reincidir na prática de infrações de natureza leve e infringir as transgressões de natureza
média e grave, tendo publicidade no Diário Oficial do Município, devendo, igualmente, ser aver-
bada na pasta funcional individual do infrator, para os efeitos do disposto no art. 17 deste regula-
mento.

§ 1º - Para a primeira transgressão disciplinar de natureza média, aplica-se a pena de suspensão


de 1 (um) dia; para a primeira reincidência, aplica- se a pena de suspensão de 3 (três) dias; para
a segunda reincidência, aplica-se a pena de 6 (seis) dias, seguindo-se a contagem com múltiplos
de 3 (três) até o limite de 30 (trinta) dias, respeitando sempre as circunstâncias atenuantes e agra-
vantes.

§ 2º - Às transgressões disciplinares de natureza grave, do primeiro grupo, comina-se a pena de


suspensão de 3 (três) dias; para a primeira reincidência, a pena cominada será de 5 (cinco) dias;
para a segunda, a pena cominada será de 10 (dez) dias, seguindo-se a contagem com múltiplos
de 5 (cinco) até o limite de 90 (noventa) dias.

§ 3º - Às transgressões disciplinares de natureza grave, do segundo grupo, comina-se a pena de


suspensão de 5 (cinco) dias; para a primeira reincidência a pena cominada, será de 10 (dez) dias;
para a segunda, a pena cominada será de 20 (vinte) dias, seguindo-se a contagem com múltiplos
de 10 (dez) até o limite de 90 (noventa) dias.

§ 4º - Às transgressões disciplinares de natureza grave, do terceiro grupo, comina-se a pena de


suspensão de 10 (dez) dias; para a primeira reincidência, a pena cominada será de 15 (quinze)
dias; para a segunda, a pena cominada será de30 (trinta) dias, seguindo-se a contagem com múl-
tiplos de 15 (quinze) até o limite de 90 (noventa) dias.

§ 5º - Às transgressões disciplinares de natureza grave, do quarto grupo, comina-se a pena de


suspensão de 21 (vinte e um) a 30 (trinta) dias; para a primeira reincidência, a pena cominada
será de até 60 (sessenta) dias, não inferior à pena de transgressão; para a segunda, a pena co-
minada será de 90 (noventa) dias.

Art. 32 - Durante o período de cumprimento da suspensão, o servidor perderá todas as vantagens


e direitos decorrentes do exercício do cargo, exceto quando houver conveniência para o serviço
quando a pena de suspensão poderá ser convertida em multa, na base de 50% (cinquenta por
cento) por dia da remuneração, sendo o servidor, nesse caso, obrigado a permanecer em exercí-
cio.

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SEÇÃO II
DA DEMISSÃO

Art. 33 - Será aplicada a pena de demissão, conforme determina o art. 211, § 3º, da Lei Municipal
nº 6.794, de 27 de dezembro de 1990, nos casos de:
I - crime contra a administração pública;
II - abandono de cargo, quando o servidor faltar, sem justa causa, ao serviço por mais de 30 (trinta)
dias consecutivos;
III - faltas ao serviço, sem justa causa, por mais de 60 (sessenta) dias interpolados durante o
período de 12 (doze) meses;
IV - improbidade administrativa;
V – infringência ao disposto no art. 27, § 4º, inciso V, deste regulamento;
VI - ofensa física, em serviço, a servidor ou a particular, salvo se em legítima defesa própria de
outrem e/ou em defesa do patrimônio público municipal;
VII - aplicação irregular de dinheiro público;
VIII - revelação de segredo apropriado em razão do cargo;
IX - lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio municipal;
X - acumulação ilegal de cargos públicos, ressalvado o disposto no art. 27, § 5º, desta Lei Com-
plementar;
XI - transgressões ao art. 168, incisos X a XV, da Lei Municipal nº 6.794, de 27 de dezembro de
1990.

Art. 34 – As penalidades poderão ser abrandadas pela autoridade que as tiver de aplicar, levadas
em conta a gravidade da infração cometida, os danos que dela provierem para o serviço público,
as circunstâncias atenuantes e o anterior comportamento do servidor.

Art.35 - Uma vez submetido a inquérito administrativo, o servidor só poderá ser exonerado a pe-
dido, depois de ocorrida a absolvição ou após o cumprimento da penalidade que lhe houver sido
imposta.
Parágrafo Único - O disposto neste artigo não se aplica, a juízo da autoridade competente, para
impor a penalidade, aos casos previstos nos incisos II e III do art. 33 desta Lei.

SEÇÃO III
DA DEMISSÃO A BEM DO SERVIÇO PÚBLICO
Art. 36 - Será aplicada a pena de demissão a bem do serviço público ao servidor, de conformidade
com o art. 211, § 3º, da Lei Municipal nº 6.794, de 27 de dezembro de 1990:
I - praticar, em serviço ou em razão dele, atos atentatórios à vida e à integridade física de qualquer
pessoa, salvo se em legítima defesa própria ou de outrem e/ou em defesa do patrimônio público
municipal;

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II - praticar crimes hediondos previstos na Lei nº 8.072, de 25 de julho de 1990, alterada pela Lei
Federal nº 8.930, de 06 de setembro de 1994, crimes contra a administração pública, a fé pública,
a ordem tributária e a segurança nacional, bem como de crimes contra a vida, salvo se em legítima
defesa, mesmo que fora de serviço;
III - lesar o patrimônio ou os cofres públicos;
IV - conceder vantagens ilícitas, valendo-se da função pública;
V - praticar insubordinação grave;
VI - receber ou solicitar propinas, comissões ou vantagens de qualquer espécie, diretamente ou
por intermédio de outrem, ainda que fora de suas funções, mas em razão delas;
VII - exercer a advocacia administrativa;
VIII - praticar ato de incontinência pública e escandalosa ou dar-se ao vício de jogos proibidos,
quando em serviço;
IX - revelar segredos de que tenha conhecimento em razão do cargo ou função, desde que o faça
dolosamente, com prejuízo para o Município ou para qualquer particular.

TÍTULO IV
DA OUVIDORIA E DA CORREGEDORIA DA GUARDA MUNICIPAL E DEFESA CIVIL DE
FORTALEZA
CAPÍTULO I
DA OUVIDORIA DA GUARDA MUNICIPAL E DEFESA CIVIL DE FORTALEZA

Art. 37 - Fica criada a Ouvidoria da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza, como setor
vinculado diretamente à Diretoria-Geral da Guarda Municipal e que terá a seguinte composição:
I - 1 (um) ouvidor, simbologia DAS-1;
II - 2 (dois) auxiliares de Ouvidoria, simbologia DNI-1.

Art. 38 – Os cargos de ouvidor e de auxiliar de Ouvidoria são cargos em comissão, integrantes da


estrutura administrativa da Prefeitura Municipal de Fortaleza, de livre nomeação e exoneração pelo
chefe do Poder Executivo Municipal.
Parágrafo Único- O chefe do Poder Executivo Municipal, através de decreto, regulamentará os
cargos de ouvidor e de auxiliar de Ouvidoria, bem como indicará suas respectivas gratificações.

Art. 39 - A Ouvidoria da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza tem as seguintes compe-
tências:
I - receber e encaminhar à Direção-Geral as denúncias, reclamações e representações sobre atos
considerados ilegais, arbitrários, desonestos ou que contrariem o interesse público, praticado por
servidores públicos, em todos os seus níveis, da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza;

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II - realizar diligências nas unidades da administração, sempre que necessário, para o desenvolvi-
mento dos seus trabalhos;
III - manter sempre o sigilo sobre denúncias e reclamações, bem como sobre sua fonte, providen-
ciando junto aos órgãos competentes proteção aos denunciantes, de acordo com as disponibilida-
des de cada órgão;
IV - manter serviço telefônico gratuito, quando possível, destinado exclusivamente a receber de-
núncias e/ou reclamações;
V - manter atualizado arquivo de documentação relativa às denúncias, reclamações e representa-
ções recebidas;
VI - elaborar e publicar, trimestralmente, relatório de suas atividades e, anualmente, a consolida-
ção dos 4 (quatro) relatórios trimestrais.

Art. 40 - O ouvidor da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza tem como atribuições:
I - propor ao diretor-geral da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza a instauração de sindi-
câncias, inquéritos e outras medidas destinadas à apuração de responsabilidade administrativa,
civil e criminal, fazendo à Polícia Civil, ao Ministério Público ou ainda ao Poder Judiciário as devi-
das comunicações, quando houver indícios ou suspeita de crime;
II - requisitar, diretamente e sem qualquer ônus de qualquer órgão municipal, informações, certi-
dões, cópia de documentos ou volumes de autos relacionados com a investigação em curso;
III - recomendar a adoção de providências que entender pertinentes, necessárias ao aperfeiçoa-
mento dos serviços prestados à população pela Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza;
IV - recomendar aos órgãos da administração a adoção de mecanismos que dificultem e impeçam
a violação do patrimônio público e outras irregularidades comprovadas;
V - monitorar o andamento de procedimentos administrativos enviados ao diretor-geral da Guarda
Municipal e Defesa Civil de Fortaleza ou à Corregedoria- Geral da Guarda Municipal e Defesa Civil
de Fortaleza, a fim de que sejam cumpridas as sugestões propostas;
VI – imputar responsabilidades aos membros da Corregedoria da Guarda Municipal e Defesa Civil
de Fortaleza ou aos membros da Comissão Processante, no caso de paternalismo, protecionismo
ou qualquer outra forma violadora do Direito, que possa ensejar ou levar à impunidade.

Art. 41 - No que se refere exclusivamente a infrações envolvendo servidores do Quadro dos Pro-
fissionais da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza, é atribuída ao diretor-geral da Guarda
Municipal e Defesa Civil de Fortaleza competência para:
I - determinar a instauração:
a) das sindicâncias em geral;
b) dos procedimentos especiais de exoneração em estágio probatório;
c) dos inquéritos administrativos;

27
II - decidir, por despacho, os processos de inquérito administrativo, nos casos de:
a) absolvição;
b) suspensão resultante de desclassificação da infração ou de abrandamento da penalidade;
c) suspensão ou demissão, nas hipóteses de: abandono do cargo; faltas ao serviço, sem justa
causa, por mais de 60 (sessenta) dias interpolados durante o ano; ou ineficiência no serviço, nos
termos da legislação específica.
Parágrafo Único - A competência estabelecida neste artigo abrange as atribuições para decidir
os pedidos de reconsideração, apreciar e encaminhar os recursos e os pedidos de revisão de
inquérito ao chefe do Poder Executivo Municipal.

Art. 42 - Os auxiliares de Ouvidoria serão responsáveis pelo atendimento direto das denúncias,
dessa maneira, poderão executar as mesmas atribuições do ouvidor, quando na ausência deste.

Art. 43 - Para a consecução de seus objetivos a Ouvidoria da Guarda Municipal e Defesa Civil de
Fortaleza atuará:
I - por iniciativa própria, em decorrência de denúncias, reclamações e representações de qualquer
do povo ou de entidades representativas da sociedade;
II - por solicitação do diretor-geral da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza.

CAPÍTULO II
DA CORREGEDORIA DA GUARDA MUNICIPAL E DEFESA CIVIL DE FORTALEZA
Art. 44 - Fica criada a Corregedoria no âmbito da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza,
sendo um setor autônomo e independente, responsável pela apuração das infrações disciplinares
atribuídas aos integrantes da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza, às correições em seus
diversos setores e à apreciação das representações relativas à atuação irregular de seus mem-
bros.

Art. 45 - À Corregedoria da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza, compete:


I - apurar as infrações disciplinares atribuídas aos servidores integrantes do Quadro dos Profissi-
onais da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza;
II - realizar visitas de inspeção e correições extraordinárias em qualquer unidade da Guarda Mu-
nicipal e Defesa Civil de Fortaleza;
III - apreciar as representações que lhe forem dirigidas relativamente à atuação irregular de servi-
dores integrantes do Quadro dos Profissionais da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza;
IV – promover investigação sobre o comportamento ético, social e funcional dos candidatos a car-
gos na Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza, bem como dos ocupantes desses cargos em
estágio probatório e dos indicados para o exercício de chefias, observadas as normas legais e
regulamentares aplicáveis.

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Art. 46 – A Corregedoria será composta de 1 (uma) Comissão Processante e 1 (uma) Comissão
de Sindicância, formadas cada uma por 3 (três) servidores municipais e terá a seguinte estrutura:
I - 1(um) corregedor, simbologia DNS-2;
II - 2 (dois) auxiliares de Corregedoria, simbologia DAS-3;
III - 1 (um) presidente de Comissão de Sindicância, simbologia DAS-1;
IV - 2 (dois) secretários, simbologia DNI-1.

Art. 47 - Os componentes da Comissão Processante e da Comissão de Sindicância da Guarda


Municipal e Defesa Civil de Fortaleza deverão ser servidores de carreira, estáveis no serviço pú-
blico municipal, ter preferencialmente formação acadêmica em Direito, ter conhecimento da Legis-
lação Municipal e, ainda, gozarem de comportamento funcional excelente.
§ 1º - O cargo de corregedor será preenchido por indicação do chefe do Poder Executivo Municipal
e recairá em um servidor da Prefeitura de Fortaleza, que se enquadre nas condições expostas no
caput deste artigo, e que tenha experiência profissional em sindicâncias e processos administrati-
vos disciplinares.

Art. 48 - O diretor-geral encaminhará ao chefe do Poder Executivo os nomes dos servidores que
se encontrarem habilitados para ocupar os cargos descritos no art. 45 desta Lei Complementar,
para análise e posterior nomeação.
Parágrafo Único - O chefe do Poder Executivo Municipal, através de decreto, disporá sobre a
regulamentação dos cargos de corregedor, de auxiliar de Corregedoria, de presidente da Comis-
são de Sindicância e de secretários, bem como indicará suas respectivas gratificações.

Art. 49 - O corregedor tem como atribuições:


I - assistir o diretor-geral da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza nos assuntos disciplina-
res;
II - manifestar-se sobre assuntos de natureza disciplinar que devam ser submetidos à apreciação
do diretor-geral da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza, bem como indicar a composição
da Comissão Processante;
III - dirigir, planejar, coordenar e supervisionar as atividades, assim como distribuir os serviços da
Corregedoria da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza;
IV - apreciar e encaminhar as representações que lhe forem dirigidas relativamente à atuação
irregular de servidores integrantes do Quadro dos Profissionais da Guarda Municipal e Defesa Civil
de Fortaleza, bem como propor ao diretor-geral da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza
a instauração de sindicâncias administrativas e de procedimentos disciplinares, para a apuração
de infrações administrativas atribuídas aos referidos servidores;
V - avocar, excepcional e fundamentadamente, processos administrativos disciplinares e sindicân-
cias administrativas instauradas para a apuração de infrações administrativas atribuídas a servi-
dores integrantes do Quadro dos Profissionais da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza;

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VI - responder às consultas formuladas pelos setores da Guarda Municipal e Defesa Civil de For-
taleza sobre assuntos de sua competência;
VII - determinar a realização de correições extraordinárias nas unidades da Guarda Municipal e
Defesa Civil de Fortaleza, remetendo sempre relatório reservado ao diretor-geral da Guarda;
VIII – elaborar e encaminhar à Assessoria Jurídica e ao diretor-geral a lista de classificação anual
dos servidores pertencentes ao efetivo da Guarda Municipal;
IX - remeter ao diretor-geral da Guarda Municipal relatório circunstanciado sobre a atuação pes-
soal e funcional dos servidores integrantes do Quadro dos Profissionais da Guarda Municipal e
Defesa Civil de Fortaleza em estágio probatório, propondo, se for o caso, a instauração de proce-
dimento especial, observada a legislação pertinente.

Art. 50 - São atribuições dos auxiliares de Corregedoria:


I - preparar o local onde serão instalados os trabalhos da Comissão Processante;
II - assistir e assessorar o corregedor no que for solicitado ou se fizer necessário;
III - guardar sigilo sobre os fatos e assuntos tratados na Corregedoria;
IV - evitar a comunicação entre as testemunhas processuais durante as audiências;
V - propor medidas no interesse dos trabalhos da Comissão Processante;
VI - assinar atas e termos;
VII - participar da elaboração do relatório conclusivo.

Art. 51 - São atribuições do presidente da Comissão de Sindicância:


I - instalar os trabalhos da Comissão Sindicante;
II - exercer a presidência e a representação dos trabalhos da Comissão Sindicante, dirigindo todas
as ações necessárias ao bom desempenho daquela;
III - efetuar a designação dos demais membros para exercerem as funções de secretariado aos
trabalhos;
IV - determinar as notificações das pessoas que forem parte da Sindicância;
V - determinar a lavratura dos termos dos atos praticados pela Comissão Sindicante;
VI - estipular os locais, horários e prazos a serem cumpridos pelos membros e partes da Sindicân-
cia;
VII – assinar todo e qualquer documento necessário ao desenvolvimento dos trabalhos;
VIII - laborar no sentido de que os direitos legais do sindicado sejam rigorosamente obedecidos;
IX – providenciar as qualificações das partes e reduzir a termo as declarações prestadas;
X - determinar diligências e os demais atos processuais, juntadas de documentos, desde que de
interesse da Comissão de Sindicância;

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XI - manter informados o corregedor e o diretor-geral da Guarda Municipal acerca do andamento
dos trabalhos de Sindicância;
XII - determinar o encerramento dos trabalhos de apuração;
XIII - emitir o relatório final, juntamente com o encaminhamento dos autos ao corregedor da Guarda
Municipal e Defesa Civil de Fortaleza.

Art. 52 - Os secretários da Comissão de Sindicância têm como atribuições:


I - atender às determinações do presidente da Comissão;
II - preparar o local de trabalho e todo o material necessário e imprescindível às apurações dos
fatos em análise;
III - ter cautela nos seus escritos;
IV - montar o Processo de Sindicância;
V - rubricar os documentos que produzir ou atuar;
VI – receber e expedir papéis e documentos atinentes à apuração dos fatos;
VII - juntar aos autos as vias das notificações;
VIII - organizar o arquivo de processos e peças processuais;
IX - guardar sigilo e comportar-se com discrição e prudência.

TÍTULO V
DAS NORMAS GERAIS SOBRE O PROCEDIMENTODISCIPLINAR

CAPÍTULO I
DAS MODALIDADES DE PROCEDIMENTOS DISCIPLINARES
Art. 53 - São procedimentos disciplinares:
I - de preparação e investigação: (Ver Art.110)
a) o relatório circunstanciado e conclusivo sobre os fatos;
b) a sindicância;

II – do exercício da pretensão punitiva: (Ver art. 116)


a) inquérito administrativo;

III - a exoneração em período probatório.(Ver art. 139)

CAPÍTULO II
DA PARTE E DE SEUS PROCURADORES
Art. 54 - São considerados parte, nos procedimentos disciplinares de exercício da pretensão pu-
nitiva, o servidor da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza e o titular de cargo em comissão.

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Art. 55 - Os servidores incapazes temporária ou permanentemente, em razão de doença física ou
mental, serão representados ou assistidos por seus pais, tutores ou curadores, na forma da lei
civil.
Parágrafo Único – Inexistindo representantes legalmente investidos, ou na impossibilidade com-
provada de trazê-los ao procedimento disciplinar, ou, ainda, se houver pendências sobre a capa-
cidade do servidor, serão convocados como seus representantes os pais, o cônjuge ou compa-
nheiro, os filhos ou parentes até segundo grau, observada a ordem aqui estabelecida.

Art. 56 - A parte poderá constituir advogado legalmente habilitado para acompanhar os termos
dos procedimentos disciplinares de seu interesse.
§ 1º - Nos procedimentos de exercício da pretensão punitiva, se a parte não constituir advogado
ou for declarada revel, ser-lhe-á dado defensor, na pessoa de procurador municipal, que não terá
poderes para receber citação e confessar.
§ 2º - A parte poderá, a qualquer tempo, constituir advogado, hipótese em que se encerrará, de
imediato, a representação do defensor dativo.
§ 3º - Ser-lhe-á dado também defensor dativo quando, notificada de que seu advogado constituído
não praticou atos necessários, a parte não tomar qualquer providência no prazo de 3 (três) dias.

CAPÍTULO III
DA COMUNICAÇÃO DOS ATOS
SEÇÃO IDAS CITAÇÕES

Art. 57 - Todo servidor que for parte em procedimento disciplinar de exercício da pretensão puni-
tiva será citado, sob pena de nulidade do procedimento, para dele participar e se defender.
Parágrafo Único - O comparecimento espontâneo da parte ou qualquer outro ato que implique
ciência inequívoca a respeito da instauração do procedimento administrativo suprem a necessi-
dade de realização de citação.

Art. 58 – A citação far-se-á, no mínimo, 48 (quarenta e oito) horas antes da data do interrogatório
designado, da seguinte forma:
I – por entrega pessoal do mandado ou por meio do setor ou Departamento de Recursos Humanos
da respectiva pasta;
II – por correspondência;
III - por edital.

Art. 59 - A citação por entrega pessoal far-se-á sempre que o servidor estiver em exercício.

Art. 60 - Far-se-á a citação por correspondência quando o servidor não estiver em exercício ou
residir fora do município, devendo o mandado ser encaminhado, com aviso de recebimento, para
o endereço residencial constante do cadastro de sua lotação.

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Art. 61 - Estando o servidor em local incerto e não sabido, ou não sendo encontrado, por 2 (duas)
vezes, no endereço residencial constante do cadastro de sua lotação, promover-se-á sua citação
por editais, com prazo de 15 (quinze) dias, publicados no Diário Oficial do Município de Fortaleza
durante 3 (três) edições consecutivas.

Art. 62 - O mandado de citação conterá a designação de dia, hora e local para interrogatório e
será acompanhado da cópia da denúncia administrativa, que dele fará parte integrante e comple-
mentar.

SEÇÃO II
DAS INTIMAÇÕES
Art. 63 - A intimação de servidor em efetivo exercício será feita por publicação impressa no Diário
Oficial do Município de Fortaleza, que também é acessível em versão digital, disponibilizada no
sítio eletrônico: www.fortaleza.ce.gov.br/serv/diom.asp.
Parágrafo Único – O chefe da Unidade de Pessoal deverá diligenciar para que o servidor tome
ciência da publicação.

Art. 64 - O servidor que, sem justa causa, deixar de atender à intimação com prazo marcado
poderá ser apenado com as sanções administrativas cabíveis, por decisão do diretor-geral da
Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza.

Art. 65 - A intimação dos advogados e do defensor dativo será feita por intermédio de publicação
no Diário Oficial do Município de Fortaleza, devendo dela constar o número do processo, o nome
dos advogados e da parte.
§ 1º- Dos atos realizados em audiência reputam-se intimados, desde logo, a parte, o advogado e
o defensor dativo.
§ 2º - Quando houver somente um defensor dativo designado no processo, a Corregedoria enca-
minhar-lhe-á os autos por carga, diretamente, independentemente de intimação ou publicação,
devendo ser observado, na sua devolução, o prazo legal cominado para a prática do ato.

CAPÍTULO IV
DOS PRAZOS

Art. 66 - Os prazos são contínuos, não se interrompendo nos feriados e serão computados exclu-
indo-se o dia do começo e incluindo-se o dia do vencimento.
Parágrafo Único- Considera-se prorrogado o prazo até o primeiro dia útil, se o vencimento cair
em fim de semana, feriado, ponto facultativo municipal ou se o expediente administrativo for en-
cerrado antes do horário normal.

Art. 67 - Decorrido o prazo, extingue-se para a parte, automaticamente, o direito de praticar o ato,
salvo se esta provar que não o realizou por evento imprevisto, alheio à sua vontade ou à de seu
procurador, hipótese em que o corregedor permitirá a prática do ato, assinalando prazo para tanto.

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Art. 68 - Não havendo disposição expressa nesta Lei e nem assinalação de prazo pelo corregedor,
o prazo para a prática dos atos no procedimento disciplinar, a cargo da parte, será de 5 (cinco)
dias.
Parágrafo Único - A parte poderá renunciar ao prazo estabelecido exclusivamente a seu favor.

Art. 69 - Quando, no mesmo procedimento disciplinar, houver mais de 1 (uma) parte, os prazos
serão comuns, exceto para as razões finais, quando será contado em dobro, se houver diferentes
advogados.
§ 1º - Havendo no processo até 2 (dois) defensores, cada um apresentará alegações finais, su-
cessivamente, no prazo de 10 (dez) dias cada um.
§ 2º - Havendo mais de 2 (dois) defensores, caberá ao corregedor conceder, mediante despacho
nos autos, prazo para vista fora da repartição, designando data única para apresentação dos me-
moriais de defesa na repartição.

CAPÍTULO V
DAS PROVAS
SEÇÃO IDISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 70 - Todos os meios de prova admitidos em Direito e moralmente legítimos são hábeis para
demonstrar a veracidade dos fatos.

Art. 71 - O corregedor poderá limitar e excluir, mediante despacho fundamentado, as provas que
considerar excessivas, impertinentes ou protelatórias.

SEÇÃO II
DA PROVA FUNDAMENTAL
Art. 72 - Fazem a mesma prova que o original as certidões de processos judiciais e as reproduções
de documentos autenticadas por oficial público, ou conferidas e autenticadas por servidor público
para tanto competente.

Art. 73 - Admitem- se como prova as declarações constantes de documento particular, escrito e


assinado pelo declarante com firma devidamente reconhecida em cartório, bem como depoimen-
tos constantes de sindicâncias, que não puderem, comprovadamente, ser reproduzidos verbal-
mente em audiência.

Art. 74 - Servem também à prova dos fatos o telegrama, o radiograma, a fotografia, a fonografia,
a fita de vídeo e outros meios lícitos, inclusive os eletrônicos.

Art. 75 - Caberá à parte que impugnar a prova produzir a perícia necessária à comprovação do
alegado.

34
SEÇÃO III
DA PROVA TESTEMUNHAL

Art. 76 - A prova testemunhal é sempre admissível, podendo ser indeferida pelo corregedor:
I - se os fatos sobre os quais serão inquiridas as testemunhas já foram provados por documentos
ou confissão da parte;
II - quando os fatos só puderem ser aprovados por documentos ou perícia.

Art. 77 - Compete à parte entregar na repartição, no tríduo probatório, o rol das testemunhas de
defesa, indicando seu nome completo, endereço e respectivo código de endereçamento postal
(CEP).
§ 1º - Se a testemunha for servidor municipal, deverá à parte indicar o nome completo, unidade de
lotação e o número de sua matrícula.
§ 2º - Depois de apresentado o rol de testemunhas, a parte poderá substituí-las até a data da
audiência designada, com a condição de ficar sob sua responsabilidade, levá-las à audiência.
§ 3º - O não comparecimento da testemunha substituída implicará desistência de sua oitiva pela
parte.

Art. 78 - Cada parte poderá arrolar, no máximo, 3 (três) testemunhas.

Art. 79 - As testemunhas serão ouvidas, de preferência, primeiramente as da Corregedoria e,


após, as da parte.

Art. 80 - As testemunhas deporão em audiência perante o corregedor, os auxiliares de Correge-


doria e o defensor constituído e, na sua ausência, o defensor dativo.
§ 1º - Se a testemunha, por motivo relevante, estiver impossibilitada de comparecer à audiência,
mas não de prestar depoimento, o corregedor poderá designar dia, hora e local para inquiri-la.
§ 2º - Sendo necessária a oitiva de servidor que estiver cumprindo pena privativa de liberdade, o
corregedor solicitará à autoridade competente a permissão para ter acesso ao local para inquirir o
servidor.

Art. 81 - Incumbirá à parte levar à audiência, independentemente de intimação, as testemunhas


por ela indicadas que sejam servidores municipais, decaindo o direito de ouvi-las, caso não com-
pareçam.
Parágrafo Único - As chefias imediatas diligenciarão para que sejam dispensados os servidores
no momento das audiências, devendo para tanto serem informadas a respeito da designação da
audiência com 24 (vinte e quatro) horas de antecedência.

Art. 82 - Antes de depor, a testemunha será qualificada, indicando nome, idade e profissão, local
e função de trabalho, número da cédula de identidade, residência e estado civil, bem como se tem
parentesco com a parte e, se for servidor municipal, o número de sua matrícula.

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Art. 83 - A parte cujo advogado não comparecer à audiência de oitiva de testemunha será assistida
por um defensor designado para o ato pelo corregedor.
Art. 84 - O corregedor interrogará a testemunha, cabendo, primeiro aos comissários e depois à
defesa formular perguntas tendentes a esclarecer ou complementar depoimento.
Parágrafo Único- O corregedor poderá indeferir as reperguntas, mediante justificativa expressa,
no termo de audiência.

Art. 85 - O depoimento, depois de lavrado, será rubricado e assinado pelos membros da Comissão
Processante, pelo depoente e defensor constituído ou dativo.

Art.86 - O corregedor poderá determinar de ofício ou a requerimento:


I - a oitiva de testemunhas referidas nos depoimentos;
II - a acareação de 2 (duas) ou mais testemunhas, ou de alguma delas com a parte, quando houver
divergência essencial entre as declarações sobre fato que possa ser determinante na conclusão
do procedimento.

SEÇÃO IV
DA PROVA PARCIAL

Art. 87 - A prova pericial consistirá em exames, vistorias e avaliações e será indeferida pelo cor-
regedor, quando dela não depender a prova do fato.

Art. 88 - Se o exame tiver por objeto a autenticidade ou falsidade de documento, ou for de natureza
médico-legal, a Comissão Processante requisitará, preferencialmente, elementos junto às autori-
dades policiais ou judiciais, quando em curso investigação criminal ou processo judicial.

Art. 89 - Quando o exame tiver por objeto a autenticidade de letra ou firma, o corregedor, se
necessário ou conveniente, poderá determinar à pessoa à qual se atribui a autoria do documento
que copie ou escreva, sob ditado, em folha de papel, dizeres diferentes, para fins de comparação
e posterior perícia.

Art. 90 - Ocorrendo necessidade de perícia médica do servidor denunciado administrativamente,


o órgão pericial da Municipalidade dará à solicitação da Comissão Processante caráter urgente e
preferencial.

Art. 91 - Quando não houver possibilidade de obtenção de elementos junto às autoridades policiais
ou judiciais e a perícia for indispensável para a conclusão do processo, o corregedor solicitará ao
diretor-geral da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza a contratação de perito para esse
fim.

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CAPÍTULO VI
DAS AUDIÊNCIAS E DO INTERROGATÓRIO
DA PARTE

Art. 92 – A parte será interrogada na forma prevista para a inquirição de testemunhas, vedada à
presença de terceiros, exceto seu advogado.

Art. 93 - O termo de audiência será lavrado, rubricado e assinado pelos membros da Comissão,
pela parte e, se for o caso, por seu defensor.

CAPÍTULO VII
DA REVELIA E SUAS CONSEQUÊNCIAS

Art. 94 - O corregedor decretará a revelia da parte que, regularmente citada, não comparecer
perante a Comissão no dia e hora designados.
§ 1º - A regular citação será comprovada mediante juntada aos autos:
I - da contrafé do respectivo mandato, no caso de citação pessoal;
II – das cópias dos 3 (três) editais publicados no Diário Oficial do Município de Fortaleza, no caso
de citação por edital;
III - do Aviso de Recebimento (AR), no caso de citação pelos Correios.

§ 2º - Não sendo possível realizar a citação, o intimador certificará os motivos nos autos.

Art. 95 - A revelia deixará de ser decretada ou, se decretada, será revogada quando verificado, a
qualquer tempo, que, na data designada para o interrogatório:
I - a parte estava legalmente afastada de suas funções por licença maternidade ou paternidade,
em gozo de férias, presa, provisoriamente ou em cumprimento de pena, ou em licença-médica se
impossibilitada de prestar depoimento, podendo a Comissão realizar audiência em domicílio ou no
lugar onde se encontre o servidor.
II - a parte comprovar motivo de força maior que tenha impossibilitado seu comparecimento tem-
pestivo.
Parágrafo Único- Revogada a revelia, será realizado o interrogatório, reiniciando-se a instrução,
com aproveitamento dos atos instrutórios já realizados, desde que ratificados pela parte, por termo
lançado nos autos.

Art. 96 - Decretada a revelia, dar-se-á prosseguimento ao procedimento disciplinar, designando-


se defensor dativo para atuar em defesa da parte.
Parágrafo Único – É assegurado ao revel o direito de constituir advogado em substituição ao
defensor dativo que lhe tenha sido designado.

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Art. 97 - A decretação da revelia acarretará a preclusão das provas que deveriam ser requeridas,
especificadas e/ou produzidas pela parte em seu interrogatório, assegurada a faculdade de jun-
tada de documentos com as razões finais.
Parágrafo Único - Ocorrendo a revelia, a defesa poderá requerer provas no tríduo probatório.

Art. 98 - A parte revel não será intimada pela Comissão Processante para a prática de qualquer
ato, constituindo ônus da defesa comunicar-se com o servidor, se assim entender necessário.
§ 1º - Desde que compareça perante a Comissão Processante ou intervenha no processo, pesso-
almente ou por meio de advogado com procuração nos autos, o revel passará a ser intimado pela
Comissão, para a prática de atos processuais.
§ 2º - O disposto no § 1º deste artigo não implica revogação da revelia nem elide os demais efeitos
desta.

CAPÍTULO VIII
DOS IMPEDIMENTOS E DA SUSPEIÇÃO
Art. 99 - É defeso aos membros da Comissão Processante exercer suas funções em procedimen-
tos disciplinares:
I - de que for parte;
II - em que interveio como mandatário da parte, defensor dativo ou testemunha;
III - quando a parte for seu cônjuge, parente consanguíneo ou afim, em linha reta ou na colateral,
até segundo grau, amigo íntimo ou inimigo capital;
IV - quando em procedimento estiver postulando como advogado da parte seu cônjuge ou parentes
consanguíneos ou afins, em linha reta ou na colateral, até segundo grau;
V - quando houver atuado na sindicância que precedeu o procedimento do exercício de pretensão
punitiva;
VI - na etapa da revisão, quando tenha atuado anteriormente.

Art. 100 - A arguição de suspeição de parcialidade de alguns ou de todos os membros da Comis-


são Processante e do defensor dativo precederá qualquer outra, salvo quando fundada em motivo
perveniente.
§ 1º - A arguição deverá ser alegada pelos citados no caput deste artigo ou pela parte, em decla-
ração escrita e motivada, que suspenderá o andamento do processo.
§ 2º - Sobre a suspeição arguida, o diretor-geral da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza:
I - se a acolher, tomará as medidas cabíveis necessárias à substituição do suspeito ou dos sus-
peitos;
II - se a rejeitar, motivará a decisão e devolverá o processo ao corregedor, para prosseguimento.

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CAPÍTULO IX
DA COMPETÊNCIA
Art. 101 - A decisão nos procedimentos disciplinares será proferida por despacho devidamente
fundamentado da autoridade competente, no qual será mencionada a disposição legal em que se
baseia o ato.

Art. 102 - O diretor-geral da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza, em se tratando de


inquérito administrativo, tem como atribuições:
I – determinar a instauração:
a) das sindicâncias em geral;
b) dos procedimentos de exoneração em estágio probatório;
c) dos inquéritos administrativos;

II - decidir, por despacho, os processos de inquérito administrativo, nos casos de:


a) absolvição;
b) desclassificação da infração ou abrandamento de penalidade de que resulte a imposição de
pena de repreensão ou de suspensão;
c) aplicação da pena de suspensão;
d) envio dos autos ao chefe do Poder Executivo Municipal para aplicação de pena de demissão
nas hipóteses desta Lei.

§ 1º - A competência estabelecida neste artigo abrange as atribuições para decidir os pedidos de


reconsideração, apreciar e encaminhar os recursos e os pedidos de revisão de inquérito ao chefe
do Poder Executivo Municipal.
§ 2º - Poderá ser delegada ao corregedor-geral da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza
a competência prevista nos incisos I, alínea a, e II, deste artigo.

Art. 103 – O diretor-geral poderá acompanhar o processo disciplinar, bem como requisitar cópia
de peças processuais que julgar relevantes.

Art. 104 - Na ocorrência de infração disciplinar envolvendo servidores da Guarda Municipal e De-
fesa Civil de Fortaleza, de mais de 1 (um) setor da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza,
caberá às chefias imediatas com responsabilidade sobre os servidores infratores elaborar relatório
circunstanciado sobre a irregularidade, e remetê-lo à Corregedoria da Guarda Municipal e Defesa
Civil de Fortaleza para o respectivo processamento.

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CAPÍTULO X
DA EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE E DO PROCEDIMENTO DISCIPLINAR
Art. 105 - Extingue-se a punibilidade:
I – pela morte da parte;
II - pela prescrição;
III - pela anistia.

Art. 106 – O procedimento disciplinar extingue-se com a publicação do despacho decisório pela
autoridade administrativa competente.
Parágrafo Único - O processo, após sua extinção, será enviado à Unidade de Pessoal para as
necessárias anotações na pasta funcional e arquivamento, se não interposto recurso.

Art. 107 - Extingue-se o procedimento sem julgamento de mérito, quando a autoridade adminis-
trativa competente para proferir a decisão acolher proposta da Comissão Processante, nos se-
guintes casos:
I - morte da parte;
II - ilegitimidade da parte;
III – quando a parte já tiver sido demitida, dispensada ou exonerada do serviço público, casos em
que se farão as necessárias anotações na pasta funcional para fins de registro de antecedentes;
IV - quando o procedimento disciplinar versar sobre a mesma infração de outro, em curso ou já
decidido.

Art. 108 – Extingue se o procedimento com julgamento de mérito, quando a autoridade adminis-
trativa proferir decisão:
I - pelo arquivamento do processo disciplinar;
II - pela absolvição ou imposição de penalidade;
III- pelo reconhecimento da prescrição.

TÍTULO VI
DOS PROCEDIMENTOS DISCIPLINARES
CAPÍTULO I
DO PROCEDIMENTO DISCIPLINAR DE PREPARAÇÃO E INVESTIGAÇÃO DO RELATÓRIO
CIRCUNSTANCIADO E CONCLUSIVO SOBRE FATOS

Art. 109 - A autoridade que tiver ciência de irregularidade no serviço público é obrigada a tomar
providências objetivando a apuração dos fatos e responsabilidades.

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§ 1º - As providências de apuração terão início imediato após o conhecimento dos fatos e serão
adotadas na unidade onde estes ocorreram, consistindo na elaboração de relatório circunstanci-
ado conclusivo sobre os fatos e encaminhado à Corregedoria da Guarda Municipal e Defesa Civil
de Fortaleza para a instrução, com a oitiva dos envolvidos e das testemunhas, além de outras
provas indispensáveis ao seu esclarecimento.
§ 2º - A apuração será cometida aos auxiliares de Corregedoria.
§ 3º -A apuração deverá ser concluída no prazo de 20 (vinte) dias, findo o qual os autos serão
enviados ao diretor-geral da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza, que determinará:
I – a instauração do procedimento disciplinar cabível e a remessa dos autos ao corregedor da
Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza, para a respectiva instrução quando:
a) a autoria do fato irregular estiver comprovada;
b) encontrar-se perfeitamente definida a responsabilidade subjetiva do servidor pelo evento irre-
gular;
c) existirem fortes indícios de ocorrência de responsabilidade funcional, que exijam a complemen-
tação das investigações mediante sindicância;

II - o arquivamento do feito, quando comprovada a inexistência de responsabilidade funcional pela


ocorrência irregular investigada;
III - a aplicação de penalidade, nos termos do art. 30, quando a responsabilidade subjetiva pela
ocorrência encontrar-se definida, porém a natureza da falta cometida não for grave, não houver
dano ao patrimônio público ou se este for de valor irrisório.

SEÇÃO I
DA SINDICÂNCIA

Art. 110 - A sindicância é o procedimento disciplinar de preparação e investigação, instaurada por


determinação do diretor-geral da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza, quando os fatos
não estiverem definidos ou faltarem elementos indicativos da autoria.
Parágrafo Único - O corregedor, quando houver notícia de fato tipificado como crime, enviará a
devida comunicação à autoridade competente, se a medida ainda não tiver sido providenciada.

Art. 111 - Na sindicância serão ouvidos todos os envolvidos nos fatos.


Parágrafo Único - Os depoentes poderão fazer-se acompanhar de advogado.

Art.112 - Se o interesse público o exigir, o diretor-geral da Guarda Municipal e Defesa Civil de


Fortaleza decretará, no despacho instaurador, o sigilo da sindicância, facultado o acesso aos autos
exclusivamente às partes e seus patronos.

Art. 113 – É assegurada vista dos autos da sindicância, nos termos do art. 5º, inciso XXXIII, da
Constituição Federal, e da legislação municipal em vigor.

41
Art. 114 - Quanto recomendar a abertura de procedimento disciplinar de exercício da pretensão
punitiva, o relatório da sindicância deverá apontar os dispositivos legais infringidos e a autoria
apurada.

Art. 115 - A sindicância deverá ser concluída no prazo de 30 (trinta) dias, prorrogável por mais 15
(quinze) dias, a critério do diretor-geral da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza, mediante
justificativa fundamentada.

CAPÍTULO II
DO INQUÉRITO ADMINISTRATIVO
Art. 116 - Instaurar-se-á inquérito administrativo quando a falta disciplinar, por sua natureza, puder
determinar a suspensão, a dispensa dos servidores admitidos, estáveis ou não, a demissão e a
demissão a bem do serviço público.
Parágrafo Único - No inquérito administrativo é assegurado o exercício do direito ao contraditório
e à ampla defesa.

Art. 117 – São fases do inquérito administrativo:


I - instauração e denúncia administrativa;
II - citação;
III - instrução, que compreende o interrogatório, a prova da Comissão Processante e o tríduo pro-
batório;
IV - razões finais;
V - relatório final conclusivo;
VI - encaminhamento para decisão;
VII- decisão.

Art. 118 – O inquérito administrativo será conduzido pela Comissão Processante.

Art. 119 - O inquérito administrativo, uma vez determinado pelo diretor-geral, será instaurado pelo
corregedor, com a ciência dos demais membros da Comissão Processante.

Art.120 - A denúncia administrativa deverá conter obrigatoriamente:


I - a indicação da autoria;
II - os dispositivos legais violados e aqueles que preveem a penalidade aplicável;
III - o resumo dos fatos;
IV - a ciência de que a parte poderá fazer todas as provas admitidas em Direito e pertinentes à
espécie;
V - a ciência de que é facultado à parte constituir advogado para acompanhar o processo e de-
fendê-la, e de que, não o fazendo, ser-lhe-á nomeado defensor dativo;

42
VI - designação de dia, hora e local para o interrogatório, ao qual a parte deverá comparecer, sob
pena de revelia;
VII - nomes completos e registro funcional dos membros da Comissão Processante.

Art. 121 - O servidor acusado da prática de infração disciplinar será citado para participar do pro-
cesso e se defender.
§ 1º - A citação será feita conforme as disposições do Título V, Capítulo III, Seção I, desta Lei
Complementar, e deverá conter a transcrição da denúncia administrativa.
§ 2º - A citação deverá ser feita com antecedência de, no mínimo, 72 (setenta e duas) horas da
data designada para o interrogatório.
§ 3º - O não comparecimento da parte ensejará as providências determinadas nos arts. 95 a 98,
com a designação de defensor dativo.

Art. 122 - É assegurado ao servidor o direito de acompanhar o processo pessoalmente, desde que
o faça com urbanidade, e de intervir, por seu defensor, nas provas e diligências que se realizarem.

Art. 123 – Regularizada a representação processual do denunciado, a Comissão Processante


promoverá a tomada de depoimentos, acareações, investigações e diligências cabíveis, objeti-
vando a coleta de prova e, quando necessário, recorrerá a técnicos e peritos, de modo a permitir
a completa elucidação dos fatos.
Parágrafo Único - A defesa será intimada de todas as provas e diligências determinadas, com
antecedência mínima de 48 (quarenta e oito) horas, sendo-lhe facultada a formulação de quesitos,
quando se tratar de prova pericial, hipótese em que o prazo de intimação será ampliado para 5
(cinco) dias.

Art. 124 - Realizadas as provas da Comissão Processante, a defesa será intimada para indicar,
em 3 (três) dias, as provas que pretende produzir.

Art. 125 - Encerrada a instrução, dar-se-á vista ao defensor para apresentação, por escrito, e no
prazo de 8 (oito) dias úteis, das razões de defesa do denunciado.

Art. 126 - Apresentadas as razões finais de defesa, a Comissão Processante elaborará o parecer
conclusivo, que deverá conter:
I – a indicação sucinta e objetiva dos principais atos processuais;
II - análise das provas produzidas e das alegações da defesa;
III -conclusão, com proposta justificada e, em caso de punição, deverá ser indicada a pena cabível
e sua fundamentação legal.

§ 1º - Havendo consenso, será elaborado parecer conclusivo unânime e, havendo divergência,


será proferido voto em separado, com as razões nas quais se funda a divergência.

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§ 2º - A Comissão deverá propor, se for o caso:
I - a desclassificação da infração prevista na denúncia administrativa;
II - o abrandamento da penalidade, levando em conta fatos e provas contidas no procedimento, a
circunstância da infração disciplinar e o anterior comportamento do servidor;
III - outras medidas que se fizerem necessárias ou forem do interesse público.

Art. 127 – O inquérito administrativo deverá ser concluído no prazo de até 90 (noventa) dias, a
critério do corregedor da Guarda Municipal, mediante justificativa fundamentada.
Parágrafo Único – Nos casos de prática das infrações previstas no art. 27 desta Lei, ou quando
o servidor for preso em flagrante delito ou preventivamente, o inquérito administrativo deverá ser
concluído no prazo de 60 (sessenta) dias, contados da citação válida do indiciado, podendo ser
prorrogado, a juízo da autoridade que determinou a instauração, mediante justificação, pelo prazo
máximo de 60 (sessenta) dias.

Art. 128 - Com o parecer conclusivo os autos serão encaminhados ao diretor-geral da Guarda
Municipal para decisão ou manifestação e encaminhamento ao chefe do Poder Executivo Munici-
pal, quando for o caso.

SUBSEÇÃO I
DO JULGAMENTO

Art. 129 - A autoridade competente, para decidir, não fica vinculada ao parecer conclusivo da
Comissão Processante, podendo, ainda, converter o julgamento em diligência para os esclareci-
mentos que entender necessário.

Art. 130 - Recebidos os autos, o diretor-geral da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza,
quando for o caso, julgará o inquérito administrativo em até 30 (trinta) dias, prorrogáveis, justifica-
damente, por mais 15 (quinze) dias.
Parágrafo Único - A autoridade competente julgará o inquérito administrativo, decidindo, funda-
mentadamente:
I - pela absolvição do acusado;
II – pela punição do acusado;
III - pelo arquivamento, quando extinta a punibilidade.

Art. 131 - O acusado será absolvido, quando reconhecido:


I - estar provada a inexistência do fato;
II – não haver prova da existência do fato;
III - não constituir o fato infração disciplinar;
IV - não existir prova de ter o acusado concorrido para a infração disciplinar;
V - não existir prova suficiente para a condenação;

44
VI - a existência de qualquer das seguintes causas de justificação:
a) motivo de força maior ou caso fortuito;
b) legítima defesa própria ou de outrem;
c) estado de necessidade;
d) estrito cumprimento do dever legal;
e) coação irresistível.

SUBSEÇÃO II
DA APLICAÇÃO DAS SANÇÕES DISCIPLINARES

Art. 132 - Na aplicação da sanção disciplinar serão considerados os motivos, circunstâncias e


consequências da infração, os antecedentes e a personalidade do infrator, assim como a intensi-
dade do dolo ou o grau da culpa.

Art. 133 - São circunstâncias atenuantes:


I - estar classificado, no mínimo, na categoria de bom comportamento, conforme disposição pre-
vista no art. 17, inciso II, desta Lei;
II - ter prestado relevantes serviços para a Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza;
III - ter cometido a infração para preservação da ordem ou do interesse público.

Art. 134 - São circunstâncias agravantes:


I - mau comportamento, conforme disposição prevista no art. 17, inciso IV, desta Lei;
II - prática simultânea ou conexão de 2 (duas) ou mais infrações;
III - reincidência;
IV - conluio de 2 (duas) ou mais pessoas;
V - falta praticada com abuso de autoridade.

§ 1º - Verifica-se a reincidência quando o servidor cometer nova infração depois de transitar em


julgado a decisão administrativa que o tenha condenado por infração anterior.

§ 2º - Dá-se o trânsito em julgado administrativo quando a decisão não comportar mais recursos.

Art. 135 - Em caso de reincidência, as faltas leves serão puníveis com advertência; e as médias,
com suspensão superior a 15 (quinze) dias, de acordo com os arts. 30 e 31 desta Lei.
Parágrafo Único - As punições canceladas ou anuladas não serão consideradas para fins de
reincidência.

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Art. 136 - O servidor responde civil, penal e administrativamente pelo exercício irregular de suas
atribuições, sendo responsável por todos os prejuízos que, nessa qualidade, causar à Fazenda
Municipal, por dolo ou culpa, devidamente apurados.
Parágrafo Único - As cominações civis, penais e disciplinares poderão cumular-se, sendo inde-
pendentes entre si, assim como a instância civil, penal e administrativa.

Art.137 - Na ocorrência de mais de 1 (uma) infração, sem conexão entre si, serão aplicadas as
sanções correspondentes isoladamente.

SUBSEÇÃO III
DO CUMPRIMENTO DAS SANÇÕES DISCIPLINARES
Art. 138 - A autoridade responsável pela execução da sanção imposta a subordinado que esteja
a serviço ou à disposição de outra unidade fará a devida comunicação para que a medida seja
cumprida.
CAPÍTULO III
DA EXONERAÇÃO NO ESTÁGIO PROBATÓRIO
Art. 139 - Instaurar-se-á procedimento especial de exoneração em estágio probatório, nos seguin-
tes casos:
I - inassiduidade;
II - ineficiência;
III - indisciplina;
IV - insubordinação;
V - desídia;
VI - conduta moral ou profissional que se revele incompatível com suas atribuições;
VII - por irregularidade administrativa grave;
VIII - pela prática de delito doloso, relacionado ou não com suas atribuições.

Art. 140 - O chefe mediato ou imediato do servidor formulará representação, preferencialmente,


pelo menos 4 (quatro) meses antes do término do período probatório, contendo os elementos es-
senciais, acompanhados de possíveis provas que possam configurar os casos indicados no art.
139 desta Lei, e o encaminhará ao diretor-geral da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza
que apreciará o seu conteúdo, determinando, se for o caso, a instauração do procedimento de
exoneração.
Parágrafo Único - Sendo inviável a conclusão do procedimento de exoneração antes de findo o
estágio probatório, o diretor-geral da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza poderá con-
vertê-lo em inquérito administrativo, prosseguindo-se até final decisão.

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Art.141 - O procedimento disciplinar de exoneração de servidor em estágio probatório será instau-
rado pelo corregedor, com a ciência dos demais membros da Comissão Processante, e deverá ter
toda a instrução concentrada em audiência.

Art. 142 – O termo de instauração e intimação conterá, obrigatoriamente:


I - a descrição articulada da falta atribuída ao servidor;
II – os dispositivos legais violados e aqueles que preveem a tipificação legal;
III - a designação cautelar de defensor dativo para assistir o servidor, se necessário, na audiência
concentrada de instrução;
IV - a designação da data, hora e local para interrogatório, ao qual deverá o servidor comparecer,
sob pena de revelia;
V - a ciência ao servidor de que poderá comparecer à audiência acompanhado de defensor de sua
livre escolha, regularmente constituído;
VI - a intimação para que o servidor apresente, na audiência concentrada de instrução, toda prova
documental que possuir, bem como suas testemunhas de defesa, que não poderão exceder a 3
(três);
VII - a notificação de que, na mesma audiência, serão produzidas as provas da Comissão Proces-
sante, devidamente especificadas;
VIII - os nomes completos e registros funcionais dos membros da Comissão Processante.
Parágrafo Único - No caso comprovado de não ter o servidor tomado ciência do inteiro teor do
termo de instauração e intimação, ser-lhe-á facultado apresentar suas testemunhas de defesa no
prazo determinado pela presidência, sob pena de decadência.

Art. 143 - Encerrada a instrução, dar-se-á vista à defesa para apresentação de razões finais, no
prazo de 5 (cinco) dias.

Art. 144 - Após a defesa, a Comissão Processante elaborará relatório conclusivo, encaminhando-
se o processo para decisão da autoridade administrativa competente.

TÍTULO VII
DOS RECURSOS E DA REVISÃO
DAS DECISÕES EM PROCEDIMENTOS DISCIPLINARES

Art. 145 - Das decisões nos procedimentos disciplinares caberão:


I - pedido de reconsideração;
II – recurso hierárquico;
III - revisão.

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Art. 146 - As decisões em grau de recurso e revisão não autorizam a agravação da punição do
recorrente.
Parágrafo Único - Os recursos de cada espécie previstos no art. 145 desta Lei, poderão ser in-
terpostos apenas uma única vez, individualmente, e cingir-se-ão aos fatos, argumentos e provas,
cujo ônus incumbirá ao recorrente.

Art. 147 - O prazo para interposição do pedido de reconsideração e do recurso hierárquico é de


15 (quinze) dias, contados da data da publicação oficial do ato impugnado.
Parágrafo Único – Os recursos serão processados em apartado, devendo o processo originário
segui-los para instrução.

Art. 148 – As decisões proferidas em pedido de reconsideração, recurso hierárquico e revisão


serão sempre motivadas e indicarão, no caso de provimento, as retificações necessárias e as
providências quanto ao passado, dispondo sobre os efeitos retroativos à data do ato ou decisão
impugnada.

CAPÍTULO I
DO PEDIDO DE RECONSIDERAÇÃO
Art. 149 - O pedido de reconsideração deverá ser à mesma autoridade que houver expedido o ato
ou proferido a decisão e sobrestará o prazo para a interposição de recurso hierárquico.

Art. 150 - Concluída a instrução ou a produção de provas, quando pertinentes, os autos serão
encaminhados à autoridade para decisão no prazo de até 30 (trinta) dias.

CAPÍTULO II
DO RECURSO HIERÁRQUICO
Art. 151 - O recurso hierárquico deverá ser dirigido à autoridade imediatamente superior àquela
que tiver expedido o ato ou proferido a decisão e, em última instância, ao chefe do Poder Executivo
Municipal.
Parágrafo Único – Não constitui fundamento para o recurso a simples alegação de injustiça da
decisão, cabendo ao recorrente o ônus da prova de suas alegações.

TÍTULO VIII
DA REVISÃO
Art. 152 - A revisão será recebida e processada mediante requerimento quando:
I - a decisão for manifestadamente contrária a dispositivo legal ou à evidência dos autos;
II - a decisão se fundamentar em depoimentos, exames periciais, vistorias ou documentos com-
provadamente falsos ou eivados de erros;
III - surgirem, após a decisão, provas da inocência do punido.

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Parágrafo Único - Não constitui fundamento para a revisão a simples alegação de injustiça da
penalidade.

Art. 153 - A revisão, que poderá verificar-se a qualquer tempo, de acordo com os requisitos do art.
217 da Lei nº 6.794, de 27 de dezembro de 1990, será sempre dirigida ao diretor-geral da Guarda
Municipal e Defesa Civil de Fortaleza, que decidirá quanto ao seu processamento.

Art. 217 - O processo disciplinar poderá ser revisto, a qual-


quer tempo, a pedido ou de oficio, quando se aduzirem fatos
novos ou circunstâncias suscetíveis de justificar a inocência
do punido ou a inadequação da penalidade aplicada.
§ 1º - Em caso de falecimento, ausência ou desapareci-
mento do servidor, qualquer pessoa da família poderá reque-
rer a revisão do processo.
§ 2º - No caso de incapacidade mental do servidor, a revisão
será requerida pelo respectivo curador.

Art. 154 - Ocorrendo o falecimento do punido, o pedido de revisão poderá ser formulado pelo
cônjuge, companheiro ou parente até segundo grau.

Art. 155 - No processo revisional, o ônus da prova incumbirá ao requerente e sua inércia no feito,
por mais de 60 (sessenta) dias, implicará o arquivamento do feito.

Art. 156 – Instaurada a revisão, a Comissão Processante deverá intimar o recorrente a compare-
cer para interrogatório e indicação das provas que pretende produzir.
Parágrafo Único – Se o recorrente for ex-servidor, fica vedada designação de defensor dativo
pela Corregedoria da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza.

Art. 157 – Julgada procedente a revisão, a autoridade competente determinará a redução, o can-
celamento ou a anulação da pena.
Parágrafo Único - As decisões proferidas em grau de revisão serão sempre motivadas e indica-
rão, no caso de provimento, as retificações necessárias e as providências quanto ao passado,
dispondo sobre os efeitos retroativos à data do ato ou da decisão impugnada e não autorizam a
agravação da pena.

TÍTULO IX
DO CANCELAMENTO DA PUNIÇÃO
Art. 158 - O cancelamento de sanção disciplinar consiste na eliminação da respectiva anotação
na pasta funcional do servidor da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza, sendo concedido
de ofício ou mediante requerimento do interessado, quando este completar, sem qualquer punição:
I - 5 (cinco) anos de efetivo serviço, quando a punição a cancelar for de suspensão;

49
II - 3 (três) anos de efetivo serviço, quando a punição a cancelar for de advertência.

Art. 159 - O cancelamento das anotações na pasta funcional do infrator e no banco de dados da
Corregedoria da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza dar-se-á por determinação do cor-
regedor, em 15 (quinze) dias, a contar da data do seu pedido, registrando-se apenas o número e
a data do ato administrativo que formalizou o cancelamento.

Art. 160 - O cancelamento da punição disciplinar não será prejudicado pela superveniência de
outra sanção, ocorrida após o decurso dos prazos previstos no art. 162 desta Lei Complementar.

Art. 162 - Prescreverá: I - em 6 (seis) meses, a falta que sujeite à pena de


advertência;II - em 2 (dois) anos, a falta que sujeite à pena de suspen-
são;III- em 5 (cinco) anos, a falta que sujeite à pena de demissão a bem
do serviço público, demissão ou destituição de cargo em comissão. Pará-
grafo Único. A infração também prevista como crime na lei penal prescre-
verá juntamente com este, aplicando-se ao procedimento disciplinar,
neste caso, os prazos prescricionais estabelecidos no Código Penal Bra-
sileiro ou em leis especiais que tipifiquem o fato como infração penal,
quando superiores a 5 (cinco) anos.

Art. 161 - Concedido o cancelamento, o conceito do servidor da Guarda Municipal e Defesa Civil
de Fortaleza será considerado tecnicamente primário, podendo ser reclassificado, desde que ob-
servados os demais requisitos estabelecidos no art. 17 desta Lei.
Art. 17 - Para fins disciplinares e para os demais efeitos legais, o
comportamento do servidor da Guarda Municipal e Defesa Civil de
Fortaleza será considerado: I - EXCELENTE, quando no período de
4(quatro) anos não tiver sofrido qualquer punição; II - BOM, quando
no período de 3(três) anos não tiver sofrido pena de suspensão; III -
INSUFICIENTE, quando no período de 2(dois) anos tiver sofrido até
2 (duas) suspensões ou equivalentes (§ 1º); IV - RUIM, quando no
período de 1(um) ano tiver sofrido o somatório de mais de 15 (quinze)
dias de suspensão. § 1º - Para a classificação de comportamento, 2
(duas) advertências equivalerão a 1 (uma) suspensão. § 2º - A avali-
ação do comportamento dar-se-á anualmente através de portaria do
diretor-geral da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza, de
acordo com os critérios estabelecidos neste artigo. § 3º - A contagem
de tempo para a melhoria de comportamento começará a partir da
data em que se encerrar o cumprimento da punição. § 4º - O conceito
atribuído ao comportamento do servidor, nos termos do disposto
neste artigo, será considerado para: I - indicação para participação
em cursos de aperfeiçoamento; II - submissão à participação em pro-
grama educativo, nas hipóteses dos incisos III e IV do caput deste
artigo, se a soma das penas de suspensão aplicadas for superior a
30 (trinta) dias.

50
Art. 162 - Prescreverá:
I - em 6 (seis) meses, a falta que sujeite à pena de advertência;
II - em 2 (dois) anos, a falta que sujeite à pena de suspensão;
III - em 5 (cinco) anos, a falta que sujeite à pena de demissão a bem do serviço público, demissão
ou destituição de cargo em comissão.
Parágrafo Único - A infração também prevista como crime na lei penal prescreverá juntamente
com este, aplicando-se ao procedimento disciplinar, neste caso, os prazos prescricionais estabe-
lecidos no Código Penal Brasileiro ou em leis especiais que tipifiquem o fato como infração penal,
quando superiores a 5 (cinco) anos.

Art. 163 - A prescrição começará a correr da data em que a autoridade tomar conhecimento da
existência do fato, ato ou conduta que possa ser caracterizada como infração disciplinar.

Art. 164 - Interromperá o curso da prescrição o despacho que determinar a instauração de proce-
dimento de exercício da pretensão punitiva.
Parágrafo Único -Na hipótese do caput deste artigo, todo o prazo começa a correr novamente
por inteiro da data do ato que a interrompeu.

Art. 165 - Se, após instaurado o procedimento disciplinar houver necessidade de se aguardar o
julgamento na esfera criminal, o feito poderá ser sobrestado e suspenso o curso da prescrição até
o trânsito em julgado da sentença penal, a critério do diretor-geral da Guarda Municipal e Defesa
Civil de Fortaleza.

TÍTULO XI
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 166 - Após o julgamento do inquérito administrativo, é vedado à autoridade julgadora avocá-
lo para modificar a sanção aplicada ou agravá-la.

Art. 167 - Durante a tramitação do procedimento disciplinar, fica vedada aos órgãos da adminis-
tração municipal a requisição dos respectivos autos, para consulta ou qualquer outro fim, exceto
àqueles que tiverem competência legal para tanto.

Art. 168 - Os procedimentos disciplinados nesta Lei Complementar terão sempre tramitação em
autos próprios, sendo vedada sua instauração ou processamento em expedientes que cuidem de
assuntos diversos da infração a ser apurada ou punida.
§ 1º - Os processos acompanhantes ou requisitados para subsidiar a instrução de procedimentos
disciplinares serão devolvidos à unidade competente para prosseguimento, assim que extraídos
os elementos necessários, por determinação do corregedor.
§ 2º - Quando o conteúdo do acompanhante for essencial para a formação de opinião e julga-
mento do procedimento disciplinar, os autos somente serão devolvidos à unidade após a decisão
final.

51
Art. 169 - O pedido de vista de autos em tramitação, por quem não seja parte ou defensor, depen-
derá de requerimento, por escrito, e será cabível para a defesa de direitos e esclarecimentos de
situações de interesse pessoal.
Parágrafo Único - Poderá ser vedada a vista dos autos até a publicação da decisão final, inclusive
para as partes e seus defensores, quando o processo se encontrar relatado.

Art. 170 - Fica atribuída ao corregedor da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza compe-
tência para apreciar e decidir os pedidos de certidões e fornecimento de cópias reprográficas,
referentes a processos administrativos que estejam em andamento na Corregedoria da Guarda
Municipal e Defesa Civil de Fortaleza.

Art. 171 - A Lei Municipal nº 6.794, de 27 de dezembro de 1990, e o Decreto-Lei nº 3.689/41


(Código de Processo Penal Brasileiro), quando não incompatíveis com esta Lei Complementar,
poderão ser usados subsidiariamente para fundamentação dos casos disciplinares.

Art. 172 - Os processos administrativos disciplinares já instaurados na Procuradoria-Geral do Mu-


nicípio, através da Comissão de Processo Administrativo Disciplinar, serão analisados pelos mem-
bros da CPAD-PGM e empós encaminhados ao diretor-geral para tomar as providências legais
cabíveis.

Art. 173 – O diretor-geral da Guarda Municipal, naquilo que não confrontar à Legislação Vigente,
poderá emitir de portarias disciplinadoras sobre assuntos relacionados à aplicação das normas de
hierarquia, composição de pelotões, postos de serviço e setores administrativos, como também
regime e escalas de trabalho dos servidores da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza.

Art. 174 - O chefe do Poder Executivo regulamentará por decreto o funcionamento e as respectivas
Comissões Integrantes da Corregedoria e da Ouvidoria da Guarda Municipal e Defesa Civil de
Fortaleza.

Art. 175 - As despesas decorrentes desta Lei correrão por conta das dotações orçamentárias pró-
prias.

Art. 176 - Esta Lei Complementar entra em vigor 30 (trinta) dias após a data de sua publicação,
revogadas as disposições em contrário.

PAÇO DA PREFEITURA MUNICIPAL DE FORTALEZA, em 10 de julho de 2007.


Luizianne de Oliveira Lins - PREFEITA MUNICIPAL DE FORTATALEZA.

52
LEI COMPLEMENTAR Nº 038/2007

Aprova o Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) dos Servidores da Guarda Municipal e
Defesa Civil de Fortaleza e dá outras providências.
Faço saber que a Câmara Municipal de Fortaleza aprovou e eu sanciono a seguinte lei comple-
mentar:
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 1º - Fica aprovado o Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) dos Servidores da Guarda
Municipal e Defesa Civil de Fortaleza, estruturado na forma do Anexo I, obedecendo às diretrizes
contidas nesta Lei.

§ 1º - O Plano de Cargos, Carreiras e Salários e a que se refere o caput deste artigo abrange
apenas os servidores ocupantes dos cargos/funções de:
I - Inspetor, Subinspetor e Guarda Municipal;
II - Agente de Defesa Civil;
III - Agente de Segurança Institucional.

§ 2º - Aos aposentados e pensionistas da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza são es-
tendidos os benefícios deste Plano, no que se refere ao vencimento básico, diferencial de hierar-
quia e vantagem pecuniária fixa, criadas nesta Lei, nos termos do § 8º, do art. 40, da Constituição
Federal.

Art. 2º - O Plano de Cargos, Carreiras e Salários resultante da aplicação das diretrizes estabele-
cidas nesta Lei será composto por:
I - estrutura do plano: carreiras, classes e cargos/funções – Anexo I;
II - tabela de conversão de cargos - Anexo II;
III - quadro de pessoal - Anexo III;
IV - descrição dos níveis de capacitação - Anexo IV;
V - matrizes hierárquicas salariais - Anexo V e V-A;
VI - tabela de conversão de tempo de serviço - Anexo VI;
VII - descrição das atribuições dos cargos/funções - Anexo VII;
VIII - Manual de Avaliação de Desempenho;
IX - Quadro Discriminativo de Enquadramento. (Alterado Pela LC Nº 154/13)

Parágrafo Único - O Manual de Avaliação de Desempenho e o Quadro Discriminativo de Enqua-


dramento serão regulamentados por decreto do chefe do Poder Executivo.

53
Art. 3º - Para os efeitos desta Lei, considera-se:
I - Plano de Cargos, Carreiras e Salários: conjunto de princípios, diretrizes e normas que regulam
o desenvolvimento profissional dos servidores ocupantes de cargos/funções que integram deter-
minada carreira, constituindo-se em instrumento de gestão do órgão;
II - Cargo Público: é o lugar inserido no sistema administrativo municipal caracterizando-se, cada
um, por determinado conjunto de atribuições e responsabilidades de natureza permanente, com
denominação própria, número certo, pagamento pelo erário municipal, criação por lei, e sua inves-
tidura depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos;
III - Função: é o conjunto de atribuições e responsabilidades cometidas a um servidor, extintas
quando vagar;
IV - Padrão de Vencimento: é a posição do servidor na escala de vencimento, em função do
cargo/função, do nível de capacitação e da classe;
V - Referência: posição do servidor no padrão de vencimento em função do tempo de serviço;
VI - Nível de Capacitação: posição do servidor na matriz hierárquica dos padrões de vencimento
em decorrência da capacitação profissional para o exercício das atividades do cargo/função ocu-
pado;
VII - Classe: é a divisão básica da carreira, agrupando os cargos/funções da mesma denominação,
segundo o nível de responsabilidade e complexidade;
VIII - Carreira: é o conjunto de cargos de mesma natureza, na qual o servidor se desloca nos níveis
de capacitação e nos padrões de vencimento.

CAPÍTULO II
DO QUADRO DE PESSOAL
Art. 4º - Ficam transferidos para este Plano de Cargos, Carreiras e Salários da Guarda Municipal
e Defesa Civil os cargos especificados na Lei Complementar nº 0034, de 18 de dezembro de 2006,
organizados nos termos do Anexo II, assim redenominados:
I - inspetor;
II - subinspetores de 1ª e 2ª classes passam a ser denominados Subinspetor;
III - guardas de 1ª e 2ª classes passam a ser denominados Guarda Municipal;
IV - agente municipal de serviços públicos e cidadania passa a ser denominado Agente de Defesa
Civil;
V - agente especial de serviços públicos passa a ser denominado Agente de Segurança Instituci-
onal.

Art. 5º - O quadro de pessoal da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza fica organizado em
carreiras, na forma do Anexo III desta Lei, estruturado em 2 (duas) partes:
I - parte permanente: composta de cargos de carreira;
II - parte especial: composta por funções, a serem extintas quando vagarem.

54
CAPÍTULO III
DO INGRESSO NA CARREIRA
Art. 6º - O ingresso na carreira dar-se-á mediante concurso público, para padrão de vencimento
inicial do primeiro nível de capacitação, com nível de escolaridade mínima de ensino médio, na
forma disciplinada pelo Estatuto dos Servidores Públicos do Município de Fortaleza (Lei nº 6.794,
de 27 de dezembro de 1990) e na Lei Orgânica da Guarda Municipal.
Parágrafo Único - Os requisitos para o preenchimento do cargo serão publicados através de edital
para concurso público, ressalvando-se que não haverá concurso público para subinspetor e ins-
petor.

Art. 7º - As carreiras são organizadas em classes de cargos/funções dispostos de acordo com o


nível de responsabilidade e complexidade.

Art. 8º - Os servidores não poderão ser disponibilizados ou cedidos para outros órgãos municipais,
estaduais ou federais, para executar funções diferentes daquelas previstas nas atribuições do seu
respectivo cargo, salvo para exercer mandato em entidades de representação sindical, para assu-
mir cargo em comissão, mandato eletivo e as demais exceções previstas em lei.

CAPÍTULO IV
DO DESENVOLVIMENTO DO SERVIDOR NA CARREIRA
Art. 9º - O desenvolvimento do servidor na carreira ocorrerá da seguinte forma:
I - promoção por capacitação;
II - progressão por tempo de serviço.
§ 1º - As formas de desenvolvimento, disciplinadas nesta Lei, dependem de disponibilidade orça-
mentária e da existência de vaga, conforme os quantitativos estabelecidos no Anexo III, além dos
critérios e requisitos que lhes são peculiares, na forma da legislação vigente.
§2º- Regulamento disporá sobre os critérios a serem observados para as formas de desenvolvi-
mento profissional.

Art. 10 - Não participarão dos processos de promoção por capacitação e progressão por tempo
de serviço os ocupantes dos cargos/funções que, embora implementadas todas as condições,
incorrerem em 1 (uma) das seguintes hipóteses:
I - tiverem punição disciplinar que importe suspensão ou 2 (duas) advertências no período entre
uma progressão/promoção e outra;
II - tiverem cometido mais de 5 (cinco) faltas não justificadas, a cada ano, nos últimos 24 (vinte e
quatro) meses;
III - terem sido condenados em processo criminal no período entre uma progressão/promoção e
outra.

55
Art. 11 - Será criada uma comissão setorial, definida em regulamento, não remunerada, que co-
ordenará e encaminhará os processos de promoção à Secretaria de planejamento, orçamento e
gestão, (SEPOG) (Redação dada pela Lei Complementar nº 0137/13).

Parágrafo Único - A comissão referida no caput deste artigo, funcionalmente subordinada à co-
missão permanente da Secretaria de planejamento, orçamento e gestão, (SEPOG)será renovada
ou revalidada a cada 3 (três) anos. (Redação dada pela Lei Complementar nº 0137/13).

SEÇÃO I
DA PROMOÇÃO POR CAPACITAÇÃO

Art. 12 - O processo de promoção por capacitação é a passagem do servidor ocupante de um dos


cargos/funções definidos nesta Lei, de um nível de capacitação para outro imediatamente subse-
quente, através da obtenção de certificados em cursos compatíveis com o cargo/função ocupado
e cargas horárias definidas no Anexo IV.

Art. 13 - A promoção ocorrerá no interstício de 36 (trinta e seis) meses, a partir do segundo en-
quadramento.
§ 1º - Somente serão considerados cursos técnicos de segurança pública e defesa civil aqueles
promovidos por entidades previamente credenciadas pelo Município de Fortaleza.
§ 2º - Respeitada a carga horária definida no Anexo IV, será permitida a soma das horas em cursos
correlatos, desde que estes tenham, no mínimo, 20 (vinte) horas/aula para os oferecidos pela Pre-
feitura Municipal de Fortaleza ou 40 (quarenta) horas/aula nos demais casos, e que tenham sido
concluídos posteriormente a janeiro de 2005.

Art. 14 - Também será promovido por capacitação o servidor da carreira de segurança pública que
estiver no último nível de sua classe (de guarda para subinspetor e de subinspetor para inspetor),
atendidos os seguintes requisitos:
I - existência de disponibilidade orçamentária;
II - existência de cargos vagos nas classes subsequentes, observada, como critério para desem-
pate; a antiguidade no cargo (no cargo de guarda, quando a promoção se der para o cargo de
subinspetor, no cargo de subinspetor, quando a promoção se der para o cargo de inspetor) ;(Alte-
rado Pela LC Nº 156/13)
III - aprovação em cursos de formação específicos na carreira de segurança pública;
IV - existência de necessidade de profissionais nas classes, determinada pela Direção da Guarda.

§ 1º - Quando o servidor se deslocar para outra classe, após a promoção, este ocupará o nível de
capacitação I na nova posição hierárquica, permanecendo no padrão de vencimento relativo ao
que ocupava anteriormente.
§ 2º - Também será considerado requisito para esta promoção o tempo de serviço prestado pelos
servidores à Guarda Municipal de Fortaleza.

56
SEÇÃO II
DA PROGRESSÃO POR TEMPO DE SERVIÇO
Art. 15 - A progressão por tempo de serviço é a passagem do servidor, ocupante de um cargo/fun-
ção definido nesta Lei, de um padrão de vencimento para o imediatamente superior, dentro da
mesma classe e do mesmo nível de capacitação a que pertence.
§ 1º - Haverá progressão por tempo de serviço a cada 24 (vinte e quatro) meses de efetivo exer-
cício, contados a partir da primeira fase do enquadramento.
§ 2º - Para efeitos desta progressão, será levado em consideração o tempo de serviço prestado
ao Município de Fortaleza, como também o tempo de serviço disponibilizado à União, Estados e
Municípios, com ônus para origem.

CAPÍTULO V
DA REMUNERAÇÃO

Art. 16 - A composição da remuneração dos servidores contemplados por este PCCS dar-se-á da
seguinte forma:
I - vencimento básico;
II - gratificação de risco de vida;
III - gratificação de desempenho específica de segurança e defesa civil;
IV - diferencial de hierarquia, para os subinspetores e inspetores;
V - incentivo à titulação;
VI- vantagens pecuniárias previstas em legislação específica.

Art. 17 - O vencimento básico corresponde ao valor estabelecido para o padrão de vencimento da


classe e do nível de capacitação ocupado pelo servidor.

Art. 18 - A tabela de valores dos padrões de vencimento encontra-se definida no Anexo V e V-A
deste Plano.
Parágrafo Único - Os reajustes concedidos a título de revisão geral da remuneração dos servidores
municipais somente incidirão sobre o vencimento básico. (Alterado Pela LC Nº 154/13)

Art. 19 - O Incentivo à Titulação de que trata a presente Lei será calculado sobre o vencimento
básico de referência do servidor.

Art. 20 -As vantagens pecuniárias são aquelas previstas no Estatuto do Servidor do Município (Lei
nº 6.794, de 27 de dezembro de 1990) e legislação específica do Município de Fortaleza.

57
SEÇÃO I
DAS GRATIFICAÇÕES
Art. 21 - Fica instituída a Gratificação de Desempenho Específica de Segurança e Defesa Civil
(GDESD), de percentual variável de 50 (cinquenta) a 100 (cem), calculada sobre o vencimento
básico, devida mensalmente aos servidores referidos nesta Lei, em efetivo exercício no cargo,
visando ao melhor desempenho das atribuições por eles realizadas.
§ 1º - A gratificação referida no caput deste artigo será atribuída com base em avaliação de aferi-
ção mensal, cujos critérios objetivos serão estabelecidos em decreto do chefe do Poder Executivo.
§ 2º - A GDESD é incorporável aos proventos, dos servidores, atendidos os seguintes requisitos:
a) no caso dos servidores admitidos até 15 de dezembro de 1998, desde que a tenham percebido
por um período superior a 36 (trinta e seis) meses ininterruptos;
b) no caso dos servidores admitidos após 15 de dezembro de 1998, desde que a tenham percebido
por um período superior a 60 (sessenta) meses ininterruptos ou 84 (oitenta e quatro) meses inter-
calados;
c) para os servidores enquadrados nos cargos de agente de defesa civil e agente de segurança
institucional anteriormente à publicação desta Lei, desde que percebida por um período superior
a 24 (vinte e quatro) meses ininterruptos.
§ 3º - Para efeito do cálculo do valor a ser incorporado aos proventos, tomar-se-á como base a
média dos valores percebidos de acordo com os períodos estabelecidos pelo § 2º deste artigo.
§ 4º - Para aqueles servidores que, na data da publicação desta Lei, tiverem 67 (sessenta e sete)
anos ou mais de idade, fica garantida a incorporação da GDESD para fins de aposentadoria com-
pulsória.

Art. 22 - Os servidores contemplados nas carreiras deste PCCS, quando em efetivo exercício,
farão jus à Gratificação por Atividade de Risco à Vida (GARV), equivalente a 40% (quarenta por
cento), calculado sobre o vencimento básico.
§ 1º - Não será paga a gratificação mencionada no caput deste artigo àqueles que estiverem à
disposição de outros órgãos que não a Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza, executados
os casos dos representantes sindicais pertencentes às carreiras abrangidas por este Plano, man-
datos eletivos e os demais casos previstos em lei.
§ 2º - A gratificação de que trata o caput deste artigo é incorporável aos proventos para fins de
aposentadoria, desde que o servidor a tenha percebido por um período superior a 60 (sessenta)
meses ininterruptos ou 84 (oitenta e quatro) meses intercalados, ressalvados os servidores que,
na data da publicação desta Lei, já haviam implementado o tempo mínimo de percepção de 24
(vinte e quatro) meses ininterruptos da referida gratificação, prevista na Lei Orgânica da Guarda
Municipal.
§ 3º - Os servidores que estiverem à disposição da Câmara Municipal de Fortaleza não serão
enquadrados na restrição do § 1º deste artigo, desde que estejam no exercício das suas funções.

58
Art. 23 - Fica instituído o Diferencial de Hierarquia (DH) para os servidores da carreira de segu-
rança pública, calculado sobre o vencimento básico, nos seguintes percentuais:
I - classe B, 10% (dez por cento), calculados sobre o vencimento básico, para servidores ocupan-
tes do cargo/função de Subinspetor;
II - classe C, 15% (quinze por cento), calculados sobre o vencimento básico, para servidores ocu-
pantes do cargo/função de Inspetor.

Parágrafo Único- O diferencial de que trata o caput deste artigo constitui vantagem incorporável
aos proventos para fins de aposentadoria, para os servidores admitidos até 15 de dezembro de
1998, desde que o tenham percebido por um período superior a 36 (trinta e seis) meses ininter-
ruptos; e os demais servidores, 60 (sessenta) meses ininterruptos ou 84 (oitenta e quatro) meses
intercalados.

Art. 24 - Fica instituído o Incentivo à Titulação, calculado sobre o vencimento básico, aos servido-
res que adquirirem os seguintes títulos:
I - título de graduação, 10% (dez por cento);
II - título de pós-graduação, 15% (quinze por cento).
§ 1º - Na aplicação do disposto do caput deste artigo, caso seja o servidor portador de mais de 1
(um) título, prevalecerá o correspondente ao de maior percentual, desprezando-se os demais, não
sendo admitida a percepção cumulativa.
§ 2º - O incentivo será incorporado aos respectivos proventos, desde que os servidores admitidos
até 15 de dezembro de 1998 o tenham percebido por um período superior a 36 (trinta e seis)
meses ininterruptos; e os demais servidores, o tenham percebido por um período superior a 60
(sessenta) meses ininterruptos ou 84 (oitenta e quatro) meses intercalados.
§ 3º - Os cursos de graduação e pós-graduação, para fins de concessão do incentivo, deverão ser
reconhecidos pelo Ministério da Educação, bem como guardar correlação com a área de segu-
rança e defesa civil, nos termos do regulamento a ser editado pelo chefe do Executivo.

CAPÍTULO VI
DA JORNADA DE TRABALHO
Art. 25–A jornada de trabalho dos servidores integrantes do Plano de Cargos, Carreiras e Salários
– PCCS da Guarda Municipal e Defesa Civil, fica estabelecida em:
I – 180 (Cento e oitenta) horas mensais, sendo 30 (trinta) semanais efetivamente trabalhados,
cujos vencimentos são os estabelecidos no anexo V; (Acrescentado pela LC Nº 154/13)
II – 240 (Duzentos e quarenta) horas mensais, sendo 40 (quarenta) semanais efetivamente traba-
lhados, cujos vencimentos são os estabelecidos no anexo V-A; (Acrescentado pela LC Nº 154/13)

§ 1º - Para fins de cumprimento da jornada de trabalho, poderá ser estabelecido sistema de esca-
las de serviço e aferição de frequência, visando atender ao interesse público.

59
§ 2º - O Diretor da Guarda Municipal de Fortaleza poderá regulamentar, por Portaria, o sistema de
escala estabelecido no § 1º, adequando-o às instituições e à necessidade do serviço, desde que
observada a jornada semanal de trabalho definida nos incisos I e II deste artigo. (Os § 1º e § 2º
foram acrescentados pela LC nº 154/13)

CAPÍTULO VII
DA ESTRUTURA DO PLANO DE CARGOS, CARREIRAS E SALÁRIOS
SEÇÃO I
DAS CARREIRAS, CLASSES E NÍVEIS DE CAPACITAÇÃO

Art. 26 – Ficam criadas 3 (três) carreiras:


I – carreira de segurança pública: formada por inspetores, subinspetores e guardas municipais;
II – carreira de segurança institucional: formada por agentes de segurança institucional;
III – carreira de defesa civil: formada por agentes de defesa civil.

§ 1º - A carreira de segurança pública é composta por 3 (três) classes:


I – classe A: guarda municipal;
II – classe B: subinspetor;
III – classe C: inspetor.

§ 2º - As carreiras de segurança institucional e defesa civil são compostas por classe única.
§ 3º - Cada classe definida nesta Lei compreende 4 (quatro) níveis de capacitação.
§ 4º - Cada nível de capacitação contém 20 (vinte) padrões de vencimento estruturados na forma
do Anexo V, parte integrante desta Lei.

SEÇÃO II
DA MATRIZ HIERÁRQUICA SALARIAL

Art. 27 – As matrizes hierárquicas salariais das carreiras definidas nesta Lei são as previstas nos
Anexos V e V-A. (Alterado pela LC Nº 154/13)

CAPÍTULO VIII
DO ENQUADRAMENTO NA MATRIZ HIERÁQUICA
Art. 28 - O enquadramento do servidor na matriz hierárquica dar-se-á na carreira, classe,
cargo/função e padrão de vencimento correspondente à situação funcional quando da vigência
desta Lei, considerando ainda a Tabela de Conversão de Tempo de Serviço, na forma do Anexo
VI.
Parágrafo Único - Para efeito da contagem de tempo de serviço de que trata o caput deste artigo
serão arredondadas para 1 (um) ano as frações de tempo iguais ou superiores a 11 (onze) meses.

60
Art. 29 - O período para a apuração de tempo de serviço para o enquadramento será da data de
efetivação do servidor no Município de Fortaleza até a data da publicação desta Lei.
Parágrafo Único - Não serão contados na apuração de tempo de serviço para efeito de enqua-
dramento o período probatório, período referente a afastamentos não remunerados, férias e li-
cença-prêmio não gozadas e contadas em dobro ou qualquer outro tipo de averbação.

Art. 30 - O servidor que não possuir a escolaridade exigida para o exercício do cargo/função e já
o estiver exercendo, na data da vigência desta Lei, ficará enquadrado em cargo correlato, ficando
dispensado do pré-requisito de escolaridade.

SEÇÃO I
DAS FASES DO ENQUADRAMENTO

Art. 31 - O enquadramento será realizado em 2 (duas) fases:


I - fase I, a partir de maio de 2007, sendo:
a) enquadramento na classe, tendo em vista o cargo/função em exercício;
b) enquadramento no nível de capacitação inicial da classe;
c) enquadramento no padrão de vencimento conforme tabela de conversão do tempo de serviço.
II - fase II, 12 (doze) meses após a primeira fase, sendo o servidor enquadrado definitivamente no
nível de capacitação.

Art. 32 - Após a primeira fase do enquadramento, o servidor deverá informar os cursos de capa-
citação na área de segurança e defesa civil, devidamente reconhecidos e/ou credenciados pelo
Município de Fortaleza, que porventura tenha concluído a partir de janeiro de 2005.

Art. 33 - O enquadramento dos servidores neste PCCS será automático, mas estes podem se
manifestar formalmente pela opção do não enquadramento, permanecendo, portanto, no sistema
de remuneração da legislação anterior.
Parágrafo Único - A manifestação de que trata o caput deste artigo deverá ser efetivada no prazo
de até 90 (noventa) dias contados da data de publicação desta Lei.

CAPÍTULO IX
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 34 - O servidor que se julgar prejudicado, quando do seu enquadramento neste Plano de
Cargos, Carreiras e Salários, poderá requerer a reavaliação junto à Guarda Municipal e Defesa
Civil de Fortaleza, até 90 (noventa) dias após a publicação do Quadro Discriminativo de Enqua-
dramento no Diário Oficial do Município (DOM).
Parágrafo Único - Fica assegurado àqueles que não optarem pelo enquadramento de que trata
esta Lei o reajuste de seus vencimentos básicos nos mesmos percentuais e datas em que se
verificar o reajuste geral dos servidores do Poder Executivo Municipal.

61
Art. 35 - As atribuições relativas aos cargos/funções descritos neste Plano de Cargos, Carreiras e
Salários são as constantes do Anexo VII.

Art. 36 - O Plano de Cargos, Carreiras e Salários obedecerá, exclusivamente, às normas estabe-


lecidas nesta Lei, não prevalecendo para nenhum efeito planos, reclassificações e enquadramen-
tos anteriores.
Parágrafo Único - Os servidores contemplados neste PCCS farão jus a uma vantagem pecuniária
fixa de R$ 110,00 (cento e dez reais), reajustável nos mesmos índices aplicados ao vencimento
básico, a qual não se incorpora a este para qualquer finalidade, garantida, porém, a sua incorpo-
ração aos proventos, atendidas as seguintes condições:
I - no caso dos servidores admitidos até 15 de dezembro de 1998, que a tenham percebido por um
período superior a 36 (trinta e seis) meses ininterruptos;
II - nos demais casos, que a tenham percebido pelo período de 60 (sessenta) meses ininterruptos
ou 84 (oitenta e quatro) meses intercalados.

Art. 37 - Os Agentes de Defesa Civil e de Segurança Institucional, ao serem enquadrados neste


PCCS, deixarão de perceber a gratificação de aumento de produtividade variável prevista na Lei
nº 8.419, de 31 de março de 2000, regulamentada pelo Decreto nº. 10.850, de 15 de agosto de
2000.
§ 1º - Os servidores referidos no caput deste artigo, além da vantagem prevista no parágrafo único
do art. 36 desta Lei, farão jus a uma vantagem pecuniária pessoal fixa de R$ 35,09 (trinta e cinco
reais e nove centavos), reajustável nos mesmos índices aplicados ao vencimento básico, a qual
não se incorpora a este para qualquer finalidade, garantida, porém, a sua incorporação aos pro-
ventos, desde que percebida por um período mínimo de 60 (sessenta) meses ininterruptos ou 84
(oitenta e quatro) meses intercalados.
§ 2º - Os servidores acima mencionados, antes submetidos a uma carga horária de 8 (oito) horas
diárias, nos termos do Edital 001, de 28 de abril de 2000, deixarão de perceber a complementação
salarial de 60 (sessenta) horas; conforme o art. 25 desta Lei passarão a ter carga horária de 180
(cento e oitenta) horas mensais.

Art. 38 - Os inspetores, além da vantagem prevista no parágrafo único do art. 36 desta Lei, farão
jus a uma vantagem pessoal fixa de R$ 366,08 (trezentos e sessenta e seis reais e oito centavos),
reajustável nos mesmos índices aplicados ao vencimento básico, a qual não se incorpora a este
para qualquer finalidade, garantida, porém, a sua incorporação aos proventos, desde que os ser-
vidores admitidos até 15 de dezembro de 1998 a tenham percebido por um período superior a 36
(trinta e seis) meses ininterruptos; e os demais servidores, 60 (sessenta) meses ininterruptos ou
84 (oitenta e quatro) meses intercalados.

Art. 39 - Os atos regulamentares do Poder Executivo vinculados a esta Lei deverão ser aprovados
por decretos, dentro de 90 (noventa) dias contados da publicação desta Lei.

62
Art. 40 - As despesas decorrentes da implantação do Plano de Cargos, Carreiras e Salários de
que trata esta Lei correrão à conta das dotações orçamentárias próprias da Guarda Municipal e
Defesa Civil de Fortaleza, que serão suplementadas em caso de insuficiência de recursos.

Art. 41 - Esta Lei Complementar entra em vigor na data de sua publicação, exceto quanto aos
seus efeitos financeiros que retroagirão a 1º de maio de 2007, ficando revogadas as disposições
em contrário.

Paço Da Prefeitura Municipal De Fortaleza, em 10 de julho de 2007.

ANEXOS
ANEXO I
ESTRUTURA DAS CARREIRAS, CLASSES

CARREIRA CLASSE CARGO ATUAL

C Inspetor
Segurança Pública B Subinspetor
A Guarda Municipal
Se- Única Agente de Segu-
gurança Institucional rança institucional
Defesa Civil Única Agente de Defesa
Civil

ANEXO II
TABELA DE CORRELAÇÃO DOS CARGOS/FUNÇÕES

CARREIRA CARGO ANTERIOR CARGO ATUAL


Inspetor Inspetor
Subinspetor de 1ª
Segurança Pú- classe
Subinspetor
blica Subinspetor de 2ª
classe
Guarda de 1ª classe
Guarda Municipal
Guarda de 2ª classe
Segurança Insti- Agente Especial de Agente de Segu-
tucional Serviços Públicos rança Institucional
Defesa Civil Agente de Serviços Agente de Defesa
Públicos e Cidada- Civil
nia

63
ANEXO III
QUADRO DE PESSOAL
PARTE ESPECIAL (EXTINTA QUANDO VAGAR)
CARREIRA CARGOS NÚMERO DE
CARGOS
Inspetor 6
Segurança Pú-
blica Subinspetor 287
Guarda Municipal 11
Total 304

ANEXO IV
DESCRIÇÃO DOS NÍVEIS DE CAPACITAÇÃO DA CAREIRA
DE SEGURANÇA PÚBLICA

CARGA HORÁRIA DE CAPACITA-


CLASSE NÍVEL DE CAPACITAÇÃO CRITÉRIOS
ÇÃO
Ensino médio e curso de formação
I Exigência mínima da classe
de Guarda Municipal
Curso de capacitação em segu-
II 80 horas
rança pública
A III 120 horas
Curso de capacitação em segu-
rança pública
Curso de capacitação em segu-
IV 180 horas
rança pública
Curso de Formação de Subinspe-
I Exigência mínima da classe
tor
Curso de capacitação em segu-
II 80 horas
B rança pública
Curso de capacitação em segu-
III 120 horas
rança pública
Curso de capacitação em segu-
IV 180 horas
rança pública
I Exigência mínima da classe Curso de Formação de Inspetor
Curso de capacitação em segu-
II 80 horas
rança pública
Curso de capacitação em segu-
C III 120 horas
rança pública
Curso de capacitação em segu-
IV 180 horas
rança pública

PARTE PERMANENTE
CARREIRA CARGOS NÚMERO DE
CARGOS
Inspetor 106
Segurança Pú- Subinspetor 525
blica Guarda Municipal 1814
Segurança Insti- Agente de segu-
30
tucional rança institucional
Agente de Defesa
Defesa Civil 200
Civil
2.675

64
DESCRIÇÃO DOS NÍVEIS DE CAPACITAÇÃO DA CARREIRA
DE SEGURANÇA INSTITUCIONAL
E DE DEFESA CIVIL

NÍVEL DE CARGA HORÁRIA


CLASSE CRITÉRIOS
CAPACITAÇÃO DE CAPACITAÇÃO
I Exigência mínima da classe Ensino médio
Curso de capacitação em
II 80 horas Defesa Civil e segurança
institucional

ÚNICA Curso de capacitação em


III 120 horas Defesa Civil e segurança
institucional

Curso de capacitação em
IV
180 horas Defesa Civil e segurança
institucional

ANEXO V

Matriz Salarial Hierárquica do Plano de Cargos, Carreiras e Salários – PCCS dos servidores da Guarda Municipal e Defesa
Civil de Fortaleza, instituído pela Lei Complementar nº 0038/2007 - 180 horas mensais.

MATRIZ HIERARQUICA 01
PADRÃO DE
SEGURANÇA PÚBLICA
VENCIMENTO

CLASSE A CLASSE B CLASSE C

GUARDA MUNICIPAL SUBINSPETOR INSPETOR

NÍVEIS DE CAPACITAÇÃO

N R$ I II III IV I II III IV I II III IV

1 630,61 630,61

2 643,21 643,21 643,21

3 656,07 656,07 656,07 656,07

4 669,19 669,19 669,19 669,19 669,19

5 682,58 682,58 682,58 682,58 682,58 682,58

6 696,21 696,21 696,21 696,21 696,21 696,21 696,21

7 710,17 710,17 710,17 710,17 710,17 710,17 710,17 710,17

8 724,35 724,35 724,35 724,35 724,35 724,35 724,35 724,35 724,35

65
9 738,83 738,83 738,83 738,83 738,83 738,83 738,83 738,83 738,83 738,83

10 753,63 753,63 753,63 753,63 753,63 753,63 753,63 753,63 753,63 753,63 753,63

11 768,71 768,71 768,71 768,71 768,71 768,71 768,71 768,71 768,71 768,71 768,71 768,71

12 784,08 784,08 784,08 784,08 784,08 784,08 784,08 784,08 784,08 784,08 784,08 784,08 784,08

13 799,73 799,73 799,73 799,73 799,73 799,73 799,73 799,73 799,73 799,73 799,73 799,73 799,73

14 815,74 815,74 815,74 815,74 815,74 815,74 815,74 815,74 815,74 815,74 815,74 815,74 815,74

15 832,05 832,05 832,05 832,05 832,05 832,05 832,05 832,05 832,05 832,05 832,05 832,05 832,05

16 848,69 848,69 848,69 848,69 848,69 848,69 848,69 848,69 848,69 848,69 848,69 848,69 848,69

17 865,67 865,67 865,67 865,67 865,67 865,67 865,67 865,67 865,67 865,67 865,67 865,67 865,67

18 882,97 882,97 882,97 882,97 882,97 882,97 882,97 882,97 882,97 882,97 882,97 882,97 882,97

19 900,66 900,66 900,66 900,66 900,66 900,66 900,66 900,66 900,66 900,66 900,66 900,66 900,66

20 918,64 918,64 918,64 918,64 918,64 918,64 918,64 918,64 918,64 918,64 918,64 918,64 918,64

21 937,03 937,03 937,03 937,03 937,03 937,03 937,03 937,03 937,03 937,03 937,03 937,03

22 955,78 955,78 955,78 955,78 955,78 955,78 955,78 955,78 955,78 955,78 955,78

23 974,89 974,89 974,89 974,89 974,89 974,89 974,89 974,89 974,89 974,89

24 994,38 994,38 994,38 994,38 994,38 994,38 994,38 994,38 994,38

25 1.014,27 1.014,27 1.014,27 1.014,27 1.014,27 1.014,27 1.014,27 1.014,27

26 1.034,54 1.034,54 1.034,54 1.034,54 1.034,54 1.034,54 1.034,54

27 1.055,25 1.055,25 1.055,25 1.055,25 1.055,25 1.055,25

28 1.076,37 1.076,37 1.076,37 1.076,37 1.076,37

29 1.097,89 1.097,89 1.097,89 1.097,89

30 1.119,81 1.119,81 1.119,81

31 1.142,23 1.142,23 1.142,23

66
ANEXO V-A

Matriz Salarial Hierárquica do Plano de Cargos, Carreiras e Salários – PCCS dos servidores da Guarda Municipal e Defesa
Civil de Fortaleza, instituído pela Lei Complementar nº 0038/2007, alterada pela Lei Complementar nº 0154/2013 - 240
horas mensais.

MATRIZ HIERARQUICA
01
PADRÃO DE SEGURANÇA PÚBLICA
VENCIMENTO CLASSE A CLASSE B CLASSE C
GUARDA MUNICIPAL SUBINSPETOR INSPE-
TOR
NÍVEIS DE CAPACI-
TAÇÃO
N R$ I II III IV I II III IV I II III IV

1 840,81 840,81
2 857,61 857,61 857,61
3 874,76 874,76 874,76 874,76
4 892,25 892,25 892,25 892,25 892,25
5 910,11 910,11 910,11 910,11 910,11 910,11
6 928,28 928,28 928,28 928,28 928,28 928,28 928,28
7 946,89 946,89 946,89 946,89 946,89 946,89 946,89 946,89
8 965,80 965,80 965,80 965,80 965,80 965,80 965,80 965,80 965,80
9 985,11 985,11 985,11 985,11 985,11 985,11 985,11 985,11 985,11 985,11
10 1.004,84 1.004,84 1.004,84 1.004,84 1.004,84 1.004,84 1.004,84 1.004,84 1.004,84 1.004,84 1.004,84
11 1.024,95 1.024,95 1.024,95 1.024,95 1.024,95 1.024,95 1.024,95 1.024,95 1.024,95 1.024,95 1.024,95 1.024,95
12 1.045,44 1.045,44 1.045,44 1.045,44 1.045,44 1.045,44 1.045,44 1.045,44 1.045,44 1.045,44 1.045,44 1.045,44 1.045,44
13 1.066,31 1.066,31 1.066,31 1.066,31 1.066,31 1.066,31 1.066,31 1.066,31 1.066,31 1.066,31 1.066,31 1.066,31 1.066,31
14 1.087,65 1.087,65 1.087,65 1.087,65 1.087,65 1.087,65 1.087,65 1.087,65 1.087,65 1.087,65 1.087,65 1.087,65 1.087,65
15 1.109,40 1.109,40 1.109,40 1.109,40 1.109,40 1.109,40 1.109,40 1.109,40 1.109,40 1.109,40 1.109,40 1.109,40 1.109,40
16 1.131,59 1.131,59 1.131,59 1.131,59 1.131,59 1.131,59 1.131,59 1.131,59 1.131,59 1.131,59 1.131,59 1.131,59 1.131,59
17 1.154,23 1.154,23 1.154,23 1.154,23 1.154,23 1.154,23 1.154,23 1.154,23 1.154,23 1.154,23 1.154,23 1.154,23 1.154,23
18 1.177,29 1.177,29 1.177,29 1.177,29 1.177,29 1.177,29 1.177,29 1.177,29 1.177,29 1.177,29 1.177,29 1.177,29 1.177,29
19 1.200,88 1.200,88 1.200,88 1.200,88 1.200,88 1.200,88 1.200,88 1.200,88 1.200,88 1.200,88 1.200,88 1.200,88 1.200,88
20 1,224,85 1,224,85 1,224,85 1,224,85 1,224,85 1,224,85 1,224,85 1,224,85 1,224,85 1,224,85 1,224,85 1,224,85 1,224,85
21 1.249,37 1.249,37 1.249,37 1.249,37 1.249,37 1.249,37 1.249,37 1.249,37 1.249,37 1.249,37 1.249,37 1.249,37
22 1.274,37 1.274,37 1.274,37 1.274,37 1.274,37 1.274,37 1.274,37 1.274,37 1.274,37 1.274,37 1.274,37
23 1.299,85 1.299,85 1.299,85 1.299,85 1.299,85 1.299,85 1.299,85 1.299,85 1.299,85 1.299,85
24 1.325,84 1.325,84 1.325,84 1.325,84 1.325,84 1.325,84 1.325,84 1.325,84 1.325,84
25 1.352,36 1.352,36 1.352,36 1.352,36 1.352,36 1.352,36 1.352,36 1.352,36
26 1.379,40 1.379,40 1.379,40 1.379,40 1.379,40 1.379,40 1.379,40
27 1.406,98 1.406,98 1.406,98 1.406,98 1.406,98 1.406,98
28 1.435,11 1.435,11 1.435,11 1.435,11 1.435,11
29 1.463,81 1.463,81 1.463,81 1.463,81
30 1.493,08 1.493,08 1.493,08
31 1.522,94 1.522,94

67
Matriz Salarial Hierárquica do Plano de Cargos, Carreiras e Salários – PCCS dos servidores da Guarda Municipal e Defesa
Civil de Fortaleza, instituído pela Lei Complementar nº 0038/2007 - 180 horas mensais.

MATRIZ HIERARQUICA 02

DEFESA CIVIL
PADRÃO DE VENCIMENTO
CLASSE ÚNICA

AGENTE DE DEFESA CIVIL

NÍVEIS DE CAPACITAÇÃO

N R$ I II III IV

1 682,58 682,58

2 696,21 696,21 696,21

3 710,17 710,17 710,17 710,17

4 724,35 724,35 724,35 724,35 724,35

5 738,83 738,83 738,83 738,83 738,83

6 753,63 753,63 753,63 753,63 753,63

7 768,71 768,71 768,71 768,71 768,71

8 784,08 784,08 784,08 784,08 784,08

9 799,73 799,73 799,73 799,73 799,73

10 815,74 815,74 815,74 815,74 815,74

11 832,05 832,05 832,05 832,05 832,05

12 848,69 848,69 848,69 848,69 848,69

13 865,67 865,67 865,67 865,67 865,67

14 882,97 882,97 882,97 882,97 882,97

15 900,66 900,66 900,66 900,66 900,66

16 918,64 918,64 918,64 918,64 918,64

17 937,03 937,03 937,03 937,03 937,03

18 955,78 955,78 955,78 955,78 955,78

19 974,89 974,89 974,89 974,89 974,89

20 994,38 994,38 994,38 994,38 994,38

21 1.014,27 1.014,27 1.014,27 1.014,27

22 1.034,54 1.034,54 1.034,54

23 1.055,25 1.055,25

68
Matriz Salarial Hierárquica do Plano de Cargos, Carreiras e Salários – PCCS dos servidores da Guarda Municipal e Defesa
Civil de Fortaleza, instituído pela Lei Complementar nº 0038/2007, alterada pela Lei Complementar nº 0154/2013 - 240
horas mensais.

MATRIZ HIERARQUICA 02
PADRÃO DE VENCIMENTO
DEFESA CIVIL

CLASSE ÚNICA

AGENTE DE DEFESA CIVIL

NÍVEIS DE CAPACITAÇÃO

N R$ I II III IV

1 910,11 910,11

2 928,28 928,28 928,28

3 946,89 946,89 946,89 946,89

4 965,80 965,80 965,80 965,80 965,80

5 985,11 985,11 985,11 985,11 985,11

6 1.004,84 1.004,84 1.004,84 1.004,84 1.004,84

7 1.024,95 1.024,95 1.024,95 1.024,95 1.024,95

8 1.045,44 1.045,44 1.045,44 1.045,44 1.045,44

9 1.066,31 1.066,31 1.066,31 1.066,31 1.066,31

10 1.087,65 1.087,65 1.087,65 1.087,65 1.087,65

11 1.109,40 1.109,40 1.109,40 1.109,40 1.109,40

12 1.131,59 1.131,59 1.131,59 1.131,59 1.131,59

13 1.154,23 1.154,23 1.154,23 1.154,23 1.154,23

14 1.177,29 1.177,29 1.177,29 1.177,29 1.177,29

15 1.200,88 1.200,88 1.200,88 1.200,88 1.200,88

16 1,224,85 1,224,85 1,224,85 1,224,85 1,224,85

17 1.249,37 1.249,37 1.249,37 1.249,37 1.249,37

18 1.274,37 1.274,37 1.274,37 1.274,37 1.274,37

19 1.299,85 1.299,85 1.299,85 1.299,85 1.299,85

20 1.325,84 1.325,84 1.325,84 1.325,84 1.325,84

21 1.352,36 1.352,36 1.352,36 1.352,36

22 1.379,40 1.379,40 1.379,40

23 1.406,98 1.406,98

Matriz Salarial Hierárquica do Plano de Cargos, Carreiras e Salários – PCCS dos servidores da Guarda Municipal e Defesa
Civil de Fortaleza, instituído pela Lei Complementar nº 0038/2007 - 180 horas mensais.

69
MATRIZ HIERARQUICA 03
PADRÃO DE VENCI-
MENTO SEGURANÇA INSTITUCIONAL

CLASSE ÚNICA

AGENTE DE SEGURANÇA INSTITUCIONAL

NÍVEIS DE CAPACITAÇÃO

N R$ I II III IV

1 682,58 682,58

2 696,21 696,21 696,21

3 710,17 710,17 710,17 710,17

4 724,35 724,35 724,35 724,35 724,35

5 738,83 738,83 738,83 738,83 738,83

6 753,63 753,63 753,63 753,63 753,63

7 768,71 768,71 768,71 768,71 768,71

8 784,08 784,08 784,08 784,08 784,08

9 799,73 799,73 799,73 799,73 799,73

10 815,74 815,74 815,74 815,74 815,74

11 832,05 832,05 832,05 832,05 832,05

12 848,69 848,69 848,69 848,69 848,69

13 865,67 865,67 865,67 865,67 865,67

14 882,97 882,97 882,97 882,97 882,97

15 900,66 900,66 900,66 900,66 900,66

16 918,64 918,64 918,64 918,64 918,64

17 937,03 937,03 937,03 937,03 937,03

18 955,78 955,78 955,78 955,78 955,78

19 974,89 974,89 974,89 974,89 974,89

20 994,38 994,38 994,38 994,38 994,38

21 1.014,27 1.014,27 1.014,27 1.014,27

22 1.034,54 1.034,54 1.034,54

23 1.055,25 1.055,25

70
Matriz Salarial Hierárquica do Plano de Cargos, Carreiras e Salários – PCCS dos servidores da Guarda Municipal e Defesa
Civil de Fortaleza, instituído pela Lei Complementar nº 0038/2007, alterada pela Lei Complementar nº 0154/2013 - 240 horas
mensais.

MATRIZ HIERARQUICA 03
SEGURANÇA INSTITUCIONAL
PADRÃO DE
CLASSE ÚNICA
VENCIMENTO AGENTE DE SEGURANÇA INSTITUCIONAL
NÍVEIS DE CAPACITAÇÃO
N R$ I II III IV
1 910,11 910,11
2 928,28 928,28 928,28
3 946,89 946,89 946,89 946,89
4 965,80 965,80 965,80 965,80 965,80
5 985,11 985,11 985,11 985,11 985,11
6 1.004,84 1.004,84 1.004,84 1.004,84 1.004,84
7 1.024,95 1.024,95 1.024,95 1.024,95 1.024,95
8 1.045,44 1.045,44 1.045,44 1.045,44 1.045,44
9 1.066,31 1.066,31 1.066,31 1.066,31 1.066,31
10 1.087,65 1.087,65 1.087,65 1.087,65 1.087,65
11 1.109,40 1.109,40 1.109,40 1.109,40 1.109,40
12 1.131,59 1.131,59 1.131,59 1.131,59 1.131,59
13 1.154,23 1.154,23 1.154,23 1.154,23 1.154,23
14 1.177,29 1.177,29 1.177,29 1.177,29 1.177,29
15 1.200,88 1.200,88 1.200,88 1.200,88 1.200,88
16 1,224,85 1,224,85 1,224,85 1,224,85 1,224,85
17 1.249,37 1.249,37 1.249,37 1.249,37 1.249,37
18 1.274,37 1.274,37 1.274,37 1.274,37 1.274,37
19 1.299,85 1.299,85 1.299,85 1.299,85 1.299,85
20 1.325,84 1.325,84 1.325,84 1.325,84 1.325,84
21 1.352,36 1.352,36 1.352,36 1.352,36
22 1.379,40 1.379,40 1.379,40
23 1.406,98 1.406,98

71
ANEXO VI
TABELA DE CONVERSÃO DE TEMPO DE SERVIÇO

TEMPO DE SERVIÇO PÚBLICO MUNICIPAL PADRÃO DE VEN-


EM ANOS CIMENTO - PV
1 mês a 2 anos e 11 meses 1
3
4 2
5
6
7 3
8
9
10 4
11
12
13 5
14
15
16 6
17
18
19 7
20
21
22 8
23
24
25 9
26
27
28 10
29
30
31 11
32
33
34 12
35 ou mais

72
ANEXO VII
DESCRIÇÃO DAS ATRIBUIÇÕES DE CARGOS/FUNÇÕES

GUARDAS MUNICIPAIS
I - defender e preservar os bens que compõem o patrimônio público municipal;
II - manter a segurança e a integridade dos logradouros, prédios, praças e parques públicos mu-
nicipais;
III - desenvolver ações de preservação de segurança urbana no âmbito do município de Fortaleza;
IV - desenvolver ações de preservação de segurança de patrimônios artístico, histórico, cultural e
ambiental do município de Fortaleza;
V - realizar a segurança pessoal do chefe do Poder Executivo Municipal;
VI - executar serviço relativo à segurança nas promoções públicas de incentivo ao turismo local;
VII - promover a segurança nos terminais de transporte coletivo urbano de Fortaleza;
VIII - executar o serviço de orientação e salvamento de banhistas nas praias, e nos rios e lagoas,
quando necessário;
IX - proceder a serviços de ronda, de acordo com o comando operacional, com exceção de moni-
toramento em postos de trabalho;
X - atender prontamente as convocações de seus superiores hierárquicos;
XI - prestar socorro em época de calamidade pública e em situação de emergência;
XII - prestar auxílio na manutenção ou restabelecimento da ordem pública;
XIII - desenvolver outras atividades correlatas à segurança e à defesa civil.

SUBINSPETORES
I - defender e preservar os bens que compõem o patrimônio público municipal;
II - coordenar ações de preservação de segurança urbana no âmbito do município de Fortaleza;
III - coordenar ações de preservação de segurança de patrimônios artístico, histórico, cultural e
ambiental do município de Fortaleza;
IV – supervisionar os guardas municipais no exercício de suas funções;
V - comandar grupamento de guardas municipais;
VI - fazer ronda nos postos de serviço em que se encontram escalados guardas municipais;
VII - proceder à distribuição dos guardas municipais, que estejam sob seu comando, em seus
respectivos postos de serviço;
VIII - elaborar, coordenar e planejar planos nos postos de serviço;
IX - fazer escala geral de serviço, após autorização do chefe imediato;
X - convocar seus subordinados para reuniões, eventos e operações, quando necessários;

73
XI - chefiar e/ou delegar aos subordinados o comando das patrulhas de guardas municipais para
serviços de rotina;
XII – obedecer a escalas de serviço, trabalhando como adjunto do inspetor, sendo responsável
pela guarnição, quando solicitado;
XIII - prestar socorro em época de calamidade pública e em situação de emergência;
XIV - prestar auxílio na manutenção ou restabelecimento da ordem pública;
XV - desenvolver outras atividades correlatas à segurança e à defesa civil;
XVI – executar o serviço de orientação e salvamento de banhistas nas praias, rios e lagoas,
quando necessário.

INSPETORES
I - defender e preservar os bens que compõem o patrimônio público municipal;
II - desenvolver ações de preservação de segurança urbana no âmbito do município de Fortaleza;
III – desenvolver e ordenar ações de preservação de segurança de patrimônios artístico, histórico,
cultural e ambiental do município de Fortaleza;
IV - supervisionar os guardas e subinspetores;
V - comandar grupos organizados De Guardas municipais e/ou subinspetores;
VI - solicitar, junto à Direção-Geral, a organização de formaturas;
VII - elaborar, coordenar e planejar planos nos postos de serviço;
VIII - convocar seus subordinados para reuniões, eventos e operações, quando necessários;
IX – orientar seus subordinados na execução de suas missões;
X – prestar auxílio na manutenção ou restabelecimento da ordem pública;
XI - prestar socorro em época de calamidade pública e em situação de emergência;
XII - fazer escala geral de serviço;
XIII - fazer levantamento do serviço de ronda;
XIV – coordenar esquema de rondas nos postos de serviço;
XV - distribuir tarefas para seus subordinados;
XVI - chefiar e/ou delegar aos subordinados o comando das patrulhas de guardas municipais para
serviços de rotina;
XVII - atuar como inspetor responsável pelo plantão da guarnição de dia, quando necessário;
XVIII - desenvolver outras atividades correlatas à segurança e à defesacivil.

AGENTES DE SEGURANÇA INSTITUCIONAL


I - auxiliar a Assessoria de Segurança Institucional da Guarda Municipal e Defesa Civil de Forta-
leza;
II - coletar e analisar dados e informações sobre temas sobre relacionados à segurança institucio-
nal da esfera municipal, promovendo a necessária interação de informações entre os órgãos mu-
nicipais;
III - elaborar relatórios de acordo com análise de informações coletadas para realização de ativi-
dades de segurança institucional;

74
IV - realizar estudos estratégicos relacionados com a prevenção da ocorrência e articulação do
gerenciamento de crises, em caso de grave e iminente ameaça à estabilidade institucional;
V - atuar em atividades de segurança institucional, por meio da produção de conhecimentos sobre
fatos e situações de imediata ou potencial influência no processo decisório e na ação governa-
mental e sobre a salvaguarda e a segurança da sociedade e do município de Fortaleza;
VI - atuar em ações de segurança institucional, através da adoção de medidas que protejam os
assuntos sigilosos relevantes do município de Fortaleza;
VII - supervisionar e garantir segurança institucional e pessoal de autoridades do Gabinete do
Chefe do Poder Executivo e de outros órgãos determinados pelo diretor-geral da Guarda Municipal
e Defesa Civil de Fortaleza;
VIII – realizar segurança pessoal e institucional de autoridades, quando determinado pelo chefe
do Poder Executivo Municipal e/ou pelo diretor-geral da Guarda Municipal e Defesa Civil de For-
taleza;
IX - apoiar a equipe de segurança do chefe do Poder Executivo Municipal, em situações de emer-
gência, quando solicitado pelo diretor-geral da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza;
X - solicitar aos órgãos da administração pública municipal e aos setores da Guarda Municipal e
Defesa Civil de Fortaleza informações ou documentos necessários ao atendimento de demandas
de segurança institucional;
XI - elaborar e executar planos operacionais de segurança pública para realização de eventos de
médio e grande porte, promovidos pela Prefeitura Municipal de Fortaleza;
XII - elaborar e executar planos de segurança patrimonial, a fim de assegurar a integridade física
das instalações dos órgãos que compõem a estrutura administrativa da Prefeitura Municipal de
Fortaleza.

AGENTES DE DEFESA CIVIL


I - realizar o levantamento das famílias habitantes de áreas de risco, bem como proceder ao ca-
dastramento destas para ulteriores ações de defesa civil;
II - estudar e elaborar mapas temáticos de ameaças, riscos e vulnerabilidades, de acordo com
levantamento de áreas de risco;
III – coletar dados e informações básicas para o gerenciamento de emergências e contingências
de risco ambientais e sociais no município;
IV - atuar em conjunto com os órgãos e Secretarias da administração municipal em programas de
orientação à população sobre direitos humanos, cidadania e práticas que ponham em risco a in-
columidade dos munícipes;
V - participar de capacitações, treinamentos, práticas e simulados, inerentes a ações de defesa
civil;
VI- atuar nas açõesde socorro, assistência e reabilitação das populações vitimadas por situações
de emergência ou desastres;

75
VII - executar, acompanhar e coordenar planos de ações preventivas, de contingência e de recu-
peração;
VIII - planejar a intervenção preventiva, o isolamento e a evacuação da população de áreas de
risco intenso e das edificações vulneráveis;
IX - avaliar, preparar e efetuar o isolamento e a evacuação da população de áreas de risco intenso
e das edificações vulneráveis;
X - realizar serviços de entrega de materiais de distribuição gratuita nos abrigos públicos às famí-
lias atingidas por calamidades;
XI - executar campanhas públicas e educativas para estimular o envolvimento da população, mo-
tivando ações relacionadas com a defesa civil;
XII – planejar e executar as ações de competência da Coordenadoria Municipal de Defesa Civil
(COMDEC), nas fases de prevenção, preparação e resposta às emergências e desastres, e na
reconstrução e recuperação, como dispõe a Secretaria Nacional de Defesa Civil (SEDEC);
XIII - vistoriar edificações e áreas de risco juntamente com a Secretaria Municipal de Desenvolvi-
mento Urbano e Infraestrutura (SEINF) e a Secretaria Municipal do Meio Ambiente e Controle
Urbano (SEMAM) e o Corpo de Bombeiros;
XIV - articular junto a outras instituições para que dêem apoio à Comissão de Defesa Civil à arre-
cadação de alimentos e roupas, através de campanhas de doações.

LEI MUNICIPAL Nº 6.794/1990

Dispõe sobre o Estatuto dos Servidores do Município de Fortaleza e dá outras providên-


cias.

TÍTULO I
DOS PRINCÍPIOS GERAIS

Art. 1º- Esta Lei regula o regime jurídico dos servidores municipais de Fortaleza, tendo em vista o
disposto no art. 39, da Constituição da República Federativa do Brasil e na Lei Complementar nº
002, de 17de setembro de 1990.

§ 1º- Servidor Público Municipal, para fins deste Estatuto, é a pessoa legalmente investida em
cargo público de provimento efetivo, de carreira ou isolado, ou de provimento em comissão, que
receba remuneração dos cofres públicos e cujas atribuições correspondam a atividades caracte-
risticamente estatais da Administração Pública Municipal. (redação dada pela Lei nº 6.901/91).

§ 2º- Cargo público é o lugar, inserido no Sistema Administrativo do Município, caracterizando-se,


cada um, por determinado conjunto de atribuições e responsabilidades de natureza permanente,
com denominação própria, número certo e pagamento pelo Erário Municipal e criação por Lei.

76
§ 3º- Para os efeitos desta Lei, considera-se Sistema Administrativo o complexo de órgãos dos
Poderes Legislativo e Executivo e suas entidades autárquicas e fundacionais.

XVI - atender, nos prazos da lei ou regulamento, os requerimentos de certidões para defesa de
direitos ou esclarecimentos de situações:
XVII - ser parcimonioso e cauteloso no uso dos recursos públicos, buscando sempre o menor custo
e o maior lucro social no seu emprego.

A Lei 6.794/90 estabelece que se entende por Servidor Pú-


blico Municipal, para fins deste Estatuto, a pessoa legalmente
investida em cargo público de provimento efetivo, de carreira
ou isolado, ou de provimento em comissão, que receba re-
muneração dos cofres públicos e cujas atribuições corres-
pondam a atividades caracteristicamente estatais da Admi-
nistração Pública Municipal. É importante saber a diferença
entre cargo e função.

•Cargo Público: são “as mais simples e indivisíveis unidades


de competência a serem expressadas por um agente, previs-
tas em número certo, com denominação própria, retribuídas
por pessoas jurídicas de direito público e criadas por lei”
(MELLO. Celso Antônio Bandeira. Curso de Direito Adminis-
trativo. São Paulo.).

•Função Pública: “é o conjunto de atividades atribuídas a um


cargo ou emprego público, seja este cargo isolado ou de car-
reira, para provimento efetivo, vitalício ou em comissão. Com
efeito, pode se definir que todo cargo ou emprego público
deve ter função estipulada por lei, que corresponde às tarefas
a serem executadas pelo servidor público que, de forma lícita
ocupar.” (CARVALHO, Matheus. Manual de Direito Adminis-
trativo. Juspodvm. 3º Edição).

Ressalte-se, no entanto, que os cargos públicos podem ser


efetivos ou em comissão, a depender da forma de provi-
mento. Com efeito, cargos efetivos são aqueles preenchidos
por agentes aprovados em concurso público, enquanto car-
gos em comissão são aqueles ocupados após nomeação li-
vre, sem a necessidade de realização de concurso público,
para ocupar funções de direção, chefia ou assessoramento.

77
Art. 2º- Os servidores municipais abrangidos por esta Lei serão integrados em Plano de Carreira
específico, conforme dispuser lei própria, distribuindo-se em Quadro de Cargos Efetivos e Quadro
de Cargos Comissionados.

Art. 3º- São direitos assegurados aos servidores municipais da administração pública direta, au-
tárquica e funcional:
I - política de recursos humanos;
II - acesso a cargos, obedecidas às condições e requisitos fixados em Lei;
III - irredutibilidade de vencimentos;
IV - vencimento base não inferior ao salário mínimo nacional;
V – 13ª remuneração;
VI - remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;
VII - remuneração do trabalho extraordinário superior, no mínimo em 50% (cinquenta por cento) à
da hora normal de trabalho;
VIII - salário-família:
IX - auxílios pecuniários, adicionais e gratificações na forma estabelecida nesta Lei:
X - licenças, na forma estabelecida nesta Lei;
XI - gozo de férias anuais remuneradas, com acréscimo de pelo menos 1/3 (um terço) da remune-
ração normal:
XII - amparo de normas técnicas de saúde, higiene e segurança do trabalho, sem prejuízo de
adicionais remuneratórios por serviços penosos, insalubres ou perigosos:
XIII - aposentadoria;
XIV - participação em órgãos colegiados municipais que tenham atribuições para discussão e de-
liberação de assuntos de interesse profissional dos servidores;
XV - proteção ao trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, na forma da Lei;
XVI - proibição de diferenças remuneratórias, de exercício de cargos e de critérios de admissão,
por motivo de cor, idade, sexo ou estado civil;
XVII - inexistência de limite de idade para o servidor público, em atividade, na participação em
concursos;
XVIII - proteção ao trabalho do portador de deficiência, na forma constitucional;
XIX - o adicional de 1% (um por cento) por anuência de tempo de serviço;
XX - promoção por merecimento e antiguidade, conforme critérios estabelecidos em Lei;
XXI - pensão especial à família, na forma da lei, se falecer em consequência de acidente de serviço
ou de moléstia dele decorrente;
XXII – VETADO.

78
XXIII - proteção ao mercado de trabalho das diversas categorias profissionais, mediante exigência
dehabilitação específica declarada pelos respectivos órgãos regionais fiscalizadores;
XXIV - percepção de todos os direitos e vantagens, inclusive promoções, quando à disposição dos
demais poderes e órgãos ou entidade do Município, para exercer cargos em comissão;
XXV - direito de greve, nos termos da Lei;
XXVI - ao servidor público municipal é livre a associação profissional ou sindical, nos termos da
Legislação em vigor.

Art. 4º - São deveres dos servidores municipais:


I - cumprir jornada de trabalho de 08 (oito) horas diárias e 40 (quarenta) semanais:
II - desempenhar suas atribuições em dia e de acordo com as rotinas estabelecidas ou as deter-
minações recebidas de seus superiores:
III - justificar, em cada caso e de imediato, o não cumprimento do serviço cometido ou de parte
dele:
IV - observar todas as normas legais e regulamentares em vigor;
V - cumprir as ordens de seus superiores, salvo quando manifestamente impraticáveis, abusivas
ou ilegais:
VI - atender com presteza e precisão ao público externo e interno:
VII - responder direta e permanentemente pelo uso de material de consumo e bens patrimoniais,
sob sua guarda ou responsabilidade:
VIII - levar à autoridade superior as irregularidades que vier a conhecer, quando do exercício de
suas funções;
IX - guardar sigilo profissional:
X - ser assíduo e pontual ao serviço;
XI - observar conduta funcional e pessoal compatível com a moralidade administrativa e profissio-
nal:
XII - representar à instancia superior contra ilegalidade ou abuso de poder:
XIII - abster-se de anonimato:
XIV - atender às notificações para depor ou realizar perícias ou vistorias nos procedimentos disci-
plinares;
XV - atender, nos prazos da lei ou regulamento, as requisições para defesa da Fazenda Pública;
XVI - atender, nos prazos da lei ou regulamento, os requerimentos de certidões para defesa de
direitos ou esclarecimentos de situações:
XVII - ser parcimonioso e cauteloso no uso dos recursos públicos, buscando sempre o menor custo
e o maior lucro social no seu emprego.

79
TÍTULO II
DO PROVIMENTO DOS CARGOS

CAPÍTULO I
Das Disposições Preliminares

Art. 5º - Os cargos dispõem-se em padrões horizontais e classes verticais, formados das catego-
rias funcionais de cada grupo, nos níveis básicos, médio e superior, a serem providos de acordo
com os requisitos constitucionais.
Parágrafo único - Os cargos, padrões, classes, categorias funcionais, grupos ocupacionais e re-
ferências integrarão o Plano Municipal de Cargos e Carreiras.

Art. 6º - O provimento dos cargos far-se-á por ato do Prefeito ou do Presidente da Câmara Muni-
cipal de Fortaleza e do Dirigente de autarquias ou de fundação pública, conforme o caso.

A investidura em cargo público ocorre com a posse. Não deve-


mos confundir, portanto investidura com provimento. Provimento
“é um ato administrativo por meio do qual há esse preenchimento
de cargo, atribuindo as funções a ele inerentes a uma determi-
nada pessoa. A lei e a doutrina costumam dividir as hipóteses de
provimento de cargos públicos em dois grupos: provimento origi-
nário e provimento derivado.” (CARVALHO, Matheus. Manual de
Direito Administrativo. Juspodvm. 3º Edição).

Art. 7º - São formas de provimento dos cargos:


I - nomeação:
II - promoção:
III - transferência:
IV - readaptação:
V - reversão:
VI - reintegração:
VII - recondução:
VIII – aproveitamento.

Observando o que dispõe a lei municipal, o


provimento dos cargos poderá ser Originário:
“Nomeação” ou Derivado: “nomeação”; “pro-
moção”; “transferência”; “readaptação”; “re-
versão”; “reintegração”; “recondução” e “apro-
veitamento”.

80
Art. 8º - Os cargos são de provimento efetivo ou comissionado, devendo ser considerados como
requisitos básicos para a sua investidura:(com redação dada pela Lei nº 7.044/91).
I - ser brasileiro;(com redação dada pela Lei nº 7.044/91).

Percebam que a lei não faz diferença sobre a necessidade de o


brasileiro ser nato ou naturalizado. É importante saber, no en-
tanto, que não há qualquer inconstitucionalidade em lei que au-
torize a participação de estrangeiros no serviço público. Com
efeito, o art. 37, I, da CF/88, afirma que: “os cargos, empregos e
funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham
os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros,
na forma da lei”. Assim, percebe-se que a CF autoriza a partici-
pação de estrangeiros no serviço público.

II - estar em gozo dos direitos políticos;(com redação dada pela Lei nº 7.044/91).
III - nível de escolaridade para o exercício do cargo;(com redação dada pela Lei nº 7.044/91).
IV - aptidão física e mental.(com redação dada pela Lei nº 7.044/91).

§1º - Os cargos comissionados são de livre provimento e exoneração, respeitados a especificação


e os pré-requisitos exigidos para o seu exercício, 50% (cinquenta por cento) deles, devendo ser
providos por servidores municipais, a estes reservados os de símbolo DNI.(com redação dada pela
Lei nº 7.044/91).

§ 2º - As reservas feitas no disposto no parágrafo anterior não se aplicam aos cargos de Secretário
Municipal, Chefe de Gabinete do Prefeito, Procurador Geral do Município, Presidente ou Superin-
tendente de Autarquia, Fundação, Empresa Pública e de Sociedade Mista e ainda aqueles que
integram a rede ambulatorial e hospitalar do Sistema Único de Saúde (SUS), gerido pela Secreta-
ria de Saúde do Município.(com redação dada pela Lei nº 7.044/91).

CAPÍTULO II
Do Concurso Público

Art. 9º - O concurso será de caráter competitivo, eliminatório e classificatório e poderá ser reali-
zado em 02 (duas) etapas, quando a natureza do cargo o exigir.

§ 1º - A primeira etapa, de caráter eliminatório, constituir-se-á de provas escritas.


§ 2º - A segunda etapa, de caráter classificatório, constará de cômputo de títulos e/ou de treina-
mento, cujo tipo e duração serão indicados no edital do respectivo concurso.

Art. 10 - O concurso terá validade de até 02 (dois) anos, podendo ser prorrogado uma única vez,
por igual período.

81
Parágrafo único - O prazo de validade do concurso e as condições de sua realização serão fixa-
dos em edital, que serão publicados no Diário Oficial do Município e em jornal diário de grande
circulação, não se abrindo novo concurso enquanto houver candidato aprovado em concurso an-
terior e cujo prazo não tenha expirado.

CAPÍTULO III
Da Nomeação, da Posse e do Exercício

SEÇÃO I
Da Nomeação

Art. 11 - Haverá nomeação:


I - para provimento de cargos efetivos de classe inicial de carreira;
II - para provimentos de cargos comissionados.

A nomeação é a única forma de provimento originário, admitida pelo


ordenamento jurídico. Ressalte-se que apenas a posse (investidura)
é capaz de atribuir a qualidade de servidor público ao nomeado. So-
bre o assunto, relembrem o entendimento sumulado do STF: Súmula
685 convertida em Súmula Vinculante 43: É inconstitucional toda mo-
dalidade de provimento que propicie ao servidor investir-se, sem pré-
via aprovação em concurso público destinado ao seu provimento, em
cargo que não integra a carreira na qual anteriormente investido.

Art. 12 - A nomeação para cargo efetivo inicial de carreira depende de aprovação em concurso
público, observada a ordem de classificação e dentro do prazo de sua validade.
Parágrafo único - O concurso observará as disposições constitucionais e as condições fixadas em
edital específico.

Art. 13 - O servidor nomeado em virtude de concurso público tem direito à posse, observado o
disposto no § 1º do Art.14 desta Lei.

Art. 14, § 1º A posse ocorrerá no prazo de 30 (trinta) dias, contado


da publicação do ato de nomeação, prorrogável por mais de 30
(trinta) dias, a requerimento do interessado ou por quem o repre-
sente legalmente.

Art. 14 - Posse é a investidura no cargo, com aceitação expressa das atribuições, condições e
responsabilidades a ele inerentes, formalizada em assinatura do termo respectivo pela autoridade
competente e pelo empossado.

82
§ 1º - A posse ocorrerá no prazo de 30 (trinta) dias, contado da publicação do ato de nomeação,
prorrogável por mais de 30 (trinta) dias, a requerimento do interessado ou por quem o represente
legalmente.
§ 2º - A posse poderá dar-se mediante procuração específica.
§ 3º - Em se tratando de servidor em licença ou em qualquer outro tipo de afastamento legal, o
prazo será contado do término do afastamento.
§ 4º - A posse ocorrerá em virtude de nomeação para cargos de provimento efetivo e em comissão.
(com redação dada pela Lei nº 6.901/91).
§ 5º - No ato da posse, o servidor apresentará, obrigatoriamente, declaração dos bens e valores
que constituem seu patrimônio e declaração sobre exercício de outro cargo, emprego ou função
pública.

Art. 15 - A posse dependerá de prévia inspeção médica, pela Junta Médica Municipal, para com-
provar que o candidato se encontra apto para o desempenho das atribuições do cargo. (com re-
dação dada pela Lei nº 6.901/91).

SEÇÃO III
Do Exercício

SUBSEÇÃO I
Das Disposições Preliminares

Art. 16 - Exercício é o efetivo desempenho das atribuições do cargo.

§ 1º - É de 30 (trinta) dias improrrogáveis o prazo para o servidor entrar em exercício, contados da


data da posse.
§ 2º - Será revogado o ato de nomeação, se não ocorrerem a posse e o exercício nos prazos
previstos nesta Lei.
§ 3º - A autoridade dirigente do órgão ou entidade para onde for designado o servidor compete
dar-lhe exercício.

Art. 17 - O início, a interrupção e o reinício do exercício serão registrados no cadastro funcional


do servidor.

Art. 18 - O exercício de cargo comissionado exigirá de seu ocupante integral dedicação ao serviço,
podendo ser convocado sempre que houver interesse da Administração.

83
SUBSEÇÃO II
Do Estágio Probatório

Art. 19 - Ao entrar em exercício, o servidor nomeado para cargo de provimento efetivo ficará sujeito
a estágio probatório por período de 02 (dois) anos, durante o qual sua aptidão e capacidade para
o desempenho do cargo serão avaliados trimestralmente, por critérios próprios, fixados em regu-
lamento, observados especialmente os seguinte requisitos:

I - idoneidade moral;
II- assiduidade;
III - pontualidade;
IV - disciplina;
V - eficiência.

DA ESTABILIDADE NA CF/88 – A CF/88 prevê que: “São estáveis após três anos de efetivo
exercício os servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso
público.” Percebe - se, portanto, a diferença entre estágio probatório e estabilidade. •Estágio
probatório é a “fase na qual o servidor está sendo avaliado, dentro da execução da atividade
pública, com a intenção de se verificar se possui aptidão para o exercício daquelas funções
para as quais foi designado, analisando aspectos como a sua aptidão e capacidade para o
desempenho do cargo, observados os fatores de assiduidade, disciplina, capacidade de ini-
ciativa, produtividade e responsabilidade necessários à garantia de eficiência na prestação
da atividade pública pelo órgão. ” CARVALHO, Matheus. Manual de Direito Administrativo.
Juspodvm. 3º Edição.).

•Estabilidade é “uma prerrogativa constitucional atribuída aos servidores públicos, detento-


res de cargos de provimento efetivo, após aprovação em concurso público de provas ou de
provas e títulos, de permanência no serviço público desde que não advenha alguma das
situações regulamentadas pelo próprio texto da carta Magna.” (CARVALHO, Matheus. Ma-
nual de Direito Administrativo. Juspodvm. 3º Edição. p. 787).

A lei municipal estabelece que: Art. 19 - Ao entrar em exercício, o servidor nomeado para
cargo de provimento efetivo ficará sujeito a estágio probatório por período de 02 (dois) anos,
durante o qual sua aptidão e capacidade para o desempenho do cargo serão avaliados tri-
mestralmente, por critérios próprios, fixados em regulamento, observados especialmente os
seguinte requisitos: Percebam que o prazo previsto na lei de 2 anos é diferente daquele
previsto na CF para fins de estágio probatório. Com efeito, o prazo de 3 anos previsto na CF
apenas começou após a EC 19/98, ou seja, depois da edição da lei municipal que é de 1996.
Sendo assim, entendo que a mesma posição tomada para o prazo previsto na lei federal
deverá ser adotada na lei aqui estudada, ou seja, adota-se o prazo previsto na CF/88 (3
anos), vejamos o entendimento do STF: A nova norma constitucional do art. 41 é imediata-
mente aplicável. Logo, as legislações estatutárias que previam prazo inferior a três anos
para o estágio probatório restaram em desconformidade com o comando constitucional. Isso
porque, não há como se dissociar o prazo do estágio probatório do prazo da estabilidade.

84
Art. 20 - O chefe imediato do servidor sujeito a estágio probatório, 60 (sessenta) dias antes do
término deste, informará ao órgão de pessoal sobre o servidor, tendo em vista os requisitos enu-
merados no artigo anterior.
§1º - A vista de informação da chefia imediata do servidor, o órgão de pessoal emitirá parecer
escrito, concluindo a favor ou contra a confirmação do estagiário.
§2º - Desse parecer, se contrário à confirmação, dar-se-á vista ao estagiário, pelo prazo de 10
(dez) dias, para oferecer defesa.
§3º - Julgados o parecer e a defesa, o órgão de administração geral, se considerar aconselhável
a exoneração do servidor estagiário, encaminhará ao chefe do Poder competente o respectivo
decreto com exposição de motivos sobre o assunto.
§4º - Se o despacho do órgão de pessoal for favorável à permanência do servidor estagiário, fica
automaticamente ratificado o ato de nomeação.
§5º - A apuração dos requisitos exigidos no estágio probatório deverá processar-se de modo que
a exoneração do servidor estagiário possa ser feita antes de findar o período do estágio.
§6º - O órgão de pessoal diligenciará junto às chefias que supervisionam servidor em estágio pro-
batório, de forma a evitar que se dê por mero transcurso de prazo.

SUBSEÇÃO III
Da Lotação, da Relotação e da Remoção

Art. 21 - Entende-se por lotação o número de cargos existentes em cada Órgão da Administração
Direta, que constituem o Quadro Único de Pessoal, e o número de cargos constantes nos Quadros
de Pessoal das Entidades da Administração Indireta e Fundacional do Poder Executivo Municipal.
(com redação dada pela Lei nº 6.901/91).

Art. 22 - Relotação é o deslocamento do servidor, com o respectivo cargo, de um para outro órgão
do mesmo Poder, observado sempre o interesse da Administração. (com redação dada pela Lei
nº 6.901/91).
Parágrafo único - A relotação dependerá da existência de vaga e será processada por ato do
Chefe do Poder Executivo. (com redação dada pela Lei nº 6.901/91).

Art. 23 - A remoção é o deslocamento do servidor de um para outro órgão de unidade administra-


tiva e processar-se-á "ex-officio" ou a pedido do servidor, respeitada a lotação de cada Secretaria
ou entidade. (com redação dada pela Lei nº 6.901/91).

CAPÍTULO IV
Da Ascensão Funcional

Art. 24 - O desenvolvimento do servidor municipal na carreira ocorrerá mediante ascensão funci-


onal em suas modalidades: progressão, promoção, readaptação e transformação.

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SEÇÃO I
Da Progressão, Promoção, Readaptação
e Transformação

Art. 25 – Progressão é a passagem do servidor de uma referência para a seguinte, dentro da


mesma classe, obedecidos os critérios de merecimento ou antiguidade.

Art. 26 – Promoção é a passagem do servidor de uma classe para a imediatamente superior,


dentro da mesma carreira, obedecidos os critérios de merecimento ou antiguidade.

Art. 27 - Readaptação é a passagem do servidor de uma carreira para outra carreira diferente, de
referência de igual valor salarial, mais compatível com sua capacidade funcional, podendo ser de
oficio ou a pedido e dependerá, cumulativamente, de:
I - inspeção da Junta Médica Municipal que comprove sua incapacidade para a carreira ou classe
que ocupa e capacidade para a nova carreira ou classe;
II - possuir habilitação legal para o ingresso na nova carreira ou classe;
III - existência de vaga.

Art. 28 - Transformação é a passagem do servidor de qualquer classe de nível básico para a inicial
de nível médio ou superior, ou de qualquer classe de nível médio para a primeira de nível superior,
obedecidos os critérios exigidos para o ingresso nas respectivas carreiras.

§ 1º - A transformação depende de habilitação em seleção interna de caráter competitivo, elimina-


tório e classificatório que poderá ser realizada em duas etapas, a seguir definidas:
a) a primeira etapa, de caráter eliminatório, constituir-se-á de provas escritas,
b) a segunda etapa, de caráter classificatório, constará de cômputo de títulos e/ ou treinamento,
cujo tipo e duração serão indicados no edital da respectiva seleção.

§ 2º - As vagas reservadas para transformação não poderão ultrapassar o limite de 50% (cinquenta
por cento) dos cargos não preenchidos.

Sobre as formas de provimento derivado, tratados na lei, temos: A Progressão que é a


passagem do servidor de uma referência para a seguinte, dentro da mesma classe, obe-
decidos os critérios de merecimento ou antiguidade.

A Promoção que é a passagem do servidor de uma classe para a imediatamente superior,


dentro da mesma carreira, obedecidos os critérios de merecimento ou antiguidade.

A Readaptação é a passagem do servidor de uma carreira para outra carreira diferente, de


referência de igual valor salarial, mais compatível com sua capacidade funcional, podendo
ser de oficio ou a pedido e dependerá, cumulativamente, de: I -inspeção da Junta Médica
Municipal que comprove sua incapacidade para a carreira ou classe que ocupa e capaci-
dade para a nova carreira ou classe; II - possuir habilitação legal para o ingresso na nova

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carreira ou classe; III - existência de vaga. Já a Transformação (STF entende inconstituci-
onal) que seria a passagem do servidor de qualquer classe de nível básico para a inicial de
nível médio ou superior, ou de qualquer classe de nível médio para a primeira de nível
superior, obedecidos os critérios exigidos para o ingresso nas respectivas carreiras. Art.28,
§ 1º - A Transformação depende de habilitação em seleção interna de caráter competitivo,
eliminatório e classificatório que poderá ser realizada em duas etapas, a seguir definidas:
a) a primeira etapa, de caráter eliminatório, constituir-se-á de provas escritas, b) a segunda
etapa, de caráter classificatório, constará de cômputo de títulos e/ ou treinamento, cujo tipo
e duração serão indicados no edital da respectiva seleção.

CAPÍTULO V
Da Transferência

Art. 29 - A transferência é a passagem do servidor de cargo de carreira para outro de igual deno-
minação, classe e referência, pertencentes a Quadro de Pessoal diverso.

Art. 30 - A transferência ocorrerá de ofício ou a pedido do servidor, atendido o interesse do serviço


mediante o preenchimento de vaga.

CAPÍTULO VI
Da Reversão

Art. 31 - Reversão é o reingresso do aposentado no serviço público municipal, após verificado, em


processo, que não subsistem os motivos determinantes da aposentadoria.

Art. 32 - A reversão far-se-á a pedido do servidor.

§ 1º - A reversão depende de exame médico, pela Junta Médica Municipal, em que fique compro-
vada a capacidade para o exercício da função.
§ 2º - Será tornada sem efeito a reversão e cassada a aposentadoria do servidor que não tomar
posse ou não entrar em exercício nos prazos previstos nesta Lei.

Art. 33 - Não ocorrerá reversão nas hipóteses de servidor aposentado voluntariamente. (com re-
dação dada pela Lei nº 6.901, de 25 de junho de 1991).

Art. 34 - A reversão dar-se-á, de preferência, no mesmo cargo anteriormente ocupado.

Art. 35 - A reversão não dará direito, para nova aposentadoria e disponibilidade, à contagem do
tempo em que o servidor esteve aposentado.

CAPÍTULO VII
Da Recondução

Art. 36 – Recondução é o retorno do servidor ao cargo anteriormente ocupado.

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§ 1º - A recondução decorrerá de reintegração do anterior ocupante.
§ 2º - Encontrando-se provido o cargo de origem, o servidor será aproveitado em outro, obser-
vando o disposto no art. 127.

Art. 127 - O retorno à atividade de servidor em disponibilidade far-se-á mediante


aproveitamento obrigatório em cargo de atribuições e vencimentos compatíveis com
o anteriormente ocupado.

CAPÍTULO VIII
Da Reintegração

Art. 37 – Reintegração é a reinvestidura do servidor no cargo anteriormente ocupado, ou no cargo


resultante de sua transformação, quando invalidada a sua demissão ou readaptação, por decisão
administrativa ou judicial, com ressarcimento de todas as vantagens. (com redação dada pela Lei
nº 6.901/91).

§ 1º - Encontrando-se provido o cargo, o seu ocupante será reconduzido ao cargo de origem, ou


aproveitado em outro cargo, ou, ainda, posto em disponibilidade com remuneração integral.
§ 2º - Comprovada a má fé por parte de que deu causa à demissão invalidada, responderá este,
civil, penal e administrativamente.

Art. 38 - O servidor reintegrado será submetido à inspeção médica, pela Junta Médica Municipal,
e aposentado, se julgado incapaz.

TÍTULO III
DA VACÂNCIA E SUBSTITUIÇÃO

CAPÍTULO I
Da Vacância
Art. 39 - A vacância do cargo público decorrerá de:
I – exoneração;
II – demissão;
III – promoção ou readaptação. (com redação dada pela Lei nº 6.901, de 25 de junho de 1991).
IV – aposentadoria;
V – falecimento;
VI – transferência.

Art. 40 - A exoneração de cargo de carreira dar-se-á a pedido do servidor ou de ofício. Parágrafo


único - a exoneração de oficio será aplicada;

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a) quando não satisfeitas as condições do estágio probatório;
b) quando o servidor não entrar em exercício no prazo estabelecido Lei.

Art. 41 - A exoneração de cargo em comissão dar-se-á:


I - a juízo da autoridade competente;
II - a pedido do próprio servidor.

Art. 42 - A vaga ocorrerá na data:


I - da vigência do ato administrativo que lhe der causa;
II - da morte do ocupante do cargo:
III - da vigência do ato que criar e conceder dotação para o seu provimento ou de que determinar
esta última medida, se o cargo já estiver criado;
IV - da vigência do ato que extinguir cargo e autorizar que sua dotação permita o preenchimento
de cargo vago.

Parágrafo único - Verificada a vaga, serão consideradas abertas, na mesma data, todas as que
decorrerem de seu preenchimento.

CAPÍTULO II
Da Substituição
Art. 43 - Os ocupantes de cargos em comissão terão substitutos indicados no regulamento ou
estatuto do órgão ou Entidade ou, em caso de omissão, previamente designados pela autoridade
competente.
Parágrafo único - O substituto assumirá automaticamente o exercício do cargo nos afastamentos
ou impedimentos do Titular e fará jus à remuneração pelo seu exercício, paga na proporção dos
dias de efetiva substituição, facultada a opção, na hipótese do servidor exercer outro cargo em
comissão.
TÍTULO IV
DOS DIREITOS E VANTAGENS

CAPÍTULO I
Do Tempo de Serviço

Art. 44 - A apuração do tempo de serviço será feita em dias que serão convertidos em anos,
considerado o ano de trezentos e sessenta e cinco dias.

Art. 45 - Serão considerados de efetivo exercício os afastamentos em virtude de:


I - férias;
II - casamento, até oito dias corridos.

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III - luto até cinco dias corridos, por falecimento do cônjuge, companheiro, pais, madrasta, pa-
drasto, filhos, enteados, irmãos, genros, noras, avós, sogro e sogra.
IV - nascimento de filho, até cinco dias corridos;
V - exercício de cargo em comissão ou equivalente em órgãos ou entidades dos Poderes da União,
Estados, Municípios ou Distrito Federal, quando legalmente autorizado;
VI - convocação para o Serviço Militar;
VII - júri e outros serviços obrigatórios por Lei;
VIII - estudo em outro Município, Estado ou País, quando legalmente autorizado;
IX - licença:
a) à maternidade, à adotante e à paternidade;
b) para tratamento de saúde;
c) por motivo de doença em pessoa da família;
d) para o desempenho de mandato eletivo;
e) prêmio.

Art. 46 - É vedada a contagem cumulativa de tempo de serviço prestado concomitantemente em


mais de um cargo ou função de órgão ou entidade dos Poderes da União, Estado, Distrito Federal
e Município, autarquia, fundação pública, sociedade de economia mista e empresa pública.

Art. 47 - Contar-se-á apenas para efeito de aposentadoria, disponibilidade e promoção por anti-
guidade: (com redação dada pela Lei nº 6.901/91).

I - o tempo de serviço público prestado à União, Estado ou outro Município;


II - a licença para mandato eletivo;
III - o tempo de serviço em atividade privada, vinculada à Previdência Social.

Parágrafo único - O tempo de serviço prestado às Forças Armadas, em operações de guerra,


será contado em dobro. (acrescentado pela Lei nº 6.901/91).

CAPÍTULO II
Das Férias Anuais

SEÇÃO I
Do Direito a Férias e a da sua Duração

Art. 48 - O servidor faz jus, anualmente, a 30 (trinta) dias consecutivos de férias, que podem ser
acumuladas até o máximo de 02 (dois) períodos, no caso de necessidade do serviço.
§ 1º - Para cada período aquisitivo serão exigidos 12 (doze) meses de exercício.
§ 2º - É vedado levar à conta de férias qualquer falta ao serviço.

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Art. 49 - As férias poderão ser interrompidas por motivo de calamidade pública, comoção interna,
convocação para o júri, serviço militar ou eleitoral ou necessidade comprovada de retorno inadiável
ao trabalho.

SEÇÃO II
Da Concessão e da Época das Férias

Art. 50 - As férias serão concedidas por ato do Dirigente da Unidade Administrativa, em um só


período, nos 12 (doze) meses subsequentes a data em que o servidor tiver adquirido o direito.
Parágrafo único - Somente em casos excepcionais serão as férias concedidas em dois períodos,
um dos quais não poderá ser inferior a 10 (dez) dias corridos.

Art. 51 - A concessão das férias será participada, por escrito, ao servidor, com antecedência de
no mínimo 15 (quinze) dias, cabendo a este assinar a respectiva notificação. Parágrafo único - O
período de férias não gozadas durante a vida funcional, por necessidade de serviço, será contado
em dobro para efeito de aposentadoria e disponibilidade.

Art. 52 – A época da concessão das férias será a que melhor consulte os interesses do Serviço
Público, obedecidas as respectivas escalas, elaboradas, dentro do possível, atendendo aos inte-
resses do servidor.

SEÇÃO III
Da Remuneração e do Abono de Férias

Art. 53 - O servidor perceberá, antes do início do gozo de suas férias, a remuneração que lhe for
devida na data da respectiva concessão, acrescida de pelo menos 1/ 3 (um terço).

SEÇÃO IV
Dos Efeitos da Exoneração ou Demissão

Art. 54 - Concretizada a exoneração ou demissão de cargo efetivo, será devida ao servidor a


remuneração correspondente ao período de férias cujo direito tenha adquirido.

Parágrafo único - O servidor exonerado terá direito a remuneração relativa ao período incompleto
de férias, na proporção de 1/ 12 (um doze avos) por mês de serviço ou fração igual ou superior a
15 (quinze) dias.

CAPÍTULO III
Das Licenças

SECÃO I
Das Disposições Preliminares

Art. 55 – Conceder-se-á ao servidor licença;

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I - para tratamento de saúde;
II - por motivo de doença em pessoa da família;
III – maternidade;
IV - paternidade;
V - para serviço militar obrigatório;
VI - para acompanhar o cônjuge ou companheiro;
VII - para desempenho de mandato eletivo;
VIII - prêmio.

Art. 56 - A licença para tratamento de saúde depende de inspeção médica, pela Junta Médica
Municipal, e terá a duração que for indicada no respectivo laudo.
§1º - Terminado o prazo, o servidor será submetido a nova inspeção médica, devendo o laudo
concluir pela volta do servidor ao exercício, pela prorrogação da licença ou, se for o caso, pela
aposentadoria.
§ 2º - Terminada a licença o servidor reassumirá imediatamente o exercício.

Art. 57 - A licença poderá ser terminada ou prorrogada de ofício ou a pedido.


Parágrafo único - O pedido de prorrogação deverá ser apresentado antes de finda a licença e, se
indeferido, contar-se-á como licença o período compreendido entre a data do término e a do co-
nhecimento oficial do despacho.

Art. 58 - As licenças concedidas dentro de 60 (sessenta) dias, contados do término da anterior,


serão consideradas em prorrogação.
Parágrafo único - Para efeito deste artigo, somente serão levadas em consideração as licenças
da mesma espécie, com o mesmo objetivo.

Art. 59 - Todas as licenças serão concedidas pelo Prefeito, Presidente da Câmara Municipal ou
Dirigente da Entidade ou por delegação destes a pessoa credenciada.

Art. 60 - O ocupante do cargo em comissão, não titular de cargo de carreira, terá direito às licenças
referidas nos itens I a IV do art. 55.

Art. 55 – Conceder-se-á ao servidor licença; I - para tratamento de saúde;


II - por motivo de doença em pessoa da família; III – maternidade e IV –
paternidade.

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SEÇÃO II
Da Licença para Tratamento de Saúde

Art. 61 - A licença para tratamento de saúde será “ex-ofício” ou a pedido do servidor ou de seu
legítimo representante, quando aquele não puder fazê-lo.
Parágrafo único - O servidor licenciado para tratamento de saúde, não poderá dedicar-se a qual-
quer atividade remunerada, sob pena de ser cassada a licença.

Art. 62 - O exame, para concessão de licença para tratamento de saúde será feito pela Junta
Médica Municipal, salvo se fora do Município.
Parágrafo único - O atestado ou laudo passado por médico ou junta médica particular, só produzirá
efeitos depois de homologado pela Junta Médica Municipal.

Art. 63 – Será punido disciplinarmente, com suspensão de 30 (trinta) dias, o servidor que recusar
a submeter-se a exame médico, cessando o efeito da penalidade, logo que se verifique o exame.

Art. 64 - Considerado apto, em exame médico, o servidor reassumirá, sob pena de se apurarem,
como faltas injustificadas, os dias de ausência.

Parágrafo único - No curso da licença poderá o servidor requerer exame médico, caso se julgue
em condições de reassumir o exercício.

Art. 65 - A licença a servidor atacado de tuberculose ativa, alienação mental, neoplasia maligna,
cegueira ou redução de vista que lhe seja praticamente equivalente, hanseníase, espondilartrose
anquilosante, epilepsia vera, nefropatia grave, estados avançados de Paget (osteite deformante)
ou de outra moléstia que,a juízo de Junta Médica Municipal, ocasionar incapacidade total e defini-
tiva, será concedida quando o exame médico não concluir pela concessão imediata da aposenta-
doria.

Art. 66 - Será integral a remuneração do servidor licenciado para tratamento de saúde.


SEÇÃO III
Da Licença por Motivo de Doença em
Pessoa da Família

Art. 67 - Será concedida licença ao servidor, por motivo de doença do cônjuge ou companheiro,
padrasto ou madrasta, ascendentes, descendentes, enteado e colateral consanguíneo ou afim até
o segundo grau civil, mediante comprovação médica.
§ 1º - A licença somente será deferida se a assistência direta do servidor for indispensável e não
puder ser prestado simultaneamente com o exercício do cargo, o que deverá ser apurado através
de acompanhamento social.
§ 2º - A licença será concedida sem prejuízo de remuneração integral.

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SEÇÃO IV
Da Licença Maternidade

Art. 68 - A servidora gestante, mediante inspeção médica, será licenciada por 120 (cento e vinte)
dias corridos com remuneração integral.
§ 1º - A prescrição médica determinará a data de início da licença a ser concedida à gestante.
§2º- Aplica-se à servidora adotante o disposto no caput deste artigo.

SEÇÃO V
Da Licença Paternidade

Art. 69 - Será concedida licença paternidade ao servidor que, por ocasião do nascimento de filho
ou adoção, apresentar registro civil de nascimento da criança ou prova da adoção.

Parágrafo único - A licença paternidade é de 05 (cinco) dias corridos, contados a partir do nasci-
mento ou adoção da criança.

Conforme previsto no Ato das Disposições Constitucionais


Transitórias, art.10, § 1º- Até que a lei venha a disciplinar o
disposto no art. 7º, XIX, da Constituição, o prazo da licença
paternidade a que se refere o inciso é de cinco dias.

SEÇÃO VI
Da Licença para Serviço Militar Obrigatório

Art. 70 - Ao servidor que for convocado para o serviço militar, e outros encargos de segurança
nacional, será concedida licença com remuneração integral.
§ 1º - A licença será concedida à vista de documento oficial que comprove a incorporação.
§ 2º - Da remuneração descontar-se-á a importância que o servidor perceber na qualidade de
incorporado, salvo se optar pelas vantagens do serviço militar.
§ 3º - Ao servidor desincorporado conceder-se-á prazo não excedente a 30 (trinta) dias, para que
reassuma o exercício, sem perda de remuneração.
§ 4º - A licença de que se trata este artigo será também concedida ao servidor que houver feito
curso para ser admitido como oficial das Forças Armadas, durante os estágios prescritos pelos
regulamentos militares, aplicando-se o disposto no § 2º deste artigo.

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SEÇÃO VII
Da Licença para Acompanhar o Cônjuge ou Companheiro

Art. 71 - O servidor, cujo cônjuge ou companheiro tiver sido mandado servir, independentemente
de solicitação, em outro ponto do território nacional, ou no estrangeiro, terá direito a licença sem
remuneração;
§ 1º - Excluem-se da regra do caput deste artigo os municípios integrantes da Região Metropoli-
tana de Fortaleza.
§ 2º - A licença será concedida mediante pedido devidamente instruído e vigorará pelo tempo que
durar a comissão ou a nova função do cônjuge ou companheiro.

SEÇÃO VIII
Da Licença para Desempenho de Mandato Eletivo

Art. 72 - O servidor investido em mandato eletivo será considerado em licença, aplicando-se as


seguintes disposições:
I - tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, ficará afastado do seu cargo, em-
prego ou função sem remuneração;
II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, emprego ou função, sendo-lhe fa-
cultado optar pela sua remuneração;
III - investido no mandato de Vereador, havendo compatibilidade de horários, perceberá as vanta-
gens de seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo, e, não
havendo compatibilidade, será aplicada a norma do inciso anterior.

§1º - A licença prevista neste artigo considerar-se-á automática com a posse no mandato eletivo.

§2º - O servidor municipal, afastado nos termos deste artigo, só poderá reassumir o exercício do
cargo, após o término ou renúncia do mandato.

Art. 73 - O servidor ocupante de cargo em comissão será exonerado com a posse no mandato
eletivo.
Parágrafo único - Se o ocupante do cargo em comissão for também de um cargo de carreira
ficará exonerado daquele e licenciado deste, na forma prevista no artigo anterior.

Art. 74 - O servidor municipal deverá licenciar-se antes da eleição a que for concorrer na forma
dos dispositivos legais que regulamentam a matéria.

SEÇÃO IX
Da Licença-Prêmio

Art. 75 – Após cada quinquênio de efetivo exercício o servidor fará jus a 03 (três) meses de licença,
a título de prêmio por assiduidade, sem prejuízo de sua remuneração.

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§ 1º - Para que o servidor titular de cargo de carreira, no exercício de cargo em comissão, goze
de licença-prêmio, com as vantagens desse cargo, deve ter nele pelo menos dois anos de exercí-
cio ininterruptos.
§ 2º - Somente o tempo de serviço público prestado ao Município de Fortaleza, será contado para
efeito de licença-prêmio.
Atualmente, encontra-se suspensa conforme art. 1º do Decreto nº 13.960, de 12 de Janeiro
de 2017 - Art. 1º - Fica suspenso pelo prazo de 03 anos o deferimento, a partir da publicação
deste Decreto, do gozo ou pagamento em pecúnia, de licença prêmio e licença especial por
parte dos servidores públicos efetivos do Município de Fortaleza.

Art. 76 – Não se concederá licença-prêmio ao servidor que no período aquisitivo:


I - sofrer penalidade disciplinar de suspensão.
II - afastar-se do cargo em virtude de:
a) licença para tratamento em pessoa da família por mais de 04 (quatro) meses ininterruptos ou
não;
b) para trato de interesse particular;
c) por afastamento para acompanhar o cônjuge ou companheiro, por mais de 03 (três) meses
ininterruptos ou não:
d) licença para tratamento de saúde por prazo superior a 06 (seis) meses ininterruptos ou não;
e) disposição sem ônus. (acrescentada pela Lei nº 6.901/91).

Parágrafo único - As faltas injustificadas ao serviço retardarão a concessão da licença prevista


neste artigo, na proporção de um mês para cada alta.

Art. 77 - A licença-prêmio, a pedido do servidor, poderá ser gozada por inteiro ou parceladamente.
Parágrafo único - Requerida para gozo parcelado, a licença-prêmio não será concedida por perí-
odo inferior a um mês.

Art. 78 - É facultado à autoridade competente, tendo em vista o interesse da Administração, devi-


damente fundamentado, determinar, dentro de 90 (noventa) dias seguintes da apuração do direito,
a data do início do gozo pela licença prêmio, bem como decidir se poderá ser concedida por inteiro
ou parceladamente.

Art. 79 - A licença-prêmio poderá ser interrompida, de ofício, quando o exigir interesse público, ou
a pedido do servidor, preservado em qualquer caso, o direito ao gozo do período restante da li-
cença.

Art. 80 - É facultado ao servidor contar em dobro o tempo de licença-prêmio não gozada, para
efeito de aposentadoria e disponibilidade.

Art. 81 - O servidor deverá aguardar em exercício a concessão da licença prêmio.


Parágrafo único - O direito de requerer licença-prêmio não está sujeito à caducidade.

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CAPÍTULO IV
Dos Afastamentos
SEÇÃO I
Das Disposições Preliminares
Art. 82 - O servidor poderá se afastar do exercício funcional:
I – sem prejuízo da remuneração, quando:
a) for estudante para incentivo à sua formação profissional e dentro dos limites estabelecidos nesta
Lei;
b) for realizar missão ou estudo fora do Município de Fortaleza;
c) por motivo de casamento até o máximo de 08 (oito) dias;
d) por motivo de luto, até 05 (cinco) dias;
e) - VETADO.
II - sem direito a percepção da remuneração quando se tratar de afastamento para o trato de
interesse particular;
III - com ou sem direito a percepção da remuneração, conforme se dispuser em lei ou regulamento,
quando para o exercício das atribuições de cargo, função ou emprego em órgãos ou entidades da
Administração Federal, Estadual ou Municipal;

Parágrafo único - Os servidores ocupantes de cargo de carreira ou comissão poderão devida-


mente autorizados, integrar ou assessorar comissões, grupos de trabalho ou programas, com ou
sem prejuízos da remuneração.

SEÇÃO II
Para Trato de Interesse Particular

Art. 83 - Depois de 3 (três) anos de efetivo exercício, o servidor poderá obter autorização de afas-
tamento para o trato de interesse particular, por um período não superior a 10 (dez) anos, conse-
cutivos ou não. (alterado pela LC n 150/13).
Parágrafo único - O servidor deverá aguardar em exercício a autorização do seu afastamento.

Art. 84 - Não será autorizado o afastamento do servidor removido antes de ter assumido o exer-
cício.

Art. 85 - O afastamento para o trato de interesse particular será negado quando for inconveniente
ao interesse público.

Art. 86 - Quando o interesse do serviço o exigir, a autorização poderá ser revogada, a juízo da
autoridade competente, devendo, neste caso, o servidor ser expressamente notificado para apre-
sentar-se ao serviço no prazo máximo de 30(trinta) dias, prorrogável por igual período, findo o qual
caracterizar-se-á o abandono do cargo.

Art. 87 - O servidor poderá a qualquer tempo reassumir o exercício, desistindo da autorização.

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SEÇÃO III
Das Autorizações para o Incentivo à Formação
Profissional do Servidor

Art. 88 - Poderá ser autorizado o afastamento, de até 02 (duas) horas diárias, ao servidor que
frequente curso regular de 1º grau, 2º grau ou do ensino superior, a critério da Administração.

Parágrafo único - A autorização prevista neste artigo poderá dispor que a redução dar-se-á por
prorrogação do início ou antecipação do término do expediente diário, conforme considerar mais
conveniente ao estudante e aos interesses da repartição.

Art. 89 - O afastamento para missão ou estudo fora do Município ou no estrangeiro será autorizado
nos mesmos atos que designarem o servidor a realizar a missão ou estudo, quando do interesse
do Município.

Art. 90 - As autorizações previstas nesta seção dependerão de comprovação, mediante docu-


mento oficial, das condições previstas para as mesmas, podendo a autoridade competente exigi-
la, prévia ou posteriormente, conforme julgar conveniente.

CAPÍTULO V
Do Direito de Petição

Art. 91 - É assegurado ao servidor o direito de petição para requerer ou representar e pedir recon-
sideração.
§1º - VETADO.
§2º - O pedido de reconsideração será dirigido à autoridade que houver expedido o ato ou proferido
a primeira decisão, não podendo ser renovado.
§ 3º - O pedido de reconsideração deverá ser decidido dentro do prazo de 30 (trinta) dias.

Art. 92 - Caberá recurso:


I – do indeferimento do pedido de reconsideração;
II – das decisões sobre os recursos sucessivamente interpostos.

Parágrafo único - O recurso, que não terá efeito suspensivo, será dirigido à autoridade imediata-
mente superior a quem tiver expedido o ato ou proferido a decisão, e, sucessivamente, em escala,
às demais autoridades.

Art. 93 - O direito de pleitear na esfera administrativa prescreverá:


I – em 05 (cinco) anos, quanto aos atos de que decorrerem demissão, cassação de aposentadoria
ou disponibilidade;
II – em 120 (cento e vinte) dias, nos demais casos.

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Art. 94 - O prazo de prescrição contar-se-á da data da publicação do ato impugnado e quando
esta for de natureza reservada, da data em que o interessado dele tiver ciência.

Art. 95 - O pedido de reconsideração, quando cabível, interrompe a prescrição. Parágrafo único -


A prescrição interrompida recomeçará a correr pela metade do prazo da data do ato que a inter-
rompeu, ou do último ato ou termo do respectivo processo.

CAPÍTULO VI
Do Vencimento e Remuneração

Art. 96 - Vencimento é a retribuição pecuniária pelo exercício de cargo público, com valor fixado
em lei.

Art. 97 - Remuneração é o vencimento do cargo, acrescido das vantagens pecuniárias permanen-


tes ou temporárias estabelecidas em Lei.

Parágrafo único- VETADO.

Art. 98 - O servidor perderá:


I - a remuneração dos dias que faltar ao serviço, salvo os casos previstos nesta Lei;
II – a parcela da remuneração diária proporcional aos atrasos, ausências e saídas antecipadas,
na forma que se dispuser por Decreto. (com redação dada pela Lei nº 6.901/91).

Art. 99 - O vencimento, a remuneração, o provento ou qualquer vantagem pecuniária atribuída ao


servidor, não sofrerão descontos além dos previstos expressamente em lei, nem serão objeto de
arresto, sequestro ou penhora, salvo em se tratando de:
I – prestação de alimentos, determinada judicialmente ou acordada;
II – reposição ou indenização devida à Fazenda Municipal.

Art. 100 - As reposições e indenizações à Fazenda Municipal serão descontadas em parcelas


mensais não excedentes da 10ª (décima) parte da remuneração.
Parágrafo único - Quando o servidor for exonerado ou demitido, a quantia por ele devida será
inscrita como divida ativa para os efeitos legais.

Art. 101 - O servidor que não estiver no exercício do cargo somente poderá perceber vencimento
ou remuneração nos casos previstos em lei ou regulamento.

Art. 102 - A remuneração do servidor e os proventos do aposentado, quando falecidos, são indi-
visíveis e pagos de acordo com a ordem de preferência estabelecida na lei civil.

99
CAPÍTULO VII
Das Vantagens Pecuniárias
SEÇÃO I
Das Disposições Preliminares
Art. 103 - Juntamente com o vencimento, poderão ser pagas ao servidor as seguintes vantagens:
I – 13ª Remuneração;
II – gratificação de insalubridade, periculosidade e risco de vida;
III – gratificação por serviço extraordinário;
IV – gratificação por participação em órgão de deliberação coletiva;
V – gratificação por participação em comissão examinadora de concurso;
VI – gratificação por exercício de magistério;
VII – diárias e ajuda de custo;(alterado pela LC nº 233/17.
VIII – adicional por tempo de serviço;
IX – adicional por trabalho noturno;
X – gratificação por representação;
XI – gratificação pelo aumento de produtividade;
XII – (suprimido pela Lei nº 6.901, de 25 de Junho de 1991).
XIII – gratificação pela execução de trabalho relevante, técnico ou científico;
XIV – retribuição adicional variável;
XV – gratificação de raio X;
XVI – gratificação pela prestação de serviço em regime de sobre aviso permanente;
XVII – gratificação de plantão.

Parágrafo único – Leis específicas regulamentarão as vantagens pecuniárias constantes nos in-
cisos VI, XI, XII, XIII, XV e XVI deste artigo.

SEÇÃO II
Da 13ª remuneração
Art. 104 - A 13ª remuneração corresponde a 1/12 (um doze avos) da remuneração a que o servidor
fizer jus no mês de dezembro, por mês de exercício, no respectivo ano.
Parágrafo único - A fração igual ou superior a 15 (quinze) dia será considerada como mês integral.

Art. 105 - No caso de vacância em cargo de carreira, qualquer que seja a sua causa, o servidor
perceberá 13ª remuneração proporcionalmente aos meses de efetivo exercício, calculada sobre a
remuneração do último mês trabalhado.

Art. 106 - A 13ª remuneração não será considerada para cálculo de qualquer vantagem pecuniária.

100
SEÇÃO III
Da Gratificação de Insalubridade, Periculosidade e
Risco de Vida

Art. 107 - São consideradas atividades ou operações insalubres aquelas que, por sua natureza,
condições ou métodos de trabalho, exponham os servidores a agente nocivo à saúde, acima dos
limites de tolerância fixados em razão da natureza e da intensidade do agente e o tempo de expo-
sição aos seus efeitos.

Art. 108 - A eliminação ou a neutralização da insalubridade ocorrerá:


I - com adoção de medidas que conservem o ambiente de trabalho dentro dos limites de tolerância;
II - com a utilização de equipamentos de proteção individual ao servidor, que diminuam a intensi-
dade do agente agressivo a limites de tolerância.
Parágrafo único - A insalubridade e periculosidade serão comprovadas por meio de perícia mé-
dica.

Art. 109 - O exercício de trabalho em condições insalubres, acima dos limites de tolerância esta-
belecidos pelo Ministério do Trabalho, assegura a percepção da gratificação de insalubridade.
Parágrafo único - A gratificação a que se refere o caput deste artigo se classifica segundo os
graus máximo, médio e mínimo, com valores de 40% (quarenta por cento), 20% (vinte por cento)
e 10% (dez por cento) do vencimento base do servidor, respectivamente.

Art. 110 - São consideradas atividades ou operações perigosas, aquelas que, por sua natureza
ou método de trabalho, impliquem em contato permanente com inflamáveis ou explosivos em con-
dições de risco acentuado.
Parágrafo único - O trabalho em condições de periculosidade assegura ao servidor uma gratifi-
cação de 30% (trinta por cento) sobre o vencimento base.

Art. 111 - Pela execução de trabalho de natureza especial com risco de vida será concedida uma
gratificação de 20% (vinte por cento), calculada sobre o vencimento base do servidor.

Art. 112 - O direito do servidor à gratificação de insalubridade, periculosidade ou risco de vida,


cessará com a eliminação do risco à saúde ou integridade física.

Art. 113 - O servidor poderá optar pela gratificação de insalubridade, periculosidade ou risco de
vida, vedada a acumulação dessas gratificações, garantida a incorporação aos proventos desde
que comprovada a percepção do benefício por período superior a 02 (dois) anos, de forma ininter-
rupta, na data de postulação da aposentadoria. (com redação dada pela Lei nº 6.901/91).

101
SEÇÃO IV
Da Gratificação por Serviço Extraordinário

Art. 114 - O serviço extraordinário será calculado com acréscimo de 50% (cinquenta por cento)
em relação à hora normal de trabalho, incidindo sobre a remuneração do servidor, excetuando-se
a representação de cargo comissionado. (com redação dada pela Lei nº 6.901/91).

Art. 115 - Somente será permitido serviço extraordinário para atender situações excepcionais e
temporárias, respeitado o limite máximo de 02 (duas) horas diárias.

SEÇÃO V
Das Diárias

Art. 116 - O servidor que, a serviço, se afastar do Município, em caráter eventual ou transitório,
para outro ponto do Território Nacional, fará jus a passagens e diárias, para cobrir as despesas de
hospedagem, alimentação e locomoção, cujo valor será fixado por ato do Prefeito ou Presidente
da Câmara, conforme o caso.

Parágrafo único - A diária será concedida por dia de afastamento, sendo devida pela metade
quando o deslocamento não exigir pernoite fora do Município.

Art. 117 - O servidor que receber diárias e não se afastar do Município, por qualquer motivo, fica
obrigado a restituí-las, integralmente, no prazo de 05 (cinco) dias. Parágrafo único - Na hipótese
do servidor retornar ao Município em prazo menor do que o previsto para seu afastamento, resti-
tuirá as diárias recebidas em excesso no prazo de 05 (cinco) dias.

Art. 117- AO servidor que, com habitualidade, realizar deslocamentos por necessidade do serviço
poderá, a critério da Administração, receber ajuda de custo para compensar as despesas decor-
rentes daqueles deslocamentos, conforme estabelecido em Decreto, por questão de eficiência ou
economicidade, para cargos ou funções específicas.
Parágrafo único. A ajuda de custo a que se refere o caput possui natureza indenizatória, não po-
derá ser computada para a concessão de décimo terceiro salário, férias ou qualquer outra vanta-
gem, não servindo de base de cálculo para fins previdenciários e não podendo ser incorporada
para qualquer fim." (acrescentado pela LC nº 233/17

SEÇÃO VI
Do Adicional por Tempo de Serviço

Art. 118 - O adicional por tempo de serviço é devido à razão de 1% (um por cento) por anuênio de
efetivo serviço público, incidente sobre o vencimento do servidor.
§1º - O servidor fará jus ao adicional por tempo de serviço a partir do mês subsequente àquele em
que completar anuênio
§2º - O limite do adicional a que se refere o “caput” deste artigo é de 35% (trinta e cinco por cento).
(acrescentado pela Lei nº 6.901/91).

102
§3º - O anuênio calculado sobre o vencimento, mantidas as condições estabelecidas pela Lei nº
5.391, de 06 de maio de 1981 e pelo Art. 53 da Lei Complementar nº 001, de 13 de setembro de
1990, incorporando-se aos vencimentos para todos os efeitos, inclusive para aposentadoria e dis-
ponibilidade. (acrescentado pela Lei nº 6.901/91).
§ 4º - Não poderá receber o adicional a que se refere este artigo o servidor que perceber qualquer
vantagem por tempo de serviço, salvo opção por uma delas. (acrescentado pela Lei nº 6.901/91).

SEÇÃO VII
Do Adicional por Trabalho Noturno

Art. 119 - O trabalho noturno terá remuneração superior à do diurno e, para esse efeito, sua re-
muneração terá um acréscimo de 20% (vinte por cento) sobre a hora diurna.
§ 1º - A hora do trabalho noturno será computada como de 52 (cinquenta e dois) minutos e 30
(trinta) segundos.
§ 2º - Considera-se noturno, para efeito deste artigo, o trabalho executado entre às 19 (dezenove)
horas de um dia e às 7 (sete) horas do dia seguinte. (com redação dada pela Lei nº 7.442/93).
§ 3º - Nos horários mistos, assim entendidos os que abrangem períodos diurnos e noturnos, aplica-
se às horas de trabalho noturno o disposto neste artigo e seus parágrafos.

SEÇÃO VIII
Da Gratificação de Representação
Art. 120 - A gratificação de representação é atribuída aos ocupantes de cargos em comissão e
outros que a legislação determinar, tendo em vista despesas de natureza social e profissional
determinadas pelo exercício funcional.
Parágrafo único - Os percentuais da gratificação serão estabelecidos em Lei, em ordem decres-
cente, a partir da remuneração de Secretário Municipal.

Art. 121 - O servidor investido em cargo em comissão, quando deste afastado depois de 08 (oito)
anos sem interrupção ou 10 (dez) anos consecutivos ou não, fica com o direito de continuar a
perceber a representação correspondente ao cargo em comissão que ocupava à época do afas-
tamento, garantida a incorporação desta vantagem aos proventos de aposentadoria.

§1º - Também para integralização do tempo de serviço exigido no caput deste artigo, computar-
se-á:
I - O período em que o servidor atuar como membro de comissão, percebendo gratificação equi-
valente a cargo comissionado, a qualquer tempo.

§ 2º - O servidor beneficiado pelo disposto neste artigo poderá optar pela maior representação dos
cargos em comissão exercidos, no qual tenha permanecido por um período mínimo de 12 (doze)
meses.

103
Art. 122 - O servidor que já tenha adicionado aos seus vencimentos a vantagem do artigo anterior,
quando nomeado para cargo comissionado, poderá perceber, a título de verba especial, o valor
correspondente a 60% (sessenta por cento) da representação do cargo em comissão que esteja
exercendo.
Parágrafo único - O direito à percepção da vantagem de que trata este artigo cessa quando o
servidor deixar de exercer o cargo em comissão, não podendo esta vantagem, sob qualquer hipó-
tese, ser adicionada ou incorporada a seus vencimentos ou proventos, para nenhum efeito.

CAPÍTULO VIII
Da Estabilidade

Art. 123 - O servidor habilitado em concurso público e empossado em cargo de carreira adquirirá
estabilidade no serviço público após 02 (dois) anos de efetivo exercício.

Art. 124 - O servidor estável só perderá o cargo em virtude de sentença judicial transitada em
julgado ou de processo administrativo disciplinar no qual lhe seja assegurada ampla defesa.

Art. 125 - Invalidada a demissão do servidor estável será ele reintegrado, e o eventual ocupante
da vaga reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização, aproveitado em outro cargo
ou posto em disponibilidade.

CAPÍTULO IX
Da Disponibilidade e do Aproveitamento

Art. 126 – Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor estável ficará em dispo-
nibilidade, com remuneração integral.

Art. 127 - O retorno à atividade de servidor em disponibilidade far-se-á mediante aproveitamento


obrigatório em cargo de atribuições e vencimentos compatíveis com o anteriormente ocupado.

Art. 128 – O aproveitamento de servidor que se encontra em disponibilidade a mais de 01 (hum)


ano dependerá de prévia comprovação de sua capacidade física e mental, por Junta Médica Mu-
nicipal.

§ 1º - Se julgado apto, o servidor assumirá o exercício do cargo no prazo de 30 (trinta) dias conta-
dos da publicação do ato de aproveitamento.

§ 2º - Verificada a incapacidade definitiva, o servidor em disponibilidade será aposentado.


Art. 129 - Será tornado sem efeito o aproveitamento e cessada a disponibilidade se o servidor não
entrar em exercício no prazo legal, salvo doença comprovada por Junta Médica Municipal.

TÍTULO V
DA PREVIDÊNCIA E DA ASSISTÊNCIA

104
CAPÍTULO I
Das Disposições Preliminares

Art. 130 - O Município assegurará a manutenção de um sistema de previdência e assistência que,


dentre outros, preste os seguintes benefícios ao servidor e à sua família:
I – aposentadoria;
II – (Revogado pela Lei nº 8.814/2003).
III – (Revogado pela Lei nº 8.814/2003).
IV – (Revogado pela Lei nº 8.814/2003).
V – pensão;
VI – assistência médica, odontológica e hospitalar;
VII – (Revogado pela Lei nº 8.814/2003).
VIII – (Revogado pela Lei nº 8.814/2003).
Parágrafo único - Os benefícios e serviços serão concedidos, nos termos e condições definidos
em regulamento, observadas as disposições desta Lei.

Art. 131 - O recebimento indevido de benefícios havidos por fraude, dolo ou má fé, implicará de-
volução ao Erário do total auferido, sem prejuízo da ação cabível.

CAPITULO II
Da Aposentadoria

SEÇÃO I
Das Disposições Preliminares

Art. 132 - O servidor será aposentado:


I - por invalidez permanente;
II – compulsoriamente;
III - voluntariamente.

Art. 133 - A proporcionalidade dos proventos da aposentadoria, com base no tempo de serviço,
obedecerá sempre aos seguintes percentuais sobre o vencimento do cargo:
I - até 10 (dez) anos de tempo de serviço, 50% (cinquenta por cento);
II - de mais de 10 (dez) anos até 15 (quinze) anos de tempo de serviço, 60 % (sessenta por cento);
III - de mais de 15 (quinze) até 20 (vinte) anos de tempo de serviço, 70% (setenta por cento);
IV - de mais de 20 (vinte) anos até 25 (vinte e cinco) anos de tempo de serviço, 80% (oitenta por
cento);
V - de mais de 25 (vinte e cinco) e menos de 30 (trinta) e 35 (trinta e cinco) anos, conforme o caso,
90% (noventa por cento).

105
Parágrafo único - O resultado da aplicação da proporcionalidade, na forma prevista no caput
deste artigo, constituirá a parte fixa dos proventos do inativo, a que se acrescentarão as vantagens
pecuniárias que deverão integrá-los.

Art. 134 - O servidor que contar tempo de serviço igual ou superior ao fixado para aposentadoria
voluntária com proventos integrais, ou aos 70 (setenta) anos de idade, aposentar-se-á com as
vantagens do cargo em comissão, em cujo exercício se encontrar, desde que haja ocupado du-
rante 05 (cinco) anos ininterruptamente ou 07 (sete) anos consecutivos ou não.

Parágrafo único - O servidor beneficiado pelo disposto neste artigo poderá optar pela maior re-
presentação dos cargos em comissão exercidos, e no qual tenha permanecido por um período
mínimo de 12 (doze) meses.

Atente para o Art. 40 da CF/88 - Aos servidores titulares de cargos efetivos da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios, incluídas suas autarquias e fundações, é assegurado regime de pre-
vidência de caráter contributivo e solidário, mediante contribuição do respectivo ente público, dos servi-
dores ativos e inativos e dos pensionistas, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e
atuarial e o disposto neste artigo. II - compulsoriamente, com proventos proporcionais ao tempo de
contribuição, aos 70 (setenta) anos de idade, ou aos 75 (setenta e cinco) anos de idade, na forma de
lei complementar;(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 88, de 2015) e para a Lei Com-
plementar nº 152/15, Art. 2º - Serão aposentados compulsoriamente, com proventos proporcionais ao
tempo de contribuição, aos 75 (setenta e cinco) anos de idade:
I - os servidores titulares de cargos efetivos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Muni-
cípios, incluídas suas autarquias e fundações; e ainda, para a NOTA EXPLICATIVA nº
05/2016/CGNAL/DRPSP/SPPS/MTPS que dispõe que, diante do exposto, conclui-se que: O art. 40 da
Constituição Federal e as leis que o disciplinam devem ser aplicados obrigatória e imediatamente por
todos os entes federativos que instituíram, por lei, Regimes Próprios de Previdência Social - RPPS para
seus servidores e Desde 04/12/2015 data de publicação da Lei Complementar nº 152/2015, a idade
limite de 75 anos, para a permanência no cargo pelos segurados amparados pelos RPPS da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, mesmo que ainda não tenha havido atualização
da norma local.

Art. 135 - Os proventos da aposentadoria serão revistos, na mesma proporção e na mesma data,
sempre que se modificar a remuneração dos servidores em atividade, sendo também estendidos
aos inativos quaisquer benefícios ou vantagens posteriormente concedidas aos servidores em ati-
vidade, inclusive quando decorrentes da transformação ou reclassificação do cargo ou função em
que se deu a aposentadoria.
SEÇÃO II
Da Aposentadoria por Invalidez

Art. 136 - O servidor será aposentado por invalidez permanente, sendo os proventos integrais,
quando:
I - decorrer de acidente em serviço:

106
II - por moléstia profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável, especificada em lei, inclu-
sive:
a) quando acometido de tuberculose ativa, alienação mental, neoplasia maligna, cegueira ou re-
dução de vista que lhe seja praticamente equivalente;
b) quando acometido de hanseníase, paralisia irreversível e incapacitante, cardiopatia grave, do-
ença de Parkinson, espondiartrose anquilosante, epilepsia vera, nefropatia grave e estados avan-
çados de Paget (osteíte deformante) e síndrome da imunodeficiência adquirida. (com redação
dada pela Lei nº 7.723/95).

§1º - Entende-se por acidente em serviço todo aquele que, acarretando dano físico ou mental para
o servidor, ocorra em razão do desempenho do cargo, ainda que fora da sede, ou durante o perí-
odo de trânsito, inclusive no deslocamento do ou para o trabalho.

§2º - Considera-se também acidente em serviço, para efeito desta Lei, a agressão sofrida e não
provocada pelo servidor, em decorrência do desempenho do cargo, ainda que fora do local de
trabalho.

§ 3º - Entende-se por doença profissional a que decorrer das condições de serviço de fato nele
ocorridas, devendo o laudo médico estabelecer-lhe a precisa caracterização.

§ 4º - A prova de acidente será feita em processo especial, no prazo de 10 (dez) dias, prorrogáveis
quando as circunstâncias o exigirem, sob pena de suspensão de quem omitir ou retardar provi-
dências.

§ 5º - Nos demais casos, os proventos de aposentadoria por invalidez serão proporcionais ao


tempo de serviço, na forma prevista pelo art. 133, deste Estatuto. (com redação dada pela Lei nº
6.901/91).

SEÇÃO III
Da Aposentadoria Compulsória

Art. 137 - O servidor será aposentado compulsoriamente aos 70 (setenta) anos de idade, com
proventos proporcionais ao tempo de serviço.

Parágrafo único - O retardamento do ato que declarar a aposentadoria compulsória não impedirá
que o servidor se afaste do exercício de seu cargo ou função no dia imediato ao que atingir a idade
limite. (acrescentado pela Lei nº 6.901/91).

107
Atente para o Art. 40 da CF/88 - Aos servidores titulares de cargos efetivos da União, dos Estados, do Distrito Federal
e dos Municípios, incluídas suas autarquias e fundações, é assegurado regime de previdência de caráter contributivo e
solidário, mediante contribuição do respectivo ente público, dos servidores ativos e inativos e dos pensionistas, obser-
vados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial e o disposto neste artigo. II - compulsoriamente, com
proventos proporcionais ao tempo de contribuição, aos 70 (setenta) anos de idade, ou aos 75 (setenta e cinco) anos
de idade, na forma de lei complementar;(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 88, de 2015) e para a Lei
Complementar nº 152/15, Art. 2º - Serão aposentados compulsoriamente, com proventos proporcionais ao tempo de
contribuição, aos 75 (setenta e cinco) anos de idade:
I - os servidores titulares de cargos efetivos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, incluídas
suas autarquias e fundações; e ainda, para a NOTA EXPLICATIVA nº 05/2016/CGNAL/DRPSP/SPPS/MTPS que dis-
põe que, diante do exposto, conclui-se que: O art. 40 da Constituição Federal e as leis que o disciplinam devem ser
aplicados obrigatória e imediatamente por todos os entes federativos que instituíram, por lei, Regimes Próprios de Pre-
vidência Social - RPPS para seus servidores e Desde 04/12/2015 data de publicação da Lei Complementar nº 152/2015,
a idade limite de 75 anos, para a permanência no cargo pelos segurados amparados pelos RPPS da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, mesmo que ainda não tenha havido atualização da norma local.

SEÇÃO IV
Da Aposentadoria Voluntária

Art. 138 - O servidor será aposentado voluntariamente:

I - aos 35 (trinta e cinco) anos de serviço, se homem, e aos 30 (trinta), de mulher, com proventos
integrais;
II - aos 30 (trinta) anos de efetivo exercício em função de magistério, se professor, e 25 (vinte e
cinco), se professora, com proventos integrais;
III - aos 30 (trinta) anos de serviço, se homem, e aos 25 (vinte e cinco), se mulher, com proventos
proporcionais a esse tempo;
IV - aos 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se homem, e aos 60 (sessenta), se mulher, com
proventos proporcionais ao tempo de serviço.

Parágrafo único - O servidor que requerer aposentadoria nos termos deste artigo, poderá afastar-
se do exercício de seu cargo ou função após decorridos 60 (sessenta) dias da data da postulação,
mediante expedição de documento fornecido pelo órgão, comprobatório de que o servidor imple-
mentou o tempo de serviço necessário à aposentadoria.(acrescentado pela Lei nº 6.901/91).

CAPÍTULO III
Do Salário-Família
Art. 139 – (Revogado pela Lei nº 8.814/2003).
Art. 140 – (Revogado pela Lei nº 8.814/2003).
Art. 141 – (Revogado pela Lei nº 8.814/2003).
Art. 142 – (Revogado pela Lei nº 8.814/2003)
Art. 143 – (Revogado pela Lei nº 8.814/2003).
Art. 144 – (Revogado pela Lei nº 8.814/2003).

108
CAPÍTULO IV
Do Auxílio-Natalidade
Art. 145 – (Revogado pela Lei nº 8.814/2003).
Art. 146 – (Revogado pela Lei nº 8.814/2003).

CAPÍTULO V
Do Auxílio-Funeral
Art. 147 – (Revogado pela Lei nº 8.814/2003).
Art. 148 – (Revogado pela Lei nº 8.814/2003).
Art. 149 – (Revogado pela Lei nº 8.814/2003).

CAPÍTULO VI
Da Pensão
(O regime previdenciário (PREVIFOR) é atualmente disciplinado na Lei nº 9.103/2006).

Art. 150 – Por morte do servidor, os dependentes fazem jus a uma pensão mensal de valor cor-
respondente, até o limite fixado em lei, ao da respectiva remuneração ou proventos.

Art. 151 - As pensões distinguem-se quanto à natureza em vitalícia e temporária.


§ 1º - A pensão vitalícia é composta de cota ou cotas permanentes, que somente se extinguem ou
revertem com a morte de seus beneficiários.
§ 2º - A pensão temporária é composta de cota ou cotas que podem extinguir-se ou reverter por
motivo de morte, cessação da invalidez ou maioridade do beneficiário.

Art. 152 - São beneficiários das pensões:


I – vitalícia:
a) cônjuge;
b) a pessoa separada judicialmente ou divorciada, com percepção de pensão alimentícia;
c) a companheira que comprove convivência há 05 (cinco) anos ou que tenha filho em comum com
o servidor;
d) a mãe e/ou pai que comprovem dependência econômica ao servidor;
e) a pessoa designada maior de 60 (sessenta) anos e a pessoa portadora de deficiência que viva
sob a dependência econômica do servidor;

II – temporária:
a) Os filhos de qualquer condição, ou enteados até 21 (vinte e um) anos de idade, ou se inválidos
enquanto durar a invalidez;
b) - O menor sob a guarda ou tutela até 21 (vinte e um) anos de idade;
c) - O irmão órfão de pai e sem padrasto, até 21 (vinte e um) anos, e o inválido que comprove
dependência econômica ao servidor; e
d) - a pessoa designada que viva na dependência econômica do servidor, até 21 (vinte e um) anos,
ou inválida.

109
Art. 153 – Ocorrendo habilitação de vários titulares à pensão vitalícia, o valor será distribuído em
partes iguais entre os beneficiários habilitados.

Art. 154 – Ocorrendo habilitação às pensões vitalícia e temporária, metade do valor caberá ao
titular ou titulares da pensão vitalícia, sendo a outra metade rateada, em partes iguais entre os
titulares da pensão temporária.

Art. 155 - Ocorrendo habilitação somente à pensão temporária, o valor integral da pensão será
rateado, em partes iguais, entre os que se habilitarem.

Art. 156 – Concedida a pensão, qualquer prova posterior ou habilitação tardia que implique exclu-
são de beneficiário ou redução de pensão só produzirá efeitos a partir da data em que foi oferecida.

Art. 157 – Será concedida pensão provisória por morte presumida do servidor ou inativo, nos
seguintes casos:
I – declaração de ausência, pela autoridade judiciária competente;
II – desaparecimento em desabamento, inundação, incêndio, ou acidente não caracterizado como
em serviço.
III – desaparecimento no desempenho das atribuições do cargo.

Art. 158 - A pensão será transformada em vitalícia ou temporária, conforme o eventual reapareci-
mento do servidor.

Art. 159 – Acarreta perda da qualidade de beneficiário:


I - o seu falecimento;
II - a anulação do casamento, quando a decisão ocorrer após a concessão da pensão ao cônjuge;
III - a cessação de invalidez em se tratando de beneficiário inválido;
IV - a maioridade de filho, irmão, órfão ou pessoa designada aos 21 (vinte e um) anos de idade:
V - a acumulação de pensão na forma do art. 163;
VI - a renúncia expressa.

Art. 160 - Por morte ou perda da qualidade de beneficiário a respectiva cota reverterá:
I - da pensão vitalícia para os remanescentes desta ou para os titulares da pensão temporária, se
não houver pensionista remanescente de pensão vitalícia;
II - da pensão temporária para os cobeneficiários ou, na falta destes, para o beneficiário da pensão
vitalícia.

Art. 161 – A pensão poderá ser requerida a qualquer tempo, prescrevendo tão somente as pres-
tações exigíveis há mais de 05 (cinco) anos.

Art. 162 – As pensões serão automaticamente atualizadas na mesma proporção e condições dos
reajustes dos vencimentos dos servidores em atividade.

110
Art. 163 – Ressalvado o direito de opção, é vedada a percepção cumulativa de pensão, salvo a
hipótese de 02 (duas) pensões originárias de cargos ou empregos públicos constitucionalmente
acumuláveis.

CAPÍTULO VII
Do Pecúlio

Art. 164 – (Revogado pela Lei nº 8.814/2003).


Art. 165 – (Revogado pela Lei nº 8.814/2003).

TÍTULO VI
DO REGIME DISCIPLINAR

CAPÍTULO I
Das Faltas ao Serviço

Art. 166 – Nenhum servidor poderá faltar ao serviço sem causa justificada, sob pena de ter des-
contados dos seus vencimentos os dias de ausência.
Parágrafo único – Considera-se causa justificada o fato que por natureza e circunstância, possa
razoavelmente constituir escusa do comportamento.

Art. 167 - O servidor que faltar ao serviço fica obrigado a justificar a falta, por escrito, ao chefe
imediato, no primeiro dia em que comparecer ao trabalho.

§1º - Não poderão ser justificadas as faltas que excederem de 20 (vinte) por ano, obedecido o
limite de 03 (três) ao mês.

§2º - O chefe imediato do servidor decidirá sobre a justificação das faltas, até o máximo de 10
(dez) por ano; a justificação das que excederem a esse número até o limite de 20 (vinte) será
submetida, devidamente informada por essa autoridade, à decisão do seu superior hierárquico, no
prazo de 05 (cinco) dias.

§ 3º - Para justificação de faltas, poderão ser exigidas provas do motivo alegado pelo servidor.

§ 4º - A autoridade competente decidirá sobre a justificação no prazo de 05 (cinco) dias, cabendo


recurso para autoridade superior, quando indeferido o pedido.

§ 5º - Deferido o pedido de justificação da falta, será o requerimento encaminhado ao órgão de


pessoal para as devidas providências.

111
CAPÍTULO II
Das Proibições

Art. 168 - Ao servidor é proibido:


I – ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia autorização do chefe imediato;
II – retirar, sem prévia anuência da autoridade competente, qualquer documento ou objeto da re-
partição;
III – recusar fé a documentos públicos;
IV – opor resistência injustificada ao andamento de documento e processo ou execução de serviço;
V - referir-se de modo depreciativo ou desrespeitoso às autoridades públicas ou aos atos do Poder
Público, mediante manifestação escrita ou oral;
VI - cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos previstos em Lei, o desempenho de
encargos que sejam da sua competência ou de seu subordinado;
VII – compelir ou aliciar outro servidor no sentido de filiação à associação profissional ou sindical,
ou a partido político;
VIII – manter, sob sua chefia imediata, cônjuge, companheiro ou parente até o segundo grau civil;
IX - valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da dignidade da
função pública;
X - exercer comércio ou participar de sociedade comercial, exceto como acionista, cotista ou co-
mandatário;
XI – participar de gerência de administração de empresa privada e, nessas condições, transacionar
com o Estado;
XII – receber propina, comissão, presente ou vantagens de qualquer espécie, em razão de suas
atribuições;
XIII – praticar usura sob qualquer de suas formas;
XIV – proceder de forma desidiosa;
XV - cometer a outro servidor atribuições estranhas às do cargo que ocupa, exceto em situações
de emergência e transitórias;
XVI – utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em serviços ou atividades particulares;
XVII – exercer quaisquer atividades que sejam incompatíveis com o exercício do cargo e com o
horário de trabalho;
XVIII - acumular cargos, funções e empregos públicos nos termos da Constituição Federal; Pará-
grafo único - Verificada em processo administrativo a acumulação ilícita, desde que seja compro-
vada a boa-fé, o servidor optará por um dos cargos e, se não o fizer dentro de 15 (quinze) dias,
será exonerado de qualquer deles, a critério da Administração.

112
CAPÍTULO III
Das Responsabilidades

Art. 169 – O servidor responde civil, penal e administrativamente pelo exercício irregular de suas
atribuições.

Art. 170 - A responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou comissivo, doloso ou culposo, de
que resulte prejuízo ao Erário ou terceiros.

Parágrafo único - Tratando-se de dano causado a terceiros, responderá o servidor perante a


Fazenda Municipal em ação regressiva, nos casos de dolo ou culpa.

Art. 171 - A responsabilidade penal abrange os critérios e contravenções, imputadas ao servidor,


nesta qualidade.

Art. 172 - A responsabilidade administrativa resulta de ato omissivo ou comissivo praticado no


desempenho do cargo ou função.

Art. 173 – As sanções civis, penais e administrativas poderão cumular-se, sendo independentes
entre si.

Art. 174 – A responsabilidade civil ou administrativa do servidor será afastada no caso de absol-
vição criminal que neguem a existência do fato ou sua autoria.

CAPÍTULO IV
Das Penalidades

Art. 175 – São penalidades disciplinares:


I – advertência;
II – suspensão;
III – demissão;
IV - cassação de aposentadoria ou disponibilidade;
V – destituição de cargo em comissão.

Art. 176 - Na aplicação das penalidades serão consideradas a natureza e a gravidade da infração
cometida, os danos que dela proverem para o serviço público, as circunstâncias agravantes ou
atenuantes e os antecedentes funcionais.

Art.177 - A advertência será aplicada por escrito, nos casos de violação de proibições constantes
do art. 168, incisos I a IX, e de inobservância de dever funcional previsto nesta Lei, regulamento
ou normas internas.

113
Art.178 - A suspensão será aplicada em caso de reincidência das faltas punidas com advertência
e de violação das demais proibições que não tipifiquem infração sujeita a penalidade de demissão,
não podendo exceder de 90 (noventa) dias.

Parágrafo único – Quando houver conveniência para o serviço, a penalidade de suspensão po-
derá ser convertida em multa, na base de 50% (cinquenta por cento) por dia da remuneração,
ficando o servidor obrigado a permanecer em serviço.

Art. 179 – As penalidades de advertência e de suspensão terão seus registros cancelados, após
o decurso de 03 (t rês) e 05 (cinco) anos de efetivo exercício, respectivamente, se o servidor não
houver, nesse período, praticado nova infração disciplinar.

Art. 180 - A demissão será aplicada nos seguintes casos:


I - crime contra a administração pública;
II - abandono de cargo;
III – inassiduidade habitual;
IV – improbidade administrativa;
V – insubordinação grave em serviço;
VI - ofensa física, em serviço, a servidor ou a particular, salvo em legítima defesa própria ou de
ourem;
VII – aplicação irregular de dinheiro público;
VIII – revelação de segredo apropriado em razão do cargo;
IX - lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio municipal;
X – acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas, ressalvado o disposto no pará-
grafo único do art.168;
XI – transgressão do art. 168, incisos X a XV.

Art. 181 – Entende-se por abandono de cargo a deliberada ausência ao serviço, sem justa causa,
por mais de 30 (trinta) dias consecutivos.

Art. 182 – Entende- se por inassiduidade habitual a falta ao serviço, sem causa justificada, por 60
(sessenta) dias, interpoladamente, durante o período de 12 (doze) meses.

Art.183 – O ato de imposição da penalidade mencionará sempre o fundamento legal e a causa da


sanção disciplinar.

Art. 184 – As penalidades disciplinares serão aplicadas:


I – pelo Prefeito, Presidente da Câmara ou dirigente superior de autarquias ou fundações, as de
demissão, cassação de disponibilidade e aposentadoria;

114
II – pelo Secretário Municipal ou autoridade equivalente, a de suspensão superior a 30 (trinta) dias;
III – a aplicação das penas de advertência e suspensão até 30 (trinta) dias é da competência de
todas as autoridades administrativas em relação a seus subordinados;
IV – pela autoridade que houver feito a nomeação, quando se tratar de destituição de cargo em
comissão de não ocupante de cargo de carreira.

Art. 185 – A ação disciplinar prescreverá:


I – em 05 (cinco) anos, quanto às infrações puníveis com demissão, cassação de aposentadoria
e disponibilidade e destituição de cargo em comissão.
II – em 02 (dois) anos, quanto à suspensão; e
III – em 180 (cento e oitenta) dias, quanto à advertência.

§ 1º - O prazo de prescrição começa a correr da data em que o ilícito foi praticado.

§ 2º - Os prazos de prescrição previstos na lei penal aplicam-se às infrações disciplinares capitu-


ladas também como crime.

§ 3º - A abertura de sindicância ou a instauração de processo disciplinar interrompe a prescrição.

§ 4º - Suspenso o curso da prescrição, este recomeçará a ocorrer, pelo prazo restante, a partir do
dia em que cessara suspensão.

§ 5º - São imprescritíveis o ilícito de abandono de cargo e a respectiva sanção.

TÍTULO VII
DO PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR

CAPÍTULO I
Das Disposições Preliminares

Art. 186 – A autoridade que tiver ciência de irregularidade no serviço público é obrigada a promo-
ver a sua apuração imediata, mediante sindicância ou processo administrativo disciplinar, assegu-
rada ao acusado ampla defesa.

Art. 187 – As denúncias sobre irregularidades serão objeto de apuração, desde que contenham a
identificação e o endereço do denunciante e sejam formuladas por escrito, confirmada a autentici-
dade.

Art. 188 – Ao ato que cominar sanção precederá sempre procedimento disciplinar, assegurado ao
servidor ampla defesa, nos termos desta Lei, sob pena de nulidade da cominação imposta.

115
Art. 189 - A autoridade que determinar a instauração da sindicância terá prazo nunca inferior à
(30) trinta dias, para a sua conclusão, prorrogáveis até o máximo de 15 (quinze) dias, à vista da
representação motivada do sindicante.

Art. 190 - Da sindicância instaurada pela autoridade poderá resultar:


I – arquivamento do processo;
II - abertura de inquérito administrativo.

Art. 191 - A sindicância será aberta por portaria, em que se indique seu objeto e um servidor ou
comissão de servidores, para realizá-la.

§ 1º - Quando a sindicância for realizada apenas por um sindicante este designará outro servidor
para secretariar os trabalhos mediante a aprovação do superior hierárquico.

§ 2º - O processo de sindicância será sumário, feitas as diligências necessárias à apuração das


irregularidades e ouvido o indiciado e todas as pessoas envolvidas nos fatos, bem como peritos e
técnicos necessários ao esclarecimento de questões especializadas.

CAPÍTULO II
Do Processo Disciplinar

Art. 192 – O processo disciplinar é o instrumento destinado a apurar responsabilidade de servidor


por infração praticada no exercício de suas atribuições, ou que tenha relação mediata com as
atribuições do cargo em que se encontre investido.

Art. 193 – O processo disciplinar será conduzido por Comissão de Inquérito Composta de servi-
dores designados pela autoridade competente que indicará, dentre eles, o seu presidente e secre-
tário.

Parágrafo único - Não poderá participar de comissão de sindicância ou de inquérito, parente do


acusado, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau.

Art. 194 - A Comissão de Inquérito exercerá suas atividades com independência e imparcialidade,
assegurado o sigilo necessário à elucidação do fato ou exigido pelo interesse da Administração,
sem prejuízo do direito de defesa do indiciado.

SEÇÃO I
Do Inquérito

Art. 195 – O inquérito administrativo será contraditório, assegurada ao acusado ampla defesa,
com a utilização de meios e recursos admitidos em direito.

Art. 196 - O relatório da sindicância integrará o inquérito administrativo, como peça informativa da
instrução do processo.

116
Parágrafo único - Na hipótese do relatório da sindicância concluir pela prática de crime, a autori-
dade competente oficiará à autoridade policial, para abertura do inquérito, independentemente da
imediata instauração do processo disciplinar.

Art. 197 - O prazo para a conclusão do inquérito não excederá 60 (sessenta) dias úteis, contados
da data de publicação do ato que constituir a comissão, admitida a sua prorrogação por igual
prazo, quando as circunstâncias o exigirem.

Parágrafo único - Sob pena de nulidade, as reuniões e as diligências realizadas pela comissão
de Inquérito serão consignadas em atas.

Art. 198 – Na fase do inquérito a comissão promoverá a tomada de depoimentos, acareações,


investigações e diligências cabíveis, objetivando a coleta de prova, recorrendo, quando necessá-
rio, a técnicos e peritos de modo a permitir a completa elucidação dos fatos.

Art.199 - É assegurado ao servidor o direito de acompanhar o processo, pessoalmente ou por


intermédio de advogado, arrolar e reinquirir testemunhas, produzir provas e contraprovas e formu-
lar quesitos, quando se tratar de prova pericial.
§ 1º - O Presidente da Comissão poderá denegar pedidos considerados impertinentes, meramente
protelatórios ou de nenhum interesse para o esclarecimento dos fatos.

§ 2º - Será indeferido o pedido de prova pericial, quando a comprovação do fato independer de


conhecimento especial do perito.

Art. 200 – As testemunhas serão intimadas a depor mediante mandado expedido pelo Presidente
da Comissão, devendo a segunda via, com o ciente do interessado, ser anexada aos autos.
Parágrafo único - Se a testemunha for servidor público, a expedição do mandato será imediata-
mente comunicada ao chefe da repartição onde serve, com a indicação do dia e hora marcados
para inquirição.

Art. 201 - O depoimento será prestado oralmente e reduzido a termo, não sendo à testemunha
trazê-lo por escrito.
§ 1 º - As testemunhas serão inquiridas separadamente.

§ 2 º - Na hipótese de depoimentos contraditórios ou que se infirme, proceder-se-á à acareação


entre os depoentes.

Art. 202 – Concluída a inquirição das testemunhas, a comissão promoverá o interrogatório do


acusado, observados os procedimentos previstos nos artigos 200 e 201.
§ 1º - No caso de mais de um acusado, cada um deles será ouvido separadamente, e sempre que
divergirem em suas declarações sobre os fatos ou circunstâncias, será promovida a acareação
entre eles.

117
§ 2º - O defensor do acusado poderá assistir ao interrogatório bem como a inquirição das teste-
munhas, podendo reinquiri-las por intermédio do Presidente da Comissão.

Art. 203 – Quando houver dúvida sobre a sanidade mental do acusado, a comissão proporá à
autoridade competente que ele será submetido a exame por junta médica oficial, da qual participe
pelo menos um médico psiquiatra.
Parágrafo único - O incidente de sanidade mental será processado em auto apartado e apenso
ao processo principal, após a expedição do laudo pericial.

Art. 204 – Tipificada a infração disciplinar será elaborada a peça de instrução do processo com a
indicação do servidor.
§ 1º - O indiciado será citado por mandado expedido pelo Presidente da Comissão para apresentar
defesa escrita, no prazo de 10 (dez) dias, assegurando-se- lhe vista do processo na repartição.
§ 2º - Havendo 02 (dois) ou mais indiciados, o prazo será comum é de 20 (vinte) dias.
§ 3º - O prazo de defesa poderá ser prorrogado, pelo dobro, para diligências reputadas indispen-
sáveis.
§ 4º - No caso de recusa do indiciado em apor o ciente no mandado de citação, o prazo para
defesa contar-se-á da data declarada em termo próprio, pelo servidor encarregado da diligência.

Art. 205 - O indiciado que mudar de residência fica obrigado a comunicar á comissão o lugar onde
poderá ser encontrado.

Art. 206 – Achando-se o indiciado em lugar incerto e não sabido, será citado por edital, publicado
no Diário Oficial do Município e em jornal de grande circulação na localidade do último domicílio
conhecido, para apresentar defesa.
Parágrafo único - Na hipótese deste artigo, o prazo para defesa será de 15 (quinze) dias a partis
da última publicação do edital.

Art. 207 – Considerar-se-á revel o indiciado que, regularmente citado, não apresentar defesa no
prazo legal.
§ 1º - A revelia será declarada por despacho nos autos do processo e devolverá o prazo para a
defesa.
§ 2º - Para defender o indiciado revel, a autor idade instauradora do processo designará um de-
fensor dativo, que deverá ser um advogado.

Art.208 – Apreciada a defesa, a comissão elaborará relatório minucioso, onde resumirá as peças
principais dos autos e mencionará as provas em que se baseou para formar a sua convicção.
§ 1º - O relatório será sempre conclusivo quanto à inocência ou à responsabilidade do servidor.
§ 2º - Reconhecida a responsabilidade do servidor, a comissão indicará o dispositivo legal ou re-
gulamentar transgredido, bem como as circunstâncias agravantes ou atenuantes.

118
Art. 209 – O processo disciplinar, com o relatório da comissão, será remetido à autor idade que
determinou a sua instauração, para julgamento.

Art. 210 – Aplicam-se subsidiariamente ao processo disciplinar as regras contidas nos Códigos de
Processo Civil e Penal.

SEÇÃO II
Do Julgamento

Art. 211 – No prazo de 60 (sessenta) dias, contados do recebimento do processo, a autor idade
julgadora proferirá a sua decisão.
§ 1º - Se a penalidade a ser aplicada exceder a alçada da autoridade instauradora do processo,
este será encaminhado à autoridade competente, que decidirá em igual prazo.
§ 2º - Havendo mais de um indiciado e diversidade de sanções, o julgamento caberá a autoridade
competente para a imposição da pena mais grave.
§ 3º - Se a penalidade prevista for à de demissão ou cassação de aposentadoria ou cassação de
disponibilidade, o julgamento caberá ao Prefeito, Presidente da Câmara Municipal, ou ao dirigente
superior de autarquia ou fundação.

Art. 212 - O julgamento acatará o relatório da comissão de inquérito, salvo quando contraditórias
as provas dos autos.
Parágrafo único - Quando do relatório da comissão contrariar as provas dos autos, a autoridade
julgadora poderá, motivadamente, agravar a penalidade proposta, abrandá-la, ou isentar o servidor
de responsabilidade.

Art. 213 – Verifica-se a existência de vício insanável, a autoridade julgadora declarará a nulidade
do processo ou de atos do processo e ordenará a constituição de outra comissão, para instauração
de novo processo.
§ 1 º - O julgamento fora do prazo legal não implica nulidade do processo.
§ 2º - A autoridade julgadora que der causa à prescrição de que trata o art. 185, § 2º será respon-
sabilizada na forma do capítulo IV, do Título VI, desta Lei.

Art. 214 – Extinta a punibilidade pela prescrição, a autoridade julgadora determinará o registro do
fato nos assentamentos individuais do servidor.

Art. 215 – Quando a infração estiver capitulada como crime, o processo disciplinar será remetido
ao Ministério Público para instauração da ação penal, ficando traslado repartição.

Art. 216 - O servidor que responde a processo disciplinar só poderá ser exonerado, a pedido, do
cargo, ou aposentado voluntariamente, após a conclusão do processo e o cumprimento da pena-
lidade, acaso aplicada.

119
SEÇÃO III
Da Revisão do Processo

Art. 217 - O processo disciplinar poderá ser revisto, a qualquer tempo, a pedido ou de oficio,
quando se aduzirem fatos novos ou circunstâncias suscetíveis de justificar a inocência do punido
ou a inadequação da penalidade aplicada.
§ 1º - Em caso de falecimento, ausência ou desaparecimento do servidor, qualquer pessoa da
família poderá requerer a revisão do processo.
§ 2º - No caso de incapacidade mental do servidor, a revisão será requerida pelo respectivo cura-
dor.

Art. 218 - No processo revisional, o ônus da prova cabe ao requerente.

Art. 219 – A simples alegação de injustiça da penalidade não constitui fundamento para a revisão
que requer elementos novos, ainda não apreciados no processo originário.

Art. 220 – O requerimento de revisão do processo será dirigido ao Secretário Municipal ou autor
idade equivalente, que, se autorizar a revisão, encaminhará o pedido ao dirigente do órgão ou
entidade onde se originou o processo disciplinar.
Parágrafo único - Recebida à petição, o dirigente do órgão ou entidade providenciará a constitui-
ção da comissão, na forma prevista no art. 193 desta Lei.

Art. 221 - A revisão correrá em apenso ao processo originário.


Parágrafo único - Na petição inicial, o requerente pedirá dia e hora para a produção de provas e
inquirição das testemunhas que ar rolar.

Art. 222 - A comissão revisora terá até 60 (sessenta) dias, para a conclusão dos trabalhos, pror-
rogável por igual prazo, quando as circunstâncias o exigirem.

Art. 223 – Aplicam-se aos trabalhos da comissão revisora, no que couber, as normas e procedi-
mentos próprios da comissão de inquérito.

Art. 224 - O julgamento caberá:


I - ao Prefeito, Presidente da Câmara Municipal ou dirigente superior da autarquia ou fundação,
quando do processo revisto houver resultado pena de demissão ou cassação de aposentadoria
ou cassação de disponibilidade;
II - ao Secretário Municipal ou autoridade equivalente, quando houver resultado penalidade de
suspensão ou de advertência;
III - à autoridade responsável pela designação quando a penalidade for destituição de cargo em
comissão.

120
§ 1º - O prazo para julgamento será de até 60 (sessenta) dias contados do recebimento do pro-
cesso, no curso do qual a autor idade julgadora poderá determinar diligências.

§ 2º - Concluídas as diligências; será renovado o prazo para julgamento.

Art. 225 – Julgada procedente a revisão, será declarada sem efeito a penalidade aplicada, resta-
belecendo-se todos os direitos atingidos, exceto em relação à destituição de cargo em comissão,
hipótese em que ocorrerá apenas a conversão da penalidade em exoneração.
Parágrafo único - Da revisão do processo não poderá resultar agravamento da penalidade.

TÍTULO VIII
CAPÍTULO ÚNICO
Das Disposições Gerais Transitórias

Art. 226 - O dia do servidor público será comemorado a 28 de outubro, e nesta data, considerado
ponto facultativo, far-se-á a outorga do título de Servidor Padrão Municipal, a ser regulamentado
em Lei.

Art. 227 - O servidor é dispensado do expediente de trabalho no dia do seu aniversário natalício,
sem prejuízo da sua remuneração.

Art. 228 – Contar-se-ão por dias corridos os prazos previstos nesta Lei, salvo exceções expressa-
mente previstas.
Parágrafo único - Na contagem dos prazos, salvo disposições em contrário, excluir-se-á o dia do
começo e incluir-se-á o dia do vencimento; se esse dia cair em véspera de feriado, sexta- feira,
sábado, domingo, feriado ou dia de ponto facultativo, o prazo considera- se prorrogado até o pri-
meiro dia útil.

Art. 229 - O Regime Jurídico decorrente desta Lei é igualmente aplicável aos servidores que, por
força do que dispõe a Lei Complementar nº 02, de 17 de setembro de 1990, exerçam funções da
Parte Especial do Quadro de cada órgão da administração direta, autárquica e fundacional.

Art. 230 – Ficam mantidas as atuais jornadas de trabalho dos servidores da administração direta,
autarquia e fundacional.

Art. 231 – São isentos de taxas ou emolumentos os requerimentos, certidões e outros papéis que,
na ordem administrativa, interessar ao servidor público municipal ativo e ao inativo.

Art. 232 - Poderão ser instituídos, no âmbito dos Poderes Executivos e Legislativo, os seguintes
incentivos funcionais, além daqueles já previstos nos respectivos planos de cargos e carreiras:
I - prêmios pela apresentação de ideias, inventos ou trabalhos que favoreçam o aumento de pro-
dutividade e a redução dos custos operacionais; e
II - concessão de medalhas, diploma e honra ao mérito, condecoração e elogio.

121
Art. 233 - O Prefeito, o Presidente da Câmara e o dirigente superior de autarquia e fundação
poderão delegar a seus auxiliares as atribuições que lhe são cometidas por esta lei, exceto as que
impliquem em punição de servidor.

Art. 234 - As atuais funções gratificadas passam à categoria de cargos em comissão, convertendo-
se automaticamente os valores das gratificações em gratificações de representação, mantida a
simbologia vigente.

Art. 235 - É assegurado o exercício de cargo comissionado de símbolo DAS-2 ou DAS-3, que
esteja sendo exercido por servidor não ocupante de cargo efetivo ou função no Município de For-
taleza, até a respectiva exoneração.

Art. 236 - As despesas decorrentes da aplicação desta Lei correrão por conta das dotações orça-
mentárias de cada órgão ou entidade, podendo ser suplementadas se insuficientes.
Parágrafo único - Os efeitos financeiros, da aplicação desta lei, serão produzidos a partir do pri-
meiro dia do mês subsequente ao da publicação desta lei no Diário Oficial do Município.

Art. 237 - O Prefeito e o Presidente da Câmara expedirão a regulamentação necessária à per feita
execução desta Lei.

Art. 238 - Esta Lei entrará em vigor na data da sua publicação, ficando revogadas todas as dispo-
sições legais ou regulamentares que, implícita ou explicitamente, colidam com esta Lei, especial-
mente a Lei nº 3174, de 31 de dezembro de 1965, com nova redação dada pela Lei nº 4058, de
02 de outubro de 1972. Paço da Prefeitura Municipal de Fortaleza, em 27 de dezembro de 1990.

JURACI VIEIRA DE MAGALHÃES


Prefeito Municipal

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